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Aviso Aos Navegantes:A vida Está dura, Mas Batendo
A Gente Fura!(Texto de capa do Jornal Revisão e Revisão Virtual de 26/08/2004)
Por: Paulo de Campos
Os títulos da primeira colocada e da Melhor Música na Opinião do Público, aliados às letras de algumas canções apresentadas na 18ª Moenda, nos propõem, pelo menos, pensar...Como um mosaico da boa MPB, a 18ª Moenda da Canção foi o grande acontecimento deste último fim de semana em Santo Antônio da Patrulha. Foram vinte e duas músicas - selecionadas pelo júri formado por Miguel Bicca, Silvio Genro, Cida Moreira, Carlos Catuípe, Pedro Leite, Zé Caradípia e Arthur de Faria -que proporcionaram essa diversificação de gêneros e estilos espelhando o cancioneiro regional brasileiro. Milongas, sambas, emboladas, chamames, modas de viola, maçambique, rock e canções, contrastando-se a vanguarda e o tradicional, as performances e o trivial. E, ainda os bons shows de Neto Fagundes ( Rock no Galpão), Nenhum de Nós, Cida Moreira cantando Chico Buarque, Eudes Fraga (Tudo que Nordestes) e Ed Motta e Banda. Entre boas letras dosadas de bom humor e outras que falam de poesia e de temas ecológicos, canções de protesto ressurgem com grande força: Anti-Dotô, "...Neste pais / Quem vive da ignorância / Tem um lucro que é certo, pode só arreparar /A gente bebe tanta água de batata / pensando que é remédio/ querem só nos enganar..." Edifício Brasil, "...A "cosa" vem melhorando / A "fartura" predomina / o pessoal anda "de varde" / Escorado nas "esquina"..." Bem Brasileiro "...Acho bem brasileiro farofa de dendê / Mas acho bem mais brasileiro não ter o que comer / Siri no Siriú se ri da falta de dente / do novo homem-brasil / a evolução da gente..." Assim é a Moenda: a cada ano, seja por suas inovações, seja por suas músicas e até por suas pequenas polêmicas, ela se supera, se renova, se revigora e se torna cada vez maior. Nos fazendo pensar não só na sua enorme importância, enquanto evento, mas e principalmente em sua função cultural e social como um retrato que registra a nossa época.
Aqui está o resultado da 18ª Moenda da Canção:
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1º Lugar - Aviso Aos NavegantesIvo Ladislau, Mauro Marques e Paulinho Bracht
Capão da Canoa e Porto Alegre/RS2º Lugar - Palavriá
Daniel Sanches - São Paulo/SP 3º Lugar - Em Todas as Partes
Erlon Péricles - Santa Maria/RSMelhor Música na Opinião do Público
A Vida Está dura, Mas Batendo a Gente FuraLuiz Carlos Borges - Porto Alegre/RS
Melhor Intérprete - Kako XavierMelhor Instrumentista: Teleu - Viola
Melhor Letra - Dançando Com os LeõesZebeto Corrêa - Belo Horizonte/MG
Melhor Arranjo - CaborteiraErlon Péricles e Fábio Maus - Santa Maria/RS
As doze que formam o CD:A Vida Está dura, Mas Batendo a Gente Fura
Luiz Carlos Borges - Porto Alegre/RS Anti-dotô- Caval - São Paulo/SP
Aviso Aos Navegantes - Ivo Ladialau, Mauro Marques e Paulinho Bracht Caborteira - Erlon Péricles e Fábio Maus - Santa Maria/RS
Canta Viola - Watherly Figueiredo - São Paulo/SPClassificados - Renato Júnior e Cássio Ricardo - Osório/RS
Dançando com os Leões - Zebeto Corrêa - Belo Horizonte/MGDo meu Verso - Adair de Freitas
Em Todas as Partes - Erlon Péricles -Santa Maria/RSNo Tempo velho das Estradas Longas - Vaine Darde e Renato Júnior
O Beijo Não Vem da Boca - Zebeto Corrêa - Belo Horizonte/MGPalavriá - Daniel Sanches - São Paulo/SP
As concorrentes da 18ª Moenda:
A Vida Está dura, Mas Batendo a Gente FuraLuiz Carlos Borges - Porto Alegre/RS
Aboio de Solidão - Zé Alexandre - Rio de Janeiro/RJ
Antidoto - Caval - São Paulo/SP
Aviso Aos Navegantes - Ivo Ladialau, Mauro Marques e Paulinho Bracht
Bem Brasileiro - Caetano Silveira e Beto Bollo - Porto Alegre/RS
Caborteira - Erlon Péricles e Fábio Maus - Santa Maria/RS
Canta Viola - Watherly Figueiredo - São Paulo/SP
Classificados - Renato Júnior e Cássio Ricardo - Osório/RS
Conflito - Rodrigo Bauer e Chico Saratt - Porto Alegre/RS
Dança com os Leões - Zebeto Corrêa - Belo Horizonte/MG
Do meu Verso - Adair de Freitas
Edifício Brasil - Renato Júnior e Cássio Ricardo - Osório/RS
Em Todas as Partes - Erlon Péricles -Santa Maria/RS
Made In Brasil - Paulinho de Campos - Rio de Janeiro/RJ
Magia do Luar - Ivone Selistre e Nilton Júnior - Santo Antônio da Patrulha
Magia do Mar de Jociel Lima - Cidreira/RS
No Tempo velho das Estradas Longas - Vaine Darde e Renato Júnior
O Beijo Não Vem da Boca - Zebeto Corrêa - Belo Horizonte/MG
O Sol das Claves - Sergio Augusto, James Azevedo e Jairo Silva - SP
Palavriá - Daniel Sanches - São Paulo/SP
Psicossociopatia - Renato Júnior e Cássio Ricardo - Osório/RS
Voltando - Beto Barros - Porto Alegre/RS
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Ed Motta: Soberbo! (Na soberba lente de Susi Morais).
