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A INDISCIPLINA E A VIOLÊNCIA NA ESCOLA (BULLYING)
ROBERTO RZEWUSKI
RESUMO
Este estudo oportuniza a fazer um diagnóstico dos fatores que imperam para o
processo crescente de violência na Escola. Tratando-se de relacionar a discussão sobre a
violência na escola- problema atual, ao qual se debruçam especialistas das mais diversas
áreas – com a discussão sobre a função da escola e suas possibilidades de educar na
sociedade contemporânea. Sugere-se que a violência no âmbito do cotidiano escolar
pode ser tratada a partir da clareza que se tenha sobre nosso lugar como educadores e
da importância da escola como instituição realizadora a do direito á educação. Com esta
pesquisa relacionaremos os principais motivos que geram a indisciplina e a violência, e,
faremos e mensuras para diagnosticar que tipos de violência o que leva a violência,
quantidade de vezes que um aluno sofre violência. Natureza da indisciplina. Os alunos
são indisciplinados por natureza ou porque as circunstâncias os estimulam a assumir
comportamentos desviantes, será a natureza humana? É uma tendência natural do ser
humano. Está escrito no código genético? E, ou a natureza humana é um recipiente vazio,
pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza
desses estímulos assim será a criança ou o adulto? Com esta proposta de trabalho de
pesquisa avaliaremos em que faixa etária acontece situações de violência e indisciplina
com que intensidade e com qual frequência. A violência, no âmbito das escolas públicas
estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um
tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de
conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações.
REVISANDO CONCEITOS
Atualmente, as diversas modalidades de violência engendradas na sociedade
atingem, além dos espaços privados, àqueles de domínio público. Os efeitos desta
violência acabam por afetar praticamente todos os contextos institucionais, entre eles, a
escola.
Ao estudarmos questões referentes à díade violência/indisciplina, circunscrita aos
estabelecimentos escolares formais, procuramos ter como um dos pontos de orientação
um conceito ampliado de violência, visto que esta tradicionalmente é percebida
preferencialmente enquanto danos físicos e materiais. O conceito de violência oferecido
por Chauí (1985) é bastante abrangente, sobretudo ao ser utilizado na análise de
instituições:
Entendemos por violência uma realização determinada das relações de forças,
tanto em termos de classes sociais, quanto em termos interpessoais. Em lugar de
tomarmos a violência como violação e transgressão de normas, regras e leis, preferimos
considerá-la sob dois outros ângulos. Em primeiro lugar, como conversão de uma
diferença e de uma assimetria numa relação hierárquica de desigualdade, com fins de
dominação, de exploração e opressão. Isto é, a conversão dos diferentes em desiguais e
a desigualdade em relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como a ação que
trata um ser humano não como sujeito, mas como coisa. Esta se caracteriza pela inércia,
pela passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são
impedidas ou anuladas, há violência. (CHAUÍ, 1985, p. 35).
Nos nossos dias, cada vez é mais difícil estabelecer a disciplina e fazê-la respeitar.
É que, hoje, a posição do aluno é muito diferente da que conheceram o seu pai e o seu
avô. Estes viveram entre a família e a escola. Em meios homogêneos, com toda a gente
admitia os modos de vida aceitos pela maioria e rejeitava quaisquer outros. Com o efeito
da evolução das condições gerais de vida, em todos os meios, as crianças tornaram-se
mais independentes, menos dispostas a obedecer à autoridade dos adultos.
Hoje, vive-se numa sociedade onde crianças e jovens em alguns casos não têm
limites, nem tão pouco, regras.
(...) as crianças de hoje em dia não tem limites, não reconhecem a autoridade, não respeitam as regras, a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se tornado muitos permissivos. (AQUINO, 1998, p.7).
Podemos observar que atualmente algumas crianças, tornaram-se indisciplinadas,
sem limites, sem regras, ou seja, desconhecem uma boa educação; acham que são
donos de si, e que não precisam receber ou respeitar ordem de ninguém. Esse tipo de
criança é aquela que é muito mimada, que tudo deve estar ao seu alcance, ao tempo e a
hora; acha também que os pais devem comprar tudo que almeje.
Esse tipo de criança chega à escola, quer fazer o mesmo na sala de aula, grita e
dá ordens nos colegas, e quer até mesmo mandar a professora calar a boca. Para Julio
Groppa Aquino (2003). (...) a indisciplina se trata de um fenômeno escolar que ultrapassa
fronteiras socioculturais e também econômicas.
Como diz Aquino; a indisciplina realmente não existe somente atrás do meio
sociocultural, ou econômico, ela nasce também através da falta de afetividade, do resgate
de valores.
