As AI .. à - IESC / UFRJ · de ensino e de extensão de serviços à sociedade. ... adaptar o...

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As Experiôncias na AI .. d. Saúda do Trabalhador do SU05-R d. Ribeirão Preto

Neiry Primo Alessi Professor-Assistente do Departamento de Medicina Social da Facu ldade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Sandra de Azevedo Pinheiro Preofessora-Assistente do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

o relato das experiências em curso na área de Saúde do Trabalhador em Ribeirão Preto será apre­sentado em duas partes.

A primeira parte refere.-se, em linhas gerais, ao processo de elaboração da proposta de programa para a área de Saúde do Trabalhador do SUOS-R de Ribei­rão Preto, visando a tornar manifesto os seus princi­pais fundamentos, características básicas, funciona­mento e condições para a sua implementação.

A segunda parte diz respeito ao processo de constituição e desenvolvimento do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde do Trabalhador do Departamen· to de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Ambas as partes integram uma única totalidade d irecionada no sentido da produção de conhecimen· tos e de práticas que possibilitem a consolidação e o avanço da área de Saúde do Trabalhador_

Nesse sentido, as atividades desenvolvidas e aquelas em desenvolvimento, quer através do Progra· ma de Saúde do Trabalhador do SUDS-R de Ribeirão Preto e/ou do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saú­de do Trabalhador do Departamento de Medicina So­cia l, constituem, na realidade, atividades de pesquisa, de ensino e de extensão de serviços à sociedade.

~ importante destacar o caráter inter institue ia· nal e transdisciplinar das experiências aqui relatadas, as quais têm sido viabilizadas graças aos esforços e comprometimento das pessoas envolvidas no projeto e contando com limitados recursos provenientes da Secretaria de Estado da Saúde e da Universidade de São Paulo_

Introdução

As conseqüências sobre a saúde do trabalhador, decorrentes de sua atividade têm sido tratadas como uma das áreas prioritárias da Saúde Pública, merece"· do lugar de destaque nos diferentes sistemas de assis­tência médica. Ninguém desconhece, e muito menos d iscorda, que a categoria trabalho sempre esteve e continua presente entre os mais destacados dos fato­res determinantes de doenças.

A pr6pria Organização Internacional do Traba­lho, desde sua fundação, vem desempenhando esfor­ços crescentes, gestionando junto a todos os pa(ses signatários de seus propósitos e diretrizes para que es­tes elaborem programas de prevenção e de assistência à saúde de seus trabalhadores. visando a humanizar e adaptar o trabalho às condições psicossomáticas e so· ciais do trabalhador_

No Brasil, a preocupação com a saúde do traba­lhador, decorrente das relações sociais e técnicas de trabalho a que o trabalhador está submetido, intensi­

. fica-se a partir da década de 70, do século atual, mo-mento em que o Brasil passa a liderar a lista dos paí­ses campeões em acidentes do trabalho. Entretanto, as várias propostas oficiais Que surgiram, tanto em nível federal como estadual, e direcionadas para o enfrentamento destas questões, foram inviabilizadas, na sua grande maioria, devido à inexistência de condi­ções sociais e políticas necessárias e suficientes para implementação das mesmas.

A partir da década de 80, retoma-se a problemá­tica Saúde do Trabalhador num contexto de intensas mudanças sociais por que passa a sociedade brasileira.

O estado de São Paulo surge como um dos esta­dos líderes na implantação de práticas na área de Saúde do Trabalhador, destacando-se a implantação de programas pioneiros nas regiões de Camp-inas, Vale do Ribeira e Cubatão, entre outras. Essas experiências caracterizam-se pelo seu comprometimentc? com a classe trabalhadora, cujo nível de abrangência mani­festa·se n,a sua preocupação em tematizar não apenas questões relacionadas às doenças adquiridas no pro­cesso de produção, mas também aquelas decorrentes da poluição ambiental.

Na região de Ribeirão Preto, a implantação de um programa na área de Saúde do Trabalhador tem sido objeto de preocupação de docentes da Faculdade de Medicina e de profissionais da rede dos serviços públicos de Saúde, principalmente a partir de 1984_

No entanto, dificuldades de natureza técnica e política determinaram uma limitação no desenvolvi­mento de programas regionais, que ficaram inicial· mente restritos à categoria dos trabalhadores rurais. A partir de meados de 1986, as ações de saúde im­plementadas pelo referido Programa foram mais di­recionadas à categoria de trabalhadores vinculados ao setor de hortigranjeiros, em decorrência da exposi· ção desses trabalhadores a diferentes grupos de agro­tóxicos nas suas atividades. No bojo desse programa *, constitui-se um grupo de coordenação multiprofissio ' nal e interinstitucional encarregado de ações como rastreamento no campo , vigilância epidemiológica e atendimento ao trabalhador intox icado . Essas ações também t iveram como suportes um serviço de aten­dimento ambulatorial e a realização de exames labo­ratoriais complementares no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, servi­ços esses em funcionamento rotineiro atualmente.

