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ENCARREGADO DE MONTAGEM MECÂNICA
PSICOLOGIA DO TRABALHO
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ENCARREGADO DE MONTAGEM MECÂNICA
Psicologia do Trabalho
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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
Direitos exclusivos da PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.
PUGGINA, Hilda Schramm Psicologia do Trabalho / CEFET-RS. Pelotas, 2006.
13 p.
PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.
Av. Almirante Barroso, 81 – 17º andar – Centro CEP: 20030-003 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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ÍNDICE
PSICOLOGIA DO TRABALHO ............................................................................................................ 6 1 O indivíduo .............................................................................................................................. 6 2 O grupo ................................................................................................................................... 7 2.1 Papéis ..................................................................................................................................... 8 2.2 Comunicação .......................................................................................................................... 9 3 Comportamento nas organizações ....................................................................................... 10 3.1 Liderança .............................................................................................................................. 10 3.2 Motivação e satisfação no trabalho ...................................................................................... 11
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APRESENTAÇÃO
A Psicologia tem por objeto de estudo o HOMEM, em todas as suas expressões: as visíveis e
as invisíveis, as singulares e as genéricas, - o homem - corpo, homem-pensamento, homem-afeto,
homem-ação, o homem que constrói sua subjetividade.
Quando falamos em Relações Humanas, referimo-nos aos relacionamentos que ocorrem
entre uma pessoa e outra, entre membros de um grupo, entre grupos em uma organização. Estes
relacionamentos podem ser entendidos como comunicação interpessoal ou intrapessoal. Estas
relações podem ser marcadas por conflitos.
Entendemos que um curso ou leituras específicas nesta área não é suficiente para erradicar
dificuldades nos relacionamentos, mas podem contribuir para que, pelo conhecimento, pela tomada
de consciência de nossas potencialidades e limites, pela abertura ao outro com toda a sua
singularidade, possamos viver melhor e, também, permitir que os outros vivam em toda a sua
plenitude.
Voando em Equipe
Quando os gansos selvagens voam em formação “V”, eles o fazem a uma velocidade 70%
maior do que se estivessem voando sozinhos. Eles partilham a liderança. Quando o ganso que estiver
no ápice do “V” se cansar, ele (ela) passa para trás da formação e outro se adianta para assumir a
liderança. Os gansos acompanham os fracos. Quando um deles, por doença ou fraqueza, sai da
formação, outro, no mínimo, se junta a ele para ajudá-lo e protegê-lo.
Sendo parte de uma equipe, nós também podemos produzir muito mais, mais rapidamente e
melhor. Palavras de encorajamento e apoio -quando os gansos grasnam lá atrás - inspiram e
energizam aqueles que estão na linha de frente, ajudando-os a se manter no comando, mesmo com
as pressões e com o cansaço do dia-a-dia.
E, finalmente, mostrar compaixão e carinho afetivo por nossos semelhantes, membros da
equipe mais importante: a HUMANIDADE
Da próxima vez, ao ver uma formação de gansos voando, lembre-se de que é uma
recompensa, um desafio e um privilégio “ser parte de uma Equipe”.
Autor Desconhecido
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PSICOLOGIA DO TRABALHO
1 O indivíduo
Como ser humano, cada pessoa tem sua própria individualidade, com características
herdadas e adquiridas, com desejos e paixões, temores e esperanças, motivos e sentimentos. Para
entender a natureza humana, precisamos considerar suas dimensões físicas e psicológicas e,
também, suas manifestações sociais. Os seres humanos são seres sociais e não podem conservar-se
física e mentalmente bem se não permanecerem em contato com outros seres humanos.
O que a natureza dá ao homem quando ele nasce não basta para garantir sua vida em
sociedade. Ele precisa adquirir várias aptidões, aprender como satisfazer suas necessidades. O
homem está submetido às leis biológicas, contudo suas características biológicas hereditárias não
são o único fator determinante do desenvolvimento humano. As condições biológicas permitem ao
homem apropriar-se da cultura e formar as capacidades e funções psíquicas.