Em um ambiente onde não há compreensão, dialogo amor e socialização familiar;
com certeza tem-se um sentimento de revolta, e desgosto e uma criança que nasce em
um lar desequilibrado; onde não existe a afetividade familiar, logicamente, sentirá
rejeitado pela vida, o desanimado, e a tendência será descontar, em tudo e todos a sua
revolta.
As crianças indisciplinares não admitem receber ordens e não aceitam regras, nem
tão pouco, limites impostos pelo professor ou pela escola.
Assim podemos ver que a indisciplina lamentavelmente gera graves transtornos,
em sala de aula e até mesmo na escola, demonstrados através do descumprimento de
regras como também pela falta de limites que os alunos evidenciam desafiando aos
professores por meio de atividades agressivas.
Disciplina representa a maneira de agir do individuo, em sentido de cooperação,
bem como de respeito e acatamento às normas de convívio de uma comunidade.
Conforme adverte Guirado (1996), para pensarmos na violência escolar
contemporânea é imprescindível que se retire o discurso do eixo das culpabilizações
localizadas.
Dessa forma, ao darmos voz aos sujeitos institucionais, buscamos investigar os
atravessamentos advindos das redes de poder previamente estabelecidas, ou seja, os
efeitos que regulam os modos de relações entre os sujeitos.
Por meio deste olhar sobre as instituições, a escola pode deixar de ser vista como
tendo caráter essencialmente passivo e passar a ser vista como produtora de relações e
práticas sociais específicas.
Falar sobre indisciplina escolar é falar sobre assuntos presentes no cotidiano dos
colégios. A constatação que a indisciplina escolar não é assunto recente e sempre rondou
o ambiente escolar/educacional (AQUINO, 1996, p. 40; GARCIA, 2001, p.376; ESTRELA,
2002, p. 13). AQUINO (1996. p. 43) mostra que as relações escolares da ”educação de
antigamente” eram permeadas por medo, coação e até mesmo de submissão dos alunos
– demonstra que essas relações eram determinadas em termos de obediência
subordinação, uma pseudo-disciplina.
Nesta “educação de antigamente”, as situações de disciplina eram descritas
rigorosamente, para os atos de indisciplina, as correções eram estimuladas e apoiadas.
A indisciplina sempre existiu, mas a opressão que o professor exercia sobre seus alunos
– na “educação de antigamente” -, era maior que a existente na atualidade, e o aluno, que
estava sendo formado eram muito diferentes do atual.
Para aquele momento, o educando submisso e passivo era almejado. Continuamos
a guardar herança pedagógica que é alheia aos nossos dias? Os tempos mudaram, a
sociedade muda, os professores e os alunos mudaram, espera-se que os discentes, na
atualidade sejam mais participativos e atuantes e não apenas assimiladores de conteúdos
impostos pelo professor. Os parâmetros que norteiam a educação e a escolarização são
regidos por aluno ideal ou real? A escola está organizada para um tipo de aluno e está
ocupada por outro?
Para GARCIA (2001, P. 376), “Devemos conceber a indisciplina como fenômeno de
aprendizagem, superando sua conotação de anomalia, ou de problema comportamental a
ser neutralizado através de mecanismos de controle”, sobrepujando a ideia de que a
indisciplina é uma questão relativa somente ao comportamento. Dessa maneira, o aluno
indisciplinado não seria apenas aquele cujas ações rompem as regras da instituição, mas
também, aquele que prejudica o seu próprio desenvolvimento cognitivo, moral e atitudinal.
A violência para Guimarães (1996, p. 73), “seria caracterizada por qualquer ato [...]
que, no sentido jurídico, provocaria pelo uso da força um constrangimento físico ou
moral“. Dessa maneira muitos comportamentos apresentados pelos alunos durante as
aulas – agressões físicas e verbais, vandalismo, entre outros - não seriam indisciplina
escolar, mas violência devendo, portanto, ser abordados com formas diferentes.
Nesse domínio a violência escolar também é conhecida como bullyng, é um problema
social que vem preocupando os profissionais das áreas de conhecimento da saúde e
educação, chegando a despertar o interesse dos estudos da Psicologia Social.
A violência escolar é um problema social que vem alastrando-se de forma muito
rápida, e esta em constante divulgação nos meios de comunicação, tornando-se um
importante objeto de reflexão e debate público, despertando o interesse de educadores e
pesquisadores das áreas.
A fim de responder estas questões o conhecimento científico busca ampliar suas
investigações e, subsidiar a elaboração de pesquisas públicas eficazes à prevenção e
enfrentamento desta problemática (OLVEUS, 2004; FANTE, 2005; LOPES NETO, 2055;
COUTINHO SILVA, ARAUJO, 2009).
