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ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL:
APROXIMANDO-SE DA
CONFIGURAÇÃO ATUAL
1
Objetivo
Obter um panorama amplo sobre como se constitui os anos finais
do Ensino Fundamental, nas escolas públicas do país
apontar algumas de suas especificidades e
desafios
subsidiar novos estudos sobre essa fase da
escolarização básica
2
Revisão da literatura
Adolescência como etapa e condição de vida
Organização e especificidade do EFII
3
Necessidade de conciliar visões (psicológica e sociológica) e compreender a especificidade desse momento da vida.
4
Adolescência como condição e situação de vida
Organização e especificidades do EF II
LDB 9.394/96
Não há desagregação do Fundamental para fins de concepção e organização
Organização que pode ocultar especificidades
Regime de cooperação entre União, estados e
municípios
Tensão entre o papel do MEC e a autonomia de estados e municípios
5
Organização e especificidades do EF II
Rupturas na organização do conhecimento escolar
Aumento do número de professores
Interação com professores especialistas
Níveis de exigência distintos
Demandas por maior responsabilidade
Diferentes estilos de organização e didática das aulas
Questões relativas à prática docente
Tendência dos professores perceberem os alunos como “imaturos,
indisciplinados e sem base”
Queixa generalizada de que os alunos chegam ao 6º ano sem os
conhecimentos mínimos esperados
Formação inicial e continuada dos professores: pouco contato com as
questões pedagógicas e desconhecimento das peculiaridades dessa faixa
etária 6
Para alcançar o objetivo do estudo, além do levantamento da bibliografia pertinente, foram desenvolvidas três frentes de investigação sobre o Ensino Fundamental II:
Levantamento das políticas públicas: legislação e programas federais e estaduais
Descrição da situação dos anos finais do EF: análise estatística sobre acesso, permanência e qualidade
Realização de estudos exploratórios em quatro escolas
Delineamento da pesquisa
7
8
Políticas públicasMEC
SEEs
Procedimentos de pesquisa:
Via internet: sites do MEC e das SEEs
Contatos por e-mail e telefone
Entrevista com responsável pelo EF da SEB do MEC
Entrevistas com atual e ex-presidentes do CONSED
Dificuldades:
Acesso a dados dos sites – informações desatualizadas e
pouco organizadas
27 SEEs contatadas: resposta de quatro estados
Contato telefônico e apoio do Consed: dois estados
9
Currículo prescrito: Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCNGEB)
Currículo real: Pautado pelos livros didáticos e pelas avaliações de rendimento escolar, realizadas no nível municipal, estadual e federal
A transição entre as etapas da Educação Básica e suas fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e sequenciais que assegurem aos educandos, sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de aprendizagem e desenvolvimento. (Art. 18, § 2º)
O respeito aos educandos e a seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de receber a formação que corresponda àidade própria de percurso escolar. (Art. 20)
Legislação
10
Programas/projetos do MEC:
Específico para os anos finais do EF
Gestar II: oferece formação continuada em Língua Portuguesa e Matemática aos professores dos anos finais do EF II
Coleção Explorando o Ensino: apoia o trabalho dos professores em sala de aula, disponibilizando material científico-pedagógico para fundamentação teórica e metodológica nas áreas de conhecimento envolvidas na Educação Básica
11
Ausência de programas para o EF II
Eu observo, como coordenadora do Ensino Fundamental, que, de fato, a maioria das ações do MEC está voltada para os anos iniciais do Ensino Fundamental, que são os cinco primeiros anos, em função da alfabetização, creio eu. Acho que as pesquisas e os trabalhos desenvolvidos são mais centrados nos anos iniciais, emespecial no ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano). Do 4º ao 9º ano são como filhos do meio: ficam esquecidinhos do ponto de vista das produções e das ações de formação, que se encaminham daí, para o Ensino Médio.