Teleu
com Vaine Dardee Beto Randazzo
Enquanto isso...O amigo Sergio Augusto - segundo da
dir/esq - (do Portal Festivais do Brasil) ganhava o 2º Lugar com a música
"A Mão do Tempo" em Ilha Solteira.
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Borges
TARUMÃ
PALAVRIÁ
Jorginho do Trompete no telão
A segunda noite(21/08), foi dividida (um olho no palco e
o outro no "Bar dos Artístas"), onde os bons papos tiveram continuidade.
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Cida Moreira canta Chico Buarque (Mazza encanta com sua foto)
Na área de alimentação com,Moura MattosZé CaradípiaMarcelo Reck ePascolino Ribeiro
Todos os músicos lendo com interesse o Regulamento da 17ª
Tafona de Osório
com Luiz Carlos Borges
Iniciou-se uma grande amizadecom o meu xará (por completo)Paulinho de Campos, do Rio de
Janeiro.
O clima dos bastidores
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EDIFÍCIO BRASIL
PSCOSSOCIOPATIA
Leandro(baixo),N.Júnior(efeitos/TV),Cássio Ricardo,Renato Júnior e Susi Morais
1ª noite de Moenda(20/08):Encontros e reencontros no
"Bar dos Artistas" (bastidores).
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A primeira noite das Moendas é sempre um momento para reencontrar os amigos, lembrar histórias e contar as
novidades de quem não se vê há algum tempo. Ontem, não foi diferente.
com os tecladistasNilton Júnior eFelipe Janicsek
com Zebeto Corrêa
Enquanto isso...O grupo Tarumã (Palavriá), corria "de lá e pra cá" pois fez o show de
abertura do 30º Festival Nacional de MPB em Ilha Solteira/SP.
Com VecoEwandro
Hiton Vaccarie João Vicente
com Veco e Hiton Vaccari
No show do Nenhum de Nós,o grande amigo João Vicente
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com Kako Xavier
CLASSIFICADOS
NO TEMPO VELHODAS ESTRADAS LONGAS
Juliano Gonçalves(acordeão)
Zé Fernado LimaCássio Ricardo
Leandro(acordeão)DaCosta
Renato Júnior
Os Jurados: (dir-esq)Miguel BiccaSilvio GenroCida MoreiraCarlos CatuípePedro LeiteZé CaradípiaArthur de Faria
comRégia Campos
Silvio GenroHeleno Cardeal
e Rico
fotos gentilmente cedidas por:ilhasolteira.com, Mapa da Noite, Litoral Gaúcho e Susi Morais
Encontros e reencontros:
Na Moenda sempre é a hora de rever amigos e de
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recordar historinhas curiosas e também de conquistar-se novos amigos e de surgirem mais histórias, claro!
NicoAcompanhei a Coordenadora Estadual e Regional de Artes das APAEs Vera Rostro Silveira até Santo Antonio, quando ela foi oficializar o convite a Neto Fagundes para que ele participe conosco da Etapa Estadual do Festival Nossa Arte em outubro. O reencontro com Nico Fagundes sempre é uma festa. Quando lhe apresentei a coordenadora da APAE, ele me chamou ao pé do ouvido e disse: -"Nós dois temos que nos esconder dessas professoras da APAE. Se não, elas acabam nos levando pra lá." Com um ótimo bom humor, Nico sempre tem uma "tirada" pronta para qualquer ocasião.
ParceriaHá alguns anos atrás, quando o Nico era o apresentador da Tafona, ao me encontrar, tirou uma folha dobrada do bolso, e falou: "- Estou há dias pensando em ti. Não via a hora de chegar em Osório pra te entregar esta letra que fiz especialmente pra ti." Como já tínhamos uma parceria, fiquei feliz pois ele confiaria mais uma de suas belas letras para que eu musicasse. Ao desdobrar a folha que me fora entregue, deparei-me com uma "enorme e bela" letra "P" muito bem desenhada e cheia de florzinhas e corações. Nico é assim, chega a premeditar dias antes uma boa brincadeira. Mas é, antes de tudo, um grande e sincero amigo de longuíssima data.
GerryEssa, o Belocão me contou: Na tarde de quarta-feira houve o "Baile da Terceira Idade". Vieram muitos e muitos ônibus de várias cidades vizinhas. A área de alimentação estava lotada. Como o Gerry tinha pressa, pois estava trabalhando, sentou-se numa mesa que já estava ocupada por algumas senhoras que participavam do baile. Ao que foi indagado por uma delas: "- E o senhor, tá gostando do baile? Veio de que cidade? Já está acompanhado?" O Gerry, indignado, respondeu que era o "moço" que fazia a iluminação do evento. E, preocupado, perdeu o apetite.
