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Comparativo da remuneração média nas indústrias de transformação e construção em estados selecionados. Variação real e em dólar da remuneração nos diferentes segmentos das indústrias de transformação e construção na Bahia. Comparação da evolução da remuneração dos diferentes segmentos industriais em estados selecionados.
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Superintendência de Desenvolvimento Industrial
03.05 | 2012
Agenda
1.Bases para o estudo
2.Considerações iniciais
3.Indústria de Transformação baiana: evolução do custo da
remuneração do trabalho e comparativo de segmentos entre estados
selecionados
4.Indústria da Construção baiana: evolução do custo da remuneração
do trabalho e comparativo entre estados selecionados
5.Ensaio sobre a evolução da produtividade do trabalho na indústria
Bases para o estudo
O estudo apresenta um comparativo da remuneração média nos segmentos
da Indústria de Transformação e de Construção do Brasil em estados
selecionados.
A fonte de dados escolhida foi a Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, tendo o ano de 2010 como
referência. A análise se restringiu ao período 2006-2010 em função da
inexistência de estatísticas estaduais desagregadas por segmentos
industriais, classificados no CNAE 2.0, anteriores a 2006.
Os estados selecionados foram responsáveis por mais de 85% do Valor da
Transformação Industrial (VTI) e do Pessoal Ocupado Total (POT) da
Indústria de Transformação brasileira em 2009 (PIA/IBGE, jul/2011).
Bases para o estudo
A RAIS considera o número total de empregados da empresa, e não apenas
a mão de obra destinada à produção. No Brasil não há uma base ampla de
emprego que segregue a mão de obra destinada à produção da mão de obra
total das empresas.
Embora a inclusão das áreas administrativas (apoio à produção) gere uma
distorção nas remunerações médias dos segmentos industriais,
especialmente os capital intensivos, dado o menor número de funcionários
alocados na produção, a produtividade do trabalho resultante pode ser
tomada como um bom indicativo da eficiência operacional das empresas
industriais.
Considerações iniciais
Em um ambiente adverso à sua atividade, a indústria nacional deve estar
particularmente atenta à produtividade, pois envolve fatores que afetam
diretamente a sua competitividade e sob os quais a empresa exerce controle
direto (produção, capital e mão de obra empregados).
Embora a infraestrutura logística e energética, a carga tributária, a taxa de
juros e o câmbio afetem significativamente a competitividade, são fatores
sob os quais exerce pouco ou nenhum controle, dependentes da política
fiscal e econômica escolhida pelos governos.
Considerações iniciais
A recente elevação do consumo no mercado doméstico em um ambiente de
baixa competitividade trabalha contra a indústria brasileira, e não a favor
dela, pois alavanca o consumo de bens importados e acelera o processo de
desindustrialização.
Nota-se um crescente descasamento entre a produção física e o emprego
da indústria nacional no período analisado. Este descasamento é ainda mais
notório em grande parte dos setores da indústria baiana. Aumentos reais na
remuneração do trabalhador devem estar atrelados ao crescimento da
produtividade do trabalho, sob o risco de perda de competitividade da
indústria.
Indústria de Transformação
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
Em 2010, a Indústria de Transformação da Bahia ocupou a 3ª colocação no ranking dos Estados com maior valor médio de remuneração, ficando atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. Tal posição se deve, principalmente, à característica dominante da matriz industrial baiana, bastante concentrada em segmentos intensivos em capital, que pagam salários mais altos.
Indústria de Transformação
Indústria de Transformação
A variação real da remuneração na Indústria de Transformação baiana foi de 14,8% no período analisado, 3ª maior do Brasil, atrás apenas dos estados do Rio de Janeiro (29,7%) e de Pernambuco (15,1%), situando-se acima da média nacional (11,1%).
Fonte: MTE (RAIS); elaboração FIEB-SDI. Deflator utilizado: IPCA.
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
Indústria de Transformação
Indústria de Transformação
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Aumento real superior a 50% 4a. no ranking nacional
Aumento real próximo a 20% 3a. no ranking nacional
Indústria de Transformação
Aumento real próximo a 20% 5a. no ranking nacional
Aumento real próximo a 40% 1a. no ranking nacional
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Indústria de Transformação
Aumento real próximo a 10% 8a. no ranking nacional
Aumento real superior a 25% 3a. no ranking nacional
Aumento real: segmentos selecionados por VTI
Indústria de Transformação
A remuneração média em dólares dos trabalhadores da Indústria de Transformação brasileira subiu 75%, afetando fortemente a competitividade dos segmentos intensivos em mão de obra e os mais orientados à exportação. O Rio de Janeiro apresentou a maior elevação (104,4%), seguido de Pernambuco (81,4%) e Bahia (80,9%).
