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1UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
FACULDADE INTEGRADA AVM
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE
EDSON SOUZA DA SILVA
Orientador: Professor Sérgio Majerowicz
RIO DE JANEIRO
JULHO/2011
2UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
FACULDADE INTEGRADA AVM
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE
Trabalho apresentado à
Universidade Cândido Mendes
Como requisito para
Obtenção do grau de Pós-Graduado
Em Gestão Empresarial.
EDSON SOUZA DA SILVA
RIO DE JANEIRO
JULHO/2011
3
AGRADECIMENTOS
A todo corpo docente do Instituto
“A Vez do Mestre”, ao Professor Sérgio
Majerowicz por ser meu orientador, aos
amigos de turma que foram especiais
para a realização deste Sonho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus por ser
meu amigo de todas as horas. A minha
esposa Danielle que me inspira a cada
dia a me superar e as minhas filhas
Jéssica, Gabriela e Beatriz minhas
jóias.
5
RESUMO
As lideranças nas organizações exercem influência na produtividade, a partir de
uma liderança que está focada em desenvolver pessoas. Como a atividade da
liderança pode influenciar e motivar pessoas, gerando crescimento da
produtividade nas organizações? As pessoas costumam seguir ou se permitem
ser influenciadas por líderes que conhecem, que as respeitam, líderes que
possuem argumentos consistentes, que lideram pelo exemplo a liderança
exerce influência persuasiva levando pessoas a agirem em direção a metas e
objetivos pessoais ou organizacionais.Com isso se torna bastante propício
estudar sobre este assunto uma vez que organizações dos mais diversos ramos
de atividade precisam de pessoas que interajam como facilitadores de um
processo, que envolvam pessoas das mais variadas classes, hábitos,
necessidades e expectativas. Características descritivas explicativa fazem
relação entre a liderança nas organizações e o aumento na produtividade. O
segredo do sucesso não está centralizado em uma pessoa, mas no conjunto,
na importância de investir em relacionamentos. É fato que uma pessoa
independente de estar no topo de uma organização pode com certeza exercer
liderança. Fica restrito a implementação de lideranças eficazes a falta de
comprometimento da equipe e a resistência a mudanças em toda a estrutura da
organização. Ser um líder está diretamente ligado ao ato de servir as pessoas.
Motivar vai muito mais além do que simplesmente atrair alguém para fazer algo
com o intuito de receber alguma uma recompensa, mas sim, manter
constantemente uma pessoa entusiasmada em dar o melhor de si, elogiando
sempre que na opinião de vários especialistas é a melhor estratégia.
Palavras Chave: produtividade; motivação, relacionamentos; servir; pessoas.
6
METODOLOGIA
Este artigo busca identificar os principais estilos de liderança estudados
nos últimos anos e como adaptá-los da melhor forma ao cotidiano das
empresas, a fim de traçar um paralelo com o que muito ainda se tem visto nas
organizações, no que diz respeito a péssimos exemplos de liderança e que por
conta disso comprometem toda umas estruturas organizacionais, muitas das
vezes desmotivando pessoas e gerando crises internas e profissionais inibidos
a contribuir para o crescimento da instituição.
Existem muitos problemas nas lideranças organizacionais, mas o que
mais se tem falado é no fato de que muita das vezes são delegados
responsabilidades de liderança a pessoas que apenas se destacam bem na sua
função e que por conta disto não se investe na formação desta liderança,
proporcionando treinamento qualificado, uma vez que a liderança pode e deve
ser desenvolvida no indivíduo.
Então fica a pergunta como a atividade da liderança pode influenciar e
motivar pessoas, gerando crescimento da produtividade nas organizações?
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SUMÁRIO
1. Resumo..........................................................................................................4
2. Introdução.....................................................................................................5
3. Capítulo 1 - Conceitos sobre Liderança.....................................................9
4. Capítulo 2 - Liderando com Objetivos......................................................14
5. Capítulo 3 - Estilos de Liderança.............................................................18
6. Conclusão..................................................................................................22
7. Referências................................................................................................25
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INTRODUÇÃO
Algumas décadas atrás eram muito comuns, relacionar a palavra
liderança com o fato de mandar, sob o aspecto de autoritarismo, algo
coercitivo, que demandava da necessidade de impor algum tipo de poder. Hoje
quando nos referimos à palavra liderança temos a certeza de que alguém fora
incumbido de conduzir pessoas a um determinado alvo, e que esta, por
possuir uma visão privilegiada a cerca do objetivo que se pretende alcançar,
fará de tudo para que as pessoas estejam comprometidas e unânimes na
realização da meta estabelecida pela organização.
