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50 maneiras de se livrar do
LeviatãO controle governamental da sociedade não é apenas contrário à liberdade humana, mas também é
impraticável. Ele não pode alcançar o que pretende alcançar, o que é muitas vezes ocontrole completo
de algum setor da vida econômica e social. A tentativa provoca uma reação social. As pessoas acham
brechas e soluções alternativas ou simplesmente inventam novas maneiras de fazer o progresso
possível. Isso ocorre porque as pessoas não vão ser enjauladas sem resistência. Elas lutam para ser livres
e, por vezes, elas conseguem.
Ao longo do último século, o Estado Leviatã levou a melhor, às vezes em meio a grandes períodos de
turbulência, mas principalmente por meio de um milhão de pequenos “cortes” diários. E se esse
processo estiver sendo revertido atualmente? E se o aparato de controle estiver sendo minado com um
milhão de atos de empreendedorismo que escapam da tentativa do Estado de planejar e de comandar?
Há uma assimetria fundamental entre a estrutura de governo e a estrutura de um povo “conectado”.
Em nosso tempo, a inovação forneceu mais ferramentas às pessoas. E, muitas vezes, elas usam essas
ferramentas para contornar as barreiras que os políticos e os burocratas ergueram. Deparamo-nos com
elas todos os dias. E enquanto podemos desfrutar de sua inteligência, não temos tempo de olhar para o
quadro geral. E aqui é onde esse fenômeno de pequenas maneiras de escapar e desestabilizar o sistema
– que a cultura pop muitas vezes rotula de “desafiar a autoridade” – fica realmente interessante.
Considere os Correios. Não foram privatizados. É só caíram gradualmente em desuso graças ao advento
do e-mail, mensagens de texto, e milhares de outras formas de comunicação. Os Correios podem ser
mantidos por mais uma década ou mais, mas como uma espécie de zumbi. Certamente, os seus dias
estão contados.
Este é o arquétipo. O governo deveria fornecer, mas não o fez. Agora os mercados estão aproveitando a
oportunidade, fazendo novos produtos e serviços que proporcionam uma vida melhor, o que reduz o
papel e a importância das políticas públicas. Toda vez que o Estado fecha uma porta ou uma brecha, as
pessoas encontram e exploram mais duas portas, mais duas brechas.
Se este modelo de ruptura e rebeldia faz parte de uma tendência mais ampla, ele fornece um olhar
muito revelador sobre uma estratégia que as pessoas orientadas para a liberdade devem codificar,
incentivar e praticar intelectualmente. Nós mencionamos isso antes aqui quando nós falamos sobre
“hackear o Leviatã” e do “estado de alerta” Kirzneriano para métodos e abordagens desconhecidos.
Comparado com a política ou a estrada lenta da educação de massa, o trabalho de hackear o Leviatã por
meio da inovação é um caminho promissor. Alguma coisa está acontecendo. É como o Singularity para a
desobediência civil. Caixa de Pandora. Talvez uma série de ondas de inovação. Várias pessoas estão
participando de um grande desdobramento. E se você está elaborando grandes planos de engenharia
social, jogue-os fora. O mundo está prestes a ficar muito mais dinâmico.
Aqui estão apenas 50 maneiras pelas quais as pessoas estão contornando os obstáculos do Estado:
1. Airbnb: Esse serviço permite às pessoas alugar suas casas por alguns dias. Ele oferece preços
competitivos, comparados aos de hotéis, e evita todo o aparato regulatório, controles de
zoneamento, monopólios de sindicatos e outras barreiras de entrada. Obviamente, em alguns
estados, os cartéis hoteleiros não estão felizes.
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Publicado em 13 de dezembro de 2013 | por Jeffrey Tucker 0
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2. Uber: Os táxis têm as suas licenças, as quais fazem subir as tarifas. É um cartel acolhedor e bem
protegido. O Uber permite contornar esse sistema, encontrando grandes corridas em carros limpos
e com melhores tarifas – tudo enquanto motoristas (surpresa! não licenciados) são avaliados por
sua reputação.
