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Escola de Música Compasso Musical Curso de Teoria Musical Módulo I
São Paulo 2009
Fernando Magarian de Freitas
A Música Clássica
Escola de Música Compasso Musical Curso de Teoria Musical Módulo I
São Paulo 2009
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 1
A história da Música Clássica ........................................................................................................ 2
A origem da Música e o nascimento da Música Profana .......................................................... 2
A Polifonia ou Música Polifônica ............................................................................................... 3
O Cânone ............................................................................................................................... 4
Principais compositores: ....................................................................................................... 6
Renascimento ............................................................................................................................ 7
Principais compositores ........................................................................................................ 8
Período Barroco ........................................................................................................................ 9
Escala musical ........................................................................................................................ 9
O Baixo Contínuo ................................................................................................................. 12
Contraponto ........................................................................................................................ 12
Harmonia Tonal ................................................................................................................... 13
Características particulares do estilo .................................................................................. 14
Compositores ...................................................................................................................... 14
Classicismo .............................................................................................................................. 16
Grandes compositores do período clássico ........................................................................ 17
Romantismo ............................................................................................................................ 20
Principais compositores românticos ................................................................................... 20
Modernismo e Vanguardismo ................................................................................................. 25
Compositores .............................................................................................................................. 25
Ludwig Van Beethoven ............................................................................................................ 25
Testamento de Heilingenstadt ............................................................................................ 29
Para a amada imortal .......................................................................................................... 33
Obra ..................................................................................................................................... 36
Wolfgang Amadeus Mozart..................................................................................................... 37
Obra ..................................................................................................................................... 42
Danças ................................................................................................................................. 45
Óperas ................................................................................................................................. 46
Árias de Concerto ................................................................................................................ 46
Canções ............................................................................................................................... 47
Curiosidades: ....................................................................................................................... 48
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A Música Clássica ou Erudita
Introdução
O que hoje se entende por “Música Clássica” não é bem um gênero musical, nem ao menos
tem um nome. Tanto é verdade que se autodenomina “Clássica” ou “Erudita”, palavras que,
definidas pelo dicionário apresentam os seguintes significados:
Clássico adj. 1- Relativo arte, à literatura ou à cultura [...] 3- Da melhor qualidade,
exemplar.
Erudito adj. Que ou aquele que tem erudição.
Erudição Sf. Instrução vasta e variada.
Vemos claramente que ambos os termos utilizados para intitular tal música são referentes à
um material culto, bem estudado, o que é a essência da Música Clássica, o que a difere dos
outros gêneros musicais. Sugere-se também que serão características desta música que a
atração estética esteja principalmente na clareza, no equilíbrio, na austeridade e na
objetividade da estrutura formal, no lugar da subjetividade e do emocionalismo exagerado.
Acontece que, desta forma, a Música Clássica seria a antítese da Música Romântica tocada
entre os séculos XVII e XIX, a mesma música que pôde ser apreciada neste mesmo período nas
obras de Beethoven e Schubert, grandes nomes conhecidos mundialmente pela Música
Clássica.
Diz-se também deste tipo de música que é a música “séria”, oposta aos outros gêneros
musicais (em especial à música popular). Partindo disto percebemos certa arrogância e a idéia
de que este gênero musical seja superior aos outros, sendo o único gênero “sério”, o que
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absolutamente não é verdade. Existem músicas sérias ou não dentro de um mesmo gênero, e
muitas vezes semelhantes.
Podemos concluir até então que não se pode definir “Música Clássica”, por isso sugiro que o
modo menos polêmico de se dirigir a esta é como o gênero musical de grande apreço entre os
anos de 1750 e 1830, tendo como referência Haydn, Mozart e Beethoven. Deste modo
podemos entender por Música Clássica apenas um gênero musical como qualquer outro que
teve seu ápice nesta época, denominada “Período Clássico”. Porém é importante ressaltar que
este é um tipo de música que existe desde o século IX até hoje.
A história da Música Clássica
A origem da Música e o nascimento da Música Profana
Não se sabe ao certo de onde veio a música, mas sabemos que passou a ser um item
importante e presente na vida das pessoas no começo da Idade Média( Final do Séc. X e Séc.
XI).
Nesta época, a música era bem diferente do que conhecemos hoje. A música era apenas
conhecida pelo canto Gregoriano ( atribuído ao Papa Gregório I), e era apenas vocal. Não se
compunha nem se criava “música”, a música cantada eram os cantos já existente através dos
livros Bíblicos, sempre os mesmos, sempre Latim.
Por algum tempo foi assim, até que, com o nascimento das línguas vernáculas e até mesmo a
necessidade de variar dentro da própria igreja, o campo musical tornou-se mais amplo,
incentivando a criação de novas músicas. Não alterar a música, apenas criar outras paralelas
ao canto Gregoriano. E o primeiro passo para variar a música foi a utilização dos instrumentos
que passaram acompanhar a voz humana. A partir disso, os clérigos começaram a criar letras
novas, as seqüências de sons, para conseguirem recordar a melodia.
Seria inevitável o que se seguiu: se era possível criar músicas novas para a igreja, por que não
outras músicas que não cantos Bíblicos? A própria população passou a compor novas letras, e
juntamente a criar melodias entre letra e instrumento, nascendo então uma nova imagem: o
músico, compositor também da letra, até então algo inédito. Apesar de ser uma novidade na
época, os gregos já haviam idealizado o compositor há muito tempo atrás, mas este havia sido
perdido.
Mas a Música Profana “nasceu” de fato algum tempo depois, quando esta nova forma de criar
tornou-se popular dentro da Igreja, com o aparecimento de três grupos de intérpretes que
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apareceram simultaneamente assumindo o caráter profano da música. Primeiro, os chamados
Goliards, jovens clérigos que viviam dependentes das cortes, saídos de dentro do alto clero(de
seminários, famílias nobres, etc.) e eram crentes em Deus, mas assumiam um caráter musical
independente. Também os Jograis ajudaram a levar a Música Profana adiante. Eles eram
músicos vocais e instrumentais de origem popular(vilões) que tocavam pelas vilas e
compunham suas próprias poesias, utilizavam-se de um estilo mais épico, romanesco ou
dramático. Haviam ainda os Trovadores, compositores e cantores de composições próprias,
nobres e originários do Sul da França, cuja linguagem era sempre vernácula de sua terra.
Os Frades, velhos Clérigos que saíam da Igreja e passavam a viver em conventos e explorando
seus conhecimentos musicais e literários compondo canções, basicamente dedicadas à
comida, ao vinho e ao amor, além de fazerem nas canções brincadeiras sobre o Clero e a vida
na igreja, eram conseqüência dos Goliards. Foram extremamente importantes no progresso da
música, podemos dizer que possibilitaram á população um contato aprofundado da música,
senão inédito, não se sabe ao certo dado que supõe-se que os Jograis já agissem um século
antes. Caso isso realmente tenha acontecido, este foi absolutamente fundamental para a
música. Eram associados à figura pagã, já que eram de origem nas vilas. Foram caracterizados
por sua habilidade musical e seu domínio verbal. Independentemente de serem antes ou
depois dos Goliards, o seu objetivo era exatamente o mesmo: tornar a música uma arte
independente da igreja, acessível à todos. O que torna esta classe de músicos tão importantes
é que, por serem vilões, eles possuíam um raio de “trabalho” muito grande, portanto
divulgavam seu trabalho de uma forma muito mais ampla.
Arrisco-me a dizer que os trovadores foram a figura menos importantes para o
desenvolvimento da musica. Na realidade, os trovadores eram cavaleiros com formação
humanística e musical, que se dedicavam em parte à poesia cantada, que tratava ddos
romances e amores épicos dos próprios cavaleiros. Mas o que os torna menos importantes
que os outros dois é que estes tinham como público as cortes medievais, de modo que a
música ainda era restrita à nobreza. Do século XI ao século XIII, onde a cavalaria teve seu
declínio, temos referências de mais de 460 trovadores dos países do Sul da Europa, mais os do
Norte, conhecidos como “minnesanger”. Outra diferença entre os Trovadores e os Goliards e
jograis é que os Trovadores, em geral, levavam a música muito a sério, uma vez que nela
tratavam de suas histórias e atos de amor e heroísmo, enquanto os outros dois, salvo
exceções, geralmente viam a música como entretenimento e diversão.
A Polifonia ou Música Polifônica
O período da Música Polifônica foi um período muito importante para a transição da Música
Profana para o período do Renascimento. A palavra “Polifonia “ significa várias melodias
dispostas harmônica e simultaneamente. O fato mais importante deste período foi justamente
a “descoberta” desta técnica. Digo descoberta porque de certa forma a polifonia já estava
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presente na música anteriormente a este período, porém aparecia na forma de uma bi -
tonalidade não intencionada pelo músico. A partir deste período, a tonalidade na qual as notas
se organizam hierarquicamente na escala é definida, criando homogeneidade entre ritmo e
melodia, entre voz e instrumento.
Neste período nasce o Cânone, procedimento característico da Música Polifônica. O Cânone é
uma técnica muito importante para a música polifônica, veremos:
O Cânone
O Cânone é uma técnica complexa, onde, basicamente, uma primeira voz construirá uma
linha melódica e todas as outras a seguirão, entrando uma de cada vez, retomando o que
última acaba de interromper, enquanto a primeira segue a melodia. Primeiro foi utilizado para
descrever o relacionamento das vozes, e só a partir do século XVI passou a ser utilizado para
descrever a forma musical. Vejamos um exemplo simples de Cânone:
A primeira linha representa a voz que constrói a melodia. As outras linhas representam as
vozes que vão seguir as primeiras. Repare que a primeira voz canta a melodia toda, a segunda
repete a primeira, dois compassos depois, a terceira voz repete a melodia dois compassos
depois da segunda e assim sucessivamente.