Hilton Vacari e VecoLembrávamos do primeiro festival dos dois: em Porto Alegre, no décimo andar do edifício do SESC. Hilton mostrava a sua primeira milonga acompanhado pelo Veco tocando balalaica (instrumento muito usado na Rússia, parecido com um bandolim, só que em forma triangular e com três cordas). No júri: entre outros, Vitor Ramil, maestro Cláudio Ribeiro e eu. Reclamam ainda, é lógico, por não terem vencido aquele festival. Hoje, Hilton participa da banda de Renato Borghetti e o Veco integra o "Nenhum de Nós".
Outros bons momentosForam inúmeros os encontros e reencontros no "Bar dos Artistas": além dos já citados, os gaúchos Luiz Carlos Borges, Vinícius Brum, Glênio Fagundes, J.Goulart, Vaine Darde, Aurélio Leal, Beto Bollo e João Vicente, o mineiro Zé Beto Correa (gênio), o meu xará (por completo)
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carioca e agora grande amigo Paulinho de Campos, o nordestino Eudes Fraga ("en-cantador"), o paulista Teleu, com quem, ao som do seu violão de sete cordas, cantei "Modinha" de Sérgio Bitencourt" - e, pasmem, lembrei de toda a letra. Sem falar no prazer que tive em receber na minha casa, como hóspede, o uruguaianense Silvio Aymone Genro que foi um dos jurados desta Moenda.
No domingoComo já é tradição, domingo ao meio dia aconteceu o "churrasco dos jurados" na Pousada de Beto Randazzo. Outro momento memorável e de muita emoção, que se estendeu até às 17 horas. Entre canções de todos os gêneros e belos poemas gaúchos, todos nós cantávamos e tocávamos evidenciando o grande e heterogêneo mosaico que a música brasileira engloba. Evoluiu-se então para uma bela reflexão sobre o momento em que vivem a arte e a cultura brasileira. Inesquecível!
As letras: Classificados
No jornal de domingoum anúncio discretochamava a atençãopois trazia no altoescrito entre aspas
"Meio Coração".
Curioso que sounão me segurei
e li até o fimvejam só que
engraçadoo texto pequeno
dizia assim:
"Sou loirinha ou morena
nem baixa, nem altatamanho ideal
cabelos sedososnem longos, nem
curtosdo tipo normal.
Nem gorda, nem magrabonita ou feia
depende do olharcom defeito e virtude
tudo arrumadinhonum mesmo lugar.
Só tem um problemaque segue comigojá faz um tempão(me diz o que é)
aqui dentro do peitoeu trago escondido
meio coração (e como dói).
Se você que está lendofor uma pessoacom este defeito
me responda depressaque a nossa desgraçapor certo tem jeito.
A gente se doa
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se une pra sempreamor e paixão
para sermos felizesmetade, metadeum só coração.
Encerro este textoaguardo respostaenvie um cartãoà Maria TristezaRua EsperançaPorto Solidão."
Caborteira
Ala Pucha! Que coisa gaúchaé meu sonho que sai pelo pago.
É a tristeza campeando um achegoe eu "loco de bueno" tocando o cavalo.
É o Rio Grande que pede passegemmatando a saudade num fundo de campo.
É o sorriso que vem de regalofazendo um costado pras coisas que canto.
Tchê, compadre, falando em saudade,esta dona anda "loca" pra vim me judiá.
Eu tenteio, pois sou caborteiro,vou só no floreio e não vou me "afloxá".
"Se bobeia eu já tapo de bala",pra mim não dá nada mais uma peleia,seu eu me calço não tem pra ninguém
e me vou "bem de bem" que não tem coisa feia.
Pego essa saudadechamo ela no "reio"
faço "conhece" rodeiosó pra pacholar.Corto pelo meio
e firmo nos arreiosme agarro companheiro
e deixo corcovear.
Do Meu Verso
Quando meu verso transita pelas estradas da folhaminh'alma não tem escolha, tem que contar seus segredos,
aquele que vive "al pedo" de si mesmo é prisioneiroe nunca terá luzeiros pra iluminar os seus medos.
Meu verso não é de arreio, nem manso de maneadornão tem rancho ou parador, nem obedece sincerro,
não busca a volta do cerro, nem estradas mais parelhasw sempre murcha as orelhas, pra os "metido a Martin Fierro".
Ouve meu verso parceiro, que tem o cheiro de garrasque rebentou as amarras, e se adonou do destino
vive na alma das gaitas, traz das guitarras a essênciapra ser caminho e querência dos que nasceram teatinos.
Meu verso não tem bandeiras, é de quem quer escutá-lofala de amor e cavalos, grita por mais igualdade
respeita muito a verdade que muitos querem vencê-lae voa rumo às estrelas, nas asas da liberdade.
Se teu destino é ser livre, vai campo afora meu versoque o campo, teu universo, vive na minha canção
não deixa o tempo ir embora, vai que a esperança te esperapra repovoar as taperas, na magia da emoção.
Aboio de Gratidão
A vida mandou que a vidaFosse assim vividaDo remanso à lida
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E na ferida o corteQue é boca cantando esse aboio
Que não é lamúriaQue não é de morte
É uma forma de oraçãoCom respeito e gratidão.
Meu pai teve três meninosE a todos não faltou
Disse pra Vô Belarmino"Quero eles tudo dotô"
Por querência do destinoEu dei de ser cantador.
O que apontou primeiroCedo já se diplomou
O segundo veio saindoMestre no computador
E eu nasci nessa emboladaNunca tive professor.
