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Avaliação de serviços de Atenção

Primária à Saúde: mensuração dos

atributos

Erno Harzheim

Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia

Faculdade de Medicina

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Tópicos

• APS

• Como avaliar?

• Por que usar o PCATool-Brasil?

Contexto

Necessidades crescentes

X

Recursos limitados

X

Resposta clínica insuficiente: qualidade

•Lei de Wildavsky:

Da despesa em saúde: os gastos em saúde vão aumentar até atingir

(ou ultrapassar) o nível dos recursos disponíveis

•Lei de Roemer:

Da indução da demanda pela oferta: oferta de tecnologia leva ao uso

independentemente das necessidades da população. De modo geral, a

capacidade instalada de serviços determina o seu uso

Demandas Crescentes em Saúde

Gray M, 2004. Evidence-based healthcare.

Sistemas de Saúde Europeus: dilema e solução

Regulação

X

Autonomia

• Quanto maior regulação, menor envolvimento dos médicos

• Quanto maior autonomia, menor controle dos gastos

• Solução: regulação e compra de serviços realizada por clínicos (APS),

autonomia dentro de atribuições hierarquizadas (coordenação): cooperação

clínica

• Resposta: fortalecimento da clínica – mudança organizacional: APS

O que é

Atenção Primária à Saúde?

“APS como um aspecto do sistema de serviços de saúde é um serviço que

assegura um cuidado personalizado ao longo do tempo para uma

população definida, facilmente acessível quando é necessário

atendimento, onde o cuidado de todas as condições é realizado, à

exceção das condições raras, e que coordena todo o cuidado recebido

pelos indivíduos, integrando a atenção à saúde.”

Starfield B, 2001. Basic concepts in population health

and health care. J. Epidemiol. Community Health.

Atenção Primária

à Saúde (APS)

Atributos Essenciais Atributos Derivados

Acesso

de 1º Contato

Longitudinalidade

Coordenação

Integralidade

Orientação

Familiar

Orientação

Comunitária

Competência

Cultural

Starfield B, 1992. Primary Care: concept, evaluation and policy.

Atributos da

Atenção Primária à Saúde

Starfield B, 2001. Atención Primaria: equilibrio entre

necesidades de salud, servicios y tecnología.

Proporcionar equilíbrio entre as 2 metas de um sistema

nacional de saúde:

Otimizar a saúde dos indivíduos e da população

Proporcionar eqüidade na distribuição de recursos, tanto

recursos próprios do cuidado, como financeiros

Objetivos da

Atenção Primária à Saúde

Barbara Starfield

- 1ª publicação sobre organização serviços: 1973

- 317 artigos publicados no PUBMED

Atenção Primária à Saúde: APS

Como avaliar?

Como avaliar qualidade assistencial em

APS?

• Indicadores de morbidade específicos?

X

• Indicadores de resultado em saúde?

x

• Novos instrumentos de avaliação?

X

• Indicadores de estrutura e processo consolidados?

Probabilidade pré-teste

Apresentação clínica em APS

Multimorbidade

Aspectos históricos e conceituais

da avaliação de serviços de saúde (APS)

• Avaliação da qualidade, Avedis Donabedian, 1966, Evaluating the

quality of medical care:

– Categorias de avaliação da qualidade

• Estrutura

• Processo

• Resultados

Campbell SM et al, 2000. Soc Sci & Med.

Aspectos históricos e conceituais

da avaliação de serviços de saúde (APS)

Campbell SM et al, 2000. Soc Sci & Med.

Aspectos históricos e conceituais

da avaliação de serviços de saúde (APS)

• Avaliação da qualidade revisitada:

– O que se pretende medir (indicadores):

• Estrutura

– Oferta

• Processo

– Utilização

– Cobertura

• Resultado (impacto)

Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999. Int J Epidemiology.

Habicht JP, Victor CG, Vaughan JP, 1999.

Int J Epidemiology

Por que avaliar serviços de APS?

• Há sempre necessidade de evidências comprovadas de uma

intervenção?