As características dessa experiência manifesta· ram, desde o início, a preocupação do grupo com a importância e a necessidade do caráter multiprofissio-

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nal e interinstitucional na elaboração de toda e qual· quer proposta para a área de Saúde do Trabalhador.

As experiências adquiridas por este grupo inicial e o crescente envolvimento de profissionais no Progra­ma encontraram. a partir de 1987. a expressão de uma vontade pol ítica do atual Governo do Estado de São Paulo que elegeu a área de Saúde do Trabalhador como um dos três programas prioritários a serem im­plantados na rede de serv iços públicos. Esses fatores, al iados a experiências em andamento, principalmente na região do A8C. Santos. Cubatão. Campinas e ou· tras, determinaram uma redefinição dos programas, objetivos e metas até o momento existentes em nJ'vel estadual, regional e municipal.

No SUDS·R de Ribeirão Preto constituiu .... em outubro de 1987. um grupo de trabalho (Grupo de Saúde do Trabalho - GSTl, com caráter interdiscipli· nar e interinstitucional, sob a coordenação do Dr. Antonio Palocei Filho e composto por profissionais do SUDS regional e docentes do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribei· rão Preto da USP. F undamentados na proposta de Programa de Saúde do Trabalhador. da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. a preocupação inicial do Grupo constituiu-se em firmar alguns pontos bási ­cos para a elaboração de uma proposta para a área de Saúde do Trabalhador a ser implementada em n,·vel

regional . Após várias reuniões emergiu a necessidade, no

Grupo, de sistematizar, inicialmente, algumas caracte­ríst icas sócio-econômicas da região do SUOS-R de Ribeirão Preto, posto que as mesmas passariam a dire­cionar, em parte, o estabelecimento de pontos básicos sob os quais a proposta para a área de Saúde do Tra­balhador deveria assentar-se.

A região do SUOS-R de Ribeirão Preto· ·, cria­da pelo Decreto Governamental de 06.09.1986. é composta por 22 municípios, a saber: Altinópolis, Barrinha, Cajuru, Brodosqui, Cravinhos, Cássia dos Coqueiros, Oumont, Guariba, Jaboticabal, Jardinópo­lis, Luís Antonio, Monte Alto, Paradópolis, Pintaguej­ras , Pontal, Ribeirão Preto, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Santo Antonio da Alegria , Sertãozinho, Serra Azul e Serrana.

Para o ano de 1987, a região contava com uma população estimada de 812.812 habitantes. com a maioria composta de residentes na zona urbana, sen­do que nos municípios de Guariba, Jaboticabal , Mon­te Alto, Ribeirão Preto, Sertãozinho e Serrana estão concentrados 75% da população regional. Destes mu· nic l'pios destaca-se Ribeirão Preto, com uma popula­ção estimada em 410.798 habitantes para o ano de 1987.

A referida região desfruta de importante posi­ção, do ponto de vista do desenvolvimento econômi­co-social, em nlvel regional, estadual e nacional.

Sua importãncia manifesta-se desde sua posi­ção de pó lo de atração de expressivas migrações sa­zonais de populações vindas sobretudo das regiões brasileiras Centro-Oeste, Norte e Nordeste até a pre· sença dos setores primário , secundário e terciário ,

desempenhando destacado papel no desenvolvimento econômico regional e estadual.

Do ponto de vista do setor prim.ário, a região caracteriza-se pelo predomínio das agroindústrias, principalmente nos ramos da população de açúcar, óleos vegetais, carnes em conservas e sucos, concen­

trando 19% das principais agroindústrias, 50% das principais usinas-destilarias e 21 % das usinas benef i­ciadoras de algodão existentes na 6~ Região Adm inis­trativa do Estado. Esses ramos da produção desenvol­vem-se em detr imento do plantio de gêneros de pr i­meira necessidade e estão fundados num processo crescente de concentração da terra, caracterizando-se a região pela presença de grandes latifúndios e pela uso sazonal do trabalho assalariado volante. No ano de 1980. o setor primário absorveu 24% da população économicamente ativa (PEA) da região.