12
Currículo: regularidades
A tendência da maioria dos estados é elaborar referenciais
curriculares para a Educação Básica e, mais especificamente, para
o Ensino Fundamental
A reestruturação curricular tende a ir ao encontro da Constituição
Federal e das orientações e/ou normas provenientes do MEC
13
Currículo: singularidades
Destaque: princípios, objetivos, processo
Substância:
Conteúdos, expectativas de aprendizagem, habilidades,
competências
Disciplinas, interdisciplinaridade, eixo integrador/projetos
Currículo: singularidades
Poucos documentos referentes ao currículo fazem menção explícita às diferentes fases do desenvolvimento do aluno
Especificidade difícil de ser compreendida pelos professores, formados em cursos de Licenciatura que não tem, necessariamente, foco para essa idade intermediaria entre a criança e o adolescente
Apenas dois estados explicitam o objetivo desta fase de ensino (Alagoas e Distrito Federal)
Dificuldades de articulação entre o que foi ensinado nos anos iniciais para uma criança e o que será ensinado para pré-adolescentes e adolescentes nos anos finais
14
Currículo: singularidades
Como os estados lidam com Diretrizes mandatórias e vagas:
Constituição de Tocantins (Art. 127): “respeitando o conteúdo mínimo do ensino fundamental, estabelecido pela União, o estado fixar-lhe-á conteúdo complementar, com o objetivo de assegurar a formação cultural e regional” (TOCANTINS, 2009)
Conselho Estadual de Educação: “reconhece o direito de cada escola organizar livremente seu currículo ao elaborar o Regimento Escolar” (RIO GRANDE DO SUL, 2008)
São Paulo: a proposta curricular estadual constitui “o referencial básico obrigatório para a formulação da proposta pedagógica das escolas da rede estadual” (SÃO PAULO, 2008)
15
Programas e projetos
Programas federais mais citados pelos estados em seus sites:
Mais Educação
Escola Aberta
Xadrez nas Escolas
Gestar II
Programas federais: pontualidade e pulverização
Recorrência: reforço/recuperação e correção de fluxo escolar
Tendência: expansão do tempo de permanência na escola
Outros programas estaduais: “Projeto Preparação, Rumo ao Ensino Médio” (SEE Ceará): voltado para o 9º ano do Ensino Fundamental
16
Acho que falta clareza de papéis: o MEC não tem clareza de qual é o seu papel,
do ponto de vista de política pública: se ele tivesse clareza dessa definição macro
da educação, essa definição seria construída em termos de União, mas discutida
e compartilhada com estados e municípios; haveria uma política pública geral.
[...] Cada secretário de educação municipal inventa o que quer inventar. O estado
trabalha em outra lógica. Então, nós temos um sistema confuso, com
superposições de papéis... Acho que isso impossibilita muita política pública de
conseguir chegar na ponta. [...] A falta dessa organicidade em um sistema
nacional, que é uma discussão recente, em minha opinião, não vai dar conta
disso! Nele, repete-se o tempo inteiro “sistema nacional”, mas você não vê isso
construído. (ex-presidente do Consed B)
Falta de articulação entre os entes federados
17
Situação do EFII
Oferta
Acesso e permanência
18
Censo Escolar2010
Séries Históricas
(IBGE)
Indicadores e Sinopses
(INEP)
Bases de dados utilizadas na pesquisa
19
59.634 estabelecimentosconcentrados na zona urbana (mais de 70%)
AM
AC
RR
PA
AP
MT
RO TO
MA
BA
PI
CE
RN
PBPE
ALSE
MS
GO
DF
MGES
RJSP
PR
SC
RS8.394
223
Maiores redes
Menores redes
71,6% das instituições: anos finais e anos iniciais do EF
38,4% dessas escolas contamcom turmas de Educação Infantil
35,3% com classes de Ensino Médio
Oferta do Ensino Fundamental II
20
Fonte: MEC/INEP, 2010
Distribuição das escolas de anos finais do EF regular,por categoria administrativa
21
Oferta do Ensino Fundamental II
AM
AC
RR
PA
AP
MT
RO TO
MA
BA
PI
CE
RN
PBPE
AL
SE
MS
GO
DF
MGES
RJSP
PR
SC
RS
Predominância de escolasvinculadas às redes municipais
Predominância de escolas vinculadasàs redes estaduais
Escolas divididas entre essas duas redes
22
Fonte: MEC/INEP, 2010
Distribuição percentual de alunos do Ensino Fundamental II regular nas redes estaduais e municipais por estado da federação
23
Acesso e permanência no Ensino Fundamental II
Taxa de escolarização bruta para as crianças e adolescentes na faixa etária que corresponde ao Ensino Fundamental é de 98% (PNAD, 2009).
Diminuição do número total de matrículas entre 2005 e 2010
6,2% na EI7,5% EF e EM
5,4% especificamente para o EF II
Rede privada do EF II cresceu 8,6%
24
Acesso e permanência no Ensino Fundamental II
Fonte: MEC/INEP 2010
Percentual de alterações na matrículasnos anos finais do Ensino Fundamental, entre 2005 e 2010
25
Permanência no Ensino Fundamental II
Taxa do primeiro segmento: 8,3%
Taxa de reprovação no EF II: 12,6% (cerca de 1.500.000)
Maior taxa de retenção é na 5ª série/6º ano: 15,2% (2007-2010)
26
Permanência no Ensino Fundamental II
Taxa de reprovação nos anos finais do Ensino Fundamental
27
Permanência no Ensino Fundamental II
Taxa de distorção idade no Ensino Fundamental
2006 2007 2008 2009 2010
Ensino Fundamental 28,6 27,7 22,1 23,3 23,6
Anos iniciais 23,0 22,6 17,6 18,6 18,5
Anos finais 35,4 34,0 27,4 28,9 29,6
IBGE, 2010.
