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Petroleiros na luta pela democraciaPágina 5
Defender a Petrobras é defender o BrasilPáginas 6 a 8
Seminário debate assédio moral Página 12
Assembleias aprovam perda de mandato de diretores
Página 4
Abril • 2016 • 2
Em virtude da situação desgastada das instalações do Sin-
dipetro-ES, verificada desde a posse da atual gestão, a di-
retoria definiu um plano de modernização e reformas das
instalações das sedes do sindicato.
Foram adquiridos 4 novos computadores (os antigos já ti-
nham mais de 4 anos de uso e apresentavam problemas
constantes) e também foram instaladas câmeras de segu-
rança (CFTV) nas sedes de Vitória e São Mateus. Além dis-
to, já estão em andamento obras de pintura e a constru-
ção de uma cobertura na sede de São Mateus. A reforma
da sede de Vitória sendo orçada e apresenta problemas
estruturais e infiltrações.
Com relação à sede de Linhares, que hoje funciona em
estabelecimento alugado, haverá mudança para a sala de
propriedade do sindicato, reduzindo assim o custo com lo-
cação do imóvel. A sala também passará por melhorias na
pintura e instalações
Melhorias e reforma das sedes do Sindipetro-ES
Conselho Nacional de Aposentados e Pensionistas reuniu-
se no Recife (PE), nos dias 7 e o 8 deste mês para mais um
encontro nacional. O objetivo do encontro foi discutir as rei-
vindicações dos aposentados e pensionistas para apresentá
-las nos congressos regionais e na mesa de negociações do
Acordo Coletivo. Representando os petroleiros aposenta-
dos capixabas participou o diretor Sebastião e membro do
conselho fiscal Adão Luís, ambos petroleiros aposentados.
ENCONTRO dO CONSELhO NACiONAL
de aposentados e pensionistas
Sede São Mateus
Sede Vitória
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• Abril • 20163
O Sindipetro-ES já iniciou a análise do regramento do PidV
apresentado pela empresa. Assessoria Jurídica irá verificar
eventuais ilegalidades das condições impostas no plano.
Primeiramente, é importante esclarecer para categoria que
a empresa propôs que o empregado interessado solicite
sua demissão, o que resulta na renúncia de uma série de di-
reitos do trabalhador, dentre eles: acesso à conta de FGTS;
multa de 40% do FGTS; aviso prévio etc. Assim, a premissa
posta no PidV é de pedido de demissão e não de dispensa
sem justa causa.
Especificamente a respeito do pedido de demissão, o Sindi-
petro-ES alerta a categoria para o fato de que este pedido
deve ser feito espontaneamente, sem que haja qualquer
tipo de eventual coação ou induzimento.
É do conhecimento da categoria petroleira que a Petro-
brás instaurou uma medida jurídica denominada dissídio
Coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que tra-
mita sob o nº dC - 23507-77.2014.5.00.0000. O processo
teve seu julgamento designado pela Secretaria do Tribunal
Pleno para o dia 12/04/2016, a partir das 13h30.
Ocorre que, apesar de incluído em pauta, o processo não
foi levado à julgamento, ficando a análise da matéria adia-
da para a sessão seguinte, que será previamente marcada
pelo ministro Presidente e posteriormente os envolvidos
serão notificados via diário Oficial.
• Abril • 20163
PLENO dO TST VAi JuLGAR RMNR Petrobras
Com o referido dissídio coletivo, pretende a empresa que o
órgão pleno do TST lhe dê interpretação favorável à Cláusula
do Complemento RMNR e, por consequência, que os efeitos
dessa interpretação sejam aplicados aos processos em curso.
Para o Sindipetro-ES os números apresentados pela empre-
sa, como passivo referente à causa da RMNR, bem como,
aqueles explorados pela mídia, não expressam a verdade,
uma vez que não foram efetivados os cálculos e, portanto,
não se pode tentar impactar o Poder Judiciário segundo a
lógica econômico/financeira. Esperamos que a justiça seja
feita e que se reconheça o direito dos trabalhadores.