3. Bitcoin: O governo arruinou o dinheiro há muito tempo. O mercado produziu uma cripto-moeda
para usuários finais. Isso pode significar a morte do euro, do dólar e de outras moedas
fiduciárias. As implicações são impressionantes e inspiradoras.
4. Geração privada de energia: Grandes empresas como o Google estão cansadas de lidar com
empresas regulamentadas. Eles temem falhas de fornecimento e precisam de energia elétrica mais
confiável. Elas estão gerando a sua própria energia elétrica. Há apenas alguns anos, mas, de novo,
apenas alguns caras ricos usavam telefones celulares. É onde a inovação acontece. Então, o preço
cai e a qualidade sobe. A Lei de Moore faz efeito. Algum dia essa tendência poderia desafiar a rede.
5. Plano de Saúde direto com o médico: Médicos estão deixando o “Obamacare” e o sistema de
pagamento feito por terceiros. Pague-os antecipadamente e quando for usá-los. Obtenha o
tratamento que você precisa e compre um plano catastrófico, se puder (em vez de receber o que
quer que seja pelas trocas decorrentes do “Obamacare”).
6. Bitmessage: Quer fugir do estado de vigilância? Bitmessage é a última novidade em comunicações
criptografadas, prestes a substituir e-mail. Mais alguns ajustes na interface do usuário e estará
pronto para uso.
7. E-mail: O processo de destruição dos Correios como um fornecedor monopolista de
correspondências é praticamente um negócio feito. Demorou 20 anos, mas agora o e-mail é o
correio de primeira classe. Enquanto isso, o serviço do governo perde bilhões a cada ano. Tal
provedor moribundo poderia sobreviver por décadas como um monopólio subsidiado por
impostos. Mas o mercado segue em frente.
8. Silk Road: Este site anônimo permite que você use moeda criptografada para comprar substâncias
ilícitas, incluindo medicamentos e alimentos ainda não aprovados pelo FDA. Você pode achar isso
alarmante, mas considere: o site traz uma bela paz a um mercado que não para, o qual o governo
tornou violento e mortal. (Fechado em 2 de outubro. Lembre-se do Napster. A hidra vive).
9. Regras de direitos autorais do YouTube: elas eram simples, mas como o remixe, a paródia e as
cópias evoluem, as exceções aos direitos autorais estão crescendo. Agora, um vídeo de Miley Cyrus
lançado ao nascer do sol é copiado 1.000 vezes antes de anoitecer. Com efeito, o cenário
inicialmente imaginado de direitos autorais – o governo confere a qualidade de monopólio sobre
cada obra e arte – está morrendo diante de nossos olhos.
10. Impressão 3-D: Não só as pessoas contornararão as restrições inconstitucionais às armas (como
Cody Wilson contornou), mas as pessoas poderão ignorar as patentes e regulamentos legais ao
imprimir seus próprios chuveiros de alto fluxo. Quando todo mundo é um fabricante, ninguém é
regulamentado.
11. Empréstimos de Pessoas para Pessoas: Prosper e o Lending Club deixam as pessoas evitarem os
grandes bancos e financiarem em conjunto, como tomadores e credores. Onde há comunicação, há
negócios sendo fechados.
12. Cooperativas de saúde: Não são apenas as organizações cristãs que criam cooperativas para
ajuda mútua. Esses grupos cobrem os custos catastróficos de saúde para os seus membros,
ignorando – por enquanto – as grandes companhias de seguro e o aparato regulatório do
governo. (Veja também este grupo.)
13. O movimento do leite cru: O governo tentou por décadas suprimir esta bebida não pasteurizada,
mas os fãs não serão impedidos. Clubes de compradores estão em toda parte. Quanto mais os
agentes federais reprimem, mais a demanda pelo produto cresce.