28
-17%
-19%
-16%
Permanência no Ensino Fundamental II
2006 2007 2008 2009 2010
5ª Serie/6º Ano 37,4 36,7 30,3 32,6 32,5
6ª Serie/7º Ano 35,5 34,4 27,8 29,5 30,7
7ª Serie/8º Ano 34,1 32,1 25,8 27,5 28,3
8ª Serie/9º Ano 33,8 31,6 24,9 25 25,7
IBGE, 2010
Taxa de distorção idade no EF II por série/ano
29
-13%
-13%
-17%
-24%
Permanência no Ensino Fundamental II
Taxa de abandono no EF II: 4,7% (cerca de 669.000 alunos)
Taxa de abandono no EF I: 3,1%
30
Estudo exploratório
Foco na transição e nas especificidades do EF II
Foco no sentido da escola
31
Objetivo:
Apreender como professores, alunos e equipes gestoras veem seu cotidiano nessa fase de ensino, ou seja, os problemas que enfrentam e as sugestões que oferecem para superá-los.
Coleta de dados:
Escolas pesquisadas:
duas na região metropolitana de São Paulo (São Paulo)
duas na cidade de Maceió (Alagoas)
Instrumentos empregados:
questionários para alunos do 6º e 9º ano do EF II
grupos de discussão com alunos do 9º ano (N=10)
grupos de discussão com professores
entrevista com as diretoras ou coordenadoras pedagógicas
32
Os professores tiveram dificuldade para falar a respeito das especificidades do EF II, especialmente quando se tratava de discutir os alunos, pois isso envolvia discutir o tema da adolescência e suas questões
Alunos e professores reconhecem que a passagem dos anos iniciaispara os anos finais requer ajustes às novas rotinas de tempo, aos novos espaços, às exigências e demandas colocada pela variedade de disciplinas e de professores
Ações sistemáticas, capazes de favorecer essas transições e de orientar e acompanhar os estudantes, auxiliando-os no enfrentamento das novas demandas, não foram encontradas nas escolas pesquisadas e constituem um vácuo que a equipe docente não assume como sua tarefa
33
Foco na transição e nas especificidades do EFII
Disciplina tida como necessária para a aprendizagem34
Foco na transição e nas especificidades do EFII
Foco no sentido da escola
35
Considerações finais
36
Ausência de políticas públicas específicas para esse segmento
As políticas públicas são voltadas para o EF como um todo, com ênfase nos anos iniciais; por outro lado, a organização do EFII (funcionamento escolar) é mais próxima do EFI, enquanto a estrutura do EFII (organização curricular) assemelha-se à do Ensino Médio
Poucos estudos e pesquisas com foco nessa fase de ensino
Equilíbrio entre administração estadual e municipal
Altas taxas de defasagem/idade série; problemas de evasão e repetência
Tendência a ignorar a defasagem de conhecimentos e habilidades dos alunos que chegam ao EFII, de modo que o programa previsto éministrado sem verificar se está sendo apropriado pela classe
Os novos recursos de pensamento que os estudantes desenvolvem são pouco aproveitados para fortalecer e ampliar os conhecimentos e habilidades adquiridos nos anos iniciais do EF
Constatações sobre o EFII
37
Constatações sobre o EFII
Os alunos parecem não conquistar um repertório de saberes que favoreça a compreensão da realidade, as formas de como nela se atua e,também, de como se pode adquirir um novo grau de autonomia
Uma visão estereotipada e preconceituosa dos alunos – consumistas, alienados, violentos, indisciplinados – prepondera no corpo docente, que não se dá conta de que esse é o momento de maior diversidade no ciclo de vida, inclusive no que concerne às aprendizagens
A sociabilidade juvenil aparece como dificuldade marcante no trato com os alunos
A escola continua sendo valorizada, tanto por professores como por alunos, como uma instituição muito importante de formação e de ensino, além de um espaço fundamental de socialização: frequentá-la éuma experiência que permite pertencimento social e empoderamento
38
Tudo isso implica a necessidade de:
Conhecer melhor quem é o adolescente atual
Delimitar melhor os objetivos a serem alcançados nos anos finais do Ensino Fundamental, sem simplificar o currículo
Promover uma articulação maior com os anos anteriores e próxima fase do ensino, de modo a assegurar:
a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento dos educandos
o respeito aos tempos cognitivos, socioemocionais, culturais e identitários dos aluno
A identificação das lacunas de aprendizagem e da falta de habilidades de resolução de problemas dos estudantes
39
Estabelecer uma relação mais sólida com a escola, os conhecimentos, as habilidades e as experiências vividas na escola
Formar melhor os professores, tanto na formação inicial como na continuada, pois em sua ausência não se favorece o aprendizado de conhecimentos e habilidades, atitudes e valores necessários para o exercício profissional, fator diretamente ligado às dificuldades de mobilizar os professores para lidar com as transformações biológicas, afetivas, cognitivas e socioculturais do alunado, deixando de mobilizar, neste último, o interesse pelos assuntos escolares.
