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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Tecnologia
Coordenação do Curso de Engenharia Ambiental
AUDITORIA DO PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL DO PRÉDIO DO
INSTITUTO DO CÉREBRO/UFRN
Dalila Medeiros de Araújo
Natal, novembro
2017
1
Dalila Medeiros de Araújo
AUDITORIA DO PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL DO PRÉDIO DO
INSTITUTO DO CÉREBRO/UFRN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como
parte dos requisitos para obtenção do título de
Engenheira Ambiental.
Orientadora: Profª. Msc. Larissa Caroline
Saraiva Ferreira
Coorientador: Prof. Dr. Lindolfo Neto de
Oliveira Sales
Natal, novembro
2017
2
3
DALILA MEDEIROS DE ARAÚJO
AUDITORIA DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL DO PRÉDIO DO INSTITUTO DO CÉREBRO/UFRN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal
do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do
título de Engenheira Ambiental.
Aprovado em: ___/___/____
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________________
Profª. Orientadora Msc. Larissa Caroline Saraiva Ferreira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Professora Orientadora – Presidente da Banca Examinadora
__________________________________________________________
Profª. Drª. Karina Patrícia Vieira da Cunha
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Examinadora Interna
__________________________________________________________
Prof. Msc. Marcos André Capitulino de Barros Filho
Universidade Potiguar – UNP
Examinador Externo
Natal, 27 de novembro de 2017
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus.
Segundo a minha família, em especial aos meus pais e minhas irmãs pelo apoio, tolerância e
dedicação.
A minha querida orientadora Profª. Msc. Larissa Caroline, por toda orientação, dedicação,
auxílio, confiança e tolerância na execução deste estudo.
A equipe da Obra do Instituto do Cérebro, pela disponibilidade dos dados que contribuíram
para o desenvolvimento da pesquisa.
Ao meu namorado Arnaud Abreu pela orientação e compreensão.
E a todos os amigos que me apoiaram em especial a Átina Brígida.
.
5
RESUMO
O setor da construção civil vem ampliando sua participação na economia atualmente e
enfrentando problemas no que diz a respeito à geração de resíduos e sua disposição final
inadequada. A fim de amenizar essa problemática e facilitar o gerenciamento dos resíduos da
construção civil (RCC), há a necessidade de elaborar um Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil (PGRCC) que atenda às exigências das legislações vigentes e
que haja uma fiscalização da sua execução. Dessa forma, este estudo teve como objetivo
realizar uma auditoria de conformidade para avaliar o PGRCC do Instituto do Cérebro (ICE),
localizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Campus Central em
Natal/ RN. Por meio de um levantamento bibliográfico, aplicação de questionário e realização
de visitas técnicas à obra, foi possível fazer uma avaliação da situação do gerenciamento em
comparação à legislação vigente brasileira, o cenário atual do gerenciamento da obra em
relação às ações previstas em seu PGRCC, e a proposição de melhorias para as não
conformidades encontradas. Em virtude de todas as análises realizadas, os resultados indicam
que o PGRCC executado na obra do ICE, apresentou algumas não conformidades em relação
à legislação vigente brasileira, as quais acarretam numa maior geração e desperdício de
matéria-prima, altos custos financeiros e a poluição do solo.
Palavras-chave: Legislações. Fiscalização. Avaliação.
6
ABSTRACT
The construction industry has been increasing its participation in the economy today and
facing problems regarding waste generation and its inadequate final disposal. In order to
mitigate this problem and facilitate the management of construction waste (CCW), there is a
need to prepare a Civil Construction Waste Management Plan (CCWMP) that meets the
requirements of current legislation and that there is a execution. Thus, this study aimed to
conduct a compliance audit to evaluate the CCWMP of the Brain Institute (BI), located at the
Federal University of Rio Grande do Norte (FURN), Campus Central in Natal / RN. Through
a bibliographic survey, questionnaire application and technical visits to the work, it was
possible to make an evaluation of the management situation in comparison to the current
Brazilian legislation, the current scenario of management of the work in relation to the actions
foreseen in its CCWMP, and the proposition of improvements for the nonconformities found.
