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A DITADURA MILITAR NO BRASIL
(1964-1985)
- Introdução: “Após a derrubada do governo João Goulart, a República Militar instalada suprimiria paulatinamente as liberdades democráticas e imporia um modelo econômico concentrador de rendas e aberto ao capital internacional. A República Militar durante seus 21 anos de existência modernizaria a economia brasileira à custa do sacrifício dos setores populares e da ampliação da dependência em relação ao capital internacional”.
(MELLO. 1999, P. 349)
Anúncio do AI-1, em 10 de abril de 1964. MELLO, 1999, p. 354.
- Publicação dos Atos Institucionais:
* A1 – Suspensão dos direitos políticos;
* A2 – Extinção dos partidos políticos e criou a ARENA e MDB;
* A3 – Eleições indiretas para governador;
* A4 – Determinou a forma a ser votada a constituição;
Observe na tabela ao lado, que o Brasil começa a caminhar rumo ao crescimento econômico.
Fonte: SCHMIDT, 2005, P. 735.
* Controle do déficit público e da inflação;
* Estimulo as exportações e retomada do crescimento econômico;
- Promoveu a operação limpeza do país;
- Instituição do FGTS; - Criação do Banco Central
e do SNI (Serviço Nacional de Informação);
Obs.: O crescimento econômico só ocorreu a partir de empréstimos aos Estados Unidos.
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo:Edusp/FDE, 1994
- Constituição de 1967;
- Instituição da lei de imprensa e da lei de Segurança Nacional;
- Articulação da Frente ampla organizadora por Carlos Lacerda, Kubitschek e Goulart visando reconduzir o país à democracia;
Durante o governo de Costa e Silva, as manifestações contra a ditadura tornaram-se mais intensas.
Fonte: BOULOS JÚNIOR, 2009, p. 232.
- Ato Institucional nº 5;
- Estruturação da Guerrilha Urbana – Carlos Marighela e a adesão de Carlos Lamarca;
- PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento;
Esta charge de Ziraldo ironiza a truculência do Regime Militar.
Fonte: BOULOS JÚNIOR, 2009, p. 233.
- Apogeu da ditadura e a repressão
política;
- Criação do PIN (Plano de Integração
Nacional) e do PIS (Plano de Integração
Social);
- Criação do MOBRAL;
- Ponte Rio – Niterói, transamazônica e
ampliação do território marítimo para 200
milhas;
- I PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento:
* Maior presença do Estado na economia;
* Modernização industrial;
* Expansão da renda e competitividade
externa da economia nacional;
Ponte Rio-Niterói. Fonte: BOULOS JÚNIOR, 2009, p. 237
* Brasil avança a níveis de crescimento do Primeiro mundo;
* Crescimento econômico em todos os setores (industria, comércio e agricultura).
* O Brasil nos anos 70, oitava economia do mundo;
* Suporte do milagre – empresa estatal (atuação na siderúrgica, petroquímica e comunicação); Empresa Nacional (investimento em bens de consumo duráveis e não duráveis: agricultura de exportação) e capital estrangeiro (atuação das multinacionais);
Portáteis GE fazem sua mulher durar
muito mais. Fonte: BOULOS JÚNIOR, 2009, p. 237.
* Queda dos investimentos;
*Altas taxas de juros;
*Aumento do preço do petróleo;
*Alta inflação e dependência do crédito externo.
- A reação a Ditadura:
* Guerrilha urbana;
* Guerrilha rural;
Usina Nuclear de Angra dos Reis
(RJ)
Fonte: Fonte: SCHMIDT, 2005, P. 754.
- Retorno da democracia lenta, gradual e segura;
- II PND – Plano Nacional de Desenvolvimento:
* Continuidade do processo de modernização;
* Apoio ao capital Nacional e estrangeiro;
- O fim do milagre e o inicio da crise;
- Instituição do Proálcool;
- Programa Nuclear (Angra I e II) – acordo com a Alemanha;
Assassinato do Jornalista Herzog,
sede do II exército.
Fonte: SCHMIDT, 2005, P. 756.
- Vitória eleitoral do MDB em 1974;
- Publicação do pacote de abril de 1977:
* Senadores biônicos (1/3 do senado);
* Lei falcão;
- Assassinato de Wladimir Herzog e Manuel Fiel Filho – reflexos da repressão política
- Ondas de greves no ABC lideradas por Lula.
- Revogação do A5.