Assim podemos acreditar na hipótese de que ao passo que temos as
lideranças das organizações forem potencializadas, poderão influenciar
positivamente na produtividade, pois a mesma terá como premissa básica
atender as necessidades de seus colaboradores que por sua vez responderão
com comprometimento e entusiasmo necessário para o desempenho das
diretrizes.
Para a busca dos temas relacionados foi utilizado como estratégia
pesquisar em livros de administração de empresas, bem como livros específicos
tratando do tema liderança nas organizações, e a minha própria vivência
profissional na empresa a qual eu trabalho.
Há certamente fatores que comprometem o desenvolvimento de
lideranças nas organizações, são eles:
• Maior custo, pois nem sempre se quer investir em treinamento
para líderes.
• Não se pode esperar, num mundo globalizado e competitivo tudo
é para “ontem”.
• Possibilidade de resistência a mudanças pelos colaboradores.
Mas, uma vez que o colaborador veja o interesse da liderança pelo seu
trabalho e a disposição de atender suas necessidades, isso proporcionará uma
motivação nova, uma predisposição em fazer de tudo para que os resultados
das organizações sejam os melhores.
9
O objetivo maior é trazer para uma realidade empresarial a importância
da liderança nas organizações no sentido de motivar e influenciar pessoas em
busca de maior produtividade em direção aos objetivos das empresas.
CONCEITOS SOBRE LIDERANÇA
A liderança está ligada ao poder de atitude onde o líder tem uma visão
privilegiada e consegue influenciar as pessoas em direção a esta visão. Moraes
(2001, p.118), define o conceito de liderança sob dois aspectos: “A capacidade
presumida de levar as pessoas a fazer aquilo que precisa ser feito e a tendência
dos liderados a seguir àqueles que eles percebem, que são capazes de
satisfazer suas necessidades”.
Não é comum vermos isto acontecer nos dias de hoje nas organizações,
a habilidade de conduzir pessoas é algo que poucos conquistam e fazem por
merecer o reconhecimento de seus liderados.
O líder precisa ser um verdadeiro referencial para seus liderados, seu
caráter íntegro e sua disposição para fazer com excelência desperta uma
vontade de imitá-lo e de seguí-lo, quando o líder ainda consegue demonstrar
interesse genuíno em atender as necessidades de sua equipe, isso faz com que
todos se sintam importantes.
Hunter (2006, p.18), define liderança como “A habilidade de influenciar
pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns”.
Podemos notar que quando falamos de liderança os autores deixam claro
que o grande segredo da liderança é conduzir e influenciar pessoas, e quando
isso é feito de forma correta os resultados são os melhores, porque influenciar é
algo profundo que trata com sentimentos e emoções das pessoas, e que por
sua vez ninguém quer seguir alguém que não seja um exemplo.
10
No grego a palavra entusiasmo quer dizer “ter Deus dentro de si”, em
suma, os líderes desenvolvem entusiasmo, auto-estima e ideais entre os
liderados. Estudos recentes têm demonstrado que, ser líder, é muito menos uma
conseqüência de qualidades inatas e mágicas, e muito mais um produto de
persistência e constância no aprendizado de habilidades interpessoais e
compreensão do contexto em que está inserido. As habilidades de liderança
podem ser aprendidas através de ensinamentos, experiências, desenvolvimento
da intuição, da persistência e da capacidade de aprender com ensaios e erros.
Segundo Moraes (2001, p.37), “Uma organização, então é constituída por
um grupo de pessoas que mantém um inter-relacionamento, necessário à
realização de tarefas, de formas cooperativas, que conduzirão ao alcance dos
objetivos”.
Um dos fatores, talvez um dos mais significativos, em um sistema de
Liderança Organizacional, é o relacionamento com pessoas que desenvolvido
por uma boa liderança, pode contagiar toda a organização, o ser humano foi
criado para se relacionar com pessoas, mas com tantas decepções que temos
no dia a dia é uma tendência natural e até compreensível que isso aconteça.