O BULLYING – REFLEXOS NO RENDIMENTO ESCOLAR . .
Neste período de estudos e observação dentro da escola verificamos que uma das
mais sérias formas de violência entre os alunos/as é o bullying, manifestado em
agressões físicas, psicológicas, simbólicas, entre outras constantes,entre outras
agressões tais como chacota, sarrinhos, ironias, sadismo e preconceitos diversos. A
diversidade de violências ocorre nos espaços da escola (banheiros, corredores, pátios,
saídas e entradas das aulas, onde há muita aglomeração de pessoas). Porém ocorre
outra forma de bullying pior e mais silenciosa até mesmo dentro das salas de aula, na
presença dos educadores/as, que, via de regra, não tem incorporado em sua prática
docente um trabalho mais sistematizado sobre o tema. Fatores diversos, como salas
superlotadas e a indisciplina constantes, por exemplo, acabam contribuindo para que
muitas vezes os educadores optem pela omissão diante de certas situações de violência
quer seja pela dinâmica educacional ou seja pela falta de instrumentalização pedagógica.
O Bullying remete a uma das violências intraescolar com grandes prejuízos para o
rendimento escolar. E os educadores/as poderão melhor identificar estes fenômenos
recorrentes no cotidiano escolar, ao detectar o tipo de bullying que está ocorrendo e não
silenciar e nem se manter passivo, mas sim, fazer intervenções necessárias
para sensibilizar a todos os atores envolvidos, fazendo-os refletirem sobre a questão.
Neste sentido, cada profissional da educação deve atentar para sua formação constante,
buscando com isso ampliar o leque de estratégias de intervenção e a conseqüente
satisfação profissional. O bullying mais comum que ocorre na escola, além daquele que
todos(as) veem em ações claras, detectamos também, na pesquisa, o tipo silencioso,
até
mesmo dentro das próprias salas de aula. E quem sofre são muitas vezes alunos e
alunas frágeis, que se sentem inferiores e acabam tendo problemas de autoestima, são
agredidos e permanecem silenciados e raramente pedem ajuda, com medo de piores
reações dos agressores. Já ocorreram casos que comprovam tal afirmação no colégio
onde foi implementada esta pesquisa e em uma das situações,foi necessária a
intervenção da promotoria e Conselho Tutelar, onde os agressores cumpriram Medidas
Universalmente, o Bullying define-se como “um conjunto de atitudes agressivas,
intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais
alunos, causando dor, angustia e sofrimento” (FANTE, 2005, p. 27).
A autora citada destaca também, algumas manifestações de comportamento
bullying, entre os quais, insultos, intimidações, atuação de grupos que hostiliza,
ridicularizam, e infernizam a vida de outros alunos causando danos físicos, morais, e
matérias, mediante apelidos cruéis, gozações, e acusações injustas.7Segundo Lopes
Neto (2005, p.16), o fenômeno bullying pode ser classificado em três estilos: o bullying
direto, que engloba a imposição de apelidos, assédios, agressões físicas, ameaças,
roubos e ofensas verbais em que as vítimas são atacadas diretamente; o bullying indireto,
envolvendo atitudes de indiferença, isolamento e difamação, quando as vítimas estão
ausentes e; o cyberbullying, que ocorre através da intimidação eletrônica por celulares ou
internet, através das quais o aluno utiliza-se de mensagens e e-mails difamatórios,
ameaçadores, assediadores, e discriminatório, provocando agressões.
2.1 CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA
Na esfera escolar, a violência se configura através de algumas características dos atores
e atrizes das situações violentas, chegando a fatos típicos, a saber:
1. Vítimas – são expostos a atitudes negativas, causando-os danos de forma intencional
por parte de outrem ou do grupo (SILVA et al, 2077) Os efeitos agravam-se com o tempo
e regularidade; são raras as vezes que as vítimas revelam de forma espontânea o
sofrimento da violência (bullying), uma vez que temem retaliações, não acreditam nas
atitudes tomadas pela escola e receiam críticas advindas depessoas que para elas
constituem-se com de importância significativa (LOPES, 2005).Geralmente. A vítima é
discriminada por possuir algum atributo diferente, algo gera o preconceito ou a inveja do
(s) autor (es) da violência. (TRINDADE, 2009).
2. Agressores – São aqueles que efetivam as agressões buscando uma afirmação de
poder, são tipicamente populares, utilizam-se da liderança de um grupo, que lhe auxiliará
em seus ataques, sendo possível destituir-se da culpa. Na maioria das vezes, esses
alunos assumem atitudes antissociais e satisfaz-se com o controle, a dominação e o
sofrimento da vítima (LOPES, 2005).