– Não precisamos demonstrar o impacto de uma intervenção de

efetividade e eficiência já comprovada

– É suficiente demonstrar que está sendo conduzida

adequadamente e que atingiu a população-alvo

Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999. Int J Epidemiology

• Quanto mais um serviço de saúde é orientado à APS,

maior qualidade assistencial ele possui?

APS x Qualidade assistencial

Starfield B, Shi L. Health Policy, 2002.

Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia, 2002.

Evaluation of the impact of the Family Health Program on infant

mortality in Brazil, 1990–2002

De 1990 a 2002, a mortalidade infantil no Brasil reduziu de 49.7 para

28.9 por 1000 nascidos vivos. Nesse período, a cobertura média da

Estratégia Saúde da Família (ESF) aumentou de 0% para 36%. Um

aumento de 10% na cobertura da ESF esteve associada a uma

diminuição de 4,6% na mortalidade infantil, controlando-se para outros

determinantes de saúde (p<0.01).

Evidências Nacionais

Macinko et al, 2006. Journal Epidemiology Community Health.

“Um sistema de saúde com forte referencial na

Atenção Primária à Saúde é mais efetivo, é mais

satisfatório para a população, tem menores custos e

é mais eqüitativo - mesmo em contextos de grande

iniqüidade social.”

Por que Atenção Primária?

Starfield B., 2005. Contribution of Primary Care to Health Systems and Health. The Milbank Quarterly.

Há necessidade de evidências da APS?

• Há necessidade de evidências em APS?

– Não precisamos demonstrar o impacto de uma intervenção de

efetividade e eficiência já comprovada.

– É suficiente demonstrar que está sendo conduzida

adequadamente e que atingiu a população-alvo.

Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999.

Int J Epidemiology.

Como avaliar qualidade assistencial em APS?

– 1º MOMENTO: Medir extensão dos ATRIBUTOS APS

(OFERTA, UTILIZAÇÃO e COBERTURA)

– 2º MOMENTO: Associar presença e extensão dos ATRIBUTOS

APS com desfechos (problemas x doenças) (UTILIZAÇÃO,

COBERTURA, RESULTADOS)

.

Como avaliar qualidade assistencial em APS?

• Primary Care Assessment Tool, PCATool:

– Instrumento de Avaliação da APS

• Criado por Starfield e colaboradores

• Mede a presença e extensão dos atributos da APS através

da experiência de usuários e/ou de profissionais de saúde

• Produz Escores de cada atributo da APS, além de um

Escore Geral de APS, com valores de 0-10, considerando

Escores adequados quando superiores a 6,6

Como avaliar qualidade assistencial em

APS?

• Primary Care Assessment Tool, PCATool:

– Cada Atributo:

