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A expansão do agronegócio no Brasil. A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental. Desde o Período Colonia l, a modificação do espaço natural brasileiro ocorre de forma desenfreada. - PowerPoint PPT Presentation
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A expansão do agronegócio no
Brasil
A modernização do espaço rural
brasileiro – Produção de riqueza e degradação
ambiental Desde o Período Colonial, a modificação do
espaço natural brasileiro ocorre de forma
desenfreada.
O fato é que o Brasil não adotou plenamente
uma política agrária de desenvolvimento
sustentável, mesmo sendo a única forma de não
comprometer o nosso rico patrimônio natural.
Desde o século XVI, o litoral oriental do país vem
perdendo o território da Mata Atlântica, dando
lugar a grandes plantações de cana-de-açúcar,
cacau e outros produtos.
As fronteiras agrícolas expandiram-se, e fazendas
de café ocuparam o lugar da exuberante
vegetação dos trópicos nos estados: Rio de
Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e o sul de
Minas Gerais
Depois do ciclo do café, o rápido crescimento
urbano desencadeou o surgimento de uma
poderosa zona policultura no Centro-Sul,
provocando prejuízos ao meio ambiente.
As pastagens para o gado bovino expandiram-se
pelo sul da Bahia e pelo norte do Espírito Santo,
destruindo o que restava de Mata Atlântica.
O Cerrado tem sido o ecossistema que mais sofre
com o aumento das áreas cultivadas, devido a
expansão das lavouras de soja, arroz e girassol,
principalmente em Goiás, Tocantins e Mato
Grosso, que diminuiu 20% da área de vegetação
nativa original.
A substituição das matas que seguem o curso dos
rios por áreas plantadas faz com que o solo, sem
raízes, seja carregado pelas chuvas até os rios.
Os rios sofrem com a diminuição da profundidade
e da largura do seu leito. Onde o rio era profundo
e largo e havia grande quantidade de peixes,
existem agora apenas bancos de areia.
Transformação de paisagens naturais em paisagens
humanizadas – A agropecuária A agropecuária sempre desempenhou um papel
de destaque na economia nacional e é uma das
mais antigas atividades econômicas praticadas
no Brasil. Desde o início da ocupação do
espaço brasileiro, as paisagens naturais foram
gradativamente substituídas por lavouras,
campos pastagens e povoados.
Existem diversas maneiras de usar o solo para o
plantio, destacando-se a agricultura de
subsistência e a comercial.
A agricultura de subsistência é mantida
geralmente pelo trabalho familiar, em
propriedades de pequena extensão chamadas de
minifúndios, nos quais o alimento colhido
geralmente serve apenas para o sustento dos
habitantes locais, as sobras da produção são
comercializadas nos povoados vizinhos para
aquisição de roupas, calçados e outros bens
de consumo.
A agricultura comercial desenvolve-se em
grandes propriedades, os latifúndios, na sua
maioria dedicando-se à monocultura, cultivo de
um só produto, comunmente voltada para
abastecer o mercado externo.
Com o objetivo de aumentar a produtividade,
foram aprimoradas as técnicas de cultivo e
investidas elevadas quantias para modernizar
as áreas agrícolas onde se destacam o cultivo
de trigo, uva, milho, soja, arroz e tabaco no sul
do Brasil, e laranja, algodão, café, amendoim e
cana-de-açúcar na região sudeste.
No litoral oriental do nordeste e no Recôncavo
Baiano com a produção de cana-de-açúcar e
cacau.
Nos latifúndios, cuja tecnologia usada é regular ou
avançada, os trabalhadores geralmente
recebem salários muito baixos. Em
propriedades com grandes investimentos em
novos equipamentos e na fertilidade do solo, a
produtividade é elevada.
Naquelas áreas em que há menor preocupação
com a modernização , as safras rendem
menos, mas, produzem mais que as lavouras
de subsistência.