3. Vítimas/Agressores – são aqueles que sofrem e também praticam violência (bullying),
isto é, essas pessoas tendem à prática das agressões para acobertar suas limitações. Em
geral, são impopulares, rejeitados e inseguros, levando a uma combinação d 8baixa
autoestima e atitudes violentas (LOPES NETO, 2055; SILVA etal, 2077).
4. Espectadores – essas pessoas constituem maioria das personagens do contexto da
violência escolar. Elas mantêm-se afastadas dos envolvidos nos atos de bullying, por
medo de tornarem-se as próximas vítimas, fingindo não ver agressão, contudo não
deixam de ter sua parcela de participação (CIDADE, 2008). Segundo Lopes Neto (2005),
a forma como reagem ao bullying permite classificar essas testemunhas, como auxiliares
(participam ativamente das agressões), incentivadores (incitam e estimulam o autor),
observadores (só observam ou se afastam) ou defensores protegem o alvo ou chamam
um adulto para interromper a agressão) (p. 168).
Na literatura brasileira sobre o tema da violência escolar, é comum associar o termo
violência ao já proposto por Costa em Violência e Psicanálise: (...) o emprego desejado de
agressão com fins destrutivos (...). Na violência, a ação é traduzida como violência pela
vítima, pelo agente ou pelo observador. A violência ocorre quando há desejo de
destruição.
Outros estudos adotam o conceito de Michaud, o qual afirma que (...) há violência
quando, numa situação de interação, um ou vários alunos agem de maneira direta ou
indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas em graus
variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade mora, em suas posses,
ou em suas participações simbólicas e culturais.
Diferentes olhares sobre as violências e suas variadas manifestações já receberam,
em pesquisas realizadas pela UNESCO, definições aproximadas as anteriores. A
violência pode ser considerada como parte da própria condição humana, manifestando-se
de acordo com arranjos societários de onde emergem.
Mesmo considerando dificuldades em nomear o que seria violência, (...)
algunselementos consensuais sobre o tema podem ser delimitados: noção de coerção ou
força; dano que se produzem indivíduo ou grupo social permanente a determinada classe
ou categoria social, gênero ou etnia. (MICHAUD).
Considerando a literatura internacional sobre o tema da violência nas escolas fica
evidente que há uma variabilidade de sentidos adotados para conceituar esse campo
específico. Chama-se a atenção para a existência de análises que enfocam 9violência por
parte de professores contra alunos, exercidas através de castigos e punições. Estudos
sobre violência escolar, segundo o autor, devem considerar três componentes: 1) os
crimes e delitos; 2) as incivilidades 3) o sentimento de insegurança – este último
resultante dos primeiros componentes. Chenais (2003) apresenta três concepções de
violência que abrangem a violência física (que inclui a violência sexual), a violência
econômica (que se refere a danos causados ao patrimônio, à propriedade) e a moral
ou simbólica (que focaliza a ideia de autoridade).
2.2 FATORES QUE INTERFEREM FORA E DENTRO DO SISTEMA ESCOLAR
Justificativas para o surgimento e proliferação das diversas manifestações de
violência nas escolas aparecem atreladas tanto a fatores internos como externos às
unidades escolares.
Na categoria dos fatores externos, as causas socioeconômicas parecem
preponderantes. É comum se condicionar, de certa forma, a violência na escola a um
agravamento da crise e da exclusão sociais, as quais assentidas mais intensamente nas
classes baixas que estudam na escola pública. A própria violência da sociedade, o rápido
crescimento do tempo livre e a falta de perspectivas de futuro para a maioria dos jovens
brasileira são considerados agravantes da violência nas escolas.
Considera-se que os jovens (em galeras) procuram contrapor ao vazio de referentes que
recortam o cotidiano das grandes cidades e reagem a um mundo de sociabilidade que
entra em colapso. De forma geral isto também acontece em cidades de menor porte
porque os jovens sentem-se excluídos, socialmente inúteis.
2.3. VIOLÊNCIA ESCOLAR, UM FENÔMENO COMPLEXO E CONTEMPORÂNEO
Dentre as perspectivas nas quais a escola tem sido enfocada, a violência vem
assumindo proporções alarmantes, exigindo dos pesquisadores uma releitura do referido
fenômeno sob novos enfoques.
“Debarbiex (2001) faz um balanço de como os sociólogos franceses e
anglosaxônicos trataram na década de 1990, tema: desigualdades dos estabelecimentos
diante da violência”.