Mas, no âmbito empresarial isso não funciona a organização pode planejar-se e
construir uma marca fortalecida, respeitada e de orgulho para seus
colaboradores, mas o clima organizacional e o grau de envolvimento das
pessoas pode com certeza determinar o comprometimento do grupo. Enfim, é a
base da liderança que dissemina culturas, valores, crenças, visão e missão,
dentro da organização, e que têm uma responsabilidade enorme em cultivar
bons relacionamentos.
Quanto ao poder podemos defini-lo como a capacidade de obrigar, por
causa da sua posição ou força, os outros a obedecerem á sua vontade, mesmo
que eles preferissem não fazê-lo.
Paralelamente ao poder podemos também observar a definição de
autoridade que é diferente do poder, pois envolve habilidade de levar outros a
fazerem de bom grado a sua vontade, logo podemos concluir que liderar é uma
questão muito mais de exercitar a autoridade do que o uso do poder.
11
Sempre que um líder precisa usar o poder para com seus liderados é um
sinal que sua liderança está sendo questionada. Seu relacionamento com os
demais vai se desgastando com o passar do tempo e apresentando sintomas
desagradáveis.
Segundo Moraes (2001, p115), “Motivação, está relacionado a um motivo
que impulsiona a pessoa agir de determinada maneira, ou seja, é a causa de um
comportamento específico”.
Um impulso pode ser provocado por um incentivo ou por estímulo “. A
liderança que consegue servir como estímulo e incentivo para com seus
colaboradores já consegue se destacar nas organizações”.
A liderança pelo exemplo é uma das questões que se deve ressaltar, pois
não há nada mais desmotivador do que ser liderado por alguém que fala, mas
na hora, faz completamente diferente. As palavras podem até convencer, mas
os exemplos arrastam multidões, podemos ver isto na vida de Jesus Cristo que
através de seu exemplo de vida, influenciou seus doze discípulos, multiplicou
sua visão e mudou a história da humanidade sendo reconhecido como o maior
líder que já existiu em todos os tempos.
John Maxwell em o líder 360˚ afirma que a maioria das vezes a liderança
acontecem nos setores intermediário de uma organização isto na verdade é
uma forma de desenvolver a influência do líder para cima, para os lados e para
baixo. Portanto se pudéssemos destacar qual a principal característica de um
líder a ser desenvolvida é de fato influenciar as pessoas que estão ao seu redor;
e quando falamos de influência traçamos um paralelo de relacionamento
dependendo do nível de relacionamento que for oferecido do líder para com o
liderado propiciará feedback um tanto quanto interessantes e facilitará as
relações interpessoais.
De forma geral, os mercados estão cada vez mais competitivos, estão
mais equiparados, os produtos mais equivalentes, onde o que realmente vai
fazer toda a diferença é o capital intelectual humano.
12
Poderemos destacar isto nas formas de atendimento, na forma de vender
um produto, no marketing de relacionamento e sem dúvida na liderança
desenvolvida em todos os níveis da organização. A liderança pode ir muito mais
a fundo do que um simples cargo de chefia, aliás, muitos gestores hoje já evitam
a expressão “chefe” devidos o distanciamento que ela pode causar para o
grupo. O líder, por sua vez, prefere passar a idéia de que todos formam um time
onde todos estão juntos, e há uma relação de trabalho em equipe.
Hoje é comum nos depararmos com situações das mais diversas onde as
empresas perdem competitividade no mercado devido ao péssimo desempenho
de suas lideranças, principalmente no que diz respeito a influenciar e motivar
pessoas.
Sabe-se que um líder não nasce pronto, e que pessoas podem ser
treinadas e estimuladas a desenvolverem seus potenciais em liderança. Quando
a alta hierarquia começa a investir na liderança de vários níveis da organização
é porque se entende que uma liderança eficaz pode trazer ótimos resultados
para a empresa. Um líder naturalmente é reconhecido pelo seu grupo, ele
geralmente não obriga ninguém a fazer nada, mas, conquista e interage com as
pessoas de modo que a sua visão de líder seja assimilada pelos seus liderados,
o que antes era o seu sonho agora passa ser o objetivo de todos. Sua
percepção o permite enxergar nas mudanças oportunidades, seu exemplo
inspira as pessoas a novos desafios.
Krames (2006, p45), “A maior contribuição de Jack Welch para a teoria da
liderança foi reconhecer que as pessoas são o principal meio de aumentar a
produtividade e levar a empresa ao sucesso”.
Na obra “Os Princípios de Liderança de Jack Welch”, o autor descreve a
importância do líder estimular o envolvimento do grupo para que contribuam com
idéias, com direito a prêmios para o colaborador que oferecer a melhor idéia.
