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UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP
EVANDRO ZIEMANN DE OLIVEIRA
A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA ARBORIZAÇÃO URBANA DOS USUÁRIOS DA AVENIDA AFONSO PENA ENTRE AS RUAS
CALÓGERAS A CEARÁ DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS
CAMPO GRANDE-MS 2005
EVANDRO ZIEMANN DE OLIVEIRA
A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA ARBORIZAÇÃO URBANA DOS USUÁRIOS DA AVENIDA AFONSO PENA ENTRE AS RUAS
CALÓGERAS A CEARÁ DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em nível de Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Orientação:
Dra. Vera Lúcia Ramos Bononi Profa. Dra. Lúcia Elvira Raffo de Mascaró Prof. Dr. Silvio Fávero
CAMPO GRANDE-MS 2005
ii
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Para a concretização deste estudo foram necessárias contribuições de
todas as formas... Àqueles que, de alguma forma se fizeram presentes, obrigado.
Em especial:
Primeiramente agradeço pela minha fé ao meu Pai Jesus Cristo que
constantemente me direcionou aos caminhos que resultaram no fortalecimento
contínuo com amor aos meus estudos e profissionalmente.
Especialmente aos meus grandes pais Tércio F. Z. de Oliveira e Danuzia Z.
de Oliveira e a minha companheira Márcia Regina Curi pelo apoio, incentivo e
pela grande atenção e carinho prestados na realização desse trabalho com
fortalecimentos no dia-a-dia.
Ao apoio:
Da Professora Dra. Vera Lúcia Ramos Bononi pela compreensão e
orientação objetiva e competente.
Do comitê de orientação Professora Dra. Lúcia Elvira Raffo de Mascaró e
Professor Dr. Silvio Fávero pela disposição em contribuir.
Do Professor Dr. Celso Correia de Souza e o Professor M.Sc. José
Francisco dos Reis Neto do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e
Sociais da Instituição da UNIDERP (NEPES), pela contribuição de orientação.
De profissionais e amigos das áreas governamentais Federal, Estadual e
Municipal e não-governamentais pela grande importância que tive durante a
realização desse estudo.
v
Do profissional e colega Sr. Ricardo Lima Menezes atuando hoje no cargo
de gerente de manutenção de parques e áreas verdes da Secretaria Municipal de
Serviços e de Obras Públicas de Campo Grande-MS (SESOP).
Do colega Professor M.Sc. Gutemberg Weingartner por todas as
competências destinadas do conhecimento.
Da Maria Elisa de Oliveira pela dedicação e competência na formatação
deste trabalho.
De todo o corpo docente e administrativo da Instituição e do curso de
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
Dos meus amigos e colegas pelo carinho constante, que souberam me
compreender nos grandes momentos.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...........................................................................................viii
LISTA DE TABELAS .........................................................................................xvii
RESUMO ..........................................................................................................xviii
ABSTRACT ....................................................................................................... xix
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................3
2.1 O PLANEJAMENTO DA CIDADE.................................................................3
2.2 O PLANEJAMENTO E A IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO DE
RUAS............................................................................................................4
2.3 A FUNÇÃO DA ARBORIZAÇÃO ..................................................................7
2.4 O PORTE ARBÓREO...................................................................................8
2.5 POLUIÇÃO URBANA .................................................................................10
2.6 CLIMA E MICRO-CLIMA ............................................................................12
2.7 AÇÃO DA ARBORIZAÇÃO SOBRE A SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO
HOMEM......................................................................................................13
2.8 CAMPO GRANDE E SUA LOCALIZAÇÃO ................................................14
2.9 AVENIDA AFONSO PENA – HISTÓRIA ....................................................16
2.10 PERCEPÇÃO AMBIENTAL........................................................................18
3 MATERIAL E MÉTODOS ...............................................................................21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................25
4.1 A LEGISLAÇÃO DE CONTROLE E GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO
URBANA EM CAMPO GRANDE-MS .........................................................25
4.2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DA
AVENIDA AFONSO PENA ENTRE A RUA CALÓGERAS A CEARÁ ........27
4.3 PERCEPÇÃO AMBIENTAL........................................................................40
vii
4.3.1 Perfil dos entrevistados – trecho A ...........................................................41
4.3.2 Opinião dos entrevistados – trecho A.......................................................44
4.3.3 Perfil dos entrevistados – trecho B ...........................................................58
4.3.4 Opinião dos entrevistados – trecho B.......................................................61
4.3.5 Perfil dos entrevistados – trecho C...........................................................75
4.3.6 Opinião dos entrevistados – trecho C.......................................................78
4.3.7 Perfil dos entrevistados – trecho D...........................................................92
4.3.8 Opinião dos entrevistados – trecho D.......................................................95
5 CONCLUSÃO...............................................................................................119
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................121
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Diferentes tipos de copa. .....................................................................5
Figura 2 - Altura normal de redes de energia elétrica, de telefone e de
placas de sinalização. ..........................................................................6
Figura 3 - Campo Grande - localização..............................................................15
Figura 4 - Planta da Avenida Marechal Hermes de Campo Grande, 1909.........16
Figura 5 - Planta urbana de Campo Grande – 1921. .........................................17
Figura 6 - Eixo da Avenida Afonso Pena em Campo Grande-MS......................28
Figura 7 - Trecho da Avenida Afonso Pena utilizado para estudo da
percepção ambiental dos usuários em relação a arborização
urbana, poluição atmosférica e sonora e outros aspectos
urbanísticos e ambientais...................................................................29
Figura 8 - Aereofotogramétrico do trecho A da Avenida Afonso Pena entre
as ruas Calógeras a Rui Barbosa, na cidade de Campo Grande
em Mato Grosso do Sul. ....................................................................30
Figura 9 - Aereofotogramétrico do trecho B da Avenida Afonso Pena entre
as ruas Rui Barbosa a José Antônio (Obelisco), na cidade de
Campo Grande em Mato Grosso do Sul. ...........................................31
Figura 10 - Aereofotogramétrico do trecho C da Avenida Afonso Pena entre
as ruas José Antônio a Bahia, na cidade de Campo Grande em
Mato Grosso do Sul. ..........................................................................32
Figura 11 - Aereofotogramétrico do trecho D da Avenida Afonso Pena entre
as ruas Bahia a Ceará, na cidade de Campo Grande em Mato
Grosso do Sul. ...................................................................................33
ix
Figura 12 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação
atual da vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do
trecho A da Avenida Afonso Pena entre as ruas Calógeras a Rui
Barbosa..............................................................................................34
Figura 13 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação
atual da vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do
trecho B da Avenida Afonso Pena entre as ruas Rui Barbosa a
José Antônio (Obelisco). ....................................................................34
Figura 14 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação
atual da vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do
trecho C da Avenida Afonso Pena entre as ruas José Antônio a
Bahia. .................................................................................................35
Figura 15 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação
atual da vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do
trecho D da Avenida Afonso Pena entre as ruas Bahia a Ceará........35
Figura 16 - Pontos do registro fotográfico no trecho A – Avenida Afonso
Pena entre as ruas Calógeras a Rui Barbosa. ...................................36
Figura 17 - Pontos do registro fotográfico no trecho B – Avenida Afonso
Pena entre as ruas Rui Barbosa a José Antônio (Obelisco). .............37
Figura 18 - Pontos do registro fotográfico no trecho C – Avenida Afonso
Pena entre as ruas José Antônio a Bahia. .........................................38
Figura 19 - Pontos do registro fotográfico no trecho D – Avenida Afonso
Pena entre as ruas Bahia a Ceará. ....................................................39
Figura 20 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ......................42
Figura 21 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). .....................42
Figura 22 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A)...........43
Figura 23 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho
A). ......................................................................................................43
x
Figura 24 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho A). ..........................................................................................47
Figura 25 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A). ............................................................................47
Figura 26 - Altura de árvore que preferida – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A). ............................................................................48
Figura 27 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho A).......................................................................48
Figura 28 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho A).......................................................................49
Figura 29 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho A). ..........................................................................................49
Figura 30 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A). ............................................................................50
Figura 31 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho A). ..........................................................................................50
Figura 32 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho A). ..............................................................51
Figura 33 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A). ............................................................................51
Figura 34 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho A). ...........................................................52
Figura 35 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..........................................52
Figura 36 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..........................................53
Figura 37 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central
da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A)..............53
xi
Figura 38 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do
canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho A). ..........................................................................................54
Figura 39 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A). ............................................................................54
Figura 40 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho A).......................................................................55
Figura 41 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..........................................55
Figura 42 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..........................................56
Figura 43 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..................................56
Figura 44 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A). ..........................................57
Figura 45 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ......................59
Figura 46 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). .....................59
Figura 47 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B)...........60
Figura 48 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho
B). ......................................................................................................60
Figura 49 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B). ..........................................................................................64
Figura 50 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B). ............................................................................64
Figura 51 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B). ..........................................................................................65
Figura 52 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho B).......................................................................65
xii
Figura 53 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho B).......................................................................66
Figura 54 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B). ..........................................................................................66
Figura 55 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B). ............................................................................67
Figura 56 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B). ..........................................................................................67
Figura 57 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho B). ..............................................................68
Figura 58 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B). ............................................................................68
Figura 59 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho B). ...........................................................69
Figura 60 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..........................................69
Figura 61 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..........................................70
Figura 62 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central
da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B)..............70
Figura 63 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do
canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B). ..........................................................................................71
Figura 64 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B). ............................................................................72
Figura 65 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho B).......................................................................72
Figura 66 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..........................................73
xiii
Figura 67 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..........................................73
Figura 68 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..................................74
Figura 69 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B). ..........................................74
Figura 70 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C). ......................76
Figura 71 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C). .....................76
Figura 72 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C). .........77
Figura 73 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho
C). ......................................................................................................77
Figura 74 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C). ..........................................................................................81
Figura 75 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).............................................................................81
Figura 76 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C). ..........................................................................................82
Figura 77 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho C). .....................................................................82
Figura 78 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho C). .....................................................................83
Figura 79 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C). ..........................................................................................83
Figura 80 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).............................................................................84
Figura 81 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C). ..........................................................................................84
xiv
Figura 82 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho C). ..............................................................85
Figura 83 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).............................................................................85
Figura 84 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho C). ...........................................................86
Figura 85 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C)...........................................86
Figura 86 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C)...........................................87
Figura 87 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central
da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C). ............87
Figura 88 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do
canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C). ..........................................................................................88
Figura 89 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).............................................................................88
Figura 90 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho C). .....................................................................89
Figura 91 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C)...........................................89
Figura 92 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C)...........................................90
Figura 93 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C). ..................................90
Figura 94 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C)...........................................91
Figura 95 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). ......................93
xv
Figura 96 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). ...................93
Figura 97 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). .......94
Figura 98 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho D). ........................................................................................94
Figura 99 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D)...........................................................................98
Figura 100 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D)...........................................................................98
Figura 101 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho D). ........................................................................................99
Figura 102 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho D).............................................................99
Figura 103 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho D)...........................................................100
Figura 104 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho D). ......................................................................................100
Figura 105 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).........................................................................101
Figura 106 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho D). ......................................................................................101
Figura 107 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho D)...........................................................102
Figura 108 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho D). .................................................................102
Figura 109 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).......................................103
Figura 110 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).......................................103
xvi
Figura 111 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).......................................104
Figura 112 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central
da Avenida - Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). .........104
Figura 113 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do
canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).........................................................................105
Figura 114 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).........................................................................105
Figura 115 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho D). .................................................................106
Figura 116 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). ..............................106
Figura 117 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).......................................107
Figura 118 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). ..............................107
Figura 119 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização –
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D). ..............................108
Figura 120 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa....................................112
Figura 121 - Idade – Rua Calógeras a Rua Ceará. ............................................114
Figura 122 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Ceará. ................................116
Figura 123 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Ceará. ......................117
xvii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resumo de análise de variância sobre se acha necessária a
arborização – Rua Calógeras a Rua Ceará .......................................112
Tabela 2 - Resumo de análise de variância sobre espaçamento entre as
árvores preferida – Rua Calógeras a Rua Ceará .............................113
Tabela 3 - Resumo de análise de variância sobre tipo de poluição que mais o
incomoda – Rua Calógeras a Rua Ceará...........................................114
Tabela 4 - Resumo de análise de variância sobre Existência de boa
iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Ceará..............................115
Tabela 5 - Resumo de análise de variância sobre satisfação com a
vegetação do canteiro central da avenida – Rua Calógeras a Rua
Ceará .................................................................................................116
xviii
RESUMO
Este trabalho analisa a opinião dos transeuntes da avenida Afonso Pena inserido
em um trecho da artéria central da cidade de Campo Grande-MS em relação à
percepção ambiental relativa a arborização urbana, principalmente a arborização
de ruas e ainda determina alguns parâmetros ambientais analisados em relação
às poluições sonora e atmosférica existentes no local. Na sua primeira parte é
apresentada uma revisão bibliográfica, trazendo informações sobre a importância
da arborização, os inúmeros benefícios que trazem a sociedade e como é
importante que a paisagem vegetal urbana seja considerada na gestão das
cidades. Foi então realizado um breve questionário, através de pesquisa de
campo expondo aspectos referentes à percepção ambiental de 120 entrevistados.
Os resultados obtidos são transformados em percentuais analisados e a
conclusão obtida mostra a percepção ambiental assim como a influência do sexo,
idade, escolaridade e meio de locomoção em relação a algumas questões
específicas. Os resultados também mostram unanimidade em relação a questões
como a aprovação a existência de vegetação urbana, em reconhecer a poluição
sonora como um problema ambiental local e ainda manifestar preocupação com a
manutenção.
Palavras-chave: Ambiente urbano. Cidadania. Cidades. Gestão ambiental.
xix
ABSTRACT
This project analyses the opinion of the pedestrians of Afonso Pena Avenue
inserted in a section of the main highway in Campo Grande-MS about their
environmental perception related to urban arborization, specially arborization of
streets, and yet determines some environmental parameters analysed in relation
to resonant and atmospherical pollution at the local. In its first part it is presented a
bibliographical review, bringing together information about the importance of
arborization, its countless benefits to society and how it is important that urban
vegetal landscape should be taken into consideration in the city administration.
Then a questionnaire was developed, through out field research exposing aspects
related to the environmental perception of 120 interviewed. The results are
modified into analysed percentiles and the obtained conclusion demonstrates
environmental perception as well as gender influence, age, level of education and
means of transportation in relation to some specific questions. The results also
indicate unanimity in relation to questions such as the approval in the existence of
urban vegetation, in recognising resonant pollution as a local environmental
problem and yet demonstrate to be worried about its maintenance.
Key-words: Urban environmental. Cites. Citizenship. Environmental administration.
