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Uma Publicação da Muruci Editor | Porto Alegre-RS | Arte, Cultura, Música, Literatura, Fotografia, Cinema.
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JORNAL DE
ARTESArtes Plásticas Artes Cênicas Cinema Musica Literatura | | | |
Porto Alegre 2013 R$ 3,00 | | | Agosto www.facebook.com/jornaldearteswww.issuu.com/jornaldeartes
15ANOS
Publicando Cultura
JORNAL DE
ARTES
OLY JR. E A MILONGA BLUES
Por Icaro Bittencourt
Foto: Caroline Corso
JORNAL DE
ARTESArtes Plásticas | Artes Cênicas |
Cinema | Musica | Literatua
EXPEDIENTE
Jornal de Artes é uma publicação da MURUCI EditorEditor | João Clauveci B. MuruciEditora de Literatura | Djine Klein (djineklein@gmail.com)Design Gráfico/Capa/Diagramação | Mauricio Muruci
Email | jornaldeartes@yahoo.com.br www.issuu.com/jornaldeartesSite |www.facebook.com/jornaldeartesSite |
CNPJ | 107.715.59-0001/79 - 51 3276 - 5278 | 51 9874 - 6249Fone |
Colaboradores desta edição
Capa: Foto de Caroline Corso
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 2
FOTOGRAFIA
A FOTOGRAFIA COMO ATO CRIADORPor de Porto Alegre/RS Clauveci Muruci
O ato de criar com imagens é antes de tudo um exercício de pensar. O acaso não revela tendência que se possa ter como apoio para uma con�nuidade criadora. É um ato fortuito, um acidente que poderá não mais se repe�r. Criar é uma necessidade de expressão, e demanda série de cuidados, principalmente formação, (não necessariamente acadêmica). Não basta bons equipamentos, as melhores lentes e vasto conhecimento técnico se não exis�r percepção e cria�vidade. Esses elementos somados será o tempero que não se encontra em nenhum receituário. Não há manual para um criador, porque ele desrespeita todas as regras em busca da esté�ca que se sustente como arte.Mas, ao entrar no século XXI repleto de novos conceitos e tendências. O criador, possuidor dessa considerável tecnologia e amplo conhecimento percebeu, - talvez perplexo - a massa de novos fotógrafos munidos de pequenos celulares e câmeras digitais. Agora o suporte para a fotografia deixou o papel, elaborado em sofis�cados laboratórios. A foto digital, subitamente viaja em segundos a qualquer parte do planeta. O monopólio acabou. A fotografia passou a pertencer a todos. Mas, assume um novo sen�do e nova nomenclatura. Fotografia Contemporânea. E como tal ainda, permanece uma esté�ca estranha aos olhos de muitos observadores. É usual se dizer, que as fotografias concebidas após o grande desenvolvimento tecnológico (digital) e elaboradas no tempo presente, sejam classificadas como “contemporânea”. O que se pode observar, é que realmente, após esse avanço na técnica, houve uma revolução no campo da fotografia. Mais e mais se fotografa. E a fotografia virou mania cole�va, e se democra�zou a níveis nunca vistos. Não é preciso ser um grande evento social, ou acontecimentos significa�vo em nossa vida par�cular, para se apontar a câmera de disparar nossa emoção. Agora, qualquer coisa em qualquer hora, por qualquer mo�vo é merecedor de um clic. Ficou fácil ser autor, e felizmente, temos a possibilidade de poder exercer uma a�vidade que nos permite registrar acontecimentos e deles fazer uma leitura da realidade atual. A fotografia desceu das elites às massas. E a linguagem exercida pelos criadores populares é mais esclarecedora. Há o registro fiel de uma sociedade pensante, que se propõem par�cipa�va e conduz sua forma de ver a realidade social, sem preconceitos es�lís�cos próprios dos donos da técnica. O resultado dessa revolução na forma e conceito se escancara diante da Rede, repleta dessas manifestações ar�s�ca, apresenta a mais gigantesca galeria de fotografia. É só aprender a ler esse novo conceito.Esses trabalhos, não estão focalizando momentos de lazer, festas, ou alguma situação de entretenimento. Ao registrar a experiência os novos autores, estão criando novas percepções. O contexto esta diante de nossos olhos, imortalizado. Estamos diante de cenas urbanas com a intenção de contar história que não seriam contadas. Os novos fotógrafos estão propondo situações subje�vas ou não, que levam a reflexão. O que começou como uma forma de registrar um co�diano familiar se transforma em suporte a expressão com a linguagem ar�s�ca. Por traz de uma simples intenção de realizar uma foto, há a proposta maior de se estar criando um novo objeto de arte, de posse de um realismo despido de preconceitos. Uma nova linguagem esta cada vez mais presente, a paisagem urbana se revela por inteira, onde antes, não havia glamour, porque havia a paisagem cruel de rua de bairro, surge o gesto, impondo a imagem que não deveria exis�r. Não há como ignorar a esté�ca da periferia.
