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Eb 2.3 D. Manuel Faria de Sousa
A Romanização na Península Ibérica
Luís Carlos Sousa Coelho
7ºA
N:16
Luís Carlos Sousa Coelho
Eb 2.3 D. Manuel Faria de Sousa
Índice:
Índice…………………………………………………………..2
Introdução……………………………………………………3
Romanização na península Ibérica...4,5,6,7,8,9
Conclusão…………………………………………………….10
Luís Carlos Sousa Coelho
Eb 2.3 D. Manuel Faria de Sousa
Introdução:
Neste trabalho vou tentar esclarecer as minhas dúvidas sobre a romanização na Península Ibérica.
Espero que goste.
Romanização na Península Ibérica:
Luís Carlos Sousa Coelho
Eb 2.3 D. Manuel Faria de Sousa
Nos finais do século IV a. C. uma nova potência assume protagonismo no
Mediterrâneo Ocidental: Roma.
A primeira grande diferença entre o Império Romano e os que o precederam reside
no facto do processo expansionista deste ter sido progressivo e lento mas, contudo,
seguro. O Império Romano não é obra de uma dinastia, mas sim de um longo
processo territorial, garantido por numerosas gerações de dirigentes políticos e
militares.
Uma outra característica que diferencia este império dos antecedentes é o facto de
Roma não submeter pela força os povos que vai conquistando ao longo da sua
expansão; o seu domínio é feito através de implementação de novas realidades
administrativas, que, no entanto, tentam adaptar-se às diferentes formas de
exercício do poder dos distintos locais.
Em termos gerais, o processo de romanização pode ser definido como a criação de
uma nova ordem territorial. Esta nova ordem territorial incluía novas realidades
político-administrativas e um processo de complexificação social. A eficácia do
exercício do poder e a circulação das directivas saídas dos diferentes órgãos do
Estado foram asseguradas pela criação de um bom sistema de comunicações.
Ruína de casa romana, Conímbriga.
Na Península Ibérica, sob a designação genérica de "período do domínio romano",
incluem-se fases de desenvolvimento distintas, apesar de existir a tendência de
considerar a presença romana (mais de seis séculos) como uma única realidade.
Os Romanos começaram a conquista da Península Ibérica pelo ano 218 a. C.,
durante a Segunda Guerra Púnica, entre Roma e Cartago, em que as tropas
comandadas por Cneu Cipião desembarcaram em Ampúrias. Durante vários anos
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lutaram contra o domínio dos Cartagineses, acabando por expulsá-los da Península
em 206 a. C., com a conquista de Cádis, passando a dominar o litoral mediterrânico.
Seguiram-se as lutas contra os povos peninsulares.
Durante os anos de 206 e 205 a. C. as tropas de Roma enfrentaram e venceram
algumas sublevações dos poderios indígenas no Sul da Península. Desde estas
datas considerou-se a administração efectiva romana no extremo ocidental do
Mediterrâneo. Uma vez instaurada a paz, em finais do século III a. C., a Península
Ibérica teve inicialmente uma ocupação romana de cariz militar, garantindo assim o
controlo e exploração do território. Só em 197 a. C. se pôs em marcha o primeiro
projecto de criação de uma administração provincial. Nesse mesmo ano, o território
ocupado foi dividido em duas províncias: a Hispânia Ulterior, a ocidente, e a
Hispânia Citerior, a oriente. Nesta altura, as regiões administradas deveriam
somente abranger a faixa litoral, dos Pirenéus até às faldas da Sierra Morena. O
novo sistema administrativo manteve-se por bastante tempo com as duas
províncias.
A partir de 194 a. C. há notícias dos primeiros confrontos entre Lusitanos e
Romanos, entre os chefes Lusitanos sobressaíam Viriato e Sertório. Os Lusitanos
acabaram por sofrer sucessivas derrotas durante os anos seguintes, reforçando
estes a sua presença através da ocupação de novas regiões. No entanto, a primeira
grande campanha romana no actual território português só se efectuou em 138 a.
C. A iniciativa desta investida esteve a cargo do novo governador da Ulterior, Décio
Júnio Bruto. Este fixou o seu quartel-general junto à cidade de Morón, no vale do
Tejo, e fortificou Olisipo, possibilitando assim um fácil abastecimento às tropas em
campanha por via marítima. Júnio Bruto avançou em direcção ao norte, mas
contornou as regiões montanhosas do interior, evitando desta forma confrontos
com as populações das montanhas. Tudo leva a crer que a campanha se tenha
desenvolvido ao longo da faixa litoral portuguesa, traçando, provavelmente, o
percurso que mais tarde iria dar origem à estrada que ligaria Olisipo a Bracara. Uma
vez terminada a campanha, as tropas dirigem-se para sul e tudo indica que não
deixaram qualquer guarnição no Noroeste. Nos anos que se seguem não existem
indícios de conflitos entre Romanos e os povos autóctones.
