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A ESCRITA DE TEXTOS ACADÊMICOS:
CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS FORMAIS
Profas. Responsáveis: Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
Prof. Dra. Vívian Cristina Rio Stella (UNICAMP)
Contexto de produção textual no campo científico
Características formais e estratégias textuais para redação de textos científicos
PROPOSTA DO WORKSHOP
CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
¡ Para que a informação divulgada no texto acadêmico circule e
tenha impacto na área de conhecimento, o leitor precisa estar
convencido de que o estudo reportado tem relevância para a
área de saber na qual a pesquisa se inscreve e que está
adequado às práticas de pesquisa e de argumentação usadas
nessa disciplina.
(Motta-Roth; Hendges, 2010, p. 67-8)
O CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Campo Relação Modo
CONFIGURAÇÃO DO CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
Campo
A/vidade: publicação de um arCgo impresso, com um relato de uma pesquisa sobre um tema/problema da área
Tipos de texto: compostos por linguagem e conhecimentos aceitos na área
Pesquisadores: atuam com o objeCvo de registrar e comparClhar informações, de dialogar com teorias/outras pesquisas
CONFIGURAÇÃO DO CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
Relação:
Leitor e escritor parCcipam da área
Escritor (pesquisador/especialista) escreve para leitor (mais/menos experiente, comunidade acadêmica)
Qualquer pessoa pode ter acesso ao texto publicado
Distância social máxima (relação insCtucionalizada pelos periódicos especializados e pelas regras e valores da área)
Escrita é argumentaCva para influenciar a audiência-‐alvo a aceitar as proposições do texto.
CONFIGURAÇÃO DO CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
Modo:
O texto é o todo da instância comunicaCva
Meio é escrito: o texto é composto para ser lido em silêncio
Divisão recorrente em seções e subseções
Estrutura temáCca: visão geral (contextualização do estudo na área), descrição do estudo, visão geral (implicações dos resultados para a área).
CONFIGURAÇÃO DO CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ACADÊMICO
Fruto de investigação cientifica e reflexo de rigor metodológico
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
Delimitar um problema ainda não totalmente estudado na área
Elaborar uma abordagem para o exame desse problema e selecionar referências bibliográficas relevantes ao assunto e à área
Delimitar e analisar um conjunto de dados representaCvo do universo social sobre o qual se deseja alcançar generalizações
Apresentar e discuCr os resultados da análise desses dados
Concluir, elaborando generalizações a parCr desses resultados, conectando-‐as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E RIGOR METODOLÓGICO: COMPETÊNCIAS
PARA REDAÇÃO ACADÊMICA
(Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010, p. 68)
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ACADÊMICO
Fruto de investigação cientifica e reflexo de rigor metodológico
Segue princípios e normas textuais e discursivas
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
¡ Apresentação sumária do trabalho contendo: § Tema e problema da pesquisa (o que?) § Objetivos (para que?) § Metodologia (como?) § Resultados § Conclusões
Obs.: Tamanho depende das normas da revista
PRINCÍPIOS E NORMAS TEXTUAIS-DISCURSIVAS: O RESUMO
PRINCÍPIOS E NORMAS TEXTUAIS-DISCURSIVAS: OS ARTIGOS NAS
DIFERENTES ÁREAS
Resumo
Introdução
Materiais e métodos
Resultados
Discussão Conclusões
Resumo
Introdução
Pressupostos
teóricos
Análises (corpora)
Outros títulos específicos Considerações
finais
Adaptado de Fe l t r im, A lu ís io e Nunes (2000, p . 4 ) .