14. Arbitragem privada: Se você tem uma disputa com alguém, o ultimo lugar em que você quer parar
é no matagal do sistema judiciário do governo. As pessoas estão optando pela arbitragem privada.
A arbitragem privada pode não ser nenhuma novidade, mas a sua confiabilidade é. Há zilhões de
árbitros reais. De modo online, hoje o site Judge.me está morto, mas o Net-Arb ainda funciona. Fique
ligado.
15. Conta garantida (Escrow): Como você garante que irá receber pelo que você pagou na
internet? Escrow.com está feliz em reter o pagamento e verificar a transação antes de satisfazer os
dois lados com o resultado. Isso é segurança pela propriedade que está na nuvem – e as cortes
governamentais (ou mesmo leis) estão envolvidas.
16. Turismo ou exploração espacial: XCor, SpaceX, e muitos outros grupos estão entrando na corrida
especial privada. Eles estão fazendo o que a NASA faz – somente melhor, mais rápido e mais barato.
17. Estrelas do YouTube: Pessoas como Lindsey Stirling, Rebecca Black, e milhares de outras estão
escapando do antigo sistema centralizado de contratar um agente e implorar por um disco de
gravadora monopolístico para controlar a sua vida. A Lindsey fez vídeos inteligentes no YouTube que
a lançaram ao estrelato, completado com tours lucrativos. Essa descentralização está acontecendo
com filmes, músicas e outros setores.
18. TOR/Deep Web: Esse navegador para a web criptografada rejeita seu endereço originário de IP por
todo o planeta. Desse modo você pode surfar anonimamente —i.e., longe dos olhos da panótica NSA
(Agência de Segurança Nacional). (O que é um cypherpunk?)
19. Publicação Universal: Em um ponto, algumas pessoas mantiveram as condutas primárias de
informação. Blogging e publicação na Web tornam mais fácil a auto expressão. A censura tornou-se
quase impossível. Os jornais estão finalmente demarcando seus territórios online. Mas eles estão
perdendo o controle das condutas primárias de informação. O Tumblr sozinho tem 50 milhões de
editores únicos. (Liberty.me vai oferecer uma plataforma nova e distribuída em breve.)
20. Morte das receitas: Você pode comprar seus remédios baratos de muitos países agora — de modo
seguro, barato e garantido (e sem receita). Não há necessidade de pagar uma parte ao seu médico
caro do “Obamacare” ou a Indústria Farmacêutica.
21. Maconha medicinal/descriminalização: Os estados estão relaxando suas proibições sobre a
maconha. Está se tornando cada vez mais claro que a guerra contra as drogas está perdida e que
algumas drogas, como a maconha, têm valor terapêutico real. Independentemente disso, a
proibição é uma missão de tolos e medidas punitivas são cada vez mais vistas como cruéis e
desnecessárias. Mesmo se as repressões continuarem, estes são os primeiros sinais de
obsolescência da guerra às drogas e da oposição popular.
22. Expatriação: Às vezes, se você não gosta de algum lugar, você só tem que sair. É mais fácil
encontrar lugares melhores, seja em razão do clima, tributação ou cultura. A expatriação dos
Estados Unidos está atingindo níveis recordes em 2013. Embora esse número ainda esteja apenas
na casa dos milhares, a opção de ir embora está aí e mais pessoas estão se aproveitando dela do
que nunca.
23. Cidades startup : As pessoas nos países em desenvolvimento estão começando a entender que os
países ricos são ricos por uma razão. Então, os países pobres estão começando a importar boas
instituições, ou estão se “rezoneando” para a prosperidade (tudo enquanto, ao mesmo tempo, os
países ricos estão indo na direção errada). Fora das Zonas Econômicas Especiais da China (ZEE),
as startups de Honduras são uma nova experiência vale a pena assistir.
24. Seasteading (habitações permanentes no mar): Blueseed é um dos primeiros exemplos de
empreendimento que levarão as pessoas para o mar em busca de oportunidade e de um conjunto
superior de regras. O Seasteading Institute também trabalhou com sucesso com uma empresa
holandesa para projetar os primeiros módulos Seasteading. Quanto mais o Estado impõe impostos
e regulações, mais viável é para o mar se tornar o lugar para viver e fazer negócios.
