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3v
Brasil, julho de 2020
Professor Vinícius Vanir Venturini
Itinerário - EsPCEx
Aula 10 – agentes externos, ou modeladores
do relevo, rios aéreos, e diferentes formas
erosão.
3v
Intemperismo- conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a
desintegração e a decomposição das rochas -
Agentes modeladores do relevo- forças exógenas -
ÁguaChuva - pluvial
●voçoroca
●ravina
●chaminé de fada
Rio - fluvial
●vale aluvial
●cânions/vale
Neve - glacial
●morainas
●fiordes
Mar - marinha
●falésias
Vento(eólico)
Em regiões áridas
(desérticas), e
semiáridas a erosão
eólica produz feições
abruptas, ou angulares
no relevo.
●dunas
●inselbergs
TemperaturaA variação da
temperatura promove a
dilatação e contração
das rochas diariamente.
●esfoliação esferoidal
●cunha de congelamento
AntrópicaO homem acelera o
processo quando
interfere na
natureza retirando
a cobertura vegetal,
degradando a mata
ciliar.
VegetalRaízes das plantas
(pressionando as
fendas das rochas).
hidrólise - química
●calcária/cárstica (gruta - estalactite ▼, estalagmite ▲)
Obs1.: o intemperismo químico basicamente ocorre pela ação da água sobre
espaço natural;
Obs2.: o intemperismo geralmente ocorre de forma associada ou combinada,
potencializando a ação erosiva nas rochas;
3vRelação da erosão e do clima- comparação entre precipitação, temperatura e
intemperismo na superfície terrestre -
É possível observar que a média de precipitação está diretamente
relacionada à temperatura, criando com isso características do
mando de intemperismo, diferenciado de acordo com
determinadas regiões climáticas.
Quanto mais úmido e mais quente maior
será o intemperismo.Obs.: relação diretamente proporcional;
3vErosão fluvial - rio- formação de cânion e vale aluvial -v
O rio ao longo de muitos anos
(décadas, séculos, milênios)
esculpe o relevo, aprofundando
seu vale (talvegue), formando
cânions, em áreas de maior
declividade, com maior força
erosiva, relacionadas a seu alto e
médio curso; áreas essas com
potencial para geração de
energia hidroelétrica.
Aprofundamento do cânion, vale
aluvial - erosão em “V”
3vErosão fluvial - rio- formação do vale, planície aluvial -
Perfil transversal
Perfil longitudinal
Perfil senil, velho- pequena declividade -
Perfil adulto- média declividade -
Perfil jovem- grande declividade -
Nascente
- Montante(área mais
alta,
relacionada
o divisor de
águas)
Foz -
Jusante
Vale ou planície - aluvial
O rio ao longo de muitos anos (décadas, séculos, milênios) esculpe o relevo, porém em
áreas de menor declividade, curso inferior, com menor força erosiva, o rio forma
planícies ou vales aluviais, de solo fértil e com potencial para navegação.
seixos
3v
Uma das características da ação erosiva do gelo é a granulometria diferente
dos materiais arrastados - sedimentos durante sua expansão/formação.
Erosão nival - neve - glacial- formação de morainas -
Circo
glacial
Moraina
Vale
glacial
Moraina
3vErosão nival - neve - glacial- formação de fiordes -
Fiordes
Moraina
O glacial ao longo de muitos anos
esculpe o relevo, pelo deslocamento
da moraina, aprofundando seu vale,
que uma vez derretido e inundado
pela água do mar (transgressão
marinha), forma os fiordes, presentes
na Península da Escandinávia (área
viking da Europa).
Obs.: o gelo forma vale em “U”;
3vErosão marinha - vagalhão- formação de falésias -
A abrasão marinha (do vagalhão - onda) sobre o paredão rochoso provoca o
desgaste da base, esculpindo a falésia, porém comprometendo a estrutura
superior, que com o tempo irá colapsar - cair.
Torres/RS
Torres/RS
3vErosão eólica- formação de dunas e inselbergs -
Areia carregada pelo
vento.
Base da rocha mais erodida, pois há maior
abrasão pela areia carregada pelo vento.
Parte superior da rocha
é menos erodida pelo
vento, pois não há
abrasão de areia.
Em ambientes áridos (desertos) ou
semiáridos (Sertão brasileiro) a ação
erosiva do vento é mais presente, através
da abração de rochas, ou transporte e
deposição de sedimentos, formando dunas,
ou esculpindo inselbergs (relevo residual,
de rochas mais resistentes que o meio ao
redor, presentes tanto no Sertão brasileiro,
como também no litoral fluminense, de
clima úmido - como a formação do Pão de
Açúcar). Dunas
Transporte de sedimentos do Saara até a
Europa, América
Rocha esculpida pelo
vento
3vErosão química - cárstica- formação de cavernas, estalactite e estalagmite -
Áreas de formação calcária são mais suscetíveis a erosão química - ação da
água da chuva, que carregada de CO2 presente na atmosfera, forma ácido
carbônico, ao reagir com o carbonato de cálcio (do relevo - calcita) forma
cavernas com construções de estalactite pendendo do teto, e estalagmite
crescendo do chão. Essas cavernas podem representar áreas de risco, uma
vez que construções sobre essas áreas podem ruir pela fragilidade do terreno.
