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Edição nº 54 d'O Jovem - Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia
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o jovem o jovem
Especial | A deputada Vera Rodrigues esteve na Maia para abordar o peso do Estado na Economia.
O Jovem reuniu as principais ideias. [p.10]
O Estado e a Economia
Dossier | O que é um Orçamento do Estado, como se constrói e novidades para 2013 [p.18]
Convidado | Pedro Mendes, Presidente da JP Lousada,
assina o espaço de opinião. [p.8]
Opinião | Navega pelos vários textos assinados pelos
militantes da Maia. [p.4 - 26]
Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia
54 | Fev 2013 | Ano XXVII www.jpmaia.com
2222 | fevereiro 2013 o jovem
ficha técnica
Propriedade: Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia | Edição: Manuel Oliveira |
Colunistas desta edição: João Ribeirinho Soares, Manuel Oliveira, Ângelo Miguel, Miguel Ribeiro, Vânia Peres | Convidado especial desta edição: Pedro Mendes | www.jpmaia.com | maia@juventudepopular.org
| Distribuição Digital | Fevereiro 2012 | O Jovem 1985 - 2013
sumário
Pedro Mendes [pág. 8] Manuel Oliveira [pág.4 e 24]
Ângelo Miguel [pág.26 ]
opinião
convidado especial
especial Formação “A Economia e o Papel do Estado”
[pág.10]
dossier O Orçamento do Estado [pág. 18]
memória O Discurso de Gettysburg, de Abraham Lincoln
[pág.22]
EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL Comissão Política Concelhia Juventude Popular da Maia
Um novo site para ti! notícia
Como não poderia deixar de ser, a Juventude Popular da
Maia arrancou o novo ano em força. Já em Janeiro,
proporcionamos um momento de formação ao convidar a
deputada e Presidente do Conselho Nacional da Juventude
Popular para uma aula sobre “Economia e o Papel do
Estado”. Vera Rodrigues abordou vários temas que
evidenciam o Estado como um agente económico pouco
eficaz e que apresenta elevadas facturas para os
contribuintes. A não perder o especial sobre esta iniciativa.
Em Fevereiro, foi tempo de apresentarmos o novo site da
concelhia. Mais funcional e intuitivo, o jpmaia.com pretende
acima de tudo facilitar a adesão à Juventude Popular e
arquivar todo o material político da concelhia. Renovamos
ainda a nossa imagem no Twitter, Youtube, Facebook e
Issuu (neste último poderás encontrar o arquivo d’O Jovem).
Pedro Mendes, Presidente da Juventude Popular de
Lousada, assina o espaço convidado deste mês com um
tema mais do que actual: A Reforma do Estado.
À parte dos restantes textos de opinião e do dossier sobre o
Orçamento do Estado, deixamos-te o novo espaço d’O
Jovem: Memória. Nesta edição destacamos o famoso
discurso de Gettysburg de Abraham Lincoln, primeiro
Presidente republicano dos EUA.
Prego a fundo
No dia 9 de Fevereiro, a Juventude Popular da Maia lançou
uma nova versão do seu site. Com o principal objectivo de
estar mais próximo dos jovens e permitir que estes mais
facilmente consigam entrar em contacto com a concelhia, o
novo site poderá muito bem ser a “porta de entrada” para
futuros militantes.
No jpmaia.com continuaremos a encontrar toda a
informação sobre a concelhia e os documentos relacionados
com ela. Moções, Comunicados de Imprensa, Documentos
de Apoio e Políticos. O Jovem tem naturalmente um lugar
de destaque estando presente em todo o site com um
acesso rápido à última edição e também à Galeria das
restantes 53 edições.
Pelo site é ainda possível aceder às páginas oficiais da
concelhia no Facebook, Twitter e Youtube.
Por Terras de Lidador por Manuel Oliveira
Presidente da Juventude Popular da Maia
Se nos deixarem
facebook.com/juventudepopularmaia
opinião 4 4 4 4 | fevereiro 2013 o jovem
Já há mais de um ano que tenho reparado, até agora
em silêncio, num fenómeno estranho. Como
dificilmente acredito em coincidências, percebo
porque é que à Juventude Popular da Maia é tão difícil
entrar em contacto com algumas das mais
importantes organizações deste concelho. Faz agora
dois anos que solicitamos reuniões por carta e, em
poucos casos, por telefone. Em relação às juntas de
freguesia, história épica que já contei aqui algumas
vezes, não faz manifesto sentido voltar a insistir até
que se execute um novo juízo eleitoral. No entanto,
todas as outras organizações de carácter social,
cultural e económico, pelo seu projecto a longo prazo,
merecem ser “revisitadas”… perdão, contactadas.
