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AULA 4
ECOLOGIA DA PAISAGEM- um olhar geográfico -
LEVANTAMENTO DE DADOS PARA O PLANEJAMENTO FÍSICO
• Frustração em relação a biólogos, ecólogos e geógrafos!!
ESSES ESPECIALISTAS NÃO TÊM A OFERECER DADOS SUFICIENTES
E/OU CONVINCENTES COMO ECONOMISTAS, SOCIÓLOGOS E
GEÓGRAFOS “HUMANOS”
É MUITO MAIS FÁCIL QUANTIFICAR...
• Migrações• Taxas de crescimento populacional• Fluxo de tráfego
DO QUE
• O ar necessário para renovar o “ar poluído” de uma cidade
Pois...
• Dados ecológicos precisam, em geral, ser levantados durante grande período de tempo, ciclos, etc
• Têm mais valor qualitativo que quantitativo
• Grande quantidade de dados se comparados com os sócio-econômicos
ECOLOGIA DA PAISAGEM• CARL TROLL (1939) na Alemanha.
• Ele considerava a paisagem dividida em ecótopos e relatava que:
“a paisagem poderia ser considerada um sistema energético, cujo estudo se deveria lançar em termos de suas próprias
transformações e de suas produtividades bioquímicas”
Alegava ainda que:
“se deveríamos considerar apenas as interações funcionais da paisagem natural, ou se as ligações funcionais das ações humanas
não deveriam ser, também, pesquisadas e entendidas”...
PAISAGEM
• Entidade espacial delimitada segundo um nível de resolução do pesquisador, a partir dos objetivos centrais da análise, de qualquer modo sempre resultado da interação dinâmica, portanto instável, dos elementos de suporte e cobertura (físicos, biológicos e antrópicos), expressa em partes delimitáveis infinitamente, mas individualizadas através das relações entre eles, que organizam um todo complexo (sistema), verdadeiro conjunto solidário e único, em perpétua evolução
(MONTEIRO, 2000)
CONFIGURAÇÕES DA ESTRUTURA DA PAISAGEM
MANCHA• Porção não linear da superfície territorial que difere do ambiente que a
circunda. • Numa escala sintética, pode ser formada por uma série de
biótopos/ecótopos (U.P) identificáveis em escalas com maior detalhe
CORREDOR• Elemento linear, ou tira, faixa que difere do ambiente que o circunda. • Podem também serem entendidos como seqüência linear de manchas
MATRIZ PAISAGÍSTICA• O tipo de elemento que desempenha o principal papel funcional da
paisagem que se estuda. • Há sempre uma só matriz. • De acordo com a escala de abordagem, uma matriz, representada em
determinada carta, pode ser mancha em escala menos detalhada
TIPOS DE MATRIZES
CONTÍNUA• Único padrão que prevalece na área delimitada
como unidade de paisagem
SEMI-CONTÍNUA• Presença de outros padrões
RETAS• Padrão que prevalece como função, como a
presença de um grande aeroporto
TIPOS DE MANCHAS
Segundo sua origem:
• De distúrbios (crônicos, cíclicos, isolados)• Rélictos• Unidades de conservação (bióticas – abióticas)• Antrópicas• Colonizadas• De eventos naturais
Classificação proposta por INGEGNOLI, mostra uma certa redundância...
TIPOS DE CORREDORES
Iguais ao das manchas, adicionando-se ainda:
• CORRENTES – cursos d’água, canais, estradas• LINEARES – só com margem• EM FAIXAS – com margem e áreas centrais
TANTO PARA AS MANCHAS COMO PARA OS CORREDORES, DEVE-SE AVALIAR O EFEITO
DE BORDA E DE INSULARIDADE
MOVIMENTOS
• Corredores servem como condutores e como filtros para a maioria dos movimentos de animais, plantas, materiais e água, através da paisagem. Características das redes e matrizes afetam os movimentos em diferentes aspectos, dependendo do local, onde os objetos atravessam os corredores, ou os usam como condutores
• Já os MOVIMENTOS através da matriz dependem de sua CONECTIVIDADE, sua “hospitalidade” e dos limites cruzados entre seus elementos. Espécies movimentando-se através de uma matriz podem ser impedidas por manchas estreitas, enquanto que espécies podem não conseguir passar de manchas para manchas devido a longas distâncias
OBSERVAÇÃO...