Rio subterrâneo
Coluna
Camada impermeável
Dolina
Caverna
ou gruta
Estalactite ▼
Estalagmite ▲
Campos de Lapiás Algar
3vErosão térmica- congelamento da água-
ChuvaAs rochas desagregadas por
sucessivos congelamentos e
descongelamentos da água nos
seus poros, fendas ou diáclases
foram submetidas a um
processo denominado de cunha
de congelamento.
A água expande no estado
sólido aumentando a pressão
na fenda da rocha.
As rochas são desintegradas,
sendo seus materiais mais
suscetíveis reduzidos a pó.
Este material muito fino é
posteriormente transportado
pelos ventos, dando origem aos
depósitos de "loess", um
sedimento fértil de coloração
amarela.
Fenda Aumento da pressão
3vErosão térmica- dilatação e contração da calçada de gigantes -
Calçada de Gigantes - derrames vulcânicos, extravasamento de rocha
derretida podem atingir temperatura superiores a 1000 °C. Ao entrar em
contato com o ar ocorre o rápido resfriamento e solidificação. O basalto,
rocha vulcânica em destaque, foi resfriado lentamente e, por causa de sua
composição química, fendas hexagonais regulares se formaram na
superfície. De mesmo modo, enquanto o magma continuava a se resfriar por
dentro, as fendas desciam gradualmente, formando a grande quantidade de
colunas de basalto semelhantes a “lápis”.
3vErosão térmica- dilatação e contração do solo -
A variação de temperatura produzida pela insolação durante o dia e pelo
resfriamento noturno desempenha papel importante na desintegração das
rochas, principalmente em regiões áridas ou semiáridas. As rochas
fragmentam-se em partículas granulares ou em escamas de tamanhos
variados, dependendo das características litológicas e da intensidade do
fenômeno.
No Sertão, de Clima Semiárido, o processo de desertificação a partir do desmatamento
para o desenvolvimento de pastos para prática da pecuária extensiva, incompatíveis
com a capacidade de uso do solo, posteriormente abandonadas. Com isso, o solo fica
mais exposto ao Sol, a ação água e a degradação do vento e, como consequência, fica
mais fragilizado aos agentes erosivos, perdendo sua capacidade de absorção de água
e nutrientes, desencadeando um maior escoamento superficial. A última etapa é a
perda da fertilidade e da capacidade produtiva do solo, decorrente da desertificação
Quixadá/CE
3vErosão térmica e química- esfoliação dômica ou esferoidal -
A associação de processos erosivos é comum em todos as paisagens,
especialmente em as áreas tropicais. A esfoliação esferoidal ou dômica
ocorre pela degradação primeiro nos vértices da rocha, em seguida, nas
arestas, por último, no meio da face - seguindo o movimento aparente do
Sol, e “sofrendo” com a amplitude térmica diária. Podendo formar não é
somente matacões (comuns no extremo Sul brasileiro, de clima subtropical
úmido), mas também do relevo suave de topos arredondados das “meias-
laranja”, ou do domínio de “mares de morro”, ou ainda da formação pão de
açúcar, característicos da área abrangida pelo clima tropical úmido (ou
litorâneo) nacional.
6h18h
12h
3vErosão pluvial - chuva- formação de voçorocas e ravinas -
Ravina (sulco mais fechado)
Voçoroca (sulco
mais aberto)
Ravina
Voçoroca
Obs.: o trabalho
erosivo da chuva
provoca, relacionado a
declividade, e a menor
cobertura vegetal,
diferentes formas de
degradação do solo;
3vErosão pluvial - chuva- ação da chuva sobre diferentes materiais - chaminé de fada -
Chaminés de Fada - são formas de relevo muito curiosas. Formam-se a partir
de depósitos de diferentes resistência litológicas (rochas) e muito
diversificados em tamanho. A ação da chuva vai provocar uma erosão
diferencial: os materiais mais finos serão erodidos enquanto que os materiais
mais volumosos e mais rígidos serão mais poupados durante o trabalho de
desgaste. Contudo, a erosão não afetará os materiais por baixo dos grandes
blocos de rochas. A rocha de cima funciona como “rolha” protetora da erosão.
materiais de diferente resistência rochosa
sofrem a ação da água
onde o bloco mais resistente fica por cima
do menos resistente, formando - chaminés
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da vegetação e a relação com a erosão -
Área vegetada = + infiltração
- erosão
A vegetação, raiz, “fixa” o solo
no chão.
