View
212
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
2
Introdução
- Práticas culturais são também denominadas de “tratos culturais”;
- Realizadas após o plantio e se repetem anualmente em
culturas perenes;
- Em culturas anuais se referem às práticas realizadas após a
semeadura até a colheita.
4
- Operação realizada superficialmente;
- Objetivo: aeração do solo e infiltração de água;
- A operação pode também ao mesmo tempo realizar capina;
- O tipo de equipamento pode ser de:
- discos- dentes- enxadinhas, etc.
6
- Consiste em deslocar terra para a base da planta;
- Objetivos:
-- Reduzir o acamamento;
-- Facilitar o enraizamento;
-- Incorporar fertilizantes;
-- Controle de plantas daninhas na linha;
-- Escarificar o solo.
13
- Consiste em eliminar o excesso de plantas, deixando a populaçãodesejada;
- O desbaste deve ser feito após as plantas mostrarem o seu potencialprodutivo, porém antes do início da competição entre plantas;
- Deve-se procurar eliminar as plantas mais fracas e fora de alinhamento
- Em culturas perenes o desbaste pode ser realizado com aproveitamentodas plantas retiradas.
Exemplo:Eucalipto
Produção de toras
Uso na forma de lenha
16
Existem nutrientes que em função das suas características não
devem ser aplicados totalmente na semeadura e sim parte na
semeadura e o restante em cobertura. Entre eles:
Nitrogênio Perdas por lixiviação
Potássio Salinização no sulco de semeadura
17
A adubação em cobertura é realizada:
- Antes do início da fase de maior exigência do nutriente pela cultura;
- No caso de aplicação mecanizada a cultura deve permitir aentrada de máquinas;
- A aplicação pode ser feita de maneira conjunta com outraprática. Ex: cultivo mecânico
- O fornecimento dos nutrientes pode ser realizado também viaágua de irrigação.
21
Definição de planta daninha:
“Toda planta que se desenvolve em local inadequado e
compete com a cultura por água, luz, nutrientes e espaço
físico e, geralmente causando problemas na colheita”
22
5.5.1 – Períodos de competição
- Culturas anuais
PAI – Período anterior à interferência
PCPI – Período crítico da prevenção da interferência
PTPI – Período total da prevenção da interferência
24
- Culturas perenes
A competição ocorre praticamente durante o ano todo:
-- Período chuvoso Competição maior é por nutrientes
-- Período seco Competição maior é por água
25
5.5.2 – Tipos de controle
Em culturas anuais o preparo do solo pode ser considerado
como medida primária de controle de plantas daninhas:
- Tipo de equipamento
utilizado
- Momento de realização
em relação à semeadura
Interferem na ocorrência
de plantas daninhas
na área de cultivo
28
a) Controle cultural
Consiste na utilização de técnicas de manejo que propiciem o
desenvolvimento da cultura em detrimento ao da planta daninha
- Época de semeadura;
- População de plantas (espaçamento entrelinhas);
- Escolha do cultivar;
- Rotação de culturas;
- Cobertura morta, etc.
29
b) Controle mecânico
b1) Manual ou com enxada
- O controle manual é denominado de “monda”;
- O método é eficiente, porém de baixo rendimento e alto custo;
- Mais usado em áreas pequenas ou como complemento de
outros métodos.
30
Em média para a eliminação das plantas daninhas em 01 ha:
- Enxada 15 – 16 homens/dia
- CultivoTração animal 0,5 – 1,0 dia
Tração mecânica 01 – 02 horas
34
b2) Uso de cultivadores
A finalidade principal é a eliminação de plantas daninhas,
porém a operação acaba executando também:
- Escarificação;
- Amontoa;
- Pode ser usada para aplicar e incorporar fertilizantes.
Nitrogênio Potássio
40
- Enxadinhas
É o tipo de órgão ativo mais difundido e utilizado em
operações de cultivo.
Tipos de enxadinhas:
-- Picão;
-- Meia asa de andorinha;
-- Asa de andorinha.
41
A eliminação das plantas daninhas com o uso de cultivadores
é mais fácil na fase inicial de desenvolvimento.
Foto: Leandro Barradas 92013)
49
Quanto à tração
- Tração animal
- Tração Mecânica
Quanto ao acoplamento nos de tração mecânica
- Sistema de 03 pontos;
- Entre eixos;
- Sistema de 03 pontos e entre eixos.
51
Eficiência do cultivo mecânico depende:
- Momento de realização (desenvolvimento das plantas daninhas);
- Condições climáticas na época da operação.
Cuidados:
- Danificar o mínimo possível as raízes da cultura;
- No caso do cultivo mecânico:
-- Cultivar o mesmo número de linhas da semeadura;
-- Passar pelos mesmos locais da semeadora.