Esperamos ter mais sorte desta vez com a Associação
Empresarial da Maia ou a Cruz Vermelha, por
exemplo. São instituições importantes e que todos os
dias estão em contacto com a população. O nosso
interesse em ouvi-las é mais do que evidente.
Pessoalmente, espero ganhar a batalha de ser
finalmente recebido pelo corpo directivo da Escola
Secundária da Maia. Não só por ter sido um dos seus
alunos mas porque, além de ter sido uma das
instituições que nunca nos respondeu, explicaram-nos
uma vez in loco que “a Escola não recebe forças
políticas para assegurar a sua independência”. Na
altura não percebemos, mas aceitamos e ficamos
resignados. No entanto, compreendemos que é de
tentar o contacto mais uma vez. É verdade que somos
teimosos que baste e abusamos da fama que temos de
inconvenientes. Só temos receio é que a cor da força
que representamos não seja aquela que, pelos vistos,
tem Via Verde no espaço “independente” desta
instituição. Veremos.
um fundador do CDS quase foi Presidente da República?
As eleições presidenciais de 1986 foram das mais
disputadas de sempre e prova disso é terem forçado uma
segunda volta. Salgado Zenha, Maria de Lurdes Pintassilgo,
Mário Soares e Diogo Freitas do Amaral foram os
candidatos.
Após uma primeira volta, ganha pelo candidato da direita e
fundador do CDS, Freitas do Amaral não tem ainda a
maioria absoluta necessária para confirmar o mandato.
Assim, em Fevereiro do mesmo ano numa segunda volta,
disputada com o socialista Mário Soares, Freitas do Amaral
perde com a mobilização dos votos da esquerda no
candidato do PS.
Nunca o CDS esteve tão perto de ter uma das suas mais
importantes figuras como Chefe de Estado.
Sabias que...
O slogan de Freitas do Amaral
6 6 6 6 | fevereiro 2013 o jovem
cada vez mais perto
de ti! jpmaia.com
<< No passado dia 9 de Fevereiro a Juventude Popular da Maia apresentou o seu novo site. O seu principal objectivo
é que chegues até nós de forma cada vez mais eficaz!
Agora é mais fácil juntares-te
a nós! Basta preencher a ficha
de filiação online.
O Jovem tem neste novo site
um papel maior. Consulta a
última edição e as anteriores.
Comunicados de Imprensa,
documentos de apoio, moções,
estatutos. Está lá tudo!
om a entrada em vigor do Orçamento de Estado para 2013, Portugal assiste a
mais um aumento de impostos, que tem como objectivo o controlo do saldo
orçamental, para que cumpra as metas acordadas no âmbito do programa de
assistência económica e financeira. Contudo quer o aumento da carga fiscal, quer
parte dos cortes efectuados na despesa do estado não têm caracter estrutural, o
que significa que é necessário promover uma reforma ou reorganização do Estado
para que seja possível conter os gastos estatais e promover uma descida de
impostos.
Perante a situação apresentada, existe na sociedade portuguesa um consenso
alargado de que é necessário promover a sustentabilidade do Estado a longo
prazo, e como tal adapta-lo à conjuntura em que vivemos. Porém, o problema
associado à reforma do Estado reside no facto de que cada grupo ou corporação
afectados por um potencial corte (como os funcionários públicos ou das empresas
estatais, beneficiários de pensões elevada ou de benefícios socias, entre outros)
promoverem uma campanha contra a reforma no respectivo sector tentando
“empurra-la” para outro lado. De uma forma simplificada pode dizer-se que cada
um dos afectados toma o seguinte lema: “Deve-se cortar na despesa do Estado e
nos benefícios concedidos, mas a mim não!”. No conjunto de todas estas posições
o único sector que reúne consenso onde se deve cortar é na despesa que está
associada aos cargos políticos. Contudo por muito que se corte nos cargos políticos
nunca se resolverá o problema do défice orçamental em mais do que 0,1%. Já para
não falar de que os representantes da nação devem ter condições dignas das suas
funções. Apesar de que numa altura como a que atravessamos o Governo e demais
órgãos de soberania devem ser comedidos nos gastos, pois à mulher de César não
basta ser séria…
Como se este problema já não fosse por si só enorme, o Partido Socialista decidiu
dedicar-se ao tacticismo político já habitual em véspera de eleições; ou seja
defende a redução de impostos, ao mesmo tempo que defende o aumento do
investimento público e ainda que não se pode cortar na despesa, muito menos
empreender uma reorganização do Estado. A única questão que fica por clarificar é
saber onde é que o PS vai buscar o dinheiro; talvez se junte aos partidos da
extrema-esquerda e diga que devemos tomar a irresponsável atitude de
unilateralmente renegociar os juros e os montantes da dívida. Ignorando as
consequências directas e indirectas que daí resultariam como a saída do euro; o
aumento dos preços dos bens importados na ordem entre 505 a 100%; a
incapacidade do Estado, das empresas e das famílias obterem crédito, levando
A Reforma do Estado
Presidente da JP Lousada
Pedro Mendes
facebook.com/pedrotmendes
8888 | fevereiro 2013 o jovem
C
<< Ao contrário do que o PCP e o BE pensam, o emprego e a economia não crescem por decreto
como acontecia na União Soviética.