Esclarecimentos sobre o PIDV
Eventuais atos de prepostos da empresa que induzam a
manifestação da vontade do trabalhador terão o condão de
macular o pedido de demissão. O Sindipetro-ES está aco-
lhendo denúncias de condutas indevidas no PidV, de forma
a buscar no Poder Judiciário a devida tutela de afastamento
de posturas eventualmente ilegais.
Abril • 2016 • 4
Entre os dias 05 a 14 de abril, a diretoria colegiada do Sin-
dipetro-ES esteve nas principais bases capixabas realizando
assembleias para tratar da perda de mandato dos diretores
acusados de malversação do patrimônio do sindicato.
Conforme estabelecido pelo Estatuto Social do sindicato,
tanto a diretoria quanto os associados devem zelar pela
correta utilização do patrimônio da entidade estando todos
sujeitos à sansões pelo descumprimento desta regra.
Caracterizada a má conduta contra o patrimônio moral ou
material do Sindipetro-ES, os diretores podem perder seus
mandatos ou até serem desligados do quadro social. A pro-
posta da diretoria, colocada nas assembleias gerais, após
notificação e apresentação de defesa dos envolvidos, foi
pela perda de mandato dos diretores Jorge Toscano, João
Eduardo Reis, Mizael Mirandola e Rubens dos Santos. Em
todas as assembleias foi dado direito de defesa a cada dire-
tor acusado, bem como respondidos diversos esclarecimen-
to e questionamentos dos petroleiros.
Para os filiados que participaram das assembleias, as de-
núncias apresentadas contêm elementos suficientes para
demonstrar a malversação dos recursos do sindicato. A
maioria aprovou o indicativo de perda de mandato.
CATEGORiA APROVA PERdA de mandato de diretores
Confira o resultado da votação na tabela abaixo:
• Abril • 20165
Luta pela democracia, pelos direitos conquistados após
anos de luta, em defesa da Petrobras e da soberania ener-
gética que ela oferece, os petroleiros capixabas se uniram à
Frente Brasil Popular, formada por entidades sindicais, tra-
balhadores do campo e da cidade e movimentos sociais, na
manifestação de em Brasília, em 31 de março.
O Sindipetro-ES disponibilizou transporte e levou diretores
e apoiadores da causa petroleira. O coordenador do evento
pelo Sindipetro, Ewerton Andrade, destacou a disposição da
categoria em ir combater o golpe e a entrega da Petrobras
ao capital estrangeiro.
A força dos petroleiros Foram cerca de 30 horas de viagem. “Fiquei muito feliz em
ver os nossos companheiros mostrando garra e vontade para
caminhar por horas, vestindo a camisa em defesa de nossos
ideais. É isso que esperamos quando se faz parte de uma en-
tidade sindical e isso é muito gratificante”.
O nosso diretor Renato Pratini também se mostrou conten-
te em ver a categoria mobilizada. “Sempre é gratificante ver
o petroleiro ativo e atento as questões políticas e sociais do
nosso país. Muitos interesses estão em jogo neste momento.
Nossa empresa passa por um processo de desmonte que exi-
ge forte mobilização”, avalia Pratini.
Fábio Velten destacou a força dos petroleiros nas principais
lutas dos trabalhadores ao longo da história. “A categoria
petroleira sempre foi protagonista dos grandes movimentos
sindicais e também apoiadora dos movimentos sociais. de
acordo com a FuP, 200 mil pessoas foram às ruas da capital
federal. Os manifestantes se concentraram no Estádio Nacio-
nal Mané Garrincha e seguiram até o Congresso Nacional.
Abril • 2016 • 6
Muito já se ouviu falar sobre a importância da Petrobras
para a sociedade, mas como de fato isso afeta a vida dos
capixabas? Como a política de desinvestimentos da com-
panhia pode prejudicar a sociedade? Está mais que na
hora da categoria petroleira e a sociedade tomar ciência
do impacto que as decisões da atual diretoria tem causa-
do ao Espirito Santo.
Descaso com os campos terrestres
O mesmo vem acontecendo no norte do Espirito Santo com
a ameaça de venda de campos terrestres. iniciada em 1973, a
produção em campos terrestres ocorre atualmente nos muni-
cípios de Conceição da Barra, São Mateus, Jaguaré e Linhares.
