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1- INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza,
visa retratar a escola que temos e a que queremos.
Estas diretrizes foram obtidas através da ampla discussão entre o Corpo
docente, discente, Direção Escolar, Órgãos Colegiados e Representantes da
Comunidade, respeitando os princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico
Lei nº 9.394/96, art. 3º:
I. Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III. Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. Valorização do profissional da educação escolar;
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da
legislação do sistema de ensino;
IX. Garantia do padrão de qualidade;
X. Valorização da experiência extra-curricular;
XI. Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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2- JUSTIFICATIVA
O conteúdo deste Projeto foi reformulado coletivamente, com o objetivo de
atender as necessidades e as expectativas da comunidade escolar a fim de viabilizar
a busca pela educação de qualidade. As bases que fundamentam o Projeto estão
em conformidade com a legislação vigente, contemplando a inclusão responsável,
de forma a atingir a formação de alunos que possam exercer com segurança e
autonomia, sua cidadania, convivendo harmonicamente com as diferenças dentro da
sociedade.
7
3- IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual “Hélio Antônio de Souza” - Ensino
Fundamental, Médio e Normal.
Código: 00139
Endereço: Rua Romário Martins, nº 349
Fone/Fax: (041)3458-2086 Município: Pontal do Paraná
Código: 2014
Dependência Administrativa: Estadual NRE: Paranaguá
Código: 21
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Autorização de Funcionamento: Res. nº 3.051/98 DOE de 29/09/98
Autorização de Funcionamento de Ensino Médio: Res. nº 1341/00 DOE
25/05/2000
Reconhecimento Curso Ensino Fundamental: Res. nº1.105/03 DOE de 30/04/03
Reconhecimento Curso Ensino Médio: Res.nº 1.021/03 DOE de 30/04/03
Reconhecimento do Estabelecimento: Res.nº1.021/03 DOE de 30/04/03
Aprovação do Regimento Escolar: Ato Administrativo nº: 221/00 de 20/12/2000
Autorização de funcionamento do curso Educação Infantil e dos Anos Iniciais
do Ensino fundamental-Modalidade normal-Nível Médio: Res.nº 127/06 de
26/01/2006
Distância do Colégio do NRE: 20 km
Localização do Colégio: Urbana
e-mail: coleqiohelio@gmail.com.br colegiohelio@blogspot.com
http://plprhelioantonio@seed.pr.gov.br
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4- HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza - Ensino Fundamental, Médio e
Normal localiza-se em região urbana, no Balneário Praia de Leste, do Município de
Pontal do Paraná-PR, atendendo uma extensa comunidade, da qual faz parte alunos
oriundos dos diversos locais circunvizinhos.
Situado no Balneário Praia de Leste, à Rua Romário Martins s/n, tendo como
mantenedor o Governo do Estado do Paraná, atualmente possui em média 880
alunos matriculados no período matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total
geral de 09 turmas de 6ª a 8ª séries (Ensino Fundamental), 11 turmas do Ensino
Médio e 03 turmas do Ensino Médio Normal.
O prédio onde funciona o Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza, foi
inaugurado no dia 20 de julho de 1987, quando o município ainda pertencia a
Paranaguá, na Gestão do Prefeito José Vicente Elias, denominando-se então Escola
Municipal "Ezequiel Pinto da Silva"- Ensino de 1º grau. No ano de 1992 foi ampliada,
passando a ter 09 salas de aula, cozinha e sala de professores, instalações
sanitárias e parte do pátio foi coberto. Assim permaneceu até o ano de 1998, quando
foi estadualizado, passando a chamar-se Escola Estadual "Hélio Antonio de Souza" -
Ensino Fundamental- AUTORIZAÇAO DE FUNCIONAMENTO - RESOLUÇÃO Nº
3.051/98 DOE de 29/09/98. No ano de 2000, com AUTORIZAÇÃO DE
FUNCIONAMENTO DO ENSINO MÉDIO SOB RESOLUÇÃO Nº 1341/00- DOE
25/05/2000, passou a denominar-se Colégio Estadual "Hélio Antonio de Souza" -
Ensino Fundamental e Médio. O RECONHECIMENTO DO CURSO DE ENSINO
MÉDIO veio através da RESOLUÇÃO Nº 1021/03 -DOE de 30/04/03, assim como a
mesma Resolução regulariza o RECONHECIMENTO DO ESTABELECIMENTO DE
ENSINO. No ano de 2005 foi implantado o Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental-Modalidade Normal-
Nível Médio, através da AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO RESOLUÇÃO Nº
127/06 de 26/01/2006 passando assim a denominação de Colégio Estadual Hélio
Antonio de Souza - Ensino Fundamental, Médio e Normal.
O patrono do Colégio, Senhor Hélio Antonio de Souza, nascido em 11 de
fevereiro de 1928, residia em Curitiba e mudou-se para a litoral- Praia de Leste em
meados de 1963. Iniciou suas atividades no litoral no comércio de restaurantes
sendo os únicos restaurantes da localidade na época, -Restaurante Cavalo Marinho
9
e da Torre. Instalou em sua residência a primeira repetidora da TV Paranaense canal
12 nesta parte do litoral; melhorou o transporte rodoviário para Paranaguá, Matinhos
e Curitiba, abrigando em sua casa a Estação Rodoviária. Sem medir esforços
prestava serviços a comunidade de telefonia e de mensageiro; trouxe para a
comunidade um posto dos Correios; instalou revenda de gás de cozinha; foi dono de
imobiliária, de loja de material de construção e artigos de 1 necessidade. Ocupou, na
Prefeitura do Município de Paranaguá, o cargo de Administrador das Praias; foi
oficial juramentado do Primeiro Cartório Distrital. Assim passou parte de sua vida
dedicando-se à melhoria da comunidade de Praia de Leste até o fim de seus dias.
A comunidade do Colégio Hélio Antonio de Souza - EFMN compreende uma
população flutuante, que permanece no município apenas o tempo necessário para
que se cumpram os compromissos relacionados ao trabalho das famílias. Também
no perfil da comunidade em que está inserido o colégio, é parte de uma sociedade
organizada de forma desigual, segundo análise, a desigualdade permeia as mais
diversas áreas, tornando-se mais visível na distribuição de renda, que prioriza o
individualismo e a divisão de classes.
A comunidade escolar é caracterizada em sua maioria por alunos carentes,
no que se referem às condições econômicas. Com relação aos pais, há pouca
participação destes nas atividades desenvolvidas pela instituição, percebendo-se até
certo desinteresse da comunidade para com o colégio.
Durante a análise do "aluno que temos", ou seja, dos sujeitos que
atualmente freqüentam regularmente as modalidades de ensino do Colégio Hélio
Antonio de Souza, ficou constatado que a maioria são moradores da região próxima
ao Colégio, enquanto outros usam o transporte escolar e até mesmo bicicletas para
se locomoverem. Vindos de outras regiões mais afastadas, muitos alunos
constituem-se parte integrante de famílias desestruturadas, com baixo poder
aquisitivo e nível de escolarização (semi-analfabetos). A maioria dos alunos trabalha
desde a infância em serviços diversos, com baixa remuneração. Tal quadro Ihes
permite apenas a reprodução de forma alienada dos atos da sociedade em questão.
Muitos alunos são carentes de atenção, de incentivo e de cuidados familiares
levando-os muitas vezes a atos de indisciplina. Ainda, a gravidez precoce por volta
dos quatorze anos de idade e o envolvimento com substâncias entorpecentes,
demonstram a dificuldade que o adolescente encontra diante da procura de sua própria
identidade pessoal. Tais problemas geram baixa auto-estima, falta de motivação, etc.
10
5- MARCO SITUACIONAL
5.1- ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
5.1.1 - Da Organização dos Cursos:
O COLÉGIO ESTADUAL HÉLIO ANTONIO DE SOUZA – Ensino
Fundamental, Médio e Normal, mantém os seguintes cursos:
Ensino Fundamental - Séries finais/ 5ª a 8ª séries –matutino e vespertino
Ensino Médio- nos turnos matutino e noturno;
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, Modalidade Normal, Nível Integrado.
5.1.2 - Da Organização das Turmas:
O funcionamento do Colégio Estadual Hélio Antônio de Souza, compreende
os períodos: matutino, vespertino e noturno. Os horários de funcionamento a serem
seguidos, respectivos a cada período, estão pré-estabelecidos da seguinte forma:
5.1.2.1 - Horário de funcionamento do estabelecimento:
Períodos: Horários:
Matutino 07:30 às 11:50
Vespertino 13:00 às 17:25
Noturno 18:45 às 23:00
5.1.2.2 - Horário de aulas:
Aulas Matutino Vespertino
1ª 07:30 às 08:20 13:00 às 13:50
2ª 08:20 às 09:10 13:50 às 14:40
3ª 09:10 às 10:00 14:40 às 15:30
Intervalo 10:00 às 10:15 15:30 às 15:45
4ª 10:15 às 11:00 15:45 às 16:35
5ª 11:00 às 11:50 16:35 às 17:25
11
Aulas Noturno
1ª 18:45 às 19:35
2ª 19:35 às 20:25
intervalo 20:25 às 20:40
3ª 20:40 às 21:30
4ª 21:30 às 22:15
5ª 22:15 às 23:00
5.1.2.3- Plataforma de turmas do ano letivo de 2010 – Matrícula Inicial
Ensino Fundamental
TURNO SÉRIE ALUNOS SITUAÇÃO
Tarde 5ª Série 26 ATIVA
Tarde 5ª Série 29 ATIVA
Tarde 5ª Série 28 ATIVA
Tarde 6ª Série 27 ATIVA
Tarde 6ª Série 26 ATIVA
Tarde 6ª Série 27 ATIVA
Tarde 7ª Série 35 ATIVA
Tarde 7ª Série 36 ATIVA
Tarde 8ª Série 25 ATIVA
Tarde 8ª Série 25 ATIVA
Ensino Médio
TURNO SÉRIE ALUNOS SITUAÇÃO
Manhã 1ª Série 32 ATIVA
Manhã 1ª Série 31 ATIVA
Manhã 1ª Série 33 ATIVA
Manhã 1ª Série 28 ATIVA
Noite 1ª Série 29 ATIVA
Noite 1ª Série 32 ATIVA
Manhã 2ª Série 40 ATIVA
Manhã 2ª Série 37 ATIVA
Noite 2ª Série 30 ATIVA
Manhã 3ª Série 23 ATIVA
Manhã 3ª Série 20 ATIVA
Noite 3ª Série 20 ATIVA
Noite 3ª Série 22 ATIVA
12
Complementação Curricular Ensino Médio
TURNO SÉRIE ALUNOS SITUAÇÃO
Manhã 1ª Série 29 ATIVA
Formação de Docentes na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental
TURNO SÉRIE ALUNOS SITUAÇÃO
Manhã 4ª Série 10 ATIVA
CELEM Espanhol
TURNO SÉRIE ALUNOS SITUAÇÃO
Noite 1ª Série 34 ATIVA
A distribuição das turmas é organizada com antecedência, observando o
número de salas de aula e a oferta de vagas disponíveis; ofertando o Ensino Médio
nos horários: Matutino e Noturno e o Ensino Fundamental no período Vespertino.
5.2- OFERTA EDUCACIONAL
5.2.1- Professores:
Nome
Formação/ Disciplina
Especialização/
Pós Graduação
Aparecida Mitie Tsutiya Letras Português-Inglês Psicopedagogia
Ary Walter Ciniello Filho Ciências, habilitação Biologia Gestão Escolar
Aurenice Trentin Pinheiro Pedagogia Sociologia Política
Bianka Letícia Ribas Matemática Matemática
Bianne Caroline Antunes da
Silva História
Cibilia Margarida Jakubosk Matemática e Ciências Magistério Superior
13
Claúdia R. Piccinini Santi Geografia Ciências Sociais História e
Geografia
Claudinei Teixeira Pedagogia Psicopedagogia
Cleuseli Aparecida do prado
Sela Matemática
Eleonora de Souza História
Everson Luis Dolens Educação Física
Francielle Pierobon Neri Geografia
Pós-Dinâmica de
ecossistemas Costeiros e
Oceânicos
Giuliano Carboni Bacharelado e Licenciatura em
Biologia .
Joenilson Ramos Bulguer Educação Física
Joseli Rolim de Moura Língua Portuguesa Indisciplina
Josemara Neiss História
Leonor C.G.Repelevicz Pedagogia Supervisão e Orientação
Escolar/Administração
Lígia Maximiano de Andrade História
Luciana Aparecida Rezende Biologia/Ciências
Maria Cristina Moreira Bins História
Maria José Gomes Correa Letras Português Produção de textos e
Literatura Brasileira
Maria Mendes Teodoro Educação Física
Didática em Metodologia do
Ensino/ Gestão Escolar /
Orientação e Supervisão
Escolar
Maria Simone Alves Pacheco Português
Maria SuelY Zampiere História Gestão e supervisão Escolar
Marlene de Almeida Duarte Letras Português- Inglês Literatura Brasileira
Mauro Galdino Silva Matemática Didática e Metodologia de
Ensino
Paulo Cesar Goulart Inglês
14
Paulo de Tarso Cleto Ferreiro Educação Física Ginástica Escolar
Regina Helena dos S. Passos Matemática e Pedagogia Educação Matemática
Robson Marcos Camacho Ciências/Química Lixo: A importância da coleta
e da prática seletiva
Rodrigo Santos de Almeida Educação Física .