Segundo Debardiex (2001, P. 34), A maioria dos estudos vincula o aumento da
violência em estabelecimentos sensíveis à condições socioeconômica dos bairros onde
se localizam. A literatura que trata do assunto, segundo o autor, identifica nestes
estabelecimentos uma [...] verdadeira subcultura da oposição escolar, uma verdadeira
subcultura do gueto [...].10
Tratando-se de comportamento dos alunos no âmbito Escolar, percebe-se que nos
últimos anos as Escolas vem sofrendo problemas com a violência crescente em
decorrência da indisciplina. Considerando os aspectos pedagógicos e socioculturais a
Escola deve enfatizar ações que venham de encontro a prevenir e ampliar a capacidade
de lidar com tais problemas.
Para Garcia (2001, P. 376), “ Devemos conceber a indisciplina como fenômeno de
aprendizagem, superando sua conotação de anomalia, e ou de problema comportamental
a ser neutralizado através de mecanismos de controle”, sobrepujando a ideia de que a
indisciplina é uma questão relativa somente ao comportamento. Dessa maneira o aluno
indisciplinado não seria apenas aquele cujas as ações rompem as regras da instituição,
mas também, aquele que prejudica o seu próprio desenvolvimento cognitivo, moral e
atitudinal.
Guimarães (1996) observa que é possível haver uma compreensão
descentralizadora na análise dos fenômenos escolares ao afirmar que “a instituição
escolar não pode ser vista apenas como reprodutora das experiências de opressão, de
violência, de conflitos, advindas do plano macroestrutural”. Para a autora, “é importante
argumentar que, apesar dos mecanismos de reprodução social e cultural, as escolas
também produzem sua própria violência e sua própria indisciplina” (p. 77).
Com esta perspectiva, do ponto de vista metodológico, utilizou-se para a para a
coleta de dados a realização de entrevistas com os sujeitos institucionais, ou seja, alunos,
professores e técnicos, precedidas por sessões de observações. Tais observações foram
realizadas durante as aulas, nos intervalos, em eventos extra-curriculares (Jogos
Escolares e amistosos esportivos).
Como cita Aquino (1996, p. 40): “[...] a visão hoje, quase romanceada da escola
como lugar de florescimento das potencialidades humanas parece ter sido substituída, às
vezes, pela imagem de um campo de pequenas batalhas civis; pequenas, mas visíveis o
suficiente para incomodar.” Tais batalhas interferem na maneira de os professores
pensarem a sala de aula. Os estudos mostram que para os educadores é necessário
organização e normatização das atividades e das relações em sala de aula para que a
aprendizagem dos conteúdos curriculares se efetive, o que implica submissão e
adequação de comportamentos segundo expectativas docentes. O fracasso na
constituição da disciplina na escola se revela para os docentes um entrave para o
desenvolvimento do trabalho pedagógico, para a qualidade de ensino e para a formação
ética dos alunos, como analisado por Roure (2001). É importante ressaltar também que o
termo “indisciplina” referido neste texto representa comportamentos em sala de aula que,
conforme relatam muitos professores, perturbam e afetam de forma prejudicial o ambiente
de aprendizagem.
Como afirma Xavier (2003, p.14), as posturas mais democráticas postuladas nas
últimas décadas podem gerar insegurança aos professores pela perda do referencial
tradicional que alicerçava seus procedimentos. Essa autora assim escreve sobre esses
descaminhos teóricos:
O que se percebe é que as escolas hoje, pelo menos as comprometidas com
propostas mais democráticas/progressistas, não se vêem como produtoras de
sujeitos disciplinados/ordeiros, como nas propostas tradicionais, mas
também não assumem a construção de sujeitos autônomos, auto-
disciplinados, do projeto moderno, como supostamente seria o defensável.
Embora nos documentos oficiais haja, em geral, referência à produção de
cidadãos autônomos como meta da escola, isto não parece se concretizar em
termos de práticas pedagógicas. Não há planejamentos, ao menos explícitos,
para consecução de tais objetivos. A escola não fala sobre – não percebe, não
assume? (XAVIER, 2003, p. 14).
Não faz parte do contexto educacional tratar questões que dizem respeito a
padrões diferentes de alunos. Assim, se é necessário relativizar a disciplina ou
indisciplina, mais que qualquer outra explicação, indisciplinado acaba sendo aquele que
apresenta um comportamento que não condiz com os padrões vigentes, como impera na
perspectiva tradicional de ensino.