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
Fonte: MTE (RAIS). Elaboração FIEB-SDI
Indústria de Transformação
Indústria de Transformação
Aumento em dólar: segmentos selecionados
Aumento próximo a 120% 1a. no ranking nacional
Aumento superior a 100% 2a. no ranking nacional
Indústria de Transformação
Aumento em dólar: segmentos selecionados
Aumento próximo a 110% 3a. no ranking nacional
Aumento próximo a 100% 4a. no ranking nacional
Indústria da Construção
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI. Deflator utilizado: IPCA.
A Indústria da Construção da Bahia ocupa a 4ª colocação no ranking dos Estados com maior valor médio de remuneração. O valor médio da remuneração ficou abaixo do praticado em Pernambuco, devido à diferença da remuneração na atividade de Construção de Edifícios.
Indústria da Construção
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
As atividades da Indústria da Construção da Bahia remuneram os trabalhadores abaixo da média brasileira, à exceção da Construção de Edifícios (102,1%). A atividade da Indústria da Construção com maior remuneração é a de obras de Infraestrutura, tanto na Bahia, quanto no Brasil.
Indústria da Construção
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
A atividade Obras de Infraestrutura (32,4%) foi a que concedeu o maior reajuste real de remuneração salarial no Brasil no período analisado, seguida de Construção de Edifícios (16,8%) e Serviços Especializados para Construção (10%)
Indústria da Construção
Fonte: MTE (RAIS); Elaboração FIEB-SDI
Na atividade Obras de Infraestrutura, houve reajuste de 41,8%, superior à média brasileira, enquanto as atividades de Construção de Edifícios e Serviços Especializados para Construção registraram reajustes reais abaixo da Média Brasil: 6,2% e 2,5%, contra 16,8% e 10%, respectivamente.
Menor variação positiva observada
Indústria da Construção
Variação real nos segmentos identificados
Menor aumento observado
2o maior variação
Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
No período analisado, o aumento da produção industrial foi menor do que a expansão do número de empregos gerados , tendo essa diferença aumentado significativamente a partir de 2009, ano em que a economia brasileira foi fortemente impactada pelo agravamento da crise econômica mundial.
Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
Na Bahia, a evolução da produtividade foi ainda mais negativa do que a registrada pela média da Indústria de Transformação brasileira. A produção local permaneceu praticamente estagnada (+6,6%), enquanto o número de empregos industriais sofreu expressivo crescimento (+35,8%).
Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
A PIM-PF (produção física) adota para os Estados a base CNAE 1.0 e para o agregado nacional a CNAE 2.0, enquanto a base RAIS (emprego) adota a CNAE 2.0 tanto para os Estados quanto para o total Brasil.
Procurou-se realizar uma estimativa da evolução da produtividade dos segmentos industriais da Bahia, adotando-se a CNAE 1.0 (conforme divulgado pela PIM-PF Regional), através do reagrupamento de alguns dos segmentos industriais da RAIS.
• A queda de 48% na produtividade do setor de Refino de Petróleo e
Álcool pode ser explicada pelo elevado crescimento do emprego
(+101%) no período analisado, concentrado no ano de 2010 (+88%) como
resultado da transferência de unidades administrativas da Petrobras para
o estado.
• A perda de produtividade registrada pelo segmento de Veículos
Automotores (-18,8%) foi resultado da queda na produção (-12,75%), em
função da redução nas exportações de veículos, e do aumento do
emprego (+7,4%), em grande parte relacionado à implantação do Centro
de Desenvolvimento da FORD, que não tem impacto direto na produção.
Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
• No segmento Metalurgia Básica, a perda de produtividade (-23,2%)
resultou da queda na produção (-5,5%), acompanhada pelo crescimento
do emprego (+23,1%). Apenas no ano de 2007 houve um aumento de
21,9% no número de trabalhadores do segmento. A incorporação da
Caraíba Metais pela Paranapanema S.A. em novembro de 2009 também
levou à apropriação estatística do quadro administrativo da empresa.
Ensaio Produtividade do Trabalho - RAIS
Dados complementares
Fonte: Gráfico elaborado pela CNI. Dados elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/MDIC, IBGE e FGV.
Dados complementares
Dados complementares
Fonte: MDIC/Secex. elaboração FIEB/SDII. Nota: 2012 dados de janeiro a março
Entre 2006 e 2010, a participação dos Manufaturados nas importações brasileiras cresceu de 76,5% para 82,9%, enquanto a participação dos Semimanufaturados caiu de 4,7% para 3,9%.
Dados complementares
Fonte: MDIC/Secex. elaboração FIEB/SDII. Nota: 2012 dados de janeiro a março
Na Bahia, entre 2006 e 2010 a participação dos Manufaturados nas importações cresceu quase 1%, para 69,3%, enquanto a participação dos Semimanufaturados cresceu de 1,3% para 3,8%. Para 2012, as projeções são de 73,2% e 4,5%, respectivamente.
Obrigado!João Marcelo Alves
Superintendente de Desenvolvimento Industrial
jcoelhoa@fieb.org.br
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