O sindicalista Lula dirigiu o principal movimento de luta contra o regime militar. Os operários fizeram os generais recuar.
Fonte: SCHMIDT, 2005, P. 762.
- Continuidade da abertura;
- Em 1979 intervenção no sindicato do ABC e no ano seguinte prisão de Lula;
- Aprovação da lei da anistia (1980);
- Reformas partidária – PDS, PMDB, PTB, PT, PDT;
- Extinção dos senadores biônicos, voto vinculado e eleições diretas para governador em 1982;
Campanha das Diretas Já, Praça da Sé – SP.
Fonte: MELLO, 1999, p. 385.
- O fortalecimento dos movimentos sindicais: criação da CUT e CONCLAT e os prefeitos formam a Frente Municipalista Nacional pela luta da autonomia financeira municipal;
- A campanha pelas diretas já – Emenda Dante de Oliveira;
- Transição conciliadora – Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB + PFL);
01. (UFS – 2003) Analise as proposições do contexto histórico da ditadura militar no Brasil (1964-1985).
0 0 – O golpe militar de 1964 foi justificado por seus executores como intervenção necessária para a defesa da ordem e da democracia, ameaçadas, segundo eles, pelos comunistas e populistas.
1 1 – O golpe de 1964 teve como objetivo conter as reformas sociais e as mobilizações populares, vistas como ameaças aos interesses das classes dominantes.
2 2 – O governador de Sergipe, Seixas Dória, cumpriu todo o seu mandato político, pois foi mantido no cargo após o golpe militar de 1964 por ter apoiado a junta militar que tomou o poder.
3 3 – Logo após o golpe militar, o governo Castelo Branco anunciou duras medidas econômicas de combate à inflação por meio do controle monetário, restrição ao crédito e contenção salarial.
4 4 – O ato institucional nº 1, de abril de 1964, criou o mecanismo de eleições para presidente da República, mas permitia a participação popular no processo eleitoral.
Resposta: VVFVF
(In: Marcos Napolitano. O Regime Militar brasileiro: 1964-1985. São Paulo: Atual, 1998, p. 79)
0 0 – O autor do panfleto faz uma clara
alusão aos exilados e presos políticos que
estavam impedidos de manifestar-se
livremente no seu próprio país.
1 1 – O panfleto expressa o grande
envolvimento de organizações civis e sindicais
na luta e nas manifestações pela
redemocratização do país.
2 2 – A divulgação do panfleto e a realização
das manifestações políticas provam que o
governo brasileiro garantia o pleno direito de
cidadania.
3 3 – Os governos militares aprovaram a
“anistia ampla, geral e restrita”, defendida no
panfleto, conforme a integra do Projeto de
Lei proposto pelo Partido dos Trabalhadores.
4 4 – O poder executivo federal incentivou a
realização das manifestações no dia dos
trabalhadores, como demonstra claramente o
conteúdo do panfleto.
Resposta: VVFFF
(Francisco Iglésia. A humilhação de todo povo, In: Retrato do Brasil. V. 4 São Paulo: Política, 1984. Depoimentos).
Analise as afirmações que se relacionam com o encerramento do regime a que o texto se refere.
0 0 – O despertar da sociedade civil e sua mobilização em torno da bandeira da redemocratização contribuíram para que o presidente Geisel, após sofrer inúmeras pressões da “linha dura” do Exército, avançasse no processo de abertura política com o afastamento dos militares identificados com a tortura e com a corrupção.
1 1 – No processo de redemocratização, no final dos anos 1970, o governo enviou Projeto de reforma constitucional contemplando a restauração do presidencialismo, seguida de uma polarização entre direita e esquerda.
2 2 – As manifestações contrárias ao regime tiveram fim com o fechamento dos partidos de esquerda, da UNE e do processo de intervenção nos sindicatos, os quais se tornaram redutos governistas.
3 3 – Apesar da repressão, mobilizações como a dos metalúrgicos do ABC paulista, em 1979, foram importantes movimentos contra a ditadura militar.
4 4 – Á pressão popular em favor da democracia que marcou o início da abertura política, o terrorismo de direita respondia com atentados a bombas nas grandes cidades.
Resposta: VFFVV
0 0 - O regime militar foi um regime que aplicou inicialmente, durante o governo do General Castelo Branco (1964-1967), uma política econômica anti-inflacionária e recessiva, para depois aplicar uma política de forte estímulo ao desenvolvimento industrial, baseada em financiamento externo.