Foto: Cloveci Muruci
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 3
OLY JR. E A MILONGA BLUESMÚSICA
Por de Farroupilha/RS * Icaro Bittencourt
Foto: Caroline Corso
No processo cria�vo de um ar�sta, uma das principais dificuldades talvez seja encontrar o próprio fio de Ariadne nos
labirintos da tradição cultural ao qual ele se vincula. Ainda mais se pensarmos que esse ar�sta pretende contribuir com uma
originalidade que não vende uma "pureza" falaciosa, mas evidencia constantemente suas raízes e suas referências,
deixando claro que parte considerável da arte emana de manifestações culturais cole�vas e do ato de par�lhar sen�dos e
significados.
Para quem conhece o es�lo "Milonga Blues" do cantor e compositor Oly Jr, a procura por uma iden�dade musical que
dialoga fortemente com as tradições musicais da milonga e do blues, mas tenta imprimir uma marca específica e
qualita�vamente diferenciada nesta dupla apropriação, é percebida imediatamente na arte deste músico.
Oly Jr. começou profissionalmente na música a par�r do Blues, em 1998. E desta escola musical veio não só a sua
consolidação no meio ar�s�co como também uma gama de referências sonoras e culturais preservadas por ele até hoje. No
entanto, a cena blueseira não sa�sfez totalmente o ar�sta que buscava uma marca própria e original e não apenas ser mais
um representante local de um es�lo musical "estrangeiro".
Foi a par�r daí que o músico começou a incorporar explicitamente na sua criação ar�s�ca os elementos da música regional
que sempre fizeram parte do imaginário cultural onde viveu (o Rio Grande do Sul). Assim, entre Robert Johnson e Muddy
Waters intercalaram-se a inven�vidade milongueira de Bebeto Alves e Vitor Ramil, dois ícones no que diz respeito à
renovação do relacionamento com a tradição musical regional.
Se à primeira vista poderia parecer estranha a combinação do blues e da milonga (sen�mento logo desfeito ao escutar os
acordes das canções de Oly Jr.), devemos lembrar da similaridade entre essas duas tradições musicais, relacionadas à
cultura afro-americana, seja aquela que se desenvolveu à beira do Mississipi nos E.U.A. ou às margens do Rio da Prata na
América do Sul.
U�lizando-se da técnica do slide blues e dos acordes milongueiros, Oly fez uma fusão cria�va e diversificada entre os dois
es�los, sendo que as canções do álbum Milonga Blues transitam do ponto de vista temá�co e da sonoridade por diferentes
combinações, como podemos exemplificar com o paralelo entre o "pacto com o demônio" e a lenda do M'boitatá, presente
na letra da faixa-�tulo do disco.
Além disso, a combinação entre o blues e a milonga já mostra a maneira heterodoxa que o ar�sta lança mão para reelaborar
a sonoridade de caracterís�ca regional, sem encará-la como algo estanque e digno de culto. Assim, o regional não é um
"projeto iden�tário" e nem uma "tradição inventada", mas uma matéria-prima móvel e aberta ao intercâmbio cultural.
Desse modo, o regional nas canções de Milonga Blues é uma referência de inven�vidade e diálogo com outras culturas, o
que só pode ter como resultado uma produção ar�s�ca de cunho universalizante, isto é, de contato e de proliferação de
trocas entre contextos e tradições diferentes. Na canção Delta do Jacuí, Oly Jr. expressa bem essa fusão proposta por sua
arte: “Eu canto Blues com uma charla e sotaque que é só daqui/ Toco milonga como um blueseiro do delta do Jacuí”.
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 4
Por tudo isso, um dos grandes méritos, entre tantos outros, da criação musical
de Oly Jr. é a postura audaciosa em relação a alguns paradigmas culturais que
muitas vezes são engessados demais, como o foco no universal ou no regional,
como se fossem aspectos excludentes ou o aprisionamento a es�los
supostamente hermé�cos. Nesse caso, o ar�sta é perspicaz em assumir a sua
vocação cria�va e experimentar intensamente as potencialidades das trocas
culturais, desde à sonoridade aos temas das letras das canções.