– 2 dimensões

– 1 de estrutura e outra de processo

ATRIBUTOS - PCATool

1. AFILIAÇÃO AO SERVIÇO DE SAÚDE

2. ACESSO DE 1º CONTATO - UTILIZAÇÃO

3. ACESSO DE 1º CONTATO - ACESSIBILIDADE

4. LONGITUDINALIDADE

5. COORDENAÇÃO DO CUIDADO

6. COORDENAÇÃO (SISTEMAS DE INFORMAÇÕES)

7. INTEGRALIDADE (SERVIÇOS DISPONÍVEIS)

8. INTEGRALIDADE (SERVIÇOS PRESTADOS)

9. ORIENTAÇÃO FAMILIAR

10. ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA

PCATOOL – ADULTO – USUÁRIO - BRASIL

ACESSO - UTILIZAÇÃO

ACESSIBILIDADE

LONGITUDINALIDADE

PCATOOL – ADULTO – USUÁRIO - BRASIL

COORDENAÇÃO CUIDADO

ORIENTAÇÃO FAMILIAR

INTEGRALIDADE – SERVIÇOS DISPONÍVEIS

INTEGRALIDADE – SERVIÇOS PRESTADOS

PCATool-Brasil,

usuários adultos

Escore por atributo: [(Valor obtido por item na Escala Likert – 1) / (4-

1)] *10

Escore Essencial de APS: [Acesso + Utilização + Grau de Afiliação +

Longitudinalidade + Integralidade (serviços disponíveis) + Integralidade

(serviços prestados) + Coordenação (sistemas de informação) +

Coordenação do Cuidado] / 8

Escore Geral de APS: [Acesso + Utilização + Grau de Afiliação +

Longitudinalidade + Integralidade (serviços disponíveis) + Integralidade

(serviços prestados) + Coordenação (sistemas de informação) +

Coordenação do Cuidado + Orientação Familiar + Orientação

Comunitária] / 10

≥ 6,6 ALTO ESCORE DE APS

Por que usar o PCATool?

Malouin, Starfield, Sepulveda. Managed Care, 2009.

Como medir os atributos da APS?

Como medir os atributos da APS?

PCATool, fim 2013:

79 ARTIGOS PUBLICADOS EM

PERIÓDICOS CIENTIFICOS

Como avaliar qualidade assistencial em

APS?

• Primary Care Assessment Tool, PCATool-Brasil:

• Versão para usuários crianças

• Versão para usuários adultos

• Versão para profissionais de saúde

• Versão curta para usuários adultos

• Versão curta para usuários crianças (1º sem / 2014)

• Versão para saúde bucal (1º sem / 2014)

• Usuários adultos

• Profissionais de saúde

• Diversas investigações em contextos e com objetivos diferentes

– Avaliação de serviços de APS:

• Porto Alegre

• Curitiba

• Rio de Janeiro

Usos do PCATool-Brasil: GP.APS

• Diversas investigações em contextos e com objetivos diferentes

– Associação da qualidade da APS com:

• cuidado em HAS

• cuidado em DM

• práticas preventivas

• práticas preventivas em idoso

• iCSAPs

Usos do PCATool-Brasil: GP.APS

Avaliação de serviços de APS em Porto

Alegre, 2007

Monica M.C. Oliveira

Rodrigo C.L. Caprio

Lisiane Hauser

Airton T. Stein

Bruce B. Duncan

Erno Harzheim

Escores dos atributos da APS entre os diferentes serviços de atenção

primária, Porto Alegre, 2007

Atributos da Atenção Primária

Escores de Atenção Primária#

UBS ESF CSEM GHC CASSI

Grau de afiliação ao serviço 5,5 6,4** 5,9 8,0** 6,9**

Acessibilidade 3,4 3,4 3,3 3,4 4,3**

Acesso – Utilização 8,2 8,9** 8,8 9,2** 6,3**

Longitudinalidade 5,1 5,9** 5,3 7,4** 8,5**

Coordenação 4,1 5,7** 5,1 5,8** 4,3

Integralidade – Serviços Disponíveis 5,4 5,0** 5,4 6,2** 4,9*

Integralidade – Serviços Prestados 3,1 3,3 3,1 4,2** 4,8**

Essencial 5,0 5,5** 5,3 6,3** 5,7**

Orientação Familiar 3,6 4,6** 4,8** 6,2** 7,8**

Orientação Comunitária 2,8 5,7** 4,9** 6,4** 3,7**

Derivado 3,2 5,1** 4,9** 6,3** 5,8**

Geral 4,6 5,4** 5,2** 6,3** 5,7**

* Significância pelo Teste de Scheffé – p – valor < 0,05

** Significância pelo Teste de Scheffé – p – valor < 0,01

# Os escores assumem valores entre 0 - 10

Comparação dos escores dos atributos da APS, atribuídos pelos profissionais

médicos e enfermeiros, entre os serviços de atenção primária de Porto Alegre

Atributos da APS

Escores (0 -10)