1 INTRODUÇÃO
O espaço urbano é considerado basicamente por áreas edificadas (casas,
comercio e indústrias), áreas destinadas à circulação da população (sistema rodo-
ferroviário) e áreas verdes de edificação (praças, quintais, etc.). As áreas ou
espaços livres podem ser públicos, potencialmente coletivos ou privados.
Denominamos espaços livres de uso público as áreas cujo acesso da população é
livre como os parques, praças, unidades de conservação inseridas na área
urbana e com entrada livre para a população.
As áreas ou espaços livres potencialmente coletivos são aqueles
localizados junto às universidades, escolas e igrejas, onde o acesso da população
é controlado de alguma forma. As áreas privadas são aquelas de propriedade
particular, onde o acesso não é permitido para qualquer cidadão, são jardins e
quintais residenciais, clubes de lazer, áreas de lazer de condomínios e
remanescentes de vegetação natural ou implantada de propriedade particular.
Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo
existente nas cidades, essa vegetação ocupa, fundamentalmente, três espaços
distintos:
a) as áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, citadas
anteriormente;
b) as áreas livres particulares; e
c) áreas que acompanham o sistema viário.
A vegetação urbana constituída pelas árvores nas calçadas, canteiros
centrais, parques e praças públicas e também pelos quintais e jardins é o
componente ambiental mais visível e provavelmente o que primeiro pressiona a
população local ou visitante.
2
A percepção ambiental tem recebido destaque nos últimos 20 anos como
técnica que associa a psicologia com a sociologia e a ecologia auxiliando na
compreensão das expectativas e satisfações e insatisfações da população em
relação ao ambiente em que vive e no reconhecimento dos fatores que afetam a
qualidade de vida ou o bem-estar social.
A percepção da população quanto aos benefícios trazidos por uma
arborização adequada das áreas urbanas tem sido utilizada em alguns bairros ou
cidades do Brasil. Essa ferramenta de pesquisa ainda não havia sido explorada
em Campo Grande-MS, cidade que ainda conta com amplos espaços urbanos
verdes e se destaca no País por suas amplas e bem cuidadas avenidas.
O clima da região é quente a maior parte do ano e a sombra das árvores é
importante. O conhecimento da percepção é um instrumento que a administração
municipal pode utilizar no planejamento e gestão de áreas verdes, atendendo a
população e também para o estabelecimento de programas de Educação
Ambiental.
O presente estudo possuí como objetivo geral avaliar a percepção
ambiental, a fim de focar a arborização urbana existente no local e os efeitos da
ação da poluição atmosférica e sonora em relação aos usuários da Avenida
Afonso Pena entre os trechos das ruas Calógeras a Ceará, na cidade de Campo
Grande no Mato Grosso do Sul. O intuito é realizar uma pesquisa com os usuários
mediante ficha de campo previamente elaborada, onde os resultados foram
elencados estatisticamente; a análise dos resultados levam a conclusão da
pesquisa, evidenciando a percepção ambiental dos cidadãos em relação ao
ambiente construído e a relação entre os espaços arborizados. Conhecer a
legislação vigente para o controle e a gestão da arborização urbana no município
de Campo Grande.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O PLANEJAMENTO DA CIDADE
Planejamento urbano é o estudo integral e integrado das necessidades e
problemas da cidade, com a proposição de medidas que melhor atendem a essas
necessidades e a esses problemas, ou então, é a arte de criar um ambiente onde
apesar de elevada densidade demográfica e da atividade febril, as pessoas
encontrem um lugar decente para viver (RIBEIRO, 1988).
O objetivo primordial e básico do planejamento urbano é a população e a
sua qualidade de vida, sendo todos os estudos, programas, projetos e ações
elaborados com este fim. Outros objetivos ou princípios se seguem, como o de se
alcançar o equilíbrio entre o meio ambiente e o meio socioeconômico, para que
ambos se desenvolvem sem um subjulgar-se ao outro. A eficácia do planejamento
urbano se representa em um processo dinâmico e permanente onde as
intervenções produzem beneficio com menor custo.
Apenas como medida de conceituação pode-se entender que o tamanho
das cidades varia com o tamanho da sua população, assim segue-se a seguinte
classificação:
a) pequena - 5.000 habitantes;
b) média - 5.000 a 500.000 habitantes;
c) grande - 500.000 a menos de 2.000.000 habitantes;
d) metrópole - mais de 2.000.000 habitantes.
Através destas classificações e definições facilita-se a tarefa de planejar e
coordenar o desenvolvimento de uma cidade.
4
2.2 O PLANEJAMENTO E A IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO DE
RUAS
Segundo Milano e Dalcim (2000), quanto ao planejamento da arborização
de ruas, devem ser levados em consideração três aspectos básicos que são as
condições ambientais locais, o espaço físico disponível para o plantio e as
características da espécie a utilizar.
O plantio de árvores ou arvoretas em vias púbicas, torna-se, a cada dia,
uma atividade rotineira, quer seja para a implantação da arborização ou para a
substituição de indivíduos ou espécies.
Muitas vezes este plantio não obtém o êxito que se pretende, seja por
causa da espécie selecionada, seja pela qualidade das mudas usadas ou pelas
técnicas utilizadas neste plantio. Segundo Avita (1977), as árvores mais
adequadas para o plantio em ruas são as que apresentam raízes principalmente
no sentido vertical, ou seja, pivotantes.
A copa das árvores pode ser usada para ocultar fachadas indesejáveis,
mas nunca de esconder obras que apresentam valor arquitetônico, ornamental ou
paisagístico. Além disso, a má escolha e colocação podem influir, prejudicando a
iluminação artificial das ruas. Assim, o formato da copa deve se adequar,
inclusive, ao tipo de iluminação local. Deve-se conhecer as características das
espécies quando adultas, para que se possa planejar adequadamente a sua
colocação em local público, uma vez que, depois de plantadas, torna-se difícil e
até mesmo problemática a sua remoção.
O formato da copa é decorrente de sua arquitetura natural, ou seja, sua
maneira própria de bifurcação dos galhos e do ângulo de inserção desses galhos
no tronco. Assim, existem árvores com formas variadas e cada forma se
harmoniza de modo apropriado com o seu entorno (Figura 1).
5
Figura 1 - Diferentes tipos de copa. Fonte: Centro de Produções Técnicas, 1997.
Para fins práticos, é importante conhecer o desenvolvimento da copa, para
adequá-la aos espaços aéreos disponíveis. Portanto, é importante conhecer o
diâmetro longitudinal, o raio transversal em direção à rua e o raio transversal em
direção à edificação, pois, se incompatíveis, essas medidas podem trazer
transtornos para o trânsito e para moradores.
Aspectos tais como época de plantio, abertura de covas, adubação,
proteção e monitoramento devem ser ponderados quando do plantio. Mudas de
um certo porte, quando bem plantadas, são mais respeitadas pela comunidade e,
conseqüentemente, maiores são as chances de se desenvolverem e se tornarem
adultas. Mudas muito pequenas ou jovens têm maior dificuldade para sobreviver,
sendo vítimas de vandalismo ou mesmo destruídas por acaso pelo movimento
das cidades.
Um aspecto importante a ser observado quando da escolha de espécies
para arborização urbana é em relação ao porte de árvores quando adultas. Em
6
canteiros centrais de avenidas e em calçadas largas, ou em ruas largas, pode-se
optar pelo uso de árvores de porte grande e médio. No entanto, em calçadas
estreitas, deve-se optar por espécies de pequeno porte. Sob fiação, a escolha
deve recair sobre espécies de pequeno porte, de modo a não provocar problemas
na rede elétrica. Se esses cuidados não forem tomados, em pouco tempo, haverá
necessidade de podas, que deformam e tiram a beleza natural das árvores.
A escolha adequada da espécie, em função do espaço aéreo disponível
para o seu desenvolvimento pleno, diminui ou elimina a necessidade de poda.
Para tanto, deve-se observar os padrões impostos pelas companhias de energia
elétrica e transporte urbano (Figura 2).
Figura 2 - Altura normal de redes de energia elétrica, de telefone e de placas de
sinalização. Fonte: Centro de Produções Técnicas, 1997.
7
De modo geral, o porte inadequado das árvores, na arborização urbana,
conflita com redes de energia elétrica e prejudica também as fachadas dos
prédios, as placas de sinalização e o deslocamento de veículos.
2.3 A FUNÇÃO DA ARBORIZAÇÃO
A escolha da espécie adequada para um local é fundamental no
planejamento da arborização urbana. Uma escolha bem feita significa o sucesso
do plano e a diminuição dos onerosos gastos com tratos culturais e manutenção
de árvores colocadas em local errado, de forma incorreta e sem o mínimo de
planejamento anterior.
Vários problemas podem advir do plantio de espécies ornamentais em
locais não apropriados, resultando em custos adicionais e transtornos
desnecessários. Durante a fase de planejamento da arborização urbana, são
vários critérios que devem ser adotados e vários os fatores de riscos que devem
ser ponderados. Dentre estes, pode-se citar a largura das calçadas, a presença
de fiação de rede telefônica, as tubulações de água e esgoto, e a drenagem de
águas pluviais (CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICAS, 1997).
Uma vez conhecidas às características do local, tem-se, então, que partir
para a escolha das espécies a serem plantadas, em que vários critérios devem
ser observados, visando-a adequar cada planta a cada local. O certo é que existe
para cada local determinada espécie de árvore mais recomenda, não se
permitindo generalizações, pois grandes erros podem ser cometidos caso não se
assuma essa premissa (CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICAS, 1997).
Para a arborização urbana é aconselhável a escolha de plantas de
crescimento lento, uma vez que, normalmente, estas plantas, apresentam folhas
que são persistentes, uma boa formação de copa (dispensando as podas) e suas
raízes são profundas, mas isso também depende das canalizações subterrâneas
que cortam a cidade (CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICAS, 1997).
8
As árvores de crescimento rápido, geralmente, apresentam constituição
frágil e com má anatômica, quebrando facilmente com a ação do vento. Estas
espécies se prestam para a arborização de praças ou jardins e canteiros centrais
de avenidas, mas não são recomendadas para calçadas ou locais muito próximos
a vias públicas onde há perigo da queda de galhos danificar veículos ou mesmo
pedestres (CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICAS, 1997).
O plantio de árvores de espécies de crescimento lento, muitas vezes,
conduz à ilusão de que seu desenvolvimento vai demorar muito e que estas serão
mais facilmente danificadas pela população. No entanto, com a escolha de mudas
adequadas para o plantio, corrige-se este problema. Vale lembrar que são
consideradas mudas adequadas aquelas que possuem altura de 2,20 metros e
diâmetro superior a dois centímetros (CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICAS,
1997). Também, se faz importante destacar que o atendimento das exigências
como clima, solo e umidade podem ser fatores decisivos ao sucesso da
arborização urbana . Comumente, espécies de sombra, plantadas a pleno sol, ou
espécies que requerem pouca umidade, plantadas em lugares encharcados, por
exemplo, são vistas como responsáveis por planos de arborização fracassados.
Assim, um levantamento prévio de todas as exigências de desenvolvimento
da espécie, deve ser feito e atendido na medida do possível, se lograr êxito na
arborização da cidade.
Existe para cada tipo de clima, um tipo de vegetação adequada.
2.4 O PORTE ARBÓREO
Um aspecto importante a ser observado quando da escolha de espécies
para arborização urbana é em relação ao porte de árvores quando adultas. Em
canteiros centrais de avenidas e em calçadas largas, ou em ruas largas, pode-se
optar pelo uso de árvores de porte grande e médio (CENTRO DE PRODUÇÕES
TÉCNICAS, 1997). No entanto, em calçadas estreitas, deve-se optar por espécies
de pequeno porte. Sob fiação, a escolha deve recair sobre espécies de pequeno
porte de modo a não provocar problemas na rede elétrica. Se esses cuidados não
9
forem tomados, em pouco tempo, haverá necessidade de podas, que deformam e
tiram a beleza natural das árvores.
As grandes e médias cidades sempre são mais poluídas que as pequenas
ou que o meio rural. Isso porque nelas se encentram indústrias, veículos e
pessoas, agravando o problema do lixo, dos ruídos e emissões industriais, do
congestionamento, do barulho, etc.
Um dos problemas ambientais que surgem nas grandes cidades brasileiras
é a carência de áreas verdes, isto é, de reservas florestais, parques e praças que
contenham bastantes árvores.
Estabeleceu-se internacionalmente que o ideal é 16 m² de área verde por
habitante, no mínimo. Essa é a proporção que pode ser encontrada em cidades
européias como Londres, Estocolmo, Copenhague, Viena, entre outras. Mas, no
Brasil, isso é raro nas grandes e médias cidades (CENTRO DE PRODUÇÕES
TÉCNICAS, 1997).
Em São Paulo, por exemplo, existem apenas 4,5 m2 de vegetação, por
habitantes (BONONI, 2004). Essa carência de áreas verdes agrava ainda mais a
poluição do ar, além de tornar mais restritas as opções de lazer da população, já
que as áreas verdes são em geral em locais de recreação, de esportes, de
passeios ou descanso.
Pois bem, esses problemas, como se referem à qualidade de vida da
população, ao seu ambiente, são também problemas ecológicos e ambientais.
Tais problemas são: as sub-moradias, a carência de infra-estrutura, os espaços
ociosos a espera de valorização e a violência urbana. Acrescentam-se ainda as
migrações pendulares nos grandes centros urbanos, de ida e volta do serviço.
Também as poluições sonora e visual surgem com intensidade em grande
parte dos centros urbanos do país.
O barulho excessivo provém dos veículos em circulação, das obras de
construção, de britadeiras que furam o asfalto para consertos no subsolo, do
grande número de vendedores ambulantes que anunciam suas mercadorias, etc.
10
Esse barulho freqüentemente atinge níveis alarmantes, provocando com o tempo
neuroses em boa parte da população, além da perda progressiva da capacidade
auditiva.
Outra alteração ambiental que a industrialização acarreta nos centros
urbanos é a transformação de um micro-clima especifico nessa área, denominado
clima urbano. É lógico que o clima de uma área não depende apenas de fatores
locais, mas sim, de fatores planetários (massa de ar, circulação atmosférica,
insolação), que são os mais importantes para os climas. Todavia, os fatores
locais, tais como maior ou menor presença de água, de vegetação, de gás
carbônico no ar, etc., também influenciam sobre o clima, embora sua importância
se restrinja a áreas pequenas. Daí o nome micro-clima para designar climas de
áreas restritas, principalmente de algumas cidades. De modo geral, as cidades
industrializadas são mais quentes e mais chuvosas que as áreas rurais que lhes
são vizinhas. A elevação das médias térmicas do centro urbano ocorre devido a
diversos fatores: o “efeito estufa”, provocado pelo aumento do gás carbônico na
atmosfera, o asfaltamento das ruas e avenidas; a presença de enormes massas
de concreto e a ausência de vegetação (MASCARÓ; MASCARÓ, 2002).