Mãezinha desculpe o mau jeitoTô tentando ser direito
Êta mundo mais estreitoQue aperta conforme a dor
Que aperta quanto maior a dor.
Pra não dizer que pareceQue meu canto sabe tudo
Só Deus tem poder de vetoSe o meu canto é absurdoSe é pra dizer baboseiraEu prefiro ficar mudo.
O que se aprende na escolaTem relevância vital
Mas entendo que respeitoÉ pedra fundamental
Onde acaba o meu limiteComeça o do outro, afinal.
Todo homem paga um preçoQuando abraça profissãoSe tem arrependimento
Guiou-se pela razãoTrabalho é com o sentimento
Que se tem no coração.
Deus perdoe meus pecadosPorque eu não nasci pra santo
Quando grita a consciênciaÉ a custa de muito prantoValei-me Nossa Senhora
Que me cubra com meu manto.
Meu Deus não quis que a vidaFosse incumbida
Em ser favorecidaPra nenhum irmão
Eu vou pedir pra minha históriaFicar na memóriaE em todo coração
Que puder parar para ouvirQue tiver olhos de ver.
O Beijo Não Vem da Boca
O beijo não vem da bocaVem lá do fundo da alma
Afogado em cada gotaDa saliva que lhe acalma.
O beijo não vem da bocaVem pulsando em cada veia
Até implodir em línguasDois fios da mesma teia.
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Antes do que se pensaJá estava impresso nas retinas
Tatuado nos segredosNos desejos da menina.
Talvez debaixo das pedrasDe jogar "Cinco Marias"
Trancado à chave em gavetasEntre cartas e calcinhas.
O beijo não vem da bocaVem do arrepio, da pele
Do suor mostrando à nucaTodo o prazer que revele.
Que o beijo não vem da bocaFeito fogo no palheiro
Faz do espírito um clarãoPra iluminar o corpo inteiro.
Palavriá
Agora eu chamo o "Cordel do Fogo Encantado" prá fazer um bem bolado no dom de Palavriá;
Quem perde uma, perde duas, perde três, perde o fio da meada e não consegue mais voltar;
E nos meus versos eu castigo o que não presta a canção é o que me resta entre o céu e o mar;
É a lua nova, minguante, crescente, cheia, a aranha faz sua teia e põe a mosca, prá deitar...
Agora mesmo eu proponho um desafio, quero ver quem desce o rio num galope a beira-mar;
Só a viola se consegue tal proeza, nado contra a correnteza e é só prá contrariar;
Então eu canto, só falo nome de peixe. quero que você me deixe na função de improvisar;
É Peixe-Boi, Mandi, Jaú, Bagre, Pintado, Pacú, Tilápia, Dourado, Surubim, Curimbatá...
Agora eu canto, só falo nome de bicho, quero ver o reboliço que isso pode resultar;
Anta, Veado, Paca, Onça, Capivara, Coruja, Cavalo, Arara, Javaré, Tamanduá;
Agora eu canto, só falo nome de rio, quero vaia e assovio se por acaso eu tropeçar;
É Tietê, São Francisco, Rio Madeira, Negro, Paranapanema, Amazonas, Paraná...
Então eu canto, só falo nome de fruta, na embolada não discuta, não pode língua travar;
Manga, Melão, Piyanga, Figo, Carambola, Cajú, Côco, Pêra, Amora, Tangerina, Guaraná;
Então eu canto, só falo nome de menina, essa é a minha sina, mas não quero plagiar;
É Cláudia, Cáta, Daniela, Luciana, Sônia, Lú, Maria Silvana, Ana Cristina, Beá...
Palavriá, Palavriá, Palavriá...Essa embolada funde o Côco, Rap, Funk, brasileiro.
Palavriá, Palavriá, Palavriá;Isso mistura Chico Science com Jackson do Pandeiro.
Palavriá, Palavriá, Palavriá...Essa embolada funde o Côco, Rap, Funk, brasileiro.
Palavriá, Palavriá, Palavriá;Celma do Côco em Nova York, James Brown em Juazeiro.
No Tempo velho das estradas longas
No tempo velho das estradas longas,do pampa vasto, nos confins dispersos,
vinham carretas a ranger milongas,galgando léguas e cantando versos.
A vida antiga transita mansasolando salmos, desfazendo inércia,
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ainda os homens não somavam pressade menos tempo pra transpôr distâncias.
Só resta um rasto pra rastear a históriano mundo novo que não tem memória
e fecha os olhos para o que se foi...
O mundo, agora, não tem horizontes,porém se vive muito mais distante
do que no tempo em que se usava os bois...
Antidotô
Donde "cê" vai menino, eu vou atrásAqui na "banca"
Eu chego de surprise!Com os anseios do destinoCom esse passo de menino
Eu vou ah!, ah!, ah!...Eu não me canso nunca...
Eu vou passar por cima de quem forQuerem calar o cantador
Em noites magistrais de amorAos que levam no coração,E juntar aos que pensam
Aos que dizem,Aos que pensam que dizem,
Aos que movem...
Nesse país,Quem vive da ignorância
Tem um lucro que é certo, pode só arreparar.
A gente bebe tanta água de batataPensando que é remédioQuerem só nos enganar.
Tentei juntarUm bocadinho de letrinhas
E fazer uma cantiga, pra poder te alegrar.
Prezado amigo, eu já tô de saco cheioMas ninguém quer falar nadaNão sou eu que vou falar...
Me arrumaramAté um caso interativo
E pra poder fazer amor, eu devo me conectar.