Rosmari Wonrack História Psicopedagogia
Simony Domingues de Souza Arte-Educação
Tânia Inês Weizenmann
Pereira Letras-Português/Literatura
Metodologia de Ensino e
EJA-Ed. de Jovens e Adultos
Tatiana Kraiczei Química
Themis Bannach de Azevedo Letras Português-Inglês Novas Tecnologias Aplicadas
em Educação
Valéria Rodrigues dos santos Pedagogia
Vivian Antonio Barcelo Letras/Portugues/ sala de apoio Psicopedagogia
5.2.2- Direção
Diretor Geral
Formação/ Disciplina
Especialização/
Pós Graduação
Adriane Azevedo da Cruz Educação Física Gestão Escolar, supervisão
e orientação escolar
Diretor Auxiliar
Formação
Especialização/
Pós Graduação
Marcos Roberto Pacheco Letras-Português Educação Especial
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5.2.3- Equipe Pedagógica:
Nome
Formação
Especialização/
Pós Graduação
Antonio Carlos de Oliveira Júnior Pedagogia/História Gestão Escolar
Luzia Alves Pereira Pedagogia Ed. Especial
Rose Mary Maciel Pedagogia Psicopedagogia
Eliane C. S.Poltroneli Pedagogia Educação Infantil
5.2.4.- Equipe Administrativa
5.2.4.1- Secretária Geral
Nome
Formação
Especialização/
Pós Graduação
Cláudia Mara Dutra Dalpiaz Normal Superior Gestão Escolar
5.2.4.2- Agente Educacional II
Nome
Formação
Especialização/
Pós Graduação
Carla Barboza Xavier Letras-Português/ Cursando
Ciências Biológicas
Katiuscia Demarchi História História e Geografia
Leonice Maria Moreira
Rodrigues
Pedagogia/AE-OE
Airton Otto da Silva Ensino Médio
Mariluci Salete Miquelon Sartor Cursando Administração
Pública
5.2.5.- Agente Educacional I e Agente de Apoio
16
Nome
Formação
Especialização/
Pós Graduação
Alzira Pascoal Ensino Médio
Ana Maria Mesquita Santana Ensino Médio
Sedimar José dos Santos Ensino médio
Amélia Rodrigues dos Santos Ensino Fundamental
Sônia Aparecida Martins de Souza Ensino Médio/ Cursando Pedagogia
5.3- RECURSOS FÍSICOS e MATERIAIS
10 salas de aula;
01 sala para laboratório de Bioquímica (por falta de salas de aula irá funcionar
como sala de aula no período da manhã);
01 sala para laboratório de informática com 20 computadores (Programa
PARANÁ DIGITAL), recurso usado para aulas e pesquisas escolares, ficando
a disposição em todos os períodos, inclusive para a comunidade;
10 computadores (PROINFO), com Internet; à disposição dos professores e
alunos do curso Formação de Docentes para aulas, pesquisas e trabalhos;
10 televisores pendrive (um em cada sala de aula). Sendo usada por todos os
professores como recurso para dinamizar e aperfeiçoar os conteúdos de suas
aulas;
01 biblioteca, disponível em todos os períodos, inclusive para a comunidade;
01 secretaria;
Sala de Direção improvisada;
01 sala de professores com dois banheiros;
01 sala para Equipe Pedagógica reformada;
01 sala (depósito) para material esportivo;
01 cozinha para funcionários com fogão e banheiro;
01 sala para arquivos (conjugada com a sala da Direção);
01 cozinha (para preparo da merenda escolar);
02 banheiros para alunos- reformados recentemente;
17
01 área coberta para refeitório;
01 área coberta para trânsito de alunos com bebedouros;
01 Quadra de concreto (descoberta) para a prática de Educação Física;
06 postes com refletores;
Duas tabelas de Basquetebol;
Atualmente o colégio conquistou a ampliação da sua área territorial com a doação
de um terreno anexo a escola, doação esta feita pela Prefeitura Municipal de Pontal
do Paraná, o que possibilitou a construção de uma quadra poliesportiva coberta (em
fase de acabamento). Falta ainda ao colégio adaptar suas instalações para estar de
acordo com a acessibilidade aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais,
NEEs.
5.4 - ESPAÇO E TEMPO ESCOLAR
Apresenta discussões sobre gestão democrática, autonomia, conselho
escolar, participação de todos os segmentos e tomadas de decisões, categorias de
análise que contextualizam o tema e orientam as técnicas utilizadas na investigação.
Conclui que a alteração estrutural sem efetiva descentralização, autonomia,
formação e recursos demonstram insuficiência para promover a participação e
democratizar o poder na escola.
As relações interpessoais quando se busca uma nova organização do
trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no interior
da escola, deverão estar calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e
de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios da
divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. É nesse movimento
que se verifica o confronto de interesse no interior da escola. Por isso, todo esforço
de se gestar uma nova organização deve levar em conta as condições concretas
presentes na escola. Há uma correlação de forças e é nesse embate que se
originam os conflitos, as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas
formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que
favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos
envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder.
As relações de trabalho na escola são constantemente revistas através de
18
reuniões periódicas de todos os segmentos, previstas em calendário, e
extraordinariamente convocadas pela Direção da escola, sempre que necessário.
No discurso pedagógico e a prática escolar, os desafios de uma escola
de massa e o lugar que nela desempenha o trabalho do professor, especialmente
em sociedades como a nossa que não equacionaram o problema da desigualdade
social e escolar se tornam extremamente difíceis. Se for verdade que a problemática
específica do saber escolar e do saber docente, enquanto tal, só muito recentemente
passou a se constituir em objeto de pesquisa no Brasil, também é verdade que
velhos temas já trabalhados desde a década de 1980 reapareceram travestidos com
nova roupagem, sugerindo um retorno a questões que não foram ainda
equacionadas pelas políticas e práticas de formação de professores como, por
exemplo, os conhecimentos de que devem ser portadores os professores e que se
atualizam na ação pedagógica. Uma hipótese é a de que esse retorno não parece
significar mera reprodução de perspectivas de análise já formuladas em outros
contextos, mas redimensionamento de questões que estão no centro da
problemática do trabalho docente como, por exemplo, o papel da teoria e da prática
nos processos de formação de professores, os modos como os professores se
relacionam com os saberes. Neste movimento, o que parece estar em questão é o
processo de produção de discursos com impacto no campo intelectual e que
“exprimem maneiras diversas de definir quais são os “problemas“ e conseqüentemente o
leque de soluções disponíveis para combatê-los” (Almeida e Perosa, 1999, p.1).
Trabalhamos na perspectiva de que, sob determinadas condições de
produção, foram elaborados “idiomas pedagógicos” sobre a formação e trabalho
docente na perspectiva de responder aos desafios postos aos sistemas públicos de
ensino. Trata-se de uma tentativa de reconstruir, de certa forma, uma trajetória
intelectual nas continuidades e rupturas que apresenta.
Assistimos, desde meados da década de 1980, à expansão de programas
de formação continuada no pressuposto de que, através de conhecimentos
provenientes da universidade, os docentes se equipariam de ferramentas teórico-
metodológicas que lhes permitiriam refletir e modificar suas práticas. Sob a forma de
cursos de rápida duração, de oficinas, esses cursos representaram a cisão entre os
conhecimentos universitários e os saberes dos professores pois, salvo exceções,
partiam (e chegavam) a uma perspectiva fragmentada do conhecimento, ao
estabelecerem uma fratura entre a teoria (que passou a discurso) e a prática
19
(substituída pela técnica).
Na crítica à formação de professores, o primado da lógica relacional, no
interior do debate sobre a formação de professores, vão sendo aprofundados os
problemas crônicos enfrentados pelas instituições formadoras: falta de articulação
entre teoria e prática educacional, entre formação geral e formação pedagógica,
entre conteúdos e métodos.
A teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir para sua
transformação, mas para isto tem que sair de si mesma, e, em primeiro lugar, tem
que ser assimilada pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos, tal
transformação. Entre a teoria e a atividade prática transformadora se insere um
trabalho de educação das consciências, de organização de meios materiais e planos
concretos de ação: tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações
reais e efetivas. Com isto tudo acontecendo, é impossível detectar o nível da
distância entre a teoria e a prática pedagógica.
Tempo Escolar é elemento constitutivo da organização do trabalho
pedagógico. O calendário escolar (anexos) ordena o tempo: determina o início e o
fim do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano
se divide, os feriados cívicos e religiosos, as datas reservadas para reuniões
técnicas, pedagógicas, cursos, projetos, etc.
O horário escolar, que fixa o número de horas por semana e que varia em
razão das disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de
aulas por professor.
A organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela
segmentação do dia letivo, e o currículo é, conseqüentemente, organizado em
períodos fixos de tempo para disciplinas supostamente separadas. O controle
hierárquico é controlado pela administração e pelo professor.
5.4.1- Organização da Hora Atividade
A hora/atividade é realizada no espaço destinado à sala dos professores e a
sua organização é elaborada pelos membros da Equipe Pedagógica, conforme
instrução da SEED.
O horário destinado à hora/atividade deve ser cumprido no Estabelecimento
e Ensino, dentro do horário de aula do professor. 0 tempo real destinado à
20
hora/atividade, é cumprido conforme determinação e instrução da SEED.
A hora/atividade é caracterizada pelo trabalho feito pelos professores, em
um tempo disponível, programado para execução atividades como: planejamento de
aula; correção de trabalhos dos alunos; preparação de provas; leitura voltadas aos
problemas educacionais; elaboração de projetos e assuntos interdisciplinares.
A hora atividade propicia ao professor a possibilidade de estudo, de um
tempo reservado à todas as atividades que envolve o educando e ainda estar em
contato com profissionais com quem convive, para troca de idéias e experiências. A
hora atividade foi elaborada, na medida do possível, aglomerando em um só dia
profissionais da mesma área para propiciar uma melhor discussão sobre temas
comuns em sala de aula e estratégias para melhorar o desenvolvimento de suas
atividades, porém em 2010, com a fragmentação das aulas dos professores que
trabalham em diversos estabelecimentos de ensino estes fatos obriga o
Estabelecimento de Ensino a mudar constantemente os horários de aula para
adequar ao professor substituto, fatos estes que torna quase impossível aglomerar
as horas atividade conforme solicitação do NRE.
5.5- ATENDIMENTO À DIVERSIDADE
No ano letivo de 2009/2010, através do esforço da Equipe Pedagógica,
procurou-se uma forma de trabalho que pudesse atender os alunos nas suas
diversidades quer elas sociais, educacionais e ou sexuais. Num primeiro momento
procurou-se conscientizar professores e funcionários das necessidades dos alunos e
através de estratégias de atendimento e com medidas pedagógicas diferenciadas os
problemas foram que amenizados, porém aquém do atendimento que os educandos
necessitam visto ainda não contarmos com espaço físico adequado, professores e
funcionários reticentes as mudanças, conteúdo programático adaptado, etc
Através de projetos, palestras e atividades interdisciplinares previamente
escolhidas pela comunidade escolar o colégio tem caminhado, a passos lentos, na
direção de se tornar um colégio capaz de atender os alunos, professores e
funcionários nas suas diversidades.
5.6- DADOS ESTATÍSTICOS
5.6.1- Projeção do IDEB
27
De acordo com as tabelas acima pode-se observar que os maiores
índices de reprovação encontra-se na área de humanas a disciplina de
português e na área de exatas, as disciplinas de matemática, física e química.
A escola mostra-se preocupada com este percentual e busca continuamente
superar tal desafio para isto incentiva os professores na formação continuada,
assim como um acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades
nestas disciplinas. No ano de 2010 iniciou a sala de apoio o que está
contribuindo para melhorar a aprendizagem dos alunos.
Quanto a aprovação pelo conselho de classe buscou-se através de
reuniões a conscientização por parte dos professores de explorarem todo
potencial de seus alunos, ou seja, oportunizando maior rendimento no
decorrer do ano letivo.
6- MARCO CONCEITUAL
6.1.1- Concepção de Sociedade
Em Paulo Freire, o ser humano historicamente situado (no mundo e com o
mundo), ao se apresentar como ser de relações, mostra-se perfectível, inacabado,
em permanente devir. Impulsionado pela sua curiosidade, como “caminheiro” em
busca de novas paisagens, vocacionado a ser mais. Graças ao seu potencial
criativo, crítico-propositivo, exercitado pelo trabalho transformador de si, do mundo e
da história, em direção aos utópicos rumos da Liberdade, também cuida de tornar o
seu cotidiano um mostruário do seu projeto, empenhando-se em que suas práticas
sejam capazes de sinalizar o tipo de sociedade e de mundo que se acham
comprometidos em construir. Eis aqui explícita sua inquietação de caráter ético, na
medida em que trata de estabelecer critérios de conduta e de ação capazes de
articular adequadamente seu pensar, seu sentir e seu agir. Eis por que, para Paulo
Freire, a tarefa histórica dos oprimidos é libertar-se e, em se libertando, libertar os
próprios opressores. Na busca de tal vocação histórica, os oprimidos precisam de
alimentar um rumo utópico, sob pena de se perderem nos labirintos e armadilhas
interpostos ao seu caminhar, afinal, como afirmava José Dolores, personagem do
filme Queimada, “É melhor saber para onde ir, sem saber como, do que saber como
28
e não saber para onde ir.” Não se trata evidentemente de nenhum rumo acabado,
pré-estabelecido. Mas, antes, de uma espécie de bússola que lhe permita não se
perder na travessia. O próprio Paulo Freire reconhece tal necessidade:
Ao falar de projeto global da sociedade, não faço como se estivesse tomando-o como uma idéia abstrata, um desenho arbitrário, algo acabado na imaginação de uma liderança. Refiro-me, sim, a um certo número de metas, solidárias entre elas e coerentes com um certo objetivo no campo da organização econômica e social. (CGB, 1978: 121-122, Carta no 3).
A dinâmica da sociedade atual está sendo determinada pelo modelo
econômico vigente, ditado pelo capitalismo. Essa realidade se apresenta e se
consolida pela imposição dos valores éticos, morais e culturais dominantes, que
ditam o estilo de vida atual. Observa-se, a imputação de necessidades de consumo
exagerado de bens e serviços, a privatização e mercantilização da ciência e
tecnologia, além da condução do pensamento mercantil ao planejamento
pedagógico, na esfera educacional.
Em contrapartida, existe um movimento emergente de regulação social,
expresso através dos movimentos sociais e segmentos organizados da sociedade.
Há necessidade da revisão das políticas que estão sendo implementadas no
Brasil, porque visam a inclusão social, mas acabam contribuindo para a exclusão.
Assim sendo, vivencia-se a maximização da concentração de riquezas, a
desigualdade entre nações e entre grupos sociais, o desemprego em nível mundial,
a institucionalização da corrupção, a perda de identidade cultural das nações e a
submissão da sociedade ao capitalismo, para o qual o ser humano não é prioridade.
A sociedade possível, um processo de construção coletiva, onde o ser
humano, enquanto parte integrante da natureza, deve ser o parâmetro da vida.