Além disso, os enormes edifícios, que surgem especialmente na parte
central das cidades, limitam a ação dos ventos, provocando a formação de
verdadeiras “ilhas de calor” (MASCARÓ; MASCARÓ, 2002). O asfaltamento do
solo urbano dificulta também a infiltração das águas das chuvas, contribuindo
para a ocorrência de enchentes nas épocas de precipitações fortes.
2.5 POLUIÇÃO URBANA
No mundo moderno, um dos fatores que mais contribuem para a quebra do
equilíbrio ecológico é a poluição. Conforme a Resolução Conama n. 1/1986, a
poluição consiste em todo excesso de substâncias introduzidas pelo Homem no
ambiente natural, alterando sua composição e prejudicando a saúde e o bem-
estar dos seres vivos.
A poluição do ar é causada pela presença, em suspensão, de partículas
11
sólidas e gases tóxicos, tais como: dióxido de carbono, monóxido de carbono,
dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio. Os principais agentes poluidores são
indústrias, os automóveis, e outros. Os veículos automotores (caminhões, ônibus,
automóveis), quando concentrados numa cidade, emitem quantidades enormes
de poluentes atmosféricos.
A poluição atmosférica forma sobre as cidades onde ela é densa uma
espécie de neblina, denominada smog, que torna o ar mais escuro e limita a visão
do horizonte. O ar poluído penetra nos pulmões e causa o aparecimento de várias
doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma
e até o câncer pulmonar.
Normalmente, a poluição atmosférica aumenta a temperatura local da
cidade, devido ao “efeito estufa” produzido pelo gás carbônico. O dióxido de
carbono (CO) exerce esse “efeito estufa” sobre as radiações de calor da terra,
interceptando-as e transmitindo-as de volta à superfície. Essa ação é semelhante
a dos vidros de um carro exposto ao sol; eles permitem que os raios solares os
atravessem, retendo o calor no interior do veículo, que vai ficando cada vez mais
quente (HELENE, 1994).
As cidades brasileiras muito poluídas sempre apresentam temperaturas –
hoje mais elevadas do que há vinte anos ou trinta anos – superiores às das áreas
vizinhas.
É uma das poluições mais freqüentes e que causam maior incômodo à
população, especialmente quando ocorre em períodos de descanso noturno e em
fins de semana. É gerada principalmente por atividades industriais, incluindo-se a
indústria de construção civil e também o comércio e serviços, onde se destacam
as lojas de aparelhos de som, discos e fitas, restaurantes e bares, além do
transporte coletivo e individual (HELENE, 1994).
Trata-se de problemas que exigem plantões de fiscalização nos períodos
críticos e programas de educação ambiental para promover mudanças de
comportamento, associadas ao silêncio à saúde.
O barulho causa transtornos psicológicos e mentais, perda do sono e até
12
mesmo tragédias. Mais da metade das reclamações que chegam aos órgãos
municipais de controle ambiental refere-se ao barulho. O ruído indesejado invade
o ambiente e cria tensão psicológica, não facilmente resolvida, a não ser que
cesse a fonte de barulho ou que haja isolamento acústico (HELENE, 1994).
O som propaga-se através do espaço por intermédio de ondas de
diferentes comprimentos ou freqüências, mas geralmente a vegetação é mais
efetiva para reduzir os sons de alta freqüência. Mas o quanto efetivamente ela vai
controlar os níveis sonoros depende, além das características do som
(intensidade, freqüência e direção), do tipo de plantas funcionando como barreira
(localização, altura, largura e densidade dos plantios) e das condições climáticas.
Além de atenuar, o som por meio dos fenômenos já citados, a vegetação pode
agir sobre o mesmo através de sua influencia sobre o clima local, como por
exemplo, a estabilização da temperatura na velocidade e direção do vento e na
umidade.
As ondas sonoras são absorvidas por folhas, galhos e ramos de árvores e arbustos. Geralmente, largas faixas de árvores altas são mais eficientes e as diversas espécies não diferem muito na sua habilidade em reduzir níveis de ruídos, desde que as copas estejam totalmente cheias de folhas (GREY; DENEKE, 1986, p. 79).
No entanto, Ribeiro (2000), coloca que “[...] as barreiras de plantas mistas
são mais eficientes do que as compostas de uma só espécie, pois estas podem
absorver as altas e baixas freqüências sonoras, porém, não absorvem as
médias”.
2.6 CLIMA E MICRO-CLIMA
A vegetação melhora a temperatura do ar no meio ambiente urbano porque
controla esta radiação, pois as folhas a absorvem, interceptam, refletem e
transmitem, fazendo com que se tenha uma sensação de conforto à sombra,
apesar de a temperatura ser apenas uns poucos graus mais baixa do que sob o
sol direto, uma vez que não existe incidência direta de radiação.
13
Aumentando a temperatura do ar em volta e diminuindo a umidade relativa, [...]. Árvores e outra vegetações podem melhorar estes dois fatores também através da evapotranspiração, tanto que as árvores têm sido chamadas de ar condicionado da natureza, uma árvore podendo transpirar 380 litros de água por dia (GREY; DENEKE, 1986, p. 51).
“Uma árvore sozinha não afeta muito sua vizinhança em termos climáticos,
mas grupos de árvores ou mesmo muitas árvores espalhadas podem ser muito
eficientes na melhoria micro-climática” (MILANO; DALCIM, 2000, p. 4).
Os principais elementos climáticos que afetam as pessoas são radiação
solar, temperatura, ventos e umidade, elementos alterados pelas condições de
artificialidade do meio urbano, e existem zonas de conforto associadas a esses
elementos, que variam de pessoa para pessoa. Contudo, podem ser controlados
pelo uso adequado de árvores e arbustos que criam um micro-clima mais
confortável para as pessoas (MILANO; DALCIM, 2000).
“A ação do vento no verão, retira moléculas transpiradas junto aos homens
e árvores, aumentando a evaporação. No inverno, aumenta o resfriamento do ar”
(MILANO; DALCIM, 2000, p. 6).
O vento também afeta o conforto humano, pois tem influencia direta na
alteração das condições de temperatura e umidade. Contudo, os efeitos podem
ser positivos ou negativos, dependendo em grande parte de presença ou não de
vegetação. As plantas também podem conduzir o fluxo de ar para promover a
formação de ventos onde isto for desejável, instalando-se para isto linhas de
vegetação em ângulo com a direção dos ventos muda de estação para estação,
cortinas quebra-ventos podem ser utilizadas para diminuir a velocidade dos
ventos no inverno e conduzir uma brisa agradável no verão (MILANO; DALCIM,
2000).
2.7 AÇÃO DA ARBORIZAÇÃO SOBRE A SAÚDE FÍSICA E MENTAL
DO HOMEM
A capacidade única das árvores em controlar muitos efeitos adversos do meio urbano, contribuindo para a significativa
14
melhoria da qualidade de vida, determina a existência de uma crescente necessidade de áreas verdes urbanas a serem manejadas como um recurso de múltiplo uso em prol de toda a comunidade (TAKAHASHI, 1996).
Espaços arborizados, tanto em ruas quanto em outras áreas, proporcionam
às pessoas locais para descansar física e mentalmente, relaxar, aprender mais
sobre a natureza, crescer espiritualmente, aumentar o convívio social com outras
pessoas, desenvolver sentimentos de auto-estima, fazer exercícios e conservar a
forma, cuidar da saúde, enfim, tornar a vida mais agradável (TAKAHASHI, 1996).
Dado a crescente demanda das comunidades por mais áreas verdes
dentro do meio urbano, pode-se concluir que a vegetação urbana exerce um
importante papel sobre o bem-estar das pessoas, tanto física quanto
psicologicamente.
2.8 CAMPO GRANDE E SUA LOCALIZAÇÃO
Campo Grande é a capital do Mato Grosso do Sul. Localiza-se na micro
região homogênea n. 342, denominada “Pastoril de Campo Grande”, definida
pelas coordenadas geográficas 20˚26’34’’ latitudes sul e 54˚38’47’’ longitude oeste
(Figura 3).
A cidade encontra-se a uma altitude média de 540 a 620 m nas ondulações
do planalto da Serra de Maracajú, e apresenta clima “tropical de altitude” (Cw de
Koppen), com temperatura média mínima de 15 nos meses frios (junho e julho) e
média máxima de 32 no período quente, índice pluviométrico anual de 1.800 mm
(INSTITUTO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E DE MEIO
AMBIENTE, 2003).
Com área total do município de 8.096 km2 e população de 705.975
habitantes (INSTITUTO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E DE MEIO
AMBIENTE, 2004).
15
Figura 3 - Campo Grande - localização. Fonte: Instituto Municipal de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente, 2003.
16
2.9 AVENIDA AFONSO PENA – HISTÓRIA
A Avenida Afonso Pena nasceu de forma modesta, com quadras que se
expandiram com o passar dos anos. Na primeira planta da cidade, datada de
1909, se chamava Marechal Hermes, sendo que a atual Rua 26 de Agosto era
que recebia o nome de Afonso Pena, originalmente Marechal Hermes a via mais
larga, com 50,00 m, enquanto as demais tinham 20,00 m de largura (Figuras 4-5).
Figura 4 - Planta da Avenida Marechal Hermes de Campo Grande, 1909. Fonte: ARCA, 1999.
17
No dia 14 de janeiro de 1916, durante a sessão na Câmara Municipal, o
vereador Francisco Vidal propôs que o nome do local fosse mudado, em 1936
passou a se chamar Avenida Afonso Pena, em homenagem ao Presidente que
autorizou o engenheiro Emilio Schnoor a elaborar o traçado da estrada de ferro
até Cuiabá.
Figura 5 - Planta urbana de Campo Grande – 1921. Fonte: ARCA, 2004.
Hoje, a Avenida Afonso Pena possui mais légua de extensão “cortando” a
cidade desde os quartéis do exército até o Parque dos Poderes (ARCA, 1998).
18
2.10 PERCEPÇÃO AMBIENTAL
O efeito do ambiente sobre o comportamento humano não é analisado de
forma isolada ou não direcionada, considera-se o contexto em que ele ocorre.
Enfatiza-se a relação recíproca, ou seja, tanto o ambiente influencia o
comportamento, quanto é influenciado por ele (OKAMOTO, 2002).
Percepção ambiental foi definida como sendo uma tomada de consciência
do ambiente pelo “homem”, ou seja, perceber o ambiente em que está localizado,
aprendendo a proteger e cuidar dele da melhor forma possível (TRIGUEIRO,
2003).
O homem está constantemente agindo sobre o meio a fim de sanar suas
necessidades e desejos. As ações sobre o ambiente, natural ou construído,
podem afetar a qualidade de vida de varias gerações e os diversos projetos
arquitetônicos ou urbanístico afetam as respostas dos seus usuários e moradores.
E não se esta falando de respostas emocionais, que dependem do humor ou
predisposição do momento, mas da própria satisfação psicológica com o
ambiente (OKAMOTO, 1996).
Os estímulos do meio ambiente são sentidos mesmo sem se ter
consciência disto. Pela mente, diante do bombardeio de estímulos, são
selecionados os aspectos de interesse ou que tenham chamado atenção, e só aí
é que ocorre a percepção (imagem) e a consciência (pensamento, sentimento),
resultando em uma resposta que conduz a um comportamento. Reid (1994),
filósofo escocês, concebe duas funções para os sentidos externos: que nos faz
sentir e a que nos faz perceber. Segundo ele, a sensação, tanto agradável quanto
desagradável, liga-se à crença que desperta em nós a existência de objetos
externos; portanto a soma dos dois elementos – concepção dos objetos e crença
na sua existência – ele denomina de percepção. A percepção, assim, tem sempre
um objeto externo que é, neste caso, a qualidade do objeto percebido pelos
sentidos (FERRARA, 1999).
Cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente frente ao meio.
As respostas ou manifestações são resultados das percepções, dos processos
19
cognitivos, julgamentos e expectativas de cada individuo. Embora nem todas as
manifestações psicológicas sejam evidentes, são constantes, e afetam a conduta,
na maioria das vezes, inconscientemente (VICENTE, 1996).
Os seres humanos, embora sejam inteligentes e racionais, apóiam-se em
sensações como a sensibilidade, a sensualidade (prazer, desprazer), as
observações de caráter íntimo e dos exteriores, baseados nos julgamentos
advindos da visão, do olfato, da audição, do tato, do paladar, da sede, da
passagem do tempo, da temperatura, do movimento, enfim de uma série infinita
de fontes de informações que servem de guias para as ações. Dependendo da
origem familiar ou da educação cultural, a visão da realidade das pessoas é
diferente, seus valores e seus costumes modificam a maneira de enxergar as
coisas, a sua interpretação e maneira de reagir.
O caminho para conhecer a realidade do meio ambiente é a participação
direta e intensa do corpo-mente como um todo, na fase do processo cognitivo,
utilizando todos os sentidos, internos ou externos. O corpo participa ativamente
no processo de conhecimento, principalmente pela constante adaptação ao meio
em que vive e com o qual interage.
A visão, por ocupar cerca de 87% de atividades entre os cinco sentidos
(ACKERMAN, 1992), dá a impressão de que a realidade é o que se vê. A visão
permite ver todo e qualquer movimento, até à longa distância. Tem como primeira
missão instintiva a de localizar e reconhecer qualquer coisa que venha afetar
nossa segurança. Desde o início, o primeiro ato da visão é enxergar a
configuração de tudo ao nosso redor e reconhecer imediatamente se algo
constitui um perigo ou se afeta nossa sobrevivência. Desta maneira, utilizamos a
configuração dos objetos para decodificar e identificar as coisas imediatamente.
Pela rapidez de só identificar as formas, as silhuetas, costuma se ver rápida e
superficialmente, e não se vêem os detalhes, a menos que se pare para prestar
atenção direta no objeto de interesse. A aparência, o contorno e a configuração
das coisas sempre é destacada, como acontece em todos os locais, sejam estes
espaços privados ou públicos. Por tendência natural, a visão, num primeiro
momento, só enxerga a aparência externa dos objetos e a sua configuração.
Existem vários níveis de percepção gradativas da visão (MERLAU-PONTY, 1990):
20
a configuração dos objetos e dos seres; a visão do volume, pelo jogo de luz e
sombra; e a sensação do peso, pela textura e padrão.
Eis porque é importante o perfil do horizonte na cidade e seu partido de
referência. As relações dos objetos entre si e, principalmente, as relações com o
contexto perceptivo, dão os significados social e cultural do meio ambiente em
que vivemos.
“O espaço não é objeto de visão, mas objeto de pensamento“ (MERLAU-
PONTY, 1990).
3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho constou de levantamento bibliográfico, da legislação vigente
sobre a arborização urbana de Campo Grande e do levantamento de dados junto
a entidades governamentais como, Instituto Municipal de Planejamento e de Meio
Ambiente (PLANURB), Secretaria Municipal de Controle Ambiental e Urbanístico
(SEMUR), Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas (SESOP), Agência
Municipal de Trânsito (AGETRAN), Departamento Estadual de Trânsito de Mato
Grosso do Sul (DETRAN-MS), Companhia de Gás do Estado de MS (MS GÁS).