00 ponto de vista do setor secundário, a re­gião conta com um desenvolvimento industrial bas­tante expressivo e que se manifesta na concentração de um grande contingente de operários que, em 1980, absorvia 27.3% da PEA regional. Predominam. na re· gião, as indústrias de transformação, principalmente nos setores da mecânica, metalurgia e transformação de produtos minerais não-metálicos. O desenvolv i­mento desses ramos industriais tem se dado de modo satelizado, posto que os mesmos se prestam ao aten­dimento de necessidades ditadas pelas agroindústr ias regionais. Ao lado desses setores industriais, é tam­bém bastante significativa a presença de ramos indus­triais tradicionais, destacando-se o alimentar, mobiliá­rio e madeireiro. Tanto os ramos industriais trad icio· nais como os modernos estão concentrados basica· mente nos munidpios de Jaboticabal, Monte Alto, Ribeirão Preto e Sertãozinho, municípios estes que concentram mais de 74% da mão-de-obra industr ial da região.

O setor terciário constitui o setor de maior ex­pressividade em termos de desenvolvimento econômi­co regional. No ano de 1980 ele absorveu 48.7% da PEA regional , porcentagem esta que cor responde a 129.616 pessoas ligadas aos seus setores componentes e, na sua grande maioria, concentrada nos setores de prestação de serviços e de comércio de mercadorias. No entanto, é preciso destacar o peso e a concentra­ção do setor terciário no munidpio de R ibeirâo Preto que, no ano de 1980, concentrava 52% dos estabeleci­mentos de prestação de serviços do total ex istente na região.

Se se comparam os três setores de at ividades econômicas, não há dúvida sobre a hegemonia do se­tor terc iário. Entretanto, é preciso enfat izar que esta característica não minimiza o peso e a importância dos setores primário e secundário em n(vel regional e municipal. Por exemplo, no ano de 1980, enquanto no município de Sertãozinho 41 % da PEA concentra­va-se no setor secundário , nos mun ic ípios de Pitan­gueiras e Pontal encontravam-se 62,7% da PEA con­centrada no setor primário, respectivamente.

Estas características da reg ião constituíram o ponto de partida para a elaboração do Programa de Saúde do Trabalhador do SUDS·R de Ribeirão Preto.

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assentado nas seguintes premissas: 1~ - deve abarcar os trabalhadores envolvidos

nos três setores da atividade econômica regional - o primário, o secundário e o terciário;

2~ - deve conter, além de aspectos assistenciais à Saúde do Trabalhador, o conhecimento dos praces--50 S de trabal~o aos quais os trabalhadores estão vin­culados, posto que todo processo assistencial suas características e vias de realização, concretiza-se a

partir do conhecimento prévio dos processos de traba­lho em termos de relações técnicas e sociais de produ­ção, numa sociedade concreta;

3~ - deve nortear-se pelo entendimento da saú­de-doença como processo social, o Que significa dar conta das suas determinações sociais e assumir que a d icotomia saúde-doença física e saúde-doença mental é falsa, e que ambos aspectos devem ser vistos como integrantes de uma única totalidade;

4~ - na necessidade da articulação de profissio· nais da área de Saúde. associações representativas de trabalhadores e de funcionários da rede de serviços para a implantação e o gerenciamento do Programa na área de Saúde do Trabalhador.

Objetivo.

o Programa SaÚde do Trabalhador do SUDS·R de R ibeirão Preto tem como objetivos:

- apreender as características sócio-econômi· cas da região do SUDS·regional;

- implantar metodologia para construção de mapas de risco e elaboração de roteiros de inspeção para avaliação de ambitmtes de trabalho;

- conhecer e delinear o mapeamento de áreas de risco, através de levantamento das atividades dos setores primário, secundário e terciário e dos indica­do res de saúde da população trabalhadora. em nlvel regional;

- elaborar um plano regional para o controle das situações de risco e das doenças mais prevalentes e ma is incapacitantes da população trabalhadora ;

- organizar um sistema de atendimento à sau­de do trabalhador, nos serviços públicos de Saúde, em nivel do SUoS-regional;

- divulgar a proposta e as ações desenvolvidas pelo programa junto à população do SUoS·regional;

- capacitar pessoal para oferecer orientação previdenciária e encaminhamentos periciais;

- prestar atendimento aos trabalhadores para prevenir, diagnosticar e tratar doenças decorrentes de seu trabalho;

- supervisionar e avaliar? atendimento médico oferecido pelos serviços e empresas conveniados na área da Saúde do Trabalhador;

- organizar, implementar e manter ações de Vigilância Sanitária e Epidemiológica artiruladamente com os Sindicatos de Trabalhadores, CETES8 , SE RT, oRT e INAMPS;

- definir e desenvolver programas educativos para os grupos de trabalho e usuários do Programa .