Se não for com meu amorAh!, eu não vou...
Se não for com meu amorAh!, eu não vou...
Aviso aos Navegantes
Eu sou o mar, corredor da história.Nasci para unir e não pra separar.
Assim a vida em mim fez sua trajetória.Em minhas águas vivem as memórias:Pescadores, marisqueiros, imigrantes,
Emigrantes, navegantes, canoeiros,Marinheiros, exilados e aventureiros.
Se Deus te fez de carne e osso,Me fez simplesmente de água e sal.
Não sou santo, é natural...Namoro a areia, noite clara, lua cheia,
Entre lampejos intercalo meus desejos,E meus beijos entre ternas dunas brancas
do meu litoral...
Olhem pra mim,Olhem por mim,Orem por mim!
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Em outros dias de agitação,Nada me segura, nada me detém,
Me atiro nas rochas, nas barras, nos cais,Mas não demora já sou calmaria,Já sou poesia, sou dias de paz,
Sou cama mansa dessas caravelas,O outro lado dos meus temporais.
Duas maneiras de vestir o dia:Na maré cheia, na maré vazante,
E a lua bem sabe, comanda esse tempo,Na maré cheia invado os pontais,
Me estendo nas margens, me solto, me espraio,Até que essa lua me mande a vazante,Então me retraio e afago meus ais...
Parece castigo, pressinto a desgraça,A morte me espreita, nas garras dos homens,
Se um dia me alcança, vão todos comigo.As ondas inertes, odor de curtumes,
Sem ar, sem cardumes, sem vida, perdidas,Assim exauridas, enfim nesse aviso,
Carta aberta aos navegantes.
Magia do Mar
Moça morena, praieira balança as cadeirasVem dançar
Preta mimosa, me joga teu cheiro de rosa.
Ondas que vem e que vãoQue não "machuca" não
Pode vir na areiaBate o pezinho no chão
Mão na mão é magia do mar.
Mostra swing na veiaGingando sereia que eu quero ver
Nós dois num só balançarDois prá lá, dois pra cá vem dançar.
Moça morena, praieira balança as cadeirasVem dançar
Preta mimosa, me joga teu cheiro de rosa.
Na paradinha do couroTe olho no rosto, desejo no ohlar
Vem pro balanço praieiraQue a lua de fogo precisa brilhar
Faz referência pra gingaDepois vai menina pra beira do mar
Roda que roda criançaBalançando as "trança"
Quero ver bailar.Que vem do mar a canção
Batuca no peito meu coraçãoSal no teu corpo todo
Temperando o nosso amor.
Edifício Brasil
"É impressionante como num mesmo lugar pode-se encontrar pessoas tão diferentes...
O gordo, o magro, o feio, o belo, o reto, o torto, negro, branco e amarelo...Todos iguais perante a lei... e iguais!!
Todos vizinhos neste... como diria Severino: É dificil Brasil."
Seu "dotô", peço desculpaPor entrar neste recinto.
Eu, um homem mau vestidoFrente a um senhor tão distinto.
Mas é preciso que alguémLhe conte as novidades!
Quem vive no andar de baixoHoje é só felicidade.
As "cosa" vem melhorando
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A "fartura" predominaO pessoa anda "de varde"escorado nas "esquina".
Água é "moda" do passadoQuero que o senhor vejaNão há quem ande na ruaSem latinha de cerveja.
O salário dá e sobraO biscate é diversão
Com o suor do trabalhoNinguém "passa" precisão.
A saúde hoje em diaSegue forte e renovada
Por ser tão eficienteFaz fila nas "madrugada", seu "dotô"!
Seu "dotô", peço desculpaPor entrar neste recinto.
Eu, um homem mau vestidoFrente a um senhor tão distinto.
Mas é preciso que alguémLhe conte as novidades!
Quem vive no andar de baixoHoje é só felicidade.
Segurança, nem lhe faloJá bateram o martelo
Não há bandido lá foraSó o poder paralelo.
Todo mundo se ajudaPor caridade ou capricho
Tudo o que sobra na mesaVira "banquete" no lixo.
Então veja seu "dotô"Tudo agora é diferenteNão existe mais motivo
Pra viver longe da gente.
Deixe o seu escritórioAqui pertinho do céu
Hoje à noite vá lá em casaTemos sopa de papel, seu "dotô"!
O Sol das Claves
Todo dezembro lembro demaisDa areia amando o mar de Cascais
Já em fevereiro dói olvidarOs bombolegueros em Viña del Mar
E assim veleja minha saudadeOs portos são anos
Os versos são navesO tempo: as notasPalavras: chaves
Que alvorecem no sol das clavesO amor é um porto
E os versos as naves e o sol das claves
Se eu voltasse à beira do caisE pisasse a areia do mar de Cascais
Fizesse uma prece e lançasse ao marE ela tivesse o condão de te fazer voltar
E assim veleja a minha saudadeOs portos são anos
Os versos são navesO tempo: as notasPalavras: chaves
Que alvorecem no sol das clavesO amor é um porto
E os versos as naves e o sol das claves
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Canta Viola
Canta viola, canta meu peitoquem é que falou que viola não cantacanta afinado, afinando ao seu jeito
e o canário cantou bem baixinhoeu queria saber o que é que agiganta
o canto na garganta desse passarinho.