Um diagnóstico da situação atual (2004) da arborização urbana na Avenida
Afonso Pena, nos trechos estudados foi feito a partir de aerofotogrametria no
laboratório de geoprocessamento da Universidade para o Desenvolvimento do
Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP) e fotografias.
A percepção ambiental dos usuários da Avenida Afonso Pena incluindo
moradores, transeuntes, empregados do comércio e serviços locais foi feito
através de questionários previamente elaborados. As respostas obtidas da
aplicação dos questionários receberam tratamento estatístico utilizando os softers
SPHINX e SPSS10, onde os dados foram correlacionados pela ANOVA e
comparações múltiplas de Bonferroni, com nível de confiança de 95%.
O trecho da Avenida Afonso Pena considerado entre as ruas Calógeras e
Ceará foi selecionado para o desenvolvimento da pesquisa por ser o trecho que
abrange a área central da cidade, com setores comerciais e residenciais que
englobam aspectos urbanísticos variáveis como, perfil de calçadas e passeios,
iluminação, canteiros, arborização de ruas e aspectos ambientais.
Esse estudo foi subdividido em quatro trechos para a aplicação dos
questionários. Trecho A – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa; Trecho B – Rua Rui
Barbosa a Rua José Antônio (Obelisco); Trecho C – Rua José Antônio a Rua
Bahia e Trecho D – Rua Bahia a Rua Ceará.
22
Através de uma ficha de campo foram entrevistados um total de 120
pessoas, 30 pessoas/trecho. O conteúdo do questionário abrange desde o perfil
do entrevistado (sexo, idade, escolaridade e meio de locomoção) até
características inqueridas sobre a arborização de ruas (preferência por ruas
arborizadas ou não, altura, espaçamento de copa, arborização existente nos
canteiros, sombra, iluminação, trecho mais agradável) e aspectos ambientais
(ventilação, período de maiores ruídos, tipos de poluição: sonora e atmosférica)
inseridos no local, conforme ficha de campo com quinze questões, detalhada a
seguir:
23
UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL
CURSO DE MESTRADO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA OPINIÃO DO CIDADÃO (USUÁRIO) FICHA DE CAMPO
Avenida Afonso Pena - estudo feito por trechos:
( ) Trecho A - Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa ( ) Trecho B - Rua Rui Barbosa a Rua José Antônio (obelisco) ( ) Trecho C - Rua José Antônio a Rua Bahia ( ) Trecho D - Rua Bahia a Rua Ceará
Dia: ____ / _____ / 2004.
PERFIL DO ENTREVISTADO
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Idade: ( ) < 20 anos ( ) 20 a 40 anos ( ) > 40 anos
Escolaridade: ( ) 1º grau ( ) 2º grau ( ) 3º grau
Meio de locomoção: ( ) a pé ( ) ônibus ( ) automóvel ( ) motocicleta
OPINIÃO DO ENTREVISTADO
1) Você gosta de ruas arborizadas?
( ) sim ( ) não
Por que?........................................................................................................................
2) Qual a altura de árvore que você prefere?
( ) baixa < 6 m ( ) média 6-12 m ( ) alta > 12 m
3) Qual é o espaçamento entre as árvores que você prefere?
( ) copas entrelaçadas ( ) copas separadas
24
4) O que você acha da arborização desses canteiros?
( ) bem arborizado ( ) mal arborizado
5) Sobre as árvores: ( ) fazem sombra ( ) fazem pouca sombra ( ) poderia fazer mais
6) A ventilação nesta rua é adequada? ( ) sim ( ) não
7) Qual é o período de maiores ruídos? (Obs.: máximo de 2 opções) ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) madrugada ( ) todos os períodos
8) Qual o tipo de poluição desta rua que mais a incomoda? ( ) sonora ( ) atmosférica ( ) ambas
9) É boa a iluminação nesta rua? ( ) sim ( ) não
10) Você acha que a arborização desta rua interfere na iluminação? ( ) sim ( ) não
Por que?........................................................................................................................
11) Você está satisfeito com a vegetação e a arborização do canteiro central da avenida?( ) sim ( ) não
Se não, como gostaria que fosse?.........................................................
...............................................................................................................
...............................................................................................................
12) Você acha necessária a arborização? ( ) sim ( ) não
Por que?........................................................................................................................
13) Que trecho da Av. Afonso Pena é mais agradável para você? ( ) Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa ( ) Rua Rui Barbosa a Rua José Antônio (obelisco) ( ) Rua José Antônio a Rua Bahia ( ) Rua Bahia a Rua Ceará
14) Você acha que a avenida poderia ser mais arborizada? ( ) sim ( ) não Em que trecho?
( ) Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa ( ) Rua Rui Barbosa a Rua José Antônio (obelisco) ( ) Rua José Antônio a Rua Bahia ( ) Rua Bahia a Rua Ceará
15) Você tem alguma sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização?
......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 A LEGISLAÇÃO DE CONTROLE E GESTÃO DA
ARBORIZAÇÃO URBANA EM CAMPO GRANDE-MS
O levantamento sobre a legislação permitiu relacionar nove normas legais
entre 1973 a 1996 e estão centrados principalmente no uso e ocupação do solo,
hierarquia do sistema viário, participação de terceiros na gestão de áreas verdes,
utilização de espécies frutíferas na arborização de áreas públicas e funções da
polícia administrativa na proteção da vegetação, sendo:
a) Lei n. 1.429, de 29 de janeiro de 1973: define as áreas de aglomeração
urbana regulamenta a abertura, o uso de ocupação urbanos do solo,
define as diretrizes do sistema viário e/ das áreas verdes e dá outras
providências (LEGISLAÇÃO..., 2004d);
b) Lei n. 6.766, dezembro de 1979: dispõe sobre o parcelamento do solo
urbano e dá outras providências – Lei Federal (LEGISLAÇÃO..., 2004b;
LEGISLAÇÃO..., 2004d);
c) Lei n. 2.158, de 21 de outubro de 1983: institui o plantio obrigatório de
árvores frutíferas para fins de arborização dos logradouros públicos,
jardins, parques municipais e dá outras providências (LEGISLAÇÃO...,
2004b; LEGISLAÇÃO..., 2004d);
d) Lei n. 2.567, de 08 de dezembro de 1988: Legislação de Ordenamento
do Uso e de Ocupação do Solo do Município de Campo Grande-MS,
Anexo VI ; A.3.2 – I; XII – d (LEGISLAÇÃO..., 2004a; LEGISLAÇÃO...,
2004c; LEGISLAÇÃO..., 2004d);
26
e) Lei n. 2.818, de 10 de julho de 1991: dispõe sobre criação do programa
para construção de praças e áreas verdes por terceiros e da outras
providências (LEGISLAÇÃO..., 2004b);
f) Lei n. 2.909, de 28 de julho de 1992: instituiu o código de polícia
administrativa do município de Campo Grande-MS, e dá outras
providências (LEGISLAÇÃO..., 2004a; LEGISLAÇÃO..., 2004b;
LEGISLAÇÃO..., 2004d);
g) Lei n. 3.201, de 31 de outubro de 1995: dispõe sobre a arborização no
município de Campo Grande e dá outras providências (LEGISLAÇÃO...,
2004b; LEGISLAÇÃO..., 2004d);
h) Decreto n. 6.952, de 06 de maio de 1994: decreta: art. 1 – as Leis n.
2.818 e 2.820 ambas datadas de 10 de julho de 1991, são
regulamentadas pelo disposto nesse Decreto. Art. 2 – para o
cumprimento do disposto nas Leis citadas no artigo anterior, fica
instituído o programa de parceria municipal – PROPAM
(LEGISLAÇÃO..., 2004a; LEGISLAÇÃO..., 2004d);
i) Decreto n. 7.360, de 13 de dezembro de 1996: institui a hierarquia do
Sistema Viário da cidade de Campo Grande e dá outras providências
(LEGISLAÇÃO..., 2004c; LEGISLAÇÃO..., 2004d).
A gestão pública da arborização urbana de outros áreas verdes conta com
uma legislação vigente específica que não prevê a participação popular direta.
27
4.2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
DA AVENIDA AFONSO PENA ENTRE A RUA CALÓGERAS A
CEARÁ
O Figura 6 mostra a planta com a localização da Avenida Afonso Pena
como artéria central da cidade de Campo Grande.
O Figura 7 mostra o trecho selecionado para a área deste estudo.
Os Figuras 8 a 11 mostram a localização dos trechos, denominados A, B, C
e D, escolhidos.
As Figuras 12 a 15 estão relacionadas aos croquis mostrando os pontos do
registro fotográfico da situação atual da vegetação em relação entre o homem e a
paisagem dispostos nas calçadas e canteiro central da Avenida Afonso Pena.
As Figuras 16 a 19 são pontos do registro fotográfico nos trechos durante a
pesquisa.
28
Figura 6 - Eixo da Avenida Afonso Pena em Campo Grande-MS.
29
Figura 7 - Trecho da Avenida Afonso Pena utilizado para estudo da percepção
ambiental dos usuários em relação a arborização urbana, poluição atmosférica e sonora e outros aspectos urbanísticos e ambientais.
30
Figura 8 - Aereofotogramétrico do trecho A da Avenida Afonso Pena entre as ruas
Calógeras a Rui Barbosa, na cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul.
31
Figura 9 - Aereofotogramétrico do trecho B da Avenida Afonso Pena entre as ruas Rui
Barbosa a José Antônio (Obelisco), na cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul.
32
Figura 10 - Aereofotogramétrico do trecho C da Avenida Afonso Pena entre as ruas
José Antônio a Bahia, na cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul.
33
Figura 11 - Aereofotogramétrico do trecho D da Avenida Afonso Pena entre as ruas
Bahia a Ceará, na cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul.
34
Figura 12 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação atual da
vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do trecho A da Avenida Afonso Pena entre as ruas Calógeras a Rui Barbosa.
Figura 13 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação atual da
vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do trecho B da Avenida Afonso Pena entre as ruas Rui Barbosa a José Antônio (Obelisco).
35
Figura 14 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação atual da
vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do trecho C da Avenida Afonso Pena entre as ruas José Antônio a Bahia.
Figura 15 - Croqui, mostrando os pontos do registro fotográfico da situação atual da
vegetação em relação entre o homem e a paisagem, do trecho D da Avenida Afonso Pena entre as ruas Bahia a Ceará.
36
Figura 16 - Pontos do registro fotográf
ruas Calógeras a Rui Barb
01
87
ico no trecho Aosa.
02
03
0405
06 0 0– Avenida Afonso Pena entre as
37
9 Figura 17 - Pontos do registro fotográ
ruas Rui Barbosa a José A
0
3
fico nntôn
10
2
11 11
146
15 1o trecho B – Avenida Afonso Pena entre as io (Obelisco).
38
8 Figura 18 - Pontos do registro fotográ
ruas José Antônio a Bahia
17
9
1
fico .
1
0
1n
2
2
2 223
o trecho
24
C – Avenida Afonso Pena entre as
39
Figura 19 - Pontos do registro fotográf
ruas Bahia a Ceará.
25
87
21
ico no trecho
26
2
229
303
3D – Avenida Afonso Pena entre as
40
4.3 PERCEPÇÃO AMBIENTAL
A percepção ambiental dos usuários da Avenida Afonso Pena do trecho A
– entre as ruas Calógeras e Rui Barbosa apresenta-se os resultados do
questionário aplicado por trechos estudados conforme a metodologia aplicada
nesse trabalho, estão a seguir relacionados nos Figuras 20 a 44.
A percepção ambiental dos usuários da Avenida Afonso Pena do trecho B
– entre as ruas Rui Barbosa e José Antônio (Obelisco) apresenta-se os resultados
do questionário aplicado por trechos estudados conforme a metodologia aplicada
nesse trabalho, estão a seguir relacionados nas Figuras 45 a 69.
A percepção ambiental dos usuários da Avenida Afonso Pena do trecho C
– entre as ruas José Antônio e Bahia apresenta-se os resultados do questionário
aplicado por trechos estudados conforme a metodologia aplicada nesse trabalho,
estão a seguir relacionados nas Figuras 70 a 94.
A percepção ambiental dos usuários da Avenida Afonso Pena do trecho D
– entre as ruas Bahia e Ceará apresenta-se os resultados do questionário
aplicado por trechos estudados conforme a metodologia aplicada nesse trabalho,
estão a seguir relacionados nas Figuras 95 a 119.
41
4.3.1 Perfil dos entrevistados – trecho A
Os usuários que responderam os questionários deste trecho eram pessoas
transinuantes da avenida, 56,0% das pessoas entrevistadas eram do sexo
masculino e 43,0% das pessoas do sexo feminino (Figura 20); 60,0% com idade
entre 20 a 40 anos, 23,3% com idade acima de 40 anos e 16,7% com idade até
20 anos (Figura 21); 40,0% das pessoas possuíam escolaridade de 1º. Grau,
33,3% escolaridade em nível de 3º Grau, e 26,7% escolaridade de 2º Grau
(Figura 22); como meio de locomoção 53,3% das pessoas utilizam ônibus, 30,0%
utilizam automóvel, 10,0% utilizam motocicleta e 6,7% das pessoas andam a pé
(Figura 23).
