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ATSAvaliação de Tecnologias em Saúde
Dr Carlos Augusto Cardim de OliveiraCoordenador Técnico da CTNMBE
Conteúdo
• Cenários • Conceitos básicos• Como fazer• Quem faz• Como fazemos
Cenário I
0,005.000.000,00
10.000.000,0015.000.000,0020.000.000,0025.000.000,0030.000.000,00
Janeiro
Feve
reiro
Març
o
Abril
Maio
Junho
Julh
o
Agost
o
Sete
mbro
Outu
bro
Nove
mbro
Deze
mbro
Gasto Total do Plano SC Saúde
2006 2007 2008 2009 2010
Ano Média Mediana2006 9.130.363,40 10.784.100,67 2007 12.697.283,15 12.372.495,82 2008 14.486.192,29 14.259.938,11 2009 17.042.663,09 15.877.195,88 2010 17.622.732,85 18.601.290,61
Custos totais de um contrato de SC
ReflexosRN 32
Cenário II Envelhecimento populacional
(um contrato de SC)Idades No. beneficiários (mai/10)0 a 18 40.960 22,8%19 a 23 4.008 2,2%24 a 28 5.091 2,8%29 a 33 8.692 4,8%34 a 38 11.444 6,4%39 a 43 14.592 8,1%44 a 48 19.646 10,9%49 a 53 18.580 10,3%54 a 58 15.983 8,9%
> 59 41.043 22,8%180.039
42%49 a 53 18.580 10,3%54 a 58 15.983 8,9%
> 59 41.043 22,8%
Cenário IIIReflexos do cenário anterior
-
1.000,00
2.000,00
3.000,00
4.000,00
5.000,00
6.000,00
7.000,00
8.000,00
9.000,00
10.000,00
2007 2008 2009 jan/10 a mai/10
7.378,53 7.658,22 8.938,82 9.197,23
QUIMIOTERAPIA Custo Médio Mensal por paciente (R$)
(um contrato de SC )
Cenário IVEvolução tecnológica
O que deve ser incorporado
58 (14%) com
benefíciosuperior
133 novas moléculas
De 1998 a 2003
415 novosregistros no
FDA
Rev Saúde Pública 2010;44(3):421-9
Cenário IVJudicialização da Medicina
Alguns resultados• Em 2006, foram gastos 65 milhões de reais pelo estado de SP com
decisões judiciais para atender 3.600 pessoas (R$18.056,00/pessoa)
• Gasto total em medicamentos: 1,2 bilhão de reais (ações judiciais = 5,4%)
• Foram analisadas 2.927 ações ajuizadas por 565 agentes, dos quais 549 eram advogados particulares (97,2% do total de agentes)
• 35% das ações foram apresentadas por 1% dos advogados
• Mais de 70% das ações ajuizadas para certos medicamentos são de responsabilidade de um advogado.
Ainda sobre judicialização
• O sanitarista Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), apresentou recentemente tema de dissertação de mestrado sob o tema: “Os planos de saúde nos tribunais: uma análise das ações judiciais movidas por clientes de planos de saúde, relacionadas à negação de coberturas assistenciais no Estado de São Paulo”.
Alguns resultados• De um total de 478 menções, prevalecem as neoplasias (20,3%),
doenças do aparelho circulatório (16,3%) e doenças infecciosas (11,1%).
• Argumentos usados pelas operadoras para sua defesa em juízo: – existência de cláusula excludente no contrato; – doença preexistente; – o médico/hospital não credenciado; – a garantia de saúde irrestrita é dever do Estado e não do plano de
saúde; – o procedimento não está incluído na tabela AMB vigente; – a finalidade do procedimento é estética; – o usuário está inadimplente no pagamento da mensalidade; – o procedimento não está incluído no Rol de Alta Complexidade da
ANS.
Não estão sendoquestionadasevidências de efetividade?
http://extranet.ffm.br/default.aspx?pagid=JRICTNTI
20062007
20082009
2010
20
68 7375
Ações Judiciais em SC na área de autorizações (2006 - 2010)
ATSAvaliação de Tecnologias em Saúde
• Evoluiu a partir do final dos anos 70 com o propósito de unir a melhor evidência científica disponível para ajudar decisores, profissionais de saúde e pacientes a entender o valor relativo das tecnologias. (Gabbay 2006)
• ATS avalia a segurança, a efetividade, os custos das tecnologias e, idealmente, deve realizar uma avaliação mais ampla do ponto de vista ético e social.