UBS

n=161

ESF

n=85

CSEM

n=22

SSC

n=72

Acesso de primeiro contato 3,6 4,2* 3,9 4,3*

Longitudinalidade 6,5 6,7 6,8 7,3*

Integralidade serviços disponíveis 6,3 6,5 7,3* 8,3*

Integralidade serviços prestados 7,1 8,2* 8,4* 8,4*

Coordenação do cuidado 6,9 7,2 6,59 7,4*

Coordenação sistemas de informação 8,9 8,9 8,6 9,1

Orientação familiar 8,3 8,8 8,9 9,4*

Orientação comunitária 5,5 6,7* 7,4* 8,7*

Escore Essencial de APS 6,6 6,9* 6,9* 7,5*

Escore Geral da APS 6,7 7,2* 7,3* 7,9*

USB= Unidades Básicas de Saúde Tradicionais, ESF= Estratégia Saúde da Família,

CSEM= Centro Saúde Escola Murialdo, SSC= Serviço de Saúde Comunitária do Grupo

Hospitalar Conceição.

* Significância pelo Teste de Tukey, em comparação com USB, valor-p<0,05.

Proporção de usuários que caracterizaram seu serviço preferencial

como de Alto Escore da APS, Porto Alegre, 2007.

Tipo de serviço Alto Escore

Essencial (%) p-valor

Alto Escore

Geral (%)

p-valor

USB 16,3

<0,001

10,0

<0,001

CSEM 23,9 18,1

ESF 24,9 23,2

CASSI 24,8 31,1

GHC 54,5 48,5

Teste Qui-quadrado

Proporção de profissionais médicos e enfermeiros que atribuíram baixo e alto

escore, essencial e geral, por tipo de serviços de atenção

primária de Porto Alegre

Serviços de

APS de Porto

Alegre (n)

Escore Essencial da APS*

% (n)

Escore Geral da APS*

% (n)

Baixo escore Alto escore Baixo escore Alto escore

UBS (161) 54 (87) 46 (74) 47,2 (76) 52,8 (85)

ESF (85) 28,2 (24) 71,8 (61) 22,3 (19) 77,7 ( 66)

CSEM (22) 31,8 (7) 68,2 (15) 27,3 (6) 72,7 (16)

SSC (72) 8,3 (6) 91,7 (66) 2,8 (2) 97,2 (70)

Valor-p** <0,001 <0,001

USB= Unidades Básicas de Saúde Tradicionais, ESF= Estratégia Saúde da Família,

CSEM= Centro Saúde Escola Murialdo, SSC= Serviço de Saúde Comunitária do

Grupo Hospitalar Conceição.

* O escore de APS maior ou igual a 6,6, em uma escala de 0 a 10, é considerado alto

escore.

** Teste X2 de Pearson.

Avaliação de serviços de APS em

Curitiba, 2008

Eliane V. Chomatas

Alvaro Vigo

Erno Harzheim

Escores médios (IC 95%) dos atributos e Escores essencial, derivado e geral de atenção primária à saúde e

frequência (%) de alto escore (≥ 6,6) na avaliação dos profissionais (médicos e enfermeiras) das unidades

tradicionais e com estratégia da saúde da família do município de Curitiba em 2008.

Atributo

Escores Médios (IC 95%) Escore Alto (≥6,6)

UTRAD

(n = 300)

ESF

(n = 190) P-valor*

UTRAD

n (%)

ESF

n (%)

P-valor*

Atributos da Atenção Primária

Acessibilidade 4,7 (4,5-4,8) 5,1 (4,9-5,3) 0,0018 26 (8,7) 35 (18,4) 0,0014

Longitudinalidade 6,2 (6,1-6,4) 6,7 (6,6-6,9) <0,0001 121 (40,3) 106 (55,8) 0,0008

Coordenação 6,9 (6,7-7,0) 7,0 (6,8-7,1) 0,5301 191 (63,7) 127 (66,8) 0,4730

Integralidade – serviços

disponíveis 7,1 (7,0-7,2) 7,9 (7,8-8,0)

<0,0001

217 (72,3) 171 (90,0) <0,0001

Integralidade – serviços prestados 5,9 (5,7-6,2) 8,3 (8,2-8,5) <0,0001

143 (47,7) 172 (90,5)