42
Feminino43,3%
Masculino56,7%
Figura 20 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
< 20 anos16,7%
20 a 40 anos60,0%
> 40 anos23,3%
Figura 21 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
43
1º Grau40,0%
2º Grau26,7%
3º Grau33,3%
Figura 22 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
Motocicleta 10,0%
A pé6,7%
Ônibus53,3%
Automóvel30,0%
Figura 23 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
44
4.3.2 Opinião dos entrevistados – trecho A
A opinião dos entrevistados em relação as perguntas aplicadas
correspondeu que, 100% dos entrevistados gostam de ruas arborizadas (Figura
24). As razões dessa preferência foram: 46,6% relacionaram a existência da
sombra, 36,7% dos entrevistados objetivando por função de ter um ar mais puro,
a qualidade do ar fica melhor, 10,0% ressaltaram a beleza e 6,7% a qualidade de
vida (Figura 25). Quanto a altura de árvores, os entrevistados preferiram: 66,7%
árvores de porte médio entre 6-12 metros, 30,0% árvores de porte alto maiores de
12 metros e 3,3% preferiram árvores de porte baixa menores que 6 metros
(Figura 26). Quanto ao espaçamento entre as árvores: 66,7% dos entrevistados
preferirem copas separadas e 33,3% por copas entrelaçadas (Figura 27). Em
relação a arborização dos canteiros 90,0% dos entrevistados acham bem
arborizados e 10,0% acham mal arborizados (Figura 28). Sobre as árvores 66,7%
dos entrevistados acham que fazem sombra, 26,7% acham que poderia fazer
mais sombra e 6,7% acham que fazem pouca sombra (Figura 29). Quanto a
ventilação dessa rua: 86,0% dos entrevistados acham que a ventilação esta
adequada e 13,3% acham que a ventilação não esta adequada (Figura 30). Sobre
o período de maiores ruídos, 30,0% dos entrevistados dizem que é o período da
tarde, 26,6% dizem que são os períodos da manhã e da tarde, 20,0% consideram
que é o período da manhã, 16,7% opinaram todos os períodos e 6,7% dizem que
são os períodos da tarde e noite (Figura 31). Em relação ao tipo de poluição
dessa rua que mais incomoda, 50,0% dos entrevistados opinam que é a poluição
sonora, 26,7% consideram a sonora e a atmosférica e 23,3% opinam pela
poluição atmosférica (Figura 32). Em relação a existência de boa iluminação,
80,0% dos entrevistados acham boa a iluminação nesta rua e 20,0% acham que
não é boa a iluminação (Figura 33). Quanto a arborização dessa rua interfere na
iluminação, 13,3% dos entrevistados acham que há interferência da arborização
com a iluminação (Figura 34), objetivando a razão que, 66,7% dos entrevistados
opinam que as árvores tampam as lâmpadas e 33,3% por que as árvores são
altas e são muito próximas uma da outra (Figura 35), já 86,7% dos entrevistados
acham que não há interferência entre a arborização e a iluminação (Figura 34)
objetivando a razão que, 33,0% dos entrevistados opinam que está bom assim,
45
23,8% opinam que as árvores não atrapalham a iluminação, 23,8% acham que
estão bem distribuídas as árvores com a iluminação, 9,5% opinam que à noite
tem boa iluminação, 4,8% dos entrevistados justificam que no canteiro central
onde se localizam as árvores não há postes de iluminação e 4,8% dos
entrevistados opinam que os postes são maiores que as árvores (Figura 36).
Sobre a satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da
avenida 70,0% dos entrevistados dizem que estão satisfeitos e 30,0% dizem que
não estão satisfeitos (Figura 37), objetivando que gostaria que fosse assim:
43,8% dos entrevistados opinam que poderia ser mais cuidado, poderia ser
melhor, 31,3% opinam que poderia plantar mais flores e arbustos, 12,5% dos
entrevistados opinam que falta manutenção, justificando que estão abandonados
os canteiros, 6,3% dos entrevistados consideram os canteiros vazios e 6,3%
opinam que poderiam organizar mais os canteiros e até mesmo as árvores
(Figura 38). Em relação de achar necessária a arborização, 100% dos
entrevistados acham necessária a arborização (Figura 39), objetivando a razão
que 32,0% opinam que o ar fica melhor, 22,0% opinam pela sombra, 20,0%
opinam pela beleza, estética justificando que a cidade fica mais bonita, 10,0%
opinam pelo bem-estar, 8,0% opinam na quebra da poluição e 8,0% dos
entrevistados opinam em manter o ecossistema (Figura 40). Sobre o trecho da
avenida o mais agradável ao entrevistado resultou que, 60,0% dos entrevistados
sugeriu o trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa, 30,0% dos entrevistados
sugeriu o trecho B – rua Rui Barbosa a rua José Antônio (Obelisco) e 10,0% dos
entrevistados sugeriu o trecho C – rua José Antônio a rua Bahia (Figura 41). Em
relação se a avenida poderia ser mais arborizada, 80,0% dos entrevistados
acham que poderia ser mais arborizada e 20,0% acham que não poderia ser mais
arborizada (Figura 42). Dos 80,0% dos entrevistados que opinaram que poderia
se mais arborizada a avenida resultou a preferência que, 83,0% optou pelo trecho
D – rua Bahia a rua Ceará, 8,3% optou pelo trecho C – rua José Antônio a rua
Bahia, 4,2% optou pelo trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa e 4,2% optou
pelo trecho B – rua Rui Barbosa a rua José Antônio (Obelisco) (Figura 43). Foi
encerrado o questionário perguntando-se ao entrevistado se tinha alguma
sugestão ou algum comentário a fazer sobre a atual arborização, 25,0% disseram
não ter nenhum comentário a fazer, 13,9% opinaram que poderia manter podas e
46
manutenções freqüentemente, 13,9% dos entrevistados acharam que poderia
melhorar com flores nos canteiros da avenida, 13,9% dos entrevistados opinou
que poderia tirar essas árvores velhas justificando que estão causando acidentes,
11,1% dos entrevistados opinou que poderia valorizar mais a arborização, 8,3%
queriam mais limpeza nos canteiros, 8,3% acham que está bom assim, 2,8%
considerou que em alguns pontos ainda faltam árvores na rua e 2,8% dos
entrevistados acham que falta arborizar mais nas calçadas (Figura 44).
47
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 24 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
36,7%
46,6%
10,0%6,7%
Ar mais puro, qualidade do ar melhor Existência da sombra
Beleza Qualidade de vida
Figura 25 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
48
Baixa (< 6 m)3,3%
Média (6-12 m)66,7%
Alta (> 12 m)30,0%
Figura 26 - Altura de árvore que preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho
A).
Copas entrelaçadas
33,3%
Copas separadas66,7%
Figura 27 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
49
Bem arborizado90,0%
Mal arborizado10,0%
Figura 28 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A).
Fazem sombra66,7%
Fazem pouca sombra6,7%
Poderia fazer mais26,7%
Figura 29 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
50
Sim86,7%
Não13,3%
Figura 30 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
20,0%
30,0%
0,0% 0,0%
16,7%
26,6%
6,7%
Manhã Tarde Noite Madrugada
Todos os períodos Manhã e tarde Tarde e noite
Figura 31 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
51
Sonora50,0%
Atmosférica23,3%
Ambas26,7%
Figura 32 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A).
Sim80,0%
Não20,0%
Figura 33 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
52
Sim13,3%
Não86,7%
Figura 34 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho A).
66,7%
33,3%
As árvores tampam as lâmpadas
As árvores são altas e são uma mais próxima da outra
Figura 35 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
53
4,8% 4,8%
9,5%
33,3%
23,8% 23,8%
Postes são maiores que as árvoresNo canteiro central onde se localiza as árvores não tem poste de iluminaçãoÀ noite tem boa iluminaçãoEstá bom assimÁrvores não atrapalham a iluminaçãoÉ bem distribuidas as árvores com a iluminação
Figura 36 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho A).
Sim70,0%
Não30,0%
Figura 37 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
54
31,30%
43,80%
6,30%
12,50%
6,30%
Plantar mais flores e arbusto
Cuidar mais, ser melhor
Canteiros estão vazios
Falta de manutenção, está abandonado os canteiros
Organizar mais os canteiros e até mesmo as árvores
Figura 38 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do canteiro central da
Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 39 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
55
20,00%
8,00%
32,00%
22,00%
10,00%8,00%
Beleza, estética (cidade mais bonita) Manter o ecossistema
O ar fica melhor Sombra
Bem estar Quebra a poluição
Figura 40 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho A).
Rua Bahia a Rua Ceará0,0%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
60,0%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)30,0%
Rua José Antônio a Rua Bahia
10,0%
Figura 41 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
56
Sim80,0%
Não20,0%
Figura 42 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho A).
Rua Bahia a Rua Ceará83,3%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
4,2%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)4,2%
Rua José Antônio a Rua Bahia
8,3%
Figura 43 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho A).
57
2,8%
11,1%
25,0%
13,9%
8,3%
13,9%
8,3%
13,9%
2,8%
Em aguns pontos ainda faltam árvores
Valorizar mais a arborização
Nenhum comentário a fazer
Manter podas e manutenção freqüêntes
Limpeza nos canteiros
Melhorar, faltam flores nos canteiros da avenida
Está bom assim
Tirar essas árvores mais velhas, pois estão causando acidentes
Arborizar as calçadas
Figura 44 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho A).
58
4.3.3 Perfil dos entrevistados – trecho B
Os usuários que responderam os questionários deste trecho são pessoas
transinuantes da avenida, 53,3% das pessoas são do sexo masculino e 46,7% do
sexo feminino (Figura 45); 50,0% com idade entre 20 a 40 anos, 20,0% com idade
acima de 40 anos e 30,0% com idade até 20 anos (Figura 46); 40,0% das
pessoas possuíam escolaridade de 1º. Grau, 16,7% com escolaridade de nível de
3º Grau e 43,3% com escolaridade de 2º Grau (Figura 47); como meio de
locomoção, 26,7% dos entrevistados utilizam ônibus, 33,3% utilizam automóvel,
20,0% utilizam motocicleta e 20,0% das pessoas andam a pé (Figura 48).
59
Feminino46,7%
Masculino53,3%
Figura 45 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
< 20 anos30,0%
20 a 40 anos50,0%
> 40 anos20,0%
Figura 46 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
60
1º Grau40,0%
2º Grau43,3%
3º Grau16,7%
Figura 47 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
Motocicleta 20,0%
A pé20,0%
Ônibus26,7%
Automóvel33,3%
Figura 48 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
61
4.3.4 Opinião dos entrevistados – trecho B
A opinião dos entrevistados em relação as perguntas aplicadas
correspondeu que, 100% dos entrevistados gostam de ruas arborizadas (Figura
49), as razões dessa preferência foram: 25,5% relacionaram a existência da
sombra, 25,5% dos entrevistados objetivando por função de melhorar o ar, 19,1%
ressaltaram a beleza, 17,0% justificam que o ambiente fica melhor, 8,5%
ressaltaram pelo conforto e 4,3% dos entrevistados já objetiva justificando menos
poluição (Figura 50). Quanto a altura de árvores, os entrevistados preferiram:
63,3% árvores de porte médio entre 6-12 metros, 30,0% árvores de porte alto
maiores de 12 metros e 6,7% já preferirem árvores de porte baixa menores que 6
metros (Figura 51). Quanto ao espaçamento entre as árvores: 30,0% dos
entrevistados preferirem copas separadas e 70,0% por copas entrelaçadas
(Figura 52). Em relação a arborização dos canteiros 36,7% dos entrevistados
acham bem arborizados e 63,3% acham mal arborizados (Figura 53). Sobre as
árvores 30,0% dos entrevistados acham que fazem sombra, 60,0% acham que
poderiam fazer mais sombra e 10,0% acham que fazem pouca sombra (Figura
54). Quanto a ventilação dessa rua: 80,0% dos entrevistados acham que a
ventilação esta adequada e 20,0% acham que a ventilação não esta adequada
(Figura 55). Sobre o período de maiores ruídos, 33,3% dos entrevistados dizem
que é o período da tarde, 23,3% dizem que são os períodos da manhã e da tarde,
33,30% opinaram todos os períodos, 3,3% dizem que são os períodos da tarde e
noite, 3,3% opinaram o período da noite e 3,30% dizem que é o período da
madrugada (Figura 56). Em relação ao tipo de poluição dessa rua que mais
incomoda, 46,7% dos entrevistados opinam que é a poluição sonora, 26,7%
consideram a sonora e a atmosférica e 26,7% opinam pela poluição atmosférica
(Figura 57). Em relação a existência de boa iluminação, 80,0% dos entrevistados
acham boa a iluminação nesta rua e 20,0% acham que não é boa a iluminação
(Figura 58). Quanto a arborização dessa rua interfere na iluminação, 36,7% dos
entrevistados acham que há interferência da arborização com a iluminação
(Figura 59), objetivando a razão que, 38,5% opinam que os postes estão muito
próximos das árvores, 30,8% opinam que muitos galhos estão cobrindo as
lâmpadas, 15,4% opinam que a arborização interfere um pouco na iluminação,
62
7,7% opinam que faltam lâmpadas em alguns pontos e 7,7% dos entrevistados
opinam justificando que os postes são mal distribuídos no local (Figura 60), já
63,3% dos entrevistados acham que não há interferência entre a arborização e a
iluminação (Figura 59) objetivando a razão que, 27,8% dos entrevistados opinam
que as árvores estão bem localizadas com os postes de iluminação, 22,2%
justificam que as árvores não atrapalham, 22,2% opinam que é bem claro aqui,
16,7% consideram que os canteiros quase não há postes de iluminação e 11,1%
dos entrevistados opinam que as árvores estão mais altas do que os postes de
iluminação (Figura 61). Sobre a satisfação com a vegetação e a arborização do
canteiro central da avenida 40,0% dos entrevistados dizem que estão satisfeitos e
60,0% dizem que não estão satisfeitos e que gostariam (Figura 62), e que fosse
assim: 26,9% dos entrevistados opinam que poderia ser melhor, mais cuidado,
19,2% opinam que poderia ser mais arborizado, 19,2% opinam que poderia
renovar a vegetação, 11,5% opinam que faltam flores e plantas, 7,7% dos
entrevistados opinam que poderia escolher melhor as espécies das árvores
justificando principalmente nas calçadas, 7,7% dizem que falta mais árvores em
alguns pontos, 3,8% dos entrevistados dizem que está bom assim e 3,8% dos
entrevistados opinam justificando em podar arbustos em alguns lugares por
motivo estão atrapalhando a visão (Figura 63). Em relação de achar necessária a
arborização 100,0% dos entrevistados acham necessária a arborização (Figura
64), objetivando a razão que 29,4% dos entrevistados opinam por motivo a
sombra, 25,5% opinam que melhora o ambiente, 23,5% opinam justificando que o
ar fica melhor, 13,7% opinam pela beleza, estética, 5,9% dos entrevistados
opinam pela diminuição da poluição e 2,0% dos entrevistados opinam justificando
que diminui o ruído especificando o barulho (Figura 65). Sobre o trecho da
avenida o mais agradável ao entrevistado resultou que, 20,0% dos entrevistados
sugeriu o trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa, 50,0% dos entrevistados
sugeriu o trecho B – rua Rui Barbosa a rua José Antônio (obelisco), 10,0% dos
entrevistados sugeriu o trecho C – rua José Antônio a rua Bahia e 20,0% dos
entrevistados sugeriu o trecho D – rua Bahia a rua Ceará (Figura 66). Em relação
se a avenida poderia ser mais arborizada, 90,0% dos entrevistados acham que
poderia ser mais arborizada e 10,0% acham que não poderia ser mais arborizada
(Figura 67). Dos 90,0% dos entrevistados que opinaram que poderia ser mais
63
arborizada a avenida resultou a preferência que, 74,1% optou pelo trecho D – rua
Bahia a rua Ceará, 14,8% optou pelo trecho C – rua José Antônio a rua Bahia e
11,1% dos entrevistados optou pelo trecho B – rua Rui Barbosa a rua José
Antônio (obelisco) (Figura 68). Foi encerrado o questionário perguntando-se ao
entrevistado se tinha alguma sugestão ou algum comentário a fazer sobre a atual
arborização, 25,6% dos entrevistados opinou que poderia melhorar mais a
arborização e a manutenção delas justificando em ter podas periódicas, 13,9%
disseram não ter nenhum comentário a fazer, 11,6% dos entrevistados opinou
que faltam árvores com floração, 9,3% acham que poderia ser melhor, 7,0% dos
entrevistados opinou que faltam árvores ainda em alguns pontos das calçadas,
7,0% opinou que poderia escolher mais as plantas justificando que temos muitas
plantas do cerrado para aproveitar, 7,0% acham que poderia retirar as árvores
antigas justificando que estão causando muitos acidentes, 7,0% dos entrevistados
opinou que só temos árvores que falta mais vegetações, 4,7% solucionaram que
poderia haver mais árvores, 4,6% dos entrevistados acham que está bom assim e
2,3% dos entrevistados opinou que falta consciência, principalmente a dos
construtores (Figura 69).