convidado especial
o país a uma grave recessão económica. Isto porque ao contrário do que o PCP e o BE pensam, o emprego e a
economia não crescem por decreto como acontecia na União Soviética.
Perante o desafio que Portugal tem pela frente e após o sinal de confiança que nos foi dado pelo regresso aos
mercados, todos os portugueses devem promover o debate aberto sobre a reforma ou reorganização do Estado,
para que este se adeqúe a capacidade de obtenção de receita do mesmo, de forma a garantir a redução da carga
fiscal para níveis sustentáveis assim como para garantir que o nosso país não volta a perder parte da sua soberania,
por ter gasto mais do que o que podia. As consequências da reforma podem não ser agradáveis, contudo os
resultados no longo prazo compensarão. Este é o tempo de todos os Portugueses deixarem o tacticismo político, os
direitos adquiridos, as regalias incomportáveis, de forma a deixarem às próximas gerações um país que não esteja
atolado em dívidas e que todos os anos seja menos competitivo.
10101010 | fevereiro 2013 o jovem
A Economia
especial
e o papel do Estado A Juventude Popular da Maia arrancou o ano de 2013 com mais um momento de formação. Convidamos a deputada Vera Rodrigues para uma aula sobre o papel do Estado na Economia. Como bons alunos que somos, deixamos-te os apontamentos.
por Vânia Peres Oliveira Presidente da Mesa do Plenário da JP Maia
No passado dia 14 de Janeiro de 2013, a Juventude
Popular da Maia recebeu, mais uma vez, a presença da
Deputada do CDS eleita pelo círculo do Porto e
Presidente do Conselho Nacional da Juventude
Popular, Vera Rodrigues. Mais do que uma nova visita
ao concelho da Maia e análise da sua situação política,
algo que os deputados do CDS têm vindo a fazer junto
de todas as concelhias do partido, o momento foi
aproveitado para uma formação sobre o tema “A
Economia e o Papel do Estado”. Um tema que se
impunha pela sua actualidade no que diz respeito à
discussão de “refundação” do Estado, às privatizações
e clima económico.
O que é o Estado?
O Estado em sentido lato, inclui os Ministérios,
Direcções Gerais, Institutos Públicos, Hospitais e
Universidades, Segurança Social, Administrações
Regionais e Locais. Estas últimas compõem o Sector
Público Administrativo que é por onde o Estado actua na
Economia. Genérica e teoricamente, a intervenção do
Estado na economia de um país, visa por um lado, a
regulação do sector privado, mas tem-se justificado,
12 12 12 12 | fevereiro 2013 o jovem
regulação do sector privado, mas tem-se justificado, em
simultâneo, com vista a alcançar objectivos que vão
desde o estímulo ao crescimento da economia, à
redução de desigualdades ou à correcção das
chamadas falhas de mercado.
Um pouco de história
Se por um lado o Estado intervém na economia por via
da Regulação, do Orçamento, da Política Económica, da
acção das Empresas pública, por outro lado, em
Portugal, foi sendo feita ao longo dos últimos anos uma
alteração profunda da estrutura do Estado para
“escapar” às restrições orçamentais da União Europeia e
ganhar autonomia de gestão e de endividamento, que
tem densificado os “tentáculos” do Estado na economia:
na década de 90, os hospitais públicos ou as estradas de
Portugal estavam na Administração Pública; não havia
PPP e eram raras as concessões; empresas regionais e
locais eram praticamente inexistentes; o estado
representava metade da despesa pública e agora
representa cerca de um terço; os FSA representavam
20% da despesa e agora já representam 1/3; a Segurança
Social também aumentou substancialmente o seu peso
Se a empresa pública der
lucros o Estado recebe
dividendos, mas se der prejuízo
há necessidade de aumento ou
transferência de capital,
subsídio ou indemnização
compensatória. Perante
prejuízos, normalmente as
empresas dizem que é o Estado
que não cumpre com as
obrigações de financiamento do
serviço público.
<<
Social também aumentou substancialmente o seu peso
devido à descentralização política para regiões e
município; dados recentes apontam para que haja em
Portugal cerca de 13.700 entidades públicas, incluindo
356 institutos, 639 fundações e 343 empresas.