Para o Planejamento da Paisagem, é muito importante conhecer as ligações básicas
dos mecanismos (“de” e “entre”) dos elementos da paisagem, considerando-se
também o entorno da(s) unidade(s) de paisagem trabalhada(s)
PADRÕES DE MOVIMENTOS
ANIMAIS:• Território• Área demarcada “contra” outros indivíduos e “contra”
outras espécies
PLANTAS• Dispersão• Migração (latitudinal, vertical ou altitudinal)
INFLUÊNCIA DO ENTORNO
EFEITO DE BORDA
EXEMPLOUFSCar
José Eduardo dos SANTOSAdriana PAESE
José Salatiel Rodrigues PIRES
Laboratório de Análise e Planejamento AmbientalPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais
Universidade Federal de São Carlos
Abordagem metodológica para implementação da Educação Ambiental junto ao campus da UFSCar
Localização, limites e componentes estruturais do campus da UFSCar
Localização do Parque Ecológico Municipal e das áreas urbanizada e não urbanizada
Hidrografia
Altimetria
Declividade
Cobertura detalhada do solo da área urbanizada
Cobertura do solo da área do campus da UFSCar no ano de 1988
Aspectos legais da paisagem
Unidades de Paisagem (biótopos)
A bacia hidrográfica como Unidade Funcional
A bacia hidrográfica• A qualidade da água de um manancial depende dos usos e
atividades desenvolvidas em sua bacia hidrográfica
• O ordenamento territorial visando a conservação de determinado recurso hídrico deve considerar como UNIDADE DE PLANEJAMENTO a bacia hidrográfica a qual o mesmo pertence
• Lei Federal nº 9.433 de 08/Jan/1997 – Política Nacional dos Recursos Hídricos, instituindo os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH), a quem compete aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia, sub-bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contínuas
Na bacia hidrográfica
Municipais ≠
Limites Estaduais da bacia
Federaishidrográfica
PLANEJAMENTO INTEGRADO POR MEIO DO PLANO
Interdependência dos Impactos
Impacto Ambiental – Res. CONAMA 001/1986
• Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
– a saúde, a segurança e bem estar da população;– as atividades sociais e econômicas;– a biota;– as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;– a qualidade dos recursos ambientais.
Como unidade funcional
• A gestão das bacias hidrográficas relaciona-se diretamente à gestão dos recursos hídricos (RH)
• Realiza-se por meio da criação de CBH, fundamental ao sistema de gestão dos RH, objetivando integrar institucionalmente os diferentes interesses na bacia, servindo como um órgão mediador de conflitos, permitindo a exploração dos RH de forma harmônica
• A Lei 9.433 criou o CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS visando a gestão integrada da bacia como unidade de planejamento e gestão de forma descentralizada, participativa, independente, associada ao Sistema Ambiental
Planejamento ambiental de BH1. Melhor método para evitar a degradação dos RH2. Deve ser feito a partir de um DIAGNÓSTICO de toda a bacia3. Levantamento das principais características do meio físico,
biológico e sócio-econômico
• Geologia• Geomorfologia• Solos• Topografia• Condições climáticas• Regime hidrológico• Cobertura vegetal• Levantamento dos ecossistemas naturais• Características do meio antrópico
Deve considerar..
• O ZONEAMENTO da bacia hidrográfica
• A compatibilização do uso/ocupação da terra com a infraestrutura existente ou projetada
• A proteção da qualidade e da recarga dos aquiferos
• A proteção dos reservatórios e cursos d’água superficiais
• A drenagem das águas pluviais
Minas Gerais Plano de Gestão dos Recursos Hídricos
• http://www.igam.mg.gov.br/planos-de-recursos-hidricos/plano-estadual-de-recursos-hidricos
CBH ARAGUARI• http://cbharaguari.com.br/site/modules/mastop_publish/?tac=Plano_
Diretor
CBH PARANAÍBA• Ago/2011 – primeira etapa das Reuniões Públicas do PRH-
Paranaíba• Diagnóstico• http://www.paranaiba.cbh.gov.br/
A Bacia Hidrográfica (McHarg, 1969)
• Pode ser descrita• Está unida pela água• É permanente• É uma unidade hidrológica mas não uma unidade fisiográfica• Os limites são claros• Compreende a natureza como um processo interativo, que
representa um sistema de valores relativo baseado nas capacidades de uso
• Clima, geologia, fisiografia (ou unidades de paisagem ), hidrologia (águas superficiais e subterrâneas), solos, associações vegetais, fauna
• Ações humanas
Microbacia• “área drenada por um curso d’água e seus afluentes, a
montante de uma determinada seção transversal, para a qual convergem as águas que drenam a área considerada (Programa Nacional de Microbacia Hidrográfica – PNMH – Decreto-Lei nº 94.076 de 05/Mar/1987)
• A microbacia deve abranger uma área suficientemente grande, para que se possam identificar as interrelações existentes entre os diversos elementos do quadro sócio-ambiental que a caracteriza, e pequena o suficiente para estar compatível com os recursos disponíveis, respondendo positivamente à relação custo-benefício
• HOJE – bacia hidrográfica na escala X ou Y
Referências básicas• BOTELHO, Rosângela G. M. Planejamento ambiental em microbacia
hidrográfica. in GUERRA; SILVA; BOTELHO (orgs). Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999
• CASTRO, Selma S. & SALOMÃO, Fernando X. T. Compartimentação morfopedológica e sua aplicação – considerações metodológicas. Revista GEOUSP no 7
• McHARG, Ian L. La cuenca del rio. in Proyectar con la naturaleza. Barcelona: Editorial Gustavo Gill, 2000
• MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Abes, 1999
• VIEIRA, Viviane T.; CUNHA, Sandra B. Mudanças na rede de drenagem urbana de Teresópolis (Rio de Janeiro). In: GUERRA, Antonio J. T. & CUNHA, Sandra B. (orgs) Impactos ambientais urbanos no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001
• Lei no 9.433, 08/01/1997 – Da Política Nacional de Recursos Hídricos
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