<0,0001

Essencial 6,2 ( 6,1-6,3) 7,0 (6,9-7,1)

<0,0001

102 (34,0) 142 (74,7)

<0,0001

Orientação familiar 7,8 ( 7,6-8,0) 8,5 (8,3-8,7) <0,0001

261 (87,0) 184 (96,8) 0,0002

Orientação comunitária 7,6 ( 7,4-7,8) 8,1 (7,9-8,3) 0,0001 233 ( 77,7) 168 (88,4) 0,0026

Derivado 7,7 (7,5-7,9) 8,3 (8,2-8,5)

<0,0001

238 (79,3) 178 (93,7)

<0,0001

Geral 6,6 (6,5-6,7) 7,4 (7,3-7,5)

<0,0001

152 (50,7) 164 (86,3)

<0,0001

Avaliação de serviços de APS no Rio de

Janeiro, 2012

Lisiane Hauser

Karine L. Margarites

Erno Harzheim

Medidas descritivas dos Escores (0-10) dos Atributos/Componentes da Atenção Primária à Saúde por modelo

(A, B ou C) de serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro.

Atributo/Componente Tipo n Escore

Médio

Desvio-

padrão

Escore

Mínimo

Escore

Máximo Valor-p*

Acesso A 256 5,2 0,1 1,9 9,3

B 116 5,1 0,1 0,7 9,6

C 61 4,2& 0,1 1,9 7,8 <0,001

Longitudinalidade A 256 7,5 0,1 4,4 9,7

B 116 7,2 0,1 2,8 10,0

C 61 6,6& 0,2 1,8 9,7 <0,001

Coordenação do Cuidado A 256 7,4 0,1 1,9 10,0

B 116 7,4 0,1 2,9 10,0

C 61 7,7 0,2 5,2 10,0 0,302

Coordenação - Sistemas de Informação A 256 7,2 0,1 2,9 10,0

B 116 6,8 0,2 2,9 10,0

C 61 6,4& 0,2 2,9 10,0 0,001

Integralidade – Serviços Disponíveis A 256 7,7 0,1 3,0 10,0

B 116 7,4# 0,1 3,2 10,0

C 61 6,9& 0,2 4,2 9,8 <0,001

Integralidade - Serviços Prestados A 256 8,3 0,1 2,8 10,0

B 116 7,8# 0,1 3,8 10,0

C 61 7,57& 0,2 3,0 10,0 0,001

Medidas descritivas dos Escores (0-10) dos Atributos/Componentes da Atenção Primária à Saúde por modelo

(A, B ou C) de serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro.

Atributo/Componente Tipo n Escore

Médio

Desvio-

padrão

Escore

Mínimo

Escore

Máximo Valor-p*

Escore Essencial A 256 7,6 0,1 5,1 9,4

B 116 7,3 0,1 5,0 9,5

C 61 7,0& 0,1 5,0 9,1 <0,001

Escore Geral A 256 7,7 0,1 4,7 9,5

B 116 7,4# 0,1 4,8 9,6

C 61 6,9& 0,1 4,1 8,8 <0,001

Análise multivariável para variáveis associadas ao Escore Essencial e ao Escore Geral de APS do PCATool-

Brasil entre os profissionais médicos dos serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de

Janeiro.

Variáveis Escore Essencial Escore Geral

B (IC 95%) Valor-p B (IC 95%) Valor-p

Tipo Unidade

A 0 0

B -0,18 (-0,38; 0,03) 0,087 -0,25 (-0,47; -0,03) 0,024

C -0,52 (-0,80; -0,25) <0,001 -0,82 (-1,12; -0,52) <0,001

Idade (em 5 anos) -0,01 (-0,04; 0,03) 0,713 -0,02 (-0,05; 0,03) 0,346

Especialidade

Sim# 0,09 (-0,12; 0,30) 0,406 0,11 (-0,11; 0,34) 0,323

Não 0 0 # Residência ou título em Medicina de família e Comunidade (MFC) ou especialização em Saúde da Família

(SF)

Fonte: PCATool-Brasil,2013.