Metodologia

o primeiro passo, conforme referido na intro· dução, foi a constituição <!o Grupo de Saúde do Tra· balhador, a convite do SUDS-R de Ribeirão Preto, com a tarefa de elaborar e coordenar o Programa de Saúde do Trabalhador, passando a integrá-lo os se­guintes profissionais:

o Or. Antônio Palocci Filho - Supervisor da Vigilância Sanitária do SUoS·R de Ribeirão Preto e atual Coordenador Regional do Programa de Saúde do Trabalhador .

Or~ Neiry Primo Alessi - Socióloga do De· partamento de Medicina Social da Faculdade de Medi · cina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

o Or~ Sandra de Azevedo Pinheiro - Médica Sanitarista do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Univer· sidade de São Paulo.

Or. Antonio Ribeiro Franco - Médico do Trabalho do Departamento de Medicina Social da Fa­culdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universida· de de São Paulo.

• or" Tany Maria Soares 8iondi - Médica-Re­sidente em Medicina Social do Departamento de Me· dicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

o Maria Conceição da Silva - Enfermeira da Secretaria de Estado da Saúde.

o Or~ Maria Elizabeth Monteiro - Médica Sa­nitarista e Diretora da Unidade Distrital de Saúde Re· gional.

Maria de Lourdes Gonçalves - Enfermeira da Secretaria de Estado da Saúde.

Or~ Margareth Rose Watanabe - Médica Sa­nitarista da Vigilância Sanitária do SUOS-R de Ribei· rão Preto.

o Terezinha Riolo Gonçalves - Engenheira de Segurança da SUCEN - Superintendência de Contro­le de Endemias - Ribeirão Preto .

Da composição do Grupo de Saúde do Trabalha­dor depreende-se o seu caráter inter inst itucional e transdisciplinar, traço este que manifesta um dos as­pectos da integração docente-assistencial que caracte­riza o Programa de Saúde do Trabalhador do SUoS·R de R ibeirão Preto.

Após a constituição do Grupo de Saúde do Tra­balhador, este passou a realizar freqüentes reuniões, ora na Vigilância Sanitária do SUDS-R de Ribeirão Preto . ora no Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Univer· sidade de São Paulo, visando a desencadear discussões que resultassem na elaboração de uma proposta de Programa de Saúde do Trabalhador a ser implementa­do em n Ivel regional.

O ponto de partida consistiu, inicialmente. no conhecimento prévio de algumas características da região (1) e, posteriormente, a reflexão sobre a deter­minação social do processo saúde·doença. tendo em vista a eleicão de um referencial teórico-metodológico

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para o entendimento das questões de saúde-doença da cla .. e trabalhadora. Optou .. e pelo referencial teórico­·metodológico da Epidemiologia Social (2, '3, 4, 5, 6, 7) , o qual passou a nortear o entendimento do objeto saúde-doença e a elaboração da proposta de programa para a área de Saúde do Trabalhador. A escolha deste referencial decorreu do fato de o mesmo tematizar questões referentes ãs enfermidades da cla .. e traba­lhadora diretamente relacionadas aos seus verdadeiros interesses e necessidades.

O Programa Saúde do Trabalhador do SUDS-R de Ribeirão Preto (8) insere-se no contexto da Re­forma Sanitár ia e, desse modo, a sua implementação processa-se no interior do Sistema Unificado e Des­cent ralizado de Saúde em fase de implementação na região.

Esta característica do Programa determinou que o Grupo de Saúde do Trabalhador tivesse maior fami ­liaridape com a organização do SUDS-R de Ribeirão Preto, tarefa esta que foi realizada e bastante facilita­da pelo fato de dois membros do Grupo integrarem também a Secretaria Técnica da Comissão Interinsti­tuc ional e Municipal de Saúde (CIMS) de Ribeirão Preto.