25. Radicalização das artes: Adeus à rede de televisão da era da Guerra Fria e olá ao conteúdo
baseado em assinatura. Os shows que estão sendo transmitidos (Breaking Bad, Orange Is the New
Black, Mad Men, Boardwalk Empire) exibem temas de desafio, perturbação, e a persistência de
liberdade em face de arregimentação. Não é só o modelo a la carte que é perturbador, mas
conteúdo também é subversivo.
26. Educação privada e homeschooling (educação domiciliar): Se você não gosta das escolas
governamentais, tire suas crianças de lá. Milhões de famílias estão fazendo isso. Algumas estão
formando cooperativas virtuais e obtendo conteúdo de fontes online.
27. Educação online: Você está em busca de uma verdadeira educação ou um mecanismo de
sinalização? O site MOOC e outras fontes online (como a Khan Academy) estão reduzindo os custos
da educação — longe das guildas infladas da educação superior e dos campos de doutrinação que
usam dinheiro público.
28. Entrega alternativa de nicotina: Desde um revival dos cigarros que você mesmo enrola ao tabaco
sem fumaça e cigarros eletrônicos, as pessoas estão reagindo às preocupações com a saúde e a
impostos nunca tão altos sobre cigarros — apenas não da maneira que os fanáticos antitabagistas
acham que elas deveriam. Uma deixa para uma reação cada vez mais estridente.
29. Cooperativas de mercado de agricultores/ Homesteading urbano: Nas cooperativas de mercado
de agricultores há pessoas trocando bens em espécie. As pessoas trocam e contribuem com seu
trabalho fora dos auspícios do governo. Além disso, as pessoas nas grandes cidades estão
cultivando os seus próprios alimentos – livre do Departamento de Agricultura dos EUA. (Aqui vai
uma dica!)
30. Segurança privada de bairro: Confira novos aplicativos como o Peacekeeper. É apenas um
exemplo das maneiras pelas quais as comunidades locais podem reduzir o custo de segurança e
serviços de emergência – e mantê-los localmente. (Aqui está outra em Detroit.)
31. Mercados de Trocas: Se você tem um negócio, você sabe o placar. Se você pode trocar bens ou
serviços diretamente, é melhor abandonar a trilha de papel. Você doa o tempo de programação, eu
vou lhe dar espaço na web. Você promove o meu produto, eu promovo o seu. Se o dinheiro não
muda de mãos, você pode evitar todos os tipos de problemas com o governo. O mercado de trocas
tornou-se uma resposta natural ao cobrador de impostos.
32. Inundação de e-mails e mídias sociais: Com a mídia social, é possível despertar a indignação
popular contra as maquinações dos legisladores. O protesto contra o SOPA/ PIPA [Stop Online Piracy
Act (Lei do “Pare com a pirataria on-line”), e Protect IP Act (Lei de Proteção da Propriedade
Intelectual)] é um bom exemplo. As inundações de protesto contra a invasão da Síria teve um efeito
sobre a retirada daquele quase desastre, também. O ativismo político nunca mais será o mesmo. É
a democracia desktop. Aaron Swartz viverá para sempre.
33. Câmeras de telefones: Uma arma poderosa contra o Estado está provavelmente no seu bolso
agora. Considere o Copblock e o Peaceful Streets Project. Eles mantêm os policiais responsáveis por
seus atos por meio da “eterna vigilância” proporcionada pela tecnologia. Quanto mais as pessoas se
manifestarem diante da intimidação (ou simplesmente filmarem a partir das suas janelas com uma
lente de zoom), melhor.
34. Mercados Privados de Venture Capital (Investidores de risco). Há um problema com as taxas de
juros fixadas pelo FED (Banco Central Americano). Ninguém realmente ganha. Desde que a política
de juros a zero por cento começou, um gigantesco setor de empréstimos não-bancários passou a
vigorar quando os bancos deixaram esse mercado. E as taxas são determinadas pelo mercado.