Solo exposto = - infiltração
+ escoamento
+ erosão
assoreamento
Efeito gerado
pelo impacto
das gotas de
chuva sobre o
solo
Erosão em
splash
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da Mata Ciliar e a relação com a erosão -
Mata ciliar filtra
a água da chuva
As raízes das plantas “seguram” a terra, impedindo o assoreamento do rio
Sem vegetação a terra, das margens, migram para o rio promovendo o assoreamento
A água da chuva
carrega terra
para dentro do
rio
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da Mata Ciliar e a relação com a erosão -
Obs.: a importância da conservação
da Mata Ciliar para proteção do
manancial hídrico, e do ecossistema
associado;
3vContaminação da água - esgoto- eutrofização da água, rio, mar, etc. -
Destruição do
ecossistemaEsgoto
cloacal
Redução
de O2
3vContaminação da água - esgoto- eutrofização da água, rio, mar, etc. -
Obs.: o esgoto cloacal promove o aumento de matéria-orgânica no ambiente
aquático, a oxidação da matéria-orgânica, liberando nitrogênio e fósforo em
grande quantidade, promove a reprodução excessiva de fitoplâncton,
causando a maior competição ou redução do oxigênio na água - matando os
seres aquáticos associados a esse ecossistema.;
3vDegradação da várzea - enchente- aterramento, canalização do rio -
A várzea possibilita ao rio aumentar, diminuir ou mover seu leito
A ocupação, aterramento ou canalização do rio potencializa enchentes
Obs.: as áreas aterradas geralmente são ocupadas pela população mais
carente, constituindo espaço ou área de risco;
3vDegradação de brejos - enchente- aterramento de áreas alagadiças, brejos ou pântano -
Obs.: as áreas aterradas geralmente apresentam maior escoamento superficial
- dificultando a infiltração e potencializando a erosão;
3vErosão antrópica - vegetação
- degradação da vegetação e do manancial hídrico -
Área vegetada = + infiltração
- erosão
A vegetação, raiz, “fixa” o solo no
chão, e permite o “armazenamento”
de água para o sistema hídrico.
Solo exposto = - infiltração
+ escoamento
+ erosão
Perda de água do rio para o solo,
redução do volume de água.
Infiltração
Assoreamento
do rio
Nível
freático
Zona saturada alimenta o rio Rio alimenta a zona saturada
3vErosão antrópica - vegetação
- degradação da vegetação e do manancial hídrico -
Obs.: São Paulo desmatou 79% das florestas, matas que protegiam o
manancial hídrico, gerando a recente crise de abastecimento de água, e
geração de energia nesse mesmo Estado;
A vegetação protege o manancial hídrico, preservando
as reservas de águas, e a umidade.
Sem vegetação a redução do manancial hídrico, há menor infiltração de
água, provocando redução do volume de água dos rios, lagos, há menor
evapotranspiração, e pela impermeabilização do solo intensifica-se a
erosão, assoreamento das águas.
3v
A árvore evapora
águaE também solta partículas
que ajudam a formar nuvens
essa água volta para terra
em forma de chuvaformando um ciclo
que alimenta a área de Baixa
Pressão em cima da Amazônia
A água do mar é
evaporada pelo sol(oceano, AP)
é também atraída para a Baixa
Pressão da Amazônia(continente, BP)
e a partir da Amazônia forma-
se rios aéreos que levam
umidade para outras regiões
Erosão antrópica - vegetação- formação dos rios aéreos na Floresta Amazônica -
Obs.: a mEc, ou Amazônica é
úmida, sendo uma exceção -
devido sua formação sobre a
maior bacia hidrográfica do
mundo - do Rio Amazonas, o
que também contribui para
os rios aéreos da Amazônia;
3vErosão antrópica - vegetação
- atuação dos rios aéreos e a importância da vegetação -
Obs.: é importante lembrar que
associado ao fato da mEc ser úmida,
temos uma região de Baixa Pressão
permanente, pois a Floresta
Amazônica localiza-se sobre na área
da ZCIT, sobre o Equador, atraindo
os ventos úmidos, como os alísios;
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da vegetação e os rios aéreos -
Obs.: além da conservar e facilitar a retenção de água no solo a
evapotranspiração da vegetação alimenta de umidade as massas de ar,
interferindo diretamente na variação da pluviosidade das zonas de destino de
diversas massas de ar;
3vErosão antrópica - vegetação
- degradação da vegetação e o aumento da temperatura -
Obs2.: quanto mais escura for uma superfície maior será a absorção de
energia, de calor, e menor será o albedo;
Obs1.: a partir do comparativo de diferente superfícies é notório o aumento
da temperatura a partir da remoção da vegetação e posterior processo de
pavimentação;
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da vegetação e os rios aéreos -
Obs.: destaca-se novamente a degradação da vegetação e a
impermeabilização do solo como fatores que contribuem para recentes crises
hídricas enfrentadas, em especial, na Região Sudeste do Brasil;
3vErosão antrópica - vegetação- degradação da vegetação e os rios aéreos -
Obs.: o ar limpo, ou sem fuligem, ou fumaça “atrai” chuvas, uma vez que
compostos orgânicos, presentes na floresta auxiliam na formação de nuvens
de chuva. Esse também é um agravante da seca na Amazônia pelo aumento
das queimadas - no arco do desmatamento, ou mesmo no Cerrado brasileiro;
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