Dessa forma, o modelo econômico-social vigente precisa ser rompido. A sociedade
deve caminhar vislumbrando um desenvolvimento capaz de equalizar as diferenças
geradas pelos antigos modelos econômicos-sociais. Deve buscar um
desenvolvimento social que contemple todos os campos, quais sejam: economia,
educação, saúde, moradia e lazer.
Há a necessidade de se ultrapassar a visão ideológica imposta pela
globalização para desmistificar o domínio que o capital continua exercendo em cada
momento histórico.
Por mais que a escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade,
29
esbarra nas dificuldades que ainda é intransponível como: tabus, individualismo,
conformismo e temor ao manifestar-se.
6.1.2 - Concepção de Homem
Em Educação como Prática da Liberdade e em Educação e Mudança, Paulo
freire, destaca bem, não apenas a natureza relacional do ser humano, como
igualmente o caráter plural de tais relações:
Há uma pluralidade de relações do homem com o mundo, na medida em que responde à ampla variedade dos seus desafios (EPL, 1989: 39-40; citação de igual teor em EM, 1979:62). É este traço constitutivo que ele toma como elemento distintivo entre existir – condição genuinamente humana - e o simplesmente viver - condição animal também característica dos humanos, e por estes transcendida. Eis como, a propósito desta relação, Freire se pronuncia: “Existir ultrapassa viver porque é mais do que estar no mundo. É estar nele e com ele.” (EPL, 1989: 40). Sem esquecer de acrescentar: “e com os outros”, como ele próprio explicita em outras passagens (cf.ASdM,1996: 20).
Ao se referir sobre a complexidade do ser humano: ser, ao mesmo tempo,
totalmente biológico e totalmente cultural, procuramos estruturar nossa concepção
de homem e, em conseqüência desta, a expectativa em relação ao cidadão que
queremos formar. Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de
desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de pertencer à Terra, de modo
que possa compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de
interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social.
Alguns desafios são fundamentais no que se refere à formação do sujeito,
desenvolver uma aptidão para integrar, para situar qualquer informação em seu
contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio de formar
cidadãos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas. Assim,
acreditamos ser possível formar um "homem" menos acuado e mais indignado, um
cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em tanto esse
sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmica da realidade.
6.1.3- Concepção de Educação
A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a
30
libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres “vazios”
a quem o mundo encha de conteúdos; não pode basear-se numa consciência
especializada, mecanicistamente compartimentada, mas nos homens como “corpos
conscientes” e na consciência como consciência intencionada ao mundo. Não pode
ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas
relações com o mundo.
Ao contrário da “bancária”, a educação problematizadora, respondendo à
essência do ser da consciência, que é a sua intencionalidade, nega os comunicados
e existência a comunicação. Identifica-se com o próprio da consciência que é
sempre ser consciência de (...).
Neste sentido, a educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de depositar ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir “conhecimentos” e valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação bancária, mas um ato
cognoscente”.(FREIRE,1987:69, grifos meus). Os objetivos e conteúdos que são selecionados, as formas de ensinar e
aprender que são privilegiadas, as relações que se estabelecem entre professores,
alunos, direção e comunidade, entre outros, está relacionado a determinada maneira
de pensar. O mundo da educação não é, como ingenuamente se pensou em tempos
passados, um espaço autônomo, isolado e independente, desvinculado de outros
"mundos": do trabalho, da política, da economia, etc.
Ao contrário, a educação está inserida no cenário social mais amplo,
integrando uma rede de relações complexas e nem sempre explicitadas.
As concepções pedagógicas que permeiam o trabalho educacional estão
sempre ligadas há um tempo, a uma sociedade e estas condicionam as suas
práticas. A perspectiva que privilegia a nova educação do conhecimento, aponta
para uma educação, com ênfase nos desafios e na resolução de problemas; busca
desenvolver a visão crítica, a curiosidade, a pesquisa e a criatividade. Ressalta a
possibilidade de diferentes respostas para uma mesma questão, têm relação com
diferentes visões de mundo, que influenciam o material didático, possibilitando ao
professor diversificar as suas práticas, lançar novas propostas, propiciar condições
para que os sujeitos do processo discutam, analisem, argumentem e avancem na
compreensão do seu papel frente às complexas relações que direta ou indiretamente
atingem as suas vidas.
31
6.1.4- Concepção de Escola:
Cabe a escola: amar o conhecimento como espaço de realização humana,
de alegria e de contentamento cultural; selecionar e rever criticamente a informação;
formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser provocadora de mensagens
e não pura receptora; produzir, construir e reconstruir conhecimento elaborado. E
mais: numa perspectiva emancipadora da educação, a escola tem que fazer tudo
isso em favor dos excluídos, não discriminando o pobre. Ela não pode distribuir
poder, mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber, que é poder. Numa
perspectiva emancipadora da educação, a tecnologia contribui muito pouco para a
emancipação dos excluídos se não for associada ao exercício da cidadania.
Como diz Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser "lecionadora"
para ser "gestora do conhecimento". Segundo o autor, "pela primeira vez a educação
tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento". A educação
tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta
"modernizá-la", como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente.
A escola precisa ter projeto, precisa de dados, precisa fazer sua própria
inovação, planejar-se a médio e a longo prazos, fazer sua própria reestruturação
curricular, elaborar seus parâmetros curriculares, enfim, ser cidadã. As mudanças
que vêm de dentro das escolas são mais duradouras. Da sua capacidade de inovar,
registrar, sistematizar a sua prática/experiência, dependerá o seu futuro. Nesse
contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o
sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que
faz e, para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e
apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos.
Em geral, temos a tendência de desvalorizar o que fazemos na escola e de
buscar receitas fora dela quando é ela mesma que deveria governar-se. É dever
dela ser cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de governar e controlar o
desenvolvimento econômico e o mercado. A cidadania precisa controlar o Estado e o
mercado, verdadeira alternativa ao capitalismo neoliberal e ao socialismo burocrático
e autoritário. A escola precisa dar o exemplo, ousar construir o futuro. Inovar é mais
importante do que reproduzir com qualidade o que existe. A matéria-prima da escola
é sua visão do futuro.
Buscamos uma escola com atividades intelectuais, artísticas e esportivas e
32
de lazer, voltados para a integração coletiva de toda comunidade escolar, com
espaços onde professores e alunos tenham oportunidade de trabalharem juntos, de
acordo com seus interesses, criando suas próprias metodologias e construindo a
partir delas os seus conceitos a serem compartilhados com todos. Os conteúdos
serão trabalhados em nossos procedimentos do dia a dia através da organização da
escola tendo sempre em vista a participação de todos os envolvidos no processo
educativo, ou seja toda a comunidade escolar, através de Associação de
professores, pais de alunos, alunos, e demais funcionários, sendo toda questão
tanto de ordem administrativa, como de ordem pedagógica, resolvida no coletivo,
com a participação de todos esses segmentos, promovendo a democracia em nosso
meio. Desta forma, toda decisão e informação no que diz respeito à Unidade Escolar
estará sempre a disposição de todos, primando pela clareza e transparência.
Acreditando que somente pelo saber e pela oportunidade de participação no dia a
dia podemos mudar nossas atitudes. Um espaço que busque trabalhar sempre o
mais próximo, com perspectivas globais.
Torna-se imprescindível o entendimento da escola que temos, dos
profissionais de ensino atuantes, dos alunos integrantes do processo de ensino-
aprendizagem, enfim, da comunidade escolar da qual fazemos parte, para
planejarmos com segurança a escola de um futuro presente, ou seja, a escola do
dia-a-dia.
Fazer a escola funcionar de maneira que garanta o interesse da maioria,
comunidade, educando, educadores, especialistas e gestor, Passa por diversas
instâncias, mas a capacidade de organização e coordenação, talvez represente o
primeiro passo dessa longa e complexa caminhada na realização do projeto Político
Pedagógico.
A coordenação do trabalho pedagógico tem a ver com todos os sujeitos e
com todas as instâncias formativas no interior da escola. A escola será tanto mais
organizada, quanto as tarefas tenham convergência para o mesmo fim, muito
embora, por vezes, cada um desempenhe sua tarefa de forma mais específica,
porém não exclusiva. A organização demanda tempo de todos, pois o processo deve
ser coletivo na socialização dos conhecimentos, na elaboração do plano de ação e
na tarefa principal, ou seja, a execução e avaliação do trabalho.
Na escola transita-se entre o objetivo e o subjetivo, o burocrático e o
idealizado, ou seja, a busca incessante da materialização do processo de tentar
33
prever um caminho que nunca será exato, por mais que se tente tornar isto concreto.
Para que se efetive a concretude do Projeto Político Pedagógico, a escola não pode
desconsiderar a participação de todos, não deve apoiar-se em esquemas rígidos e
inflexíveis, tornando-se incapaz de pensar algo novo.
Através da organização e do pensar coletivo e inclusivo, pretendemos uma
escola voltada para a a transformação social, sendo crítica e cidadã, oportunizando
aos educandos um conhecimento científico, político e cultural, valorizando a sua
própria cultura.
6.1.5- Concepção de Conhecimento
O conhecimento não pode advir de um ato de “doação” que o educador faz ao
educando, mas sim, um processo que se realiza no contato do homem com o mundo
vivenciado, o qual não é estático, mas dinâmico e em transformação contínua.
Desse processo, advém um conhecimento que é crítico, porque foi obtido de
uma forma autenticamente reflexiva, e implica em ato constante de desvelar a
realidade, posicionando-se nela. O saber construído dessa forma percebe a
necessidade de transformar o mundo, porque assim os homens se descobrem como
seres históricos.
O conhecimento é construído através das relações sociais entre homens. É
construído através de suas relações de trabalho, convivência, troca de experiências;
conhecimentos estes, influenciado pelo meio de produção, gerando, ideologia,
cultura e sociedade. Na sociedade capitalista, o conhecimento é detido por uma
minoria dominante, que o utiliza à seu favor, mantendo uma sociedade de classes
que preza o poder econômico, excluindo e,muitas vezes, marginalizando as demais.
Cabe à escola, socializar e possibilitar a apropriação destes conhecimentos pelos
educandos, representantes da classe trabalhadora, e demais camadas sociais,
permitindo-Ihes reconhecer e defender seus interesses.
O conhecimento deve servir para o despertar de novas conclusões,
primando pela compreensão do viver e conviver, interferindo no real, em vistas às
transformações, onde o cidadão seja ,não tão somente produto dentro de sua
realidade mas, que sua interferência esteja pautada na ciência, no conhecimento,
nas tecnologias; assim teremos uma educação permeada pela busca da construção
da cidadania onde o homem esteja voltado para a compreensão de sua própria
34
existência; onde o trabalho não apenas dignifique,supra suas necessidades mas,
idealize-o para a busca de novas alternativas. A escola na sua mais suprema
finalidade deve culminar com a valorização humana, objetivando respeitar a
complexidade de suas relações, buscando meios de inseri-Io no contexto de mundo
com todas as interferências e construções existentes. Buscar a realização humana,
com êxito.
Ressaltamos o compromisso da escola, de cada indivíduo, pais, alunos,
cidadãos, comunidade, ao definir as prioridades educacionais suas e de seus filhos.
Todo conhecimento é construído e, só será sujeito da história o individuo que se
apropriar devidamente de todo o contexto em que está inserido e tiver assimilado o
seu potencial como ser humano, dono de uma bagagem histórica de seu próprio
meio e, que conseguir escrever a sua própria história, respeitando as diferenças,
dignificando o ser humano, respeitando o meio ambiente e a sociedade em que vive.
6.1.6 - Concepção de Ensino Aprendizagem
Para que o processo ensino aprendizagem ocorra ela deve ser significativa,
o que exige que seja vista como a compreensão de significados, relacionando-se às
experiências anteriores e vivências pessoais dos alunos, permitindo a formulação de
problemas de algum modo desafiantes que incentivem o aprender mais;o
estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos,
noções e conceitos, desencadeando modificações de comportamentos e
contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.
O ensino é um conjunto de atividades sistemáticas, cuidadosamente
planejadas, em torno das quais conteúdo e forma articulam-se inevitavelmente e nas
quais o professor e o aluno compartilham parcelas cada vez maiores de significados
com relação aos conteúdos do currículo escolar para que o aluno participe de tarefas
e atividades que o façam se aproximar cada vez mais dos conteúdos que a escola
tem para lhe ensinar. Uma aprendizagem significativa está relacionada à
possibilidade dos alunos aprenderem por múltiplos caminhos e formas de
inteligência, permitindo aos estudantes usar diversos meios e modos de expressão.
A aula deve tornar-se representações da realidade, um espaço de
conhecimento compartilhado no qual os alunos sejam vistos como indivíduos
capazes de modificar e integrar idéias, tendo a oportunidade de interagir com outras
35
pessoas, com objetos e situações que exijam envolvimento, dispondo de tempo para
pensar e refletir acerca de seus procedimentos, de suas aprendizagens, dos
problemas que têm que superar.
Cabe ao Professor respeitá-Ios no sentido de lembrar que embora esteja
lidando com uma turma, essa turma não é homogênea, a heterogeneidade dos
alunos não pode ser negada, e, cada um tem um modo de aprender. Uns, mais
lentos, outros mais rápidos. Esse é o ponto chave da questão. Entender de que
maneira o aluno pode avançar. Analisar como foi esse caminho percorrido por ele,
quais as suas dificuldades, suas vitórias, compreender o processo.
É preciso, sobretudo, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção (...). Ensinar inexiste sem aprender e vise-versa e foi aprendendo socialmente que, históricamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível-depois, preciso-trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar. Aprender precedeu ensinar ou, em outras palavras, ensinar se diluia na experiência realmente fundante de aprender. Não temo dizer que inexiste validade no ensino de que não resulta um aprendizado em que o aprendiz não se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado, em que o ensinado que não foi apreendido não pode ser realmente aprendido pelo aprendiz (FREIRE,1996:24-26).
A aprendizagem ocorre no próprio processo de trabalho dos alunos, no dia-
a-dia da sala de aula, no momento das discussões coletivas, da realização de
tarefas em grupos ou individuais. É nesses momentos que o professor pode
perceber se os alunos estão ou não se aproximando dos conceitos que considera
importantes, localizar dificuldades e auxiliar para que elas sejam superadas através
de intervenções, questionamentos, complementando informações, buscando novos
caminhos que levem à aprendizagem. Cabe a nós, educadores, avaliarmos nossos
procedimentos, desvendar os signos da construção do homem, do conhecimento e
da cultura.