Pode-se dizer que esta é uma ótima alternativa para envolver a participação de
um grupo, fazendo com que o liderado se sinta importante e consiga enxergar a
sua contribuição para o alcance da visão pregada pela sua liderança.
13
Entende-se que o fato de influenciar pessoas para uma determinada ação
nem sempre pode ser algo fácil, até porque quando falamos de pessoas
invariavelmente teremos questões divergentes em relação a uma determinada
visão ou até mesmo um nível de hostilidade no que tange a pessoa que exerce a
liderança. Muitas situações como esta tem deteriorado a essência de uma
liderança eficaz, e é responsabilidade do líder usar de sua criatividade para
conquistar pessoas.
Ser um líder envolve um princípio inegociável, que é a questão de se
gostar de pessoas; não existe meio termo, tudo que for relacionado ao seu dever
como líder estará sempre ligado à participação de pessoas; nota-se que líderes
que enfatizaram suas lideranças na participação das pessoas demonstrando
para elas o quanto eram importantes para o time, obtiveram aumento de sua
produtividade e uma fácil assimilação da visão do líder.
Pode-se destacar, entre outros fatores que contribuem para que a
liderança exerça uma influência positiva, a questão da aplicabilidade da
liderança pelo exemplo. Hoje nas organizações, nada faz tanta diferença para
que o liderado seja impulsionado a fazer do que o exemplo de seu líder, de como
ele faz, do jeito que ele faz, a atenção que ele põe ao demonstrar o que deve ser
feito, no cumprimento exato daquilo que foi falado, ou seja, conquista as
pessoas. Antes de esperar que todos façam, ele é o primeiro a fazer, assim
motivando as pessoas a estarem comprometidas com a organização.
Também se pode ressaltar a importância do líder saber desenvolver
talentos, sua capacidade de descobrir verdadeiros tesouros dentro das
organizações é uma das peculiaridades mais marcantes e sem dúvida o poder
da multiplicação, ou seja, todo líder pelo menos deveria se preocupar em formar
outros líderes, assim todo o processo de assimilação da visão seria mais ágil.
Por isso muitos líderes atuam com seus liderados fazendo-os se sentirem
autogerenciáveis, pois além de mexer com a motivação do colaborador traz ao
líder uma perspectiva de até onde aquela pessoa pode chegar e em qual raio de
ação ela poderá se desenvolver dando a ela a oportunidade de tentar.
14
LIDERANDO COM OBJETIVOS
A atividade da liderança pode influenciar e motivar pessoas, gerando
crescimento da produtividade nas organizações estando antenada aos sinais e
às atitudes, aos comportamentos e aos resultados de comportamentos as
atitudes e ações de seus subordinados isto de certa forma será o principal
diferencial competitivo de um líder comprometido com o crescimento da
produtividade nas organizações. Conhecer o perfil de sua equipe, as
características marcantes, capazes de senão prever, ao menos delinear o
caminho escolhido pela equipe, na tentativa de atingir seus objetivos exige, dos
líderes, um exercício de competência para assim que percebidos os sentimentos
e as necessidades, selecionar as ações de resposta da liderança.
Segundo Moraes (2001, p118), “O importante é que o líder identifique as
necessidades do grupo para poder lançar mão do estilo de liderança mais
apropriado, sendo capaz de desenvolver empatia nas relações aos seus
membros”.
É certo que no momento atual de desenvolvimento da humanidade o
fator relações humanas ganhou muito mais espaço do que no início do século
passado. As empresas tendem a gerir seus negócios com ênfase nos
relacionamentos interpessoais e foco no resultado. Diante disso, o perfil ideal é
aquele que se encaixa com esta nova realidade. Aliás, o estilo ideal é aquele
que se ajusta a cada situação, a cada momento, a cada grupo de liderados.
Acredito que o maior desafio da liderança no momento não é saber qual
a melhor técnica ou estilo a adotar. Mas, diante das constantes transformações
do comportamento das pessoas no mundo corporativo e social, o grande
desafio é saber como agir eficazmente neste novo tempo. Como lidar com a
diversidade, motivações, expectativas e exigências das pessoas.
15
Considero dois aspectos como fundamentais para o melhor
desempenho do papel da liderança: o primeiro é que o líder deve agir conforme
os objetivos que se quer alcançar. Se o liderado for um iniciante ou sem
conhecimento na atividade, se recomenda que o gestor adote uma postura
semelhante ao de um professor.