Tipos de Cânones
Cânone direto: O conseqüente imita o antecedente absolutamente igual, independente do
tempo de intervalo (por oitavas, por quintas, etc.).
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Cânone simples: O Conseqüente imita o antecedente exatamente à oitavas ou em uníssono (
vide Frére Jacqes)
Cânone por intervalo: O conseqüente imita o antecedente à qualquer intervalo que não à
oitava ou em uníssono. Se o conseqüente imita a qualidade absolutamente igual, é chamado
cânone exato, se imita o intervalo mas não a qualidade, é um cânone diatônico.
Cânone invertido: o conseqüente “anda” em direção oposta ao antecedente.
Cânone retrógrado: o conseqüente imita o antecedente de trás para frente. Obs. Se um
cânone é invertido e retrógrado ao mesmo tempo, é chamado cânone de mesa. Em um
cânone de mesa dois músicos podem ficar um de frente para o outro lendo a mesma partitura.
Cânone mensurado ou de tempo: o conseqüente imita o antecedente se acordo com uma
proporção rítmica. Deste modo, o conseqüente pode dobrar os valores rítmicos do
antecedente (cânone por aumentação) ou cortar pela metade (cânone por diminuição). Obs.
Os Cânones retrógrados e mensurados são os únicos em que o conseqüente pode entrar antes
do antecedente.
Tal como no período anterior, no período Polifônico a Música Profana e a Música religiosa
evoluem paralelamente, ambas desenvolvendo o instrumento. Ao longo deste período,
surgem novas formas na Música Profana e instrumental, menos importantes, que influenciarão
na própria música cultual. Tais formas, assim como todas as descobertas ocorrentes neste
período, não seriam possível sem a “descoberta” e desenvolvimento da tonalidade. É
realmente uma maravilha musical que não se encontrava, nem comparável, em outras culturas
que não a ocidental.
O protagonista na transição para o Renascimento foi também a Polifonia, considerado que
todos os nomes que dominaram o séc. XVI e começo do séc. XVII, dentro e fora da Música
Profana, eram músicos polifônicos. Tais como:
Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594);
Orlandus Lasus (1532-1594);
Tomás Luis de Victoria (1545-1644)
Foram eles que fizeram a transição entre Polifonia e Renascimento, representando a
Música Polifônica original e sua inclusão no Renascimento ao mesmo tempo.
No campo Profano (onde não se inclui Victoria, que dedicou sua carreira musical à Igreja),
a polifonia se manifesta fundamentalmente com o Madrigal, o que facilitou a transição
entre Polifonia e Renascimento, dado que o Madrigal é um tipo de música apto a ambos
os períodos.
No fim deste período, o Madrigal havia se estendido por toda a Europa, enquanto que
cada região possuía também sua própria música característica. Na Itália se destacou o
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Frottla, o Ricercari. A Canzona, os Rispeti e alguns outros. Ao mesmo tempo, na Espanha,
tivemos o Villancico, um estilo amplo que não se limitou a variedade.
Mas o Madrigal ainda foi o estilo mais popular e importante, de modo que convém que
saibamos um pouco mais sobre este.
O Madrigal
O Madrigal foi um gênero musical fundamentalmente profano, apesar de ocorrer, em
baixíssima escala, dentro da Igreja. Existiu entre os séculos XIII e XVI. É um termo amplo,
que pode se referir desde a poesia e música italiana do século XIV até partituras sobre
versos seculares, nos séculos XVI ou XVII.
É um gênero musical muito importante e apreciado na época, por ter oferecido uma
flexibilidade que até então nenhum tipo de música havia ainda conseguido, através de sua
variedade de textos e de melodia, estimulando a criatividade de construção dos
compositores. Por este mesmo motivo foi o gênero mais popular do período Polifônico.
O Madrigal foi também, juntamente com outros gêneros que utilizavam o canto, o
gênero que deu origem à Ópera. Teve origem no final do século XIII na Itália, com Giovanni
de Caccia e Jacopo da Bologna, e se espalhou pela Europa no século XVI, sendo referência
para quase todas as criações musicais da época. No século XVII foi substituído pela
Cantata, em sua caminhada com destino à Ópera.
Principais compositores:
Orlando di lasso;
Andrea Gabrieli ;
Giovanni Gabrieli;
Luca Marenzio;
Carlo Gesualdo;
Cláudio Monteverdi;
Giuseppe Zarlino;
Adrian Wlaert;
Gesualdo da Vnosa;
Clement Jannequin;
Mateo Flecha;
Juan Del Enzina;
Juan Brudieu;
Francisco Gerrero;
Willian Byrd;
John Dowland;
Thomas Weelkes;
Orlando Gibbons;
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Renascimento
Como já foi citado, o período polifônico foi um período muito semelhante ao do
Renascimento, foi algo como um período de transição. Por este motivo,e pelo fato de
que na época destes períodos não houveram pensamentos radicais sobre o conceito de
música, não se tem uma data certa que demarque o nascimento do período
Renascentista, de modo que alguns músicos e estudiosos da musicologia datam o
nascimento deste período desde 1300 até 1470. Vejamos um quadro que representa a
lenta transição Polifonia – Renascimento por parte dos principais compositores:
Nota: Algumas datas possuem apenas valor aproximado.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_renascentista)
Vamos tentar entender agora o período do Renascimento. No período do Renascimento, a
relação mais importante com o período Polifônico é que no período Renascentista a polifonia
deixa de ser considerada um “estilo” de tocar a música profana, e passa a ser considerada por
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alguns uma técnica, como é vista hoje, e por outros como um Gênero musical, ou seja, estes
músicos compunham suas canções baseadas absolutamente na polifonia.
O “estilo” mais importante neste período é ainda o Madrigal, mas com o renascimento, passa
a representar uma alteração importante, que é o que se chama de “melodia acompanhada”,
que consiste em valorizar muito mais o “humanismo” na música do que os instrumentos.
Desta forma, independentemente da evolução dos instrumentos, se prestará muito mais
atenção à organização harmônica das vozes.
Esta “reforma” abrange igualmente as músicas profana e Religiosa. Existe a convicção de que
neste período já não havia nenhuma ligação entre as duas, mas ao mesmo tempo em que,
pelo lado da Música Profana, a melodia acompanhada levava à Ópera, pelo lado da Música
Católica se destacou o monge Agostiniano alemão Martin Luther, que tocava alaúde e era
conhecido na sua juventude como “O filósofo”, que aceitava o Latim e incentivava, com grande
sucesso, o desenvolvimento da música dentro da Igreja.
Na prática, grande número dos compositores importantes da época se dedicaram a formar
um repertório de músicas religiosas de mais qualidade. O movimento nasceu na Alemanha e se
espalhou pela Europa, principalmente França, através dos Huguenotes (protestantes
franceses).
Basicamente, este período foi importante por ter nascido nele a melodia acompanhada e a
caracterização pelo uso da voz, instrumentos e possíveis combinações. E apesar das
transformações deste período terem sido muito mais “leve” lento que os outros, houveram
muito mais compositores importantes durante este período. Veremos apenas uma pequena
parte.
Principais compositores
Da Escola de Borgonha
en:Johannes Tapissier (c. 1370 – antes 1410) Também conhecido como Jean de
Noyers
en:Nicolas Grenon (c. 1375 – 1456)
John Dunstaple (c. 1380 – 1453) Natural de Inglaterra
Pierre Fontaine (c. 1380 – c. 1450)
en:Guillaume Legrant (fl. 1405 – 1449) Também conhecido como Lemarcherier
en:Jacobus Vide (fl. 1405 – 1433)
Guillaume Dufay (? 1397 – 1474)
Gilles Binchois (c. 1400 – 1460)
en:Johannes Brassart (c. 1400 – 1455)
en:Johannes Legrant (fl.c. 1420 – 1440)
en:Reginaldus Libert (fl.c. 1425 – 1435)
en:Arnold de Lantins (fl.c. 1430)
en:Hugo de Lantins (fl.c. 1430)
en:Gilles Joye (c. 1424/5 – 1483)
en:Guillaume Le Rouge (fl. 1450 – 1465)
en:Antoine Busnois (c. 1430 – 1492)
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en:Robert Morton (c. 1430 – depois 1475)
en:Adrien Basin (fl. 1457 – 1476)
en:Hayne van Ghizeghem (c. 1445 – c. 1480)
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_renascentista)
Período Barroco
O Período Barroco é, provavelmente, o período mais importante da Música Clássica. Foi um
dos períodos maios extensos, revolucionários e influentes já existentes. Este período começa
pelo nascimento da Ópera, por Cláudio Monteverdi (vide gráfico em 2.3 Renascimento), no
século XVII e vai até a morte de um dos mais importantes compositores da Música Clássica,
Johann Sebastian Bach.
