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Conselho Regional de Medicina – Tocantins
4º CURSO DE EDUCAÇÃO MÉDICA
Dr. Karlo T. Santos
Conselho Regional de Medicina – Tocantins
SÍNDROMES MOTORAS
Introdução:
• 2/5 das patologias neurológicas.
• Trazer ao médico generalista:
“Conceitos e idéias que o façam lembrar da miríade de possibilidades envolvidas quando o mesmo atende um paciente com algum grau de comprometimento do sistema motor do SNC ou Periférico.”
• Os conhecimentos básicos de anatomia e
fisiologia, há muito vistos nos primeiro e
segundo anos de nossa faculdade serão
de valiosa ajuda para entendermos como
as patologias realmente acontecem.
• Fibras nervosas longas, vindas do córtex, são as principais responsáveis em reger a atividade voluntária dos músculos. Descem pelas pontas anteriores da medula e formam o feixe piramidal ou córtico-espinhal .
• Seus neurônios se localizam em nível cerebral, na área 04 de Brodmann ou giro pré-central. Sua disposição somatotópica corresponde à imagem de um homúnculo de cabeça para baixo
• 90% cruzam para o lado oposto na decussação das pirâmides, no bulbo.
• Fascículo córtico-núclear e córtico-espinhal.
• Vão para as pontas anteriores da medula, daí para as raízes anteriores e nervos espinhais, onde chegarão às placas mioneurais dos músculos estriados.
FEIXE CÓRTICO-ESPINHAL OU FEIXE PIRAMIDAL
• Do córtex para a coroa radiada, passam pela perna posterior da cápsula interna até o mesencéfalo, com distribuição somatotópica.
• Na medula formam, após a decussação, os feixes córtico-espinhal lateral (90%) e córtico-espinhal-anterior
FEIXE CÓRTICO NÚCLEAR OU CÓRTICO-BULBAR
• Representam as fibras dos nn cranianos trigêmio(V), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago(X), acessório (XI), e hipoglosso (XII).
• Nervos que contem fibras motoras que saem do cérebro.
Sistema Motor Extra-Piramidal
• São todas as vias motoras que não passam pelas pirâmides do bulbo.
• Os feixes córtico-ponto-cerebelares, tecto-espinhal, rubro-espinhal, vestíbulo-espinhal e outros vão até as pontas anteriores e dão a fineza dos movimentos, sua beleza e coordenação ao sistema piramidal .
• Lesões que afetam a área 04 ou as
pirâmides levam à paralisia flácida.
Lesões que afetam outros locais e que
envolvem as fibras extra-piramidais geram
lesões tipo espástico.
Lesões das vias piramidais e extra-piramidais:
• A interrupção do feixe piramidal elimina a
transmissão de todos os estímulos para
os movimentos voluntários, do córtex às
células das pontas anteriores da medula,
com paralisia dos músculos, abolição dos
reflexos e conseqüente paralisia flácida
• Lesão das vias extra-piramidais, que controlam os fusos musculares, levam a espasticidade e hiperreflexia, acompanhada de clônus.
• O sinal de Babinski é prova indiscutível do feixe piramidal, assim como a abolição dos reflexos cremastérico e cutâneo-abdominal .
S. da Paralisia Espástica de origem central
• Diminuição da força muscular e dos movimentos delicados.
• Hipertonia• Hiperreflexia• Diminuição ou ausência dos reflexos
proprioceptivos. (cutâneo-abdominal, cremastérico e plantar).
• Sinal de Babinski, Gordon e Oppenheim.• Ausência de atrofias musculares
degenerativas.
Síndromes Especiais:
• É uma via longa onde estão o 1º e 2º neurônios.
• As lesões podem ocorrer em oito locais principais a saber:
Síndromes Especiais
1. Lesão sub-cortical (tumor, hematoma, infarto ...) : paresia da mão ou do braço oposto. Podem ocorrer crises convulsivas.
2. Lesões da cápsula interna: hemiplegia espástica contra-lateral. Existe intimidade de fibras piramidais e extra-piramidais, podendo haver comprometimento do feixe cortiço-núclear, com paralisia facial central e da língua ( XII nervo).