Ensinar, treinar, orientar e mostrar o caminho do que fazer devem ser as
atitudes centrais do líder. Agora, se o liderado já tiver conhecimento sobre a
tarefa ou experiência para a execução da mesma, o mais indicado é que atue
como um treinador, o líder deve agir monitorando as ações de seus liderados,
delegando e distribuindo funções.
O segundo aspecto é conhecer sua equipe. Mais do que dominar a
técnica é preciso entender de gente. Cada vez mais as pessoas tem acesso a
informações e com isso aumenta o senso crítico. Com o avanço da tecnologia,
sobretudo, elevou-se o capital intelectual e a busca pela satisfação pessoal no
trabalho. A nova geração de profissionais vem com muito mais conhecimento,
visão estratégica, senso competitivo e objetivos individuais. Estes fatores
influem significativamente na forma de lidar com as pessoas. O gestor de hoje
precisa lidar com os diferentes aspectos da motivação humana, como
remuneração, reconhecimento e auto-realização.
O certo é que quanto mais se estuda, se pesquisa e busca
conhecimento a respeito da melhor maneira de liderar pessoas, percebemos
que ainda há muito a que se aprender e realizar. A jornada é longa e, talvez,
interminável, mas efetivamente o aprendizado é gratificante.
Ser líder não é uma herança de berço, nem um dom como muitos
acreditam. É algo que se pode aprender, exercitar e aperfeiçoar pela prática.
Trabalhando com valores, confiança e desafios, é possível criar oportunidades
no contexto do desempenho cotidiano e fazer delas seu campo de treinamento.
E com a prática poder até transformar a liderança em um novo modelo de vida.
16
Segundo Maxwell (2007, p21), “Você pode liderar os outros de onde
estiver em uma organização, e ao fazê-lo, você torna a organização melhor”.
Ao contrário do que alguns pensam a liderança pode ser sim aprendida e
exercitada independente de estar no topo ou não das organizações, podemos
liderar os que estão subordinados a nós, podemos liderar os que estão do nosso
lado, ou seja, que exercem cargos de liderança equivalentes ao nosso, podemos
liderar aqueles que estão acima de nós.
Enfim, se não tivermos a quem liderar, uma boa opção é começarmos a
liderar nós mesmos, vale ressaltar que se não conseguirmos liderar a nós
mesmos dificilmente outra pessoa se sujeitaria a ser liderada por nós.
Um bom administrador deve ser necessariamente um bom líder,
entretanto não se deve confundir liderança com direção nem com chefia. Se um
bom administrador deve ser necessariamente um bom líder, ao contrário do que
todos pensam nem sempre um líder é um administrador. Toda organização por
menor que seja, com fins lucrativos, ou não, tem sempre alguém que responde
por ela. O próprio chefe, ou algum encarregado, ou gerente, e às vezes sem o
conhecimento do dono da empresa, um funcionário como os outros, porém,
funcionário esse que tem iniciativa e sabe como poucos motivar as pessoas que
trabalham ao seu lado. Em outras palavras são líderes do ambiente onde
trabalham. Não significa que são bons líderes, mas são líderes porque são
responsáveis por funções e pessoas da empresa, ou algum departamento dela.
Afinal todas as organizações precisam de líderes em todos os seus níveis e em
todas as suas áreas de atuação.
O objetivo deste artigo é relatar a importância da liderança nas
organizações no sentido de motivar e influenciar pessoas em busca de maior
produtividade em direção aos objetivos das empresas.
17
Serão apresentados neste estudo os principais estilos de liderança
estudados nos últimos anos, fatores que contribuem para que a liderança exerça
uma influência positiva na produtividade das organizações, como os líderes
podem desenvolver uma liderança servidora e a importância de se desenvolver
Líderes que possam formar outros líderes.
Hunter (2006, p.32), “Qualquer que seja o produto ou serviço que sua
empresa forneça, você opera no ramo de relacionamentos”.
Muito se tem estudado e discutido quanto a forma apropriada do
exercício da liderança e da participação ativa dos colaboradores nas empresas,
principalmente nos momentos presentes de constantes mudanças econômicas,
políticas, sociais e organizacionais.
Destaca-se de extremada importância as empresas promoverem um
relacionamento satisfatório entre líderes e liderados, abrangendo
necessidades econômica, mental, social e espiritual etc.
