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Avaliação da Aprendizagem
Didática II
Profa. MSc. Narjara Garcia
O que é Avaliação?
Julgamento?
Regulação?
Classificação?
Acompanhamento?
As múltiplas dimensões do olhar
avaliativo “Por que avaliamos? Quais os rumos da avaliação neste
século? As discussões sobre essa prática centram-se ainda
demasiadamente no seu caráter burocrático, de registro de
resultados, de exigência do sistema de ensino. Discute-se
avaliação, focalizando apenas uma parte da totalidade, sem
prestar atenção ao que lhe dá fundamento. Como se fosse um
grande iceberg, do qual só se percebe a sua ponta estreita,
que está fora d’água, correndo-se o risco de esbarrar no
enorme bloco de gelo que lhe dá sustento...” (HOFFMAN,
2001, p.59).
POR QUE AVALIAR NA ESCOLA?
Avaliação Classificatória – verificar, comprovar o alcance de um
objetivo ao final de um estudo, de um determinado tempo – o
professor ensina e, depois, pergunta.
Avaliar é questionar, propor tarefas
desafiadoras...
Avaliação Mediadora – mobilização, provocação,
acompanhamento da construção do conhecimento –
professores e alunos se questionam, buscam informações
pertinentes, constroem conceitos, resolvem problemas.
Avaliação mediadora
A avaliação deve ser uma estratégia para a
reorganização do trabalho escolar, um momento
em que educador e educando podem trocar ideias e
refletir sobre elas como mediação do processo de
construção do conhecimento.
Avaliação sob nova perspectiva
Modalidades/ Tipos de Avaliação:
Diagnóstica – observar, analisar e pesquisar as
dificuldades dos alunos para a reconstrução da
aprendizagem. Esta é realizada no início do processo,
para orientar a ação do educador na organização do seu
planejamento escolar. Essa é a avaliação feita para ajudar
a aprender e não para dizer o que o aluno sabe.
Avaliação sob nova perspectiva
Formativa – serve para guiar e otimizar as aprendizagens em
andamento. Além disso, é contínua e realizada durante o
processo de aprendizagem. O professor não está preocupado
com os resultados que o aluno obtém, mas em reorganizar as
práticas, de acordo com as necessidades dos educandos.
Caracteriza-se pelas funções informativa e corretiva. Precisa
de três etapas: coleta de informações, diagnóstico
individualizado e ajuste da ação.
Avaliação sob nova perspectiva
Cumulativa/Somatória – certificação das competências,
constatação das condições do educando, momento de
análise de todos os dados do aluno recolhidos no decorrer
daquele período, um balanço ou síntese das aquisições em
um período, verificação da produtividade do trabalho. Não
consta da aplicação de um teste, contendo todo o conteúdo
acumulado, mas em representar os resultados obtidos
durante o desenvolvimento, comparando ao diagnóstico
feito no início do processo.
Avaliação mediadora/formativa
• Avaliação processual.
• Função principal: ajudar o aluno a aprender e não medir o
que ele sabe.
• Realizar diferentes momentos avaliativos, incluindo a
interação através de questionamentos e observações.
• Utilizar mais de um instrumento com diferentes tipos de
questões e situações-problema, cujas soluções exigem a
ativação de um ou mais conhecimentos aprendidos.
• Planejada com base nas questões: que tipo de informação é
necessário coletar? Como coletar essa informação? Como
registrar essa informação?
Critérios de avaliação
• Indicadores a partir dos quais se visa observar o desempenho do aluno.
• Devem ter uma intenção clara e estarem relacionados aos objetivos de ensino.
• A elaboração de critérios comuns a todos é um aspecto problemático da avaliação. Ex.: como avaliar os trabalhos de dois alunos, se um deles está ótimo em apresentação, coerente com o que foi solicitado e o outro atende à solicitação, mas tem péssima apresentação, foi manuscrito e está com as folhas amassadas e/ou com rasuras?
• Deve haver clareza na elaboração dos critérios. Estes devem ser objetivos, observáveis e centrados na aplicabilidade da tarefa. Ademais, devem estar claros para os educandos.
Seleção dos instrumentos de avaliação
• O cuidado na escolha e elaboração de instrumentos
avaliativos é essencial.
• A utilização de variados instrumentos avaliativos pode
contribuir para o acompanhamento dos alunos e suas
diferentes formas de aprendizado.
• Não se avalia somente através de instrumentos. Também se
avalia através de observações e acompanhamento periódico
das tarefas e interações do aluno.
• O fato de utilizar uma prova em avaliação não significa que
o professor avalie de forma tradicional. O teste é só um
instrumento. Os problemas, geralmente, estão vinculados à
elaboração e ao uso dos resultados.
Instrumentos de avaliação
• Testes, trabalhos e todas as formas de expressão dos alunos
que permitam acompanhar o processo de aprendizagem.
• Tratam-se de tarefas avaliativas.
• Relacionam-se ao uso do registro avaliativo.
• Não se deve confundir instrumentos avaliativos com
metodologias e procedimentos de ensino. As metodologias
se definem pelas intenções e formas de agir do educando e
do professor no processo educativo. Ex.: observação é uma
metodologia que faz parte do processo avaliativo, mas não é
um instrumento. O registro das observações pode ser feito
através de um instrumento como um diário ou relatório.
“Não são os tipos de instrumentos utilizados que
definem a modalidade ou o tipo de avaliação, mas
o uso que o avaliador faz com as informações que
obtém a partir das observações realizadas e dos
instrumentos aplicados”
(MELCHIOR, 2003).
Registro da avaliação
• Trata-se da comunicação dos resultados de aprendizagem.
• Deve ser contínuo durante o processo, para a avaliação dos
diferentes momentos do processo de aprendizagem.
• No final de cada etapa, deve ser realizada uma atividade
integradora, a qual confronte todos os registros realizados e
demonstre a evolução e/ou dificuldades expressas pelos
educandos.
• Não pode ser o fator principal da avaliação, é mera consequência
do processo. Ex.: uma nota não dá nenhuma informação sobre o
que o aprendiz sabe ou não.
• Não deve ser usado como castigo para os erros dos educandos.
• Tipos de registros: notas, conceitos, menção, parecer descritivo,
anotações, portfólio, entre outros.
“A avaliação é uma atitude ética e, como tal,
nos envolve como seres humanos. Tomamos
decisões em sala de aula a partir do que somos
e do que sabemos, porque avaliar revela nossas
posturas diante da vida. Para além de julgar,
avaliar é ver, refletir e agir em benefício dos
educandos” (HOFFMANN, 2008, p.161).
Referências
• HOFFMAN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do
caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
• HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. São Paulo:
Mediação, 2003.
• HOFFMANN, Jussara. Avaliar: respeitar primeiro, educar
depois. Porto Alegre: Mediação, 2008.
• MELCHIOR, Maria Celina. Da avaliação dos saberes à
construção de competências. Porto Alegre: Premier,
2003.
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