EXATAS/BIOLÓGICAS HUMANAS
PRINCÍPIOS E NORMAS TEXTUAIS-DISCURSIVAS: TIPOS DE ARTIGOS
CIENTÍFICO-‐EMPÍRICO
• Relato de uma pesquisa desenvolvida em ambiente experimental controlado, mas reporta a observação direta dos fenômenos conforme percebidos pela experiência
REVISÃO TEÓRICA
• Relato de uma pesquisa que consiste em um levantamento de parte da literatura publicada sobre um tema
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ACADÊMICO
Fruto de investigação cientifica e reflexo de rigor metodológico
Segue princípios e normas textuais e discursivas
Transitório, por isso modalização na linguagem
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
¡ Modalidades: revelam a atitude do falante perante o enunciado que produz (intencionalidade)
¡ Tipos de modalidades para engajar o interlocutor a aderir ao discurso, aceitando-o como verdadeiro:
MODALIZAÇÃO
• Conhecimento que se tem de um estado de coisa. • Estabelece-‐se uma escala de possibilidade: certo>provável>possível>improvável> impossível
Epistêmico:
• Linguagem das normas, aquilo que se deve fazer. • Estabelece-‐se uma escala de permissividade: • obrigatório> aceitável> permissível> inaceitável> proibido
Deôn/co:
KOCH, 1996
Auxiliares modais: poder, dever, precisar, saber
Predicados cristalizados: é certo, é preciso, é necessário, é provável
Advérbios modalizadores: provavelmente, certamente, necessariamente, possivelmente
Formas verbais parafrásCcas: dever, poder + infiniCvo
Modos e tempos verbais
Operadores agumentaCvos: quase, apenas, mesmo.
TIPOS DE LEXICALIZAÇÃO DAS MODALIDADES ADEQUADAS AO TEXTO
ACADÊMICO
KOCH, 1996
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ACADÊMICO
Fruto de investigação cientifica e reflexo de rigor metodológico
Segue princípios e normas textuais e discursivas
Transitório, por isso modalização na linguagem
Linguagem Técnica
(Adaptado de Mo+a-‐Roth; Hendges, 2010,)
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
Novidade e relevância da contribuição
Adequação Metodológica
QuanCdade de informação
Fundamentação
Discussão e resultados
Qualidade do texto
Abrangência das referências
Adequação às normas da revista
Reputação do autor e da insCtuição
ESTRATÉGIAS TEXTUAIS PARA REDAÇÃO DE TEXTOS
ACADÊMICOS
Expansão
Resumo
MOVIMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO
ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS PARA A PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA:
Apagamento
Paráfrase
Reorganização das informações
Estabelecimento de coesão
TIPOS DE COESÃO
Coesão
a) coesão lexical (escolha e colocação
de palavras)
b) coesão referencial (instauração e retomada dos
referentes, retomada de porções dos textos)
c) coesão sequencial: paralelismos,
progressão tópica, encadeamento;
¡ Produção de alunos do curso de Redação Científica, realizado em abril-maio/2013
¡ Leitura, em aula, do texto de divulgação científica sobre o Autismo, publicado na Revista Fapesp
¡ Primeira elaboração de paráfrases e resumos, realizada durante a aula.
CONTEXTO DE PRODUÇÃO DOS TEXTOS ANALISADOS A SEGUIR
¡ Original: “Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo nesse caso”, comenta a geneticista Maria Rita Passos Bueno, da USP, uma das autoras do estudo, ainda não publicado, que analisa a genética da doença há uma década.
¡ Versão: Segundo a geneticista Maria Rita de Passos Bueno, uma das autoras de estudo ainda não publicado sobre a genética do autismo. Nessa doença, observou-se que há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares, o qual poderia estar relacionado com o aparecimento do autismo.
Coesão sequencial: frase termina com o aposto explicativo, sem que haja complementação à “segundo…” Coesão referencial: ¡ não foi nessa doença que se observou… ¡ são as vias celulares que podem estar relacionadas, não o cálcio
PARÁFRASE 1
¡ Original: “Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo nesse caso”, comenta a geneticista Maria Rita Passos Bueno, da USP, uma das autoras do estudo, ainda não publicado, que analisa a genética da doença há uma década.
¡ Versão: Segundo a geneticista Maria Rita Passos Bueno, o diagnóstico de autismo pode ocorrer devido a uma alteração d e c á l c i o n o o r g a n i s m o d o i n d i v í d u o e q u e , consequentemente, altera a ativação de determinadas vias celulares.
Coesão referencial: não é o diagnóstico do autismo, mas sim o autismo Coesão lexical/ referencial: menos cálcio altera e não alteração de cálcio...
PARÁFRASE 2
¡ Original: “Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo nesse caso”, comenta a geneticista Maria Rita Passos Bueno, da USP, uma das autoras do estudo, ainda não publicado, que analisa a genética da doença há uma década.