A liderança exercida nos empreendimentos atuais deve ser a de
facilitadora do processo estratégico de busca e alcance dos objetivos
organizacionais e dos objetivos dos indivíduos, assimilando a compreensão do
aprendizado contínuo e de relacionamento entre líderes e liderados com a
devida assimilação dos princípios defendidos na Instituição.
Todos já ouvimos histórias sobre executivos extremamente inteligentes
e altamente preparados que, promovidos a uma posição de liderança, acabam
fracassando. O que nos leva a entender que QI e conhecimentos técnicos são
importantes, mas inteligência emocional é uma condição sem igual para uma
liderança eficaz.
Um bom líder, nos dias de hoje, diferentemente do que muitos pensam,
não está relacionado à simplesmente ordenar e delegar tarefas, mas sim em
reconhecer e valorizar seus colaboradores, logicamente isso implica que o líder
deve estar sempre presente.
Krames (2006, p54), “É preciso que seus colaboradores saibam que você
quer ouvir novidades e sugestões e os incentiva a procurá-las em qualquer
lugar”.
18
Um líder de verdade sabe que não é o detentor de todas as respostas por
isto está aberto a novas idéias e irá sempre de alguma forma incentivar esta
prática dentro de sua organização e sempre que possível premiará aquelas
idéias as quais considera positiva para a empresa, isto mostra também que o
líder que acha que tem todas as respostas limita-se a novas idéias.
Está ai mais uma maneira do líder mostrar a sua equipe que não é
orgulhoso, esta aberto para novos pontos de vista, que exerce de fato uma
liderança participativa e que se preocupa com as questões do grupo, que não
tem medo de ser visto como uma liderança de rédeas frouxas, e tem interesse
no crescimento profissional das pessoas.
ESTILOS DE LIDERANÇA
Na prática, o administrador utiliza três estilos de liderança de acordo
com a tarefa a ser executada, as pessoas e a situação. O administrador tanto
manda cumprir as ordens como sugere aos subordinados a realização de
certas tarefas, ou ainda os consulta antes de tomar decisão. O desafio não está
em saber qual o melhor estilo, mas sim, qual o mais eficaz para determinada
situação, podemos destacar três estilos de liderança: a liderança autocrática, a
liderança liberal e a liderança democrática. Vejamos no quadro a seguir:
19
ASPECTOS
LIDERANÇA
AUTOCRÁTICA
LIDERANÇA
LIBERAL
LIDERANÇA
DEMOCRÁTICA
Tomada de decisões Apenas o líder decide
e fixa as diretrizes, se
nenhuma participação
do grupo.
Total liberdade ao
grupo para tomar as
decisões, com
mínima intervenção
do líder.
As diretrizes são
debatidas e decididas
pelo grupo, que é
estimulado orientado
pelo líder.
Programação dos
trabalhos
O líder dá ordens e
determina
providências para a
execução de tarefas,
sem explicá-las ao
grupo.
Participação limitada
do líder. Informações
e orientação são
dadas desde que
solicitadas pelo
grupo.
O líder aconselha e dá
orientação para que o
grupo esboce objetivos
e ações. As tarefas
ganham perspectivas
com os debates.
Divisão do trabalho O líder determina a
tarefa a cada um e
qual o seu
companheiro de
trabalho.
A divisão das tarefas
e escolhas dos
colegas são do
grupo. Nenhuma
participação do líder.
O grupo decide sobre
a divisão das tarefas e
cada membro tem
liberdade para
escolher os colegas.
Comportamento do
líder
O líder é dominador e
pessoal nos elogios e
nas críticas ao grupo.
O líder assume o
papel de membro do
grupo e atua
somente quando é
solicitado.
O líder é objetivo e
limita-se aos fatos nos
elogios ou críticas.
Trabalha como
orientador da equipe.
Fonte: (CHIAVENATO, p. 213, 2000)
Liderança autocrática: o líder centraliza totalmente a autoridade
e as decisões. Os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. O
líder autocrático é dominador, emite ordens e espera obediência cega dos
subordinados. Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentam maior
20volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustração e
agressividade. O líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está
presente. A liderança autocrática enfatiza somente o líder.
Liderança liberal: o líder permite total liberdade para tomada de
decisões individuais ou grupais, participando delas apenas quando solicitado
pelo grupo.