No dia 2 de março, a empresa anunciou que está colocando
venda alguns de seus campos terrestres no Espirito Santo nos
seguintes locais: Polo São Mateus (14 concessões); Polo Fazen-
da São Jorge/Cancã/Fazenda Cedro (9 concessões); Polo Lagoa
Parda (3 concessões) e Polo Gás (4 concessões); além de 6
concessões exploratórias. Ou seja, quando coloca os campos
terrestres a venda com o argumento de que não é lucrativo, o
que a Petrobras está propondo é passar o “prejuízo” pela ex-
ploração de campos terrestres para iniciativa privada.
daí vem a seguinte reflexão: quem do setor privado investi-
ria em algo que não dá lucro? Porém, a Associação Brasilei-
ra dos Produtores independentes de Petróleo e Gás (ABPiP)
está de olho nos campos que a diretoria da Petrobras está
rejeitando. E ainda querem contar com o financiamento do
governo e além disso querem dar como garantia de em-
préstimo as próprias reservas.
Abril • 2016 • 6
As consequências do desinvestimento da Petrobras no ES
DefenDer a Petrobras é DefenDer a saúDe e eDucação!
Queda da arrecadação de royalties
desde 2013, com a aprovação da Lei dos Royalties, 75%
dos royalties do petróleo são destinados para a educação e
25% para a saúde. Além disso 50% de todos os recursos do
Fundo Social do pré-sal são destinados para os dois setores.
Segundo dados da ANP (Agencia Nacional do Petróleo), em
2015 o Espirito Santo deixou de arrecadar R$ 433 milhões
em royalties. Os royalties pagos ao governo capixaba e aos
78 municípios, em 2015, recuou 25,3% com relação a 2014,
o menor valor desde 2011.
isso se deu principalmente pela queda do valor do barril e
tem sido agravada pela redução de investimentos. Quanto
menor o valor do petróleo e quantidade produzida, menor
a arrecadação de royalties. Ou seja, em 2016, ano de crise
econômica e política, os recursos para educação e saúde
serão pelo menos 25% menor em relação ao ano passado.
Campos Terrestres sob ameaça
• Abril • 20167 • Abril • 20167
Defender a Petrobras é defender o desenvolvimento social regional
Segundo a empresa a produção total dos campos terrestres
no Brasil é de, aproximadamente, 35 mil barris por dia, o
que corresponde a menos de 2% da nossa produção total.
Pensando apenas em números, 2% pode ser algo desprezí-
vel, no entanto, estamos falando de dezenas de emprega-
dos próprios e algumas centenas de trabalhadores terceiri-
zados que de forma direta já estão sendo prejudicados pelo
abandono dos campos terrestres no Espirito Santo.
Os campos terrestres contribuem para o fortalecimento da
economia de vários munícios do interior do estado e sem os in-
vestimentos da indústria do petróleo ficariam em situação pre-
cária. Nesses locais a Petrobras não só gera emprego e renda,
mas financia trabalhos sociais e a esperança de vida melhor.
Plataforma P-58
Desinvestimentos em offshore
umas das metas de desinvestimento anunciada em 2015 é
a venda do Campo de Golfinho, na bacia do Espirito Santo.
Localizado em águas profundas do pós-sal, o campo de Gol-
finho está, hoje, segundo dados da Agência Nacional do Pe-
tróleo (ANP), entre os 20 maiores campos em produção do
país, com uma produção de 23 mil barris de petróleo por dia.
Até dezembro de 2014, a produção acumulada era de
113,69 milhões de barris de petróleo e 2 bilhões de metros
o Desmonte Da Petrobras é o Desmonte Do brasil!
cúbicos de gás natural. O óleo é produzido por meio do
FPSO Cidade de que é afretado pela Petrobras junto à Sai-
pem. Sua produção de gás é recebida na unidade de Tra-
tamento de Gás de Cacimbas (uTGC), em Linhares, onde
gera emprego e renda para a população capixaba.
Atualmente, há seis plataformas em atividade nas con-
cessões de produção nas quais a Petrobras é operadora.