Associação da qualidade da APS com o cuidado em HAS, 2007

Thiago G. Trindade

Bruce B. Duncan

Erno Harzheim

Efeito dos serviços de saúde com Alto Escore de Atenção Primária à Saúde no processo de

atenção aos portadores de HAS, através da regressão de Poisson modificada, Porto Alegre,

2007.

Variáveis dependentes/desfecho

Razão de

Prevalência não

ajustada (IC)

p

Razão de

Prevalência não

ajustada (IC)**

p

Participação em grupos de HAS 2,34 (1,19-4,61) 0,014 2,05 (1,02-4,12)1 0,044

Orientação para prática de atividade física 1,58 (1,32-1,88) <0,001 1,49 (1,22-1,82)2 <0,001

Orientação sobre alimentação saudável 1,62 (1,39-1,88) <0,001 1,53 (1,33-1,75)3 <0,001

Orientação sobre higiene bucal 4,20 (2,84-6,21) <0,001 3,46 (2,31-5,17)4 <0,001

Vacina contra Influenza 1,42 (1,08-1,86) 0,011 1,33 (1,04-1,71)5 0,022

PA medida na última consulta 1,15 (1,09-1,21) <0,001 1,15 (1,09-1,21)6 <0,001

Peso medido na última consulta 1,38 (1,17-1,62) <0,001 1,35 (1,11-1,65)7 0,002

Altura medida alguma vez 1,61 (1,28-2,01) <0,001 1,49 (1,10-2,03)8 0,01

Exame de urina realizado no último ano 1,43 (1,19-1,71) <0,001 1,07 (0,81-1,42)9 0,625

Perfil lipídico realizado no último ano 1,39 (1,23-1,57) <0,001 1,29 (1,12-1,48)10 <0,001

Eletrocardiograma realizado no último ano 1,52 (1,21-1,90) <0,001 1,28 (0,99-1,65)11 0,057

Associação da qualidade da APS com

cuidado em DM, 2007

Marcelo R. Gonçalves

Bruce B. Duncan

Erno Harzheim

Efeito dos serviços de saúde com Alto Escore de Atenção Primária à Saúde no processo de

atenção aos portadores de DM - regressão de Poisson com variância robusta.

Variáveis dependentes/desfechos RP não ajustada

(IC 95%) p

RP ajustada

(IC 95%) p

PA aferida na última consulta1 1,08 (1,01-1,15) 0,02 1,09 (1,01-1,16) 0,015

Orientação para fazer exercícios físicos2 1,39 (1,19-1,62) <0,001 1,43 (1,21-1,69) <0,001

Orientação para fazer dieta saudável3 1,32 (1,18-1,47) <0,001 1,32 (1,16-1,49) <0,001

Exame dos pés4 1,70 (1,17-2,46) 0,005 1,43 (096-2,15) 0,08

Orientação sobre cuidado com os pés5 1,89 (1,41-2,53) <0,001 1,60 (1,166-2,21) 0,004

Perfil lipídico solicitado no último ano6 1,12 (0,99-1,27) 0,05 1,11 (0,98-1,26) 0,1

Exame de urina realizado no último ano7 1,12 (0,96-1,31) 0,15 1,16 (0,99-1,36) 0,05

1ajustado para IMC

2ajustado para sexo, escolaridade e classe econômica

3ajustado para tipo de serviço e número de consultas por DM

4ajustado para classe econômica, escolaridade, tempo de doença e número de consultas por DM