Isso significa que aqueles educadores que conduzem o seu trabalho sem essa
clareza epistemológica acreditam, porém, que a homogeneização é alcançada através de
mecanismos disciplinares e que todas as suas relações institucionais são orientadas por
essa noção. Rego (1996, p. 91) ressalta que:
[...] as concepções de desenvolvimento humano predominantes no meio educacional trazem sérias consequências à prática pedagógica pois reforçam a idéia de um determinismo prévio (por razões inatas ou adquiridas), que acarreta uma série de perplexidade e imobilismo do sistema educacional. A escola se vê, assim, desvalorizada e isenta de cumprir o seu papel de possibilitadora e desafiadora (ainda que não exclusiva) do processo de constituição do sujeito, do ponto de vista do seu comportamento de um modo geral e da construção de conhecimentos.
O termo "bullying" compreende todas as formas de atitudes agressivas,
intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais
estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação
desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre estudantes e o desequilíbrio de poder
são as características essenciais que tornam possível a intimidação da vítima. Por não
existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de
"bullying" possíveis, usamos o termo em inglês. Algumas ações que costumam estar
presentes nessas práticas: colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir,
intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, agredir, bater, roubar ou quebrar pertences,
entre outras formas. As primeiras investigações sobre "bullying" foram realizadas na
Suécia nos anos 1970, e a partir daí o interesse se generalizou para os outros países
escandinavos e outras regiões da Europa e Estados Unidos. No Brasil, os estudos
enfocando o "bullying" são mais recentes e datam da década de 1990. Têm se dedicado a
esse tema, em especial, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
à Adolescência (Abrapia) e pesquisadores como Cleodelice Fante (2003), que realizou
estudos em São José do Rio Preto, estado de São Paulo. ( Observatório da infância).
A INDISCIPLINA é hoje uma das principais queixas tanto de professores quanto de
alunos, quando perguntados sobre o principal problema de suas escolas. E é cada vez
mais freqüente, tanto nas falas dos educadores, quanto na imprensa, ocorrer uma grande
confusão entre VIOLÊNCIA e INDISCIPLINA. Há, efetivamente muitas situações em que
é difícil separar com clareza esses conceitos e há muitos casos em que uma ação de
indisciplina transita para um ato violento: por exemplo, quando dois alunos começam uma
discussão durante uma aula e essa discussão desemboca numa briga em que estão
envolvidas armas. Também é muito importante reconhecer o sentido anti-ético e
antipedagógico de certas ações dos próprios professores, como o desrespeito aos alunos,
o absenteísmo sistemático, o descaso com a qualidade de suas aulas etc. Mas chamar
todos esses comportamentos de VIOLÊNCIA (ainda que simbólica) tem gerado mais
confusão do que soluções. Uma forma simples de distingui-las é que atos de VIOLÊNCIA
ferem o Código Penal (por exemplo: porte de armas, uso de drogas etc.); já atos de
INDISCIPLINA dizem respeito apenas ao âmbito escolar, ferem o regimento escolar, os
acordos (nem sempre bem explicitados) para o bom funcionamento do trabalho
pedagógico ou as regras de boa convivência e civilidade.
O atual clima de medo e violência generalizados, que é reforçado pela mídia, tem
levado muitos educadores a tratarem como casos de polícia situações que poderiam e
deveriam ser resolvidas como questões educacionais, por isso considero importante
distinguir esses dois conceitos. Isso ocorre não apenas no Brasil, como vimos
recentemente na televisão, com a polícia norte-americana sendo chamada a uma escola
para prender uma garotinha negra de apenas 5 ou 6 anos de idade, que estava agressiva
e descontrolada. Há dois meses uma pesquisadora da USP presenciou a Guarda
Municipal de São Paulo ser chamada para dentro de uma sala de aula do Ensino Médio
de uma escola pública de periferia, para obrigar um aluno a tirar o boné!
Para nós, educadores, o mais importante é tentar entender as atitudes de nossos
alunos e alunas, quais são as mensagens que eles estão nos passando por meio da
linguagem da indisciplina: por que eles nos desobedecem e desafiam? Por que muitos
insistem em atrapalhar as aulas? Por que tratam os colegas de forma desrespeitosa e
agressiva? Por que estragam, riscam e destroem sua própria sala de aula, sua escola?
Para compreender esses "recados" cifrados, devemos, em primeiro lugar,
abandonar duas afirmações muito frequentes. A primeira é que a indisciplina é um
fenômeno recente nas escolas ou, pelo menos, que aumentou de maneira surpreendente
nos últimos anos. Não há nada que nos comprove isso, embora haja um aumento de sua
visibilidade e possa ser verdadeiro um aumento da frequência de atos indisciplinados. A
indisciplina escolar é objeto de estudo de sociólogos, como o francês Emile Durkheim,
pelo menos desde a passagem do século XIX para o XX. Se a escola exige uma certa
disciplina, um tipo de comportamento regrado para que seus objetivos de aprendizagem e
socialização se realizem, ela traz sempre consigo a indisciplina, a burla às regras
estabelecidas. O que há hoje, com certeza, no Brasil é um aumento das falas e das
preocupações com respeito à indisciplina e isso tanto por parte de educadores quanto dos
próprios alunos.