Todos os homens têm uma expressão visível:o comportamento; e uma expressão invisível:
sentimentos. Todos os homens têm uma expressão genérica e uma expressão singular, cada um é
um, único e irreptível.
Todos os homens carregam dentro de si necessidades de afeto, de realização, de segurança,
de aceitação, de auto-estima e de independência.Todos os homens têm sua história e suas relações.
O homem é corpo, pensamento, afeto, ação. Capaz de refletir, de pensar o próprio
pensamento, de dar respostas novas e diferentes, de ter consciência, de posicionar-se diante dos
estímulos do ambiente, de situar-se diante do outro e do mundo, de ser histórico e transformador e de
ser sujeito e dono de seus sonhos e vontades.
Para atingir um bom nível de crescimento, precisa conhecer-se. Este autoconhecimento se dá
a partir de uma tomada de consciência das suas potencialidades e dificuldades. Assim como
fisicamente existem várias características que, organizadas de diferentes formas, conferem a
identidade física de cada um, psicologicamente também, cada um possui uma gama de possibilidades
imensa.
Quando, corajosamente, o homem busca conhecer-se, pode, usando sua inteligência e
vontade, desenvolver-se, reconhecendo características que podem proporcionar-lhe novas e
melhores maneiras de lidar com a vida. Também é importante reconhecer limites que podem ser
transpostos ou simplesmente aceitos.
Não sabendo quem é, o homem pode idealizar ser alguém que nunca será, pode focalizar
apenas suas faltas, não valorizar suas qualidades, submeter-se sempre aos outros; pode não
sintonizar com sua natureza íntima, decidir se gosta ou não de determinadas coisas, não usar suas
habilidades e inteligência para trabalhar e fazer o bem.
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Conforme vai se desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural, cada
um vai construindo uma síntese singular e individual que o identifica, por ser única, e o iguala a todos
os homens, porque as experiências são vividas no campo social..Cada um tem o seu modo de ser, a
maneira de sentir, pensar, fantasiar, amar e fazer.
Muitas vezes não entendemos o conceito de personalidade, afirmando que alguém tem
“personalidade forte” porque é radical, mal-educado ou vive como se fosse o único habitante da Terra.
A personalidade é a organização dinâmica, dentro do indivíduo, que nos faz únicos. É o
conjunto de características herdadas e adquiridas que fazem cada um diferente de todos os outros. É
o resultado da interação entre a hereditariedade e o ambiente.
A hereditariedade é composta por reflexos e impulsos, constituição física, temperamento -
potencialidades próprias da espécie humana .
No ambiente, o homem vive, responde a estímulos, encontra modelos.
A personalidade inclui todas as percepções, motivações, traços e hábitos, condicionamentos,
valores, padrões de comportamento, temperamento, crenças e as expectativas de cada um.
É impossível negar a importância dos primeiros relacionamentos, da primeira educação na
formação da pessoa podendo ser comparada ao alicerce da construção de uma casa. Mas, também,
é necessário salientar que o homem está sempre em formação.
A visão que cada um tem de si mesmo afeta suas atitudes e comportamentos e a visão que
tem dos outros.
2 O grupo
O ser humano é um ser relacional, desde a mais tenra infância as relações interpessoais- que
começam com o relacionamento mãe e filho- estão incluídas em suas vivências. O homem não vive
isolado, mas, sim, em grupos familiares, de estudo, trabalho, diversão, interesses comuns. O grupo
confere um sentimento de segurança, aprovação, poder, camaradagem.
Podemos dizer que existe um grupo quando, entre duas ou mais pessoas, há uma
interdependência, ou seja, umas pessoas dependem das outra; dessa forma, uma certa unidade pode
ser reconhecida.