54
b3) Uso de Roçadeiras
- Mais utilizadas em culturas perenes nas entrelinhas e, às vezes,também entre plantas na fase inicial de desenvolvimento;
- Equipamento de fácil manejo, regulagem e manutenção;
- Tem como vantagem melhor controle de erosão em função damanutenção da agregação do solo.
56
c) Controle químico
Herbicidas são substâncias químicas que quando aplicadas
no solo ou sobre a parte aérea das plantas daninhas, provocam
sua morte.
Vantagens
Entre as vantagens estão a economia de mão-de-obra e a
rapidez na aplicação.
Conceito
57
Classificação dos herbicidas
C1) Quanto ao modo de ação
Contato
Provocam a morte das partes das plantas daninhas que entram
em contato com o herbicida. Ex: paraquat
Sistêmicos
Translocam no interior da planta causando sua morte.
Ex: gliphosate
58
C2) Quanto à seletividade
Não seletivos
Herbicidas que provocam a morte de qualquer planta.
Exemplo: paraquat, gliphosate.
Seletivos
Provocam a morte de apenas algumas espécies de plantas
daninhas. Ex: trifluralin, oxadiazon, metsulfuron methyl.
59
Às vezes é a planta que apresenta o mecanismo de seletividade
Exemplos:
Milho Enzima Glutation - S - transferase
“Quebra” o i.a. dos
herbicidas do grupo
das triazinas
ArrozEnzima
arilacilamidase
“Quebra” o i.a. do propanil
60
C3) Quanto ao momento de aplicação
Os herbicidas podem ser aplicados em:
- Pré-plantio incorporado (ppi)
O herbicida é aplicado ao solo antes da implantação da culturae incorporado geralmente com gradagem de nivelamento.
Exemplo: trifluralin
66
- Pré-emergência (Pré)
O herbicida é aplicado ao solo após a semeadura da cultura,
porém antes da sua emergência.
Exemplos:
- oxadiazon
- pendimethalin
Controle de
gramíneas
69
- Pós – emergência (Pós)
Aplicado quando as plantas daninhas e a cultura estão em
desenvolvimento.
Exemplos:
- bentazon
- fluazifop – p - butil
- fomesafen
- fluazifop – p - butil + fomesafen
- metsulfuron - methyl
73
A aplicação dos herbicidas em pós - emergência pode ser:
- Em área total Herbicidas seletivosTransgênicos – não seletivos?
- Em jato dirigido Herbicidas não seletivos
Mais utilizados em culturas perenes
Exemplos: café, citrus, seringueira eoutras
78
Fatores que interferem na atividade dos herbicidas
- Calor e luminosidade
Alguns herbicidas podem ser decompostos pela luz
Exemplo:
trifluralin – deve ser incorporado ao solo com grade
em até 8 horas após a aplicação.
79
- Umidade
-- É necessário boa umidade no solo para que o herbicida possadesempenhar sua função;
-- Mesmo para os pós-emergentes deve haver boa disponibilidade de
água no solo;
-- Alguns herbicidas têm entre as recomendações, evitar a aplicação
em plantas daninhas com “stress hídrico”.
80
- Teor de matéria orgânica e argila
-- Importantes no caso dos herbicidas que são aplicados no solo;
ppi pré
-- A M.O. e argila são responsáveis pela “retenção” dos herbicidas;
Exemplo: trifluralin (dose do produto comercial)
1,2 L/ha 2,5 L/ha
Arenoso ou M.O. Argiloso ou M.O.Textura média
81
- Fase de desenvolvimento das plantas daninhas
De maneira geral, a fase mais adequada é quando
a planta daninha apresenta 2-3 pares de folhas
- Outros fatores
-- Preparo do solo;
-- Vento;
-- Umidade relativa do ar.
82
D) Controle integrado
Consiste na utilização de mais de um método de controle.
Vantagens:
- Pode ser usado produtos mais baratos mesmo sabendoque a eficiência é menor;
- Uso de doses menores;
- Maior eficiência de controle;
- Menor custo.
83
E) Outros tipos de controle
- Preparo do solo;
- Afogamento;
- Descargas elétricas:
-- Após a descarga elétrica as plantas daninhas deixam de
absorver água e nutrientes, amarelecem e morrem;
-- A necessidade de descarga elétrica é variável entre plantas daninhas.
Exemplo: Picão preto (100 watts); tiririca (1000 watts).
84
Calibração do pulverizador
- Lavagem do tanque, filtros e tubulações;
- Uso de bicos de mesma angulação e mesma vazão;
- Cálculo da vazão do pulverizador.
Tipos de bicos?