O sistema de produção baseado na monocultura
em latifúndios, comum em áreas tropicais, é
chamado de plantation, que destina-se a
exportação. Entretanto, existem lavouras
comerciais, onde a produção é voltada para
abastecer o mercado interno, como o feijão do
norte do Paraná.
A produção agrícola brasileira é bastante
diversificada, mas nem sempre suficiente para
atender a demanda, como a soja, o café, a
laranja e o trigo.
A grande dificuldade para o produtor rural
brasileiro tem sido a oscilação dos preços do
mercado consumidor, devido à concorrência
internacional.
Muitas vezes o valor conseguido pela safra não
cobre os custos de produção, fazendo com que
muitos agricultores de médio e de pequeno porte
a entregarem suas propriedades aos bancos e
outros credores.
Os agricultores que destinam sua produção ao
mercado interno são atingidos pela falta de
garantia de preços e pela ação dos
“atravessadores” e intermediários.
No ano de 2000 os produtores rurais brasileiros
não conseguiram preço para a safra de milho que
cobrisse, ao menos, as despesas com o plantio,
adubação e colheita. Isso levou a muitos
lavradores a trocarem o milho pela soja.
Em 2002, o Brasil teve problemas com o
abastecimento de milho, que é essencial para
avicultura e para o rebanho suíno.
Os rebanhos brasileiros no contexto atual
A pecuária brasileira é uma das mais
desenvolvidas do mundo. Possuímos o segundo
maior rebanho de gado bovino, mas o maior
rebanho comercial.
A Campanha Gaúcha, ou Pampas, é a maior
área de campos limpos do Brasil, onde a
economia de vários municípios está relacionada
à criação de gado.
O termo gaúcho – homem que lida com o
rebanho – serve para identificar as pessoas que
nascem nesse estado. No interior nordestino, o
vaqueiro é a que melhor caracteriza o sertanejo.
O nordeste foi a primeira área do Brasil onde a
pecuária bovina, e até hoje o gado rústico, de
pequeno porte, é resistente ao Sol e às condições
adversas do clima semiárido.
No Mato Grosso do Sul o peão toca as boiadas
para longe das áreas alagáveis, conduzindo-as
pela imensidão da planície pantaneira.
Gaúcho Vaqueiro
O Mato Grosso do Sul é detentor do maior
rebanho bovino nacional, as enormes áreas
planas de pastagens naturais permitiram o grande
desenvolvimento da pecuária de corte.
Os melhores rebanhos brasileiros estão em Minas
Gerais, em São Paulo e no norte do Paraná.
Na produção de leite e derivados, o sul de Minas
Gerais, destaca-se nacionalmente o sul de Minas
Gerais. Esse estado possui o segundo maior
rebanho bovino do Brasil, de pecuária leiteira e de
corte, com destaque no Triângulo Mineiro e no
norte de Minas.
Minas Gerais, São Paulo e o Paraná alcançaram
grande rentabilidade, graças a modernização da
criação bovina.
O Sudeste e o Sul se destacam na criação de
gado confinado, chamado de criação intensiva.
Raças europeias, asiáticas e norte-americanas,
de fácil de ganho de peso ou alta produtividade
leiteira, são as preferidas.
O uso de tecnologias como máquinas
ordenhadeiras e inseminação, buscam a melhoria
da qualidade do rebanho e a produtividade ,
visando a lucratividade.
O Centro-Sul exporta carne bovina para diversos
países, tornando o Brasil um dos maiores
exportadores mundiais de carne.
Aves, suínos, ovinos e caprinos Apenas a China, por ser o país mais populoso
do planeta, e os Estados Unidos, por serem
altamente desenvolvidos, superam o Brasil em
produção industrial de frangos.
A avicultura brasileira, notadamente a criação
de frangos destina-se ao mercado interno e
externo.
No Sul do país, Paraná e o Rio Grande do Sul
são os principais fornecedores.
Estima-seque cerca de 70% da carne de frango
produzida no Brasil é destinada ao mercado
interno.