Due to all the analyzes carried out, the results indicate that the CCWMP executed in BI work
presented some non-conformities in relation to the Brazilian legislation in force, which lead to
greater generation and waste of raw material, high financial costs and pollution from soil.
Keywords: Legislation. Oversight. Evaluation.
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Mapa aéreo de localização do Prédio do Instituto do Cérebro localizado no Campus
Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no município de
Natal/RN...................................................................................................................................14
Figura 2 – Fluxograma das etapas do Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil
executado na obra do Instituto do Cérebro no Campus Central da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte........................................................................................................................19
Figura 3 – Fluxograma do acondicionamento dos Resíduos da Construção Civil na obra do
Instituto do Cérebro localizado no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.....................................................................................................................................20
Figura 4 – Modelo do Controle de Transporte de Resíduos utilizado na obra do Instituto do
Cérebro para a retirada dos Resíduos da Construção Civil para a Usina de Reciclagem da
Empresa Duarte.........................................................................................................................21
8
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Comparação do conteúdo do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil do Instituto do Cérebro com o conteúdo mínimo exigido pela Lei 12.305/2010 que
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, classificado em categorias de atendimento
de conformidade ou não............................................................................................................16
Quadro 2 - Comparação do conteúdo do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil do Instituto do Cérebro com as diretrizes para o Gerenciamento dos Resíduos da
Construção Civil de acordo Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 307,
classificado em categorias de atendimento de conformidade ou não.......................................18
9
LISTA DE SIGLAS
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CTR Controle de Transportes de Resíduos
ECCL Empreendimentos e Construção Civil LTDA
ICE Instituto do Cérebro
PGRCC Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
RCC Resíduos da Construção Civil
RN Rio Grande do Norte
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11
2 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 14
2.1 Caracterização do local de estudo ................................................................................... 14
2.2 Coleta de dados ................................................................................................................. 14
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 16
3.1 Avaliação técnica e legal................................................................................................... 16
3.2 Cenário atual do gerenciamento da obra ....................................................................... 19
3.3 Proposições de melhorias ................................................................................................. 21
4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
APÊNDICE A – Questionário aplicado com o fiscal de obras da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte e o responsável técnico da obra do Instituto do Cérebro..........26
ANEXO A – Anotação de Responsabilidade Técnica do responsável técnico da obra do
Instituto do Cérebro................................................................................................................27
11
1 INTRODUÇÃO
A crescente produção de resíduos sólidos no mundo tem ocasionado impactos de
ordem ambiental, social, econômica e de saúde pública, sendo impulsionada pelo crescimento
populacional, além da geração desenfreada, descarte e disposição final inadequada desses
resíduos (LORDÊLO; EVANGELISTA; FERRAZ, 2006). Com isso, há a necessidade de
gerenciamento adequado, a fim de minimizar e/ou evitar tais impactos (GONÇALVES et al.,
2010).
Dentre os diversos tipos de resíduos gerados, destacam-se os resíduos da construção
civil (RCC), provenientes de um setor que vem ampliando sua participação na economia nos
últimos anos e enfrentando problemas no que diz a respeito à grande geração de resíduos e
sua disposição final irregular (SILVA et al., 2010).
No que tange ao gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil, tem-se a Lei nº 12.305
de 2 de agosto de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a qual
define os RCC como os resíduos gerados nas construções, em reformas, em reparos e em
demolições de obras de construção civil, como também os resultantes da preparação e
escavação de terrenos para obras civis (BRASIL, 2010).
Os RCC quando dispostos de forma irregular podem ocasionar a poluição do lençol
freático e do solo, danos à drenagem urbana intensificando as enchentes, o favorecimento da
proliferação de insetos (ratos, baratas e mosquitos) e de outros vetores de doenças (PINTO,
1999).
Apesar da problemática trazida com os RCC, a reciclagem é uma opção para
minimizar a quantidade de resíduos que precisam ser dispostos, além de reduzirem o uso de
novas matérias primas na fabricação de insumos. Nesse contexto, as reciclagens do tipo
primária e secundária são as opções mais utilizadas no mercado (JOHN, 2001).