No segundo lançamento discográfico do ar�sta dentro dessa proposta, Oly Jr.
construiu o repertório de 10 canções com milongas presentes nos discos de
Bebeto Alves e Vitor Ramil. O álbum Milonga em Blue (Notas do Delta)
apresenta o músico e seus parceiros Jacques Jardim (baixolão) e Jacques
Trajano (cajón e bombo leguero), conhecidos como Os Tocaios, na releitura da
tradição milongueira do sul do Brasil que inspirou o ar�sta.
Mas engana-se quem pensa que este é um disco de "versões". Nas releituras
presentes no repertório do álbum, Oly Jr. faz mesmo uma intervenção ar�s�ca
na tradição revisitando-a pela ó�ca da milonga blues e propondo novos
arranjos e novas formas de abordagem das canções. Para essa tarefa, além do
trio já citado, o álbum contou com a par�cipação especial dos instrumen�stas
Paulo Inchauspe (violão solo, ukelelê e banjo), Paulinho Cardoso (acordeon) e
Arthur de Faria (acordeon).
Os méritos dessa empreitada ar�s�ca atravessam o disco do início ao fim.
Primeiro, a escolha do repertório: só a presença de ¿Qué se Pasa?, do histórico
LP Paralelo 30, já coloca em evidência a valorização e a pesquisa que o ar�sta
faz das referências cancioneiras da sua aldeia. Segundo, os arranjos bem
cuidados e cria�vos conseguem demonstrar as potencialidades tanto das
milongas mais heterodoxas de Bebeto e Mauro Moraes quanto daquelas mais
hermé�cas de Vitor. Nesse sen�do, Oly Jr. não só mostra a sua qualidade como
compositor e arranjador, mas também contribui para iden�ficarmos ainda
mais as riquezas dos milongueiros urbanos sulistas.
Foto: Caroline Corso
* Icaro Bi�encourt. Nascido em Cachoeira do Sul-RS, no ano de 1985, graduado em História pela Universidade Federal de Santa
Maria e Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente sou Professor de História no Ins�tuto Federal do
Rio Grande do Sul (IFRS) - Câmpus Farroupilha.
Oly Jr. & Os Tocaios - Milonga em Blue (Notas do Delta)
Ano: 2012
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 5
ARQUITETURA
Por de Salvador/BA * Almandrade
O FENÔMENO DE ARTEBIENAL
A proliferação de bienais de arte no mundo, nas úl�mas décadas, chama a atenção para o espetáculo e a banalização da chamada “arte contemporânea”. Conforme o �po de público, de curador, de ar�sta, de patrocinador existe um modelo de bienal. Cada uma com suas especificidades, umas privilegiam a universalidade, outras as linguagens regionais, cada uma imprime sua marca. Qualquer coisa pode ser transformada em material ar�s�co e qualquer lugar pode ser este�zado. Tem as dos grandes centros e as de periferia. Por trás está um sistema econômico que envolve negócios, turismo, entretenimento, economia cria�va. Essas mostras não se sustentam de demandas culturais. O ingrediente cultural é como aquela pitada de sal lançada sobre a porção de batata frita.
Uma bienal de arte serve para apresentar novos produtos, ou “novos autores” de um “déjà-vu” para aquecer a sociedade da mercadoria. Com o fim da modernidade e as histórias das grandes inovações na arte, em termos de novas formas e técnicas que surpreendiam, veio uma sensação de esgotamento esté�co. A solução do mercado foi inves�r no inusitado da ideologia da juventude, no que parece ser e revelar “novos talentos”. Não temos mais as surpresas modernas, a exemplo do Cubismo, então, reinventam-se outras com a ajuda do departamento de marke�ng, porque o consumo se abastece através do fantasma do novo. Mas a arte precisa mais de reflexão do que de talentos surpreendentes.
As bienais estão ligadas ao mercado como amantes apaixonados, dependentes um do outro. Se elas não são centros diretos de consumo, estão indiretamente à serviço do consumo de mercadorias culturais e de lazer. O alto custo de sua realização implica na par�cipação decisiva de inves�dores, patrocinadores com expecta�vas de retorno. O montante considerável que movimentado anualmente mostra que o mercado está em alta. Entre a brincadeira e o ininteligível expostos, a mostra é uma vitrine onde as galerias apresentam jovens ar�stas e suas novidades para ser valorizados e receber o selo de garan�a cultural. Espera-se do ar�sta de bienal que ele tenha pres�gio, reconhecimento e valor de mercado.