Na Bacia do Espírito Santo, encontram-se a plataforma de
Peroá, que é desabitada, e o FPSO Cidade de Vitória que é
afretada. Na parte capixaba da Bacia de Campos, a Petro-
bras realiza produção do pré-sal e do pós-sal com os FPSO
Capixaba e FPSO Cidade de Anchieta que são afretados,
e com FPSO’s próprios P-57 e P-58 que vêm contribuindo
significativamente para os recordes de produção.
Cancelamentos de projetos
desde o ano passado a Petrobras tem anunciado o can-
celamento de projetos que estavam previstos. No Espirito
Santo foram prometidos: construção de plataformas, polo
gás-químico em Linhares, porto de apoio a embarcações
em ubu e terminal de GNL em Aracruz. A estimativa era
que esses projetos trariam a criação de mais de 12 mil em-
pregos e investimentos superiores a uS$ 7 bilhões.
Abril • 2016 • 8
Em 2015, a participação do segmento de petróleo e gás
natural no PiB do Brasil chegou a 13%. Através do inves-
timento no Prominp e no Sebrae, a Petrobras participou
da qualificação de mais de 100 trabalhadores abrangendo
mais de 180 categorias e a inserção de mais de 14 mil pe-
quenas empresas nos cadastros de fornecedores da em-
presa. Porém, a política de desinvestimento deve causar
uma perda de R$ 260 bilhões no PiB brasileiro até 2019,
segundo estudo do Ministério da Fazenda, que estima que
cada corte de R$ 1 bilhão nos investimentos da companhia
representa perda de R$ 2 bilhões no PiB.
dos 3,8% de queda do PiB em 2015, de 2 a 2,5 pontos per-
centuais resultaram da crise da Petrobras e da cadeia de
petróleo e gás, segundo cálculo da 4E Consultoria.
Quanto ao PiB capixaba em 2015, o recuo de -1,1% foi a
primeira queda anual após oito altas seguidas, totalizando
R$ 140,2 bilhões. Os desinvestimentos da Vale, as parali-
zações das atividades da Samarco, redução operacional da
Arcelor contribuíram para esse cenário, porém os segui-
dos recordes de produção de petróleo no pre-sal evitaram
que o resultado não fosse ainda pior.
Para se ter uma ideia da influência da Petrobras no PiB ca-
pixaba podemos citar o município de Presidente Kennedy
que por causa da produção de petróleo é o município com
o maior PiB por habitante do Brasil, sendo que Presidente
Kennedy, itapemirim, Anchieta, Marataízes alcançaram um
PiB acima da média estadual justamente por causa da pro-
dução de petróleo. isso demonstra a importância do inves-
timento do setor de petróleo e gás nas economias locais.
Embora a política de desinvestimento tenha causado uma
queda no PiB nacional é possível notar que a indústria do pe-
tróleo, em especial a exploração do pré-sal, contribui para que
mesmo em queda o resultado do PiB capixaba fosse ainda
pior. No entanto vimos que o desinvestimento na exploração
de campos terrestres tem tido efeito contrário. Com isso fica
demonstrado a importância do setor para a economia local.
DefenDer a Petrobras é DefenDer é brasil
CONCLUSÃO
Entre os anos de 2006 a 2010, o Espírito Santo chegou a receber o segundo maior volume de investimentos
da Petrobras - uS$ 6 bilhões dos quais uS$ 5 bilhões para a área de E&P – e atualmente é o segundo maior
produtor de petróleo e gás natural do país, sua produção é inferior apenas à do Rio de Janeiro.
Além de ter um papel relevante para a oferta de petróleo e gás natural ao mercado brasileiro, as atividades
da Petrobras no Espirito Santo movimentam a economia local com geração de empregos diretos e indiretos,
formação de cadeia de fornecedores, impostos e royalties. Em meio a toda corrupção política e de gestão per-
petrada dentro da companhia a várias décadas não podemos aceitar essa política de desmonte da empresa a
qualquer custo, sem um estudo especifico e sem debate com os trabalhadores e com a sociedade.