Síndromes Especiais
3. Lesões do pedúnculo: paralisia espástica contra-lateral com paralisia ipsilateral do III nervo ou óculo-motor.
4. Lesões da ponte: Hemiplegia contra-lateral ou mesmo bilateral, com preservação do facial e hipoglosso, sendo que pode ocorrer lesão do V e VI nn, ipsilateralmente.
Síndromes Especiais
5. Lesões das pirâmides: hemiparesia flácida contra-lateral.
6. Lesões cervicais: lesões do feixe piramidal lateral, como ocorrem na esclerose múltipla e ELA, provocam hemiplegia espástica ipsilateral
Síndromes Especiais
7. Lesões da medula torácica: idem, porém com déficit em apenas um membro.
8. Lesões das raízes anteriores: as paralisias são flácidas e ipsilaterais por lesão do segundo neurônio motor.
S. de Lesão dos Nervos Radiculares
• A irradiação da dor acompanha os dermátomos.
• A sensibilidade dolorosa é mais comprometida que as outras modalidades sensitivas.
• Existe diminuição de força e pode haver atrofia nos casos mais graves.
• As alterações de reflexos correspondem à lesão dos nervos periféricos.
• Não há sinais de comprometimento do sistema nervoso autônomo.
Afecções das Unidades Motoras:Síndrome da Paralisia Flácida
• Diminuição geral da força muscular.• Hipotonia ou atonia do músculo• Hipo ou arreflexia.• Degeneração muscular neurogênica.• O exame Eletroneuromiográfico é vital
nestes casos.• Existem 31 pares de nervos espinhais.• Grande variedade de doenças.
Afecções dos Músculos e Placas Mioneurais:
• As miopatias são doenças com alterações
anatômicas ou bioquímicas que ocorrem
dentro ou em torno das placas mioneurais,
nas fibras musculares ou no tecido
conjuntivo dos músculos, na ausência de
lesões do sistema nervoso.
Afecções dos Músculos e Placas Mioneurais:
• Distrofia muscular progressiva. (Doença de Erb-Boldflan)
• Miotonia congênita (Doença de Thomsen)• Distrofia miotônica (S. de Curschmann-Steinert)• Paralisias paroxísticas (do tipo hipo ou
hiperpotassêmico)• Amiotonia congênita (Doença de Oppenheim)• Dermatomiosite• Polimiosite• Esclerodermia As miopatias têm muitos traços em comum,
geralmente bilateral e simétrica.
Doença do Neurônio Motor- DNM:
• Degeneração das células do corno anterior e envolvimento de alguns núcleos de nn cranianos são características básicas.
• A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é a mais comum destas doenças, atingindo 1 a 2 por 100.000 pessoas e é de longe uma das mais devastadoras doenças neurológicas, tanto físicas como emocionalmente .
Doença do Neurônio Motor- DNM:
• Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
• Atrofia Muscular Progressiva (AMP).
• Paralisia Bulbar Progressiva (PBP)
• Esclerose Lateral Primária (ELP)
Doença do Neurônio Motor- DNM:
• Fraqueza assimétrica, indolor e multifocal.
Os sintomas podem ter início focal e
progredir aos poucos, afetando vários
miótomos contíguos. A maioria dos
pacientes tem cãimbras , fasciculações e
atrofia muscular.
Doença do Neurônio Motor- DNM
• Os quatro “D”s do dgn das DNM são
desnervação, desmielinização,
diferenciação e distinção: daí ser a
Eletroneuromiografia o principal exame
diagnóstico. A biópsia muscular tem valor
limitado, assim como os exames de LCR.
Doença do Neurônio Motor- DNM
• Um Tratamento com Imunoglobulina
intravenosa e Riluzole estão indicados
quando se tem dúvidas ou se quer fazer
dgn diferencial.
Felizmente são Dçs raras
porém graves.
Quanto mais precoce for seu
dgn, melhor!!!
Contamos com vocês e
estamos a disposição.
Tem alguém com sono?
ÓTIMO!!!
• VAMOS Á PRÓXIMA APRESENTAÇÃO:• DÚVIDAS!!!
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