O papel do Estado na Economia
Há que ponderar a relação e a análise custo/benefício
social, a sua produtividade e viabilidade, a forma como
onera as futuras gerações. Tratando-se de decisão
política, a intervenção do Estado terá sempre
legitimidade e escapará ao crivo do Tribunal de Contas a
não ser que se comentam ilegalidades. A decisão de
como intervir, como investir e como financiar tem
passado de forma muito sistemática, pelo modelo de
empresas públicas ou por Parcerias Público Privadas.
Em relação às Empresas Públicas: o estado pode ser ou
não o accionista principal; a sua maioria está fora das
administrações públicas e os resultados não contam para
a dívida e nem para o défice orçamental; as que
contaram desde 2007 (Parque Escolar, EP, metro de
Lisboa e do Porto e Refer) mais de 50% dos seus custos
têm que ser financiados pelos contribuintes; se der
lucros o estado recebe dividendos, mas se der prejuízo
há necessidade de aumento ou transferência de capital,
subsídio ou indemnização compensatória (estes últimos
com impacto obvio no défice); perante prejuízos,
normalmente as empresas dizem que é o Estado que não
cumpre com as obrigações de financiamento do serviço
público.
Quanto às Parcerias Público Privadas: modelo mal
“importado”, originário da Austrália e aprofundado em
Inglaterra; pressupõe uma intervenção/investimento do
Estado, em que há uma adequada partilha de riscos
entre público e privado; os contractos, se bem
elaborados, permitem gestão eficiente de recursos mas
em caso contrário, é um sorvedouro de recursos públicos
(contribuintes) e privados (utlizadores das Scut´s, p.e.);
grande descalabro em Portugal é o caso rodoviário, em
que o accionista Estado, deu à Estradas de Portugal o
poder de desenhar os contractos, atribui-lhe receitas
próprias do antigo “imposto sobre os produtos
petrolíferos” (transformado parcialmente em
“contribuição de serviço rodoviário”), e assim permitiu
reduzir o escrutínio e controlo quer do Governo, quer da
Assembleia da República.
Alguns números
A CP facturou em 2011 um total de 289 milhões de
euros, tendo pago 181 milhões de euros em custos
financeiros, ou seja, mais de 60% das vendas da
empresa. A Metro de Lisboa facturou no ano passado
67,682 milhões de euros e pagou de custos financeiros
na ordem dos 75 milhões de euros. O sector viu crescer o
volume de capitais próprios negativos, com os passivos a
aumentarem de forma significativa em relação aos
activos, e ascendiam a 30 o número de empresas do
universo empresarial do Estado falência técnica no final
do ano passado, sendo que entre estas, dezoito eram
hospitais EPE. Das empresas do Sector Empresarial do
Estado com resultados líquidos positivos, destacam-se:
Estradas de Portugal, REN, Águas de Portugal, ANA -
Aeroportos de Portugal, e CTT. Em sentido oposto, com
resultados líquidos negativos, estão: Metro do Porto, CP,
O Estado deve sair da Economia e simplesmente assumir um
papel de regulador. Vejamos: minimiza riscos para o Estado e
elimina ineficiências do sector público; abertura a capital
estrangeiro e consequente atracção de mais investimento.
<< 14 14 14 14 | fevereiro 2013 o jovem
A Juventude Popular da Maia agradece à deputada e
Presidente do Conselho Nacional da Juventude Popular,
Vera Rodrigues, pela disponibilização do argumentário.
REFER, Metro de Lisboa, TAP e Centro Hospitalar Lisboa
Norte. Algumas empresas têm distribuído ao Estado
dividendos em valores significativos superiores ao
esforço financeiro do Estado: CTT, ANA, e PARPÚBLICA.
A porta de saída é a solução
Por todos os motivos que já identificamos, o Estado
deve sair da Economia e simplesmente assumir um papel
de regulador. Vejamos: minimiza riscos para o Estado e
elimina ineficiências do sector público; abertura a capital
estrangeiro e consequente atracção de mais
investimento; acesso a novas fontes de financiamento;
gerar externalidades positivas para outras empresas
para além das que são privatizadas; aumento da
competitividade dessas mesmas empresas; partilha e
transferência de know-how; contribuir para o objectivo
de transformação estrutural da nossa economia e do
país; ter dinheiro hoje para abater à nossa dívida e fazer
um encaixe financeiro de acordo com as metas
estabelecidas com os nossos credores.