Liderança democrática: o líder é extremamente comunicativo,
encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho
e com o grupo. O líder atua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando
nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e
sugerindo idéias. Os grupo submetidos à liderança democrática apresentam
boa quantidade de trabalho e qualidade surpreendentemente melhor,
acompanhadas de um clima de satisfação, integração grupal, responsabilidade
e comprometimento das pessoas.
A Liderança efetiva conquista-se com diversos aspectos. Contudo, há
três deles que compõem o nível do conhecimento que diferencia liderança de
autoritarismo: habilidade, competência e atitude. Esses três aspetos darão
suporte a uma liderança de produtividade, de bem-estar, de confiança e de
comprometimento; do contrário, não se vai a lugar algum.
Hunter (2006, p.24), “Depois de acompanhar o crescimento de centenas
de gerentes e sua transformação em líderes mais eficazes, não tenho mais
qualquer dúvida que liderança é uma habilidade”. Podemos destacar algumas
destas habilidades, como:
Habilidades pessoais: têm a ver de como o líder se organiza numa
situação particular. Habilidades pessoais permitem que o líder escolha ou
planeje o estado mais apropriado, a atitude, o critério, a estratégia, etc. com o
qual irá entrar numa situação. De certo modo, habilidades pessoais são os
processos pelos quais o líder conduz a si mesmo.
Habilidades relacionais: têm a ver com a capacidade de entender,
motivar e se comunicar com as outras pessoas. Elas resultam na capacidade
21de entrar no modelo do mundo ou do espaço perceptivo de outra pessoa e
fazê-la reconhecer os problemas e objetivos e entender o espaço do problema
dentro do qual ela e a empresa estão operando.
Habilidades de pensamento estratégico: são necessárias a fim de definir
e atingir metas e objetivos específicos. Pensamento estratégico envolve a
habilidade de identificar um estado desejado relevante, acessar o estado inicial
e depois estabelecer e navegar pelo caminho apropriado de estados de
transição necessários para atingir o estado desejado. Um elemento chave do
efetivo pensamento estratégico é determinar quais operadores e operações
irão influenciar mais eficiente e efetivamente e mover o estado atual na direção
do estado desejado.
Habilidades de pensamento sistêmico: são usadas pelo líder para
identificar e entender o espaço do problema no qual o líder, seus colaboradores
e a empresa estão operando. O pensamento sistêmico está na raiz da solução
efetiva dos problemas e da capacidade de criar equipes funcionais. A
capacidade de pensar de modo sistêmico de uma maneira prática e concreta é
provavelmente o mais definitivo sinal da maturidade em um líder.
Estas habilidades certamente contribuirão para o melhor desempenho
do líder, no seu objetivo maior que é o de conduzir pessoas para um objetivo
comum. Somente líderes que estão atentos às mudanças e sabem como lidar
com o novo a cada dia, se antecipando a oportunidades, por possuírem uma
visão privilegiada estará efetivamente fazendo diferença neste mercado
globalizado cada vez mais competitivo onde liderar vai muito mais além do que
números, metas etc. e sim pessoas que fazem com que o resultado aconteça.
22
CONCLUSÃO
A preocupação que existe em formar líderes capazes de liderar as
instituições perdeu-se ao longo do tempo, hoje o que se vê dentro das
organizações é exatamente ao contrário, as pessoas ficam vulneráveis em
busca de oportunidades, gerando assim o descomprometimento com a
empresa a qual é prestado determinado serviço. Não sabemos de fato, a
veracidade, mas existem estudos que mostram que daqui a cerca de quinze
anos não haverá mais líderes no mundo, tudo isso, devido à falta de
investimento das empresas, que por sua vez percebendo isso, tem mudado o
presente quadro. Sabendo que liderança não é algo inato e pode ser desenvolvida, então
por que não investir no que podemos chamar de futuro da organização? As
organizações que acertadamente investem em seus colaboradores, obtêm
como feedback a qualidade de vida no trabalho que é a chave para o sucesso.
É um ciclo, que quanto maior for o investimento para formar líderes, maiores
serão os resultados.
O trabalho de um líder para ser motivador e influenciar a sua equipe,
precisa ser interessante, deve possibilitar que as pessoas tenham autonomia e
responsabilidades assim como auto-realização, reconhecimento e
oportunidade de crescimento.
