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Biodiversidade e manutenção da vida
Pós-Graduação em Ecologia de EcotonosUFT
Fernando M. Pelicice
Crise ambiental...
1 – Existe?
2 – Porque?
3 – E daí?
Crise ambiental...
Existe?
● Ocupamos todo o ambiente terrestre
● Alteramos ambientes aquáticos interiores
● Consumimos o ambiente marinho
Últimos 20.000 anos...
● Re-configuramos a atmosfera
Ambiente terrestre
Primack & Efraim (2005)
Folha.com (27/05/2011)
Folha.com (05/08/2009)
(27-10-11)
Aumento global Área desmatadade temperatura (%)
1965 3
2011 0.8 17
Limite 2.0 20
MEA (2005)
Laurence (2010)
MEA (2005)
MEA (2005)
MEA (2005)
Primack & Efraim (2005)
Koh & Gardner (2010)
Água doce
MEA (2005)
Agostinho et al. (2007)
Agostinho et al. (2008)
Allan et al. (2005)
Rio Mekong
Allan et al. (2005)
Allan et al. (2005)
Casal (2006)
% S não-nativos Leprieur et al. (2008)
Rodriguez (2001)
Grande intercâmbio biótico da América 3 milhões
a.C.
MEA (2005)
MEA (2005)
Oceanos
Laurence (2010)
Myers & Worm (2003)
Peixes predadores de grande porte
Frota japonesa
Myers & Worm (2003)
1952 1958
1964 1980
Myers & Worm (2003)
Restam 10% da biomassa encontrada nos anos anteriores a pesca industrial (~1950)
Vitousek et al. (1997)
Worm et al. (2006)
Peixes & Invertebrados
29%
Peres (2010)
Pauly et al. (1998)
Pauly et al. (1998)
Coral bleaching
Atmosfera
Lovejoy (2010)
MEA (2005)
Vitousek et al. (1997)
Browman & Murphy (2010)
Ponto de convergência
Vitousek et al (1997)
Vitousek et al (1997)
Butchart et al (2010)
MEA (2005)
Chapim III et al. (2000)
MEA (2005)
Problemas ambientais...
Porque existem?
“Quanto a vocês, sejam fecundos e se multipliquem, povoem e dominem a terra.”
Javé a Noé (Gênesis 9)
“Eu darei toda a terra que você estávendo, a você e sua descendência, para sempre. Tornarei sua descendência como poeira da terra: quem puder contar os grãos de poeira da terra, poderá contar seus descendentes.”
Javé a Abraão (Gênesis 13)
1. Superpopulação
2. Padrão de vida (produção e consumo)
3. Tecnologia (controle da natureza)
Raiz do problema...
7 bilhões em 2011
300 milhões em 1000
5 a 10 milhões no Paleolítico
Laurence (2010)
20.000a.C.
5.000a.C.
Migrações e Revolução do Neolítico
1500 19001800
Descobrimentos, migrações e colonização
Revolução industrial
Revoluções:comunicação,
saúde, produção, transporte
1 2
3
4
Scientific American (2008)
Megafauna do Pleistoceno
Scientific American(2008)
Koh & Gardner (2010)
Nova Zelândia
100 milhões de anos em isolamento
800 1769
morcego
maoris
Capitão Cook
100.000 maoriscachorro
ratomorcego 50.000 maoris
cachorroratomorcego+80.000 cavalos400.000 bovinos9.000.000 carneiros250.000 europeus1870
50.000 maoriscachorroratomorcego+80.000 cavalos400.000 bovinos9.000.000 carneiros250.000 europeus
280.000 maoriscachorroratomorcego+? cavalos8.000.000 bovinos70.000.000 carneiros2.700.000 europeus+326.000 ton. trigo150.000 ton. milho
1870 1981morcego
800
Willis & Birks (2006)
Produzir e consumir
● Paradigma econômico europeu
● Cidadão = “aquele que consome”
● Convertendo o Planeta em capital
● Acúmulo de capital
Sodhi & Ehrlich (2010)
0,1:1
“calorias necessárias para colocar 1 caloria na boca”
1:1 10:1
May (2010)
10.000 a.C. 1900 2000
0.1:10.1:10.1:10.1:1
1:11:11:11:1
10:110:110:110:1
May (2010)
40% produção terrestre líquida anual
60% da água superficial é usada em agricultura
WWF (2011)
May (2010)
Apagão... ou relações de poder?
Belo Monte, rio Xingú... viável?
Doutores:
Planejamento econômicoEconomiaHistória EconômicaEngenhariaEnergiaPlanejamento energético
ZoologiaBiologiaEcologiaCiências AmbientaisEntomologia
AntropologiaCiências sociaisSaúde PúblicaHistóriaCiência PolíticaGeografia
Síndrome do Apagão
Políticos
Sociedade
inflação
R$ 4,6 bi.19, 26, 32?