China, os Estados Unidos e a Alemanha, são os
países que superam a produção brasileira.
Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul
destacam-se na produção de carne suína e
derivados.
O Brasil fornece cerca de 10% das exportações
de carne suína no mundo, lucrando
aproximadamente US$ 1 bilhão por ano.
Os caprinos e os ovinos não oferecem ao Brasil o
mesmo destaque da pecuária mundial.
A criação de ovelhas tem ampliado no sul do
Brasil, motivada pelo clima subtropical e o pasto
dos campos, nos Pampas Gaúchos.
A criação de cabras no Sertão Nordestino está
sendo incentivada, pela adaptação do rebanho ao
clima semiárido.
O intenso calor e os campos alagados favorecem
a expansão do rebanho de búfalos na Amazônia
(Ilha de Marajó e litoral do Amapá). Cerca de 1,15
milhão de búfalos tornam a região Norte a maior
produtora.
Ovinos Caprinos
Búfalos
Extrativismo vegetal e comprometimento do
ambiente O extrativismo vegetal é a mais antiga atividade
econômica praticada em todo o território
brasileiro, e de grande importância para a
geração de empregos.
A borracha foi um importante produto de
exportação, mas mesmo com a queda do preço
no mercado mundial, ainda emprega muitos
trabalhadores na região Norte.
Atualmente a castanha-do-pará ganhou grande
destaque.
A política de desenvolvimento sustentável no
Amapá tem se preocupado com a preservação da
castanheira. Técnicos do governo estadual
entendem que, além de gerarem lucros ajudam na
preservação da Floresta Amazônica e de todo o
ecossistema.
No Nordeste, a carnaúba, o babaçu e a oiticica se
destacam como fonte de renda e como
fornecedoras de materiais importantes.
Carnaúba
A carnaúba permanece verde o ano todo, e pode
alcançar 20 metros de altura. Dela se aproveita
tudo, o caule é usado na construção de casas, o
fruto serve como alimento pro gado, as folhas,
fornecem um pó que pode ser transformado em
cera, utilizada na fabricação de vela, isolantes,
lubrificantes, vernizes, fósforos e outros.
O babaçu, que produz cachos de grande porte
carregados de pequenos e duríssimos cocos, nos
quais se encontram amêndoas. As amêndoas são
transformadas por indústrias em gordura,
podendo ser utilizado na fabricação de alimentos
ou no preparo de sabão.
A oiticica, palmeira que chega a atingir 30 metros
de altura, fornece sementes para a produção de
óleo, muito utilizado pela indústria química.
A extrativismo predatório de madeira no Centro-
Oeste, que desmatou mais de 900 mil hectares de
florestas nos últimos anos tem gerado sérios
problemas ambientais, como: a desertificação, o
empobrecimento do solo e o desaparecimento de
nascentes.
Já nas áreas de Floresta Atlântica, no ES, em SP
e no PR, ocorre a retirada do palmito da juçara,
utilizado na culinária. Os palmiteiros estão
levando a extinção da palmeira.
Juçara
A extração de araucárias, imbuias e outras
madeiras também está proibida, mas indústrias de
confecção de móveis realizam cortes ilegais.
A coleta de erva-mate é uma atividade antiga na
Região Sul. Os índios guaranis, já consumiam a
infusão de folhas de mate. O aumento do
consumo no Centro-Oeste e Sul do Brasil,
Paraguai, Argentina e Uruguai, proporcionou o
desenvolvimento da indústria da erva-mate.
A erva-mate tem uma grande capacidade de
regeneração.
As indústrias passaram a produzir saches para
chá e refresco em pó.
Erva-mate
Araucária
A silvicultura, consiste no plantio de árvores de
maneira planejada para a obtenção da celulose,
matéria-prima do papel, bem como para
fabricação de casas e móveis, ou a obtenção do
látex, nos estados do Sudeste, Norte e sul do
Brasil.
O Paraná foram plantadas grandes áreas de
pinheiros, pois possuem um rápido crescimento e
baixos custos para manutenção do cultivo.