• O conceito de tecnologia em saúde é definido de forma ampla e engloba todas as intervenções que possam ser utilizadas para promover a saúde, prevenir, diagnosticar ou tratar enfermidades e reabilitar ou cuidar em longo prazo de pacientes. (INAHTA, glosario de términos de ETS realizado en conjunto con HTAi - http://www.inahta.org/HTA/Glossary/).
Medicamentos
Procedimentos
Dispositivos
Sistemas de organização e suporte
• Por esta razão, ATS é considerada uma ponte entre o mundo da evidência e o mundo da tomada de decisões em saúde. (Battista 1999)
• A MBE foi definida por Sackett como o uso da melhor evidência disponível na toma de decisões sobre o cuidado de pacientes individuais (Sackett 1996)
• Ao ser empregada para a tomada de decisão sobre intervenções ou dispositivos destinados a procedimentos em saúde, a utilidade da MBE estende-se a grupos e populações
• ATS envolve um conceito amplo, ao considerar como a intervenção se integrará ao processo de cuidado clínico:– estrutura do sistema de saúde,– preços, – fabricantes relacionados e – fatores sociais como as preferências de saúde de uma
população
Perguntas em ATS
• A tecnologia é efetiva? A resposta depende de MBE
• Quais são os custos para a instituição pagadora?
• Como se comporta esta tecnologia quando comparada com as existentes?
• Quais são os requisitos organizacionais para que ela tenha bom desempenho?
• Pode estar disponível para todos?
Na ATS, a pergunta fundamental a ser respondida é
“esta tecnologia vale a pena?”
Desenvolvimentoda evidência MBE ATS
Funciona?
DiretrizesDecisãosobre
cobertura
Vale a pena?Pode
funcionar?
Adaptado de Drummond 2008
O processo da incorporação tecnológica
Quem faz ATS
International Network of Agencies for Health Technology Assessment
• Organização sem fins lucrativos criada em 1993 e hojecom 50 agências em 26 países. Todos os membros são organizações sem fins lucrativos ligadas a instituições governamentais
A Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) é uma rede de instituições que atuam com o objetivo de promover e difundir a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no Brasil. São princípios norteadores a qualidade e excelência na conexão entre pesquisa, política e gestão nas diversas fases de avaliação de tecnologias (incorporação, difusão, abandono), no tempo oportuno e no contexto para o qual a atenção é prestada.
Como nós fazemos
CTNMBE Unimed do Brasil
Claudia Regina de O. Cantanheda
Valfredo da Mota Menezes
Silvana Márcia Bruschi Kelles
Izabel Cristina A Mendonça
Maria Elisa Gonzáles Manso
Luiz Henrique P. Furlan
Alexandre Pagnoncelli
Jurimar Alonso
Giovanni Cesar Xavier Grossi
Francisco José de Freitas Lima
Carlos Augusto Cardim de Oliveira
CTNMBE
ColégioNacional Auditores
Ass MédicaUd Brasil
Federações
Singulares
Ass Jurídica
Pacientes
Câmara Oncologia
Cooperados
CTNMBE: processo de construção de recomendação
Solicitação de parecer sobre tecnologia vinda de auditores
Divulgação para toda a CTNMBE procurandosaber se alguém já está estudando o tema
Tema já estudado é divulgado aodemandante, ou inicia-se um novo estudo
Recomendação estadual é publicada para o estado e divulgada
Texto estadual é revisado por outros membrosda CTNMBE e levado para discussão na reuniãopresencial e publicação nacional e divulgação
Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Sistema Unimed (desde nov/05)
Recomendações publicadas no Portal Unimed
• 376 recomendações publicadas
•Abertas: 57
•Estaduais: 319
Contatos por e.mail e discussões em forum
Dois casos concretos
CASO CLÍNICO
Solicitação de tratamento.