A reciclagem do tipo primária, por exemplo, ocorre quando o resíduo é reciclado
dentro da própria obra, com o uso de pequenos trituradores ou moinho do tipo queixada, os
resíduos de concreto, argamassa, alvenaria e cerâmica são fragmentados nos trituradores e
encaminhados em baias para futuras utilizações, e no moinho tipo queixada, são triturados e
podem ter granulometrias diferentes, nele, podendo ser produzidos a brita 0, brita 01 e pó de
pedra reciclados. A reciclagem secundária, pode ser considerada quando os resíduos são
destinados às usinas de reciclagem, estas apresentam maiores capacidades de produção com
triturares, moinhos elétricos e controle tecnológico (JOHN, 2001).
12
As principais aplicações da reciclagem primária são na reutilização de fabricação de
peças que podem ser utilizadas e fabricadas de forma fácil e artesanal, como: meio fio, chapin
de muro, degraus de escada, enfeites de jardim e como agregado no concreto de calçadas. Por
outro lado os resíduos provenientes da reciclagem secundária são comumente utilizados em
base e sub-base de pavimentação, bloquetes e peças pré-moldadas não estruturais. Sendo
assim, torna-se interessante que o setor da construção civil desenvolva a capacidade para
reciclar seus próprios resíduos, uma vez que irá reduzir os impactos ambientais provenientes
desse setor, os custos financeiros da disposição final e promover a inclusão social (JOHN,
2000).
A fim de facilitar o gerenciamento dos RCC, há a necessidade de elaborar um Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), que consiste em um documento
técnico que trata das atividades que devem ser realizadas dentro dos canteiros de obras,
ligadas diretamente com a geração e o manuseio dos resíduos, para que seja possível a sua
redução e a implantação da reciclagem (NAGALLI, 2014).
De acordo com a PNRS, os geradores de RCC estão sujeitos à elaboração do PGRCC
e devem obedecer ao seguinte conteúdo mínimo: a descrição do empreendimento ou
atividade; o diagnóstico dos resíduos sólidos gerados (origem, volume e caracterização),
incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; a definição dos responsáveis pelas
etapas do gerenciamento e dos procedimentos operacionais; a identificação das soluções
associadas ou compartilhadas com os outros geradores; as ações preventivas e corretivas a
serem aplicadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes; as metas e
procedimentos concatenados à minimização da geração de resíduos sólidos, à reutilização e
reciclagem; medidas saneadoras dos passivos ambientes relacionados aos resíduos sólidos; e
periodicidade de sua revisão (BRASIL, 2010).
Além da Lei 12.305/2010 que trata do gerenciamento dos resíduos sólidos, tem-se a
Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002 que estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para gestão dos resíduos da construção civil, abordando de forma específica
sobre a correta elaboração do PGRCC. O gerenciamento dos RCC deve apresentar um
conjunto de ações operacionais que tem como intuito minimizar a geração dos mesmos e os
possíveis impactos ambientais decorrentes da falta do gerenciamento adequado (CONAMA,
2002). Assim, é comum estarem estruturados através de um PGRCC o seu planejamento,
diagnóstico e/ou prognóstico de resíduos, delimitação e delegação de responsabilidades
13
práticas, procedimentos e recursos, e por fim atividades de capacitação e treinamento
(NAGALLI, 2014).
Entre as etapas de elaboração e execução de um PGRCC, o monitoramento das ações
previstas visa garantir que o plano está sendo bem executado. Para tanto, a utilização de
periódicas auditorias auxilia na avaliação de atividades, eventos, sistemas de gestão e
condições ambientais especificadas ou as informações a estes se estão em conformidade, além
de informar os resultados (CONAMA, 2002).
Dentre os diversos tipos de auditorias, a auditoria de conformidade legal, também
conhecida como compulsória, tem por finalidade verificar se atividade está em adequação
com as legislações aplicáveis ao seu escopo, ou seja, serve como uma ferramenta para
concluir se está ou não em conformidade com os padrões legais vigentes ao tipo de atividade
desenvolvida (TCU, 2010).