64
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 49 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
25,5%
4,3%
19,1%
8,5%
25,5%
17,0%
Melhora o ar Menos poluição Beleza
Conforto Sombra Ambiente fica melhor
Figura 50 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
65
Baixa (< 6 m)6,7%
Média (6-12 m)63,3%
Alta (> 12 m)30,0%
Figura 51 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
Copas entrelaçadas
70,0%
Copas separadas30,0%
Figura 52 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
66
Bem arborizado36,7%
Mal arborizado63,3%
Figura 53 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B).
Fazem sombra30,0%
Fazem pouca sombra10,0%
Poderia fazer mais60,0%
Figura 54 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
67
Sim80,0%
Não20,0%
Figura 55 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
0,00%
33,30%
3,30% 3,30%
33,30%
23,30%
3,30%
Manhã Tarde Noite Madrugada
Todos os períodos Manhã e tarde Tarde e noite
Figura 56 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
68
Sonora46,7%
Atmosférica26,7%
Ambas26,7%
Figura 57 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B).
Sim80,0%
Não20,0%
Figura 58 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
69
Sim36,7%
Não63,3%
Figura 59 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho B).
38,5%
15,4%
30,8%
7,7% 7,7%
Os postes estão muito próximos das árvores
Um pouco
Muitos galhos estão cobrindo as lâmpadas
Faltam lâmpadas em alguns pontos
Postes mal distribuídos no local
Figura 60 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
70
27,8%
22,2%
11,1%
16,7%
22,2%
Bem localizada as árvores com os postes de iluminação
Não atrapalham
Árvore estão mais altas que os postes de iluminação
No canteiro quase não há postes
É bem claro aqui
Figura 61 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho B).
Sim40,0%
Não60,0%
Figura 62 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
71
19,2%
26,9%
7,7%
3,8%
7,7%
19,2%
11,5%
3,8%
Mais arborizado
Poderia ser melhor, mais cuidadoEscolher melhor as espécies das árvores (principalmente nas calçadas)Está bom assimFalta mais árvores em alguns pontosRenovar a vegetação
Faltam flores, plantasPodar arbustos em alguns lugares - atrapalham a visão
Figura 63 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do canteiro central da
Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
72
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 64 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho B).
13,7%
2,0%
23,5%
29,4%
25,5%
5,9%
Beleza, estética Diminui o ruído, barulho O ar fica melhor
Sombra Melhora o ambiente Diminui a poluição
Figura 65 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
73
Rua Bahia a Rua Ceará20,0%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
20,0%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)50,0%
Rua José Antônio a Rua Bahia
10,0%
Figura 66 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho B).
Sim90,0%
Não10,0%
Figura 67 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
74
Rua Bahia a Rua Ceará74,1%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
0,0%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)11,1%
Rua José Antônio a Rua Bahia
14,8%
Figura 68 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua
Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
4,6%
25,6%
13,9%
7,0%
4,7%
9,3%
7,0%
2,3%
11,6%
7,0% 7,0%
Está bom assimMelhorar mais arborização e a manutenção delas/podas periódicasNenhum comentário a fazerFaltam árvores ainda em alguns pontos das calçadasPoderia haver mais árvoresPoderia ser melhorEscolher mais as plantas, temos muitas plantas do cerrado para aproveitarFalta de consciência, principalmente os construtoresFaltam árvores com floraçãoRetirar as árvores antigas, pois estão causando muitos acidentesSó temos as árvores, falta mais vegetação.
Figura 69 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho B).
75
4.3.5 Perfil dos entrevistados – trecho C
Os usuários que responderam os questionários deste trecho eram pessoas
transinuantes da avenida, 40,0% das pessoas entrevistadas eram do sexo
masculino e 60,0% do sexo feminino (Figura 70); 56,7% com idade entre 20 a 40
anos, 30,0% com idade acima de 40 anos e 13,3% com idade até 20 anos (Figura
71); 36,7% das pessoas possuíam escolaridade de 1º. Grau, 16,7% com
escolaridade de nível de 3º Grau e 46,7% com escolaridade de 2º Grau (Figura
72); como meio de locomoção, 66,7% utilizam ônibus, 16,7% utilizam automóvel,
6,7% utilizam motocicleta e 10,0% das pessoas andam a pé (Figura 73).
76
Feminino60,0%
Masculino40,0%
Figura 70 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
< 20 anos13,3%
20 a 40 anos56,7%
> 40 anos30,0%
Figura 71 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
77
1º Grau36,7%
2º Grau46,7%
3º Grau16,7%
Figura 72 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
Motocicleta 6,7%
A pé10,0%
Ônibus66,7%
Automóvel16,7%
Figura 73 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
78
4.3.6 Opinião dos entrevistados – trecho C
A opinião dos entrevistados em relação as perguntas aplicadas
correspondeu que, 100% dos entrevistados gostam de ruas arborizadas (Figura
74), as razões dessa preferência foram: 31,6% ressaltaram que o ar fica mais
puro, 28,9% relacionaram a existência de sombra, 21,1% justificam que o
ambiente fica melhor e 18,4% dos entrevistados por função do bonito justificando
pela beleza, estética (Figura 75). Quanto a altura de árvores, os entrevistados
preferiram: 53,3% árvores de porte médio entre 6-12 metros, 16,7% árvores de
porte alto maiores de 12 metros e 30,0% preferem árvores de porte baixa
menores que 6 metros (Figura 76). Quanto ao espaçamento entre as árvores:
63,3% dos entrevistados preferirem copas separadas e 36,7% por copas
entrelaçadas (Figura 77). Em relação a arborização dos canteiros 46,7% dos
entrevistados acham bem arborizados e 53,3% acham mal arborizados (Figura
78). Sobre as árvores 20,0% dos entrevistados acham que fazem sombra, 60,0%
acham que poderia fazer mais sombra e 20,0% acham que fazem pouca sombra
(Figura 79). Quanto a ventilação dessa rua: 83,3% dos entrevistados acham que a
ventilação esta adequada e 16,7% acham que a ventilação não esta adequada
(Figura 80). Sobre o período de maiores ruídos, 23,3% dos entrevistados dizem
que é o período da tarde, 13,3% dizem que são os períodos da manhã e da tarde,
16,7% opinaram todos os períodos, 6,7% dizem que são os períodos da tarde e
noite, 16,7% dizem que é o período da noite, 10,0% consideram que são os
períodos da manhã e noite, 6,7% dizem que são os períodos da madrugada e
noite, 3,3% consideram que é o período da manhã e 3,3% dos entrevistados
dizem que são os períodos da madrugada e manhã (Figura 81). Em relação ao
tipo de poluição dessa rua que mais incomoda, 66,7% dos entrevistados opinam
que é a poluição sonora, 20,0% opinam a sonora e a atmosférica e 13,3% opinam
pela poluição atmosférica (Figura 82). Em relação a existência de boa iluminação,
73,3% dos entrevistados acham boa a iluminação nesta rua e 26,7% acham que
não é boa a iluminação (Figura 83). Quanto a arborização dessa rua interfere na
iluminação, 36,7% dos entrevistados acham que há interferência (Figura 84),
objetivando a razão que, 91,7% opinam que os postes de iluminação estão altos
demais justificando que as árvores tampam e 8,3% opinam que têm lugares mais
79
escuros nesse trecho (Figura 85), já 63,3% dos entrevistados acham que não há
interferência entre a arborização e a iluminação (Figura 84), objetivando a razão
que, 40,0% dos entrevistados opinam justificando que os postes são altos, não
atrapalham porque as árvores são baixas, 26,7% opinam que está iluminado,
20,0% opinam que não há interferência justificando que estão bem localizadas as
árvores e os postes e 13,3% opinam que não tem árvores nesse local (Figura 86).
Sobre a satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da
avenida 73,3% dos entrevistados dizem que estão satisfeitos e 26,7% dizem que
não estão satisfeitos (Figura 87), objetivando que gostaria que fosse assim:
50,0% opinam que faltam plantas justificando que faltam flores, 25,0% acham que
poderia ser melhor e 25,0% dos entrevistados opinam que faltam árvores (Figura
88). Em relação de achar necessária a arborização, 100% dos entrevistados
acham necessária a arborização (Figura 89), objetivando a razão que, 43,2% dos
entrevistados opinam por motivo que melhora o ar, 18,2% opinam por beleza,
bonito, estética, 13,6% opinam justificando que melhora o ambiente, 11,4%
opinam pela sombra, 9,1% justifica que, às árvores contribuí a debater a poluição
e 4,5% dos entrevistados opinam em preservar a natureza (Figura 90). Sobre o
trecho da avenida o mais agradável ao entrevistado resultou que, 13,3% dos
entrevistados sugeriu o trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa, 33,3% dos
entrevistados sugeriu o trecho B – rua Rui Barbosa a rua José Antônio (obelisco),
30,0% dos entrevistados sugeriu o trecho C – rua José Antônio a rua Bahia e
23,3% dos entrevistados sugeriu o trecho D – rua Bahia a rua Ceará (Figura 91).
Em relação se a avenida poderia ser mais arborizada, 73,3% dos entrevistados
acham que poderia ser mais arborizada e 26,7% acham que não poderia ser mais
arborizada (Figura 92). Dos 73,3% dos entrevistados que opinaram que poderia
se mais arborizada a avenida resultou a preferência que, 72,7% optou pelo trecho
D – rua Bahia a rua Ceará, 13,6% optou pelo trecho C – rua José Antônio a rua
Bahia, 4,5% optou pelo trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa e 9,1% optou
pelo trecho B – rua Rui Barbosa a rua José Antônio (obelisco) (Figura 93). Foi
encerrado o questionário perguntando-se ao entrevistado se tinha alguma
sugestão ou algum comentário a fazer sobre a atual arborização, 27,5% dos
entrevistados disseram não ter nenhum comentário a fazer, 17,5% opinou em ter
mais floração justificando em ter mais flores nos canteiros, 15,0% dos
80
entrevistados opinou que poderia ser melhor, 12,5% opinou que poderia ter mais
árvores, 7,5% dos entrevistados opinou justificando que poderia ter estudado
mais as espécies antes de serem plantadas, 7,5% opinou que falta manutenção e
cuidados, 7,5% acham que poderia retirar as árvores antigas justificando que
estão causando muitos acidentes, 2,5% opinou que poderia conscientizar as
pessoas justificando para preservar as novas mudas que estão plantadas e 2,5%
dos entrevistado opinou que falta proteção justificando “cercados” nas novas
mudas que estão plantadas (Figura 94).
81
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 74 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
31,6%28,9%
18,4%21,1%
Ar fica mais puro Sombra Bonito, beleza, estética Ambiente fica melhor
Figura 75 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
82
Baixa (< 6 m)30,0%
Média (6-12 m)53,3%
Alta (> 12 m)16,7%
Figura 76 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
Copas entrelaçadas
36,7%
Copas separadas63,3%
Figura 77 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
83
Bem arborizado46,7%
Mal arborizado53,3%
Figura 78 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).
Fazem sombra20,0%
Fazem pouca sombra20,0%
Poderia fazer mais60,0%
Figura 79 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
84
Sim83,3%
Não16,7%
Figura 80 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
3,3%
23,3%
16,7%
0,0%
16,7%
6,7%
3,3%
13,3%
10,0%
6,7%
Manhã Tarde NoiteMadrugada Todos os períodos Madrugada e noiteMadrugada e manhã Manhã e tarde Manhã e noiteTarde e noite
Figura 81 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
85
Ambas20,0%
Atmosférica13,3%
Sonora66,7%
Figura 82 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).
Sim73,3%
Não26,7%
Figura 83 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
86
Sim36,7%
Não63,3%
Figura 84 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho C).
91,7%
8,3%
Iluminação estão muito altas e as árvores tampam
Têm locais mais escuros nesse trecho
Figura 85 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
87
20,0%
40,0%
13,3%
26,7%
Não há interferência, estão bem localizadas as árvores e postesPostes são altos, não atrapalham; e as árvores são baixasNão têm árvores nesse localEstá iluminado
Figura 86 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho C).
Sim73,3%
Não26,7%
Figura 87 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
88
25,0%
50,0%
25,0%
Poderia ser melhor Faltam plantas, flores Faltam árvores
Figura 88 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do canteiro central da
Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 89 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
89
9,1%
43,2%
11,4%
18,2%
13,6%
4,5%
Árvores contribui a debater a poluição Melhora o ar
Sombra Bonito, beleza, estética
Melhora o ambiente Preservar a natureza
Figura 90 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
(trecho C).
Rua Bahia a Rua Ceará23,3%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
13,3%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)33,3%
Rua José Antônio a Rua Bahia
30,0%
Figura 91 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
90
Sim73,3%
Não26,7%
Figura 92 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho C).
Rua Bahia a Rua Ceará72,7%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
4,5%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)9,1%
Rua José Antônio a Rua Bahia
13,6%
Figura 93 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho C).
91
27,5%
2,5%
7,5% 7,5%
15,0%
17,5%
2,5%
12,5%
7,5%
Nenhum comentário a fazer
Conscientizar as pessoas para preservar as novas mudas plantadas
Trocar as árvores velhas por outras... estão dando muitos acidentes
Falta manutenção, cuidados
Poderia ser melhor
Mais floração, flores nos canteiros
Falta de proteção, "cercado" nas novas mudas que estão plantando
Mais árvores
Estudar mais as espécies para serem plantadas
Figura 94 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho C).
92
4.3.7 Perfil dos entrevistados – trecho D
Os usuários que responderam os questionários deste trecho eram pessoas
transinuantes da avenida, 70,0% das pessoas entrevistadas eram do sexo
masculino e 30,0% do sexo feminino (Figura 95); 80,0% com idade entre 20 a 40
anos , 13,3% com idade acima de 40 anos e 6,7% com idade até 20 anos (Figura
96); 10,0% das pessoas possuíam escolaridade de 1º Grau, 26,7% com
escolaridade de nível de 3º Grau e 63,3% com escolaridade de 2º Grau (Figura
97); como meio de locomoção que os entrevistados utilizam, 23,3% dos
entrevistados utilizam ônibus, 36,7% utilizam automóvel, 30,0% utilizam
motocicleta e 10,0% das pessoas andam a pé (Figura 98).