O nascimento deste tipo de música, como poucos sabem, veio da vontade dos músicos
renascentistas de recriarem a música antiga (na época) não-ocidental. Eles queriam entender
melhor as antigas músicas gregas, que despertavam profunda curiosidade e que sempre foi
base de especulações para esses músicos. Mais ou menos pelo ano de 1600 e 1650, um grupo
de nobres, músicos e poetas passaram a se encontrar na casa de um deles com o propósito de
discutir as artes, em especial a antiga música grega. Este grupo se expandiu, ficou conhecido e
acabou por se tornar um estilo musical. Segundo este estilo, o discurso era o elemento mais
importante da música (fator que se perdeu entre os músicos em pouco tempo, dado que enste
período os instrumentos se desenvolveriam bastante), e todos os outros elementos da música
deveriam descrever o afeto transposto pelo discurso. Este estilo foi chamado seconda pratica.
Dentre as muitas explicações para o motivo do termo “Barroco”, está o que justifica este nome
pelo fato de se assemelhar às outras artes denominadas barrocas, como as artes plásticas e a
arquitetura. Acontece que a Música Barroca é uma música extremamente ornamentada, tal
como as outras artes citadas também o são. Características da Música Barroca que mostram
isso é o contraste causado pela alternância de vozes e instrumentos, o uso de vozes solistas, de
vozes de coro, a organização dos instrumentos por famílias, suas combinações, entre outras.
É um Período tão amplo que não me arrisco a citar suas “Principais características”, pois são
muitas características importantes, mas dentre elas estão o Baixo contínuo, o Contraponto e a
Harmonia Tonal. São características em oposição aos antigos modos Gregorianos. Vamos
entender estas técnicas.
Antes de entrarmos nestas técnicas, precisamos ter um conhecimento concreto do que é
escala musical. Vejamos.
Escala musical
Uma escala musical é uma seqüência de notas dentro de uma oitava (a oitava é a sequencia
das 7 notas musicais: DO - RE – MI – FA – SOL – LA – SI – DO). Temos duas escalas: Escala Maior
e Escala Menor. Veremos primeiro a Escala maior.
Escala Maior
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Esta escala é construída a partir da seguinte fórmula:
T T s T T T s
Cada “T” representa um tom, e cada “s” um semitom. Observe a escala maior de DÓ
(costuma-se nomear antes pelo nome da nota, neste caso, é a escala DÓ Maior)
Observe que a escala começa pela nota Dó, subindo um tom chegamos ao Ré, outro tom nos
leva ao Mi, agora apenas meio tom nos leva ao Fá, um tom nos leva ao Sol, outro tom nos leva
ao Lá, o último tom inteiro nos leva ao Si, antes de meio tom nos devolver ao Dó.
Escalas Menores
Diferente da Escala Maior, na Escala Menor existem três variações de escala:
Escala Menor Natural:
É construída a partir da fórmula abaixo:
T s T T s T T
Observe a construção da escala de Lá menor Natural:
Do mesmo modo como na Escala Maior, na escala Menor Natural, a partir dos “T”´s e “s”´s, a
escala é construída a partir do Lá até voltar ao Lá. (Observe que nesta escala não existem
elementos enarmônicos).
Agora vamos construir a Escala de Dó menor natural:
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Nesta escala nós encontramos três notas bemóis.
Escala Menor Harmônica
Para convertermos uma escala menor Natural em uma Escala Menor Harmônica, precisamos
elevar a sétima nota em um semitom. Veja como fica a escala de Dó menor Harmônica:
Apenas elevamos a sétima nota (Si bemol) em meio tom (originando um Si).
Escala Menor Melódica
Para convertermos um escala Menor natural em uma escala menor melódica, precisamos
elevar a sexta e a sétima nota em um semitom. Observe a escala de Dó menor Harmônica:
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Apenas eleve Lá bemol e Si bemol em meio tom, originando um Lá e um Si.
Obs. Na maioria das vezes esta escala é usada apenas na direção ascendente, quando na
descendente, os compositores preferem a menor natural.
O Baixo Contínuo
O baixo contínuo é uma técnica em que o baixo da música (seja ele instrumental ou vocal)
compõe e mantém a “base” da música continuamente, com pequenas alterações apenas.
Além da Música Clássica, é visto hoje também no Jazz.
Veja um exemplo de Baixo Contínuo por Johann Sebastian Bach:
Observe que o baixo permanece mantendo a base enquanto o Alto faz a harmonia.
Contraponto
O contraponto é uma técnica de composição onde duas ou mais vozes intercalam uma
mesma melodia, podendo alterar (ou não) a nota ou o tom. As vozes entram sempre em
seqüência. É uma técnica criada no século IX e que teve seu “apogeu” no século XVIII, com
Bach. Observe:
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Este é um exemplo simples de contraponto. Repare que a Voz “B” começa com a melodia,
logo a voz “A” entra também, e a partir daí a Voz A realiza alguns intervalos em que a voz B se
destacará ambas farão a melodia juntas.
Durante toda a melodia, a voz B tem um papel muito semelhante e fundamental, enquanto
que a voz A é mais solista neste caso.
Harmonia Tonal
A Harmonia Tonal é uma questão muito complexa, de forma que tentarei passar aqui o básico.
Foi criada por volta do século XVI, quando nasceram na música ocidental, a tríades e os
acordes.
O ponto de partida será sempre uma tríade; é composta geralmente por 4 vozes, e necessita
dobramentos, observe:
Esta é uma harmonia tonal de Dó maior. São trabalhadas 4 vozes, mas para se trabalhar com
esse número de vozes, é necessário dobrar uma das notas da tríade, preferencialmente a nota
fundamental. Se não for possível, dobre a quinta, em último caso, dobre a terceira.
Podemos classificar os acordes da seguinte maneira:
Posição estreita: não comporta nenhuma nota do acorde entre suas vozes (excessão
entre baixo e tenor)
Posição larga: comporta notas do acorde entre suas vozes
Posição mista: um meio termo entre as duas anteriores.
Veja:
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Como foi dito, é algo muito amplo para se explicar aqui. Estes são os elementos básicos
desta harmonia. A realização da mesma necessita conhecimento aprofundado sobre ela.
Durante o período Barroco, a questão tonal se desenvolveu, passando a ser muito mais
utilizada. Enquanto nos períodos anteriores as músicas eram compostas inteiras com base em
um só modo, tornando a música homogênea, neste período passa-se a usar modulações
dentro de uma mesma peça musical. Neste período, os compositores usaram deste recurso ao
máximo, assim como todos os seus recursos, de modo nunca usado antes nem depois deste
período para expor suas idéias. Também fizeram mudanças indispensáveis na notação musical,
desenvolveram novas técnicas instrumentais, e ainda novos instrumentos. Nesta época, mais
do que em todas as outras, observou-se e observa-se até hoje que estes compositores
estavam “á frente de sua época”. Houveram criações musicais e instrumentais atuais até hoje.
Além de terem criado novas formas musicais, algumas consideradas por estudiosos méis
importantes do que as formas atuais, tal como a Ópera.
Um fato importantíssimo deste período foi que agora a voz não era mais considerada como
ponto fundamental, tornando o instrumento secundário. Neste período, voz e instrumento
andaram juntos, os instrumentos se desenvolveram como nunca, aparecendo pela primeira
vez músicas essencialmente instrumental, como o concerto.
Nasceu também neste período o virtuosismo, técnica que espera extrair o máximo do
instrumento, os maiores músicos virtuoses do órgão foram Bach e Dietrich Buxtehude. No
violino foram Antonio Vivaldi e Arcangelo Corelli, serão estudados em breve.
Características particulares do estilo
Grande desenvolvimento da polifonia e do contraponto;
Acordes organizados por ordem hierárquica em suas progressões tonais;
Harmonia acompanhada e definida pelo baixo contínuo, o que passou a exigir mais
virtude do intérprete para não sair da harmonia tonal característica (lembrando que o
baixo contínuo geralmente não era escrito, era improvisado pelo intérprete);
Compositores
Giovanni Pierluigi da Palestrina William Byrd
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Claudio Monteverdi Heinrich Schütz Jean-Baptiste Lully Dieterich Buxtehude Marc-Antoine Charpentier Heinrich Ignaz Franz von Biber Johann Pachelbel Arcangelo Corelli Henry Purcell Alessandro Scarlatti François Couperin Tomaso Albinoni Antonio Vivaldi Georg Philipp Telemann Jean Philippe Rameau Johann Sebastian Bach Domenico Scarlatti Georg Friedrich Händel Giovanni Battista Sammartini Giovanni Battista Pergolesi
( Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_barroca)
Observe a tabela de compitores do período Barroco:
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Classicismo
O Classicismo, ou período clássico, foi o período da Música Clássica ocorrente entre a segunda
metade do século XVIII e início do século XIX. É um período de grandes compositores, e no
qual se destacaram três gigantes: Franz Joseph Haydn, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig
van Beethoven. Este último fez também a introdução do romantismo no final do Período
Clássico.
Na Europa, o começo do Classicismo, ou seja, a segunda parte do século XVIII coincidiu com o
final do iluminismo, movimento racional que mobilizou toda a Europa durante o século XVII.
Este movimento era um movimento humanitário, protestante, que questionava o poder
absoluto da Igreja Católica. A igreja católica, que pregava Deus como ordem maior, alegava ser
o Rei o representante de Deus na terra e que a nobreza tinha privilégios porque Deus queria
assim, acabou perdendo força e poder para classe burguesa protestante.
Este movimento nasceu na Inglaterra, com um pensador iluminista chamado John Locke, e
ganhou muita força na França, tendo como atos principais da Revolução Francesa a tomada
das bastilhas, a captura do Rei Luís XVI e sua mulher Maria Antonieta e decapitá-los em praça
pública através de uma guilhotina.