Ensino não é "adestramento" como já mostrou Paulo Freire, só há
aprendizagem quando houver participação consciente do aluno, como sujeito do
processo. Se acreditamos realmente nisso, temos de convir que caminhamos para
processos de auto-avaliação. Os instrumentos de avaliação que sempre tivemos à
nossa disposição são úteis e necessários. Precisamos é de repensá-Ios quanto às
suas funções avaliativas. Enfim, precisamos entender que nada é mais motivador do
36
que sentir-se capaz. Quando a aprendizagem é significativa e a avaliação. Uma
atividade formativa, ela estará sempre a serviço do sucesso. Esta é uma mudança
que considera a perspectiva de que o aluno deseja aprender e está disposto a se
mostrar e quer fazer isto sem medo de ser discriminado. É hora de parar de
questionar as mesmas coisas e começar a colocar em prática nossas reflexões,
analises e suposições em prol de uma escola inclusiva, significativa e formativa.
6.1.7- Concepção de Avaliação
É necessário ter a avaliação como um instrumento a serviço da
aprendizagem. Para isso é preciso ter clareza sobre qual o papel da avaliação na
aprendizagem. Que papel tem a avaliação para a família, para o aluno, para a
aprendizagem e para professores e instituição.
De modo geral é preciso entender "o que é avaliar", “o que se avalia” "para
que e por que se avalia" e "como se avalia". Pode-se dizer que avaliar é comparar a
"realidade" com um "modelo ideal". Esse "modelo ideal" expressa, através do
delineamento de metas e objetivos, um padrão de qualidade a ser atingido.
Num processo democrático, como o gerado na interação de indivíduos
autônomos, a determinação do que é ideal deve ser compartilhada de forma
cooperativa. Avaliadores e avaliados devem ter consciência sobre qual é o ideal, e
entender a serviço de quem está esse ideal. Ideal para que e para quem? Avaliar é
um processo dinâmico de reflexão sobre o que fazemos. É um movimento constante
e permanente entre AÇÃO, REFLEXÃO e, novamente, AÇÃO. Nesse sentido, o
processo de avaliação e o processo de aprendizagem são entendidos como um só.
Percebe-se a existência de três momentos importantes no processo de avaliação: a coleta de informações, a expressão de um juízo e a tomada de decisão pelo professor. “Estes três momentos, ao mesmo tempo em que definem a avaliação como um processo, também indicam as suas etapas esquemáticas na ordem em que aparecem, obviamente para efeito imediato de compreensão”. (Jegger, 1993)
Uma boa avaliação deve começar, então, por fazer um bom diagnóstico da
realidade. Tanto a busca quanto o entendimento da realidade devem ser
compartilhados por avaliadores e avaliados. Aqui a avaliação entra em cena como
um veículo de informação e de investigação.
“Precisamos transformar o discurso avaliativo em mensagem que faça
37
sentido, tanto para quem emite quanto para aquele que a recebe. O maior interesse
de um processo de avaliação deveria recair no fato de se tornar verdadeiramente
informador. A avaliação deve tornar-se o momento e o meio de uma comunicação
social clara e efetiva. “Deve fornecer ao aluno informações que ele possa
compreender e que lhe sejam úteis”. (Rabelo, 1998:80).
Um bom instrumento de avaliação é aquele que informa bem, é
discriminador, é consistente, não é arbitrário. Uma boa metodologia de avaliação
deve ir muito além do medir, do verificar, do classificar, precisa oferecer muito mais
do que um índice quantitativo, deve permitir compreender, conhecer, interpretar,
identificar, situar, entender o que e como se aprendeu. A medida e a nota têm seu
papel, mas é preciso ter clareza sobre ele.
Para que uma nota seja informativa, os alunos precisam conhecer a
interpretação dada a ela pelo professor. Os alunos precisam conhecer os critérios
pelos quais foram avaliados e, melhor ainda, devem participar da construção destes.
O foco do processo de avaliação também deve estar, portanto, na discussão sobre o
aprendizado. Para que os resultados de um processo avaliativo cumpram o seu
papel informativo e sejam significativos, alunos, professores e instituição precisam
interpretá-los. Os critérios utilizados na avaliação dos alunos precisam ser
conhecidos, e mais, precisam ser coletivamente aceitos.
Mas essa busca por entender, compreender e interpretar a realidade precisa
conseguir ver além daquilo que é visível, precisa ir além do que pode ser observável
no fazer do aluno. Ela precisa ver e conhecer aquilo que o aluno compreende, aquilo
que o aluno pensa.
Fazer é compreender em ação uma dada situação em grau suficiente para atingir os fins propostos, e compreender é conseguir dominar, em pensamento, as mesmas situações até poder rever os problemas por elas levantados em relação ao porquê e ao como das ligações constatadas e, por outro lado, utilizadas na ação (Piaget apud Hofmann, 1991:72). O bom desempenho em uma tarefa é uma coisa e o desenvolvimento de estruturas mentais é outra coisa completamente diferente” ( Kamii apud Rabelo, 1998:13).
Como instrumento da ação pedagógica a prática avaliativa deve promover a
tomada de consciência sobre como e por que os alunos fazem aquilo que fazem. E
também sobre como e por que os professores fazem o que fazem. Desta forma se
promove um pensar competente e autônomo, que permite chegar ao conhecer
38
efetivo. Uma prática avaliativa que está efetivamente a serviço do aprendizado trata
o erro do aluno como um momento privilegiado de reflexão e de investigação. Muito
antes de ser apenas apontado e corrigido, o erro precisa ser entendido e
interpretado. Só após isso é que se decidirá em conjunto como se encaminharão as
medidas que devem levar à correção do erro.
Além disso, o processo avaliativo deve respeitar e promover o
desenvolvimento de relações interpessoais autênticas e cooperativas. Atitudes e
posturas com relação aos colegas, à instituição, aos professores, bem como atitudes
com relação ao conhecimento devem também ser consideradas. Não quer se dizer
com isso que atitudes venham a ser confundidas com o processo de aquisição de
conhecimento, mas a interdependência destes fenômenos deve ser levada em
conta. Isso implica que os alunos construam uma relação saudável com o
conhecimento, não devendo a avaliação ser fonte de perda de energia ou fonte de
stress destrutivo.
Por isso tudo, o processo avaliativo deve ser democrático, claro,
transparente e honesto. É impossível conceber um processo cooperativo de
aprendizado funcionando junto com um processo autoritário de avaliação.
Avaliação não é um processo meramente técnico; ela implica um
posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos que
o movimento a ser privilegiado, no momento atual, é o do avanço na direção do
desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas
avaliativas, a avaliação da aprendizagem como procedimento de julgar o
desempenho do aluno passou a se basear em critérios expressos nos objetivos
previstos e a ser realizada de forma ampla e contínua.
Não são tanto as condições objetivas que determinam práticas de avaliação
diferenciadas, mas as concepções de mundo, educação e ensino dos diversos
profissionais que integram a escola. O conceito de avaliação de aprendizagem, que
tradicionalmente tem como alvo o julgamento e a classificação do aluno, necessita
ser redirecionado, pois a competência ou incompetência do aluno resulta, em última
instância, da competência ou incompetência da escola. A avaliação escolar, portanto,
não pode restringir-se a um de seus elementos, de forma isolada. Enfatizamos a
relação entre avaliação da aprendizagem e avaliação do ensino, considerando-se o
desempenho do aluno de forma relacionada com o desempenho do professor e com
as condições contextuais da própria escola.
39
A avaliação é comumente relacionada a idéia de mensuração de mudanças
do comportamento humano. Essa abordagem viabiliza o fortalecimento no aspecto
quantitativo.
A avaliação do rendimento escolar tem como alvo a classificação do aluno.
Necessita ser redirecionada, pois a aprendizagem do aluno não resulta apenas da
escola ou do professor, e sim de todos aqueles que participam do contexto escolar e
social do educando.
A avaliação deve contemplar aspectos qualitativos que são difíceis de serem
mensurados, pois envolvem objetivos subjetivos, postura, política, crenças e valores.
Os instrumentos de avaliação são determinados pelas idéias e modelos da
realidade em que o profissional atua. Serve como um meio de controle, feito através
de atribuição de pontos ou notas, para que os alunos realizem as tarefas e tenham
comportamentos esperados, no qual o professor e a instituição desejam. Não se
importam com o tipo de conhecimento que o aluno adquiriu, e sim, com o tipo de
nota que o aluno obteve. A nota, portanto, passa a apresentar um objetivo diferente
da representação do rendimento do aluno. Os instrumentos de avaliação
determinados pela escola não poderá ser visto como única opção de avaliação.
O ponto chave da educação deve ser o aluno aprender, saber pensar, ser
crítico e analítico. E é dentro dessa perspectiva que a avaliação deve trabalhar.
Uma proposta de avaliação se contrapõe a essa escola que conhecemos.
Esta busca a construção que reflete a própria cultura do povo brasileiro, que acredita
no conhecimento como produção social e que valoriza a vivência cotidiana dos
alunos e professores.
Numa avaliação os professores devem considerar o ambiente no qual o
educando está inserido, pois não pode cobrar disciplina e bons cuidados de higiene
de um aluno que desconhece esses princípios, devido não ter condições básicas,
econômicas e família para orientá-Io. Porém isso, não significa que ele não possa
aprender, pois se for estimulado será capaz de desenvolver seu conhecimento.
A avaliação do rendimento escolar deve ser usada como uma ferramenta
para possibilitar ao educando desenvolver seu senso crítico tornando-o capaz de
exercer sua cidadania.
6.1.8- Concepção de Cidadania
40
ARROYO (1991) ao discutir educação e cidadania afirma que:
É fundamental captar se a cidadania se constrói através de intervenções externas, de programas e agentes que outorgam e preparam para o exercício da cidadania, ou ao contrário, a cidadania se constrói como um processo que se dá no interior da prática social e política das classes. (p. 74-75).
Tomando como referência a idéia do autor acima, cabe indagar a respeito da
responsabilidade do educador (gestor, docente ou técnico) com o processo
educativo. Indagar a respeito da concepção de educação e de mundo que o
educador possui é primordial quando refletimos cidadania e Pedagogia. Refletir a
respeito do sentido da prática educativa e como esta contribui com processos de
transformação das relações educativas e sociais, é questão primordial para o
educador.
COVRE (1991) aponta que é preciso haver uma educação para a cidadania
(...) é preciso criar espaços para reivindicar os direitos, mas é preciso também
estender o conhecimento a todos, para que saibam da possibilidade de reivindicar
(p. 66). Já, MACHADO (1997) nos faz pensar uma concepção de cidadania que
ultrapassa o estatuto dos direitos formalmente garantidos, comenta a necessidade
de superação dos discursos sobre educação para a cidadania. O autor trabalha com
a idéia de projetos coletivos no campo educacional, afirmando que nada parece mais
característico da idéia de cidadania do que a construção de instrumentos legítimos
de articulação entre projetos individuais e coletivos (p. 47).
Temos constatado em nossas escolas a ampliação do número de projetos
escolares, no entanto, resta analisar os conteúdos e implicações deste trabalho no
contexto escolar. Muitos professores ampliam a sua visão de mundo, quando
desenvolvem projetos de pesquisa e/ou escolares, embora, alguns estejam apenas
interessados na obtenção dos certificados para aquisição de ascensão de nível na
carreira.
Conforme afirma MACHADO (1997) “educar para a cidadania significa
prover os indivíduos de instrumentos para a plena realização desta participação
motivada e competente, desta simbiose entre interesses pessoais e sociais, desta
disposição para sentir em si as dores do mundo”. Neste sentido, a afirmação de
COVRE não é divergente de MACHADO uma vez que ambos estão salientando a
importância dos espaços educativos que propiciem um contato ou a construção de
conhecimentos relacionados aos direitos, ou melhor, à idéia de que os direitos
41
existem e de que novos direitos são elaborados na medida em que a dinâmica
societária aponta temas emergentes (necessidades e carências), do debate a
respeito da cidadania planetária (direitos sociais e ambientais, sustentabilidade do
futuro, igualdade e liberdade acrescidos do direito à diferença, conforme afirma
SCHERER-WARREN, 1999).
A abordagem da cidadania no campo educacional está relacionada com a
idéia de autonomia, ética, comprometimento, competência e autoridade por parte do
profissional da educação. O profissional da educação terá possibilidades de ampliar
a sua visão e a dos alunos, a respeito de cidadania, quando ele tiver noções claras a
respeito do que seja cidadania. A busca constante de informações e inquietações a
respeito das mesmas propiciará um caminhar na efetivação da cidadania. Para além
das noções de direitos humanos, a cidadania está vinculada à idéia de participação
e de ação coletiva, pois é no âmbito do grupo e das relações sociais nele
propiciadas que emergirão identidades, reivindicações, desmascaramentos de
idéias, organizações sociais etc. No campo educativo e nele a Pedagogia, os
projetos coletivos escolares constituem possibilidades para a efetivação da
cidadania ativa, como construção de conhecimentos, de atitudes, de posturas e
valores, além da possibilidade de romper paradigmas.
A cidadania está ligada à experiência concreta dos movimentos sociais,
expressa na luta por direitos; expressa novas dimensões a respeito da democracia e
organiza uma estratégia de construção democrática, de transformação social.
Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,
participativa, formativa e crítica, é necessário a concepção de uma cidadania plena e
consciente dos direitos e deveres atribuídos à todas as pessoas. Os indivíduos
devem ter ciência da importância da educação para a formação da pessoa humana
como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse processo.
Cidadão convicto de que a educação começa do interior de cada ser humano e se
expande para o exterior, partindo do individual para o coletivo.
A formação da cidadania consciente acontecerá quando o indivíduo
conseguir sair da zona do conforto em que se encontra, onde o poder público
assume um papel paternalista, assistencialista e o indivíduo o papel de dependência
do sistema.
Cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire
quando passa a pensar nos problemas de seu bairro, de sua comunidade, de sua
42
cidade, de seu estado, de seu país e porque não dizer, do mundo. Quando ele
assume responsabilidades de mudanças, de busca de alternativas,de conhecimento
das leis, da política,das práticas sociais e conduta de preservação do meio
ambiente, do respeito às diferenças, do humano capaz.
Na dinâmica do pensar, do buscar alternativas, a escola exerce papel
fundamental na formação do ser humano, incutindo idéias e valores éticos e morais,
abrindo-Ihes o horizonte do saber, abrindo espaços para que surja o ser criativo,
crítico, construtivo, participativo.
A escola, em todos os seus segmentos, tem o papel fundamental de inserir
na vida cotidiana de nossos educandos, a prática da cidadania, através de projetos
inovadores, que possibilitem o desenvolvimento, o conhecimento e esclarecimentos
que tragam benefícios e facilite o saber inclusivo de nossa comunidade escolar.
A escola deve contribuir para a constituição de uma cidadania de qualidade
nova, cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um protagonista
responsável, para exercer direitas que vão muito além de uma representação política
tradicional: emprego, qualidade de vida, meio ambiente saudável, igualdade de
homens e mulheres, respeito às diferenças, enfim, idéias afirmativas para a vida
pessoal e para a convivência.
6.1.9- Concepção de Cultura:
Em relação à cultura, temos diversos conceitos, dos quais, destacamos: A
cultura, como conjunto de conhecimentos, valores, crenças, realizações que o ser
humano, vivendo em sociedade, cria, desenvolve e compartilha com seu grupo
social. Diante disto, identificamos na escola, um espaço essencial para valorização
da cultura construída historicamente e socialmente, que representa um determinado
grupo.
Cada grupo é identificado por sua cultura, suas tradições e valores e isso
deve ser respeitado na escola. A pedagogia de Paulo Freire traz uma proposta de
educação libertadora que valoriza e constrói novos conhecimentos a partir da
realidade dos alunos, o currículo deve ser „vivo‟ e o processo de inclusão social
acontece através da alfabetização, que pode ser considerada o início de um
processo de formação. A palavra “formação” está além de "informações” rápidas, ela
é um elemento essencial no projeto educacional de Paulo Freire, que visa a
43
“formação” do cidadão, crítico, político e consciente de sua responsabilidade com o
mundo.
Quando falamos em responsabilidade, nos remetemos aos inúmeros
“cidadãos” que nem sequer são considerados “cidadãos” porque não “possuem” o
instrumento da leitura e da escrita, instrumentos estes de libertação, pois, sem ter
esses instrumentos, são discriminados e excluídos da sociedade, que exige cada dia
mais, “cidadãos” preparados para “ler” e “interpretar” o mundo, sem dar condições
para que isso aconteça.
Neste sentido, questionamos a quem cabe a responsabilidade pelos
diversos “cidadãos” excluídos? A quem cabe a responsabilidade pela escola ter se
tornado um instrumento de exclusão e de dominação, através da mercantilização da
cultura?
Através de uma prática mediatizada pelo diálogo e pela valorização da
cultura do aluno, Paulo Freire vê na educação uma forma política de transformar a
sociedade, para que a mesma, se torne justa e igualitária.
Diante disto, destacamos as idéias de Paulo Freire como sendo um
instrumento de uma educação transformadora, libertadora, conscientizadora, que
valoriza a “formação humanista, que resgata valores e que vê na escola uma
esperança de mudança, onde o educador e o educando são agentes de
transformação num processo dialógico e humanizador que vê no diálogo a base da
construção do conhecimento:
O diálogo não é um produto histórico, é a própria historicização É ele, pois, o movimento constitutivo da consciência que, abrindo-se para a infinitude, vence intencionalmente as fronteiras da finitude e, incessantemente, busca reencontrar-se ela a si mesma num mundo que é comum; porque é comum esse mundo, buscar-se a si mesma é comunicar-se com o outro. O isolamento não personaliza porque não socializa. Intersubjetivando-se mais, mais densidade subjetiva ganha o sujeito. Fiori (FREIRE, 1987, p.16).
Só o diálogo pode interagir e construir um mundo melhor e mais justo, na
busca de uma “práxis” libertadora que inclui e não exclui, que não se conforma com
a reprodução e sim com a produção coletiva, crítica, política, consciente e reflexiva,
através da escola como espaço de construção e transformação, através da
valorização e do respeito pelo outro, pelo conhecimento da cultura de cada aluno, de
cada realidade, através de um currículo vivo, que tem nas palavras-chave o início da
44
inclusão e da transformação, através de um projeto coletivo de conscientização e
criação, onde a educação é esse elemento essencial para um mundo melhor. Se a
escola cumprir seu papel de “formação” consciente e cidadã, teremos um sonho
realizado: uma sociedade cidadã, justa e igualitária que vê na relação humana a
base de sua edificação.
A mudança do nosso fazer pedagógico, depende de cada um de nós, do
nosso compromisso, independentemente das dificuldades, pois elas, são os
elementos essenciais, para assumirmos nossa luta e compromisso com nossos
educandos, procurando superar essas dificuldades e construirmos juntos uma
escola de qualidade , de libertação e transformação, que esteja preocupada em uma
formação crítica, reflexiva e construtiva, do cidadão, consciente de sua
responsabilidade com o mundo e com a sociedade em que está inserido. “Ninguém
educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 68).
Vivemos uma miscigenação de culturas, oriundas das mais variadas regiões
do Estado e do País. Necessitamos vivenciar e promover a manutenção dos seus
valores culturais, costumes e tradições, capaz de transformar todo o seu potencial
de experiências vividas em componentes que, somados à outros valores, possam
transformar o ser humano, a sociedade e unir mundos.
6.2- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Pensar na ação educativa, como processo de libertação do homem, impõe a
coragem de, entre outros fatores, lançar o olhar crítico sobre os determinantes
estruturais da escola, analisando as formas organizativas do trabalho pedagógico e
as condições concretas do contexto educativo, não para cruzar os braços, conferir a
situação e justificar a nossa impotência, mas para arregaçar as mangas na luta com
a clareza do árduo trabalho que temos pela frente e a esperança teimosa dos que
sabem aonde querem chegar,para compreender a escola e a sala de aula em suas
contradições e possibilidades de superação, à luz da concepção de educação
libertadora de Paulo Freire.
O nome de Paulo Freire traz-nos, de imediato, a idéia da educação como ato
45
de liberdade, tendo como princípio fundante a crença no ser humano em toda a
complexidade e incompletude que o tornam belo. Esse caráter inacabado do homem
inserido numa realidade em permanente devir faz da educação uma atividade
contínua, que se faz e refaz na práxis, sob a constante tensão entre
conservação/estabilidade e transformação/mudança.
Como ato de liberdade, a educação deve configurar-se como rejeição a
qualquer forma de aprisionamento, domesticação, adestramento, alienação,
opressão para constituir-se como experiência dialética da libertação humana do
Homem, que se realiza no diálogo crítico entre educador e educando. Esses
pressupostos ético-filosóficos do pensamento freireano, levados para a prática
pedagógica, implicam compreender a educação como ato de conhecimento e a
relação interativa aprender-ensinar como desafio, curiosidade epistemológica,
dúvida, provocação, criticidade, diálogo, reinvenção, recriação. Nessa perspectiva, o
ato educativo exige do educador saberes fundamentados numa ética e numa visão
de mundo em que razão e emoção, longe de se colocarem em planos opostos, se
configuram como elementos constitutivos do ser humano em sua unicidade. “Ensinar
exige a reflexão crítica sobre a prática” (Freire, 1997) e, nesse processo avaliativo,
educandos/educadores juntos, assumidos como sujeitos, em atitude de inquietação
indagadora diante do mundo, confrontam-se com o conhecimento, problematizam o
mundo que, objetivado, vai-se desvelando como construção histórico-social dos
homens que o transformam e são por ele transformados.
6.2.1- Gestão democrática
Só se aprende democracia fazendo democracia pela prática da participação,
pois:
Ninguém vive plenamente a democracia nem tampouco a ajuda a crescer, primeiro, se é interditado no seu direito de falar, de ter voz, de fazer o seu discurso crítico; segundo, se não se engaja, de uma ou de outra forma, na briga em defesa deste direito, que no fundo, é o direito também a atuar (Freire, 1993: 88).
Nessa perspectiva, a participação apresenta-se como atividade essencial
para a construção de uma sociedade mais justa, devendo expressar-se na educação
em: participação como exercício de voz, de ingerir, de decidir em certos níveis de
poder, enquanto direito de cidadania, se acha em relação direta, necessária, com a
46
prática educativo-progressista, se os educadores e educadoras que a realizam são
coerentes com o seu discurso.
Sem abrir a escola à presença realmente participante dos pais e da sua
própria vizinhança nos destinos dela. Participar é bem mais do que, em certos fins
de semana, “oferecer” aos pais a oportunidade de, reparando deteriorações,
estragos das escolas, fazer as obrigações do próprio Estado. A participação para
nós, sem negar este tipo de colaboração, vai mais além. Implica, por parte das
classes populares, um estar presente na História e não simplesmente nela estar
representadas. Implica a participação política das classes populares através de suas
representações ao nível das opções, das decisões e não só do fazer o já
programado. Por isso é que uma compreensão autoritária da participação a reduz,
obviamente, a uma presença concedida das classes populares a certos momentos
da administração.
Assim, Participar é discutir, é ter voz, ganhando-a, na política educacional
das escolas, na organização de seus orçamentos. Sem uma forte convicção política,
sem um discurso democrático cada vez mais próximo da prática democrática, sem
competência científica nada disto é possível.
A gestão democrática educacional pode contribuir na ampliação das
estruturas democratizantes e consequentemente favorecerem o exercício da
participação popular. No entanto, problematiza as limitações da educação, pois esta
não é a “alavanca da transformação social”, mas ela: “... ajuda muito a esclarecer, a
desvendar as condições em que nos encontramos (...) a transformação em si, não
obstante, é um evento educacional. A transformação nos ensina, nos modela e nos
remodela” (Freire, 2003a: 163).
A partir dessas perspectivas, a educação como prática libertadora tem no
diálogo sua forma de efetivação, pois esse é uma relação horizontal entre sujeitos,
que: nasce de uma matriz crítica e gera criticidade, questões vitais para a nossa
ordenação política, mas em todos os sentidos do nosso ser.
Mudar as condições concretas da realidade significa uma prática política
extraordinária, que exige mobilização, organização do povo, programas, essas
coisas todas que não estão organizadas só dentro das escolas, que não podem ser
organizadas só dentro de uma sala de aula ou de uma escola.
A gestão democrática da escola é uma exigência do projeto político-
pedagógico. Ela exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos
47
os membros da comunidade escolar. Mudança que implica deixar de lado o velho
preconceito de que a escola pública é apenas um aparelho burocrático do Estado e
não uma conquista da comunidade. A gestão democrática da escola implica que a
comunidade, os usuários da escola, sejam os seus dirigentes e gestores e não
apenas os seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na
gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de
responsabilidade pelo projeto da escola.
Há razões que justificam a implantação de um processo de gestão
democrática na escola:
Porque a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o
exemplo. A gestão democrática da escola é um passo importante no
aprendizado da democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está
a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está
prestando um serviço também à comunidade que a mantém.
Porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola,
isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um
melhor conhecimento do funcionamento da escola e de todos os seus
setores; propiciará um contato permanente entre professores e alunos, o que
leva ao conhecimento mútuo e, em consequência, aproximará também as
necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores. O
aluno aprende apenas quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem. E
para ele tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das
decisões que dizem respeito ao projeto da escola que faz parte também do
projeto de sua vida. Passamos muito tempo na escola, para sermos meros
clientes dela. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação e
da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato
pedagógico.
A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político-pedagógico
da escola - não se limitam à mera declaração de princípios consignados em algum
documento. Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado,
mas também na escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na
organização de eventos culturais, de atividades cívicas, esportivas, recreativas. Não
basta apenas assistir reuniões democrática, deve estar visível por uma certa
atmosfera que se respira na escola, na circulação das informações, na divisão do
48
trabalho, no estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no
processo de elaboração ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na
formação de grupos de trabalho, na capacitação dos recursos humanos, etc. A
gestão democrática é,portanto, atitude e método. A atitude democrática é
necessária, mas não é suficiente, precisamos de métodos democráticos de efetivo
exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda tempo, atenção e
trabalho.
Para que a construção do Projeto Político-Pedagógico seja possível é
necessário propiciar situações que permitam, a todos os segmentos da escola,
aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente.
O ponto que nos interessa reforça é que a escola não tem mais possibilidade
de ser dirigida de cima para baixo e na ótica do poder centralizador que dita as
normas e exerce o controle técnico burocrático. A luta da escola é para a
descentralização em busca de sua autonomia e qualidade.
6.2.2- Formação continuada dos Professores, Funcionários e Equipe Pedagógica
A formação continuada dos professores, funcionários e equipe pedagógica
obedecerá ao Calendário da SEED quanto a realização de cursos e grupos de
estudos específicos para cada segmento; também com a elaboração de programas
de formação com questões como um todo, abordando temas de interesse de toda a
sociedade. Os professores e funcionários em sua maioria participam de todos os
cursos ministrados, via escola, ofertados pela SEED e também de outros cursos de
formação ministrados por outras entidades em particular, estando sempre em
constante aprimoramento para melhor exercício de suas funções. E é interesse de
todos que continue a serem ofertados os cursos de Formação Continuada e Grupos
de Estudos nas escolas.
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de
formar cidadãos capazes de participar da vida sócio-econômica, política e cultural do
país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada) condições de
trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à
escola, redução do número de alunos na sala de aula, etc....), remuneração,
elementos esses indispensáveis à profissionalização do magistério.
A melhoria da qualidade da formação profissional e a valorização do trabalho
49
pedagógico requerem a articulação entre instituições formadoras, no caso as
instituições de ensino superior e a Escola Normal, e as agências empregadoras, ou
seja, a própria rede de ensino. A Formação profissional implica, também, a
indissociabilidade entre a formação inicial e a formação continuada.
A Formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham
na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na
titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia,
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com a
escola e seus projetos.
Assim, a formação continuada dos profissionais da escola, não deve limitar-
se aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um
todo e suas relações com a sociedade.
