View
3.903
Download
8
Category
Preview:
Citation preview
Novas Químicas para cosméticos:
Alisamentos
• Uma abordagem científica• Mitos e Verdades
Rodolfo Marques
• 1930 Cabelisador:
Haste de metal aquecida
• 1940 até Dec. 80: Pente de metal
• A partir da década de 50:
Soda Caustica (Hidróxido de Sódio)
Associado ao ferro de passar roupas
• A partir da década de 80:
Produtos compostos com Queratina,
mais suaves e com menor poder de
alisamento. (Relaxamentos)
• A partir do ano de 2000:
Formol em alisamentos capilares
• A partir de 2010?
Novas químicas para alisamento
A História do
alisamento
• Marketing x Ciência
• Falta de literaturas científicas
• Composições geralmente
unificadas
Alisamentos
Capilares
CITOLOGIA
CAPILAR
Lisos / Lisótricos
Ondulados / Sinótricos
Crespos / Ulótricos
CURVATURA
CAPILAR
• Ligação de Hidrogênio
• Ligações Salínas
• Ligação de Dissulfeto
AS LIGAÇÕES
LATERAIS
• Alisamentos Físicos
• Alisamentos Químicos
• Alisamentos Físico - Químicos
MECANISMOS DE
AÇÃO
• Hidróxidos de: Sódio, Cálcio,
Potássio, Lítio, Magnésio, Carbonato
de Guanidina
• Quantidade máxima permitida por
legislação: 4,5%
• Até 12,58% Fonte: (Boletim
Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)
HIDRÓXIDOS
pH 12,0 a 13,0
HIDRÓXIDOS
MECANISMO DE AÇÃO
• Ação: Seu alto pH quebra as cadeias salinas, fazendo com que a fibra fique mais
maleável. Sua estrutura extremamente alcalina ainda dissolve uma das ligações de
sulfetos fazendo com que o fio perca força tensora formando o que chamamos de
relaxamento.
• Neutralização: Essa nova cadeia é chamada de Lantionina e é neutralizada através
de ativos ácidos chamados shampoo indicador que fazem com que o fio volte próximo
ao seu pH fisiológico porém já em seu novo formato.
• Tioglicolato de Amônio, Lactato de
Etanolamina...
• Quantidade máxima permitida por
legislação: 11%
• Até 12,50% Fonte: (Boletim
Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)
TIOGLICOLATOS
pH 9,0 a 9,5
TIOGLICOLATOS
MECANISMO DE AÇÃO
• Ação: Promove a quebra da ligação de dissulfeto pelos átomos de enxofre deixando
as cadeias instáveis e maleáveis para assumirem um novo formato que pode ser reto
(liso) ou sinuoso (cacho).
•Neutralização: A cisteína é oxidada pelo processo de oxidação voltando a sua
conformação estrutural porém assumindo o novo formato.
• Usado a mais de 50 anos
Cria uma película sobre a fibra que
progressivamente proporciona o
efeito liso, geralmente entre a 15 e 25
aplicação.
Mitos e Verdades
• Henê tem chumbo?
• Henê provoca câncer?
UERJ (Dr. Israel Felzenszwalb)
Por estar em meio ácido se anula o
efeito cancerígeno da composição.
• Henna e Henê:
Henê é um alisante que colore Henna é uma coloração natural
HENÊ
(PIRAGOLOL)
• Totalmente proibido para alisamento
capilar.
• Considerado altamente cancerígeno
pela OMS (Organização Mundial de
Saúde)
• Quantidade máxima permitida por
legislação: 0,2%
• Até 10,98% Fonte: (Boletim
Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)
FORMALDEÍDO
(FORMOL)
FORMALDEÍDO (FORMOL)
MECANISMO DE AÇÃO
Ação: Atua formando uma película impermeável na fibra chamada película vítria.
Essa película impede a entrada de hidrogênio evitando que o fio, alisado pelo
processo físico volte ao seu formato original em contato com a água.
Impactos na fibra
• Impede a absorção de nutrientes e óleos essenciais
• Faz com que a fibra se torne rígida e se quebre facilmente.
• Dissolve a membrana celular que envolve a queratina, o que justamente protege,
lubrifica e ajuda a hidratar o fio de cabelo deixando o fio exposto a agressões físicas e
químicas.
Derivados de Formaldeído (Formol) ou
liberadores de Aldeídos
• Ácido Fórmico (Formol), Formalina,
Glutaraldeído, Ácido Glioxílico,
Carbocisteína, Ácido Carboxílico,
Metanol, Ácido Metanoico, Ácido
Amínico, Ácido Formílico, Ácido
Hidrogênico, Fenoxietanol entre
outros.
• Ácidos Orgânicos
• Ácido da maça, pera etc.
• Veneno de formiga
• Pimenta
• Ácido da cebola (propenilsulfênico)• Chocolate, menta etc...