Influência no PIB Nacional e Estadual
• Abril • 20169
finançasFicou decidido pela diretoria colegiada, conforme defini-
do pela categoria durante as assembleias de prestação
de contas 2015, que os diretores suspensos João Edu-
ardo Matos Reis e Jorge Toscano de Moraes não estão
autorizados a movimentar os recursos da categoria, na
conta do SiCOOB em São Mateus, por estarem suspensos
pela diretoria colegiada em reunião no dia 27 de janeiro
de 2016. Conforme deliberação dos filiados nas assem-
bleias de prestação de contas 2015, decidiu-se alterar os
diretores João Eduardo e Jorge Toscano pelos diretores
Eneias Zanelato, Mirta Rosa e hélio Fundão para adminis-
trar as finanças da Coordenação Regional do Norte.
Diretores liberadosComo o juíz da 12ª vara da justiça do trabalho reconhe-
ceu que não houve arbitrariedade e nem irregularida-
des a respeito do encerramento da liberação do diretor
João Eduardo, a diretoria retificou a decisão pela não
liberação deste diretor. Ainda decidiu pela liberação
dos diretores Mirta Rosa Chieppe, hélio Fundão Maciel
e o diretor Eber Pereira Guimaraes no período entre
29/03/2016 e 27/04/2016, sendo que após esse perí-
odo o diretor liberado passa a ser Wallace Ouverney.
Em março, a diretoria do Sindipetro-ES realizou mais uma reunião para encaminhar decisões
e avaliar os próximos passos da gestão. Participaram do encontro, o coordenador-geral Paulo
Rony Viana dos Santos, Fábio Antônio Velten Lopes, Davidson Augusto Lomba dos Santos,
Enéias Zanelato Carvalho, Mirta Rosa De Souza Chieppe, Ewerton Souza De Andrade, Renato
Sastre Pratini Junior, Alberto Moraes Rodrigues, Eber Pereira Guimaraes, Hélio Fundão Maciel,
Rodolfo Martins de Paiva, Wallace Ouverney da Silva, Sebastião Guilhermino dos Santos.
conheça as Deliberações Da Direção:
contratos jurídicosA diretoria colegiada decidiu reorganizar algumas despe-
sas. A partir de agora apenas um escritório de advocacia
concentrará todas as demandas, a fim de termos melhor
fluidez e facilitar a fiscalização e cobranças aos escritórios
de advocacia. Por votação entre os diretores, ficou deci-
dido que o escritório da Felix Porto & Advogados Associa-
dos aasumirá todas as demandas institucionais do sindi-
cato. diante disso, o contrato com escritório Menegatti &
Barbosa foi encerrado. As advogadas Euci e Neusa conti-
nuarão atendendo em São Mateus, assumindo também
o atendimento na sede de Linhares de forma quinzenal,
revezando com a Felix Porto & Advogados Associados.
sede de linharesEm atendimento a orientação do Conselho Fiscal, a sede do
Sindipetro-ES voltará a funcionar na sala de propriedade do
sindicato. A mudança deverá ocorrer em 30 dias e a sala ne-
cessitará de pequena reforma. As reuniões com os aposen-
tados ocorrerão em espaços de eventos que serão locados
conforme a necessidade, pois a sala está situada no terceiro
andar de edifício, o que dificulta o acesso dos idosos. Foi
sugerida a venda da atual sala, por uma que tenha acesso a
elevador - a sugestão será submetida à categoria.
Abril • 2016 • 1010Abril • 2016 •Abril • 2016 • 10Abril • 2016 •Abril • 2016 •Abril • 2016 • 10
As demonstrações fi nanceiras publicadas no últi mo dia 21
de março, mesmo que registrando um prejuízo recorde
de R$ 34,8 bilhões, causado por um ajuste contábil (“im-
pairment”), mostra também que as empresas mantem
intactos todos os seus aspectos positi vos. Em síntese, no
caso da Petrobras, trata-se de um exercício de hipóteses
distantes da realidade da empresa e desprovidos de bom
senso e lógica.