Desta forma, se a auditoria ambiental for realizada de maneira correta e responsável,
contribui para elaboração e/ou adaptação do PGRCC, pois pode ser uma grande fonte de
informações, auxiliando nas tomadas de decisões, como na identificação e evidência das
conformidades e/ou desconformidades com as leis e resoluções vigentes do setor da
construção civil.
Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma auditoria da
execução do PGRCC da Construção do Prédio do Instituto do Cérebro (ICE) localizado na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Campus Central em Natal, Rio
Grande do Norte (RN), analisando se há conformidade com a Lei 12.305/2010 e a Resolução
CONAMA 307/2002. Além disso, o cenário atual do gerenciamento foi comparado com as
ações previstas no PGRCC e para os pontos em não conformidade, foram propostas
melhorias.
14
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Caracterização do local de estudo
O trabalho foi desenvolvido na obra em andamento do Instituto do Cérebro (ICE), que
fica localizado no campus central da UFRN, no munícipio de Natal/RN (Figura 1). Trata-se
de uma edificação contendo 06 pavimentos e com uma área total a ser edificada de
6.912,83m².
Figura 1- Mapa aéreo de localização do Prédio do Instituto do Cérebro localizado no Campus Central da UFRN,
no município de Natal/RN.
Fonte: Google Earth, 2017.
O ICE está atualmente em construção e a empresa contratada para execução da obra
foi a Empreendimentos e Construção Civil LTDA (ECCL) por meio de licitação. É de total
responsabilidade da própria empresa a elaboração e execução do seu PGRCC.
A construção da obra iniciou-se em 01 de dezembro de 2015 e com previsão de
término 01 de janeiro de 2017, no entanto a obra encontra-se em atraso. Atualmente a obra
está na fase de: vedações (alvenaria), esquadrias, revestimentos e cobertura, contando com
uma média de 70 funcionários trabalhando no local.
2.2 Coleta de dados
Com o intuito de observar se o PGRCC executado pela empresa está em
conformidade, inicialmente foi realizada uma comparação entre o conteúdo atual do PGRCC
15
do ICE com os conteúdos mínimos exigidos pela Lei 12.305/2010 e as diretrizes para o
gerenciamento dos RCC de acordo com a Resolução CONAMA 307/2002.
Em seguida, foi realizada a coleta de informações na obra, por meio de visitas técnicas
ao local, nas quais foram coletadas informações detalhadas através de uma conversa informal
com o fiscal de obras da UFRN sobre as etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos
(caracterização, triagem, acondicionamento, coleta e transporte, e destinação final), além da
solicitação de acesso aos documentos pertinentes à obra, como o PGRCC, a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) e o Controle de Transportes de Resíduos (CTR), assim
como, registros fotográficos.
Ademais, as visitas serviram para conhecer melhor o local em estudo, os tipos de
resíduos que a obra está gerando, a participação dos funcionários quanto à adequação da
empresa ao plano e o cenário atual do gerenciamento dos RCC no ICE.
Em uma das visitas técnicas foi aplicado um questionário direto (Apêndice A) com
perguntas fechadas e abertas, com o fiscal responsável da UFRN e o responsável técnico da
empresa responsável pela construção do ICE. Na oportunidade, foram abordadas questões
relevantes para o desenvolvimento deste estudo.
Por fim, após o levantamento de dados, foi realizado o diagnóstico de conformidade,
classificando o atendimento ou não da legislação através de categorias, sendo definidas como
“atende totalmente”, “atende parcialmente” e “não atende” com base no conteúdo mínimo
exigido pela Lei 12.305/2010 e as diretrizes para o Gerenciamento dos RCC de acordo com a
Resolução CONAMA 307, comparando a situação do gerenciamento atual da obra com o que
consta no PGRCC elaborado. Além disso, foram propostas melhorias para as não
conformidades encontradas.
16
3 RESULTADO E DISCUSSÃO
3.1 Avaliação técnica e legal
Para avaliação de conformidade do PGRCC do ICE através de comparação com a Lei
12.305/2010, foi possível construir o Quadro 1.
