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Alterações Fisiológicas e
Fisiopatológicas no
Envelhecimento:
Sistema Geniturinário
Profª Ms. Simone Alves Landim
FASM – 1° sem 2014
Glomérulo
Nos glomérulos, o sangue que chega aos rins (através da artéria
renal) e dá início à filtragem.
Substâncias como uréia, glicose, aminoácidos etc. dissolvidas em
água atravessam as paredes dos glomérulos, passando para a
cápsula de Bowman e para os túbulos renais.
Em volta desses túbulos encontra-se a rede capilar do néfron, cuja
função é reabsorver as substâncias úteis (glicose, vitaminas,
hormônios, parte dos sais e a maior parte da água) que se encontram
nos túbulos.
Assim, as substâncias reabsorvidas voltam para o sangue e o
restante é eliminado na forma de urina, através da uretra.
Alterações anatômicas Alterações
funcionais
Repercussão Clínica
RIM Redução do tamanho e
volume;
Esclerose glomerular
progressiva;
Redução da massa tubular;
Esclerose da arteríolas pré e pós-glomerulares. As membranas dos néfrons se endurecem e o sistema vascular se degenera com a idade.
Redução progressiva
do fluxo sanguíneo
renal;
Redução progressiva
do ritmo de filtração
glomerular.
Diminuição da taxa de
filtração glomerular,
excreção e
reabsorção;
IR, prevalência de
nefrotoxicidade;
A queda na produção de creatinina em virtude da sarcopenia. (atenção ao no nível de Creatinina). Limiar renal maior para glicose (glicosúria); Diminuição da capacidade de concentração de urina (desidratação, desequilíbrio hidoeletrolítico).
Alterações
anatômicas
Alterações
funcionais
Repercussão
Clínica
BEXIGA Fibrose, tornando
o órgão menos
elástico;
Inervação
autonômica;
menor poder de
retenção da urina e
esvaziamento
incompleto.
Capacidade e
Habilidade de adiar
a miccção;
Contratilidade
Resíduo pós-
miccional;
Contrações
involuntárias.
Risco de
infecção do trato
urinário
Risco de
incontinência
urinária
URETRA Celularidade
Deposição de
colágeno
Resistência ao
fluxo miccional;
Pressão de
fechamento;
Atraso no reflexo
da abertura do
esfíncter externo.
Risco de
infecção do trato
urinário
Risco de
incontinência
urinária
Alterações anatômicas Alterações
funcionais
Repercussão Clínica
PRÓSTATA
Hiperplasia Irritação de
receptores
adrenérgicos;
Pode ocorrer
obstrução do fluxo
da urina.
Risco de infecção do
trato urinário
Risco de incontinência
urinária
Retenção urinária
NOCTÚRIA
(diurese
noturna)
Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos,
redução da complacência vesical, redução da
produção noturna de ADH ( na produção
noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência
venosa, diabetes mellitus e hiperplasia prostática.
Despertar noturno:
INSÔNIA – QUEDAS
VAGINA Deposição de colágeno; Tecido conjuntivo
que leva a fraqueza muscular;
Excessivos partos normais podem provocar
relaxamento excessivo da musculatura do
assoalho pélvico que resulta em extravazamento
da urina com da pressão ao tossir, espirrar ou
rir;
Dispareunia, Uretrite
atrófica, frequência
urinária (polaciúria),
urgência miccional
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Infecção do Trato Urinário (ITU)
Fatores que aumentam o risco para ITU:
Estase urinária (por obstrução ou esvaziamento incompleto da
bexiga)
Internações
Atividade sexual
Cateterismo vesical
Agentes etiológicos: E. coli, Enterobacter, S. aureus.
Sinais e sintomas da ITU
Dor e desconforto ao urinar
Polaciúria
Perda de secreção uretral
Sensação generalizada de mal estar
Dor ou desconforto abdominal
Febre
Hematúria
Dor nas costas
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Diagnóstico e Tratamento da ITU
Urina tipo I e urocultura
Antibioticoterapia
Idosos precisam ser monitorados de perto quanto a ITU. As
vezes não existem sintomas específicos, exceto uma fraqueza
generalizada e uma fadiga. Atenção é fundamental,
principalmente naqueles idosos que estão fracos e
cronicamente doentes.
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Incontinência Urinária
Perda do controle da urina, é um sintoma e não uma doença.
Cerca de 50% dos idosos são incontinentes.
A principal causa de incontinência no idoso é a instabilidade do músculo detrusor, causando contrações anormais da bexiga.
Outras podem ser: fraqueza do assoalho pélvico, hiperplasia prostática benigna, mobilidade comprometida, uso de algumas drogas e condições patológicas (infecção, AVC).
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Classificação da Incontinência Urinária
Tipo Sintomas Causas mais comuns
ESFORÇO Escape involuntário de urina
(quase sempre em pequenas
quantidades) com aumentos
da pressão
intra-abdominal (p.ex., tosse,
risos ou exercício)
Debilidade e lassidão (exaustão) do
assoalho pélvico, que provoca
hipermobilidade da base vesical e da
uretra proximal.
Debilidade do esfíncter uretral ou da
saída da bexiga, quase sempre por
cirurgia ou traumatismo.