Persistindo essa precariedade da formação inicial e continuada do professor, persistirá, também, a exclusão precoce de adolescentes e jovens da escola, a despeito deles reconhecerem a importância dessa instituição para seus projetos de vida pessoal e profissional.
40
Instituir, nas escolas públicas, um profissional que tenha por função orientar e acompanhar os alunos, levando-os a desenvolver novas formas de trabalho intelectual e atuação social.
A partir destas ações, torna-se possível ativar processos
sociocognitivos e afetivos que permitam aos adolescentes
estabelecer relações necessárias para atribuir significado e
importância à passagem pela escola.
41
Para mais informações sobre este e outrosEstudos e Pesquisas da Fundação Victor Civita, acesse:www.fvc.org.br/estudos
42
O [antigo coordenador pedagógico] entrava na sala, falava que qualquer coisa era só chamar. O pessoal de 6ª e 7ª série gostava de se achar mais velho. Queriam mandar e bater! O coordenador falava que não ia deixar nada acontecer com a gente. Na 5ª série, ele era a única pessoa que orientava a gente... (Aluna, Escola 3-SP)
Aqui na escola, quando as 5ª séries chegam, a direção faz uma reunião só com os pais desses alunos. Às vezes, nem os professores participam: só o coordenador e a direção. Eles se apresentam e falam da estrutura da escola, de como cada um dos professores trabalha. Uma vez, tentamos, na primeira semana, receber os alunos de forma diferente. Não entramos de sola, jogando matéria. Conversamos, nos apresentamos, brincamos um pouco. Foi bom, mas não fizemos mais.(Professora de Língua Portuguesa 1; Escola 3-SP)
43
Foco na transição e nas especificidades do EFII
No começo, na 5ª, foi difícil. A passagem é meio difícil, porque você cria muitas responsabilidades, seus pais põem muitas expectativas em você e você se sente sufocado. (Aluno; Escola 4-SP)
Só que, aí, você fica mais livre e com mais responsabilidade. O peso é maior. (Aluna; Escola 4-SP)
A adolescência é uma experiência para você ser livre. Para seus pais confiarem em você e deixarem você livre. (Aluno; Escola 4-SP)Para mim, foi difícil e pedi ajuda para meus tios e minha mãe. Ela me ajudou a organizar tudo. Tive apoio dos amigos novos, que fiz na sala. Ajudou bastante o apoio que meus amigos e minha família me deram. (Aluno; Escola 3-SP)
Do 1º ao 5º ano, há uma presença maior dos pais. Então, esse olhar dos pais ajuda muito a questão da escola, do aprendizado. Quando chega no 6º ano, o aluno se sente perdido, porque a maioria dos pais pensa que pode abandonar essa criança. Então, ele fica muito solto, sem objetivo, sem direção... Ele sente aquela liberdade... (Professora de Geografia; Escola 2-AL)
44
Foco na transição e nas especificidades do EFII
Eu acho que a maioria dos alunos não valoriza esse conhecimento, não dão valor, porque, em casa, eles não têm um espelho. A gente sabe que a maioria dos pais, aqui, trabalha como empregada doméstica ou como faxineira, ou balcão de padaria. Então, acho que acabam não valorizando o conhecimento, acabam tendo uma cultura de que não precisam dele. Dizem: “vou vender isso, vou vender aquilo”, porque o retorno é mais rápido. A gente tem aluno que diz: “eu vou ganhar mais do que você”. (Professora de Matemática; Escola 1-AL)
O ensino, pra gente, é tudo, porque, se a gente não tiver um ensino de qualidade, um ensino... Deixe eu ver como eu posso falar, um ensino bom, a gente não é nada na vida. Hoje, eu tenho minha mãe, ela é professora de menino de jardim e meu pai não terminou os estudos. Ele é ambulante e sempre diz: “Estude, estude porque hoje eu estou nessa porque não estudei e não quero isso pra você! Eu quero ver você lá em cima pra poder me ajudar, ajudar sua mãe, sua avó, todos que você gosta e que não estudaram!”. Quando a gente é jovem, só pensa em sair, festar, namorar. Mas estudar faz parte da vida: a gente tem que pegar o que é de bom, e, o que é de ruim,a gente joga fora. (Aluno; Escola 1-AL)
45
Foco no sentido da escola
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