O iluminismo acabou por influenciar os compositores classicistas. Os filósofos da época, vendo
toda aquela reviravolta, acabavam realizando suas obras centrados em que a razão era o
melhor guia da conduta humana.
Ao mesmo tempo, nascia o período Clássico. Este período teve como características a
objetividade (controle, brilho, requintes), a claridade, a periodicidade e o equilíbrio. Era uma
música de Gala. Tanto é verdade que os grandes concertos deste períodos eram exclusivo do
Rei e da Nobreza.
É curioso o fato de que este período alterou-se completamente desde o período Barroco. A
música Barroca, de tanto destaque, acabou por não ser seguida pelos músicos Classicistas. Na
verdade, no início do período, a música transpassou do estilo ornado barroco para uma música
popular e simples. Para os compositores classicistas, os pontos mais importantes eram a
claridade e a acessibilidade. É, sem dúvida, um período muito simples. Diz-se que a música
Classicista, de tamanha simplicidade, foi uma reação a polifonia densa e em extrema
quantidade, as técnicas avançadas utilizadas na construção das músicas barrocas (tais como o
baixo contínuo, o contraponto, a harmonia tonal). A simplicidade e claridade, uma elaboração
sistemática de idéias, preocupação maior com o equilíbrio entre estrutura e expressão formam
a base do estilo clássico.
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Os grandes compositores do período, em especial Beethoven, Mozart e Haydn, foram
extremamente significativos para as Sinfonias, as Sonatas para piano, a música de câmara e até
a música para a igreja. Todos eles utilizaram a Forma – Sonata, q constitui o centro do
classicismo. A estrutura de sonata Clássica foi a forma predominante no início do classicismo.
Na ópera, Haydn e Mozart escreveram obras bem recebidas pela audiência, mas apenas
Mozart hoje é considerado parte do repertório lírico deste tipo de obra.
Mozart e Haydn seriam facilmente considerados músicos do período clássico, dado que a
vida de ambos encaixava no período, suas obras eram totalmente voltadas para o classicismo e
eles seguiam o estilo clássico perfeitamente. Além disso, seus estilos depois se converteram,
apesar de em um estilo pessoal, contendo todos os traços característicos de um compositor
clássico.
No caso de Beethoven a situação é diferente, já que este foi um compositor dos períodos
clássico e romântico. As suas primeiras obras ainda se encaixam perfeitamente no classicismo.
Porém, as últimas obras, contendo drama, tensão, exploração harmônica estrutural, se
encaixam melhor no período século XIX. Beethoven, não é possível definir o estilo. Foi um
compositor Clássico e, em outro período, Romântico.
Este período possuiu uma quantidade enorme de compositores importantes, segue a lista e a
tabela com a linha do tempo classicista.
Grandes compositores do período clássico
Andrea Luchesi Antonio Salieri Antonio Soler Carl Maria von Weber Carl Philipp Emanuel Bach Carl Stamitz Carlo Antonio Campioni Christoph Willibald Gluck Domenico Cimarosa Fernando Sor François-André Danican Philidor Franz Danzi Franz Joseph Haydn Franz Schubert Georg Christoph Wagenseil Giovanni Battista Sammartini Giovanni Paisiello Giuseppe Bonno Christoph Willibald von Gluck Johann Christian Bach Johann Christoph Altnickol Johann Christoph Friedrich Bach
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Johann Ladislaus Dussek Johann Nepomuk Hummel Johann Schobert John Field Josef Myslivecek Joseph Haydn Joseph Martin Kraus Karl Ditters von Dittersdorf (1739 - 1799) Karl Friedrich Abel Leopold Mozart Ludwig van Beethoven Luigi Boccherini Luigi Cherubini Michael Haydn Wolfgang Amadeus Mozart Muzio Clementi Pe. José Maurício Nunes Garcia Pieter Hellendaal Tommaso Traetta Wilhelm Friedemann Bach William Billings
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(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_cl%C3%A1ssica)
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Romantismo
O Romantismo, ou período romântico, é o período situado entre o ano de 1815 e o início do
século XX.
O período do romantismo musical coincide também com o período do romantismo na
literatura, nas artes plásticas e na filosofia. A idéia do Romantismo é de que algumas coisas
não poderiam ser deduzidas apenas por meio de máxima sentença, e sim através do
sentimento, da emoção e da intuição. Por isso este estilo é conhecido pela maior flexibilidade
de formas musicais e procura focar o sentimento transmitido pela música mais do que a
própria estética musical, diferente do classicismo (é este o fator que torna tão difícil a
definição de estilo de Beethoven). Mas os gêneros musicais clássicos, como a sinfonia e o
concerto, continuaram a ser escritos.
Os compositores românticos tentaram, juntando as estruturas harmônicas de Haydn, Mozart
e Beethoven, e se utilizando dos conceitos de tonalidades herdados do Barroco e do
Classicismo, aperfeiçoar a música erudita de acordo com a idéia romântica, buscando maior
fluidez, maior contraste e suprir as necessidades harmônicas de obras mais extensas. A forma
de se compor mudava novamente. As mudanças de tom aconteciam de maneira mais brusca
que no classicismo, e as modulações ocorriam entre tons cada vez mais distantes. Um dos
recursos extremamente explorado foram as propriedades dos acordes de sétima diminuta,
que possibilitavam modular a praticamente qualquer tonalidade.
O Romantismo não possui nenhum artista que se destaca absolutamente dos outros, como
acontecia no classicismo, por Haydn, Beethoven e Mozart. Beethoven não pode ser
considerado este artista, uma vez que realizou apenas a transição de classicismo para
romantismo e o fez durante suas últimas obras. Porém este é o período com a mais extensa
lista de compositores destacados igualmente.
Principais compositores românticos
Aaron Copland Adolphe-Charles Adam Alban Berg Alexander Borodin Alexander Zemlinsky Alfred Schnittke Alois Hába Anthony Philip Heinrich Anton Bruckner Anton Rubinstein Anton Webern Antonín Dvořák Aram Khachaturian Arnold Bax
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Arthur Honegger Arvo Pärt Bedřich Smetana Béla Bartók Benjamin Britten Bohuslav Martinů Brian Ferneyhough Bruno Maderna Camille Saint-Saëns Carl Czerny Carl Loewe Carl Maria von Weber Carl Orff Carl Otto Nicolai César Franck Charles Gounod Charles Ives Charles-Valentin Alkan Clara Schumann Claude Debussy Conlon Nancarrow Daniel Auber Darius Milhaud Dmitri Shostakovich Edgard Varèse Edouard Lalo Edvard Hagerup Grieg Einojuhani Rautavaara Elliott Carter Ennio Morricone Erik Satie Ernest Bloch Fanny Mendelssohn Felix Mendelssohn Fernando Sor Francis Edward Bache Francis Poulenc Franz Berwald Franz Liszt Franz Schubert Frédéric Chopin Fryderyk Franciszek Chopin Gabriel Fauré Gaetano Donizetti Galina Ustvolskaya George Benjamin George Crumb George Gershwin Georges Enescu Giacinto Scelsi
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Giacomo Meyerbeer Giacomo Puccini Gioacchino Rossini Giovanni Bottesini Giuseppe Verdi Giya Kancheli Gustav Mahler György Kurtág György Ligeti Hans Werner Henze Harrison Birtwistle Harry Partch Hector Berlioz Heitor Villa-Lobos Helmut Lachenmann Henri Dutilleux Henri Wieniawski Henryk Górecki Henryk Wieniawski Horatiu Radulescu Howard Hanson Iannis Xenakis Igor Stravinsky Ikolai Kapustin Jacques Offenbach James MacMillan Jan Sibelius Jean Barraqué Jean Sibelius Johann Nepomuk Hummel Johann Strauss I Johann Strauss II Johannes Brahms John Adams John Cage John Field Joseph Strauss Juan Crisostomo de Arriaga Julius Reubke Kaija Saariaho Kaikhosru Shapurji Sorabji Karl Goldmark Karlheinz Stockhausen Karol Szymanowski Krzysztof Penderecki La Monte Young Leonard Bernstein Louis Moreau Gottschalk Louis Spohr Luciano Berio
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Ludwig van Beethoven Luigi Dallapiccola Luigi Russolo Lukas Foss Maurice Ravel Mauricio Kagel Michael Tippett Michael William Balf Mikhail Glinka Milton Babbitt Modest Mussorgsky Morton Feldman Niccolò Paganini Niels Wilhelm Gade Nobert Burgmüller Olivier Messiaen Otto Lindblad Paul Hindemith Paul Lansky Per Norgard Peter Maxwell Davies Philip Glass Pierre Boulez Pierre Henry Pierre Schaeffer Pietro Mascagni Pyotr Ilyich Tchaikovsky Richard Strauss Richard Wagner Robert Schumann Robert Volkmann Samuel Barber Sergei Prokofiev Sergei Rachmaninoff Silvestre Revueltas Sofia Gubaidulina Stanislaw Moniuszko Steve Reich Tan Dun Terry Riley Tōru Takemitsu Tristan Murail Vincenzo Bellini Virgil Thomson Witold Lutosławski Zoltán Kodály
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(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_rom%C3%A2ntica)
Modernismo e Vanguardismo
Após o Romantismo, a Música Clássica oi um pouco desvalorizada. Seguiu-se o Modernismo e
logo após o Vanguardismo, mas foram períodos sem muitas características e compositores
importantes.