A segunda afirmação que devemos abandonar é de que esse suposto aumento da
indisciplina estaria ligado à ampliação das oportunidades de acesso à escola, que trouxe
para dentro de seus muros um conjunto de alunos originados de famílias de camadas
populares. Esses alunos trariam de casa um comportamento desregrado, anti-escolar,
seriam mal-educados e indisciplinados. Essa idéia em geral vem acompanhada de um
forte julgamento moral das famílias pobres - especialmente das mães - que seriam
"famílias desestruturadas", incapazes de educar seus filhos adequadamente.
(Observatório da infância; Editor Dr. Lauro Monteiro, médico pediatra)
Pensamos que o conceito de indisciplina escolar seja muito mais complexo que
aquele compreendido no senso comum – apenas comportamental –, e por isso
argumentamos sobre a necessidade em clarificarmos e diferenciarmos sua definição do
conceito de violência. De acordo com Parrat-Dayan (2008, p. 24) “além de superar a
idéia
de indisciplina exclusivamente como problema de conduta, é importante diferenciar os
atos de indisciplina e os atos de violência”.
É preciso distinguir a indisciplina escolar de outras formas de violência que por
vezes afetam a vida das escolas, provocadas muitas vezes por indivíduos que lhes são
alheios. Se a indisciplina escolar pode tocar as fronteiras da delinquência, ela raras vezes
é delinquência, pois não viola a ordem legal da sociedade, mas apenas a ordem
estabelecida na escola em função das necessidades de uma aprendizagem organizada
coletivamente. (ESTRELA, 2002, p. 14).
CONCEPÇÕES DE ESCOLA
Questionados sobre o que havia de pior na escola, a maioria disse ser a
indisciplina, também referida como a bagunça. A segunda resposta mais recorrente
referia-se às condições precárias da escola tais como a falta de materiais didáticos e falta
de higiene.
Os discursos parecem conter a tônica fundante na culpa da indisciplina, sendo a
responsabilidade pela sua ocorrência atribuída de forma polarizada, com variações
quanto aos culpados, podendo ser o aluno, o professor ou o diretor.
A indisciplina está associada à quebra de normas, que são essencialmente
reguladoras de atitudes. Possuem um teor moral, enquanto as normas regem a linguagem
e o movimento dos corpos.
A maioria não percebe a existência de violência na escola, deixando transparecer
que esta evidência se associa, basicamente, a danos físicos, o que é possível depreender
de trechos, como: tem violência sim, tem uns alunos que só de você olhar, já querem
brigar, bater. Eles ameaçam que vão te pegar na rua e (...) já teve briga aqui sim.
Hoje as coisas são bem mais difíceis. Antes a maioria tinha interesse. Hoje não,
só 10% quer saber de alguma coisa. Se os pais participassem mais da vida dos filhos, eu
acho que eles teriam mais motivação e iriam saber que o pai está ciente de tudo o que ele
faz e o que ele não faz.
Eu acho que a família é o lugar onde se deve aprender os valores. (...) Hoje,
querem transferir para a escola uma função que não é dela. A função da escola é
preparar o aluno pra profissão.
Falam que a Educação na minha época era pelo medo, decoreba. Mas que eu
saiba ninguém ficou traumatizado. Só sei que a escola era um lugar de ordem, respeito,
isso sim tinha. Muitos alunos já chegam aqui com certos vícios, frutos da convivência
familiar.
Acham que o que você está falando é bobagem. A gente tenta passar tanto valores
como matéria, mas eles não querem.
Da mesma forma que os professores atribuem a si mesmos funções que
extrapolam conteúdos científicos, as funções da escola parecem evocar imagens de uma
entidade onipotente, o que acaba por resultar num misto de contradição e frustração, já os
resultados estão aquém dos esperados.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Como já foi assinalado, a realização desta pesquisa objetivou uma reflexão
sobre o fenômeno da violência e da indisciplina ocorridas em instituições escolares
formais e o tratamento dispensado para resolução destas questões específicas e outras a
elas relacionadas, no interior das mesmas instituições.
Cabe ainda sublinharmos que, no nosso ver, a escola, com todas as críticas
pertinentes que a ela se possa fazer, constitui-se como espaço de produção, e como tal,
pode vir a ser espaço de reflexão e fazer crítico.