URGÊNCIA Extravasamento de urina
(quase sempre volumes
grandes, ainda que seja
variável) pela incapacidade
para retardar a micção após
perceber a sensação de
plenitude vesical.
Hiperatividade do detrusor, isolada
ou associada a:
• Condições locais como uretrite,
cistite, tumores, litíase, diverticulose;
• Alterações do SNC como AVC,
demência, parkinsonismo, lesão
espinhal.
Classificação da Incontinência Urinária
Tipo Sintomas Causas mais comuns
SOBREFLUXO Escape de urina (quase
sempre em pequenas
quantidades) secundária
a esforço mecânico sobre
a bexiga distendida ou
por outros efeitos da
retenção urinária e a
função esfincteriana.
Obstrução anatômica: pela próstata
ou por uma cistocele (prolapso da
bexiga).
• Bexiga hipocontratil associada a
diabetes mellitus ou lesão medular.
FUNCIONAL Escape de urina
relacionado com a
incapacidade para usar o
vaso sanitário por dano
da função cognitiva ou
física, falta de disposição
psicológica ou barreiras
no ambiente.
Demência grave.
• Imobilidade.
• Ataduras.
• Depressão.
TIPOS E TRATAMENTO DAS INCONTINÊNCIAS URINÁRIAS PERSISTENTES
TIPO TRATAMENTO PRIMÁRIO
ESFORÇO Exercícios para soalho pélvico (Kegel).
Reorientação de controle miccional.
Cirurgia.
URGÊNCIA A primeira linha de tratamento para incontinência urinária de
urgência é a comportamental.
Reorientação de controle miccional.
Fixar horário para micção.
Adaptações ambientais que facilitem a chegada ao banheiro;
Uso de relaxantes vesicais.
SOBREFLUXO Cirúrgico.
Uso de fraldões ou sonda externa.
EXERCÍCIOS DE KEGEL
Podem ser realizados em qualquer lugar, sentada, em pé ou deitada.
Primeiro, a pessoa deve identificar onde se localizam os seus músculos pélvicos.
Uma maneira de fazê-lo é começar a urinar e então tentar prender a urina.
Se conseguir pelo menos diminuir o jato de urina, é porque está usando os músculos
corretos.
A pessoa não deve contrair os músculos das nádegas ou os músculos abdominais.
Para um treinamento de força eficaz, recomenda-se de 8 a 12 contrações lentas e
próximas da força máxima, com período de manutenção da contração de pelo menos 6
segundos, em três séries, 3 a 4 vezes por semana.
Hiperplasia prostática benigna (HPB)
Aumento não maligno da próstata que contrai a uretra e causa
vários graus de restrição do fluxo urinário.
Até a idade dos 60 anos 50% dos homens apresentam algum
grau de HBP.
Sinais e Sintomas: aumento na frequência urinária, nictúria
(aumento da diurese noturna), urgência urinária, esforço para
urinar, fluxo urinário fraco ou intermitente e sensação de
esvaziamento incompleto.
A HPB pode resultar em IRA, ITU, hematúria.
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Tratamento da Hiperplasia prostática benigna (HPB)
Ressecção transuretral de próstata (RTUP)
Incisão transuretral da próstata (ITUP)
Prostatectomia em casos de câncer de próstata
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Insuficiência Renal
Perda súbita da função renal.
Classificada em IRA e IRC.
O idoso está em grande risco para desenvolver IRA, pois está
mais propenso as seguintes disfunções: desidratação, DM
(provoca um fenômeno inflamatório nas pequenas artérias que
degeneram), ICC, aterosclerose, intoxicação por drogas.
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Categorias da IRA
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Pré-renal (30 a 40%): queimaduras, desidratação,
sangramentos, DM etc.
Renal (50%): Danos renais (toxinas ou medicamentos)
Pós-renal (5 a 10%): causas no trato urinário, obstrução
do fluxo urinário (infecção, pielonefrite).
Pele e mucosa ressecadas
Náuseas e vômitos
Sonolência, cefaléia
Oligúria (<400ml/dia)
Anúria (<100ml/dia)
Hipercalemia K
Desequilíbrio da regulação
da PA
Níveis de creatinina
aumentado
Acidose metabólica
Mau hálito
Uremia
Anemia
Edema
Sobrecarga volêmica
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos Sinais e sintomas da IRA
Tratamento da IRA
Tratamento da causa
Tratar a hipercalemia ( potássio >5,0 mEq/L)
Hemodiálise e diálise peritoneal.
Distúrbios geniturinários mais comuns nos
idosos
Diagnósticos de enfermagem
Incontinência Urinária
Eliminação de urina prejudicada
Perfusão tissular ineficaz: renal
Retenção Urinária
Volume de líquidos deficientes
Volume de líquidos excessivos
Risco para infecção
Disfunção sexual
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 192 p.: il. – (Série A.
Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 19)
MORAES, Edgar Nunes de. Gerontologia Básica. s.d Disponível em:
http://ciape.org.br/matdidatico/edgar/Livro_Ger_Bas_Demo_Fisiologia_Env
_doc. Acesso 13 ago 2013.
Diagnósticos de enfermagem da NANDA:definições e classificação2012-
2014 /[NANDA International] ; tradução: Regina Machado Garcez ; revisão
técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros ...[et al.]. – Porto Alegre:
Artmed, 2013.606 p.;
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