Do Modernismo, podemos dizer que tende as técnicas do impressionismo, do
expressionismo, do dodecafonismo (técnica de composição criada por Arnold Shoenberg
baseada nos 12 sons da escala cromática) e do atonalismo. Valorizava a inovação e a
criatividade.
Houveram poucos compositores importantes, mas a grande importância deste período para o
Brasil foi o maior compositor clássico brasileiro, Heitor Villa-Lobos.
Os compositores importantes são: Igor Stravinsky, Maurice Ravel, Arnold Schoenberg, Claude
Debussy, George Gershwin, Dimitri Shostakovitch, Manuel de Falla.
A música de Vanguarda é muito semelhante à modernista, com pequenas alterações, surgida
após a segunda guerra mundial. A novidade é a introdução da música eletrônica, industrial e
pontilhista. Os compositores mais importantes são:
Berg, Alban Berio, Luciano Bartók, Bela Boulez, Pierre Cage, John Galás, Diamanda Glass, Philip Messiaen, Olivier Penderecki, Krzysztof Schnittke, Alfred Schoenberg, Arnold Stockhausen, Karlheinz Varèse, Edgar Webern, Anton Xenakis, Iannis
Compositores
Ludwig Van Beethoven
Ludwig Van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, na Alemanha, batizado
no dia seguinte. Era descendente holandês, como percebemos no emprego da palavra “Van”,
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muito utilizada na Holanda. O avô, também de mesmo nome, era músico, originário da Bélgica
e sua família estava há poucas décadas na Alemanha.
O avô de Beethoven era kappelmeister (diretor de música apresentada para a corte), artista
respeitado. Seu filho, Johann, o seguiu na carreira, mas não teve êxito. Depois da morte do pai,
Johann se entregou a bebida, o que causaria problemas emocionais ao futuro filho Ludwig.
Johann percebeu logo que o seu filho Ludwig tinha talento incomum para música, e
encaminhou-o para a música. Porém era problemático, e, de fato, torturava Beethoven.
Obrigava-o a estudar música muitas horas ao dia, e batia-o frequentemente. Não raro o dava
tapas na orelha, o que, associado ao problema de nascença nos tímpanos, acabou por resultar
na surdez parcial de Beethoven em dado momento de sua carreira.
Beethoven começou a trabalhar aos treze anos de idade. Já que o pai se afundava cada vez
mais na bebida, precisava manter quase sozinho o sustento da casa, trabalhando como
organista, cravista ensaiador (aprendeu a tocar cravo desde os oito anos de idade pelo melhor
mestre de cravo da cidade), músico de orquestra e professor, assumindo, ainda jovem, a
liderança da família. Era um jovem, segundo amigos o descreviam, “introspectivo, tímido e
melancólico, frequentemente imerso em devaneios e distrações”.
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O mestre de cravo que o ensinou a tocar foi Christian Gottlob Neefe, que em uma de suas
cartas, publicada em 1780, afirmou que “seu discípulo, de dez anos de idade, dominava todo o
repertório de Johann Sebastian Bach”, e que seria um segundo Mozart. Começou a compor
suas peças aos 11 anos de idade.
Em 1784, Beethoven conheceu um conde chamado Waldstein, e tornou-se seu amigo.
Waldstein percebeu o talento excepcional do garoto e o enviou à Viena para estudar piano
com Mozart, maior pianista da época e talvez da história. Mas, pelo que foi observado, Mozart
não lhe deu muita atenção, apesar de sem dúvida ter notado o talento excepcional do
garoto.Costuma-se dizer que Mozart estava absorto em seu trabalho e não teve tempo para
Beethoven. O fato é que Beethoven voltou à Bonn duas semanas depois de ter ido.
De volta à Bonn, Beethoven dedicou-se à literatura, fazendo cursos ( já que havia saído da
escola com 11 anos para estudar música), e lá teve contato com idéias revolucionárias
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francesas (pelo iluminismo, principalmente), que se tornariam básicas para o desenvolvimento
artístico de Beethoven.
Em 1992, com 21 anos de idade, Waldstein mandou Ludwig para Viena novamente, desta vez
para estudar com Haydn, e desta vez definitivamente. O aprendizado com Haydn foi pior que o
esperado, pois Haydn era descuidado, apesar de atencioso. Logo Beethoven buscou aulas com
outros professores para complementar seus estudos.
Conde Waldstein
Sua estada em Viena nos primeiros anos foi muito boa. Socialmente, Beethoven tinha amigos
importantes, muitos aristocratas, por recomendação de Waldstein, e era um pianista
admiradíssimo já nos primeiros anos. Começou então a publicar suas obras. A sua primeira
obra publicada foi o seu Opus 1: uma coleção de 3 trios para Piano, Violino e Violoncelo.
Firmou-se socialmente como um mestre do piano, e compôs suas primeiras obras – primas: As
três Sonatas para piano Op. 2 (1794 – 1795).
Foi em 1796 que surgiram os primeiros traços da tragédia da carreira de Beethoven. Na volta
de uma turnê, foi diagnosticada a congestão dos centros auditivos internos de Beethoven. Ele,
que já era emocionalmente perturbado, chegou ao seu ápice depressivo, pensando até mesmo
em suicidar-se. Tratou-se com muitos médicos, inclusive o médico da corte de Viena, mas a
doença não cessava, e com o tempo progrediu. Durante este período, especificamente, em
1802, escreveu o que se conhece por Testamento de Heilingenstadt, uma carta na qual Ludwig
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se expressa, e que teria como destino seus dois irmãos, mas que nunca foi enviada. Segue
abaixo o testamento.
Testamento de Heilingenstadt
Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos
enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu
coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de
carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de
seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos
médicos. Iludido constantemente, na esperança de uma melhora, fui forçado a enfrentar
a realidade da rebeldia desse mal, cuja cura, se não for de todo impossível, durará
talvez anos! Nascido com um temperamento vivo e ardente, sensível mesmo às
diversões da sociedade, vi-me obrigado a isolar-me numa vida solitária. Por vezes, quis
colocar-me acima de tudo, mas fui então duramente repelido, ao renovar a triste
experiência da minha surdez!
Como confessar esse defeito de um sentido que devia ser, em mim, mais perfeito que
nos outros, de um sentido que, em tempos atrás, foi tão perfeito como poucos homens
dedicados à mesma arte possuíam! Não me era contudo possível dizer aos homens:
“Falai mais alto, gritai, pois eu estou surdo”. Perdoai-me se me vedes afastar-me de
vós! Minha desgraça é duplamente penosa, pois além do mais faz com que eu seja mal
julgado. Para mim, já não há encanto na reunião dos homens, nem nas palestras
elevadas, nem nos desabafos íntimos. Só a mais estrita necessidade me arrasta à
sociedade. Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de
uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este
meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém
percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um
pastor e eu nada escutava!
Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas
próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou! Pareceu-me
impossível deixar o mundo antes de haver produzido tudo o que eu sentia me haver sido
confiado, e assim prolonguei esta vida infeliz. Paciência é só o que aspiro até que as
parcas inclementes cortem o fio de minha triste vida. Melhorarei, talvez, e talvez não!
Mas terei coragem. Na minha idade, já obrigado a filosofar, não é fácil, e mais penoso
ainda se torna para o artista. Meu Deus, sobre mim deita o Teu olhar! Ó homens! Se
vos cair isto um dia debaixo dos olhos, vereis que me julgaste mal! O infeliz consola-se
quando encontra uma desgraça igual à sua. Tudo fiz para merecer um lugar entre os
artistas e entre os homens de bem.
Peço-vos, meus irmãos (Karl e Johann) assim que eu fechar os olhos, se o professor
Schimith ainda for vivo, fazer-lhe em meu nome o pedido de descrever a minha moléstia
e juntai a isto que aqui escrevo para que o mundo, depois de minha morte, se reconcilie
comigo. Declaro-vos ambos herdeiros de minha pequena fortuna. Reparti-a
honestamente e ajudai-vos um ao outro. O que contra mim fizestes, há muito, bem
sabeis, já vos perdoei. A ti, Karl, agradeço as provas que me deste ultimamente. Meu
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desejo é que seja a tua vida menos dura que a minha. Recomendai a vossos filhos a
virtude. Só ela poderá dar a felicidade, não o dinheiro, digo-vos por experiência
própria. Só a virtude me levantou de minha miséria. Só a ela e à minha arte devo não
ter terminado em suicídio os meus pobres dias. Adeus e conservai-me vossa amizade.
Minha gratidão a todos os meus amigos. Sentir-me-ei feliz debaixo da terra se ainda
vos puder valer. Recebo com felicidade a morte. Se ela vier antes que realize tudo o que
me concede minha capacidade artística, apesar do meu destino, virá cedo demais e eu a
desejaria mais tarde. Entretanto, sentir-me-ei contente pois ela me libertará de um
tormento sem fim. Venha quando quiser, e eu corajosamente a enfrentarei.
Adeus e não vos esqueçais inteiramente de mim na eternidade. Bem o mereço de vós,
pois muitas vezes, em vida, preocupei-me convosco, procurando dar-vos a felicidade.
Sede felizes!
Helligenstadt, 6 de Outubro de 1802.