5ajustado para complicações do DM, tempo de doença e número de consultas por DM

6ajustado para classe econômica, número de consultas por DM e tipo de serviço

7ajustado para idade e escolaridade

Pesquisa APS/POA

Associação da qualidade da APS com

práticas preventivas, 2011

Maria Eugenia B. Pinto

Airton T. Stein

Bruce B. Duncan

Erno Harzheim

Associação da qualidade da APS com

práticas preventivas em idosos, 2007

Elise B. Oliveira

Mary C. Bozzetti

Erno Harzheim

Indicadores da qualidade do cuidado de idosos em

relação ao escore geral de APS. Porto Alegre, 2007

Escore de

Práticas

Preventivas#

Baixo Escore

Geral de APS

Média (IC 95%)

Alto Escore

Geral de APS

Média (IC 95%)

Valor - p

n = 212

n = 159 n = 53

3,90 (3,60 – 4,32) 5,90 (5,30 – 6,50) <0,001**

Associação da qualidade da APS

com iCSAPs, 2012

Marcelo R. Gonçalves

Lisiane Hauser

Bruce B. Duncan

Erno Harzheim

63

Características da APS

Variáveis

CSAPS£ Não CSAPS

(n/% ou média/DP) (n/% ou média/DP)

Escore geral da APS*

De 0 a 4,8 17 (20,2) 272 (24,4)

De 4,81 a 5,30 18 (21,4) 285 (25,5)

De 5,31 a 5,70 28 (33,3) 273 (24,5)

De 5,71 a 10 21 (25,0) 286 (25,6)

Escore Geral APS (média) 5,42 (0,71) 5,31 (0,68)

Escore Essencial da APS (média) 5,53 (0,61) 5,45 (0,59)

Vínculo com serviço de saúde

> 2 anos 64 (77,1) 790 (72,9)

GPAPS 2013 64

Análise multivariável dos fatores associados às Internações por iCSAP

Variáveis

Univariável Multivariável

HR (IC 95%) Valor - p HR (IC 95%) Valor - p

Sexo

Masculino 0,79 (0,49 – 1,27) 0,3

Feminino 1

Idade (5 anos) 1,18 (1,11 -1,26) <0,001 1,13 (1,05 – 1,22) 0,001

Classe econômica (ABIPEME§)

AB 1,00 0,4

CDE 1,95 (1,04 – 3,68)

Escolaridade (5 anos) 0,49 (0,36 – 0,67) <0,001 0,66 (0,47 – 0,93) 0,02

Cor da Pele

Não brancos 1,76 (1,15 – 2,71) 0,010 1,77 (1,13 – 2,77) 0,01

Brancos 1,00 1,00

Doença Crônica#

Presença 1,69 (1,10 – 2,61) 0,02

Ausência 1,00

GPAPS 2013 65

Análise uni e multivariável dos fatores associados às iCSAPS

Variáveis Univariável Multivariável

HR (IC 95%) Valor - p HR (IC 95%) Valor - p

Escore geral

De 0 a 4,8 0,84 (0,45 - 1,60) 0,6 0,93 (0,48 - 1,80) 0,8

De 4,81 a 5,30 0,86 (0,46 - 1,61) 0,6 0,96 (0,51 - 1,80) 0,9

De 5,31 a 5,70 1,36 (0,77 - 2,40) 0,3 1,48 (0,83 - 2,63) 0,2

De 5,71 a 10 1,00 1,00

Tabagismo

Sim 1,45 (0,93 - 2,25) 0,1

Não 1,00

Obesidade

Sim 1,59 (1,01 - 2,49) 0,05

Não 1,00

Sedentarismo

Sim 2,01 (1,27 - 3,20) 0,003 1,65 (1,02 - 2,66) 0,04

Não 1,00 1,00

Conclusões sobre uso do

PCATool-Brasil

• A extensão dos atributos da APS nos serviços de saúde públicos

brasileiros é baixa

• A experiência dos usuários é diferente da percepção dos profissionais

• Sistematicamente, a ESF é superior a UBS Tradicionais

• Estrutura ainda é um grande problema para qualificar APS no Brasil

• Há associação entre extensão dos atributos e melhor processo de

atenção (HAS, DM, prevenção...)

• Não há associação entre a fraca extensão dos atributos e resultados

em saúde (iCSAPs, controle pressórico, controle de DM,...)