O sistema das galerias acaba exercendo forte influência na escolha dos ar�stas, muito bem jus�ficado e disfarçado no discurso do curador. Par�cipar de uma bienal é uma experiência no currículo de uma ar�sta que contribui para a sua inserção no mercado de arte. Até trabalhos gerados pela intuição, na total ignorância da arte produzida no passado, são valorizados e e�quetados. A história da cultura não interessa para o mercado, mas a culpa não é do mercado nem do ar�sta, e sim, de uma sociedade perversa que tem como referência a mercan�lização da cultura.
Uma quan�dade crescente de ar�stas, curadores, marchands reivindicam e apontam como alterna�va para a divulgação e desenvolvimento da arte, a criação de uma bienal. Em centros com museus precários, com dificuldades de manutenção, ensino de arte comprome�do, tem um crescimento indiscu�vel da produção de “arte contemporânea”. Apelar para uma bienal é uma forma de escoar e dar visibilidade a essa produção. A cada dois anos uma safra nova de ar�stas desperta a atenção da mídia e do comércio. As bienais são as par�das preliminares das feiras de arte, elas criam público e incen�vam compradores.
Almandrade
(ar�sta plás�co, poeta e arquiteto)
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 6
LEÓN FERRARI – O PROVOCADORARTES PLÁSTICAS
Por de Porto Alegre/RS Clauveci Muruci
León Ferrari (1926 – 1913), ar�sta plás�co argen�no, fez de sua obra suporte para o discurso ideológico, mais significa�vo do século
XX. Tal postura o submeteu a longo exílio de 15 anos em São Paulo, durante o período do golpe militar argen�no.Reconhecido no circuito das artes em todo o mundo, León Ferrari, ousou em toda a sua plenitude cria�va. Seus trabalhos com
caracterís�cas temá�cas, como a“La civilización occidental y cris�ana” exposta na Exposição no Centro Cultural Recoleta, em
Buenos Aires (2004), sofreu perseguição de vários grupos católicos, liderados pelo então Cardeal Jorge Bergoglio, hoje o papa
Francisco. A peça escultórica que mostra um Cristo crucificado sobre um bombardeiro norte-americano ganhou o Leão de Ouro da
52ª Bienal de Veneza, a mais importante bienal de artes plás�cas do mundo. Ferrari teve até dia 2 de Junho uma exposição no Centro Cultural da Memória Haroldo Con�, em Buenos Aires, um centro
clandes�no da época da ditadura transformado num espaço dedicado às artes e aos direitos humanos.Foi um lutador contra o poder e a intolerância, provocador e polêmico, fundou o clube an�rreligioso dos ímpios,hereges,
apostadas, flasfemos, ateus, pagãos, agnós�cos e infiéis. A instalação de uma gaiola com fezes de pombos com uma reprodução do
famoso afresco “Juízo Final”, de Michelângelo, na Capela Sis�na no Va�cano. Na inauguração da exposição, um grupo de a�vistas
ultra- católicos, entrou no centro cultural, danificando algumas das obras, o que ocasionou um comício em apoio ao ar�sta. Pouco
depois, em 1976, compilou no�cias sobre a repressão da ditadura militar e as publicou num livro in�tulado “Nosotros no
sabíamos”. No mesmo ano, deixou o país e se exilou em São Paulo, onde ampliou suas técnicas, ingressando na litografia, nas
fotocópias, entre outras linguagens.Em 1983, fez colagens com ilustrações da Bíblia e imagens eró�cas orientais. Foi um crí�co ferrenho da igreja, como sua obra
exposta Buenos Aires, com o �tulo, “Infiernos e idolatatrias”, uma cri�ca as “torturas humanas e divinas”, o que rendeu a revolta
furiosa da igreja católica argen�na, lançando bombas de gás lacrimogêneo, no interior da ins�tuição que abrigava a exposição.León Ferrari faleceu nesse final de julho, aos 92 anos, na Argen�na e não pode comparecer a sua úl�ma retrospec�va em Buenos
Aires.
León Ferrari : “Infiernos e idolatatrias”
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GAMBÁCONTO
Por de Viamão/RS Sérgio Marques Teixeira
Ordem: Didelphimorphia; Família: Didelphidae; Nome popular:Gambá; Distribuição geográfica: Do oeste do Canadá ao sul da Argen�na; Habitat: Floresta; Hábitos alimentares: Onívoro.