Quadro 1 – Comparação do conteúdo do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Instituto
do Cérebro com o conteúdo mínimo exigido pela Lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, classificado em categorias de atendimento de conformidade ou não.
Conteúdo mínimo para a elaboração do
PGRCC, de acordo com a Lei
12.305/2010.
Classificação quanto ao
atendimento do PGRCC do
ICE ao requisito da Lei.
Justificativa
Descrição do empreendimento ou atividade.
Atende totalmente
Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados
(origem, volume e caracterização),
incluindo os passivos ambientais a eles
relacionados.
Atende parcialmente
Sem quantificação do
volume dos resíduos
gerados.
Definição dos responsáveis pelas etapas do
gerenciamento e dos procedimentos
operacionais.
Atende parcialmente
Sem definição dos
responsáveis pelos os
procedimentos
operacionais.
Identificação das soluções associadas ou
compartilhadas com os outros geradores.
Não atende
Ações preventivas e corretivas a serem
aplicadas em situações de gerenciamento
incorreto ou acidentes.
Atende parcialmente
Sem adoção de ações
corretivas.
Metas e procedimentos concatenados à
minimização da geração de resíduos sólidos,
à reutilização e a reciclagem.
Atende totalmente
Medidas saneadoras dos passivos ambientes
relacionados aos resíduos sólidos.
Não atende
Periodicidade de sua revisão.
Não atende
Fonte: Próprio autor, 2017.
Para os itens classificados como “atende parcialmente”, seguem as justificativas de
acordo com o item abordado:
17
O item que se refere ao diagnóstico dos resíduos sólidos gerados (origem,
volume e caracterização), incluindo os passivos ambientais a eles relacionados,
não há a quantificação de volume, visto que, não dar para quantificar a
quantidade exata de caçambas estacionárias para o acondicionamento, a
periodicidade da coleta para disposição final dos resíduos e com isso pode
gerar altos custos financeiros, multas e embargo da obra em caso de
fiscalização dos órgãos ambientais;
O item sobre definição dos responsáveis pelas etapas do gerenciamento e dos
procedimentos operacionais, não consta os responsáveis pelos os
procedimentos operacionais. Isso pode acarretar em mal gerenciamento, pois
para cada tipo de procedimento operacional é necessário um responsável, pode
influenciar na qualidade e prazo do produto final;
O item referente às ações preventivas e corretivas a serem aplicadas em
situações de gerenciamento incorreto ou acidentes, não apresentou as ações
corretivas nessas situações. Dessa forma sem adoção dessas ações pode
ocasionar em afastamento de funcionários por acidente, doença, problemas em
fiscalizações relacionados à segurança do trabalho, multas e embargo total ou
parcial da obra.
Quanto aos itens classificados como “não atende”, não foram mencionados no
PGRCC. Segue abaixo as consequências advindas da não abordagem desses itens.
O item em relação a não identificação das soluções associadas ou
compartilhadas com os outros geradores acarreta em altos custos econômicos
para execução da obra. Visto que, pode reduzir custos quando tem várias
pessoas envolvidas com o mesmo objetivo;
O item sobre a não adoção das medidas saneadoras dos passivos ambientes
relacionados aos resíduos sólidos traz consigo problemas em relação a não
proteção e recuperação do meio ambiente, advindos de atividades humanas que
causem danos ambientais;
O item referente a não periodicidade da revisão do plano, ocasiona em um
PGRCC ineficiente. Visto que, as legislações vão se renovando com o passar
do tempo, havendo o surgimento de novas tecnologias sustentáveis, além do
18
mais, sempre há uma maneira de aperfeiçoar o PGRCC à medida que vai sendo
executado.
Para avaliação de conformidade do PGRCC do ICE através de comparação com a
Resolução CONAMA 307/2002, foi possível construir o Quadro 2.
Quadro 2 – Comparação do conteúdo do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Instituto
do Cérebro com as diretrizes para o Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil de acordo com a resolução
do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 307, classificado em categorias de atendimento de conformidade ou
não.
Diretrizes para o gerenciamento dos
RCC de acordo com Resolução
CONAMA 307/2002.