35. Compartilhamento de arquivos Peer-to-Peer: A sobrevivência e persistência do
compartilhamento de arquivo por meio dos “torrents” mostra que a desobediência civil em face de
monopólios intelectuais está viva e bem, apesar de uma guerra de 20 anos contra a prática. Quanto
mais os monopolistas lutam, mais os compartilhadores de arquivos ganham.
36. Velocidade: Até certo ponto, ninguém mais se importava em dirigir a 55 milhas por hora (88 km/h)
(não somente Sammy Hagar). As pessoas em massa dirigiam acima disso até que o Congresso
decidiu deixar aos estados a definição dos limites de velocidade — maiores. É um caso
paradigmático: as pessoas desobedeceram a lei até que ela fosse mudada.
37. Crowdfunding (financiamento conjunto via web): Se você precisa de dinheiro para iniciar um
negócio, você pode contornar a tigela virtual para implorar por dinheiro. Mas não pode ser apenas
com qualquer coisa velha. Você tem que convencer a multidão a abrir mão dos seus recursos. Mas
essa pode ser uma barreira bem menor a ser ultrapassada do que prender a atenção de
investidores de risco ou pedir um financiamento no seu banco que foi resgatado pelo governo.
38. Empreendedorismo social: O Estado de bem-estar social tende a tornar as pessoas suplicantes
dependentes. A ajuda externa também. Mas empreendedores com causas sociais estão criando
melhores formas de ajudar os pobres, desde micro finanças ao retorno das sociedades de ajuda
mútua, como as cooperativas de saúde cristas citadas acima. O setor de empreendedorismo social
está desfrutando um renascimento permitido pela tecnologia apesar do Estado. (Ver também jovens
empreendedores sociais.)
39. Turismo médico: Já há algum tempo, as pessoas têm levado os seus problemas médicos para
outros países que oferecem um tratamento comparável de forma mais barata e sem toda a
burocracia. De fato, as pessoas costumavam vir do Canadá para obter tratamento que eles não
podiam terra do tratamento de saúde “gratuito”. A inflação médica está tão alta nos Estados Unidos
agora que muito mais pessoas estão deixando o país para se tratarem fora, ou optando por sair do
cartel de tratamento de saúde pago por terceiros. Enquanto isso, algumas pessoas estão deixando o
país para obter tratamento que o FDA (Food and Drug Administration – Agência de Alimentos e
Remédios) não aprovou.
40. Organizações auto gerenciáveis: Empresas como Valve e Morning Star mostram que você não
precisa de hierarquias formais —“chefes”— para que uma organização funcione bem. Essas
empresas podem nos ensinar que o mundo também não precisa de chefes.
41. Planejamento Fiscal: Os geradores de valor estão cansados de ter seus lucros roubados por
pessoas com as armas e as prisões. A Apple, por exemplo, utiliza um planejamento fiscal
multinacional tão complicado que meros mortais não conseguem entendê-lo. O resultado: capital
extra para tornar o iPhone ainda mais desejado. Os políticos lamentam, mas os consumidores
aplaudem. (Apenas quando você imaginava que as leis suíças sobre sigilo estavam acabadas, não
há dúvida de que as pessoas inteligentes vão encontrar novas maneiras de esconder seu capital do
Estado.)
42. Clubes de ceias: Os foodies (ou especialistas em comidas) do underground estão visitando chefs e
grandes cozinheiros fora dos auspícios das babás da saúde pública. Toda casa é um restaurante,
toda cozinha é uma recebedora de renda. Clubes de ceias similares se espalharam por Chicago
quando os vereadores daquela cidade baniram o foie gras (uma proibição que eventualmente foi
derrubada graças à pressão popular, desobediência civil e interesses especiais que foram
contrariados).