Ludwig van Beethoven
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(Testamento de Helligenstadt Original)
(Assinatura de Beethoven)
Quando escreveu esta carta, Beethoven estava, sob recomendação médica,
descansando em uma aldeia perto de Viena chamada Helligenstadt. Foi onde teve sua
crise depressiva mais profunda, quando cogitou seriamente o suicídio. De fato, por ter
chegado tão perto da morte, e pelo trecho que escreveu no testamento deduzimos sua
real paixão pela arte: “Foi a arte, e apenas ela, que me reteve. Ah, parecia-me
impossível deixar o mundo antes de ter dado tudo o que ainda germinava em mim!”.
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(Beethoven em 1803)
Apesar de tudo, a surdez progrediu, e aos 46 anos de idade, em 1816, estava
praticamente surdo por completo. Mas na verdade nunca perdeu toda a audição, como
muitos pensam, apesar de que em seus últimos anos de vida sua audição era tão pouca
que seu cérebro já não identificava a maioria dos sons, o que não o impediu de
continuar a acompanhar a música.
Foi exatamente depois do período esta carta que o gênio Beethoven de fato nasceu. Se
tornou mais sentimentalista, publicou suas obras melhor recebidas pelo público, as suas
obras de Op. 7 e Op. 10, além da sinfonia Nº 3.
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Beethoven nunca foi casado, e sua vida amorosa foi, de fato, um fracasso,
colecionando insucessos e amores não correspondidos, e deduzimos que apenas um
amor foi correspondido e realizado intensamente, através de uma carta escrita em 1812.
A carta chamava-se Carta à Bem-Amada imortal. O trecho mais conhecido segue
abaixo.
Para a amada imortal
Manhã de 6 de Julho
"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser – Hoje apenas algumas palavras a caneta (a tua
caneta).
Só amanhã os meus alugueres estarão definidos – que desperdício de tempo... por que
sinto essa tristeza profunda se é a necessidade quem manda? Pode o teu amor resistir a
todo sacrifício embora não exijamos tudo um do outro? Podes tu mudar o facto de que
és completamente minha e eu completamente teu? Oh Deus! Olha para as belezas da
natureza e conforta o teu coração. O amor exige tudo, assim sou como tu, e tu és
comigo. Mas esqueces-te tão facilmente que eu vivo por ti e por mim. Se estivéssemos
completamente unidos, tu sentirias essa dor assim como eu a sinto.
...
– Tu estás a sofrer – Ah, não importa onde eu esteja porque tu estás comigo – Vou
arrumar tudo para que possamos viver juntos... e que vida teremos!!! Assim!!!
Sem ti... perseguido pela bondade de algumas pessoas, que não quero receber porque
não as mereço. Dói-me a humildade do homem diante do homem. E quando me acho
em sintonia com o Universo, o que sou e quem é aquele a quem chamam o Todo
Poderoso? E sem dúvida... aí então aparece de novo o divino do homem.
...
Choro ao pensar que provavelmente não receberás a minha primeira carta antes de
sábado. Tanto como tu me amas, muito mais te amo!... Boa noite! Devo ir dormir. Oh,
Deus! Tão perto! Tão longe! Não é o nosso amor uma verdadeira morada do céu? E
tão sólido como as muralhas do céu?!
...
O meu coração está cheio de coisas que eu gostaria de te dizer – ah – há momentos em
que sinto que esse discurso é tão vazio – Alegra-te – Lembra-te da minha verdade, o
meu único tesouro, o meu tudo como eu sou o teu. Os deuses devem-nos mandar paz...
7 de Julho
Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada
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imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver
sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem
longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso,
podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás
comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra
possuirá meu coração; nunca, nunca... Oh, Deus! Por que viver separados, quando se
ama assim?
...
Fica tranquila, queiras-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas
pensando em ti... em ti... em ti, minha vida... meu tudo! Adeus... queiras-me sempre!
Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig. Eternamente teu,
eternamente minha, eternamente nossos.
...
Ludwig Van Beethoven
Em 1815, seu irmão Karl morre, deixando um filho de oito anos sob a tutela de Ludwig
e da mãe, mas por achar a conduta da mãe imprópria, brigou na justiça pela guarda
única e depois de um desgastante processo judicial, foi reconhecido como único tutor da
criança. Não foi muito produtivo, o sobrinho acabou por representar um problema para
ele, que sempre foi desajeitado com a vida doméstica. Entre este período e 1819,
Beethoven entrou em profunda crise depressiva, o que fez com que neste período
Ludwig não tenha criado muitas obras importantes.
Ludwig volta desta crise de maneira exultante e, exatamente ao sair desta crise,
Beethoven cria suas maiores obras da carreira. Tais como a sonata Nº 29, Op. 106,
sonata Nº 31, Op. 110, a sonata N° 32, Op. 111 e a missa Solemnis, Op. 123.
Então ele compôs a obra que hoje é considerada por muitos a maior de sua carreira: A
9º Sinfonia. Pela primaira vez, a partir desta sinfonia, é inserido um coral no movimento
de sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, “Ode á Alegria”:
“Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!”
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“Existia uma nova fé e Beethoven era o seu profeta. Não foi por acidente que,
aproximadamente na mesma época, as novas casas de espetáculo recebiam fachadas
parecidas com as dos templos, exaltando assim o status moral e cultural da sinfonia e da
música de câmara.” Paul Johnson.
Os últimos anos de vida de Beethoven foram produtivos na criação de quarteto para
cordas, especialmente. Beethoven morreu durante seu ápice de produtividade, cheio de
planos para o futuro, por uma série de doenças que o atacaram de uma vez. Morreu no
dia 26 e Março de 1827, reza a lenda, erguendo o punho em um último combate contra
o destino.
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Obra
Estudiosos da Música Clássica, especialmente de Beethoven, costumam dividir sua
obra em três fases. A primeira fase foi entre 1792 e 1800, quando ele começou a
publicar suas peças, já em Viena. Nessa se inclui os trios do Op. 1, conhecido como a
sonata patética; os primeiros dois concertos para piano e a primeira sinfonia. A segunda
fase corresponde de 1800 a 1814, fase marcada pela sua surdez e desilusões amorosas, e
pelo Testamento de Heilingenstadt e pela Carta à Bem-Amada Imortal. Incluiu a
Sinfonia Eroica e a Sonata ao luar. A última fase, de 1814 a 1827, ano de sua
morte, seria o período de suas obras monumentais, as inovações, já transpassando
para o Romantismo.
Beethoven dedicou-se a todos os gêneros clássicos, tendo composto ópera, música
para teatro, balé, oratório, lieder, duas missas, variações e obras de forma livre (a Fantasia para piano, coro e orquestra, por exemplo).
Observe a relação das obras de Beethoven:
Nove sinfonias, dentre elas a Nona, sua última sinfonia, a que mais se consagrou no mundo inteiro
Cinco concertos para piano Concerto para violino "Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo e orquestra 32 sonatas para piano (ver abaixo relação completa das sonatas): 16 quartetos de cordas Dez sonatas para violino e piano Cinco sonatas para violoncelo e piano Doze trios para piano, violino e violoncelo "Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, entre as quais a famosíssima Bagatela para
piano "Für Elise" ("Para Elisa") Missa em Dó Maior Missa em Ré Maior ("Missa Solene") Oratório "Christus am Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras") "Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e orquestra Aberturas Danças Ópera Fidelio Canções
Sonatas de Beethoven Para Piano 1 - Sonata Op. 2, nº 1 9 - Sonata Op. 14 n. 1 17 -
Sonata Op. 31 n. 2 (A Tempestade) 25 - Sonata Op. 79 2 - Sonata Op. 2, nº 2 10 - Sonata
Op. 14 n.2 18 - Sonata Op. 31 n. 3 26 - Sonata Op. 81a 3 - Sonata Op. 2, nº 3 11 -
Sonata Op. 22 19 - Sonata Op. 49 n. 1 27 - Sonata Op. 90 4 - Sonata Op. 7 12 - Sonata
Op. 26 (Marcia Funebre) 20 - Sonata Op. 49 n. 2 28 - Sonata Op. 101 5 - Sonata Op. 10
n. 1 13 - Sonata Op. 27 n. 1 21 - Sonata Op. 53 (Waldstein) 29 - Sonata Op. 106
(Hammerklavier) 6 - Sonata Op. 10 n. 2 14 - Sonata Op. 27 n. 2 (Ao Luar) 22 - Sonata
Op. 54 30 - Sonata Op. 109 7 - Sonata Op. 10 n. 3 15 - Sonata Op. 28 (Pastorale) 23 -
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Sonata Op. 57 (Appassionata) 31 - Sonata Op. 110 8 - Sonata Op. 13 (Patética) 16 -
Sonata Op. 31 n. 1 24 - Sonata Op. 78 32 - Sonata Op. 111
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_van_Beethoven)
As sinfonias são as obras mais conhecidas de Beethoven. Com excessão da primeira e
da última, foram criadas na segunda fase de sua carreira. Mas sua Sinfonia mais
conhecida é a nona. De fato, foi a mais impressionante, possuindo características até
então inéditas neste tipo de obra (o coral ao final, por exemplo).
Wolfgang Amadeus Mozart
Wolfgang Amadeus Mozart (nome completo: Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus
Mozart)foi um dos mais importantes compositores da música Clássica e, sem dúvida, o mestre
do piano. Compôs durante o período classicista, ao lado de Haydn e Beethoven. Nasceu no dia
27 de Janeiro de 1757, em Salzburgo, Áustria. Filho de músico burguês e excelente professor
de violino, Leopold Mozart. Era segundo mestre de capela do arcebispado (Salzburgo era um
estado papal), servia ao príncipe – Arcebispo Siegmund von Schrattenbach, culto e
apreciador das artes.