93
Feminino30,0%
Masculino70,0%
Figura 95 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
< 20 anos6,7%
20 a 40 anos80,0%
> 40 anos13,3%
Figura 96 - Idade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
94
1º Grau10,0%
2º Grau63,3%
3º Grau26,7%
Figura 97 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
Motocicleta 30,0%
A pé10,0%
Ônibus23,3%
Automóvel36,7%
Figura 98 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
95
4.3.8 Opinião dos entrevistados – trecho D
A opinião dos entrevistados em relação as perguntas aplicadas
correspondeu que, 100% dos entrevistados gostam de ruas arborizadas (Figura
99), as razões dessa preferência foram: 31,1% relacionaram a existência da
sombra, 28,9% ressaltaram por estética, bonito, beleza, 20,0% por função que
melhora o ar, 15,6% opinou por função que o ambiente fica melhor justificando o
bem-estar e 4,4% justificou que atrai pássaros (Figura 100). Quanto a altura de
árvores, os entrevistados preferiram: 56,7% árvores de porte médio entre 6-12
metros, 33,3% árvores de porte alto maiores de 12 metros e 10,0% já preferiram
árvores de porte baixa menores que 6 metros (Figura 101). Quanto ao
espaçamento entre as árvores: 46,7% preferiram copas separadas e 53,3% por
copas entrelaçadas (Figura 102). Em relação a arborização dos canteiros 36,7%
dos entrevistados acham bem arborizados e 63,3% acham mal arborizados
(Figura 103). Sobre as árvores, 13,3% dos entrevistados acham que fazem
sombra, 50,0% acham que poderia fazer mais sombra e 36,7% acham que fazem
pouca sombra (Figura 104). Quanto a ventilação dessa rua: 70,0% dos
entrevistados acham que a ventilação esta adequada e 30,0% acham que a
ventilação não esta adequada (Figura 105). Sobre o período de maiores ruídos,
26,7% dos entrevistados dizem que é o período da tarde, 23,3% dizem que são
os períodos da manhã e da tarde, 30,0% opinaram todos os períodos, 3,3% dizem
que são os períodos da tarde e noite, 6,7% dizem que é o período da noite, 3,3%
dizem que é o período da madrugada e 10,0% dos entrevistados dizem que é o
período da manhã (Figura 106). Em relação ao tipo de poluição dessa rua que
mais incomoda, 43,3% dos entrevistados opinam que é a poluição sonora, 30,0%
consideram a sonora e a atmosférica e 26,7% opinam pela poluição atmosférica
(Figura 107). Em relação a existência de boa iluminação, 53,3% dos entrevistados
acham boa a iluminação nesta rua e 46,7% acham que não é boa a iluminação
(Figura 108). Quanto a arborização dessa rua interfere na iluminação, 26,7% dos
entrevistados acham que há interferência da arborização com a iluminação
(Figura 109), objetivando a razão que, 45,5% dos entrevistados opinam que as
árvores que temos aqui estão muito próximas aos postes, 27,3% opinam que os
postes são altos demais e 27,3% opinam que as podas são mal feitas (Figura
96
110), já 73,3% dos entrevistados acham que não há interferência entre a
arborização e a iluminação (Figura 109), objetivando a razão que, 71,4% dos
entrevistados opinam que nos locais dos postes há poucas árvores, 9,5% opinam
que as árvores são pequenas, 9,5% dizem que há boa iluminação e 9,5% dos
entrevistados opinam que falta manutenção justificando principalmente nas novas
muda plantadas (Figura 111). Sobre a satisfação com a vegetação e a
arborização do canteiro central da avenida, 40,0% dos entrevistados dizem que
estão satisfeitos e 60,0% dizem que não estão satisfeitos (Figura 112),
objetivando que gostaria que fosse assim: 39,3% dos entrevistados opinam que
faltam mais árvores, 21,4% opinam que poderia ter mais plantas e flores, 14,3%
disseram que poderiam escolher espécies com função de ter mais sombra, 14,3%
opinam que falta mais manutenção ou seja podas, 7,1% opinam que poderia
escolher melhor as espécies das árvores principalmente as das calçadas, 7,7%
opinam que no canteiro central poderia haver calçadas justificando para transitar
e 3,6% dos entrevistados opina que falta estacionamento no canteiro central
(Figura 113). Em relação de achar necessária a arborização, 100% dos
entrevistados acham necessária a arborização (Figura 114), objetivando a razão
que 32,0% justificam que melhora o ar, 22,0% opinam pela beleza, estética,
bonito, 18,0% opinam justificando pela sombra, 10,0% disseram que o ar fica
melhor justificando o ambiente, 4,0% opinam que diminui poluição sonora, 4,0%
dos entrevistados justifica que nós não vivemos sem a natureza, 4,0% disseram
que atrai pássaros, 4,0% opinam na valorização do meio ambiente e 2,0% dos
entrevistados opinam justificando o conforto ambiental (Figura 115). Sobre o
trecho da avenida o mais agradável ao entrevistado resultou que, 13,3% sugeriu o
trecho A – rua Calógeras a rua Rui Barbosa, 30,0% sugeriu o trecho B – rua Rui
Barbosa a rua José Antônio (obelisco), 13,3% sugeriu o trecho C – rua José
Antônio a rua Bahia e 43,3% dos entrevistados sugeriu o trecho D – rua Bahia a
rua Ceará (Figura 116). Em relação se a avenida poderia ser mais arborizada,
96,7% dos entrevistados acham que poderia ser mais arborizada e 3,3% acham
que não poderia ser mais arborizada (Figura 117). Dos 96,7% dos entrevistados
que opinaram que poderia se mais arborizada a avenida resultou a preferência
que, 93,1% optou pelo trecho D – rua Bahia a rua Ceará e 6,9% optou pelo trecho
C – rua José Antônio a rua Bahia (Figura 118). Foi encerrado o questionário
97
perguntando-se ao entrevistado se tinha alguma sugestão ou algum comentário a
fazer sobre a atual arborização, 19,5% dos entrevistados opinou que já comentou
na entrevista, 17,1% opinou que poderia melhorar mais, 12,2% dos entrevistados
opinou tem que cuidar mais nas podas justificando que tem que se aperfeiçoar
para melhorar, 12,2% opinou poderia escolher espécies mais adequadas para
plantar, 12,2% opinou que faltam árvores, 7,3% disseram que poderia escolher
mais plantas e mais flores, 7,3% dos entrevistados disseram não ter nenhum
comentário a fazer, 7,3% opinou que falta calçadas no canteiro central e 4,9% dos
entrevistado opinou que as pessoas tem que respeitar mais os canteiros (Figura
119).
98
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 99 - Gostar de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
28,9%
20,0%
31,1%
15,6%
4,4%
Estética, bonito, belezaMelhora o arSombraO ambiente fica melhor (melhora o bem estar)Atrai passáros
Figura 100 - Porque gosta de ruas arborizadas – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
99
Baixa (< 6 m)10,0%
Média (6-12 m)56,7%
Alta (> 12 m)33,3%
Figura 101 - Altura de árvore preferida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
Copas entrelaçadas
53,3%
opas separadas46,7%
Figura 102 - Espaçamento entre as árvores preferido – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
100
Bem arborizado36,7%
Mal arborizado63,3%
Figura 103 - Opinião sobre arborização dos canteiros – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).
Fazem sombra13,3%
Fazem pouca sombra36,7%
Poderia fazer mais50,0%
Figura 104 - Opinião sobre as árvores – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
101
Sim70,0%
Não30,0%
Figura 105 - Ventilação adequada na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho
D).
10,0%
26,7%
6,7%
0,0%
30,0%
23,3%
3,3%
Manhã Tarde Noite Madrugada
Todos os períodos Manhã e tarde Tarde e noite
Figura 106 - Período de maiores ruídos – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
102
Sonora43,3%
Atmosférica26,7%
Ambas30,0%
Figura 107 - Tipo de poluição da rua que mais incomoda – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).
Sim53,3%
Não46,7%
Figura 108 - Existência de boa iluminação na rua – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
103
Sim26,7%
Não73,3%
Figura 109 - Se a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua
Rui Barbosa (trecho D).
27,3%
45,5%
27,3%
Os postes são altosAs árvores que temos estão muito próximas aos postesPodas mal feitas
Figura 110 - Porque a arborização da rua interfere na iluminação – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
104
71,4%
9,5% 9,5% 9,5%
Nos locais aqui temos poucas árvoresAs árvores são pequenasBoa iluminaçãoFalta de manutenção, principalmente nas novas mudas plantadas
Figura 111 - Porque a arborização da rua não interfere na iluminação – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho D).
Sim40,0%
Não60,0%
Figura 112 - Satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da Avenida - Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
105
39,3%
14,3% 14,3%
7,1%
21,4%
3,6%
Faltam mais árvoresEscolher espécies para fazer sombraFalta mais manutenção, podasNo canteiro central poderia haver calçadas para transitarMais plantas, floresFalta estacionamento no canteiro central
Figura 113 - Como gostaria que fosse a vegetação e a arborização do canteiro central
da Avenida – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
Sim100,0%
Não0,0%
Figura 114 - Se acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
106
10,0%
32,0%
4,0%
22,0%
4,0%
18,0%
4,0% 4,0%2,0%
Fica melhor o ambiente Melhora o ar
Diminui a poluição sonora Beleza, estética, bonito
Não vivemos sem a natureza Sombra
Atrai pássaros Valorizar o meio ambiente
Conforto ambiental
Figura 115 - Porque acha necessária a arborização – Rua Calógeras a Rua Rui
Barbosa (trecho D).
Rua Bahia a Rua Ceará43,3%
Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa
13,3%
Rua Rui Barbosa a Rua José
Antônio (obelisco)30,0%
Rua José Antônio a Rua Bahia
13,3%
Figura 116 - Trecho da Avenida Afonso Pena que acha mais agradável – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
107
Sim96,7%
Não3,3%
Figura 117 - Se acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a
Rua Rui Barbosa (trecho D).
Rua José Antônio a Rua Bahia
6,9%
Rua Bahia a Rua Ceará93,1%
Figura 118 - Trecho que acha que a Avenida poderia ser mais arborizada – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa (trecho D).
108
7,3%
12,2% 12,2%
7,3%
4,9%
17,1%
19,5%
12,2%
7,3%
Mais flores, plantas
Escolher espécies mais adequadas para plantar
Mais árvores
Nenhum comentário a fazer
As pessoas tem que respeitar mais os canteiros
Melhorar mais
Já comentei na entrevista
Cuidar mais as podas, tem que se aperfeiçoar para melhorar
Faltam calçadas no canteiro central
Figura 119 - Sugestão ou algum comentário sobre a atual arborização – Rua Calógeras
a Rua Rui Barbosa (trecho D).
Os resultados mostraram diferenças quando considerada a percepção dos
transeuntes dos trechos A, B, C e D. Essa diferença pode ser explicada pela
variação do perfil dos entrevistados que foram escolhidos aleatoriamente. Entre
as Ruas Calógeras a Ceará existem características diferenciadas em relação a
arborização, que facilmente se divide em quatro trechos, o trecho A, caracterizado
pela presença de algumas espécies arbóreas, como os fícus retusa (Ficus
microcarpa) e os ingazeiros (Ingá sp.), o trecho B é mais diversificado
apresentando espécies arbóreas como o fícus retusa (F. microcarpa), ingazeiros
(I. sp.), sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides), ipê-rosa (Tabebuia heptaphylla),
ipê-amarelo (T. chrysotricha), embaúva (Cecropia pachystachya). No trecho C,
observa-se dominância de espécies vegetais que compõem principalmente o
109
canteiro central com diversos arbustos de médio e grande porte,podendo-se citar
as espécies de palmáceas como a guariroba (Syagrus oleracea), a bocaiúva
(Acrocomia aculeata), a bacuri (Attalea phalearta) e próximo a Prefeitura
Municipal os canteiros são preenchidos com espécies arbóreas como o ipê-mIrim
(Cybistax antisyphilitica), paineira-rosa (Chorisia speciosa), cedro (Cedrela
fissilis), guapuruvu (Schizolobium parahyba), ipê-amarelo (T. chrysotricha) com
várias espécies arbóreas sendo mais notáveis nas calçadas as sibipirunas (C.
peltophoroides). No trecho D os canteiros mostram outras espécies vegetais
destacando-se o ipê-rosa (C. speciosa), o ipê-amarelo (T. chrysotricha), a
monguba (Pachira aquática), o oiti (Licania tomentosa), a paineira-rosa (C.
speciosa), e o flamboyant (Delonix regia). Também consta nesse mesmo trecho
mais próximo a Rua Ceará uma vegetação constituída por arbustos e esparsas
palmeiras como as areca-de-lucuba (Dypsis madagascariensis), areca-bambú
(Dypsis lutescens), bocaiúvas (A. aculeata) e a palmeira-rabo-de-peixe (Caryota
urens). Nas calçadas destacam-se espécies arbóreas como as pata de vaca
(Bauhinia variegata), sibipiruna (C. peltophoroides), tipuana (Tipuana tipu) e
quaresmeiras (Tibouchina granulosa). A paisagem urbana é, portanto, constituída
por uma vegetação com várias espécies com diferentes características, formas,
texturas, cores e densamentos.
A arborização urbana foi relacionada à melhoria da qualidade do ar, a
aspectos estéticos, a produção de sombra e a qualidade de vida pela maioria das
pessoas entrevistadas nos quatro trechos estudados, havendo diferenças em
relação aos entrevistados em cada trecho da Avenida Afonso Pena.
Também ficou evidente que a maioria das pessoas prefere na arborização
urbana, árvores de porte médio, mas houve diferenças de opinião quando as
pessoas entrevistadas se encontravam em diferentes trechos da Avenida em
relação à preferência por árvores de copas menores ou copas grandes com
entrelaçamentos entre as árvores ou não.
Em relação a impactos ambientais o mais notado ou “sofrido“ pela
população é a poluição sonora, especialmente no período da tarde, quando o
tráfego de ônibus é mais intenso no local, segundo dados da AGETRAN.
110
Quanto à manutenção dos canteiros centrais uma primeira análise permite
dizer que embora toda a extensão da Avenida Afonso Pena seja mantida e
manejada pela prefeitura municipal de Campo Grande-MS, em determinados
trechos a população se mostra mais satisfeita do que com relação a outros. A
presença de flores nos canteiros é desejo manifestado pelos entrevistados mas
pouco atendido pela administração municipal dado a natureza das espécies
vegetais ornamentais com flores que, em geral, são anuais e precisam ser
replantadas com freqüência além de outros cuidados o que acarreta maior
despesa.
Entre as preocupações mais comuns da população em relação à
arborização apareceu na enquête o caso de árvores muito velhas e que precisam
cuidados especiais ou mesmo o corte para evitar acidentes no local.