Apesar de que muitos insistam em tentar denegrir o nome
da Petrobras, afi rmando que “está quebrada”, os números
apresentados no balanço auditado, mostram uma empre-
sa equilibrada e fadada ao sucesso. Este arti go, baseado
apenas em dados ofi ciais da empresa, faz uma análise fria,
rápida e objeti va de sua situação atual.
situação econômica Como já falamos no arti go anterior “A Verdade Sobre a
Petrobras”, a queda no preço internacional do barril de
petróleo, melhora o resultado da Petrobras em função de:
1. A receita da Petrobras não tem vinculação com o preço
internacional do barril. Está baseada nos preços dos com-
bustí veis que nós pagamos aqui no mercado interno. Hoje,
acreditamos, que este valor equivale a um preço de barril
entre US$ 70 e US$ 80;
2. Os gastos com royalti es e parti cipações especiais caem,
pois estes sim, tem os cálculos vinculados ao preço do barril.
3. Aumenta a margem da Petrobras na importação e re-
venda de combustí veis no mercado interno.
de qualquer forma, considerados os efeitos positi vos e ne-
gati vos, o lucro bruto da Petrobras apresentou em 2015
um crescimento de 23 % em relação a 2014, passando de
R$ 80,4 bilhões para R$ 98,6 bilhões. Signifi ca dizer que,
entre outras causas, o efeito positi vo da queda no preço
do barril superou o efeito negati vo da variação cambial.
infelizmente, como estávamos antevendo no arti go ante-
rior (A Verdade sobre a Petrobras), existe uma “obsessão
pelo prejuízo”, não importando os refl exos sobre a ima-
gem da empresa. Assim, no 4º trimestre foi feito um ajus-
te contábil ou “impairment” no valor de R$ 49 bilhões,
tornando impossível qualquer possibilidade de apresenta-
ção de lucro em 2015.
importante lembrar que nenhuma das grandes petrolei-
ras, Shell, BP, Chevron etc, registraram perdas por “impair-
ment”, apesar de terem muito mais moti vo para isso do
BALANÇO dE 2015 mostra que Petrobras conti nua produti va e lucrati va
Por outro lado, a desvalorização do Real em relação ao
uS$ atua no senti do inverso, prejudicando o resultado em
função de:
1. Aumenta os custos baseados em US$, como royalti es e
parti cipações especiais. (Notem então que royalti es tem
efeito positi vo com a queda do preço do barril, e efeito ne-
gati vo com a desvalorização do Real);
2. Aumenta os gastos com juros com emprésti mos efetu-
ados em moeda estrangeira;
3. Aumenta o valor total da dívida em moeda estrangeira,
com importante efeito contábil (não fi nanceiro) no resultado.
• Abril • 201611 • Abril • 2016• Abril • 201611 • Abril • 2016• Abril • 2016• Abril • 201611
situação fi nanceira O “impairment” não afetou a situação fi nanceira, e o caixa
da empresa permaneceu no nível elevadíssimo que estava
ao fi nal do 3º trimestre (R$ 100 bilhões). A liquidez corren-
te (ati vo corrente/passivo corrente) está muito bem equi-
librada acima de 1,50. A liquidez imediata (caixa/passivo
corrente) perto de 0,90. Signifi ca dizer que a empresa tem
em caixa 90% de tudo que ela tem para pagar nos próxi-
mos 12 meses o que é extremamente confortável.
Sobre isto, o Presidente Bendine, em entrevista logo após
a divulgação dos resultados, reconheceu (sic) “ a empresa
tem capacidade de caixa sufi ciente até o fi nal de 2017”. Por-
tanto não há o que se falar sobre venda de ati vos por ne-
cessidade de caixa. Ele realçou também o fato da empresa
ter apresentado um fl uxo de caixa livre positi vo de R$ 15,6
bilhões em 2015, contra um fl uxo de caixa livre negati vo de
R$ 19,6 bilhões em 2014. isto indica uma tendência extre-
mamente favorável do ponto de vista fi nanceiro.