O que defende o CDS
O peso do Estado na economia portuguesa
continua a ser excessivo, como interveniente,
empregador. Defende desde há muito programa
profundo de privatizações, embora com excepções,
nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos. Vê com mau
olhos a concorrência que o público faz aos privados e
sempre teve uma posição crítica quanto à privatização
sempre teve uma posição crítica quanto à privatização
de monopólios naturais, e uma posição ainda mais crítica
sobre o “monopólio de facto”, garantido, através do
Estado, entre a EDP e REN.
Em relação à possível privatização da RTP, há duas
fronteiras que o CDS estabelece: por um lado não é
possível que uma empresa pública não assegure uma
gestão eficiente de recursos que são pagos pelos
contribuintes – exige-se uma gestão absolutamente
criteriosa, na prossecução de um melhor serviço público,
que justifique a contribuição que tem sido realizada
desde o acordo de reestruturação financeira – mas por
outro lado, obrigações de interesse nacional,
nomeadamente as que têm que ver com a defesa da
língua portuguesa e política externa cultural de Portugal,
aconselham a manutenção do canal público. O trabalho
feito entre 2002 e 2005 prova que a RTP pode travar o
despesismo, cortar os seus orçamentos e ter uma gestão
profissional.
O CDS vê com mau olhos a concorrência que o público faz aos
privados e sempre teve uma posição crítica quanto à
privatização de monopólios naturais, e uma posição ainda mais
crítica sobre o “monopólio de facto”, garantido, através do
Estado, entre a EDP e REN.
>>
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mais activas da Juventude Popular.
envia já os teus dados pessoais para
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18181818 | fevereiro 2013 o jovem
o que é? | como se constrói? | novidades para 2013
dossier
por Luís Miguel Ribeiro secretário-geral da JP Maia
O OE é um quadro anual onde
se pretende discriminar a
alocação dos dinheiros públicos
e delinear uma previsão
económica das receitas e
despesas do Estado para o
período de um ano.
>> Tendo em conta aquilo que foi retratado nos dossiers
das edições anteriores d’O Jovem (Contabilidade
Nacional/Sistema Fiscal Partes I e II), podemos assim
introduzir oportunamente um dos capítulos que mais
diz respeito ao cidadão comum: o Orçamento do
Estado.
O que é?
De uma forma resumida é um quadro anual onde se
pretende discriminar a alocação dos dinheiros públicos e
ao mesmo tempo delinear uma previsão económica das
receitas e despesas do Estado para o período de um ano.
No entanto, temos que salientar que fora do plano do
orçamento de estado se encontram as regiões
autónomas, autarquias e empresas públicas (Art.º 3 nº 2
da Lei 6/91 de 20 de Fevereiro).
Fases do Orçamento
Preparação
O Orçamento de Estado tem de ser elaborado em
harmonia com as grandes opções do plano anual
constantes no art.º 90 e seguintes da Constituição da
República Portuguesa. É elaborado pelo Ministério das
Finanças o Projeto de Orçamento que depois é
submetida a aprovação ao Governo e ouvido pelos
Parceiros Sociais/Concertação Social (CES) – constituído
por confederações patronais e confederações sindicais
cuja principal atribuição é a promoção do diálogo, com
vista à celebração de acordos – Compete ainda ao
Governo apresentar à Assembleia da República a
proposta de lei do orçamento até dia 15 de Outubro.
(Art.º 9 da Lei 6/91 de 20 de Fevereiro)
Aprovação
Depois de enviada a proposta à Assembleia da
República, esta deve votar o Orçamento até 15 de
Dezembro. A discussão e votação na generalidade é
elaborada pelo plenário da Assembleia da República, a
discussão na especialidade apenas ocorrerá sobre
assuntos relacionados com a criação/extinção de
impostos e de empréstimos ou outros meios de
financiamento, mas pode ainda ser feita a discussão
financiamento, mas pode ainda ser feita a discussão na
especialidade sobre assuntos relacionados com o regime
fiscal, se assim for requerido por 1/10 dos deputados.
(artº. 14 Lei 6/91 de20 de Fevereiro).
Caso a Assembleia da República não aprovar o
Orçamento mantém-se em vigor o Orçamento do ano
antecedente, realizando-se as receitas previstas assim
como, por duodécimos, as despesas nele inscritas. (artº.
14 Lei 6/91 de20 de Fevereiro).
Execução
É posto em prática pelo Governo e fiscalizado pelo
próprio Governo em conjunto com o Tribunal de Contas
e pela Assembleia da República. (art.º 107 da CRP) que
executa por cobrar as receitas e pagar as despesas. Nas
receitas, as verbas constantes no Orçamento do Estado
são previsões de cobranças mas que não podem ser
confirmadas ou infirmadas. No orçamento das receitas
ainda as suas espécies (artº. 17 Lei 6/91). Como o sistema
orçamental é o da gerência - aquele em que se prevêem
as receitas que o Estado irá cobrar e as despesas que irá
pagar durante o período financeiro – todos os créditos
orçamentais constituem autorizações de pagar durante
o período financeiro (artº. 18 nº 2 a 4 Lei 6/91).