Os resultados obtidos permitem ainda trabalhar sobre uma série de
relações entre gênero, idade, escolaridade, meio de locomoção. Análise
estatística mostrou que não houve diferenças significativas das percepções da
opinião dos entrevistados obtidos referentes às respostas: ao gostar de ruas
arborizadas, a preferência de altura de árvores, sobre a arborização dos
canteiros, sobre a necessidade das árvores, ventilação adequada, períodos de
maiores ruídos, se a arborização da avenida interfere na iluminação, trecho da
avenida Afonso Pena mais agradável e se acha que a avenida poderia ser mais
arborizada e o que sugeria.
Na seqüência da reação do homem perante a realidade: os estímulos que
provocam as sensações passam pela emoção, pelo pensamento (crenças) e
utilizando os princípios normativos, chegam à ação e, novamente, pelo mesmo
processo, retornam ao sentimento que gerou a realidade, essas três faces são
dinâmicas: normativa: pensamento, ação criada, baseada na filosofia/crença; a
emoção: afeto, sentimento; e sensação: sensações agradáveis/desagradáveis,
perigo/seguro ou indiferente (BATESON, 1986).
Entende-se que a percepção é como um processo mental de interação do
indivíduo com o meio ambiente que se dá através de mecanismos perceptivos
propriamente ditos e, principalmente, cognitivos. Os primeiros são dirigidos pelos
111
estímulos externos, captados através dos cincos sentidos, onde a visão é o que
mais se destaca (GIBSON, 1966). Os segundo são aqueles que compreendem a
contribuição da inteligência, uma vez admitindo-se não apenas a partir dos
sentidos e nem recebe essas sensações passivamente; existem contribuições
ativas do sujeito ao processo perceptivo desde a motivação à decisão e conduta
(FISKE; TAYLOR, 1991). Esses mecanismos cognitivos incluem motivações,
humores, necessidades, conhecimentos prévios, valores, julgamentos e
expectativas. Nesse sentido, diversos estudos (PIAGET, 1969) defendem que a
mente exerce parte ativa na construção da realidade percebida e,
conseqüentemente, na definição da conduta, nem tudo o que envolve a
inteligência passa pelos sentidos.
A mente humana organiza e representa a realidade percebida através de
esquemas perceptivos e imagens mentais, com atributos específicos tais como:
sensações-seletiva, instantânea-motivação, interesse-necessidade, cognição-
memória, organização-imagens, avaliação-julgamentos, seleção-expectativas,
conduta-opinião, ação, comportamento, ou seja esse é o processo perceptivo,
inserido nos filtros culturais e individuais (APPLEYARD, 1976).
112
A relação entre o perfil do entrevistado e a percepção ambiental pode ser
observada em algumas questões específicas. O sexo do entrevistado influiu na
resposta quando a questão foi: se é necessária a arborização (Tabela 1).
Resultou segundo a essa definição, pela maioria das pessoas do sexo feminino
(Figura 120).
Tabela 1 - Resumo de análise de variância sobre se acha necessária a arborização –
Rua Calógeras a Rua Ceará
Perfil do entrevistado GL Quadrado médio F P
Sexo
Resíduo
1
118
1,617
0,223
٭0,010 6,924
Idade
Resíduo
1
118
0,639
0,382
1,675 0,198
Escolaridade
Resíduo
1
118
0,394
0,549
0,719 0,389
Meio de locomoção
Resíduo
1
118
0,557
0,826
0,674 0,413
*Significativo a 5% pelo teste de F.
Feminino58,3%
Masculino41,7%
Figura 120 - Sexo – Rua Calógeras a Rua Rui Barbosa.
113
Podemos obter que houve uma percepção diferenciada, as pessoas do
sexo feminino afirmaram que a arborização é necessária ao nosso meio.
Conforme Degraef (1994), as mulheres estão atentas ao funcionamento concreto
das coisas. A partir da expressiva entrada das mulheres no espaço considerado
como da produção nas últimas décadas, a identidade feminina passa a incorporar
o referencial da profissão, esta nova objetividade aciona das subjetividades e das
representações sociais, assim, as mulheres passam a profissionais, além de
continuarem a ser esposas e mães. É através dela que se estabelece a
capacidade de desenvolver a percepção e consciência corporal, podendo essa
capacidade ser base da diferenciação dos gêneros masculino e feminino, com
isto, elas podem ter um papel catalisador no processo de mudança e melhoria da
qualidade de vida de todos e todas.
A idade influenciou a opinião dos entrevistados mostrando percepção
diferenciada quanto a preferência por espaçamentos entre as árvores (Tabela 2) e
o tipo de poluição que mais o incomoda (Tabela 3). A maioria das pessoas com
idade de 20 a 40 anos (Figura 121) mostraram preferência por copas separadas e
se mostraram mais sensíveis ou preocupadas com a poluição sonora.
Tabela 2 - Resumo de análise de variância sobre espaçamento entre as árvores
preferida – Rua Calógeras a Rua Ceará
Perfil do entrevistado GL Quadrado médio F P
Sexo
Resíduo
1
118
0,0420
0,247
0,184 0,669
Idade
Resíduo
1
118
1,589
0,374
٭0,041 4,250
Escolaridade
Resíduo
1
118
0,02317
0,552
0,042 0,838
Meio de locomoção
Resíduo
1
118
1,417
0,818
1,732 0,191
*Significativo a 5% pelo teste de F.
114
Tabela 3 - Resumo de análise de variância sobre tipo de poluição que mais o incomoda – Rua Calógeras a Rua Ceará
Perfil do entrevistado GL Quadrado médio F P
Sexo
Resíduo
2
117
0,252
0,245
1,030 0,360
Idade
Resíduo
2
117
2,358
0,350
٭0,002 6,731
Escolaridade
Resíduo
2
117
1,091
0,538
2,027 0,136
Meio de locomoção
Resíduo
2
117
4,278
0,764
٭0,005 5,597
*Significativo a 5% pelo teste de F.
< 20 anos16,7%
20 a 40 anos61,6%
> 40 anos21,7%
Figura 121 - Idade – Rua Calógeras a Rua Ceará.
A preferência por copas de árvores separadas, pode estar relacionada com
a função de ventilação desejável em locais com clima quente, objetivando
influência para melhor canalização do vento. A ventilação também é responsável
pela remoção do ar destes espaços, assegurando a qualidade necessária à
respiração humana (MASCARÓ, 2002).
Sobre a poluição que mais o incomoda demonstrou que é a poluição
sonora. O estudo foi feito em uma avenida com um fluxo viário corrente localizada
115
na artéria central da cidade. A vegetação urbana ou mesmo a espécie arbórea é
fundamental tendo como uma das funções a diminuição da poluição sonora.
Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios à saúde,
alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração nas ações
humanas, sons acima de 50 db podem contribuir para aumentar os casos de
insônia, stress, comportamento agressivo e irritabilidade (BORING, 1942).
Sons estranhos, que impressionam de alguma maneira trazem sensação
de medo, de alegria, de desnorteamento, de reconhecimento, de curiosidade ou
de alerta. O som desempenha um papel na modelagem do comportamento
cotidiano de cada um, mas é difícil obter uma medida pura das sensações
produzidas por sons, porque uma tal medida é de consideravelmente complica
pelo que as sensações significam para cada indivíduo (LAWRENCE, 1971).
A escolaridade influenciou na opinião dos entrevistados quando se
perguntou se havia boa iluminação (Tabela 4) e se estavam satisfeitos com a
vegetação e a arborização do canteiro central da avenida (Tabela 5 e Figura 122).
Tabela 4 - Resumo de análise de variância sobre Existência de boa iluminação na rua –
Rua Calógeras a Rua Ceará
Perfil do entrevistado GL Quadrado médio F P
Sexo
Resíduo
1
118
0,193
0,246
0,785 0,378
Idade
Resíduo
1
118
1,153
0,378
3,054 0,083
Escolaridade
Resíduo
1
118
3,968
0,519
٭0,007 7,652
Meio de locomoção
Resíduo
1
118
0,214
0,829
0,258 0,612
*Significativo a 5% pelo teste de F.
116
Tabela 5 - Resumo de análise de variância sobre satisfação com a vegetação do canteiro central da avenida – Rua Calógeras a Rua Ceará
Perfil do entrevistado GL Quadrado médio F P
Sexo
Resíduo
1
118
0,0586
0,247
0,226 0,635
Idade
Resíduo
1
118
0,02011
0,387
0,052 0,820
Escolaridade
Resíduo
1
118
3,202
0,525
٭0,15 6,098
Meio de locomoção
Resíduo
1
118
5,225
0,786
٭0,011 6,646
*Significativo a 5% pelo teste de F.
1º Grau31,7%
2º Grau45,0%
3º Grau23,3%
Figura 122 - Escolaridade – Rua Calógeras a Rua Ceará.
A iluminação foi percebida como boa pela maioria das pessoas com
segundo grau de instrução que também se mostraram satisfeitas com a
vegetação e arborização do canteiro central da avenida. Esses entrevistados
relacionaram a qualidade de vida à vegetação e iluminação mostrando interesse
em que os canteiros sejam mais cuidados, com mais vegetação, melhor
aproveitamento dos espaços, presença de mais árvores e mais flores.
Um indivíduo realiza reconhecimento característico ou resposta
117
discriminativas a um estímulo, sem ter havido prévia exposição ao mesmo nem
oportunidades anteriores para aprender tal resposta particular, sendo razoável
supor a existência de uma relação inata entre estímulos e respostas (CUNHA,
1986). Tentativas para demonstrar a ocorrência de determinantes inatos nos
comportamentos de reconhecimento e discriminativo não estão, é claro,
dissociadas das disputas históricas sobre o problema do nativismo na percepção.
As preocupações recentes com este problema, todavia, se referem principalmente
a evidências biológicas e outras, reveladoras de que, pelo menos em alguns
aspectos, o comportamento perceptivo não depende de aprendizagem. Uma das
tarefas da psicologia experimental é a exploração detalhada das condições do
estímulo que disparam estas formas de comportamento padrão, sem
aprendizagem prévia (GIBSON, 1969).
Referente ao perfil do entrevistado o meio de locomoção relacionando com
a opinião dos entrevistados teve percepção diferenciada, quando as perguntas
foram sobre o tipo de poluição que mais o incomoda (Tabela 3) e sobre a
satisfação com a vegetação e a arborização do canteiro central da avenida
(Tabela 5 e Figura 123).
Motocicleta 16,7%
A pé11,7%
Ônibus42,5%
Automóvel29,2%
Figura 123 - Meio de locomoção – Rua Calógeras a Rua Ceará.
118
Pode-se claramente perceber que as pessoas que se locomovem por meio
de ônibus possuem maior facilidade de observar as mudanças e alterações que
envolvem a cidade. Isso porque em geral o transporte é mais lento e não
precisam estar atentas ao tráfego de outros veículos e assim conseguem melhor
visualização.
Os entrevistados tiveram oportunidade de sugerir ou de fazer algum
comentário sobre a atual arborização. A população referida possui opiniões
formadas sobre diversos temas ligados à arborização e ao aspecto ambiental,
aprecia a arborização urbana e percebe a relação entre a vegetação e a
qualidade do ar e redução da poluição sonora, fatores que contribuem para a
qualidade ambiental.
Preocupações com manutenção das árvores para evitar acidentes por
queda, podas tecnicamente corretas para evitar danificar as árvores e a fiação
elétrica, manutenção de canteiros para garantir a limpeza e a presença de mais
flores na arborização urbana são desejos manifestados por parte da população e
estão também relacionados com a qualidade de vida da cidade.
Vigotsky (1991) afirmou que, o controle da natureza e o controle do
comportamento estão mutuamente ligados, assim como a alteração provocada
pelo homem sobre a natureza altera a própria natureza do homem.
5 CONCLUSÃO
Esse trabalho de pesquisa inclui revisão bibliográfica, referente aos
assuntos relativos à arborização urbana e aos aspectos ambientais relevantes,
análise dos dados coletados nos questionários aplicados aos usuários do trecho
estudado da avenida Afonso Pena, dando ênfase à percepção ambiental
analisada.
Mesmo sem formação técnica, as pessoas têm uma opinião sobre a
arborização urbana e são capazes de perceber mudanças e alterações na
paisagem da cidade. Constatou-se que os entrevistados além de serem
participativos respondendo ao questionário, mostraram que além de percepção
ambiental, têm proposições em relação à gestão ambiental – pelo menos alguns.
percepção ambiental engloba o inter-relacionamento entre o comportamento e o
ambiente, considerando tanto o ambiente como a paisagem urbana; as
características dessa área de conhecimento destacou a visão contextualizada do
comportamento humano, a percepção dos entrevistados, de forma que cabe
salientar que a interação desses fatores ocorrem em um espaço físico e temporal
que exerce fundamental importância para o desenvolvimento de toda a
comunidade e as potencialidades das pessoas que nele convivem.
Cada ser humano percebe e reage diferentemente sobre o ambiente,
reconhecendo que a arborização, além de suas funções básicas ambientais,
funciona no cotidiano da população como elemento referencial marcante. Foi
constatado que as espécies arbóreas se destacam importantes sob os aspectos
cultural, estético e paisagísticos de referência local; levantam questões sobre o
comportamento humano, os valores culturais que norteiam as atitudes e
comportamentos. A cultura reflete essa influência do ambiente sobre cada
indivíduo colocando-o como resultante de um processo perceptivo.
A pesquisa mostra, também, que entre a população entrevistada, há
120
consenso em relação ao gosto pela existência da vegetação e ao reconhecimento
de sua importância para a paisagem e como atenuante da poluição. Os resultados
mostraram que o sexo, a idade, a escolaridade e o meio de locomoção dos
entrevistados influenciou em algumas das questões abordadas, mas a análise
efetuada não permite a compreensão dos motivos dessa diferença na percepção.
Embora essas percepções sejam subjetivas para cada indivíduo, admite-se
que existam recorrências comuns, seja em relação às percepções e imagens
pessoais, seja em relação às condutas possíveis; por isto, também se admite que
a consideração a repertórios de imagens e expectativas compartilhadas pela
população, assim como a sua operacionalização consciente por meio de políticas
e programas urbanísticos, são fundamentais para nortear a ação pública.
A legislação ambiental existente no Município de Campo Grande dá
suporte à gestão das áreas verdes, embora se tenha observado pelo diagnóstico
inicial da vegetação que nem sempre ela é rigorosamente cumprida. A opinião da
população pode auxiliar no estabelecimento de políticas públicas para o setor.
A população reconhece que ao mesmo tempo deve atender as
necessidades das gerações atuais e futuras, com reflexos positivos evidentes
junto à qualidade de vida de todos. Atitudes e comportamentos geram
conseqüências futuras; o ato de perceber e agir num ambiente urbano
provavelmente acarreta alterações que serão visíveis futuramente.
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