O passo seguinte consistiu no estabelecimento de algumas estratégias que assegurassem, em parte, a viab ilização do Programa do SUDS-regional. As estra­tégias def inidas foram as seguintes:

a) deli mitar as características, sede, retaguarda e o sistema de referência e contra-referência para um sistema regional de Saúde do Traba­lhador;

b) estabelecer formas de integração do SUDS­regional com instituições que, direta ou in­diretamente, atuam na área de Saúde do Tra­balhador, quer desenvolvendo práticas rela­cionadas ao meio ambiente em geral, quer nos ambientes de trabalho, ou ainda em n í­vel de desencadeamento de ações de cunho legal para o cumprimento de le is trabalhistas: CETESB, SERT, DRT, DIRA, INPS; Minis­tér io Público, Universidade e outros ;

cl desenvolver as ações do Programa d.e Saúde do Trabalhador con juntamente com as ações da Vigilância Sanitária e Epidemiológica , vi­sando a institucionalizar a notificação com­pulsória de doenças do trabalho mais preva­lentes na região, e desencadear ações de fis­cal ização pert inentes à competência da Vigi­lância Sanitária integrando, fundamental­mente, a participação de representantes dos trabalhadores no conjunto dessas práticas ;

d) discutir a viabilidade da introdução de um turno de trabalho na rede de serviços públi­cos de Saúde ;

e) encaminhar à Secretaria de Estado de Saúde os recursos mater iais e humanos necessários à implantação do Programa e assegurar os meios indispensáveis à sua continuidade.

Isto posto, o Grupo de Saúde do Trabalhador passou a sistematizar uma proposta de assistência ao

trabalhador na rede pública dos serviços de Saúde, a ser implantada em três momentos. No primeiro mo­mento, o Programa destina-se à população trabalha­dora de R ibeirão Preto, tendo_como entrada no siste­ma as mesmas Unidades Básicas de Saúde (UBS) já em funcionamento no munidpio e contando com os recursos humanos e materiais existentes, uma vez que

a compreensão e a atuação sobre as relações existentes entre saúde e processo de trabalho não requerem re­cursos vu ltosos, mas sim, e principalmente, a introdu­ção de uma rotação de perspectiva no modo tradicio­nal como o processo saúde-enfermidade tem sido con­cebido pela área da Saúde.

Esta caracterl'stica evidenciou. a necessidade de planejar cursos de tre inamento e de educação conti­nuada nas Unidades Básicas de Saúde, de modo a capacitar e instrumentalizar os seus profissionais no sentido de indagar e atuar , em nível primário , em Saú­de do Trabalhador, bem como encaminhar aos ambu­latórios de referência secundária os casos não solucio­nados.

As equ ipes das Unidades Básicas de Saúde tam­bém deverão introduzir, na sua atividade de rotina , a notificação de doenças do trabalho diagnosticadas, bem como identificar locais insalubres e -de riscos ocupacionais a serem abordados por ações de Vigi lân­cia Epidemiológica e Sanitária (9, 10, 11) denotando, desse modo, que o Programa prioriza mais ações de vigilância e de inspeção de locais de trabalho do que as ações assistenciais.

O Programa prevê o funcionamento de dois am­bulatórios de referência secundária, situados no Cen· tro de Saúde de Referência Distrital de R ibeiráo Preto e no Centro de Saúde-Escola da Faculdade de Medici­na de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Nesses ambulatórios, uma equipe multiprofissional, composta por médico, enfermeiro, assistente social e agente sindical de saúde deverá atuar no atendimento de rotina e, periooicamente, em at ividades de inspe­ção de locais de trabalho juntamente com os mem­bros do Grupo de Saúde do Trabalhador.

Tendo em vista a necessária articulação que deve existir nas várias instâncias de atuação , quais se-­jam, Unidades Básicas de Saúde, Ambulatórios de Saúde do Trabalhador e SUDS, o Grupo de Saúde do Trabalhador elaborou a lguns instrumentos visando a implantação de um Sistema de Informações em Saúde do Trabalhador (9) .

Este sistema gerará , desde as Unidades Básicas _ de Saúde até os serviços conveniados com O SUDS, in­

formações necessár ias para traçar perf is epidemio lógi­cos de doenças do t rabalho, mapas de risco, estat íst i­cas de prevalência de saúde-enfermidade do trabalho , informações essas necessár ias e fundamentais para a eleição de prioridades de atuação, avaliação e red ire­cionamento do programa em funcionamento (12) .

O Grupo de Saúde do Trabalhador elaborou os seguintes instrumentos: história do trabalho, ficha epidemiológica e boletins de produção, instrumentos esses que, presentemente, estão em fase de teste.