6.2.3- Concepção Curricular
Segundo Freire (1959, p.8): “o homem é um ser de relações que estando no
mundo é capaz de ir além, de projetar-se, de discernir, de conhecer (...) e de
perceber a dimensão temporal da existência como ser histórico e criador de cultura”.
Encontra-se ai implícita a idéia de que os conteúdos programáticos, as
metodologias utilizadas e os fundamentos epistemológicos que alicerçam a
construção curricular, entre outros devem estar contextualizados| e influenciados
pela cultura e pelas experiências de vida dos atores educacionais que estão
envolvidos nessa construção, a saber: educandos,educadores, gestores, pais,
comunidade educativa (escolar ou não).
Para conseguir êxito progressivo neste caminho, precisam tomar parte
efetiva na construção curricular (e, não secundária) os cotidianos de todos os que
agem e interagem no processo de educação, os múltiplos trabalhos e todos os
”saberes da experiência feita” dos sujeitos do processo educativo, principalmente da
grande população frequentadora das escolas e cursos públicos. Essa é uma tese
antiga e conhecida deste educador: constituir “círculos de cultura” nos quais o
cotidiano cultural das camadas populares- representado por suas falas, suas
expressões artísticas, seus desejos, suas necessidades e sonhos, sejam parte
integrante, junto com todo o conhecimento sistemático/escolar/científico, de um
currículo que possa “pertencer” a todos os que fazem o processo educativo. O
50
sentimento de pertencimento em relação ao conhecimento, à construção do
currículo e à sua aplicação coletiva pode vir a ser detonador (individual e coletivo) de
um sentimento mais amplo de pertencimento em relação ao processo educativo ou à
escola. Em outras palavras, se educandos e educadores, pais e dirigentes, técnicos
e comunidade educativa em geral, sentirem que o processo de conhecimento e de
educação (seja escolar ou não) lhes pertence e, não, aos outros (o Estado, a
Secretaria, o MEC, o político local, etc ), como de costume, teríamos um terreno fértil
para construção do “sucesso qualificado” crescente dos processos educativos que
combateria o “fracasso” da repetência e da exclusão, além de se opor à
massificação acelerada e desqualificão da escola atual. Neste sentido, parece-nos
correto afirmar que o currículo torna-se crítico e reflexivo quanto mais pertencer aos
principais protagonistas educacionais/escolares.
Fazer um currículo pressupõe traduzir princípios ideológicos, políticos,
econômicos e pedagógicos em normas de ação, prescrições educativas na forma de
um instrumento que guie e oriente a prática pedagógica cotidiana. As atividades
educativas escolares respondem a uma finalidade intencional e necessitam de um
plano de ação determinado. Assim, tais atividades educativas escolares estão a
serviço de um projeto educativo. O currículo tem como função principal a de
explicitar o projeto educativo e servir de guia para a concretização deste, não deve
limitar-se a enunciar de modo genérico as intenções educativas, pois, ao estar
completamente desvinculado da prática concreta das salas de aula, corre o risco de
não ter nenhuma utilidade para os professores. Por outro lado, o currículo não pode
suplantar a iniciativa e a responsabilidade dos professores, se elaborado por órgãos
desvinculados da realidade imediata das escolas, constituindo-se num plano
previamente estabelecido nos seus mínimos detalhes; o que tornaria os professores
em meros executores do currículo.
6.2.4- Matrizes Curriculares dos Cursos Ofertados:
Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências,
Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e
Língua Portuguesa e de uma Parte Diversificada, constituída por
Língua Estrangeira Moderna – Inglês;
51
II. Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do
estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade
cultural religiosa do Brasil.
III. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e indígena, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental,
Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em
todas as disciplinas;
IV. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três
anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas.
Na organização curricular do Ensino Médio consta:
I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia,
Química, Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia,
Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma Parte
Diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna Inglês;
II. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação
Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente,
como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as
disciplinas;
III. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
O Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais
do Ensino Fundamental - na modalidade normal, em nível médio, tem organização
curricular integrada.
O curso integrado está estruturado em 4 (quatro) séries, perfazendo um total
de 4.000 horas\aula com 800 horas\aula de Estágio Supervisionado no contraturno.
O currículo do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental - na modalidade normal, em nível médio, está
organizado por disciplinas, estando suas ementas detalhadas na Proposta
Pedagógica Curricular.
Na organização curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, consta:
I. Base Nacional comum constituída pelas disciplinas de: Língua
52
Portuguesa e Literatura, Educação Física, Matemática, Física,
Química, Biologia, História, Geografia, Sociologia e Filosofia e de uma
Parte Diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna - Inglês
e na Formação Específica: Fundamentos Históricos da Educação,
Fundamentos Filosóficos da Educação, Fundamentos Sociológicos da
Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil,
Concepções Norteadoras da Educação Especial, Trabalho Pedagógico
na Educação Infantil, Organização do Trabalho Pedagógico, Literatura
Infantil, Metodologia do Ensino de Português/ Alfabetização,
Metodologia do Ensino de Matemática, Metodologia do Ensino de
História, Metodologia do Ensino de Geografia, Metodologia do Ensino
de Ciências, Metodologia do Ensino de Arte e Metodologia do Ensino
de Educação Física e Estágio Supervisionado.
II. História e Cultura Afro-Brasileira ,Africana e indígena, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental,
Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em
todas as disciplinas;
III. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
6.3- PARTICIPACÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS
6.3.1- Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da comunidade
escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
constituição, a LDB, o ECA, o Projeto político Pedagógico e o Regimento Escolar do
Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola.
A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto
ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito Escolar.
53
A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e
tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e
financeiras, no âmbito de sua competência.
A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação
de problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho garantindo o
cumprimento das normas da escola bem como, a qualidade social da
instituição escolar.
A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização da
gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar,
garantindo a legitimidade de suas ações.
O Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino possui Estatuto próprio e
encontra-se normalmente regulamentado. Realiza reuniões sempre que
necessárias, convocadas pelo Presidente do Conselho Escolar.
6.3.2- Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Hélio
Antonio de Souza -EFMN -é registrada no Cartório de Registro de Títulos e
Documentos Protocolado nº. 0006366 – Registrado nº. 0006050/00- livro B-033 em
Matinhos - PR em 25 de julho de 2008.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários possui Estatuto próprio e
realiza eleições de acordo com o mesmo, obedecendo às normas e prazos legais de
SEED e encontra-se normalmente regulamentada. Realiza reuniões bimestrais e
quando convocadas em caráter extraordinário.
A associação de Pais, Mestres e Funcionários possui participação ativa nas
atividades da escola; colaborando nas tomadas decisões e implementando
programas de melhorias significativas no espaço físico escolar, promovendo uma
grande integração da comunidade escolar.
6.3.3- Grêmio Estudantil
Temos o Grêmio Estudantil funcionando no Estabelecimento de Ensino, os
alunos, principalmente do Ensino Médio, no ano de 2009 já estão se mobilizando,
54
incrementando as atividades da escola, estando presente em todas as atividades e
assim colaborando para o dinamismo dos trabalhos e maior participação dos alunos
e pais nas atividades
6.4- CONSELHOS DE CLASSE
No ano letivo de 2010, o Pré-conselho com os professores é realizado
diariamente, onde os professores formalizam, em ficha própria, os casos particulares
de alunos com dificuldades, alunos faltosos e problemas de indisciplina. A
participação dos alunos e ou pais no Conselho de Classe é permitida porém não
utilizada, são realizado Pré-conselhos nas turmas com a presença do professor(a)
representante e Equipe Pedagógica e o resultado do pré-conselho feito com os
alunos é levado para discussão no Conselho de Classe para apreciação e tomada
de posição pelos professores das turmas e após apresentação faz-se o pós-
conselho com os alunos apresentando as tomadas de decisões e estratégias de
consenso apresentadas pelos dois segmentos. Na seqüência, a Equipe Pedagógica
trabalha os casos individuais de problemas de Ensino aprendizagem, encaminhando
alunos para avaliação, chamando os pais para terem ciência do que esta
acontecendo, revendo a prática e conteúdo do professor.
6.5- ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS COLEGIADOS
As eleições para Direção da Escola são realizadas mediante normas e
prazos determinados pela SEED, de forma democrática.
As eleições do Conselho Escolar obedecem a critérios e prazos estipulados
em Estatuto próprio, com efetiva participação de todos os segmentos.
As eleições para representante de turma é orientado pela Equipe
Pedagógica, no início do ano letivo através do voto aberto, orientado pelo
professor representante, também eleito pelos alunos.
As eleições da APMF são realizadas de acordo com prazos e normas
previstos no Estatuto próprio da Instituição com a participação de toda a
comunidade escolar.
55
6.6- AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,
com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino e
aprendizagem, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-Ihes valor.
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
A avaliação deve proporcionar dados para que os professores possam
promover a reformulação e adequação dos conteúdos e métodos de ensino.
Possibilitando também que o estabelecimento de ensino mude como um todo.
Os critérios de avaliação, de responsabilidade dos estabelecimentos de
ensino, devem constar do Regimento Escolar, obedecida a legislação existente.
Os critérios de avaliação elaborados em consonância com estabelecimento
de ensino.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho
do aluno em diferentes situações de aprendizagem.
A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados.
É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só
oportunidade de aferição.
A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com
os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos
qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a
multidisciplinaridade dos conteúdos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,
permanente e cumulativa.
A avaliação deverá obedecer à ordenação e a seqüência do ensino e da
aprendizagem, bem como à orientação do currículo.
56
Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o
período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-Ios,
expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados obtidos durante o período letivo preponderarão sobre os da
prova final, caso esta conste do regimento.
Caberá ao Órgão indicado pelo Regimento Escolar o acompanhamento do
processo de avaliação da série devendo debater e analisar todos os dados
intervenientes na aprendizagem.
O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos Professores, pelo Diretor e
pelos profissionais da Equipe Pedagógica.
É recomendável a participação de um representante dos alunos.
A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários
deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.
A aprendizagem deverá levar em consideração a capacidade individual, o
desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.
A avaliação deverá ser registrada em documentos próprios a fim de serem
asseguradas a regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno.
6.7 - ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
A inserção do Estágio não obrigatório no Projeto Político pedagógico da
escola não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o
estágio seja uma atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo,
conforme Lei nº. 11788/2008 a função social da escola vai para além do aprendizado
de competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para
além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a
partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais,
as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer
instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de
denominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do
trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
57
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundarisa o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos
teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a
partir das relações de trabalho.
7- MARCO OPERACIONAL
7.1- ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO DA REALIDADE LOCAL
A comunidade espera que a escola promova o desenvolvimento individual e
coletivo dos seus membros para o trabalho, bem como para a vida social e política.
A escola é um espaço de formação e informação' em que a aprendizagem
de conteúdos deve, necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia, em
questões sociais e culturais, formando cidadãos capazes de atuar com competência
e dignidade na sociedade assimilando este processo, exercendo o uso de seus
direitos e o cumprimento de seus deveres.
A função prioritária da escola é político-social. Pedagogia e política são
fontes constitutivas de um todo. A escola faz política não só pelo que diz, mas
também pelo que não diz; não só pelo que faz, mas também pelo que não faz.
Assim, educação e política somente são intimamente ligadas no sentido de que
"educação deve determinar mudanças na sociedade e não a sociedade determinar
58
as mudanças na educação".
A escola deve ocupar o espaço social que lhe está reservado, qual seja ir ao
encontro das necessidades que a sociedade está a reclamar. Contribuir na
educação dê cidadãos comprometidos moral e ética mente e que sejam movidos por
um sentimento solidário de servir e não apenas servir-se.
Esta perspectiva se torna desafiadora, no momento em que a qualidade está
merecendo destaque. A ânsia na participação deve ser no saber e não apenas no
poder. Participação no saber tem uma função social, que é a de servir e não de
dominar. Um saber que visa a liberdade e não à sujeição. Pensando na nossa
realidade, deduzimos que a educação deve ser pensada para atender a todos. A
escola busca esse entendimento e, apesar de todos os problemas enfrentados,
demonstra sua preocupação com a questão da formação humana, incutindo em
suas análises as bases que nortearão todo o processo de mudança ora proposto.
Apresenta em todas as suas estratégias de ação a preocupação com a questão da
formação humana, valores morais e éticos. A escola, segundo análise de nossa
comunidade escolar, tem a função de conduzir conhecimentos e informações, suprir
e orientar a formação intelectual, política e cultural de nossos educandos afim de
prepará-Ios para transformar a sociedade de forma mais justa e humana.
7.2- ENSINO E APRENDIZAGEM
Sabe-se a importância do entendimento global do aluno em formação, para
o trabalho em prol de um desenvolvimento satisfatório em termos emocionais,
cognitivos, pedagógicos e sociais. As crianças passam grande parte de suas vidas
na escola, e aqui desenvolvem e demonstram muitas de suas habilidades e
limitações. Torna-se provável que fragilidades emocionais fiquem à mostra na
escola. É comum que problemas extra-classe enfrentados pela criança interfiram em
seu rendimento escolar,cabendo ao professor, quando possível, detectar e denunciar
se algo não esteja bem.
Após anos de repetência, os alunos passam a ser rotulados e segregados
em turmas especiais. E o discurso oficial pede sua reintegração ao grupo de alunos
normais, como se a discriminação não viesse das mesmas fontes.
O aluno é visto naquilo que lhe falta, e não a partir do que já tem
59
desenvolvido. Ele apresenta carências afetivas porque as famílias são
desestruturadas, carências nutricionais, porque são pobres e não se alimentaram
bem na primeira infância; carências culturais, porque a sua cultura é inferior;
carências sociais porque são agressivos, indisciplinados e não sabem se comportar
em sala de aula. Poucos param para captar o mundo desses alunos em toda a sua
complexidade e diversidade.
Cabe aqui a competência intelectual do professor, em saber distinguir o
essencial do acessório da atividade escolar em toda sua dimensão. A atividade da
escola é ensinar; preparar a criança, o adolescente, o jovem para o desenvolvimento
e a aquisição de habilidades físicas, intelectuais e manuais necessárias à
continuidade da escolarização.