1 1 - A política econômica do regime militar, desde o início, foi baseada na retomada da política de substituição de importações e na ênfase aos investimentos no setor das indústrias de base, recuperando estratégias executadas por Getúlio Vargas durante o Estado Novo.
2 2 - A partir do governo Costa e Silva (1967) e até o final do governo Ernesto Geisel (1979), o regime militar caracterizou-se por uma forte política industrializante, tanto na área de bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos), quanto na área de infra-estrutura e indústrias de base, sobretudo petróleo e energia.
3 3 - A política econômica do regime militar caracterizou-se pela ênfase na privatização e na desnacionalização da indústria brasileira e pela entrega de importantes setores industriais, como o petróleo e a energia nuclear para o capital multinacional e, por esta razão, os militares foram acusados pelos nacionalistas de “entreguistas”.
4 4 - A política econômica do regime militar “sucateou” o setor industrial moderno (bens duráveis, informática e bens de capital) para defender os interesses dos setores agrários baseados no latifúndio, subsidiando o cultivo para exportação de produtos primários como o açúcar, a soja e o café.
Resposta: VFVFF
0 0 - Resultou da pressão diplomática dos países do Mercosul, bloco no qual o Brasil queria ingressar, mas que não aceitava a entrada de países que violavam os direitos humanos.
1 1 - Derivou de uma política de distenção cuja origem estava no próprio governo militar, preocupado em construir uma transição sob controle para um futuro governo civil.
2 2 - Ocorreu após a primeira crise do petróleo, e o conseqüente fim do "milagre econômico", quando o governo militar procurou atenuar as medidas repressivas para agradar a classe média e as elites liberais.
3 3 - Foi uma conquista das reivindicações feitas pelas greves operárias comandadas pelo Partido Comunista Brasileiro, cujo principal foco encontrava-se na região do ABC paulista.
4 4 - Correspondeu a uma demanda da sociedade, com apoio de setores da Igreja e pressão internacional que exigia a volta das liberdades democráticas.
Resposta: FVVFV
a) Os militares raramente atuaram em bloco na esfera política. Dividiam-se em diversas
correntes, embora houvesse pontos de aproximação entre elas. Castelistas, nacionalistas, a
linha-dura, o poder de cada um desses grupos variou ao longo do período.
b) O regime consistiu num simples instrumento da classe dominante, que foi beneficiária de
todas as políticas governamentais, participando efetivamente da condução da esfera
econômica.
c) Os militares deram destaque a uma burocracia técnica de Estado, em especial o setor ligado
à política econômica.
d) Esse período conheceu três fases de institucionalização do Estado. Na primeira,
abrangendo os governos Castello Branco e Costa e Silva, foram lançadas as bases do Estado
de Segurança Nacional; na segunda, governo Médici, foram desenvolvido o modelo
econômico e o aparato repressivo; e na terceira, governos Geisel e Figueiredo, foram adotadas
práticas políticas conhecidas como “dissensão”.
e) O regime não teve características fascistas, pois não se realizaram esforços para organizar
partido único acima do Estado e para organizar o apoio das massas.
Resposta: FFVVV
I – Inter-relação de interesses do capital estatal, do capital privado nacional
e do capital privado internacional.
II – Redistribuição equitativa de renda entre todos os segmentos da
sociedade brasileira.
III – Política salarial de aumentos aos trabalhadores, de acordo com os
lucros das empresas.
Quais as afirmações corretas?
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
d) apenas I e II;
e) apenas I e III.
Resposta: a
a) A eleição de Tancredo Neves para a presidência da república marcou a
transição do poder militar para o poder civil.
b) No final do regime militar os brasileiros vivenciaram um alto índice de
inflação e uma crescente crise de desemprego.
c) Tancredo Neves foi eleito por um colégio eleitoral, apoiado por forças
políticas que passaram a ser conhecidas com o nome de Aliança
Democrática.
d) A idéia de convocação de uma assembléia nacional constituinte foi
abandonada em virtude da morte inesperada de Tancredo Neves.
Resposta: A
ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson. Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed. São Paulo: Ática. 1999.
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS, Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.
COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís César Amad. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju: Opção Gráfica, 1998.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume único.1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna, 1992.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. São Paulo: Scipione, 2001. (Série Parâmetros).
“Ser livre é antes de tudo, escapar da escravidão que a ignorância impõe”.
Manoel Bomfim
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