88
Finalidades:
- Formação da planta;
- Produção de bons frutos;
- Regularização da produção;
- Reforma e limpeza da planta;
- Algumas necessitam de podas anuais em função
da produção ocorrer em ramos do ano.
89
5.6.1 – Poda de formação
Objetivo:
- Formação da copa para sustentar a produção,
aproveitando melhor o potencial de produção da planta.
É realizado desde o plantio da muda até que a planta tome o formato desejável
Formas: taça aberta, “Y” ou outras.
91
5.6.2 – Poda de frutificação
Algumas plantas frutificam em ramos novos. Anualmente ramos
novos devem ser emitidos para serem produtivos no ciclo seguinte.
Objetivos:
- Deixar número adequado de ramos produtivos;
- Manter a produção mais próxima dos ramos principais;
- Eliminar ramos com problemas e mal localizados;
- Formar novos ramos produtivos para o ciclo seguinte;
- Controlar a altura das plantas, etc.
92
Cuidados na poda de frutificação
- Eliminar ramos doentes, secos, quebrados, mal localizados,
próximos entre si e ramos “ladrões” (ramos vigorosos, com orientação
normalmente para cima);
- Eliminar ou encurtar ramos que já produziram, visando renovação de
ramos de produção para o próximo ano;
- Seleção de ramos mistos de ano que permanecerão e deverão produzir
na safra atual.
95
5.7.1 - Conceito
Consiste no fornecimento de nutrientes através das folhas.
Macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S
Macronutrientesprimários
Macronutrientessecundários
“É viável o fornecimento via foliar com a finalidade de correção
de deficiência ou complementação do fornecimento via solo”
96
Micronutrientes: Zn, B, Fe, Mn, Mo, Cu, Cl e Co
Os micronutrientes são utilizados em quantidades pequenas pelas
plantas comparativamente aos macronutrientes.
“É viável a aplicação via foliar para correção de deficiência ou mesmo
para fornecimento total. Nesse caso é necessário aplicações de
manutenção durante o ano”
97
5.7.2 – Fatores que interferem
a) Inerentes às folhas
- Número de estômatos;
- Espessura da cutícula;
- Posição (vertical, horizontal);
- Idade.
98
b) Inerentes aos nutrientes
- Mobilidade
Móveis: N, P, K, Mg, Cl e Mo
Pouco móveis: S, Cu, Fe, Mn e Zn
Quase imóveis: Ca e B
- Velocidade de absorção
99
Nutriente Tempo de
absorção
Nutriente Tempo de
absorção
Uréia 1/2 a 2 h Cloro 1 a 4 dias
Potássio 10 a 24 h Fósforo 5 a 10 dias
Magnésio 10 a 24 h Enxofre 5 a 10 dias
Cálcio 10 a 94 h Ferro 10 a 20 dias
Manganês 1 a 2 dias Molibdênio 10 a 20 dias
Zinco 1 a 2 dias
Absorção de nutrientes em aplicações foliares
Fonte: WITTWER (1964)
100
5.7.3 – Diagnose foliar
Consiste em avaliar o estado nutricional das plantas utilizando-se
análise foliar.
- Culturas Anuais
A análise foliar tem sido mais utilizada em atividade de
pesquisa com o objetivo de se verificar o efeito dos
tratamentos utilizados
Exemplo: diferentes doses de N na cultura do feijão.
101
- Culturas Perenes
-- Em função das características da cultura é possível detectar
a tempo a necessidade de correção;
-- Se constitui em “ferramenta” importante, juntamente com a
análise de solo, na definição de correções e adubações das
culturas.
- Critérios de amostragem
102
Cada cultura possui o seu critério de amostragem.
Exemplos:
a) Cultura do arroz
- Folha bandeira coletada no início do florescimento;
- 50 folhas por amostra.
b) Cultura do milho
- Terço central da folha da base da espiga;
- Coleta na fase de pendoamento (50% de plantas pendoadas).
103
c) Cultura do feijão
- Todas as folhas de 10 plantas;
- Coleta no período de florescimento.
d) Cultura do amendoim- Tufo apical do ramo principal;
- Folhas de 50 plantas;
- Coleta no período de florescimento.
104
e) Cultura do café
- Retirar amostras de ramos frutíferos (dezembro a janeiro);
- Amostrar 50 plantas em talhões homogêneos;
- 2 folhas por planta do terceiro par a partir do ápice dos ramos,na altura média das plantas;
- Coletar igual número de folhas de cada lado das linhas de plantas;
- Plantas atípicas não devem ser amostradas.
105
f) Cultura de citros
- Coletar a terceira folha a partir do fruto, gerada na primavera,
com 6 meses de idade, em ramos com frutos de 2 a 4 cm de
diâmetro;
- Amostrar 4 folhas por planta;
- Amostrar 25 árvores por talhão.