Se a proposta está em educar para a vida salientando a cooperação e a
solidariedade, não se deve conceber um discurso de cooperação e uma exaltação
prática que salientes esquemas competitivos e egoísticos marcando as relações
entre as várias categorias de pessoal atuantes na escola.
Neste contexto, que é perseguida a proposta de ação colegiada na escola,
ou seja, a cooperação. O trabalho do colegiado deve ser entendido como tentativa
de criação de novas relações no interior da escola, para que a atividade de todos
tenha como foco o projeto educacional da escola.
A Equipe Pedagógica analisa os problemas de ensino-aprendizagem de
forma efetiva, conforme designa a função; contextualizada com a realidade da
escola, realmente auxiliando o professor com subsídios que vem de encontro às
dificuldades individuais de ensino-aprendizagem de seus alunos, realizando ações
que propiciam melhor desempenho escolar dos educandos:
Cuida para melhorar o atendimento aos alunos e pais;
Orienta alunos e professores para uma melhor integração;
Mantém relações de informação com o Conselho Tutelar encaminhando os
casos graves de indisciplina dos alunos;
Buscam novas formas de reposição de aula, professores para substituição;
Organiza reuniões para buscar mudanças e averiguar problemas;
Elabora projetos diferenciados para incentivar e motivar o educando;
Organiza o atendimento da biblioteca.
Aluno e professor aprendem através de troca de experiências entre ambos
60
com consciência de que: Quem ensina hoje, são todas as pessoas que possuem um
conhecimento e o transmitem para outra. É educador o que tem ou tenta ter o
domínio em sua área profissional, intelectual, ética e humana. Ainda, atualmente, o
professor e assume que não sabe tudo e que também precisa aprender mais, para
que a relação ensino-aprendizagem possa, realmente desempenhar o seu papel,
efetivando as propostas para melhorar o aproveitamento escolar todos,
indistintamente devem, além das observâncias e cumprimento das normas internas
da escola ainda:
Evitar faltas excessivas, desnecessárias;
Não subir aula;
Explicar melhor os conteúdos;
Maior orientação para os alunos executarem as tarefas;
Mudar o jeito de ensinar;
Ajudar aqueles que estão com mais dificuldades de aprendizagem;
Ministrarem aulas mais dinâmicas;
Rever provas com notas muito baixas; além de repensar a recuperação de
forma mais significativa, não simplesmente aplicando a mesma prova sob
forma de cópia.
Chamamos atenção ainda, para nossa realidade onde devemos trabalhar as
mudanças interiores, individuais, capacidade, humildade e honestidade em nossa
própria avaliação. Quem ensina deve ser o profissional devidamente capacitado para
a função, porque cada ano, este professor lida com adolescentes diferentes, que
também lhe ensinam a forma como adaptar ou implementar novos métodos, de
forma a garantir uma melhor aprendizagem.
Estar sempre atento, identificando necessidades de aprendizagem,
organizando o currículo, desenvolvendo planos e projetos, implementando os
objetivos planejados, fornecendo instruções claras para os alunos, auxiliando no
desenvolvimento de hábitos de trabalho e habilidades de estudo. Usando as várias
metodologias existentes, visando sempre àquela que ofereça melhores condições de
aprendizagem para o aluno, respeitando sempre a realidade do mesmo.
Considerando-se que, no processo educacional a relação entre conhecimentos,
linguagem e afeto, constitui o ato de ensinar e aprender.
61
7.2.1- Avaliação da Escola
A nossa avaliação é diagnosticada, ou seja, tem como objetivo identificar as
dificuldades dos alunos para que o professor possa rever sua metodologia e intervir
no processo Ensino-aprendizagem.
Os objetivos partem das necessidades concretas do aluno no contexto
histórico-cultural, a fim de que através da socialização do saber, possam desvendar
os mecanismos de denominação existente, instrumentalizando as camadas
populares de conteúdo que permita participação na transformação social. Avaliar o
aluno como um todo visando não somente o aproveitamento teórico- prático.
Torna-se necessário dar ênfase à avaliação diagnóstica e qualitativa,
contínua, gradual e constante, tendo como função:
Informar ao professor juntamente com os alunos a trajetória do progresso
deste.
Possibilitar ao professor avaliar seu próprio desempenho, sua proposta
pedagógica, bem como a correção que se fizer necessária no processo de
ensino e na reformulação dos objetivos educacionais.
A sistemática da Avaliação do desempenho do aluno e de seu Rendimento
Escolar será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos
qualitativos de acordo com o Currículo e objetivos propostos pelo
estabelecimento de Ensino e os resultados expressos em notas de 0,0 à
10,0 (zero a dez vírgula zero).
Mínimo de (02) duas avaliações - podendo o professor proceder quantas
avaliações julgar necessário todos com valor 10,0 (dez virgula zero - provas
escritas e orais, trabalhos, pesquisas, apresentações e qualquer outro
procedimento avaliativo, que venha de encontro ao real desenvolvimento da
aprendizagem do educando e ,ao final do Bimestre faz se a média aritmética
dos valores das atividades.
Todas as avaliações são passíveis de Recuperação de conteúdo com no
mínimo 01 (uma) recuperação de nota por bimestre.
7.2.2- Estágio não Obrigatório
62
Cabe ao Pedagogo acompanhar efetivamente as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, exigindo relatório
periódico do estagiário e avaliando suas atividades, para que assim possa mediar a
natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho
docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica
política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo zelar pelo cumprimento do termo
de compromisso firmado entre as instituições, também, manter os professores das
turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as
atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação
prática.
7.3- PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA/ 2010
Projeto Político Pedagógico: Mobilizar a comunidade Escolar e o
Conselho Escolar em todas as discussões e problemas enfrentados pela
escola junto ao NRE;
Regimento Escolar: Divulgar, com maior ênfase, o Regimento Escolar
do estabelecimento de Ensino;
Instâncias Colegiadas: Incentivar a todas as instâncias Colegiadas
(APMF, Grêmio, Conselho Escolar) a participar, mais, das atividades e
suas funções no Estabelecimento de Ensino;
Acionar as Entidades Externas: Promotoria Pública quando
necessário; solicitar pessoal da Patrulha Escolar; pedir retorno através
de ofício-listagem de alunos e informações gerais dos alunos que
freqüentam o PETI;
No planejamento Participativo: proporcionar encontros entre pais,
professores, Equipe Pedagógica e funcionários; melhor entrosamento
entre os turnos da escola.
Cumprimento do Calendário escolar em dias letivos e hora-aula:
cumprimento integral do Calendário Escolar de 2010; reposição de
hora-aula de acordo com as instruções da SEED; prever todas as
63
atividades extracurriculares e registrá-las;
Na relação escola-comunidade: convocar e motivar os pais a
participarem de reuniões; organizar reuniões de temas relevantes ao
dia-a-dia da escola, atividades recreativas e festas que venham a
envolver pais, alunos, professores e comunidade;
Programa Paraná Alfabetizado: Participação maior da escola,
divulgação na comunidade e em sala de aula, participação do Curso
Formação de Docentes;
Proposta Pedagógica/Plano de Trabalho Docente: Buscar alternativas
para maior entrosamento em todos os segmentos da escola, visando
proporcionar aos nossos educandos atividades envolventes que
despertem maior interesse, e melhore o desempenho e a disciplina
em sala de aula e que venha melhorar o Ensino-aprendizagem.
Discutir com o professor a possibilidade de um ensino mais dinâmico,
com novidades, maior uso dos recursos Tecnológicos.
As normas para reposição de aulas: Os professores deverão repor as
faltas, imediatamente ao mês corrente, avisando com antecedência à
Equipe Pedagógica para as devidas providências. Só poderá ser feita
a reposição da aula em dia que o professor não tiver aula, mediante a
falta de outro professor. A Equipe Pedagógica avisará com
antecedência a possibilidade da reposição, caso o professor não
aceite a reposição na data disponível, será lavrado em livro ata que o
professor foi convocado para efetuar a reposição da falta devida e não
veio. Mediante isto, findando o prazo estipulado, a falta será enviada
no RMF. Os professores que faltam com atestado médico, no final do
ano letivo, caso falte aulas dadas, deverão elaborar um plano de
reposição de conteúdo para que o aluno não saia prejudicado. Pois,
com certeza, a carga horária já estará comprometida.
Avaliação escolar: Auto-avaliação do professor, diversidade nas
avaliações com prioridade para o que é relevante;
Conselhos de Classe: Pré-conselho em sala de aula (com os alunos,
representante da Equipe Pedagógica e o professor representante da
turma) pré-conselho com o professor na hora /atividade – Conselho
64
de Classe com todos os Professores da turma; pós-conselho com os
alunos com exposição dos problemas e soluções apresentados nos
conselhos e pré-conselhos realizados com todos os segmentos;
Hora-atividade: Agendar duas horas para o uso do Laboratório de
informática; designar um Auxiliar Administrativo para auxiliar no uso do
Laboratório de assessorando o professor em suas dificuldades com o
computador ensinando-os as técnicas para melhor aproveitamento Didático-
Pedagógico;
Recuperação de estudos: No mínimo duas avaliações, sendo obrigatória a
recuperação, totalizando três avaliações no mínimo;
Registro e Acompanhamento de alunos incluídos: Adequação da Infra-
estrutura conforme as possibilidades; avaliação Pedagógica no contexto
escolar; acompanhamento constante feito pela Equipe Pedagógica
;Reuniões Pedagógicas/Semana Pedagógica: Mais clareza e objetividade;
participação de toda a comunidade escolar;
Enfrentamento a evasão: Acionar os órgãos competentes; motivar os alunos;
buscar causas da evasão; promover atividades atrativas; casos extremos:
apoio multidisciplinar;
Jornadas Pedagógicas: Divulgação das decisões à toda comunidade;
Grupos de Estudo: Melhorar a organização interna; inclusão da equipe
administrativa;
DEB Itinerante: O professor ter autonomia de fazer sua inscrição no tema
que achar melhor; o que tornou o NRE Itinerante/2009 muito interessante,
deixando os professores mais satisfeitos;
Simpósios/ Seminários /Encontros/ cursos: Liberação do professor pelo
menos uma vez ao ano; o professor deixará atividades para aplicação ao
aluno; deixando atividades, o professor terá sua falta abonada pela Direção
da Escola. As atividades serão ministradas pela Equipe Pedagógica e
contadas como aulas dadas.
PDE: Propiciar treinamento para os professores; utilizar algumas horas
atividade; Período de provas no início do ano; Foi ótima a Seleção por
Projetos, isto incentivou uma maior participação dos professores.
Produção de material (FOLHAS/OAC): divulgação e incentivo;
65
Projetos específicos da escola: Divulgação ampla; incentivo a participação
dos professores e alunos;
Semana Cultural e Desportiva- FERA COM CIÊNCIA: atividades diversas
com participação de professores de todas as áreas;
Jogos Escolares: Participação no Tênis de Mesa Masculino e feminino,
Futebol e Vôlei de Praia;
Desafios Educacionais Contemporâneos: Buscar alternativas para estar
fazendo da escola um local onde os educando se sintam felizes com
atividades que agradem os alunos e os façam ter prazer em vir pra escola;
Materiais e ambientes Didático-pedagógicos: Incentivar o uso dos
computadores; implementação do Laboratório de ciências biológicas,
compra de material paradidático;
Recursos Financeiros: Maior participação da comunidade; verbas oficiais;
realização de promoções para arrecadação de fundos.
Desenvolvimento do trabalho de acordo com o proposto pela Gestão
Democrática;
Melhorar o relacionamento interpessoal;
Buscar aperfeiçoar o funcionamento da escola e melhorar a qualidade do
ensino;
Diminuir as taxas de evasão, reprovação e aprovação pelo Conselho de
classe: - Todos os alunos que foram aprovados pelo Conselho de Classe ou
ficaram reprovados, será realizado pela escola um trabalho juntamente com
a família, através de convocação aos pais com assinatura de termos de
responsabilidade de, durante todo o ano letivo, acompanhar sistemática
mente o desenvolvimento do educando visando melhores resultados em
2009. Com os alunos maiores de idade o acompanhamento será firmado
entre as partes;
Reduzir a indisciplina com o auxílio da equipe pedagógica, corpo docente e
comunidade, através de atividades esportivas (tênis de mesa, xadrez,
futebol, Viva Escola.
Reunir periodicamente os funcionários dos diversos setores da escola para
reflexão e busca de alternativas diante dos problemas que possam surgir;
Considerar a ação do Pedagogo-pesquisador, para que este possa
66
estruturar seu trabalho visando maior apoio aos professores e alunos;
Reuniões e encontros da Equipe Pedagógica com os professores sempre
que se fizer necessário;
Promover incentivos para o uso do Laboratório de Informática, uso da
internet para auxílio em trabalhos escolares;
Melhorar os recursos físicos e materiais da escola;
Buscar a integração escola-família-comunidade;
Implantar atividades culturais, organizados pelo Conselho Escolar e APMF,
envolvendo a comunidade, pais, alunos;
Procurar incentivar os pais, através de promoções da APMF, para uma
melhor participação na educação e formação do educando dentro do
espaço escolar;
Participação efetiva dos pais e alunos nas decisões e promoções para
melhorias e soluções de problemas referentes à escola;
Atividades contextualizadas, organizados pelos professores das diferentes
disciplinas;
O horário de funcionamento da biblioteca contemplará as necessidades da
comunidade e em especial aos alunos e professores;
Realização de atividades esportivas e culturais como estratégias
pedagógicas para reverter os índices de reprovação e prevenir a
desistência;
Encaminhamento ao Conselho Tutelar e Órgãos Competentes os casos de
evasão escolar- FICA.
7.4- ATENDIMENTO À DIVERSIDADE
7.4.1- Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
A Educação do ambiental, será valorizada no Projeto Político Pedagógico,
através de práticas interdisciplinares e multidisciplinares, com elaboração de
projetos condizentes com a realidade da nossa comunidade, contemplando um
trabalho minucioso de investigação através de pesquisa, visando considerar a
67
cultura dos povos do campo e indígena, entendo-os como um modo de vida social,
valorizando seu trabalho, sua história, seu jeito de ser, sua relação com a natureza e
como ser da natureza; levando-os a recriar sua própria história, como atitude de
auto-valorização. É da educação ambiental que devem emergir os conteúdos e
debates sobre diversificação de produtos; a utilização de recursos naturais, a
agroecologia, a questão agrária e demandas históricas por reforma agrária e
demarcação de terras indígenas, a pesca ecologicamente sustentável, o preparo do
solo, etc.