Teve uma infância encantadora. Demonstrou na infância habilidade extraordinária para a
música e começou a aprender violino e cravo com o pai aos 4 anos de idade. Aprendeu muito
rápido. Logo começou a compor e impressionou a família e os amigos da família. Mas o que
mais impressionou os espectadores foi a habilidade extraordinária ao teclado. Leopold logo se
encantou, vendo a oportnidade de demonstarr suas habilidades como educador e fazer seu
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filho brilhar. Como nunca se ouviu antes, aos 6 anos de idade Mozart fez sua primeira turnê
pela Europa, fazendo concertos em cortes, para importantes nobres, Reis e Rainhas. Mozart
maravilhou a todos nas cortes, era considerado um verdadeiro milagre. Fazia freqüentes
viagens com o pai, e ainda assim encontrava tempo para começar a compor seriamente, como
fez com sua primeira ópera, La finta semplice, em 1768 (quando tinha apenas doze
anos de idade). Também aos doze anos fez uma viagem pela França e Inglaterra, e
em Londres conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian
Bach, que teria grande influência em suas obras.
Aos treze anos, foi nomeado Konzertmeiste da corte (recebendo o cargo de
primeiro violino), tendo agora um cargo acima de seu próprio pai. Algum tempo
depois viajou para a Itália, onde recebeu muitas honrarias e teve contato com a
música (principalmente a ópera) Italiana. Esta viagem teve importância
fundamental em seu amadurecimento, onde passou a deixar sua marca pessoal em
suas obras.
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Mas em 1772 a situação mudou. Neste ano foi eleito novo arcebispo de Salzburgo,
o conde Hieronymus Colloredo, que implicava com a origem burguesa e, especialmente, com a
família Mozart, e não admitia que um mero empregado da corte fizesse tantas viagens,
proibindo a grande maioria das saídas de Wolfgang. Com isso, Mozart passou o resto dessa
década em Salzburgo (com exceção de algumas “escapadas” à Viena), e foi, até então, quando
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mais compôs. Criou neste período muitas obras de sucesso (missas, sonatas de igreja,
serenatas e outros tipos de obras).
Mas o ambiente em Salzburgo, sem perspectivas, tornava-se cada vez mais insatisfatório para
Mozart. Wolfgang pensava na autonomia e, em 1781, após Colloredo ordená-lo fazer parte de
sua comitiva de criados em Viena, pediu demissão. Colloredo, humilhado, não aceitou e
devolveu a carta, mas Mozart estava decidido e seguiu com seus planos.
Começou a se sustentar fazendo concertos, publicado suas obras e dando aulas particulares,
fazendo viagens pela Europa com sua mãe, Anna Maria Pertl Mozart, já que seu pai precisava
permanecer em Salzburgo com suas obrigações pra com o arcebispo. Inicialmente Wolfgang
tem sucesso, o período entre 1781 e 1786 foi um dos mais produtivos da sua vida, com óperas
(Idomeneo – 1781, O rapto do serralho – 1782), sonatas para piano, músicas de câmara
(especialmente os seis quartetos de corda dedicados a Haydn) e sua monumental sequencia de
concertos para piano.
Em 1781, Colloredo e a corte foram à Viena encontrar o novo Imperador da Áustria, José II.
Mozart fez mais algum sucesso na cidade, e queria ficar. Mas Colloredo queria enviá-lo de
volta à Salzburgo para entregar a uma encomenda. Mozart recusou, e sua relação com o
arcebispo tornava-se cada vez pior. Em maio deste mesmo ano, após outra recusa de Mozart,
Colloredo perdeu a paciência e o expulsou. Mozart, novamente, pediu demissão. No dia 8 de
Junho teve seu pedido “aceito” de fato, quando foi posto à rua a força pelo chefe de pessoal
de Colloredo. "Então, essa é a maneira de convencer as pessoas, de amolecer as
pessoas? Jogando-as porta afora com um chute na bunda? Esse é o estilo?",
escreveu em uma carta.
Wolfgang conseguiu finalmente a liberdade que procurava. Conquistou o público
Vienense rapidamente, ao menos nos primeiros anos. Em 1882 casou-se (contra a
vontade do pai) com Constanze Webber, irmã de Aloysia Webber por quem havia se
apaixonado anos antes. Constanze Webber era musicista média e, apesar de não
estarem exatamente apaixonados, conviviam muito bem.
Mozart tinha tudo para ser feliz. Mas, como testemunhavam as pessoas que
conviviam com ele, não era exatamente uma pessoa feliz. Como descreve bem seu
cunhado Lange (que pintou seu retrato), ele exprimia uma “angústia íntima”, que
contrastava com sua alegria demonstrada em sociedade.
Por causa desta “angústia”, Mozart buscou a maçonaria. Entrou na sociedade
como aprendiz em 1784 e um ano depois era mestre. Ele compôs, de fato,
inúmeras obras de sucesso de inspiração maçônica. Mas a influência maçônica não
se limitava à estas obras. Em outras obras deste mesmo período, Mozart atinge seu
ápice em matéria de profundidade e expressão. Pode-se dizer que ele se torna
livre. Talvez o primeiro músico “livre” da história. De fato, a maçonaria fez bem a
ele. Mas não a sua carreira. Em conseqüência destas obras em que ele se expressa
mais para si do que para o público, a sua audiência cai (a ópera As bodas de
Fígaro, de 1786, que deveria ser uma de suas grandes obras, é um fracasso
financeiro) e as preocupações finaceiras começam a aparecer. Encontra um refúgio
em Praga, Iugoslávia, onde sua ópera é muito bem recebida e se torna um sucesso.
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Em consequencia disso, recebe uma encomenda de outra ópera: Don Giovanni. Sua
apresentação em Praga foi um sucesso estrondoso, mas novamente a sua estréia
em Viena é um fracasso. A partir disso Mozart começa, realmente, a ter sérios
problemas financeiros. Não recebia mais encomendas e sua fama rareava.
Em 1791, Wolfgang recebe uma oferta de ópera e um amigo maçom. Mas esta
seria uma ópera diferente. Não seria apresentada para a nobreza ou para o
imperador, mas para o povo. A ópera seria baseada em um conto de fadas e
valorizaria os valores maçons: a sabedoria, a busca de si mesmo e a fraternidade.
Esta ópera seria A flauta mágica, a maior obra – prima de Mozart. Sua estréia foi
em um pequeno teatro popular na periferia de Viena, e foi um sucesso total. A
fama da ópera se espalhou por toda a cidade, e as apresentações não acabavam.
Consequentemente, apareceram mais encomendas. Uma delas, um réquiem,
tornou-se uma lenda. Mozart teria recebido esta encomenda de um homem
misterioso que não se identificou, cuja presença aterrorizava Mozart, próximo de
sua morte. Poderia o homem msiterioso ser a personificação da morte? Uma outra
“lenda” sobre o assunto conta que o compositor rival de Mozart, Antonio Salieri,
teria sido o encomendador. Acreditou-se por anos que Saliere teria envenenado,
por inveja e rancor, Mozart. Ainda ouve uma outra lenda que sugeria que não havia
encomenda e o réquiem estaria sendo cmposto para tocar em sua própria missa de
sétimo dia.
Mas acabou-se por descobrir que na verdade não houve nenhum homem
misterioso. O réquiem foi encomendado por um nobre, conde von Walsegg-
Stuppach, que queria se passar por compositor da obra em homenagem à memória
de sua esposa.
De qualquer modo, Mozart estava atarefado e seus rins estavam quase totalmente
destruídos. Morreu em 5 de dezembro de 1791, deixando esta obra incompleta. A
obra foi terminada por seu discípulo, Franz Süssmayr e seu corpo enterrado em uma vala
comum em um cemitério de Viena. Até hoje não se sabe exatamente onde seu corpo está
localizado.
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Obra
Sua obra foi catalogada pelo biógrafo musical alemão Ludwig Köchel, o que justifica o
aparecimento da letra K junto a sua obra. Sua obra foi catalogada em ordem cronológica, da
mais antiga à mais recente.
Sinfonias
Kochel numerou suas sinfonias de 1 à 41, tendo sido descobertas outras mais tarde,
totalizando 50. Mas se compararmos estas com as sinfonias de Brahms e Beethoven, as 30
primeiras peças não merecem ser reconhecidas como sinfonias, consideradas sua duração, e
que geralmente possuíam apenas instrumentos de cordas, oboés ou trompas. De acordo com
o conceito que se tem hoje de sinfonia, apenas 10 sinfonias de Mozart podem ser
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consideradas (numeradas de 31 a 41), sendo que uma delas foi composta por Michael Haydn
(irmão de Franz Joseph Haydn), apesar de Mozart ter participado de uma parte da peça.
As principais sinfonias são:
Sinfonia No. 31 em Ré maior, k297 (Sinfonia paris)
Primeira e melhor orquestrada sinfonia, composta em 1778 durante uma viagem à Paris. Sua
orquestração inclui flautas, oboés, clarinetas, fagotes, trompas, trompetes, tímpanos e
instrumentos de cordas.
Sinfonia No. 36 em Dó maior, k425 (Linz)
Uma de suas mais belas sinfonias, e com história curiosa. Mozart saiu com sua mulher com
destino á Linz, Áustria, em 1783. Assim que chegou escreveu uma carta ao pai, datada de 31
de Outubro, que dizia que precisaria fazer uma apresentação em 4 de novembro e não levou
nenhuma sinfonia, por isso precisaria compor uma nova. Em 4 dias compôs uma das suas mais
notáveis sinfonias, trabalho que levaria 10 as pressas, com trabalho árduo e ótimos músicos
que entendessem a obra rapidamente.