O gambá possui um líquido fé�do produzido por glândulas odoríferas que é u�lizado como meio de defesa quando perturbado. A maioria das espécies possui hábitos noturnos e uma dieta onívora, que pode incluir frutos, artrópodes, nectar e pequenos vertebrados. Mas o que ele gosta mesmo são dos ovos e dos pin�nhos do galinheiro do Seu Valdemar. A fêmea do Gambá é uma fiel companheira de seu macho.
Ordem: beberrões; Família: Hominidae com hábitos e�licos; Nome popular: Gambá; Nome cien�fico: Alcólatra; Distribuição geográfica: Do boteco da esquina até a casa onde mora, quando acha o rumo; Habitat: Balcão de boteco, sarjeta, e às vezes em casa, às vêzes dorme encostado à cerca entre sua casa e a do vizinho. Hábitos alimentares: Vodka, Wisk, Cachaça.
Igualmente ao outro gambá também este possui um cheiro caracterís�co. O organismo tenta desvencilhar-se do álcool expelindo-o, o quanto o �gado puder filtrar, pelos poros da pele do infeliz. O álcool assim eliminado mistura-se ao suor e a poeira formando uma “nhaca” que lhe recobre integralmente a pele. Daí emana o cheiro que lhe rendeu a alcunha de “Gambá”, por lembrar ao cheiro daquele outro animal. A fêmea deste gambá é fiel, paciente e caridosa. Acredita que um dia o seu marido ainda vai deixar de beber. Tem fé, a coitada. Espera o homem chegar em casa para lhe �rar os sapatos para que ele não suja o sofá, já que é ali que ele dorme quando está neste estado.
O Seu Valdemar convive com os dois Gambás, um de cada espécie. Ele acordou com a baderna que a cachorrada fazia não pá�o. Saltou da cama e foi verificar. Os cachorros estavam cercando o galinheiro lá nos fundos do quintal. Imediatamente, ainda de pijama, ele pega a espingarda e a cartucheira e se bandeou para fora de casa.
-Hoje eu mato este desgraçado! - Disse o Valdemar, enquanto a�rava a cartucheira por cima de um ombro.
Chegando ao galinheiro, viu que a cachorrada havia expulsado o gambá da área. Ele agora corria em direção ao porão de sua casa. Sal�tante e com o rabo empinado, a qualquer momento ele iria expelir a sua arma letal, talvez por isso mesmo que os cachorros, espertos, não se atreviam a concluir a caçada, �nham medo do banho. Então man�nham uma respeitável distancia. Apesar de enormes não conseguiam alcançá-lo, ou não queriam, mas ba�am-se atrás da presa, la�ndo e acordando toda a gente.
O animal embrenhou-se entre as tábuas que o Seu Valdemar guardava empilhadas no porão e ficou escondidinho, fazendo-se de morto e só abrindo os olhos de vez em quando para ver se os seus predadores já desis�ram da caçada. O facho da lanterna percorria o porão de ponta a ponta, até que numa destas passadas, refle�u num par de olhos brilhantes.
Imediatamente a espingarda funcionou. E voou pedaços de gambá para todo o lado, misturado com madeiras es�lhaçadas. Seu Valdemar estava orgulhoso. Acertou o bicho no primeiro �ro.
A baderna dos cachorros seguida do estrondo da espingarda acordou a vizinhança de seu Valdemar. A Vizinha de cerca nem precisou acordar ela já estava acordada, esperando o marido, outro gambá, que ainda não voltara do boteco. Estava já na hora de a�rá-lo no sofá e re�rar-lhe os sapatos embarrados. Ela acendeu a luz da rua e veio correndo para o pá�o.
- O que é que houve seu Valdemar?
- Matei o Gambá.
- O Senhor é um criminoso!
- Mas era um Gambá.
- Só por que ele bebe! Vou chamar a polícia.
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 7
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Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 8
LITERATURA
MAR, PAMPA, AZUL E VENTANIAPor de Porto Alegre/RS * Eduardo Jablonski
Poeta nascido em Uruguaiana e já com mais de quarenta e cinco anos de carreira literária, Luiz de Miranda possui 38 livros publicados num total de 3.432 páginas impressas, a mais extensa obra do mundo.