Abordagem de conteúdos em todos os Currículos Disciplinares da grade
Curricular do Ensino Fundamental, Médio e Normal conforme Lei Nº 11.645, de 10
de março de 2008.
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas
trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas. Conteúdos de História
do Paraná na disciplina de História.
7.4.2- Educação Inclusiva
Quando falamos em inclusão, referimo-nos à necessária e justa abrangência
do termo. Isso implica salientar que a escola deve estar preparada para receber e
prestar serviços a todos que por algum motivo, estejam incluídos na categoria de
alunos com necessidades diferenciadas de auxílio no caminho do saber. Essas
necessidades dizem respeito não só a alunos portadores de deficiências físicas ou
mentais, como até a Um tempo atrás a estes se restringia o termo; referem-se
também, a alunos com dificuldades de aprendizagem e a alunos chamados
"superdotados".
Se uma análise mais rigorosa for feita dos educandos, constatado será que
um grande número, se não a maioria dele é formada por crianças e jovens que se
incluem na já citada categoria, pelos mais variados intervenientes: psicológicos,
sociais, nutricionais, físicos, cognitivos (para menos ou para mais), emocionais,
temperamentais, neurológicos, mentais, psicológicos, culturais e outros. E todas
essas diversidades pessoais precisam ser consideradas com o devido respeito e
compreendidas como, em muitos casos, desafios à competência profissional de
68
todos que prestam serviço na escola e esta tem que estar preparada, quanto em
capacitação docente, esta não só técnica e pedagógica, mas e principalmente
emocional, campo este em que o profissional é mais desafiado. Adequação do
ambiente escolar, o que infelizmente, fica difícil em nossa escola, por falta de
recursos financeiros, por falta de espaço físico adequado que permita a locomoção
de cadeirantes, banheiros adequados, etc..., “mas lutaremos com as armas que
tivermos”.
Entendemos, portanto que Educação Inclusiva é a que proporciona a todo e
qualquer indivíduo, sem distinção de nenhuma ordem, a oportunidade de interagir,
conhecer, aprender, experimentar, participar, desenvolvendo potencialidades que lhe
permitam atuar de forma criativa, ativa, participativa na sociedade, superando
obstáculos e agindo de forma a contribuir para transformações que se fizerem
necessárias, visando o seu próprio bem e o da coletividade, com senso de justiça e
consciência ecológica. E na Escola, todos os esforços e atitudes educativas
possíveis devem ser aplicados com vistas a eliminar atos e atitudes de
discriminação, através da ajuda para que consciências sejam despertadas neste
sentido.
As potencialidades do ser humano são infinitas, porque infinitas são as
possibilidades do cérebro do Homem; seja ele quem for e de onde venha, é capaz e
tem possibilidades de êxito na aprendizagem. A escola é o lugar onde ele passa a
mais importante fase de sua vida, querendo e buscando superar-se a cada instante,
na busca do conhecimento, da educação. E se a escola não fracassa na condução
do aluno, este experimenta o sucesso e se ela é inclusiva, não camufla suas
práticas, defendendo uma teoria, porém praticando atos excludentes.
E dois dos principais atos excludentes podem estar na forma como o aluno é
avaliado e na forma como é tratado. Daí a importância de os professores estarem
constantemente revendo, reanalisando suas práticas avaliativas e sua competência
emocional, para tratar o aluno que desafia seu potencial de tolerância e
compreensão; e a escola enquanto espaço físico deve ser alvo de atenção também
da principal mantenedora para garantir que, esteja onde estiver localizada,
mantenha o número de alunos que mantiver, ofereça o conforto e a infra-estrutura
necessários aos educandos, em termos de facilidade de locomoção, abrigo e lazer.
Sendo espaço que oportunize o prazer em nela estar, também como espaço físico,
sendo acolhedora em todos os sentidos, será, certamente, uma escola inclusiva.
69
Muitas atenções, nesse sentido, tanto das unidades escolares quanto das
políticas educacionais mais abrangentes, precisam unir-se mais, para que teoria e
prática sejam uma o espelho da outra e para que discursos deixem de ser
demagógicos e passem a ser divulgação de atos concretos.
Outro preponderante fator na questão da inclusão escolar é a flexibilidade do
currículo e a sua elaboração, que deve oportunizar a reflexão crítica sobre a história
e a realidade das diversidades que caracterizam nosso momento histórico, e prever
práticas condizentes com o necessário respeito às necessidades cognitivas e
afetivas de todos, sem exceção.
7.5- ATIVIDADES QUE A ESCOLA DESENVOLVERÁ DURANTE O ANO LETIVO
DE 2010
As atividades estão sendo desenvolvidos através de atividades
interdisciplinares e multidisciplinares no decorrer do ano letivo:
Semana do Meio Ambiente;
Anorexia e Obesidade;
Alimentação Saudável;
Ação e Cidadania;
Passeios Culturais – Trabalho de Campo (Projeto do Meio Ambiente);
Semana cultural e Desportiva – Projeto Fera Com Ciência;
Torneios esportivos inter - classe (Semana Cultural e Desportiva);
Projeto de Xadrez (Viva Escola);
Exposições de Cartazes e trabalhos referentes a datas comemorativas;
Palestras (com especialistas do posto de saúde sobre sexualidade);
Projeto de Multiplicação e informação sobre sexualidade nas diversas
turmas;
Atividades de incentivo a leitura;
Mural informativo priorizando temas e produção de opiniões;
Atividades multidisciplinares referentes às diversidades;
Campeonato de Tênis de Mesa (Jogos Escolares);
Gincana do dia das crianças;
70
Passeio ecológico no Parque Águas Claras.
A execução de tais atividades possui como objetivo principal unir os
segmentos da comunidade escolar aproximando pais, alunos e escola visando
diminuir a evasão e a repetência escolar; além do desenvolvimento da cultura, e da
formação do cidadão crítico possibilitando desenvolver a criatividade e a livre
expressão.
7.5.1- Atividades/Cidadania –Ano Letivo de 2010
Participação dos professores no grupo de estudos;
Entrega do auxílio-leite para as pessoas da comunidade - Programa do
Leite.
7.5.2- Linhas de ação que deverão ser priorizadas/2010
Reduzir a Indisciplina: Através das normas aprovadas e contempladas no
Regimento Escolar discutidas no coletivo, conscientização e se necessário a
aplicação das penalidades previstas. Informar os direitos e os deveres, disposto no
Regimento Escolar.
Dar condições e incentivo para que os professores ministrem aulas mais
dinâmicas e atrativas; material didático diversificado, brincadeiras, músicas etc.
Reduzir a taxa de abandono: Projeto: Fica Comigo.
Trabalhar a autoestima dos alunos buscando despertar o interesse pelos
estudos e conscientizá-Ios de sua importância para a vida; Incitar a criatividade,
desempenho e participação; Mostrar a importância do aluno na comunidade e
pessoas que superaram dificuldades.
Buscar a integração escola-família - comunidade; Promover a integração
entre família e comunidade propiciando eventos com temas de interesse coletivo.
Acompanhamento Pedagógico Ensino Fundamental-5ª/8ª séries, exclusivo,
para detectar problemas emocionais que afetam o desenvolvimento integral do
educando, visando resgatar a autoestima e proporcionar melhor convívio no
ambiente escolar e familiar - com acompanhamento dos pais ou responsáveis.
7.5.3- Atividades sugeridas com envolvimento da comunidade escolar:
71
Incentivo e valorização do espaço da Biblioteca: Ação- incentivar os
professores a promoverem momentos especiais de leitura, valorizando o
acervo literário da biblioteca;
Prevenção de Drogas, Doenças transmissíveis, Higiene e Saúde, Gravidez
precoce, Violência Doméstica: Valorização da qualidade de vida através de
conscientização, palestras, pesquisas e apresentação de trabalho.
Semana Desportiva-Cultural: Exploração de temas pré-determinados, com a
participação da comunidade, com a finalidade de promover e integração,
liderança, cidadania, descoberta de aptidões e desenvolvimento da
criatividade.
Folclore: valorizando a história e a cultura afro-brasileira, povos do campo,
cultura indígena através de pesquisa, apresentação e exposição de danças,
comidas típicas, etc.
Teatro: Exploração de leituras, direcionadas para a dramatização,
proporcionando gosto pela leitura e integração entre alunos e professores.
Projetos integrados ao Projeto Político Pedagógico: Fera Com Ciência,
Agenda 21, Educação Fiscal, Folhas, etc.
7.6- NORMAS CONTEMPLADAS NO REGIMENTO ESCOLAR/2010 QUANTO AO
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série
ou fase anterior, na própria escola;
II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do
país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação.
IV. Para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível
72
ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios
formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. Proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino
Fundamental.
7.6.1- Processo de Reclassificação
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia
o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-Io à etapa de
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do
que registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na
série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa
iniciar o processo de reclassificação.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola
aprová-Io ou não.
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de
obter o devido consentimento.
A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem
a necessidade da reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
73
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
A reclassificação é vedada aos cursos da Educação Profissional.
7.6.2- Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e Promoção
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados como: provas escrita e oral, trabalhos, seminários,
pesquisa e participação. Como critérios temos os conteúdos pesquisados, domínio e
síntese de conteúdo, trabalho em equipe, assiduidade na apresentação todos
coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto
Político-Pedagógico da escola.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
74
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, ocorre durante o processo de
forma paralela sendo recuperação de notas e conteúdos independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos ou seja a recuperação de estudos
dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os
conteúdos da disciplina.
No final do bimestre é realizada somatória das notas, sendo que a avaliação
da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de O (zero) a
10,0 (dez vírgula zero).
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua freqüência.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula
zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual/ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente
do aproveitamento escolar;
II. Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
O Estabelecimento de Ensino não oferece Progressão Parcial.
75
7.7- CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar
as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino-aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se
dos conteúdos curriculares estabelecidos.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar,
pela equipe pedagógica e por todos os docentes que atuam numa mesma turma
e/ou série, por meio de:
I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s);
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de
direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação
facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
São atribuições do Conselho de Classe:
I. Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem
ao processo ensino e aprendizagem;
II. Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos
para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III. Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes
ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades
dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da
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escola;
IV. Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater
e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
V. Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de
avanço do aluno para série/etapa subseqüente ou retenção, após a
apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o
desenvolvimento integral do aluno;
VI. Receber pedidos de revisão de resultados finais até 72(setenta e duas)
horas úteis após sua divulgação em edital.
7.8- APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.
A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de
ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da
carga horária total do curso.
No Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do
Ensino Fundamental na modalidade normal, em nível médio, o
aproveitamento de estudos (para alunos egressos do Ensino Médio) se dará
através da oferta do referido curso, organizado como aproveitamento de
estudos.
A avaliação para fins de aproveitamento de estudos será realizada conforme
os critérios estabelecidos no Plano de Curso.
É vedado o aproveitamento de estudos nos cursos integrados ao Ensino
Médio.
7.9 - ADAPTAÇÃO
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
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A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum.
Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua
Estrangeira Moderna.
A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está
sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os
quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
7.10 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional ocorrerá por meio de mecanismos criados pelo
estabelecimento de ensino e/ou por meio de mecanismos criados pela SEED.
A avaliação institucional ocorrerá anualmente, preferencialmente no fim do
ano letivo, e subsidiará a organização do Plano de Ação da Escola no ano
subseqüente.
A Avaliação Institucional deve sempre carregar em sua concepção o objetivo
de mecanismo modificador. Mecanismo capaz de analisar, discutir e propor melhoras
em tudo o que é diariamente produzido no ambiente Institucional. Fazer da
avaliação, portanto, um processo de transformação social que inicia dentro dos
muros da escola e se espalha para toda a sociedade. Um processo que atende às
necessidades internas e está alinhado às exigências externas e que, na análise da
concepção da avaliação institucional, percebam o papel que desempenha na busca
de sua própria autonomia.
7.10.1- Avaliação do PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
Será avaliado semestralmente ou sempre que se fizer necessário.
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8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, A. e PEROSA, G.S. Exclusão escolar e formação do magistério: Notas de pesquisa sobre uma relação não necessária. In: Anais da XXII Reunião anual da Anped, Caxambu, out. 1999, p. 1-14 (CD-Rom).a-2006. BRASIL. Leis, Decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9.394/96. BUFFA, Ester. ARROYO, Miguel e NOSELLA, Paolo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 3 ed. SP. Cortez, 1991.
COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. SP: Brasiliense, 1991.
DOWBOR, L. A reprodução social. São Paulo, Vozes, 1998.
FREIRE, Paulo. À Sombra desta Mangueira. São Paulo: Olho d‟Água, 1995.
______ . Cartas à Guiné-Bissau: Registros de uma experiência em processo. 2a ed., Rio: Paz e Terra, 1978. ______ . Educação como Prática da Liberdade. 19ª ed,, Rio: Paz e Terra, 1989. _______ . Educação e Mudança, 23ª ed., Rio: Paz e Terra, 1999. _______ . Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 10a Edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003 (a).
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_______ . Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
_______ . Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987. HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio. Uma perspectiva construtivista. Educação e Realidade Revistas e Livros. Porto Alegre, 1991.
JAEGGER, I. Z. Avaliação na escola de segundo grau. Campinas: Papirus, 1993.
LELIS, I.A. e NUNES, C.M.F. A construção social do trabalho docente: Do estudo das “representações” às “histórias de vida”. In: III Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Escolas Culturas e Identidades. Livro de resumos. Coimbra, Fevereiro de 2000. MACHADO, Nilson José. Cidadania e Educação. 2. ed. SP: Escrituras, 1997.
PARANÁ. SEED. ESTABELECIMENTO DE ENSINO. Regimento Escolar. 2008. PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba.2006.
PARANÁ. SEED. Reflexões para a implementação do Projeto Político-Pedagógico. Curitiba. 2007. RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos novas prática. Petropólis: Editora Vozes, 1998. SCHERER-WARREN, Ilse. Cidadania sem fronteiras: ações coletivas na era da globalização. SP: Hucitec, 1999.
ARROYO (1991)
(Freire, 1993: 88).
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