Nos princípios do século I a. C., Públio Crasso, à data governador da Ulterior,
comanda uma campanha ao Noroeste (96 a 94 a. C.) em que logra a identificação
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das fontes de estanho peninsulares. É provável que esta descoberta tenha
contribuído para a intensificação das navegações atlânticas, facto, aliás,
comprovado pelo registo arqueológico ao longo de todo o século I a. C.
Aproximadamente dez anos mais tarde, 81 a. C., a guerra generaliza-se, mas não
tem qualquer relação com as velhas inimizades entre Romanos e Lusos, sendo tão-
só um reflexo das guerras civis romanas. As hostilidades prolongam-se por um
longo período de tempo e só têm fim em 72 a. C. Após a morte de Sertório (72 a. C.)
e da derrota de Perperna, a Península Ibérica vive novamente um período de
acalmia. Porém, esta situação foi alterada com a nomeação de Júlio César para
governar a Ulterior (61 a. C.). César desencadeou um grande ataque contra os
Lusitanos que habitavam o monte Hermínio. As campanhas de Júlio César não se
limitariam somente às regiões montanhosas entre Douro e Tejo, mas também às
costas da Galiza.
Em 56 a. C., Júlio César, Marco Licínio Crasso e Cneu Pompeio (ou Pompeu)
estabelecem um acordo para a partilha dos territórios sob administração romana. A
Marco Crasso foi atribuída a província da Síria, a Júlio César as Gálias e a Cneu
Pompeio a Hispânia. Contudo, Pompeio acabou por entregar as Hispânias a três
legados, que repartiam entre si o governo das províncias. A Citerior foi atribuída a
Lúcio Afrânio e a Ulterior a Marco Varrão e Petreio.
Entretanto, e como consequência dos desentendimentos entre Júlio César e
Pompeio, ambos com aspirações ao trono, são infligidos vários ataques à Hispânia e
os legados de Pompeio acabam por ser derrotados. Em 44 a. C., com a saída dos
opositores a César do território, os governadores ocuparam-se da pacificação total
da região.
Neste mesmo ano, Júlio César é assassinado e Octaviano, seu filho adoptivo,
assume o poder vitalício em Roma (27 a. C.), inaugurando-se desta forma a etapa
imperial, propriamente dita, da história de Roma. Todavia, as hostilidades na
Hispânia haviam recomeçado (29 a. C.), e Roma concentrou uma grande força
militar na Península Ibérica contra os Vascos, Cântabros e Ástures. Durante 10 anos
estas populações resistiram aos ataques, acabando toda a Hispânia por ser
completamente dominada em 19 a. C.
Conforme os Romanos chegaram iam dominando as várias regiões peninsulares,
assim impunham as suas estruturas sociais, a sua forma de vida, as suas leis,
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acabando por dominar e influenciar profundamente, e para sempre, toda a
Península Ibérica.
É a toda esta acção e influência da civilização de Roma que se chama
romanização.
A sua influência fez-se sentir em todos os sectores. De uma economia rudimentar
passou-se a uma economia agrícola com bom aproveitamento dos solos e das
várias culturas, como o trigo, oliveira, fruta e vinha. A língua latina acabou por se
impor como língua oficial, funcionando como factor de ligação e de comunicação
entre os vários povos. As povoações, até aí predominantemente nas montanhas,
passaram a surgir nos vales ou planícies, habitando casas de tijolo cobertas com
telha. Como exemplo de cidades que surgiram com os Romanos, temos Braga
(Bracara Augusta), Beja (Pax Iulia), Conímbriga e Chaves (Aquae Flaviae). A
indústria desenvolveu-se, sobretudo a olaria, as minas, a tecelagem, as pedreiras, o
que ajudou a desenvolver também o comércio, surgindo feiras e mercados, com a
circulação da moeda e apoiado numa extensa rede viária (as famosas "calçadas
romanas", de que ainda há muitos vestígios no presente) que ligava os principais
centros de todo o Império.
A influência romana fez-se sentir também na religião e nas manifestações artísticas.
Tratou-se, pois, de uma influência profunda, sobretudo a sul, zona primeiramente
conquistada. Os principais agentes foram os mercenários que vieram para a
Península, os grandes contingentes militares romanos aqui acampados, a acção de
alguns chefes militares, a imigração de romanos para a Península, a concessão da
cidadania romana.