ID: pact XX, 71 anos, masculino.HDA: Apresenta insuficiência arterial crônica dos MsIs. Evoluiu com dor em repouso no membro inferior direito. Apresenta lesões multi-segmentares nesta árvore arterial. Lesões na AFS, poplítea, tibial anterior, posterior e fibular.Co-morbidades: O paciente é portador de diabetes, cardiopatia isquêmica com IAM prévio e FE = 40%. Apresenta também varizes de MsIs e já foi safenectomizado bilateralmente.Realizou Angiotomografia (encaminho o laudo).Solicito tto. Endovascular com implante de stents no MID conforme a guia TISS já encaminhada.Att.Dr. XXXXXXXXX.
Solicitação de tratamento.
Solicitação para o Membro Inferior Direito.
1) Angioplastia de fem. superficial (AFS) e implante de stent.
2) Angioplastia de poplítea e implante de stent.
3) Angioplastia de tibial anterior e implante de stent.
4) Angioplastia de tibial posterior e implante de stent.
5) Angioplastia de peroneira e implante de stent.
A investigação de auxílio diagnóstico (Angiotomografia) identificou:
a) AFS (angioplastia de art fem) à direita: estenose moderada e focal.
b) A. profunda à direita não está descrita no laudo.
c)A. poplítea direita NÃO APRESENTA ESTENOSE SIGNIFICATIVA.
d) A. tibial anterior à direita ocluída.
e) Estenose significativa do tronco tibio-fibular, por CURTO SEGMENTO.
f) As artérias tibial posterior e fibular são pérvias distalmente.
Expliquei a colega que, as suas explicações/justificativas não suportam a absorção desta tecnologia para este paciente face às evidências disponíveis. .....O colega confirmou que tal estudo ainda não foi produzido e aceitou bem a argumentação...
Esclareci que não houve negativa do procedimento em si, mas sim um parecer favorável para o tratamento endovascularcom angioplastia "pura" das lesões e que os stents somente seriam autorizados após o envio de imagens que comprovassem complicações decorrentes da angioplastia passíveis de tratamento com stents seletivos.
Isto posto, encerramos o contato telefônico de maneira educada e ética.
Um caso oncológico• MF, atualmente com 40 anos • Adenocarcinoma de mama, T3 N1 M0, estadio III, diagnosticado
em 2006. Após cirurgia recebeu QT adjuvante...• Solicitado trastuzumab (Herceptin®) adjuvante em ago/06• Anátomo patológico T3 (7cm) N1. RE+ Cerb+++ (marcador
específico para uso de trastuzumab). Ecocardiograma normal. Recebeu Herceptin® adjuvante...
• Em jul/08 solicitado carboplatina, docetaxel e herceptin. Biópsia aspirativa demonstrando doença metastática em linfonodo subclavicular.
• O uso de carboplatina foi desencorajado pela ausência de evidências para doença metastática
Incorporações de tecnologias à cobertura da Unimed-BH em cinco anos
41%
22%
37%
Tecnologia incorporada
Tecnologia incorporadamediante critérios
Tecnologia não-incorporada
Análise comparativa da utilização de
41%
59%
Unimed A
30%
70%
Canadá
26%
74%
Unimed C
73%
27%
Unimed B
?
Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em
Evidência
Passo a passo para visualização das publicações no Portal Unimed
1° Passo
Abra o navegador e digite o endereço www.unimed.com.br/profissionaisdasaude
Recomendações Nacionais
2° Passo
Com a página aberta, clique na seção Conteúdo Científico, no menu lateral
3° Passo
A seção Conteúdo Científico conta com 3 subítens de menu. Clique em Câmara Nacional de MBE para chegar até as recomendações nacionais
4° Passo
Neste espaço estão publicadas todas as recomendações aprovadas pela Câmara Nacional de MBE. Clique sobre elas para saber mais
1° PassoRecomendações Estaduais
No navegador digite o endereço www.unimed.com.br e entre com
o seu login e sua senha
2° Passo
Com a página aberta, clique na seção Áreas e depois em Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidência
2° Passo
A busca pelas publicações estaduais pode ser feita através de palavras-chave ou pela seleção do estado
Obrigado!
cardim@portalunimed.com.brcardim@unimedsc.com.br
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