Num segundo momento, o Programa de Saúde do Trabalhador será estendido para a região de Ribei-

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rão Preto, com as mesmas caracter(stic8S até o mo­mento apresentadas. A única especificidade dessa fase é que o Pronto Atendimento Médico (PAM) do INAMPS de Ribeirão Preto será organizado para fun­cionar como ambulatório de referência serundária para prestar assistência aos trabalhadores da região.

O Ambulatório de Toxicologia e o Labor~tório (Centro de Controle de Intoxicações) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP estão sen­do reorganizados para funcionarem como referência terciária para o Programa como um todo. Da mesma forma, o Laboratório do Instituto Adolfo Lutz está procurando aparelhar-se para oferecer a retaguarda laboratorial necessár ia ao funcionamento do Pro­grama.

Num terceiro momento, o setor de acidentes de trabalho e de perícia médica do INPS desenvolverá suas atividades diretamente coordenado pelo Grupo de Sa úde do Trabalhador.

a passo seguinte consistiu no encaminhamento da proposta do Programa de Saúde do Trabalhador para a Comissão Regional Interinstitucional de Saúde (CRIS) e para a Comissão Interinstitucional Municipal de Saúde (CIMS) do SUDS-regional_

Após a aprovação do Programa, em seu mérito, pelas referidas Comissões, o Grupo de Saúde do Traba­lhador passou a divulgá-lo junto aos sindicatos da re­gião de Ribeirão Preto e trabalhadores da Saúde do Município com o objetivo de convocar esses setores para a discussão de proposta de programa a ser elabo­rada através da realização de um Seminário de Saúde do Trabalhador.

Em setembro de 1988 foi realizado, na sede do SUDS de Ribeirão Preto, o 10 Seminário de Saúde do Trabalhador com a finalidade de promover a apresen­tação e discussão pÚblica do Programa de Saúde do Trabalhador do SUDS-regional submetendo-<l, desse modo, às críticas e sugestões junto aos setores direta­mente envolvidos : os trabalhadores da Saúde e os usuários do programa.

Na plenária de conclusões do Seminário o Pro­grama foi aprovado, tendo incorporado algumas críti­cas e sugestões para correções. A partir do Seminário , o Grupo de Saúde do Trabalhador, responsável pela implantação e coordenação do Programa, passou a contar com a participação de representantes dos tra­balhadores do Municfpio e da região, e por eles indi­cados, através de suas centrais sindicais e da União dos Sindicatos Independentes.

No presente momento, o Grupo de Saúde do Trabalhador aguarda a liberação de recursos para ini· cia r o processo de formação, reciclagem e/ou treina­mento dos profissionais da Saúde, bem como a contra­tação de profissionais para comporem a equipe multi­prof issional para atuar nos ambulatórios de referência secu ndária.

Finalizando, o Grupo de Saúde do Trabalhador do SUDS-R de Ribeirão Preto entende que a elabora­ção de um programa para a área não constitui garantia de sua realização.

Na verdade, o sucesso ou a falência da implan­tação de um programa que venha atender aos reais

intere"'" e necessidadn da cla ... trabalhadora depen­de da vontade política dos governantes e da capaci­dade organizativa dos trabalhadores em concretizar o preceito const itucional da "saúde como um direito do cidadão e dever do Estado".

Atividades Realizadas

Elaboração do Programa de Saúde do Trabalhador do SUm;-R de Ribeirão Preto. Ações de Vigilância Sanitária em pensões , hospe­darias e alojamentos de trabalhadores rurais das agroindústr ias canavieiras da região. Ações de Vigi lância Sanitária em indústrias de agrotóxicos da região e em indústrias alimentares de Ribeirão Preto. Seminários sobre Saúde do Trabalhador visando ao entendimento da categoria trabalho como fator de determinação da saúde-enfermidade e as formas mais prevalentes que têm acometido a classe traba­lhadora_ Elaboração e teste de instrumentos para o exercí­cio de ações de vigilância epidemiológica, sanitária e de assistência na área de Saúde do Trabalhador. Participação de membros do Grupo de Saúde do Trabalhador, em cursos de Toxicologia, Acidentes de Trabalho e Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana.

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9. Instrumental elaborados pelo Grupo de Saúde do Tra-balhador : História do Trabalho; Ficha epidemioló­gica; Roteiro para fiscalização de locais de trabalho. Esses instrumentos encontram·se em fase de teste.

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2:1

10. BRANDÃO C.R. (org.1 - R_ndo. _uito por. ticiPlntL s.P .• Brasiliense. 1985.

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2'! PARTE - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saú· de do Trabalhador

Introdução

o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde do Trabalhador foi oficialmente constituído no Departa­mento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em fevereiro de 1988, com o objet ivo de ampliar e conso­lidar as áreas temáticas em Saúde Coletiva existentes no Departamento.