Quadro 01 (Depoimentos de Professores, funcionários e alunos)
Concepção da violência escolar
O que é violência em sua opinião?
É toda manifestação de falta de respeito para com o próximo. Mas a primeira violência
ocorre contra si mesmo, quando se vê à margem da boa convivência social.
Uma forma de coerção quando a situação ultrapassa o limite das outras. Um meio para
atingir um determinado fim.
É todo ato de agressão física ou verbal.
Atos que retratam certa forma de agressão sejam física ou verbal.
Ato de agressão.
A violência é manifestada através de várias formas, tanto agressões físicas, verbais e
psicológicas.
Agredir o outro com palavras, gestos e ações.
Quando uma pessoa agride outras, podendo ser: verbal, agressão física e etc.
Falta de amor com o próximo.
Quadro 02 (Depoimentos de professores, alunos e funcionários)
Manifestação da violência escolar
De que forma ela se manifesta na sua escola?
Na verdade ela é reproduzida na escola, entre todos que compõem a comunidade
escolar.
De diversas maneiras. Agressão física, verbal e psicológica.
Por meio de brigas, agressões, ameaças, etc.
A violência na escola se manifesta tanto física como verbal.
Falta de respeito para com os educadores e colegas de turma, xingamentos, enfim todo
tipo de agressão verbal e física.
Através de apelido, xingamentos, ameaças tanto por parte dos alunos e pelos próprios
pais, que na maioria das vezes incentivam a violência.
Fofocas, apelidos, agressões físicas e etc.
Através de apelidos ou empurrões, isso que está tornando o começo da violência na
escola.
Através da falta de união e de respeito um com os outros.
ANEXOS
- 01) VOCÊ JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR?
- 02) VOCÊ ACHA QUE A ESCOLA OFERECE SUPORTE PARA LIDAR COM A
VIOLÊNCIA?
78,00%
22,00%
SimNão
92,00%
8,00%
SimNão
- 03) ESPAÇOS ONDE OCORREM AS AÇÕES DE VIOLÊNCIA.
.
-04) EPISÓDIOS QUE GERAM VIOLÊNCIA NA ESCOLA
10,00%
16,00%
22,00%
52,00%
sala de aulacorredoresrefeitórioPátio
51,00%
4,00%
45,00%Agressão verbal Agressão física Ameaças
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desse trabalho, foi abordada a violência na história, sendo ela uma constante na
bibliografia da humanidade; discutiram-se os complexos conceitos de violência; foram
feitas distinções conceituais de violências no âmbito escolar; e por fim, culminou - se em
uma pesquisa de campo, que corroborou alguns dados, manchetes e as constantes
noticiais sobre o fenômeno da violência escolar, que angustiam pais, educadores e a
sociedade como todo.
Dessa forma, este estudo apresenta alguns dados sobre violência escolar, mesmo
porque o quadro já é notório e infelizmente bastante noticiado, e claro não precisa de
outros dados para reforçá-lo. Contudo, a partir das análises e discussões realizadas pode-
se concluir que a violência escolar é uma realidade que não deve ser mais negligenciada,
é de suma importância que as autoridades públicas, educadores, família e sociedade
como todo estejam unidos para enfrentar às situações de violência inserida na escola,
que deixou de ser um espaço seguro de socialização e trocas, para se tornar “palco” de
inúmeras cenas de violências.
Os fatos que levaram a produção deste trabalho, inicialmente, eram entendidos
como a pura expressão da violência, não é negar que a violência escolar exista, ela
existe, mas é configurá-la de forma correta, de maneira a não estigmatizar a escola.
Entendendo que as ações ocorridas na escola em questão, estão explicitamente atreladas
a incivilidades e indisciplinas – ramificações da violência escolar – do que a violência
propriamente dita. A violência contradiz as leis, usa a força ou ameaça usá-la, a
indisciplina não contradiz a lei, mas sim ao regulamento interno da instituição e a
incivilidade não contradiz nem a lei e nem ao regimento da instituição, mas as regras da
boa convivência. (CHARLOT, 2002).
Desse modo, vale ressaltar que não se pode fechar os olhos e nem mesmo negar o
fenômeno da violência escolar, mas é de suma importância que seus agentes tenham
conhecimento das diversas formas e características dessas violências de modo a
combatê-la de maneira adequada. A educação sempre dependerá da articulação de duas
instituições fundamentais: a escola e a família. Toda via, é preciso que essas instituições
despertem o quanto antes para o enfrentamento dessas violências diárias na escola,
violências essas, que impossibilitam a prática pedagógica e conseqüentemente
oportuniza o déficit no processo de ensino aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
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