43. Offshoring e inshoring: Às vezes os impostos sobre as empresas, controles de sindicatos e o
controle regulatório são simplesmente insuportáveis. As corporações dos EUA levam sua produção
para outros lugares (atualmente os Estados Unidos têm a maior taxa de imposto sobre as
corporações no mundo, considerando-se também os impostos estaduais), mesmo com empresas
estrangeiras buscando lugares para local único para as melhores instalações de produção nos
Estados Unidos (longe de altos impostos e cartéis de sindicatos).
44. Carrinhos de comida de rua: restaurantes adoram regulamentações, porque eles podem
pressionar seus concorrentes. É por isso que as cidades que toleram a cultura dos carrinhos de
comida de rua estão dando a esses restaurantes uma competição dura. Se você aguenta comer
seus tacos em um banco de parque, pode valer a pena ir a um trailer de comida – a última novidade
em micro empreendedorismo. Eles estão muitas vezes na vanguarda da experimentação e
variedade.
45. Redes sociais e Skype: Milhões de pessoas de todo o mundo estão interagindo como se fossem
vizinhos de porta. Sutilmente, isso apaga as fronteiras criadas pelos Estados-nação e cria um mundo
muito mais cosmopolita – um que expõe a arbitrariedade de jurisdições nas quais você pode
acontecer, ou não, ter nascido.
46. Carros sem condutor: A tecnologia está aqui. Ela certamente muda o cálculo para motoristas
distraídos ou embriagados, e corrige os problemas com vias públicas que o Estado não vai resolver.
Carros sem condutores nos darão viagens seguras e automatizadas e negará ao Estado os recursos
que recolhe ao chatear as pessoas tanto por grandes e pequenas infrações que resultam da má
infraestrutura, erro humano e julgamento fraco. Bastará uma ou duas áreas do mundo para
implantá-las com sucesso para desencadear a mudança.
47. Crowdsourcing private equity (Private equity via financiamento conjunto): Kickstarter e outros
arrecadadores de fundos online foram requeridos por lei a restringirem seus serviços a doações e a
não venderem ações. Mas e as doações onerosas? Quão grandes elas podem ser? Os limites estão
sendo testados. Em poucos anos, você será capaz de comprar ações de empresas start-ups com
Bitcoins e todo o mundo se beneficiará. De qualquer forma, a lacuna já foi criada.
48. Conservação Privada: Você pode ser um ambientalista sem tem que protestar para ver terras
imaculadas dadas ao Estado para a gestão do contribuinte. Grupos como The Nature Conservancy e
Ducks Unlimited fazem grandes coisas quando não entregam terras ao Estado. E os particulares
estão optando por conservar a terra, em vez de vendê-las.
49. Ambientes imersivos: Estamos no processo de criação da Matrix que nos rodeia. Do Second
Life para jogos imersivos, poderemos ver em breve as ligações entre o mundo virtual e a economia
criptografada que resultam em novas formas interessantes de ordem.
50. Revoluções do Twitter: Está tendo problemas com um ditador sem valor ou religiosos fanáticos?
Organize-se, proteste e derrube-o com o Twitter — #derrube. (Mas tome cuidado de não acabar
instalando um regime pior do que aquele que você ajudou a derrubar.)
Agora que você vê a máquina em funcionamento, reflita por um momento. Imagine que o mundo
girando ao longo do tempo tem sido uma cebola. Ao longo dos anos os seres humanos envolveram
camadas de progresso em torno de nossa esfera azul. Primeiro foi a Idade da Pedra, em seguida, a Era
Agrícola, depois a Era Industrial, em seguida, a Idade do Comércio. Agora vivemos na Idade Conectada.