Classificação quanto ao
atendimento do PGRCC do ICE
as diretrizes da resolução
Justificativa
Classificação dos resíduos em: Classe
A, Classe B, Classe C e Classe D.
Atende parcialmente
Classificação incorreta do
gesso e das substãncias de
amianto.
Os geradores deverão ter como
objetivo prioritário a não geração de
resíduos e, secundariamente, a
redução, a reutilização, a reciclagem, o
tratamento dos resíduos e a disposição
final ambientalmente adequada dos
rejeitos.
Atende parcialmente
Sem tratamento dos resíduos.
Constar das seguintes etapas do
PGRCC: caracterização, triagem,
acondicionamento, transporte e
destinação.
Atende parcialmente
Sem quantificação dos resíduos
gerados na parte de
caracterização.
Fonte: Próprio autor, 2017.
Para os itens classificados como “atende parcialmente”, seguem as justificativas de
acordo com o item abordado:
O item que trata de classificação dos resíduos apresenta incoerências, visto que
o gesso foi classificado como sendo classe C, quando na verdade deveria ter
sido classificado na classe B, de acordo com a Resolução CONAMA nº 431 de
24 de maio de 2011. Além disso, as substâncias de amianto deveriam ter sido
classificadas na classe D, de acordo com a Resolução CONAMA nº 348 de 16
de agosto de 2004, e não na classe C que é classificação mais antiga. Contudo,
é importante que o PGRCC siga as legislações mais recentes, pois quando for
feito o acondicionamento e a disposição final dos resíduos, eles devem ser
separados de acordo com a sua classificação mais recente, além de que para
cada classe de resíduos tem um custo diferente.
19
O item que se refere que os geradores deverão ter como objetivo prioritário a
não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a
reciclagem, o tratamento dos resíduos e a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, foi notório que não há nenhuma preocupação em relação
ao tratamento dos resíduos. Dessa forma, dependendo do tipo de resíduo deve-
se fazer o seu tratamento antes da sua disposição final, uma vez que pode
acarretar em danos ambientais e a saúde publica, como poluição do solo, do
lençol freático e disseminação de doenças;
Sobre o item em que devem conter as etapas do PGRCC, o item de
caracterização está incoerente, pois não foi apresentado a quantificação dos
resíduos. Dessa maneira pode ter altos custos econômicos, pois não se tem a
quantidade de resíduos gerados e dessa forma não se sabe a quantidade exata
de caçamba estacionária e a periodicidade da disposição final dos resíduos.
3.2 Cenário atual do gerenciamento da obra
O gerenciamento dos RCC da obra do ICE inclui as seguintes etapas, que serão
representadas conforme o fluxograma da Figura 2.
Figura 2 – Fluxograma das etapas do Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil executado na
obra do Instituto do Cérebro no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Fonte: Próprio autor, 2017.
No que se refere ao acondicionamento, os resíduos das classes A, B e C são
acomodados em bombonas plásticas com capacidade de até 200 litros, baias de alvenaria e
caçambas estacionárias (Figura 3). Referente aos resíduos da classe D, não são acomodados
Gerenciamento dos RCC:
Acondicionamento
Coleta e Transporte Interno
/ Coleta e Transporte
Externo
Destinação Final
20
em nenhum tipo de recipiente, visto que a etapa em que a obra se encontra não há geração
desses resíduos.
Figura 3 – Fluxograma do acondicionamento dos Resíduos da Construção Civil na obra do Instituto do
Cérebro localizado no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Fonte: Próprio autor, 2017.
Quanto à coleta e transporte interno, os RCC são transportados do ponto de geração
através de carrinhos de mão até os locais onde estão instaladas as caçambas estacionárias. A
coleta e transporte externo é realizado pela empresa Duarte, em média de 01 vez por semana,
esses resíduos são transportados por um caminhão da própria empresa até a Usina de
Reciclagem da empresa Duarte. A retirada dos RCC segue a legislação que orienta a
utilização do Controle de Transporte de Resíduos (CTR), que deve ser constituída de 03
guias, permanecendo 01 delas na obra, outra com a empesa que executa o transporte e a outra
no local em que se destina esse resíduo.