Hidrelétrica
AlumínioAço
FerroligasCelulose
Concessionárias
Empreiteiras$$
Beneficiado
exportado
Importado(U$)
Prof. Célio Berman
n(Entrev
ista a
Elian
e Brum
–31/10/2011)
Folha.com (29-11-11)
No entanto, o uso da palavra desenvolvimentono lugar de uso sustentável indica que a sociedade ainda não abandonou o paradigma de crescimento (mais é melhor). A questão atual do nosso tempo é: a sociedade humana resolverá o problema identificado por Malthus200 anos atrás pelo uso da inteligência e razão antes de sofrer severas conseqüências, ou a humanidade esperará até o ponto em que tantos danos tenham sido feitos que mesmo um idiota possa entender?
Cairn Jr. (1998)
Porque se importar?
“Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra: dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra.(...)Eu entrego a vocês todas as ervas que produzem semente e estão sobre toda a terra, e todas as árvores em que há frutos que dão semente: isso tudo será alimento para vocês.”
Javé a Adão (Gênesis 1)
Porque não vendemos tudo?
Edwards & Abivardi (1998)
Ecossistemas naturais
Bens Serviços
Uso e consumo direto Processos básicos de manutenção e regulação
MEA (2005)
Edwards & Abivardi (1998)
MEA (2005)
Peres (2010)
NATURE (1997)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Regu
laçã
o de
gase
s
Regu
laçã
o do
clim
a
Regu
laçã
o de
dis
túrb
ios
Regu
laçã
o de
água
Sup
rimen
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gua
Cont
role
de
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ão
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Cic
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lógic
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ão
Cultu
ral
SERVIÇO
U$
TR
ILH
ÕE
S/A
NO
Natural = 99,7%Agrícola = 0,3%Urbano = 0%
0
2
4
6
8
10
12
14
Oce
ano a
berto
Cost
eiro
Flore
sta
Sav
ana
Wetla
nds
Rio
s/la
gos
Agr
ícola
Urb
ano
SISTEMA
U$
TR
ILH
ÕE
S/A
NO
U$ 33 tri/ano
PIB = U$ 18 tri/ano
MEA (2005)
Biodiversidade importa!
Diversidade
Estab
ilidad
e
t
Funções do sistema
Diversidade elevada
Diversidade moderada
Diversidade baixa
Tilman (1999)
Franssen et al. (2011)
Peterson et al. (1998)
Porque?
Diversidade em si?
Redundância
Identidade (Drivers)
Diversidade funcional
Complementaridade
Interações fracas
Peterson et al. (1998)
Peterson et al. (1998)
Peterson et al. (1998)
Isbell et al. (2011)
Efeito seguro
• Complementaridade de função
• Redundância
• Variações na função
• Diversidade garante multi-funcionalidade
Loreau et al. (2001)
Densidade de bactérias (D.P.)
Naeem & Li (1997)
Engelhardt & Ritchie (2001)
Worm et al. (2006)
Worm et al. (2006)
Hoeinghaus et al. (2009)
“... o grande processo em curso na década de 1980, que há de tomar milhões de anos para ser corrigido, é a perda da diversidade genética e de espécies pela destruição de habitats naturais. Esta é a loucura que nossos descendentes provavelmente menos nos perdoarão.”
Edward Wilson
Game over?
MEA (2005)
Chapim III et al. (2000)
May (2010)
Worm et al. (2006)
Hoeinghaus et al. (2009)
Hoeinghaus et al. (2009)
Dobson et al. (2006)
MEA (2005)
MEA (2005)
Ecossistemas naturais
Sistemas humanos Economia
Ecossistemas naturais
Economia
Sistemas humanos
Economia
Sistemas humanos
Ecossistemas naturais
Valores, Economia e Mal Entendimento
1. Horizonte temporal limitado
2. Direitos de propriedade
3. Concentração de poder
4. Mensurabilidade complicada
5. Incerteza científica
Edwards & Ambivardi (1998)
Tilman (1999, p. 1471)
“Quem, senão ecólogos, podem predizer o tipo de mundo que as ações e medidas atuais criarão em 50, 100 ou 500 anos? Quem, senão ecólogos, podem fornecer a informação necessária para avaliar ações e medidas alternativas?”
“Nossa disciplina tem uma obrigação a cumprir: fornecer àsociedade o conhecimento essencial para o entendimento e manejo adequado da Terra e seus recursos biológicos. Isso requer que nós entendamos a Natureza, e impactos humanos sobre ela, bem o bastante para prever os diferentes tipos de mundo criados por ações sociais alternativas, e que nós repassemos esse conhecimento para o público e seus gestores.”
Tilman (1999, p. 1471)
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