Com “Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania”, ganhou o prêmio da Academia Brasileira de Letras e integrou a finalíssima do Jabu� em 2001. A Secretaria de Cultura de Porto Alegre concedeu-lhe o Açorianos como melhor livro de poemas em 2009. Também recebeu prêmio da Academia de Letras, Ciências e Artes Francesa em 2010, entre outros prêmios e dis�nções.
Os poetas sempre trabalham a cadência e a concatenação melódica da palavra. Mario Faus�no disse que o poeta, ao perceber um objeto, nota um ritmo próprio nas coisas. Ao ler os trabalhos de Luiz de Miranda – do primeiro ao úl�mo verso – percebe-se que ele compõe quase por ins�nto. As orações brotam ao natural, como se o poeta as recebesse de uma energia divina, mas nada tem a ver com a inspiração cul�vada pelos amadores e maus poetas. Luiz de Miranda estuda poesia, lê os maiores e escreve há 45 anos. Nesse tempo, aperfeiçoou a dicção própria e seu mundo lírico e escreve como quem respira.
Nestas “Vas�dões da Pampa Inteira”, já no início, ele trabalha a rima, Vas�dões do mundo, / eu estou aqui, / na casa onde nasci, / preparado para par�r” (MIRANDA, 2013, p. 4) e desenvolve rimas toantes, porque transmite som parecido, mesmo sem trazer as mesmas consoantes e vogais. João Cabral de Melo Neto, muito admirado por Luiz de Miranda, u�lizava excessivamente esse �po de construção, embora o pernambucano não fosse muito adepto às imagens, mas isso não quer dizer que não fizesse algumas. Luiz de Miranda, ao contrário, baseou sua poesia na imagem e no conteúdo, talvez seguindo conselho de Guilhermino César, para quem não existe poesia sem imagens.
Na opinião do crí�co e poeta Mário Faus�no (1977), o ser humano deve exprimir da maneira mais bela o sen�mento do seu tempo e do seu mundo. Na verdade, essa ideia pertence a Ezra Pound (1990, 1995). Luiz de Miranda faz poemas filosóficos, explorando o seu espaço territorial.
Ele criou um território envolto por auroras, pelo vento, pelo mar, pela madrugada, pelo pampa, pela tempestade e outros símbolos. Não é que Luiz de Miranda incorpore aos seus poemas o sen�mento do seu tempo e do seu mundo. O que ele faz é interpretá-los e representá-los conforme a sua ó�ca, buscando sempre a maneira mais bela, na sua opinião, de fazê-lo.
Não daria para dizer que se trata de autor simbolista, porque a escola pertenceu a outra época e �nha caracterís�cas formais diferentes. Expressões �picas infestavam a obra de Cruz e Sousa, que, segundo Álvaro Lins (1963), talvez tenha sido o único simbolista legí�mo no Brasil e por essa razão é considerado um dos três maiores de todos os tempos por Roger Bas�de. Os simbolistas não se preocupavam em se comunicar. Queriam ser musicais, trabalhando excessivamente as aliterações (repe�ção de consoantes) e as assonâncias (repe�ção de vogais).
O mundo de Luiz de Miranda está envolto por símbolos sem pertencer à referida escola. A mulher sempre aparece num estágio superior, não porque ele a idealizasse ou a considerasse intocável. Os símbolos do pampa, do vento e do mar embasam uma espécie de filosofia incorporando essa tríade. O poeta explora inúmeras alterna�vas filosóficas e poé�cas desses três símbolos, mas não lhe permite fugir das suas temá�cas prediletas. O pampa e o mar são o mesmo assunto, uma vez que não passam de variações do tema, embasados no verde pampiano. Já o vento o acompanha na sua existência.
A solidão não é um símbolo; está mais para um estado de espírito. Abriga poemas filosóficos com elementos que tornam o abandono ainda mais pesado. Como ele não tem muitos amigos, convida o cão e o cavalo fantasiosos para o acompanharem nesse caminho, também desér�co. Esse é o mundo mirandiano.
O escritor argen�no chama a atenção para a “aura poé�ca do romance”. Walter Benjamin (1987) já havia citado a repercussão da aura da obra de arte. Quando se lê um livro de Luiz de Miranda, como “Vas�dões da Pampa Inteira”, tem-se igual sensação. Penetra-se num mundo onírico, em que a imagem parece ter vida ao transformar-se num símbolo. O mesmo acontece com o pampa, o mar, a aurora, a ventania, a cor azul, a mulher, o amigo e outros elementos, que possibilitam a criação de sen�mento sagrado. É como se, ao ler os poemas de Luiz de Miranda, entrássemos em atmosfera envolta pela aura da poesia.