Podemos ainda definir grupo como um conjunto de sujeitos que interagem movidos por um
fim comum a todos eles. Estes sujeitos determinam o ser e o agir de cada um. .
No grupo, o homem localiza-se em um contexto, é produto e produtor da história em uma
relação com o meio. O homem é capaz de perceber como o outro pode reagir, pode tê-lo dentro de si
mesmo e ser sensível ao seu mundo interno.
Assim como cada indivíduo influencia o grupo a que pertence, também o grupo influencia
cada um de seus componentes. A interação entre os participantes forma o trabalho grupal, o
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desenvolvimento e a ação deste. A influência pode ser positiva, negativa ou neutra e pode se dar
mediante o emprego de linguagem, símbolos, gestos, postura.
O grupo leva o indivíduo a ver-se através dos olhos de outras pessoas e, assim, a agir,
levando em conta os comportamentos, atitudes e sentimentos dos outros.
O grupo de trabalho tem por finalidade a realização de tarefas, a interação entre seus
membros se dá com o objetivo de atingir tal finalidade. A comunicação no grupo de trabalho è
cotidiana.
2.1 Papéis
Vivendo em grupos, o homem desempenha vários papéis: de pai, de mãe, de filho. No
trabalho, podemos encontrar o chefe, o coordenador da equipe, o auxiliar e tantos outros. Cada
pessoa pode desempenhar diversos papéis, por exemplo, de filho, de aluno, de motorista, de
comprador.
Além desses, existem os papéis funcionais, facilitadores ou bloqueadores do funcionamento
grupal: o líder, porta voz, “bode-expiatório”, informador. Os papéis bloqueadores poderão ser
percebidos naquele que conta piadas, interrompe com freqüência, no agressor, no importuno ou no
adulador.
Os papéis representam algumas características determinadas e tendências concretas em
função do posicionamento do indivíduo em determinado ambiente social.
O papel é um termo relacional: ninguém tem um papel fora de suas relações com as outras
pessoas. Pode ser definido como um sistema mais ou menos coerente e unificado de relações
interpessoais.
No grupo de trabalho, convivemos com pessoas que não escolhemos.Quando não conhece
suas características, possibilidades e limitações, muitas vezes o homem deposita no outro toda a
responsabilidade para a satisfação de suas necessidades. Se o relacionamento não acontece de
forma adequada é porque o outro não tem um comportamento ideal.
Muitos relacionamentos começam com um conjunto de expectativas, talvez há muito
acumuladas, à espera de alguém para satisfazê-las. Esperar que as pessoas se comportem de um
determinado modo ou se conformem com uma imagem previamente criada, nega-lhes sua
individualidade e as coloca na categoria de objetos de utilidade.
O que nos atrai para outras pessoas geralmente são as qualidades que definem sua
personalidade. Muitas vezes deixamos de nos alegrar com sua singularidade, tentando encaixá-las
em pequenas categorias e esperamos que ajam de acordo com elas. Para evitar o desapontamento,
devemos esperar apenas de nós mesmos. Desse modo, os outros podem ser eles mesmos enquanto
nos encontramos, entendemo-nos e crescemos.
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Para conhecer melhor as pessoas, podemos observar seu comportamento, dando a elas a
oportunidade de exporem seus pensamentos, sentimentos e ações no relacionamento com seus
semelhantes.
Para que as relações interpessoais sejam satisfatórias, é fundamental que cada um tenha
vontade de conhecer e entender o outro, percebendo que suas características e história são
diferentes.
Pensamentos rígidos, sentimentos cristalizados que não mudam e que bitolam o
comportamento de um no entendimento do outro, chamam-se esteriótipos.
2.2 Comunicação
As relações interpessoais envolvem comunicação . À medida que o homem utiliza o
conhecimento que tem de si e dos outros, aprende a maneira de se comunicar mais eficazmente,
exercita sua capacidade para ouvir e receber mensagens.
