View
125
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
AULA 2 – Patrícia Noleto dos Santos
1
Nestes tempos de globalização e reestruturação competitiva, as
empresas que se preocupam com a ética e conseguem converter suas preocupações em práticas efetivas,
mostram-se mais capazes de competir com sucesso e conseguem obter não
apenas a satisfação e a motivação dos seus profissionais, mas também
resultados compensadores em seus negócios.
2
Ética expressa os valores da Verdade: • Respeito à vida; • Respeito a dignidade humana; • Respeito à liberdade responsável; • Respeito ao trabalho; • Respeito ao bem-comum
A ÉTICA é a parte essencial da consciência humana, desenvolvida pela educação, que se revela pelo nível de
maturidade, que forma a cultura.3
O discurso ético é a pratica das organizações fazem lembrar o axioma popular: de boas intenções o inferno
esta cheio. No entanto por estarmos vivendo um
momento importante de renascimento moral , nesse sentido ,as boas
intenções são validas como inicio de processo
4
A ética empresarial pode ser entendida como um valor da organização que
assegura sua sobrevivência, sua reputação e, consequentemente, seus bons resultados. Para Moreira, a ética empresarial é "o comportamento da
empresa - entidade lucrativa - quando ela age de conformidade com os
princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade”
5
A ética é determinada pela cultura? Em uma tribo de canibais, é ético comer o semelhante? Por ser lei, é ético? Por
ser costume , e ético? Justifica-se uma “ética de conveniência” e de
“circunstancialidade”
6
A aplicação da ética nas profissões e nas organizações é de suma importância para
a sobrevivência dessas. Estas vêm percebendo a necessidade de utilizar a
ética, para que os “stakeholders” tenham uma melhor visualização da sua imagem que permitirá, ou não, um crescimento da
relação entre funcionários, clientes, os fornecedores, os sócios, o governo etc.
7
Desse modo, é relevante ter consciência de que toda a sociedade
vai se beneficiar através da ética aplicada dentro da empresa. Se a empresa agir dentro dos padrões
considerados éticos, ela só tende a crescer, desde a sua estrutura em si,
como aqueles que a compõem.
8
Não se trata mais de opção ser ético e sim de uma necessidade real e presente. A sobrevivência de uma empresa ou um profissional esta ligada diretamente ao
seu conceito ético perante a sociedade. A Ética, é essencial à vida em todos os seus aspectos, seja pessoal, familiar, social ou
profissional.
9
Assim, enquanto profissionais e pessoas, dependendo de como nos comportamos, por
exemplo, em nossas relações de trabalho, podemos estar colocando seriamente em risco nossa reputação, nossa empresa e o
sucesso em nossos negócios.
A sobrevivência e evolução das empresas e de seus negócios, portanto, estão associadas cada vez mais a sua capacidade de adotar e
aperfeiçoar condutas marcadas pela seriedade, humildade, justiça e pela
preservação da integridade e dos direitos das pessoas
10
As transformações tem acontecido de forma relâmpago, havendo uma
necessidade de valores interiorizados para um alinhamento de decisões. A avaliação de um profissional deve ser
feita através de referências reais e tangíveis, como marca, imagem,
prestígio e confiabilidade, decidem a preferência e garantem a continuidade.
11
Estamos vivendo um momento importante de renascimento moral, no
esboçar de uma nova consciencialização. Nesse sentido, as boas intenções são
válidas como início de processo e garantia de continuidade. A consciencialização tem
esse mérito: provoca desconforto com relação às situações negativas vigentes.
12
Ser ético no nosso comportamento significa: dar a informação relevante,
avaliar e fornecer feedback, abrir espaço à contribuição criativa, institucionalizar
canais de comunicação. Ética é vida! Sem princípios éticos é
inviável a organização social. Ética Empresarial é a alma do negócio. È o que
garante o conceito púbico e a perpetuidade
13
Há traços culturais em nossa realidade organizacional que exigem substancial
revisão, para preservar a Ética e a imagem institucional:
Autoritarismo- Concentração do poder, dominação, tendência a fragmentação
( ilhas do poder nas organizações );
14
Paternalismo – reflete a corrupção do poder, privilégios, assistencialismo
opressor;
Individualismo – compreende competição predatória, egoísmo, falta de visão social;
Consumismo – Expressão de possessividade , canibalismo social, ânsia
obsessiva de possuir mais , cada vez mais.
15
Dignidade/Responsabilidade – Sem que se valorize o homem, abrindo espaços
para sua participação criativa e decisória, é inútil pensar em Ética;
Igualdade e oportunidade – o estabelecimento de privilégios,
decorrentes de indefinições políticas e preferenciais , inviabiliza qualquer
intenção de ética;
16
Liberdade – Em uma cultura de escravos , não há ética que resista;
Direitos humanos – sem que se regulem, com precisão e clareza ,
direitos e obrigações , que consultem o bem comum, ser ético torna-se um milagre que , graças a Deus, ainda
existe.
17
Ser competente envolve em ser ético!