Verifi camos, portanto, que a empresa apresenta uma situ-
ação fi nanceira equilibrada, e o equacionamento da amor-
ti zação da elevada dívida, não é “bicho de sete cabeças”.
situação patrimonialAcreditamos que este seja o aspecto mais positi vo na vi-
são geral da empresa. Em recente declaração a diretora
Geral da ANP, Magda Chambriard, informou que as reser-
• Abril • 201611
que a Petrobras. Elas entenderam que não cabia este ti po
de registro, tendo em vista a volati lidade do preço interna-
cional do barril. Parece que a Petrobras gosta de ser mais
realista que o rei.
de qualquer forma, entramos com um questi onamen-
to junto à ouvidoria da Receita Federal, solicitando uma
avaliação dos critérios usados pela Petrobras no levanta-
mento dos números. Fato relevante também é que dos 5
membros do Conselho Fiscal da Petrobras, 2 se recusaram
a aprovar o Balanço, exatamente devido ao “impairment”,
e apresentaram estudos independentes mostrando valo-
res completamente diferentes. Menos mal que o ajuste
tem somente efeito econômico, não afetando a situação
fi nanceira da empresa como veremos a seguir.
vas totais de petróleo da Petrobras ati ngiram 40 bilhões
de barris. Trata-se de uma situação ímpar, que mostra as
perspecti vas futuras da empresa. Junta-se a isto a exis-
tência de uma força de trabalho treinada, tecnologia e
equipamentos adequados, para extrair petróleo do pré-
sal num custo altamente competi ti vo. O mais baixo custo
entre as “majors”.
Só este fato faz com que o Banco de desenvolvimento da
China, garanta linhas de fi nanciamento para a Petrobras,
tendo como garanti a a promessa de fornecimento futu-
ro de petróleo. O novo plano de negócios da Petrobras,
mesmo depois de cortes, prevê investi mentos de uS$ 20
bilhões por ano, nos próximos 5 anos.
Que empresa no mundo tem um programa de investi men-
to tão relevante? Como uma empresa que, como dizem a
mídia e vários parlamentares, está com sérios problemas
econômicos e fi nanceiros, pode pretender sustentar estes
investi mentos?
conclusãoPor mais que queiram deprecia-la, por inúmeras intenções,
a Petrobras não tem o que temer. isso porque ela tem as-
pectos que nenhuma outra petroleira no mundo possui,
como um excelente mercado cati vo como brasileiro, preço
de venda no mercado interno que não sofre oscilações, re-
servas invejáveis, e pessoal e tecnologia adequadas.
Agora em 2016, quando não há mais nada ser “inventado”
para gerar prejuízos, a Petrobras vai mostrar o que sempre
foi, o que nunca mudou e que, nos últi mos anos, estava ape-
nas arti fi cialmente camufl ado: o fato de que, queiram ou não
queiram, trata-se de uma empresa, antes de tudo, produti va
e rentável. Não deixem de acessar o site da Petrobras e ver a
demonstrações Financeiras. Leiam as notas explicati vas.
Ficamos à disposição para quaisquer esclarecimentos em
nosso e-mail: c.claudiooliveira@hotmail.com
Cláudio da Costa Oliveira Economista Aposentado da Petrobras
e ex-diretor do Sindipetro-ES
HOTEL ILHA DO BOI VITÓRIA/ES
Expediente Boca de Ferro - Informativo do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo - filiado à CUTwww.sindipetro-es.org.br - Responsabilidade Secretaria de Comunicação e Imprensa.
Tira
gem
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SEDE SÃO MATEUS - Rua João Evangelista Monteiro Lobato, 400, Sernamby, CEP 29930-840, (27) 3763 2640, saomateus@sindipetro-es.org.brSEDE VITÓRIA - Rua Carlos Alves, 101, Bento Ferreira, CEP 29050-040, (27) 3315 4014, vitoria@sindipetro-es.org.brSEDE LINHARES - Av. Governador Afonso Cláudio, 68, Q2, Bairro Juparanã, CEP 29900-632, (27) 33710195, linhares@sindipetro-es.org.br-COMUNICAÇÃO E IMPRENSA - (27) 99508 0399, imprensa@sindipetro-es.org.br EDITORAÇÃO E TEXTOS - Pulso Conteúdo LTDA, (27) 3376 4577/4576, pulso@pulsocomunicacao.comJORNALISTA RESPONSÁVEL - Mirela Adams | Registro Profissional: ES00651/JP
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