No entanto, observa-se que não há o preenchimento dos campos referentes à
destinação, e ao gerador na parte do CNPJ e licença/alvará (Figura 4), visto que é importante
o preenchimento de todos os itens, para que se tenha um controle da destinação final desses
resíduos e se o mesmo está sendo descarregado no local adequado, pois caso venha a surgir
algum problema tem como provar a destinação adequada.
Acondicionamento
Bombona plástica Baia de alvenaria
Caçamba estacionária
21
Figura 4- Modelo do Controle de Transporte de Resíduos utilizado na obra do Instituto do Cérebro para a
retirada dos Resíduos da Construção Civil para a Usina de Reciclagem da Empresa Duarte.
Fonte: Próprio autor, 2017.
3.3 Proposições de melhorias
Após observar algumas não conformidades quanto à adequação do plano aos
conteúdos mínimos e quanto ao atual gerenciamento do RCC, faz-se necessária a proposição
de algumas melhorias a fim de contribuir para o correto gerenciamento dos RCC da obra e
adequação as normas vigentes.
Em relação ao não atendimento total de todos os itens das legislações, se faz
necessário à adequação no que se refere:
Á quantificação do volume de cada tipo de resíduos para que se tenha um
controle na quantidade de caçambas estacionárias para comprar e a
periodicidade para disposição final dos resíduos, visando à redução de custos
financeiros;
22
A definição dos responsáveis pelos os procedimentos operacionais a fim de que
não se tenha problemas na execução e no prazo final de entrega da obra;
A adoção de ações corretivas, para minimizar os impactos gerados na obra e se
tenha um ambiente de trabalho sustentável e seguro;
A correta classificação do gesso e as substâncias de amianto para o
acondicionamento e disposição final adequados, e redução nos custos
financeiros, pois para cada tipo de resíduo são cobrados valores distintos;
Realizar o tratamento dos resíduos para que não venha contaminar o solo, o
lençol freático e disseminar doenças;
Fazer a identificação das soluções associadas ou compartilhadas com os outros
geradores para minimizar os custos financeiros;
Adotar medidas saneadoras dos passivos ambientes relacionados aos resíduos
sólidos para proteger e recuperar o meio ambiente degradado pela ação
antrópica, por meio da plantação de árvores em outras áreas, por exemplo;
E realizar uma revisão periódica do plano com o propósito de atualizá-lo para
as novas normas em vigor e buscar sempre aperfeiçoar o PGRCC quando
necessário.
Quanto à fiscalização na obra, observou-se que é por meio do fiscal de obras da UFRN
que é executado, contudo é importante à realização da fiscalização em relação ao meio
ambiente e à segurança do trabalho, visto que necessita de profissionais qualificados nessas
áreas, pois eles têm um olhar mais criterioso em relação aos cuidados com o meio ambiente e
a segurança do trabalhador, pois auxilia nas tomadas de decisões, como na identificação e
evidência das conformidades e/ou desconformidades com as leis e resoluções vigentes e
ajudando ainda na prevenção de acidentes e/ou mitigação dos impactos ambientais.
Ademais, implantar de forma efetiva o Plano de Capacitação com os funcionários em
relação à preservação do meio ambiente, por meio de reuniões e treinamentos envolvendo o
não desperdício de material, organização, reutilização e reciclagem, devendo ocorrer a cada
três meses através de um profissional qualificado, visto que auxilia na conscientização dos
mesmos em preservar o ambiente de trabalho e o meio ambiente.
23
4 CONCLUSÃO
Em virtude de todas as análises realizadas, conclui-se que o PGRCC executado na
obra do ICE, apresentou algumas não conformidades, pois não atende a tais critérios como: a
identificação das soluções associadas ou compartilhadas com os outros geradores; adoção de
medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos; a
periodicidade de sua revisão; a quantificação do volume de resíduos gerados na obra; a
definição dos responsáveis pelos os procedimentos operacionais; a adoção de ações corretivas
em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes; a classificação correta do gesso e das
substâncias de amianto; e o tratamento dos resíduos; que são requisitos mínimos de conteúdo
dos PGRCC referentes à Lei 12.305/2010 e as diretrizes para o gerenciamento dos RCC de
acordo com a Resolução CONAMA 307/2002.