O administrador na maioria das vezes utiliza três estilos de liderança
(autocrática, liberal e a democrática), de acordo com a tarefa a ser executada,
ou com o perfil das pessoas ou a situação, O desafio não está em saber qual o
melhor estilo, mas sim, qual o mais eficaz para determinada situação.
Liderar é servir. Embora servir tenha uma conotação de fraqueza para
alguns, a liderança servidora pode ter um impacto positivo em nosso
desempenho como pais, treinadores, cônjuges, professores, pastores ou
gerentes, afinal, todos querem se tornar os líderes que as pessoas precisam e
merecem.
23
Falando sobre sua própria experiência e citando clientes e
personalidades como Jesus, Gandhi e Jack Welch, James Hunter sustenta que
liderar é inspirar e influenciar pessoas a fazerem a coisa certa, de preferência
entusiasticamente e visando o bem comum. Hunter mostra que o
desenvolvimento de liderança e a construção do caráter são a mesma coisa,
ambos exigem mudança. Os princípios da liderança servidora podem ser
aprendidos e aplicados por quem tem a vontade e a intenção de mudar,
crescer e melhorar. Ele também foca o lado espiritual, onde podemos destacar
Jesus sempre exercia liderança por meio de autoridade e não de poder, ou
seja, as pessoas seguiam Jesus por livre espontânea vontade. Quando se usa
o poder você obriga as pessoas a fazerem sua vontade, mas quando se usa a
autoridade, as pessoas fazem o que quer de boa vontade, por sua influência
pessoal. Outro princípio bíblico é aprender a servir, que requer do líder
humildade de encarar as mesmas tarefas feitas por seus subordinados. Na
prática, ao serem incorporadas essas atitudes como liderança servidora,
partilhar poder e valorizar o desempenho das pessoas na equipe tudo isso leva
as pessoas a ter sucesso em tarefas desafiantes. Isso faz toda a diferença.
A principal contribuição deste artigo é relatar a importância da liderança
nas organizações no sentido de motivar e influenciar pessoas em busca de
maior produtividade em direção aos objetivos das empresas, visando sempre
contribuir para o crescimento profissional e estreitar relações de
comprometimento com as equipes e ressaltar sempre a importância da figura do
líder como o mantenedor de desafios e aquele que entusiasticamente estimula
as pessoas através do seu exemplo e caráter.
Logo se conclui que a vantagem deste artigo atinge o ponto de
equilíbrio satisfatório para as organizações obterem maiores resultados, e
desenvolver lideranças que focalizem a participação dos liderados nas
decisões e que demonstrem a importância das pessoas como pessoas
respeitando seus sentimentos bem como suas necessidades.
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A percepção do líder nestas questões farão toda diferença, pois de
acordo com o potencial de cada indivíduo, o líder poderá extrair mais ou
menos capital intelectual que o auxiliará na busca de seus objetivos.
Fica restrito a implementação de lideranças eficazes a falta de
comprometimento da equipe e a resistência a mudanças em toda a estrutura da
organização. Há certamente fatores que comprometem o desenvolvimento de
lideranças nas organizações, são eles: Maior custo, pois nem sempre se quer
investir em treinamento para líderes. Não se pode esperar, num mundo
globalizado e competitivo tudo é para “ontem”. Possibilidade de resistência a
mudanças pelos colaboradores.
A título de sugestão para futuras investigações, duas questões poderiam
ser trabalhadas: A primeira, de caráter quantitativo, com o intuito de verificar se
as estratégias das empresas de sucesso, de fato sofrem influência em
função da Liderança motivar ou não os colaboradores para o aumento da
produtividade. Essa análise poderia ser feita mediante aplicação de pesquisas
e instrumentos de medição bem como, deveria incluir uma variedade de
métodos para juntar os diversos dados (variedade de negócios, estrutura de
capital, tamanho da firma, entre outros).
A segunda, de caráter mais qualitativo, seria uma avaliação rigorosa da
qualidade da
Liderança em sua formação, praticada nas empresas respondentes e a
verificação do grau de importância para um desempenho de sucesso.
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REFERÊNCIAS
HUNTER, James C. Como se Tornar um Líder Servidor. Os Princípios de
Liderança de O Monge e o Executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
KRAMES, Jeffrey A. Os Princípios de Liderança de Jack Welch. 24 Lições
do Maior Executivo do Mundo. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
MAXWELL, John C. O Líder 360°. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.
MORAES, Anna Maris Pereira de. Iniciação ao Estudo da Administração.
São Paulo: Makron Books, 2001.
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