106
- Teores mínimos adequados ou nível crítico
É o teor mínimo do nutriente, avaliado nas folhas, que permite
desenvolvimento normal da planta.
Exemplo:
Cultura do feijão
Teor mínimo de N nas folhas é de 30 g/kg de massa seca.
107
Limites de interpretação de teores de macronutrientes em folhas (g/kg)
Cultura N P K Ca Mg S
Arroz 27-35 1,8-3,0 13-30 2,5-10 1,5-5,0 1,4-3,0
Milho 27-35 2,0-4,0 17-35 2,5-8,0 1,5-5,0 1,5-3,0
Feijão 30-50 2,5-4,0 20-24 10-25 2,5-5,0 2,0-3,0
Amendoim 30-45 2,0-5,0 17-30 12-20 3,0-8,0 2,0-3,5
Café 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0
Laranja 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0
Fonte: Boletim Técnico 100, IAC (1996).
108
Limites de interpretação de teores de micronutrientes em folhas (mg/kg)
Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn
Arroz 4-25 3-25 70-200 70-400 0,1-0,3 10-50
Milho 10-25 6-20 30-250 20-200 0,1-0,2 15-100
Feijão 15-26 4-20 40-140 15-100 0,5-1,5 18-50
Amendoim 25-60 5-20 50-300 20-350 0,1-5,0 20-60
Café 50-80 10-20 50-200 50-200 0,1-0,2 10-20
Laranja 36-100 4-10 50-120 35-300 0,1-1,0 25-100
Fonte: Boletim Técnico 100, IAC (1996).
111
5.8.1 - Hormônios
Conceito:Substâncias naturais produzidas pelas plantas com a
finalidade de regular o seu crescimento.
5.8.2 – Reguladores de Crescimento
Conceito:
Substâncias artificiais que quando aplicadas sobre as
plantas alteram o seu crescimento.
112
Ação dos reguladores de crescimento
- Controle do crescimento vegetativo das plantas, impedindo
ou reduzindo a síntese de hormônios de crescimento (IAA);
- Uniformizam a maturação de frutos;
Exemplos: café, algodão, etc.
- Aceleram a maturação da cana-de-açúcar e inibem o florescimento.
113
Produtos Comerciais:
- Cloreto de mepiquat - Pix
- Cloreto de clormequat - Tuval
- Etephon - Ethrel
- Glifosate – Round up em subdoses (0,2 a 0,3 L/ha)
- Ethyl-trinexapac - Moddus
114
Culturas com uso de reguladores vegetais
- Algodão;
- Cana-de-açúcar;
- Café;
- Trigo;
- Arroz;
- Outras.
115
Exemplo: algodão
- Reduz o crescimento vegetativo (equilibra o crescimento);
- Uniformiza a abertura de frutos;
- Aumenta a precocidade;
- Aumenta a desfolha;
- Facilita a colheita mecânica.
117
Altura de plantas Doses de etil-trinexapac (g ha-1)
Épocas 1 0 75 150 225 300
-------------------------------------- m -----------------------------------
P 1,36 1,41 a 1,40 a 1,39 a 1,34 a
P – DF 1,38 1,39 a 1,31 a 1,23 b 1,16 b
DF 1,34 1,16 b 0,95 b 0,87 c 0,80 c
DMS Época dentro de doses do regulador – 0,09
Desdobramentos das interações significativas das análises de variância
referente à altura de plantas, Selvíria (MS).
Fonte: Nascimento et al. (2009).
118
Acamamento
Doses de etil-trinexapac (g ha-1)
Épocas 1 0 75 150 225 300
------------------------------------ notas2 -------------------------------
P 5,0 4,5 a 5,0 a 5,0 a 4,0 a
P – DF 4,5 4,5 a 3,0 b 0,5 b 0,0 b
DF 4,8 0,5 b 0,0 c 0,0 b 0,0 b
DMS Época dentro de doses do regulador – 1,1
Fonte: Nascimento et al. (2009).
Desdobramentos das interações significativas das análises de variância
referente ao acamamento de plantas, Selvíria (MS).
119
Produtividade de grãos
Doses de etil-trinexapac (g ha-1)
Épocas1 0 75 150 225 300
------------------------------------ kg ha-1 -------------------------------
P 4.475 4.590 3.929 4.558 ab 4.529 b
P – DF 4.345 4.527 4.138 5.868 a 5.996 a
DF 4.212 5.477 4.957 4.489 b 3.354 b
DMS Época dentro de doses do regulador – 1341
Fonte: Nascimento et al. (2009).
Desdobramento da interação significativa da análise de variância
referente a produtividade de grãos, Selvíria (MS).
Recommended