A comunicação é um pré-requisito para a solução de problemas e poderia ser definida como
entendimento mútuo.A comunicação é um processo que envolve codificação -formação de um
sistema - e decodificação -forma de procurar entender a codificação- de mensagens. Essas
mensagens permitem a troca de informações entre os indivíduos.
A comunicação pode ser verbal ou não-verbal, face-a-face ou a distância. A comunicação
face-a-face é mais próxima, a escrita, mais distante. Nossa comunicação não se dá apenas por
palavras faladas ou escritas, mas, também, por meio de gestos, posturas, tom de voz, ritmo,
entonação.
Uma boa comunicação requer:
• uma boa TRANSMISSÃO - saber dizer o que queremos dizer, que palavras, idéias,
sentimentos realmente estamos enviando a outra(s) pessoa(s).
• uma boa RECEPÇÃO - aprender a ouvir de modo que possamos entender o que os
outros querem dizer, tanto o conteúdo manifesto como o latente.
Outros fatores que facilitam a comunicação são:
• colocarmo-nos no mundo do receptor ou de quem envia a mensagem, usar vocabulário
adequado e compreensível;
• colocarmo-nos no lugar do receptor ou de quem envia a mensagem;
• descobrir o momento oportuno para enviar a mensagem;
• enviar mensagens simples, diretas e objetivas;
• evitar idéias preconcebidas ou preconceitos em relação ao receptor ou transmissor da
mensagem.
A mensagem pode ser FILTRADA, podemos ouvir apenas o que queremos.
Chama-se de RUÍDO o tipo de comunicação, quando a mensagem é distorcida ou mal
interpretada, entre duas pessoas ou entre grupos.
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Há um BLOQUEIO na comunicação quando a mensagem não é captada e a comunicação
interrompida.
Muitas vezes nossas necessidades, experiências ou emoções podem modificar o que vemos
e ouvimos. Ocupar o pensamento com a formulação da resposta pode prejudicar o entendimento da
mensagem.
3 Comportamento nas organizações
3.1 Liderança
O termo liderança vem do verbo “to lead”, que significa conduzir, guiar, comandar, pilotar,
mostrar o caminho.
Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação, por intermédio do processo
de comunicação, para que seja atingida uma meta.
Por muito tempo a característica de liderança foi creditada apenas a algumas pessoas,
consideradas líderes natas. Estas pessoas, em qualquer circunstância, estariam aptas a assumir
posições de liderança, enquanto outras poderiam cooperar, mas não comandar, dirigir, guiar grupos.
Esta idéia de liderança nata foi bastante utilizada em situações cuja posição de autoridade era
hereditária e os filhos sucediam os pais nesta posição.
A visão hoje é diferente, a liderança está diretamente ligada aos liderados e a situação em se
exerce a liderança.Em determinada situação, o líder mais eficaz é aquele que melhor satisfaz as
necessidades de seus seguidores.
Em diferentes contextos, a liderança requer tipos especiais de conhecimento. Mudanças na
situação geral, na situação dos liderados, no processo de comunicação podem conduzir o exercício
da liderança para outra pessoa.
O líder pode orientar sua liderança para a tarefa, para as relações pessoais no trabalho ou
para os dois, havendo preocupação com a tarefa e com seus subordinados.
Existem estilos de liderança. A classificação mais conhecida os divide em três categorias:
LÍDER LAISSEZ-FAIRE: os membros definem seus próprios alvos e padrões de
desempenho; não há autoridade, apenas alguém à disposição: o líder dá o mínimo de direção e o
máximo de liberdade.
DEMOCRÁTICO: preocupa-se com o relacionamento entre as pessoas, fornece alguma
estrutura, compartilhando responsabilidade com os liderados, envolvendo-os no planejamento e
execução de tarefas. Canaliza as necessidades do grupo e ajuda a definir com precisão suas
aspirações.
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