FORMALDEÍDO
MITOS E VERDADES
• Agente condicionante e hidratante
• Estima-se que ela tenha bioafinidade com
as cutículas promovendo a retenção
hídrica.
• Ao ser absorvida associada com o Ácido
Glioxílico, interage com as cadeias
polipeptídicas potencializando o resultado.
MITOS:
• Carbocisteína alisa cabelos?
• Carbocisteína é um aminoácido?
• Aminocarbocisteína é carbocisteína?
Carbocisteína
ÁCIDO GLIOXÍLICO
MECANISMO DE AÇÃO
AGENTE ÂNIONICO
Ação em composições :Promove o aumento da anionização da fibra favorecendo a
dilatação das cutículas agindo como um facilitador de absorção de outras
composições .
Ação no fio: Ele doa uma molécula de carbono aos sulfetos formando uma nova
cadeia chamada carboxila deixando o fio rígido e facilitando um novo formato
interrompendo assim a força tensora da fibra.
• Composto fenólico, proveniente do
metabolismo secundário das plantas.
• Definido como polímeros solúveis em água
que precipitam proteínas
• Propriedades Farmacológicas:
Antioxidantes, Adstringente, Hemostática,
Cicatrizante, Antisséptica entre outras.
TANINO
(ÁCIDO TÂNICO)
TÂNINO (ÁCIDO TÂNICO)
MECANISMO DE AÇÃO
Ação no fio: Contem grupos hidroxila fenólicos em quantidade suficiente para
permitir a formação de ligações cruzadas com proteína.
No caso da Queratina do cabelo, as ligações com a mesma promovem o
rompimento das ligações laterais entre as queratinas realinhando novamente os
fios pelo calor controlado da prancha.
• Ureia : Agente Hidratante
Permitido até 10% pela ANVISA
Proibido para mulheres grávidas
Não consegue alisar cabelos
• Ácido Lático: Agente sequestrante,
regulador do pH e acidificante.
Relatos de que a associação com Ácido
Glioxilico, promove a liberação de
Formaldeído, quando submetidos ao calor
da prancha. Porém sem literaturas.
• Ácido Cítrico: Acidificante, umectante e
regulador de pH
Não alisa cabelos
• Ácido Hialurônico: Agente Hidratante
Forma uma película superficial que ajuda a
manter a hidratação.
Ajuda a preservar a integridade das fibras
assim como as capilares.
• Ácido propenilsulfênico (cebola)
Não há na literatura qualquer ligação desse
ácido com os cabelos.
OUTRAS
COMPOSIÇÕES
(MITOS E VERDADES)
LITERATURAS E BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) www.anvisa.gov.br• BEPA Boletim Epidemiológico Paulista volume 5 Num. 54 ISSN 1806-423-X Instituto Adolfo Lutz• International Angency for Research on Câncer. IARC Classification Formal to Humans. www.monographs.iarc.fr• Farmacopéia Brasileira. Parte 1 . 4 Edição São Paulo: Atheneu; 1988. P. 5.1, 6.1 – v.5. 1.7-6• A química da estética capilar como temática no ensino de química e na capacitação dos profissionais da beleza. Universidade Federal de Santa Maria RS , programa de pós Graduação em Ciências.• Manual Técnico Salvatore Cosméticos, 1 Edição 2012 Rodolfo Marques www.salvatorecosmeticos.com.br• Cosmetics: science and technology BALSAN, MS.; SAGARINED, ED: MALABAR KRIEGER PUBLISHING, 1992. V2• Compêndio de Dermatologia BECHELLI, L. M, ED: 6 ATHENEU, 1988• Dermatologia Farmacêutica GANOMAL, AL, JUÍZ DE FORA: 1999• Anatomia e Fisiologia da pele SAMPAIO S. A. P. E RIVITTTI E, ED: ARTES MÉDICAS LTDA 2000• Histologia Básica JUNQUEIRA, L.C; ED: RIO DE JANEIRO GUANABARA KOOGAN S. A, 1999• Propedêutica das doenças do cabelo e do couro cabeludo PERREIRA J. ED: ATENEU, 2001• Ciência Cosmética, ASOCIACIÓN PERUANA DE QUÍMICA COSMÉTICA, CONGRESSO LATINO AMERICANO E IBÉRICO DE QUÍMICOS COSMÉTICOS.• Manual da Terapêutica Dermatológica e Cosmetologia, FONSECA A. ROCA: 2000• Biofísica aplicada a dermocosméticos, GISELE S. G. PATRÍCIA M. C. BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES VOL 45, MAR 2009.• Tricologia e a Química Cosmética Capilar, tradução da quinta edição norte americana, John Halal. Cengage Learning.
“A melhor de todas as coisas é aprender.
O dinheiro pode ser perdido ou roubado, a
saúde e força podem falhar, mas o que você
dedicou à sua mente é seu para sempre”
(Louis L’Amour)
Rodolfo Marques
facebook.com/rodolfojmarques85
Recommended