Umas das principais realizações romanas em solo hispânico foi a implantação de um
novo modelo de sociedade, em que os centros urbanos eram formados como pólos
do Governo regional, estratificados e submetidos a um poder mais amplo. Este
cenário não era de todo inédito em algumas regiões da Península Ibérica, mas a sua
extensão à totalidade do território peninsular foi uma criação
romana.
No ano em que Octaviano assume o poder, a província Ulterior
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foi dividida em duas, Bética e Lusitânia. A Bética abrangia a actual região da
Andaluzia e a Lusitânia corresponderia, sensivelmente, ao actual território
português.
Chão em mosaico nas ruínas romanas de Conímbriga.
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Octaviano teve um papel relevante na criação de grandes colónias, tais como Pax
Julia (Beja), Augusta Emerita (Mérida), e também apoiou a urbanização de alguns
dos antigos povoados indígenas, como aconteceu com Conimbriga (Condeixa) ou
Selium (Tomar). Uma outra importante concretização da administração provincial
romana são os conventus iuridici. O conventus consistia numa actividade de
carácter jurídico. Anualmente, o governador de cada província reunia-se em
diferentes cidades com os seus respectivos representantes, para ministrar justiça e
transmitir as novas directrizes da administração romana. No âmbito dos conventus
prestava-se também o culto ao Poder de Roma, personificado na pessoa do
imperador e da sua família. Esta função religiosa parece ter sido uma das principais
atribuições destes actos públicos.
O período de guerra civil que se seguiu ao reinado de Nero, por volta de 68, traz
novamente uma vaga de conflitos para a Península Ibérica.
Em 69, depois de derrotar as forças do seu adversário (Vitélio), Vespasiano assume
o império e funda a dinastia dos Flávios. Sob a dinastia dos Flávios, últimos
decénios de I d. C., deu-se o processo de divisão administrativa das Hispânias, com
a municipalização efectiva de todas as sedes regionais: as civitates. A prosperidade
flávia prolongou-se na Península Ibérica nos reinados antoninos, cuja dinastia se
iniciou em 98 com Trajano, o primeiro imperador romano natural da Hispânia. Esta
dinastia, que ocupou quase todo o século II, é normalmente celebrada como a
"Idade de Ouro" do Império Romano. Foi uma época caracterizada por uma grande
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prosperidade económica e desenvolvimento regional.
Ao longo do século III, o Império viveu dias difíceis com o início do chamado
"período de anarquia" (235), durante o qual se sucederam querelas entre chefes
militares e conturbações a nível político.
Entre 284 e 288, com Diocleciano (284-304), opera-se uma nova reorganização das
províncias hispânicas. O território peninsular é dividido em cinco províncias:
Tarraconense, Cartaginense, Bética, Lusitânia e Galécia. Esta nova divisão irá
vigorar até à perda dos territórios da Península Ibérica por Roma.
Nos finais do século IV, o império é governado no Oriente por Teodósio, que detinha
grande prestígio em toda a extensão do império. Este facto deve-se à fraqueza
demonstrada por Augusto do Ocidente, Valentiniano III, e pela origem hispânica
daquele. Em 380 d. C., com o Édito de Tessalónica, o Cristianismo é adoptado como
religião de Estado, desmoronando-se assim um dos últimos bastiões da ideologia
imperial. O imperador deixa de ser o chefe supremo dos cultos, para dar lugar à
hierarquia da Igreja.
A partir de 409 a situação política na península altera-se radicalmente com a
invasão dos povos germânicos, e sobretudo com a fixação dos vândalos e suevos
na Galécia, em 411. A aplicação dos decretos imperiais foi impedida e, nas zonas
rurais, a influência dos bispos ortodoxos foi reduzida.
Com a morte de Teodósio, em 395, o império é dividido pelos seus dois filhos,
Honório, que passou a governar o Ocidente, e Arcádio, a querer o Oriente. Em 407,
um usurpador autoproclama-se nas ilhas britânicas, com o nome de Constantino III.
O seu projecto de poder pessoal revelou-se de extrema importância para a história
da Hispânia. Em 411, e face à situação criada pelos usurpadores na Hispânia (o
território tinha sido invadido por Constante, filho de Constantino III), Honório
estabeleceu um pacto com os "bárbaros" aqui instalados. Deu-lhes a Galécia, a
Lusitânia e a Cartaginense, mantendo para o império a província Tarraconense. A
partir desta data assiste-se ao gradual desmoronamento da influência do Império
Romano na península.
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Coliseu construído pelos romanos
Império romano
Conclusão:
Neste trabalho fiquei a saber que os romanos tinham um grande império e que deixaram marcas em PORTUGAL.
Espero que tenha gostado.
Luís Carlos Sousa Coelho
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Bibliografia:
Romanização da Península Ibérica.
Diciopédia 2009 [DVD-ROM]. Porto : Porto
Editora, 2008.
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