No entender do con�sta, romancista e crí�co portenho, “poesia é, como a música, sua forma”. Luiz de Miranda age como se esta fosse uma verdade absoluta. Tanto é assim que os versos do poeta mundial poderiam ser analisados de acordo com os estudos de Ezra Pound (1990, 1995): fanopeia, logopeia e melopeia. Ainda que a logopeia tenha a ver com o conteúdo e a forma de trabalhá-lo, a fanopeia é a imagem, e a melopeia, as alterna�vas de melodia. Enfim, Luiz de Miranda também acredita que poesia é forma, porém não como os parnasianos ou os poetas da geração de 1945.
Enfim, desde outubro de 2000, quando iniciei a ler e a publicar resenhas e livros sobre a obra de Luiz de Miranda, o considero o maior poeta do mundo. Principalmente por causa de obras-primas como "Cantos de Sesmaria", "Monolí�co", "Vozes do Sul do Mundo", "Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro", "Salve Portugal" e estas “Vas�dões da Pampa Inteira”, ninguém no Brasil chega perto em termos de qualidade imagé�ca. Também estão num grupo inferior - ou no máximo no mesmo �me - poetas como Dante e Virgílio, Pessoa e Pound, Eliot e Whitman. Ave, Luiz de Miranda.
REFERÊNCIASBENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e polí�ca. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BORGES, Jorge Luis. Discusión. Buenos Aires: Emecé, 1964.
CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras metas. 4. ed. São Paulo: Perspec�va, 1992.
___. O arco-íris branco. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
___. A arte no horizonte do provável. 4. ed. São Paulo: Perspec�va, 1977.
CORTÁZAR, Julio. Obra Crí�ca 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
FAUSTINO, Mario. Poesia-Experiência. São Paulo: Perspec�va, 1977.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Petrópolis: Vozes, 1987.
LINS, Álvaro. Literatura e vida literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.
MORICONI, Ítalo. A Poesia Brasileira do Século XX. Rio de Janeiro: Obje�va, 2002.
POUND, Ezra. ABC da Literatura. São Paulo: Cultrix, 1990.
___. A Arte da Poesia. São Paulo: Cultrix, 1995.
RICHARDS, I. A. Princípios de crí�ca literária. Porto Alegre: Globo, 1967.
1 - FAUSTINO, Mario. Poesia-Experiência. São Paulo: Perspec�va, 1977.
2 - Jorge Luis Borges garan�u que as ideias aparecem espontaneamente para os
escritores, algo sem explicação.
3 - Ibidem, p. 23.
4 - Ibidem, p. 64.
5 - Ibidem, p. 67.
5
4
3
2
1
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 9
Por de Porto Alegre/RS * Gustavo Insekto
Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Agosto 10
ANTITÉTICO À FLORPOESIA EM PROSA
Por de Porto Alegre/Viamão/RS * Djine Klein
ILUSTRADOR
Livros ficção / Infanto-Juvenil
51 9874 - 624951 3276 - 52 78
Rua Marechal Deodoro 1655Osório, Rio Grande Do Sul, Brazil
51 9903-5465
I. Ah, Mãe das criaturas! E Sol o astro que a todos
aquece? Ele a abraça, ela túrgida de luz... Terra
que o ventre se expande gerando vida! Depois,
emerges de redonda ser, recolhe as sementes...
Mãe-Terra inventa ternuras, seres arco-íris na
planura, e nas barrancas desenha à pétalas
florinhas para enfeitar seus campos. Túmida de
vida me indicam seus dedos uma esquiva garça,
que aos olhos das gentes visões líricas, ver
paisagem assim. Estanca as pressas do menino,
agora deitado rente a teu corpo estou uma
criança com pesadas pálpebra..., um sono bom!
Esse meu sonho só tem brotações de PAZ para as
criaturas, desejo de ver teus filhos minha Mãe,
em um viver com brandura. E que dá uma
vontade de ser feliz!
Para ser criança a gente se volta pelos caminhos
da mãe. Retrocede rastros, volta o rosto e a boca
pensa palavra verde. Para uma campina os olhos
chamam e, que cansado de ficar rente a um chão
de ferro, meu corpo em sobressaltos, esguiam-se em rama os braços... Longos voando asas e, os pés no chão reconhecem a trilha. O
tempo cochilava:
- Não queres mais ser criança numa ruazinha triste e, que em cada casa nem floria muito bem um quinta?...