Visto que o não atendimento a todas as exigências legais traz consigo alguns
problemas como uma maior geração e desperdício de matéria-prima, altos custos financeiros e
alguns impactos ambientais, como a poluição solo e do lençol freático. Uma vez que um
PGRCC mal executado acarreta consigo inúmeros problemas sejam eles ambientais,
econômicos e de saúde pública.
24
REFERÊNCIAS
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de
Julho de 2002. Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização
de auditorias ambientais. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2002. Disponível em: <
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Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
da construção civil. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307>. Acesso em: 5 de maio de
2017.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº. 348, de 16 de
Agosto de 2004. Altera a Resolução CONAMA n° 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o
amianto na classe de resíduos perigosos. Diário Oficial da União. Brasília/DF, 2004.
Disponível em:< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=449> . Acesso
em: 5 de maio de 2017.
BRASIL, Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS). Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 5
de maio De 2017.
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Campus Francisco Beltrão. Paraná: Revista Brasileira de Ciências Ambientais, mar. 2010.
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Doutorado, Engenharia Civil – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo,
2000.
JOHN, Vanderley Moacyr. Desenvolvimento Sustentável, Construção Civil, Reciclagem e
Trabalho Multidisciplinar. Texto técnico. 2001. Disponível em:
<http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm>. Acesso em 10 mar. 2017.
LORDÊLO, P. M.; EVANGELISTA, P. P. A.; FERRAZ, T. G. A. Programa de gestão de
resíduos em canteiros de obras: método, implantação e resultados. In: Programa de
Gestão de Resíduos Sólidos da Construção Civil, SENAI/BA, 2006.
NAGALLI, André. Gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil. São Paulo:
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25
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urbana. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. p.189, São
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betuminosa em pavimento urbano em Goiânia – GO. Goiás: Revista Brasileira de Ciências
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http://portal.tcu.gov.br/controle-externo/normas-e-orientacoes/normas-tcu/auditoria-de-
conformidade.htm>. Acesso em: 10 de jun. de 2017.
26
APÊNDICE A – Questionário aplicado com o fiscal de obras da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte e o responsável técnico da obra do Instituto do Cérebro
OBRA:
EMPRESA RESPONSÁVEL:
RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EMPRESA:
FISCAL DA UFRN:
QUESTIONÁRIO AVALIATIVO SOBRE A EXECUÇÃO DO PGRCC
1- A EMPRESA POSSUI PGRCC?
( )SIM ( )NÃO
2- COMO É FEITO O MONITORAMENTO DE EXECUÇÃO DO PGRCC?
3- QUAL A QUANTIDADE MÉDIA DE RESÍDUOS QUE SÃO GERADOS PELA OBRA?
4- QUAIS SÃO OS TIPOS E CLASSES DE RESÍDUOS QUE SÃO GERADOS?
5- COMO É FEITA A CARACTERIZAÇÃO, TRIAGEM, ACONDICIONAMENTO E
TRANSPORTE DESSES RESÍDUOS?
6- QUAL A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS GERADOS NA OBRA?
7- HÁ A UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS RECICLADOS NA OBRA?
( )SIM ( )NÃO
8- QUAIS SÃO OS RESÍDUOS RECICLADOS E EM QUE SÃO APLICADOS NA OBRA?
9- A EMPRESA EXIGE O CTR DO RESPONSÁVEL PELA DESTINAÇÃO FINAL DOS
RESÍDUOS?
( )SIM ( )NÃO
10- EXISTEM CAMPANHAS EDUCATIVAS OU DIÁLGOS RELACIONADOS A MEIO
AMBIENTE?
( )SIM ( )NÃO
11- A OBRA OU A EMPRESA JÁ FOI SUBMETIDA A ALGUM TAC (TERMO DE
AJUSTAMENTO DE CONDUTA) AMBIENTAL? SE SIM, PODERIA EXEMPLIFICAR?
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ANEXO A – Anotação de Responsabilidade Técnica do responsável técnico da obra do
Instituto do Cérebro
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