Quando eu era pequenoo meu pai logo plantoua semente do destino
violeiro trovador.A partir desse momento
logo fui merecedorde amar o som da violacomo amo o meu amor.Uma coisa que me disse
que eu jamais hei de esquecercom brilho forte nos olhos
fazendo a viola gemer"tão matando a fauna e flora
nos tentos dessa pelejanos tempos do aqui agora
querem tirar a viola da cantiga sertaneja."
Heraldo do Monte trouxea viola pra cidadee um certo violeiro
por nome Renato Andradetem pacto com o demônio.
Mas, sua viola é divinanos trastes da consciência
nos mostra toda ciênciada viola cristalina.
Almir, o Cherel Trindadecom cantos do Pantanalmostrou versatilidade
lá no Free Jazz Festival.E outros tantos violeirospor esse mundão aforasaúdam Tião Carreiro
que além de pagodeiroé o Papa da viola
Em Todas as Partes
Uma milonga de sonhopaira no céu do Brasil,
levando um jeito gaúcho... morena,alma de campo e de rio.
Uma milonga de luz e saudadeconta as verdades do pampa.
Uma milonga do Sul... meu compadre,guardada em minha garganta.
Milonga pro meu lamento,milonga a cada segundo.
É todo o meu sentimento... morena,água do poço mais fundo.
Milonga pranto e alegria,milonga dos sete mares......farol que serve de guia,
milonga em todas as partes.
Guarda meu sonho em cada acorde de guitarra,guarda um pouquinho da tristeza lá de fora.
Tem a ternura infindável de um abraço,tem a saudade habitando sua alma.
Guarda os anseios de quem busca liberdade,guarda o silêncio que acompanha as madrugadas.
Uma milonga pra cantar em Nova York,outra milonga que me serve de morada.
Vai... Milonguita vai,
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vai... Milongueiro amor.Milonga eu quero sempre mais...
...ponteando a minha dor.
Made In Brazil
Senti no peito um orgulho arretadoao ouvir xote e xaxado pelas ruas de Paris
e um francês dizendo que é bom suartão feliz e bem suado balançando os quadris.
Ouvi inglês, vi canadense e americanoirlandês e australiano, perguntando "What is this?"
o povo de todos os credos, todo o cantopara todos o esperanto é o som do nosso país.
Made in Brazil, made in BrazilIsso é forroris for all
Isso é Brazil.
A Mona Lisa finalmente então sorriuaté a Torre de Pisa, quase mesmo que caiu
o Big Ben fez tic-tac igual triânguloescocês tocando fole, na zabumba um tibetano.
Vi Fidel Castro com a Rainha Elizabethtodo mundo tete-à-tete pela paz universal
vi branco, amarelo, índio e vi pretobalançando o esqueleto
pois forró é for all.
Made in Brazil, made in BrazilIsso é forroris for all
Isso é Brazil.
Dançando com os Leões
Ao poeta cabe caminhar na corda bambaser ao mesmo tempo o domador e a bailarina
(Com o passo certo pra dançar entre os leões e a sua própria sina...)Sim, a sina do poeta é incerta, inexata
sua rota não se enquadraria numa linha reta.
Ao poeta cabe levitar por sobre as águasSer ao mesmo tempo caravela e ventania
(com o verso certo pra expressar a sua dor e as suas alegrias...)Sim, a tempestade é o trigo que o alimentaO poeta nunca se contenta com a calmaria.
Ao poeta sempre coube dar a outra faceSem disfarces sua vida é um livro aberto
Sen conserto o bobo segue e quer brincar com fogoVai se lambuzar do mel da vida até cair no choroVai se lambuzar do mel da vida até cair no sono
Vai se lambuzar...
A Vida Está DuraMas Batendo a Gente Fura
Nasci num ano bomSou ariano, sou de paz
Cresci fazendo somE este som é quem me traz
Eu saio quando pensoEu chego quando quero
Eu nunca fico tensoEu não me desespero
A estrada não tem culpaSe a gente pega pó
Mas sei que é dose-duplaViver desatando nóÉ pouca claridade
Na linha do horizonteMas vou com vontadeEm busca dessa fonte!
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A vida está duraMas batendo a gente fura.
Há mais de trinta anosQue eu ando por aí
E entre um baile e outroMuita coisa aprendi
Ouvi NENHUM DE NÓSNum rock de ruir
E o rock milongueiroDo ENGENHEIROS DO HAVAÍ
Vi SÉRGIO JACARÉConversar com SILVA RILLO
No dia desse encontroNão se ouvia nem os grilos
Ficou timbrado em nósEssa noite barranqueiraEntre UM MATE POR TI
E as PAIXÕES ARRABALERAS.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Já houve um burburinhoAqui no sul do meu Brasil
Foi quando o BORGHETTINHOVendeu mais de 100 mil
Aí foi um estouroAbriu-se a porteira
Ganhou disco de ouroo GAÚCHO DA FRONTEIRA
Incrível o sucessoDa dupla da ESBÓRNIA
E o regulamentoQue mudou a CALIFÓRNIA
Nasceu o MUSICANTOSurgiu um novo som
E mesmo assim há tantosQue não mudam o tom.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
O osso segue duroDe roer e de quebrar
Mas o ELTON SALDANHAQue é louco de atarMe disse outro dia
De braço com o violãoQue acha que a saída
Está na tradição...Não sei se está certoO Cavaleiro da Paz
Se faço o que ele disseOu se faço o que ele faz
A música do sulNão anda, não decolaE já tem muito artistaPreferindo jogar bola.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Eu lembro com saudadeDos BERTUSSI, TIO BILIA
Do velho GILDO DE FREITASQue cantava de "aporfia"Do grande JOSÉ MENDESQue chegou virando ciscoE o MESTRE TEIXEIRINHA
Que vendeu milhões de discosAqui atualmente
Não se passa dos 10 milTem festa da pesada
Quando alguém vende 100 milA USA e a ACIT
Dizem ir, vão até o fimCom OSVALDIR E MAGRÃO
E com WILSON PAIM.