Relativamente às despesas, a execução apresenta a
particularidade de não permitir a utilização de uma vez a
totalidade dos créditos (artº. 18 nº 2 Lei 6/91), por outras
palavras os pagamentos não devem exceder os
duodécimos previstos para um ano. Assim, como a
Assembleia da República ao aprovar o orçamento
aprovou também o montante máximo de despesa,
20202020 | fevereiro 2013 o jovem
aprovou também o montante máximo de despesa, assim
como os montantes máximos pode ainda o Governo em
casos excecionais responder a despesas não previstas
através de uma dotação provisional (art.º20 Lei 6/21 e
art.º4 DL 71/95).
Um aspeto que também importa salientar é a
impossibilidade de serem apresentados novos projetos
depois de aprovado o orçamento – denominada de Lei
Travão (art.º 167 nº 2 da CRP) – ou alterações ao
orçamento durante o ano económico em curso que
envolvam aumentos de despesa ou diminuição de
receitas previstas.
Fiscalização
A fiscalização é efetuada pelo Tribunal de contas, no
entanto relativamente à fiscalização das receitas uma
vez que se trata de uma estimativa, a fiscalização apenas
incube se os serviços cumprem a sua obrigação de cobrar
as receitas previstas. Quanto à fiscalização das despesas
o tribunal verifica se as despesas realizadas pelos
serviços estão previstas no orçamento de estado.
Novidades do Orçamento de Estado 2013
Rendimentos de capitais sujeitos a taxa liberatória de
25% passam a ser tributados a uma taxa liberatória de
26,5%. Nestes estão incluídos rendimentos de juros de
depósitos, rendimentos de títulos de dívida e dividendos;
Subsídio de Almoço: o limite do subsídio de almoço não
sujeito a tributação, quando pago em dinheiro, foi
reduzido para o valor devido aos funcionários públicos
(atualmente Euros 4,27);
Rendimentos prediais A retenção na fonte de IRS passa a
ser efetuada à taxa de 25% (atualmente, 16,5%). O
Imposto do Selo nos contratos de arrendamento de
imóveis ou parte de prédios passa a ser dedutível aos
rendimentos prediais brutos.
Foi reduzido de 8 para 5 o número de escalões de IRS,
tendo sido também alteradas as taxas gerais;
Taxa adicional de solidariedade: a taxa adicional de
solidariedade passa a ser progressiva. Mantém-se a
aplicação da taxa de 2,5% para contribuintes com
rendimento coletável entre Euros 80 000 e Euros 250
000, mas é agora introduzida uma taxa de 5% para os
rendimentos superiores a Euros 250 000;
Sobretaxa: passa a ser aplicada ao rendimento coletável
de IRS uma sobretaxa, fixada em 3,5%, que irá incidir
sobre todo o tipo de rendimentos englobados na
declaração anual de IRS, auferidos por pessoas
residentes em território português. Esta sobretaxa
incidirá também sobre alguns rendimentos sujeitos a
taxas especiais, nomeadamente os rendimentos
auferidos pelos residentes não habituais em Portugal.
Esta sobretaxa incide sobre a parte do rendimento
coletável que exceda o valor anual da retribuição mínima
mensal garantida (Euros 6 790), por sujeito passivo;
Contribuições sobre prestações de doença e de
desemprego: Os subsídios concedidos no âmbito das
eventualidades de desemprego e de doença, por
períodos superiores a 30 dias, passam a estar sujeitos a
uma taxa de 6% e 5%, respectivamente;
Corte de 1000 Milhões nas PPP;
Os imóveis de elevado valor (igual ou superior a um
milhão de euros) ficarão sujeitos a uma nova taxa em
sede de imposto do selo. Esta taxa acresce aos
aumentos do IMI e aos efeitos da avaliação patrimonial
em curso;
Suspensão dos subsídios de férias e de Natal, as pensões
acima de 1500 euros vão sofrer em 2013 um corte
progressivo, de 3,5% a 10%, à semelhança do que
acontece com os salários da função pública;
Aumento do IUC entre os 1,3% e os 10%;
Dossier com fontes nos sites do Ministério das Finanças, Conselho Económico e Social, Diário da
República e Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Texto de acordo com o novo acordo ortográfico.
22222222 | fevereiro 2013 o jovem
Abraham
Lincoln O primeiro Presidente
republicano dos Estados Unidos
acaba de ser também
imortalizado no cinema.
O Jovem disponibiliza-te o
discurso mais famoso de Lincoln
e que assinala a luta contra a
escravatura naquele país.
Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais.
Encontramo-nos actualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à prova se essa Nação, ou qualquer outra Nação assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos.
Mas, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes.
O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.
Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação com a graça de Deus venha gerar uma nova Liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra.
<<
O Discurso de
19.XI.1863
GettysburgGettysburgGettysburgGettysburg
á situações que devíamos todos tomar como
garantidas. Em 2011, e depois de andar anos a ocultar o
evidente, o executivo de José Sócrates admite a sua má
gestão e incompetência tocando à campainha do Fundo
Monetário Internacional. Pouco tempo depois, quando a
TROIKA aterrou em Lisboa e disse que isto estava para lá
de caótico, os portugueses demoraram dois anos para
perceber que eles tinham razão. Entretanto, António
José Seguro, possivelmente o líder mais cómico do PS
depois de Guterres, faz toda uma encenação de
aproximação ao Governo pelo bem do país. Se Seguro
sabia que teriam de haver profundos cortes no Estado?
Sabia. Se Seguro sabia que o segundo ano de Governo é
sempre o mais frágil? Sabia. Se Seguro se lembra que foi
o seu antecessor a assinar a nossa pena de morte?
Lembra. António José Seguro, como quase todos os
portugueses de gema, sabe muito bem fazer de conta
que não tem memória e o seu desespero diário à frente
das câmaras de televisão é prova disso. Seguro quer ser
Primeiro-Ministro antes que António Costa acorde um
dia e decida que quer ser Secretário-Geral do PS. E este
desespero e vontade meramente pessoal e de interesse
patético pode prejudicar ainda mais a situação
económica e social do país? Pode e António José Seguro
sabe disso melhor do que ninguém. O discurso do “só
quando os portugueses quiserem” já lá vai e na cabeça
do líder oficial dos socialistas há todo um imaginário de
eleições legislativas. Se António José Seguro sabe que
nunca será Primeiro-Ministro? Sabe.
Continuando nas situações por demais evidentes, o CDS
apresentou há dias um número interessante sobre o
total de dias de greve em 2012 entre os funcionários da
CP. Foram quase 300 dias. Um número que ilustra bem o
Evidentemente
direito à Greve e como Portugal o respeita como
democracia ocidental que é. Aliás, um número tão
simpático que não consigo perceber quando é que afinal
trabalham esses funcionários. Talvez o melhor fosse
mesmo mudarem a categoria profissional para
“Grevistas” e assim o Estado poder justificar
plenamente os 2.2 Milhões de euros que a CP provocou
de prejuízos para o país. Se a CP já há muito deveria ter
sido privatizada? Já. Se estes senhores, que andam a
brincar com quem deposita mensalmente a confiança
na empresa para se deslocar para o trabalho e levar os
filhos à escola, já deveriam ter sido colocados em pé de
igualdade com um comum mortal que trabalha no
sector privado? Já. Infelizmente, a CP, como tantas
outras, serve para empregar e não para trabalhar.
No início do ano, a Juventude popular da Maia convidou
a Vera Rodrigues para uma aula sobre “Economia e o
Papel do Estado”. Como se adivinhássemos, a Vera
apresentou factos que demonstram bem o descalabro
de anos de profunda má gestão no sector público. Ouvir
os resultados de todas as Parcerias Público Privadas, da
RTP, da CP e da Metro de Lisboa é ainda pior que
assistir ao melhor dos filmes de terror. O lema é: se
correr mal o Estado tem a obrigação de injectar capital
suficiente para minimizar desconfortos diários. Tudo
parece tão evidente. Sabemos há anos que está mal e
sabemos muito bem como tudo irá continuar se nada
for feito. Será inevitável que a ajuda financeira chegue a
Portugal outra vez daqui a dez anos? Infelizmente,
parece-me evidente.
Manuel Oliveira
H
Presidente da Juventude Popular da Maia facebook.com/oacm1
24242424 | fevereiro 2013 o jovem opinião
O discurso do “só O discurso do “só O discurso do “só O discurso do “só
quando os portugueses quando os portugueses quando os portugueses quando os portugueses
quiserem” já lá vai e na quiserem” já lá vai e na quiserem” já lá vai e na quiserem” já lá vai e na
cabeça do líder oficial cabeça do líder oficial cabeça do líder oficial cabeça do líder oficial
dos socialistas há todo dos socialistas há todo dos socialistas há todo dos socialistas há todo
um imaginário de um imaginário de um imaginário de um imaginário de
eleições legislativas. Se eleições legislativas. Se eleições legislativas. Se eleições legislativas. Se
António José Seguro António José Seguro António José Seguro António José Seguro
sabe que nunca será sabe que nunca será sabe que nunca será sabe que nunca será
PrimeiroPrimeiroPrimeiroPrimeiro----Ministro?Ministro?Ministro?Ministro?