O eixo norteador da constituição do referido Núcleo consistiu na necessidade de desenvolver co­nhecimentos na área de Saúde do Trabalhador, tendo como ponto de partida o desvendamento das relações dos processos sociais, econômicos, culturais e políti­cos da região de R ibeirão Preto no contexto de desen­volvimento da sociedade brasileira. Este processo re­quereu, e continua requerendo, o concurso de rela­ções inter institucionais e de práticas interdisciplina­res, objetivando caminhar em direção ao processo de avanço do conhecimento na área de Saúde do Traba­lhador.

Integra o referido Núcleo uma equipe multipro­fissional, cuja atual composição é a seguinte:

Prof~ D~ Neiry Primo Alessi - Socióloga do De· partamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo ; Prof~ Assistente Sandra de Azevedo Pinheiro -Médica Sanitarista do DMS da FMRP·USP; Prof~ Dra Graciette Borges da Silva - Socióloga do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ri­beirão Preto da Universidade de São Paulo ; Prof. Dr. Antonio Ribeiro Franco - Médico do Trabalho do DMS da FMRP·USP; Dr~ Tany Maria Soares 8iondi - Residente em Me­dicina Social (R·2) do DMS da FMRP·USP.

Objetivos

o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde do Trabalhador tem como principais objetivos : - consolidar o processo de integração docente-assis­

tencial com os profissionais da rede de serviços pú­blicos de Saúde através da implantação do Progra­ma de Saúde do Trabalhador no Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde da região de Ribeirão Preto (SUDS·R de Ribeirão Pretol ;

participar do processo de formação, atualização e reciclagem de futuros profissionais, para a área de Saúde do Trabalhador, através do oferecimento de disciplinas, no curso médico, em n(val de gradua­ção e de pós-graduação latu sansu; realizar seminéirios e cursos de treinamento e de reciclagem para os membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde do Trabalhador, bem como para os profissionais da rede de serviços públicos de Saúde do SUOS·R de Ribeirão Preto ; desenvolver investigações que apreendam as especi­ficidades e as mediações existentes entre Processo de Trabalho e Processo Saúde-Doença, visualizadas aquelas no contexto de desenvolvimento da socie­dade brasileira;

coordenar os serviços de assistência ao trabalhador integrado ao sistema de referência e contra-referên­cia do SUD5-R de R ibeirão Preto.

Metodologia

o referencial te6rico-metodolágico que norteia as atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde do T~abalhador é o Materialismo Histórico e, do ponto de vista da invest igação, o Núcleo tem tra­balhado com a metodologia das "encuestas coletivas", desenvolvidas pelo grupo mexicano.

Atividades desenvolvMtas e em desenvolvimento

1 - Em relação ao processo de integração do­

cente-assistl!ncial destacam-se as seguintes ativi­dades: Os membros do Núcleo de Estudos e Pesqu isas em Saúde do Trabalhador, do Departamento de Medi· cina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, integrando o Grupo de Saúde do Trabalhador do SUDS·R de Ribeirão Preto, e con· juntamente com ele, elaboram a proposta de Pro ­grama de Saúde do Trabalhador para o SUDS·R de Ribeirão Preto. A referida proposta foi aprovada pelo atual coordenador do Grupo de Estudos e Programas em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde e, atualmente, encontra-se em fase inicial de implantação. Organização do I Seminário de Saúde do Trabalha­dor. real izado nos dias 02 e 03 de setembro de 1988, em Ribeirão Preto. Participaram do Seminá­rio 140 pessoas distribuídas entre profissionais da

rede de serviços públicos de Saúde e sindicalistas da região de Ribeirão Preto. A programação desen­volvida foi a seguinte:

Dia 02/09/1988 Estruturas e Funcionamento da Saúde no SUD5-R de Ribeirão Preto. Discussão do Programa de Saúde do Trabalhador do SUOS·R de Ribeirão Preto. Palavra ãs instituições participantes e às centrais sindicais.

Dia 03/<lI11988 Grupos de disaJssão : perspectivas e propostas para a implantação do Programa de Saúde do Trabalha· dor no SUDS·R de Ribeirão Preto. Plenária de conclusões.