¡ Versão: Autora de uma pesquisa inédita, ainda não divulgada à comunidade científica, a geneticista Maria Rita Passos Bueno, da USP – cientista que se dedica ao estudo do distúrbio há dez anos -, pôde constatar que existe uma estreita relação entre o autismo e o equilíbrio químico do organismo, considerando-se que, nos indivíduos acometidos pelo distúrbio, a quantidade de cálcio reduzida desregula a ativação de estruturas celulares que garantem o bom funcionamento neurológico de sujeitos sãos.
Além dos problemas de coesão referencial, atenção aos períodos longos demais e com diversas informações intercaladas (pode comprometer a coesão sequencial)
PARÁFRASE 3
¡ Original: “Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo nesse caso”, comenta a geneticista Maria Rita Passos Bueno, da USP, uma das autoras do estudo, ainda não publicado, que analisa a genética da doença há uma década.
¡ Versão: Uma das autoras do estudo, a geneticista MRPB, da USP, que há 10 anos, estuda as alterações genéticas associadas ao autismo, comenta que o aparecimento da doença, no caso estudado, pode estar relacionado à menor quantidade de cálcio alterando a ativação das vias celulares.
PARÁFRASE 4
O autismo é uma doença que até hoje desafia muitos profissionais da área médica. Este distúrbio neurológico ocorre frequentemente em recém-nascidos e seu aparecimento pode estar relacionado com fatores ambientais como pesticidas, agentes tóxicos ou exposição a metais pesados. Em contrapartida, atualmente, compreende-se que este distúrbio pode estar associado a um número desconhecido de mutação e alterações genéticas.
Em relação a essas mutações e alterações no gene, observou-se por meio de um estudo realizado com dentes de leite de uma criança de 5 anos, que há uma alteração em um determinado canal de cálcio. Além disso, outra mutação encontrada através de pesquisas foi uma morfologia distinta de células nervosas normais, ou seja, estas células possuem um núcleo menor e suas ramificações são em número reduzido.
RESUMO 1
O autismo é uma doença que até hoje desafia muitos profissionais da área médica. Este distúrbio neurológico ocorre frequentemente em recém-nascidos e seu aparecimento pode estar relacionado com fatores ambientais como (exposição a) pesticidas, agentes tóxicos ou ex p o s i ç ã o a m e t a i s p e s a d o s . E m c o n t r a p a r t i d a , a t u a l m e n te , compreende-se que este distúrbio pode estar associado a um número desconhecido de mutação e alterações genéticas.
Em relação a essas mutações e alterações no gene, observou-se por meio de um estudo realizado com dentes de leite de uma criança de 5 anos, que há uma alteração em um determinado canal de cálcio. Além disso, outra mutação encontrada através de pesquisas foi uma morfologia distinta de células nervosas normais, ou seja, estas células possuem um núcleo menor e suas ramificações são em número reduzido.
RESUMO 1
O autismo, um dos distúrbios neurológicos mais comuns no recém-nascido, caracterizado clinicamente pelo comportamento repetitivo e dificuldade de comunicação e integração social, tem sido um desaf io para a medic ina. O aparecimento da doença está associada à fatores ambientais e genéticos. Anatomicamente os pacientes com autismo apresentam menor número de neurônios no cérebro. Uma pesquisa conduzida pela aluna de doutorado MRPB da USP e desenvolvida no laboratório da USD, coordenado pela brasileira AM e sob orientação da bióloga KGO, obteve célula tronco de pluripotência induzida (iPSC) a partir de dentes de leite de criança por tadora de autismo e as transformaram em neurônios e observaram alterações no canal de cálcio, importante via no processo de desenvolvimento de neurônios.
RESUMO 2
O autismo, um dos distúrbios neurológicos mais comuns no recém-nascido, caracterizado clinicamente pelo comportamento repetitivo e dificuldade de comunicação e integração social, tem sido um desaf io para a medic ina. O aparecimento da doença está associada à fatores ambientais e genéticos. Anatomicamente os pacientes com autismo apresentam menor número de neurônios no cérebro. Uma pesquisa conduzida pela aluna de doutorado MRPB da USP e desenvolvida no laboratório da USP, coordenado pela brasileira AM e sob orientação da bióloga KGO, obteve célula tronco de pluripotência induzida (iPSC) a partir de dentes de leite de criança por tadora de autismo e as transformaram em neurônios e observaram alterações no canal de cálcio, importante via no processo de desenvolvimento de neurônios.