Sabe.Sabe.Sabe.Sabe.
<<
Coligações
s candidatos e eventuais candidatos à Câmara
Municipal do Porto há muito que se especulam dada a
importância que este município tem para com o país,
mas principalmente para com o Norte, não fosse o
Porto a imagem de marca do Norte e das suas gentes.
Em foco está um assumido candidato, Luís Filipe
Menezes, e um eventual candidato, Rui Moreira,
ambos bastante acarinhados pelos nortenhos
nomeadamente os portuenses que certamente não
ficam indiferentes às posições tomadas por estes dois
Senhores do Norte. A ligação ou “a não ligação” do
CDS com estes dois Senhores tem sido bastante
discutida, primeiramente porque o CDS não se vai
coligar ao PSD no Porto, de seguida pelo facto de em
Outubro a massa centrista ter anunciado que não
apoiaria a candidatura de Menezes e em terceiro lugar
pela simpatia demonstrada por Paulo Portas à
eventual candidatura de Rui Moreira, ainda que este
tenha negado a sua candidatura pelo CDS - o que,
pessoalmente considero uma grande perda –
deixando em aberto um nome que represente o CDS.
Considerando estes dois nomes já abordados, na
minha opinião ambos têm bastante a oferecer, e
aceito qualquer crítica à gestão orçamental de
Menezes em Gaia, mas não posso descurar o
crescimento polivalente de Gaia enquanto Menezes
presidiu - assemelhando-se em alguns aspectos ao
crescimento e desenvolvimento conseguido por Vieira
de Carvalho na Maia – bem como da sua postura
relativamente ao Norte.
Tendo eu assumido Rui Moreira como uma grande
perda para o CDS, se o empresário se candidatar, não
vejo motivo para o CDS apresentar um candidato,
penso que os ideais do presidente da ACP para o
Porto e para o Norte vão de encontro aos do CDS, e
temo que ao apresentar um candidato este seja
Ângelo Miguel
Farmácias de Luto Pelo Porto, para o Norte!
Vogal da Juventude Popular da Maia facebook.com/angelo29miguel
O
26262626 | fevereiro 2013 o jovem
temo que ao apresentar um candidato este seja
bastante inferior popularmente o que nos deixaria em
desvantagem.
Não poderia deixar de abordar a pretensa da união de
Gaia ao Porto manifestada por Menezes, bem sei que
são muitas as vozes no nosso ceio centrista –ainda
que se as ouça aos sussurros- que vão contra esta
fusão, eu contraponho argumentando que tornar
Porto e Gaia a maior cidade do país seria um passo
enorme para o crescimento da região Norte, uma vez
que possivelmente conseguir-se-ia assim
descentralizar serviços de Lisboa e dar maior poderio
económico e politico ao Porto e por consequência ao
Norte.
Um líder forte, que represente o Norte, que se oponha
ao centralismo de Lisboa, que não se acomode, que
não se cale, um líder irreverente é este o perfil que o
futuro presidente da Câmara Municipal do Porto deve
ter. O CDS poderá e deverá a meu ver “levar o Norte a
bom Porto” cimentando a sua posição apoiando o
futuro líder portuense nos interesses e na
representatividade da nossa região, para muitos o que
acabaram de ler seria um aproveitamento politico
mas ao pensar que o CDS já tem a sua posição bem
definida relativamente ao Norte, certamente o futuro
líder não dispensará em se fortalecer nos ideais, nas
vozes e nas propostas que o CDS assume eu diria que
não se trata de um aproveitamento politico mas sim
de um pilar imprescindível que não pode ser negado.
Um líder forte, que Um líder forte, que Um líder forte, que Um líder forte, que
represente o Norte, represente o Norte, represente o Norte, represente o Norte,
que que que que se oponha ao se oponha ao se oponha ao se oponha ao
centralismo de Lisboa, centralismo de Lisboa, centralismo de Lisboa, centralismo de Lisboa,
que não se acomode, que não se acomode, que não se acomode, que não se acomode,
que não se cale, um que não se cale, um que não se cale, um que não se cale, um
líder irreverente é líder irreverente é líder irreverente é líder irreverente é
este o perfil que o este o perfil que o este o perfil que o este o perfil que o
futuro presidente da futuro presidente da futuro presidente da futuro presidente da
Câmara Municipal do Câmara Municipal do Câmara Municipal do Câmara Municipal do
Porto deve ter.Porto deve ter.Porto deve ter.Porto deve ter.
DDDDurante décadas urante décadas urante décadas urante décadas
<<
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