2 - Em relação à disciplina na área de Saúde do T rabalhador, o Núcleo vem desenvolvendo as seguin­

tes temáticas : a saúde-doença como processo social. Módulo te­mático da disciplina Medicina Social no JO ano do curso médico;-

a saúde do trabalhador : aspectos conceituais , cI í· nicos e epidemiológicos e a situação da classe tra­balhadora brasi leira . Módulo temát ico da disciplina Medicina Preventiva no 49 ano do curso médico;

a interpretação sociológica da saúde como fenô­meno co letivo - disciplina da Residência Médica em Medicina Social ;

processo de trabalho e processo saúde-doença. Dis­ciplina da Res idência Médica em Medicina Social ; saúde ambiental - disciplina de Residência Médica em Medicina Social.

No momento atual, o Núcleo tem realizado dis­

cussões visando à elaboração de uma proposta de im·

plantação da área de Especialização em Saúde do Tra­

balhador para a Residência em Medicina Social.

3 - Quanto ao processo de formação e recicla·

gem de profissionais, preocupados com a saúde do

trabalhador, o Núcleo vem realizando, no transcorrer

do ano de 1988, seminários referentes aos seguintes

temas:

processo de trabalho e processo saúde-doença;

patologias do trabalho: aspectos clínicos e epide­

miológicos;

a produção acadêmica na área de Saúde do Traba·

Ihador; metodologia para a identificação de condições in·

salubres e fatores de desgastes inerentes às atívida·

des de trabalho.

Esses seminários têm sido coordenados pelos

membros do Núcleo e por especialistas da área cil'nica

e dirigidos aos componentes do Núcleo e do Grupo

do Trabalhador do SUDS·R de Ribeirão Preto. a Núcleo elaborou e encaminhou à direção do

SUDS· R de Ribeirão Preto um programa de Educação Continuada a ser desenvolvido junto às categorias pro­

fi ssionais da rede de serviços públicos de Saúde do

SUDS-A de Ribeirão Preto com o objet ivo de desen· cadear o processo de tre inamento básico necessário à implantação do Programa de Saúde do Trabalhador,

Os temas a serem enfocados nesse Programa de Edu·

cação Continuada serão:

processo de trabalho e processo saúde-doença ;

as doenças do trabalho : aspectos cHnicos e epide·

miolÓQicos; condições de trabalho e acidentes de trabalho;

a legislação na área de Saúde do Trabalhador no Brasil ;

ações de vigilância epidemiológica e sanitária nos

ambientes de trabalho. I mportância e necessidade de ações interinstitucionais ;

implantação e desenvolvimento do Programa de Saúde do Trabalhador no SUDS·R de Ribeirão Preto_

Estão previstas, para o ano de 1989, a part icipa­

ção de membros do Núcleo em cursos de aperfeiçoa­

mento e estágios em V igilância Epidemiológica e Sani­

tária em Saúde do Trabalhador no Centro de Vigilãn· eia Epidemiológica e Sanitária da Secretaria de Estado

da Saúde, bem como a rea lização de dois "Seminários

de Saúde do Trabalhador" para avaliação e redirecio-­

"amento das ações em curso no Programa de Saúde

do Trabalhador do SUDS· R de Ribeirão Preto.

Produção Acadêmica

DUrante os anos de 1987 e 1988 o Núcleo vem desenvolvendo os seguintes projetos :

ALESSI, N.P. & AZEVEDO, S.P. - ··Caracteriza· ção sócio-econômica da região de Ribeirão Pre­

to". 1987. mimeo, 31 p.

ALESSI , N.P. ; Biondi., T.M.S.; Pinheiro , S.A.; Pa· lacci, A. Filho & Franco, A.R. - "Saúde do Trabalhador: a vigrlância sanitária e as condi­

ções de moradia de trabalhadores do complexo

agroindustrial canavieiro", Ribeirão Preto, 1988,

24 p. (encaminhado .para publicação) . ALESSI , N.P. - '"Processo de trabalho e processo

saúde-doença em trabalhadores da área agrícola

do complexo agroindustrial eanavie iro " , O pre­

sente trabalho está sendo desenvolvido no Sin ·

dicato de T rabalhadores Rurais do Município

de Santa Rosa de Viterbo. PINHEIRO, S.A. - '"Estudo do processo saúde-do·

ença dos trabalhadores da indústria e fabricação

do álcool de Ribeirão Preto". Trabalho em fase de desenvolvimento.

FRANCO, A.R. - "Elaboração de mapas de riscos ocupacionais nas destilarias de álcool da região

de Ribeirão Preto" , Trabalho em fase de desen­

volvimento.

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