RESUMO 2
Esse estudo, real izado por pesquisadores brasi leiros, anal isa as possíveis causas do surgimento do autismo. Pressupõe-se que há fatores ambienta is que desempenhem um papel impor tante no surgimento da doença. Uma das pistas encontradas diz respeito a alteração de um canal de cálcio encontrada a partir dos dentes de leite de uma criança de 5 anos, atendida pelo Centro de Estudos do Genoma da Universidade de São Paulo. Tal canal de cálcio possui grande importância nos estágios iniciais do processo de desenvolvimento dos neurônios. A hipótese levantada é a de que os neurônios de pacientes com autismo apresentam características distintas das células nervosas normais como um núcleo menor e ramificações em número reduzido. Portanto, isso pode significar que há um problema de maturação e desenvolvimento dos neurônios que causaria o autismo.
RESUMO 3
Esse estudo, realizado por pesquisadores brasileiros, analisa as possíveis causas do surgimento do autismo. Pressupõe-se que há fatores ambientais que desempenhem um papel importante no surgimento da doença. Uma das pistas encontradas diz respeito a alteração de um canal de cálcio encontrada a partir dos dentes de leite de uma criança de 5 anos, atendida pelo Centro de Estudos do Genoma da Universidade de São Paulo. Tal canal de cálcio possui g r a n d e i m p o r t â n c i a n o s e s t á g i o s i n i c i a i s d o p r o c e s s o d e desenvolvimento dos neurônios. A hipótese levantada é a de que os neurônios de pacientes com autismo apresentam características distintas das células nervosas normais como um núcleo menor e ramificações em número reduzido. Portanto, isso pode significar que há um problema de maturação e desenvolvimento dos neurônios que causaria o autismo.
*atenção à personif icação: estudo analisa, o trabalho pensa/fala
RESUMO 3
O autismo, distúrbio neurológico tem desafiado a ciência médica que busca compreender as origens, causas deste distúrbio. Uma das linhas de pesquisa busca relacionada o autismo com possíveis mutações genéticas. Pesquisadores brasileiros do Centro de Genoma Humano da USP, avançaram neste sentido ao descobrirem a partir do dente de leite de uma criança de 5 anos com autismo que transforaram em laboratórios em neurônios possíveis relações de atração num determinado canal de cálcio. Este canal é importante para o bom desenvolvimento dos neurônios. Estudos demonstram a relação entre os neurônios de pacientes com autismo que possuem uma morfologia dos neurônios distintas das cé lu las normais que pode s ign i f icar um problema de maturação no desenvolvimento dos neurônios.
RESUMO 4
O autismo, distúrbio neurológico tem desafiado a ciência médica que busca compreender as origens, causas deste distúrbio. Uma das linhas de pesquisa busca relacionada o autismo com possíveis mutações genéticas. Pesquisadores brasileiros do Centro de Genoma Humano da USP, avançaram neste sentido ao descobrirem a partir do dente de leite de uma criança de 5 anos com autismo que transforaram em laboratórios em neurônios possíveis relações de atração num determinado canal de cálcio. Este canal é importante para o bom desenvolvimento dos neurônios. Estudos demonstram a relação entre os neurônios de pacientes com autismo que possuem uma morfologia dos neurônios distintas das cé lu las normais que pode s ign i f icar um problema de maturação no desenvolvimento dos neurônios.
RESUMO 4
¡ Coesão referencial: § Condensação excessiva § Mudança de expressão com alteração sentido original do
texto. ¡ Coesão sequencial:
§ Condensação excessiva § Períodos e parágrafos sem ligação entre si § Conectivos inadequados
¡ Seleção de informações: § Concentração excessiva no início do texto
¡ Copia e cola de trechos inteiros sem referência ao autor ¡ Personificação inadequada
PROBLEMAS GERAIS
¡ FELTRIM, V. D.; ALUÍSIO, S. M.; NUNES, M. G. V. Uma revisão bibliográfica sobre a estruturação de textos científicos em português . São Carlos: ICMC-USP, 2000.
¡ KOCH, I.G.V. Argumentação e Linguagem . 4.ed. São Paulo: Editora Cortez, 1996.
¡ MOTTA-ROTH, D., HENDGES, G.R. Produção textual na universidade . São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
BIBLIOGRAFIA
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