Sinfonia No. 38 em Ré maior, k504 (Praga)
Composta em Viena em 1786. Estreou a sinfonia em 19 de janeiro de 1787 em Praga. Foi um
sucesso, comparada à Linz.
Sinfonia No. 40 em Sol menor, k550
É a única das dez sinfonias importantes composta em tonalidade menor. As Sinfonias No. 39 e
40 foram compostas sem clarinetas, pois era um instrumento recém – inventado na época de
Mozart. Porém, depois ele decidiu incluir clarinetas nas duas sinfonais.
Sinfonia No. 41 em Dó maior, k551 (Sinfonia Júpiter)
Última sinfonia de Mozart. Recebeu o títuto de um editor musical inglês que publicou a
partitura após a morte de Mozart. Recebeu o nome pela “alta elevação de idéias e nobreza de
tratamento”. Orquestrada para flauta, oboés, fagotes, trompas, trompetes, tímpanos e
instrumentos de corda.
“Quer saber como eu componho? Posso dizer-lhe apenas isto: quando me sinto bem disposto,
seja na carruagem quando viajo, seja de noite quando durmo, ocorrem-me idéias aos jorros,
soberbamente. Como e donde, não sei. As que me agradam, guardo-as como se tivessem sido
trazidas por outras pessoas, retenho-as bem na memória e, uma após a outra, delas tomo a
parte necessária, para fazer um pastel segundo as regras do contraponto, da harmonia, dos
instrumentos, etc. Então, em profundo sossego, sinto aquilo crescer, crescer para a claridade
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de tal forma que a obra mesmo extensa se completa na minha cabeça e posso abrangê-la de
um só relance, como um belo retrato ou uma bela mulher... Quando chego neste ponto, nada
mais esqueço, porque boa memória é o maior dom que Deus me deu.” Wolfgang Amadeus
Mozart
Concertos para piano
Os concertos para piano são, para Mozart, o que as sinfonias são para Beethoven. Mozart foi o
maior pianista de concerto, suas maiores obras rimas estão em concertos de piano e ele
redefiniu este tipo de música.
Concerto No. 9 em Mi bemol maior, k271 (Concerto Jeunehomme)
É considerado a primeira grande obra – prima de Mozart. Tem esse nome pela pessoa para
quem foi composta, a pianista Madame Victoire Jeunehomme.
Concerto No. 12 em Lá maior, k414
Uma peça leve e graciosa. Do número 16 para frente, todos os concertos de Mozart são obras
– primas. As únicas peças compostas em tonalidade menor No. 20 em Ré Menor, K466 e o No.
24 em Dó Menor, K491.
Concerto No. 21 em Dó maior, k467
Outra das obras – primas favoritas de Mozart. Foi usado como tema de um filme que se tornou
famoso (Elvira Madigan, 1967).
Concerto No. 22 em Mi Bemol Maior, K482
Tem um primeiro movimento eufórico e festivo. Cheio de trompetes e fanfarras.
Concerto No. 26 em Ré Maior, K537 (Concerto da Coroação)
É chamado de “superficial”. Mas cumpre a finalidade para qual foi criado. Para comemorar a
coroação de Leopoldo II, imperador da Áustria de 1790.
Sonatas para piano
Mozart compôs um total de 18 sonatas para piano, divididas em quatro grupos:
6 sonatas K. 279, 280, 281, 282, 283, 284 3 sonatas K. 309, 310, 311 4 sonatas K. 330, 331, 332, 333 5 sonatas K. 457, 533, 545, 570, 576
Músicas de câmara
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Trios
6 trios para piano, violino e violoncelo, K254, K496, K502, K542, K548, K564 O trio K254 é cheio daquela graça mozartiana tão deliciosa, mas o violoncelo se limita
ao papel de reforço nos baixos, quase sempre dobrando a mão esquerda do pianista, o que torna esta obra um pouco superficial. Já no K548 e no K564 o violoncelo finalmente tem a chance de cantar, ainda que por uns breves instantes, o que torna essas obras mais interessantes que as anteriores.
Trio para clarineta, viola e piano em mi bemol maior, K498
Obra interessantíssima, para uma combinação de instrumentos inusitada. Dedicada ao
clarinetista Anton Stadler.
Quartetos
6 Quartetos de cordas dedicados a Haydn, K387, K421, K428, K458 "A Caça", K464,
K465 "As Dissonâncias"
Quintetos
5 Quintetos para 2 violinos, 2 violas e violoncelo, K. 174, 515, 516, 593, 614 Quinteto em Lá Maior, para clarineta e quarteto de cordas, K. 581
Quinteto em Mi Bemol Maior, para oboé, clarineta, trompa, fagote e piano, K452
Danças
Contradança K. 534 Contradança K. 535 6 Danças Alemãs K. 536 6 Danças Alemãs K. 567 Contradança "Der Sieg vom Helden Coburg" K. 587 6 Minuetos K. 599 6 Danças Alemãs K. 600 4 Minuetos K. 601 4 Danças Alemãs K. 602 2 Contradanças K. 603 2 Minuetos K. 604 3 Danças Alemãs K. 605 6 Danças Alemãs K. 606 Contradança em mi bemol K. 607 5 Contradanças K. 609
Contradança em sol "Les Filles Malicieuses" K. 610
Principais missas
Missa Brevis em Ré Maior, K194
Missa em Dó Maior, K220, "dos Pardais"
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Missa Brevis em Si Bemol Maior, K275
Missa em Dó Maior, K317, "da Coroação"
Missa em Dó Menor, K427 (inacabada)
Óperas
Die Schuldigkeit des Ersten Gebots Apollo et Hyacinthus Bastien und Bastienne La Finta Semplice Mitridate, ré di Ponto Betula Liberata Ascanio in Alba Il sogno di Scipione Lucio Silla La Finta Giardiniera Il re pastore Zaide Idomeneo, ré di Creta O Rapto do Serralho L'oca del Cairo Lo sposo deluso O Empresário Teatral As Bodas de Fígaro Don Giovanni Così Fan Tutte A flauta mágica A Clemência de Tito
Árias de Concerto
Para tenor
Or che il dover... Tali e cotanti sono K. 36; Se al labbro mio non credi... Il cor dolente, K. 295; Per pietà, non ricercate K. 420; Misero! o sogno!... Aura, che intorno K. 431; Non più, tutto ascoltai... Non temer, amato bene K. 490
Para soprano
Misero me... Misero pargoletto, K. 77; Se ardire, e speranza K. 82; Se tutti mali miei, K. 83; Fra cento affanni K. 88; Der Liebe himmlisches Gefühl K. 119; Ah, lo previdi... Ah, t'invola agl'occhi miei K. 272;
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Alcandro, lo confesso... Non sò d'onde viene K. 294; Popoli di Tessaglia... Io non chiedo, eterni Dei K. 316; Ma che vi fece, o stelle... Sperai vicino il lido K. 368; Misera, dove son!... Ah, non son io che parlo K. 369; A questo seno deh vieni... Or che il cielo a me ti rende K. 374; Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner K. 383; Mia speranza dorata... Ah, non sai qual pena, K. 416; Vorrei spiegarvi, oh Dio K. 418; No, no, che non sei capace K. 419; In te spero, o sposo amato K. 440; Basta, vincesti... Ah, non lasciarmi K. 486a; Ch'io mi scordi di te... Non temer, amato bene K. 505; Bella mia fiamma... Resta, o cara K. 528; Ah se in ciel, benigne stelle K. 538; Alma grande e nobil cuore K. 578; Schon lacht der holde Frühling K. 580; Chi sà, chi sà qual sia K. 582, Vado, ma dove? K. 583
Para baixo
Così dunque tradisci... Aspri rimorsi atroci K. 432; Alcandro, lo confesso... Non sò d'onde viene K. 512; Mentre ti lascio, o figlia K. 513
Canções
O heiliges Band K.148, Oiseaux, si tous les ans K.307, Dans un bois solitaire K.308, Die Zufriedenheit K.349, Komm, liebe Zither K.351, Warnung K.433, Gesellenreise K.468, Der Zauberer K.472, Das Veilchen K.476, Die Alte K.517, Die Verschweigung K.518, Das Lied der Trennung K.519, Als Luise die Briefe ihres ungetreuen Liebhabers verbrannte K.520, Abendempfindung K.523, An Chloe K.524, Des kleinen Friedrichs Geburtstag K.529, Das Traumbild K.530, Grazie agl'inganni tuoi K.532, Sehnsucht nach dem Frühlinge K.596, Im Frühlingsanfang K.597, Das Kinderspiel K.598.
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Curiosidades:
*Beethoven era canhoto, e por sua aparência morena e de cabelos negros, era chamado de
espanhol;
*Beethoven foi marcado no rosto pela varíola;
* Hans von Bülow refere-se a Beethoven como um dos "três Bs da música" (os outros dois
seriam Bach e Brahms), considerando as suas 32 sonatas para piano como o Novo Testamento
da música;
*Ao longo dos últimos 50 anos cerca de 10 peças inéditas de Mozart foram encontradas;
*Em 2007 uma partitura assinada por Mozart foi encontrada e valeu 156 mil euros em um
leilão;
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