No Espírito Santo, o eucalipto se adaptou as
condições de clima e solo.
Silvicultura
No Acre são utilizadas técnicas na extração de
madeiras nobres sem causar prejuízos a
natureza.
Projetos do governo federal auxilia agricultores
assentados em áreas de reforma agrária a utilizar
a floresta sem destruí-la.
As questões sociais do meio rural
“Se as cidades forem destruídas e os campos
conservados, as cidades ressurgirão; mas se
queimarem os campos e conservarem as cidades,
estas não sobreviverão”. Benjamin Franklin
Isso por que o campo produz alimentos, através
da agropecuária, para o abastecimento das
populações urbanas. Em troca, os camponeses
recebem das cidades os produtos
industrializados e serviços indispensáveis como
a assistência médica.
A zona rural brasileira apresenta alguns
problemas: a maioria dos camponeses não é
proprietário das terras onde trabalha, e costumam
ser assalariados permanentes ou temporários,
parceiros, arrendatários ou posseiros.
Os trabalhadores permanentes, são aqueles que
recebem salários e possuem direitos trabalhistas,
e são apenas 15% da mão de obra do campo.
Parceiros e arrendatários, são trabalhadores
temporários que utilizam a terra para desenvolver
suas lavouras e criações. Os arrendatários
compram o direito de uso, como se fosse um
aluguel, pago em dinheiro ou em produtos.
Os trabalhadores temporários, não têm salário
fixo, pois recebem pelos serviços prestados,
durante a colheita, quando necessita-se mais mão
de obra. Os esses trabalhadores vão se alimentar,
a comida já está fria, daí o nome “boias-frias”.
Muitas terras, principalmente as improdutivas, são
ocupadas por pessoas que simplesmente se
instalam e organizam o espaço, plantando e
construindo sua moradia. Esses trabalhadores
são chamados de posseiros.
“Boia-fria”
Estrutura fundiária, reforma agrária e conflitos de terras
Apesar da modernização da agricultura
brasileira, existem graves problemas agrários,
como a má distribuição de terras e a exploração
dos trabalhadores rurais. Essa modernização
intensifica a concentração nas mãos de grandes
empresas rurais, apresentando dois lados, o
positivo, são feitos investimentos nessas
propriedades, aumentando a produtividade, o
negativo, força a migração de pequenos
proprietários para outros lugares.
Como é o caso dos brasiguaios, agricultores que
ultrapassam as fronteiras brasileiras para habitar
no Paraguai.
Na últimas décadas, a intensa migração de
sulistas para o Mato Grosso, o sul do Pará e
Rondônia, tem substituindo a mata por campos de
cultivo de soja, destinadas à exportação.
A estrutura fundiária brasileira apresenta um
grande contraste, cerca de 44% do espaço
agrário pertence a um pequeno grupo de
latifundiários, enquanto um elevado número de
minifundiários correspondem a menos de 3% da
área rural
Visando uma distribuição mais equilibrada das
terras, é imprescindível acelerar a reforma
agrária, processo que deverá distribuir terras e
garantir financiamentos, a fim de obter aumento
da produção, bem como a infraestrutura
indispensável para o escoamento de produtos.
Os pequenos têm maior dificuldade de acesso ao
crédito agrícola e a insumos (adubos, fertilizantes
e pesticidas, mas mesmo assim os minifúndios
são responsáveis por grande parte da produção
de gêneros básicos consumidos pelos brasileiros.
A reforma agrária é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e político do país.
Benefícios: inibe o êxodo rural, contêm a urbanização, diminui os conflitos e violência no campo, contribui no combate à fome e à subnutrição e reduz os preços dos alimentos no mercado interno.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) atua em vários estados, com apoio de entidades religiosas, sociais e políticas, no intuito de forçar o governo a acelerar o processo de reforma agrária. As ocupações têm deflagrado graves conflitos, resultando na morte de muitos trabalhadores.
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