A visão imediatista é anti-ética, pois não respeita valores. Vale tudo para obter resultados: o concorrente tem que ser eliminado,. o cliente tem que
ser "encantado " a qualquer preço
18
Lembre-se• Profissionais competentes e Lembre-se• Profissionais competentes e aéticos frequentemente ganham aéticos frequentemente ganham
negócios ... e perdem a empresa. O negócios ... e perdem a empresa. O oportunismo mata a oportunidade.oportunismo mata a oportunidade.
19
O lucro é condição para perpetuidade da empresa ;não há o que questionar,
a não ser quanto à imprescindível necessidade de que aja uma ética do
Lucro, para que não se viva as contradições que atormentam o espírito e levam a toda sorte de distorções e erros operacionais.
20
• A ética do lucro importa que se contemplem quatro condições essenciais e simultâneas de um empreendimento:
Empresa – é a parte do lucro direcionada aos reinvestimentos, que asseguram a
sobrevivência e o desenvolvimento empresarial(renovação continua);
Capital – é a parte destinada a justa remuneração aos investidores, que
bancam o risco ( retribuição societária );
21
Trabalho – é a parte para a remuneração, com justiça , aos agentes produtivos
( salário justo );
Comunidade – é a parte que visa a retribuição à sociedade, pelo sucesso do empreendimento ( solidariedade
social ).
22
O foco da ética deve ser o homem, em dignidade e oportunidades. O homem em
equipes inteligentes, integrado e interagindo.
A consciência ética resulta dessa sinergia. O homem não subsiste sozinho. Sem a
equipe, sem o outro, torna-se uma abstração social, manipulável e excluído.
É a ética da solidariedade que dá sustentação a uma equipe e a torna
indestrutível. Não há vida social autêntica sem fundamentação ética.
23
O lucro é objetivo dos negócios, que a empresa desenvolve para realizar sua missão de servir ao cliente. O lucro é exatamente isso: remuneração pelos
serviços prestados.
Muitos são os empresários que praticam o discurso radical: "o objetivo de nossa
empresa é lucrar". Com isso induzem ao "vale tudo pelo lucro" Este conceito
introduz-se no espírito do empregado e torna-se princípio de cultura, e a ética vai para o arquivo morto, desenterrada em
momentos de festa, em arroubos oratórios. Mas os tempos estão mudando.
24
No século XXI
Depois dos escândalos com a empresa norte americana Eron, os debates sobre a ética e
transparência nos negócios levaram a criação da lei Sarbanes & Oxley que marca e regulamenta a
evolução da ética nos negócios.
A Lei Sarbanes-Oxley é uma lei americana que teve sua criação motivada por escândalos
financeiros corporativos, essa lei foi redigida com o objetivo de evitar o esvaziamento dos
investimentos financeiros e a fuga dos investidores causada pela aparente insegurança a respeito da
governança adequada das empresas.
A Sarbanes-Oxley, ou Sarbox ou ainda de SOX, visa garantir a criação de mecanismos de
auditoria e segurança confiáveis nas empresas, incluindo ainda regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e
operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou assegurar que
haja meios de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das
empresas.
Muitas empresas com operações financeiras no exterior seguem a Sarbox. Petrobras, GOL Linhas
Aéreas, Sabesp, TAM Linhas Aéreas, Brasil Telecom, Ultrapar (Ultragaz), a Companhia
Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar), Banco Bradesco, Banco Itaú, TIM, Vale
S.A., Vivo S.A, Natura Cosméticos S.A.
Sim , pois a garantia do bom conceito se traduz em confiabilidade fundamental para efetivar negócios.Quem vai querer trabalhar com pessoas e produtos não confiáveis?Vou me arriscar a estabelecer vínculos com empreendimentos duvidosos ?A obsessão por lucro acaba por gerar o não lucro, pois desgasta parceiros e inibe clientes, de onde dificilmente a Ética sai imune.
27
Possibilidades de construir uma cultura ética profissional e empresarial verdadeira e apropriada aos novos tempos;
Harmonia e equilíbrio dos interesses individuais e institucionais;Satisfação e motivação dos colaboradores e melhoria da sua qualidade de vida integral;
Fortalecimento das relações da empresa com todos os agentes envolvidos direta ou indiretamente com as suas atividades;
Melhoria da imagem e da credibilidade da empresa e de seus negócios;Melhoria da qualidade, resultados e realizações empresariais
28
O que motiva as pessoas é saber que estão comprometidas com um projeto de vida. O
que engaja vontades e inteligências são valores, sentimentos e ideias. Preservados esses, o ganho financeiro faz sentido como
estímulo positivo. Não é mais a “compensação à vampirização” a que se
sujeitam, na percepção distorcida do trabalho como “ meio de morte”, compelidas a empenhar a saúde e a alma na conquista
da remuneração. A materialidade dessa constatação é frequentemente camuflada
pela teatralidade das mordomias e dos altos ganhos.
29
"As moedas valem pelas lágrimas que podem enxugar e pela paz que podem proporcionar"
(HUGO, op. cit., p. 356-357).
30
"O homem atestará a vitória da sua cultura ética quando resolver os problemas da miséria
social" (HUGO, 1991, p. 340);
Recommended