- Ave e flor atentando-me para o azul!...
- Agora esses muitos, azuis (inverno na paisagem) é só um silêncio que a Terra necessita.
- Mas breve terão no�cias de eu ser à memória das gentes, suas borboletas?
- Sim, criança! E de um amarelo passarinho com um oceano tuas asas...
- Configuração que meus olhos gostam de ver bonito! Lembro agora lágrimas de Santa Luzia, Flor!
II.Vide uma flor o caule frágil, a haste sustenta um mundo. Redonda de realidades a vida nela, uma flor resguarda um absurdo de milagres.
Mas que às vezes fico surda entre o borralho e a engrenagem, entre a náusea e as perplexidades.
- Ser humano? Estou a um pulo das voragens.
III.Um ser é sempre um milagre. E ser flor o milagre se engrandece em belezas. Aquilo que os dedos das crianças palpitam nas cores, a
forma é flor. E eu sempre fui rea�va a flor. A causa disso até escuso-me um perdão: sobre-existo com uma bruta vontade de ser poeta. Eu
desenhava uns versos escrevia à flor. Tinha aflições por toda a noite. Ao amanhecer abria os olhos sono lentos para ver a paisagem. Mas
da janela de um apartamento vi a mim mesmo grafitada à insônia.
Dentro do sono era um botão se preparando e, na manhã seguinte a flor. Voltando o rosto sobre as criaturas do “bom dia”, sorria e, havia
um lago, desde o centro nos refle�a. E com que gosto afagava os seus rebentos, Mãe-Terra. Naquele instante eu era o seu poeta e �nha
as licenças pra contar tudo ao vento.
IV.Primeiro mandava escoimar a Terra de humana mácula! Fazer prebenda ao enxadeiro e, recomendava deitar suaves as sementes. Mas
semear gotas de fei�ço banhando-as à lágrima, o gesto pertence a irmã Lua. E para esperar a flor eu era o mandrião.
Mas que pena os homens cegos: olhos anuviados por super�cies arenosas. Se a flor ainda lhes acontece estão com pressa. Ou não se
reconhecem mais filhos dela:
- Mãe-Terra!
V.Os pardais meninos pontuavam em ensaios para o homem à seta. Vendo desse ponto eu via todos os agudos deles, meus primos e
irmãos! Na paisagem manifesto os gestos das gentes, e que as lonjuras não respondiam às dúvidas... Eu �nha muitas e mais as de se
perguntar, o que é uma menina? E, como era longo o tempo, grande o silêncio em que ainda estou dentro. A trilha ajustada para meus
passos pensava num atalho pra escutar cigarras. Tomar um propósito para co�diano com mimos...
Mas a flor dissimulada! Ves�da de rendas na borda do caminho se fazia bela, eu prosaico. Agressivo, num impulso roubei a margarida.
De pronto a instalei na casa de um botão desertor. No meu peito sua solidez sobre o casaco, ainda me afagou. E fui vida a fora que é
sempre dentro eu ter esse an�go gosto por flor.
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NELTON PELLENZ APRESENTA MOSTRA QUE EXPLORA DIVERSOS EFEITOS DA LUZ
A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre apresenta a exposição FIAT LUX , de Nelton Pellenz, que ocupará a Galeria Lunara (5º andar da Usina do Gasômetro) até o dia 25 de agosto. Nesta exposição Nelton apresenta um conjunto de fotografias de espaços urbanos, registrados à noite, u�lizando o ajuste da velocidade do obturador da câmera para modificar os ambientes percebidos. Os pontos de luz foram os condutores para o enquadramento de cada cena e, nesse contexto, a arquitetura, a vegetação e outros elementos, que impediam a sua passagem, auxiliaram na configuração desses novos cenários. O ar�sta busca, com esse enfoque, criar uma cidade par�cular que emerge da noite escura e que é lida a par�r da peculiaridade das suas luzes.
O prazer de viver a noiteRua da Republica, N°30
Apoio Cultural :
Barão do Gravataí, 577Rua João Alfredo, 512
Cidade BaixaSons que ouço na
À noite, nem tão escura,
revela a magia da música
que percorre as ruas da
Cidade Baixa. Rock ‘n’
Roll, Pop, , blues, Jazz
Samba, Chorinho, entre
tantos outros gêneros.
A energia vibra no bairro
mais da cidade, Cult
depois, é só liberar
sensibilidades,
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som que esvoaça na noite,
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Circo Pocket Show - 1 ano. Foto Marcelo Amaral.
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