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A vida está duraMas batendo a gente fura.
Já vi o PORCA VÉIASuando num gaitaçoNum baile de rodeioSeguro no compasso
E os "home" do AlegreteNo disco FAGUNDAÇO
É lindo de se verQuem sabe dar puaço
O JOÃO DE ALMEIDA NETONo tango ou na milonga
Se abre aquele peitoÉ um concerto de Arapongas
Aqui temos de tudoAgora vou falar
É que nem olho d'águaQuanto mais tira, mais dá.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Aqui tem hip-hopE tem funk a dar c'um pauTambém tem muito rockE marchinha "halisblau"Tchê music crescendo
Co' a patrulha dê-lhe pauE muito CTG
Que só cuida de sarauO bom nessa mistura
É que engrossa a discussãoPorque quem se segura
Não resbala o pé no chãoQualquer linha é bem vinda
Qualquer estilo é bomInstrumento não falaMas a gente tira som.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Do rock pra vaneiraDa vaneira pro batuqueDo reggae para o xote
É ao vivo, não tem truqueTem bandas do caralhoConjuntos do caramba
E o povo diz no péNas escolas de sambaNão troco minha terraPor nada nesse mundo
Eu sou gaúcho, tchêTô no raso, tô no fundo
No folk ou no popQuero ver quem me desdiz
Não tá faltando nadaPra gente ser feliz.
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Eu vou gravar um discoCarregado de emoção
Em dupla com o EGISTODe guitarra e de violãoE se a DAMA DA NOITEMe levar pro OpiniãoA festa vai ser grande
Vai ter canja de montãoConvido o PATINETY
Pois confio nesse loucoPorque conhece tudo
E já gravou de tudo um poucoE mando contratar
A BANDALIERA e OS MIRINSQue é pra misturar
Os de bombacha e os de jeans.
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A vida está duraMas batendo a gente fura.
Pra o show vou convidarO NEI LISBOA e o BIRIVA
Pra ver o que vai darRock pop com nativa
Não vai ter quem te salveNo meio do zum-zum
Quando o BEBETO ALVESCantar o Tum-tum-tum
A terra anda secaMas dá pra plantar
No sítio dos SERRANOSTem semente pra darAbaixo o preconceito
Estilo e tradiçãoCom todos os defeitos
A GENTE É IRMÃO!
A vida está duraMas batendo a gente fura.
Bem Brasileiro
Acho bem brasileiro comer feijoadacaipirinha aos pés do Corcovadopato no tucupi em Belém do Pará
tapioca, cuscuz e camarão ensopado.
Acho bem brasileiro tutu à mineiraOuro Preto e suas ladeiras
em Antonina comer um barreadoserá mandioca, aipim ou macaxeira?
Acho bem brasileirofarofa de dendê
mas acho bem mais brasileironão ter o que comer
siri no Siriúse ri
da falta de dentedo novo Homem-Brasila evolução da gente.
Uma peixada nas bandas do pantanale a carne-de-sol na Ribeira
acarajé, moqueca e pamonhaTainha assada na folha da bananeira.
Acho bem mais brasileiro comer vatapáno Candeal, na baixa do sapateiropela pampa, churrasco de ovelha
e na sombra um arroz-de-carreteiro.
Acho bem brasileirofarofa de dendê
mas acho bem mais brasileironão ter o que comer
siri no Siriúse ri
da falta de dentedo novo Homem-Brasil
a evolução da gente
"Psicossociopatia"
Nem Freud explica!
Já faz um tempo que a psicologiaProcurando noite e diaBusca uma explicação
Pra sociedade ter se tornado AlcatéiaUm massacre com platéia
Mocinho x vilão!Fazendo coisas que até mesmo Deus duvida
Fazendo roncar barrigas
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Na batalha do milhão.Rogando aos santos paz pra humanidade
Mas querendo na verdadeAssistir a explosão.
Gente sentada apreciando a tragédiaCom gostinho de comédia
Roxo de satisfação.Abrem-se as portas os soldados na arena
Mas o povo só aplaudeQuando sobra o leão.
Nem Freud explica!
A amizade se tornou artigo raroO povo idolatra carro, cobertura e caviar
Se perderam os sinceros sentimentosA alegria dos momentos
A vontade de amar.Muito mais fácil é vestir a carapuça
A mentira esmuçaA verdade do olhar
Nesse teatro o poder que vem do ouroMarca a ferro em brasa o couro
De quem tenta escapar.
Embora pensem que eu sou muito negativoQue o que digo é sem motivo
Que estou só em alto-marOlha a tua volta e diz com sinceridade
Em quantos destes que enxergasPodes mesmo confiar?
Nem Freud explica!
Já me disseram que de médico e loucoTodo mundo tem um pouco
Isso era uma verdadeHoje em dia a medida é diferente
Tens uns que são meio genteOutro tanto insanidade.
Essa neurose "Psicossociopatia"É coisa do dia-a-diaÉ quase banalidade.