Nesta época mais recente, muita coisa interessante está começando a acontecer – a mais interessante é
a crescente obsolescência do Estado. Ele não sabe de nada que não sabemos, e a única coisa que ele
pode fazer que não podemos é forçar a todos, com uma arma, a financiar seus caprichos. Nosso
conhecimento é “fundado na multidão”, e nunca paramos de aprender uns com os outros. Estamos
integrados como em uma cidade global que se autogoverna. Algumas pessoas estão começando a ver
que as circunstâncias do nascimento e da cultura são contingentes e as linhas estão se esvaecendo. As
fronteiras nacionais estão menos ligadas às pessoas dentro delas.
O custo de se conectar com outras pessoas que pensam como você está diminuindo. Cada um de nós
em nossas esferas privadas de atividade pode começar com o negócio de interagir sem a necessidade de
terra firme ou permissão. É como se nós estivéssemos criando comunidades no céu e comércio no nada.
Não é da conta de ninguém, porque milhões de nós simplesmente assim procedem. É a última forma de
democracia.
Pode haver uma corrida armamentista tecnológica com “autoridades” no curto prazo , mas a menos que
tais autoridades estejam dispostas a serem realmente totalitárias, muito rápido, o ritmo de
interconexão e criação irá simplesmente suplantá-las – mesmo quando eles tentem controlar tudo por
meio de regulamentações (com a melhor das intenções , é claro).
Este é o caminho em que más leis e maus regimes morrem. A aplicação da lei torna-se impossível.
Exceções são feitas. Autoridades se esgotam. As pessoas se sentem encorajadas. Aconteceu isdesta
maneira com a lei anti-usura na Idade Média. Eventualmente, elas se tornaram inviáveis ??em face da
modernização.
E nos dias da Lei Seca, ela significou que qualquer vizinho estava participando do mercado negro. A
revogação da Lei Seca não veio porque Al Capone e seus competidores estavam brincando de “atire
neles”. A revogação veio porque os americanos aprenderam da maneira mais difícil que você não pode
legislar moralidade – não facilmente, de qualquer maneira. E os contrabandistas não tinham Snapchat,
Bitcoin e Tor.
Agora, imagine não só o álcool, mas 10 mil produtos, serviços e comunidades simultâneos operando ao
mesmo tempo. E em cada um desses 10 mil produtos e serviços, imagine mercados de milhões.
Parece que existem algumas possibilidades para o Estado devido à sua generosidade e poder:
Crescer rapidamente, em conjunto com essas indústrias – como metástase em toda esta economia,
criando milhões de agentes virtuais à lá Gestapo que teriam que cruzar as fronteiras nacionais para
seguir as pessoas e mantê-las na linha;
Puna exemplarmente algumas pessoas, em cada uma das 10 mil indústrias, com punições severas o
suficiente para assustar o resto e manter todo mundo na linha, fazendo com que muitas dessas
indústrias sujas desistam dos seus negócios; ou
Tire um pouco de dinheiro de todos, mas tolere-os.
Em qualquer um desses cenários, podemos imaginar agências internacionais cooperando, talvez se
aglomerando em algo que seria uma grande e raivosa INTERPOL com os olhos da NSA (Agência de
Segurança Nacional) e as aspirações da ONU. Não é inconcebível que esta criatura venha à existência. Na
verdade, parece bastante provável. Afinal, essas novas comunidades e mercados seriam internacionais.
Mas quanto tempo o Estado será capaz de acompanhar o ritmo vertiginoso da inovação, já que desta
hidra da desobediência civil brota duas cabeças no lugar de qualquer uma cortada? A menos que o
Estado fique muito repressivo rapidamente (e todos nós estamos preparados para deixá-los), os seus
funcionários não serão capazes de controlar os enxames e os vendavais de destruição criativa que eles
trazem. Cinquenta maneiras se tornarão 50.000. Este é o nosso presente. Este é o nosso futuro.
Tradução de Ronaldo Bassit. Revisão de Matheus Pacini. | Artigo original
Sobre o autorJeffrey Tucker
É o presidente da Laissez-Faire Books e consultor editorial do mises.org. É também autor dos livros It's a
Jetsons World: Private Miracles and Public Crimes e Bourbon for Breakfast: Living Outside the Statist
Quo.
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