Daqui a pouco se a gente se acomodaSer "pancada" vira modaNa mais alta sociedade.
E nessa hora você vai lembrar que um diaDois doidos em cantoria
Disseram que a realidadeÉ um hospício de fachadas coloridas
Onde mora e viajaO que sobrou da humanidade.
Nem Freud explica!
Magia do Luar
A lua pela noite acalentadaSe aninha na branca claridadeTal etérea donzela enamorada
A envolver-se em véus de castidade.
Esta musa distante, bela e friaEntre estrelas no céu encastelada
Nem sempre em plenitude se irradiaCom o encanto da imagem prateada.
Às vezes com a lanterna apagadaPor certa imposição ou por maldadeEsconde a luz na alma da madrugada
E faz de luto o leito sem piedade.
Vestindo solidão a noite escuraNum brilho de estrelas então procuraVestígio da inconstância com ciúme.
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E mansa brisa sopro de cupidoTraz do luar vivo clarão perdidoA luzir no inquieto vaga-lume.
Moenda: Shows e preçosDefinidos os espetáculos da 18ª Moenda. No dia 20(sexta), Nenhum de Nós; dia 21(sábado), Eudes Fraga; dia 22(domingo), Ed Motta. Além desses, sempre há os shows de abertura de cada noite. Os ingressos estão à venda de duas formas: Pacotes (três noites) - Arquibancada: R$13,00 -Cadeira: R$ 27,00. Valores Individuais - Arquibancada (dias 20 e 21): R$ 7,00 - Arquibancada (dia 22): R$ 10,00 - Cadeira (dias 20 e 21): R$ 10,00 - Cadeira (dia 22): R$ 13,00.
TriagemCompletamente atípica, a triagem da Moenda teve dois dias onde predominaram as milongas e chamames. Cerca 50 a 60 por cento das 524 músicas eram desses gêneros. Ficaram muitas dentre as 18 selecionadas pelo júri formado por Arthur de Faria, Carlos Catuípe, Cida Moreira, Miguel Bicca, Pedro Leite, Silvio Genro e Zé Caradípia.
Atípica Também atípica foi a postura de dois (ou melhor, três) dos jurados que, dispersivos, em certos momentos até tiravam a concentração do grupo.
Litoral bem representadoDentre as vinte e duas músicas de todo o Brasil, classificadas para a Moenda, sete são de compositores do Litoral Norte/RS, sendo que três delas são de Renato Júnior e Cássio Ricardo. As outras quatro são de: Vaine Darde e Renato Júnior; Ivo Ladislau
e parceiros; Jociel Lima; Nilton Júnior e Ivone Selistre. As cidades que ganham destaque e divulgação através desses
compositores são: Osório (por quatro vezes), Capão da Canoa (duas vezes) e ainda Cidreira e Santo Antonio da Patrulha.
Estamos bem representados.
As classificadas para a 18ª Moenda são:
A vida está dura, mas Batendo a gente fura - Luiz Carlos Borges - Porto Alegre/RS
Aboio de Solidão - Zé Alexandre - Rio de Janeiro/RJAntidoto - Caval - São Paulo/SP
Aviso Aos Navegantes - Ivo Ladialau, Mauro Marques e Paulinho Bracht - CCePA
Bem Brasileiro - Caetano Silveira e Beto Bollo - Porto Alegre/RS
Caborteira - Erlon Péricles e Fábio Maus - Santa Maria/RSCanta Viola - Watherly Figueiredo - São Paulo/SPClassificados - Renato Júnior e Cássio Ricardo -
Osório/RSConflito - Rodrigo Bauer e Chico Saratt - Porto Alegre/RS
(C)Dança com os Leões - Zé Beto Correa - Belo
Horizonte/MGDo meu Verso - Adair de Freitas
Edifício Brasil - Renato Júnior e Cássio Ricardo -Osório/RS
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Em Todas as Partes - Erlon Péricles -Santa Maria/RSMade In Brasil - Paulinho de Campos - Rio de Janeiro/RJ
Magia do Luar - Ivone Selistre e Nilton Júnior - Santo Antônio da Patrulha/RS (FR)
Magia do Mar de Jociel Lima - Cidreira/RS (FR)No Tempo velho das Estradas Longas - Vaine Darde e
Renato Júnior - CCeOs/RSO Beijo Não Vem da Boca - Zé Beto Correa - Belo
Horizonte/MGO Sol das Claves - Sergio Augusto, James Azevedo e Jairo
Silva - São Paulo/SPPalavriá - Daniel Sanches - São Paulo/SP
Psicossociopatia - Renato Júnior e Cássio Ricardo -Osório/RS
Voltando - Beto Barros - Porto Alegre/RS(C)
A Ata da Triagem da Moenda foi assinada pelos avaliadores às 21h11min
Aqui estão as dezoito selecionadas e as duas da Fase Regional (FR), e ainda as outras duas canções convidadas(C) que, juntas,
formam as vinte e duas músicas que serão apresentadas dias 20, 21 e 22 de agosto na 18ª Moenda da Canção de Santo
Antônio da Patrulha.
A triagem das quinhentas e vinte e quatro inscritas para a Moenda da Canção já está pronta. A Comissão Avaliadora reuniu-se nas Casas Açorianas do belo Parque da
Guarda em Santo Antônio da Patrulha. A coluna Staccatos e este Informativo
especial informaram com exclusividade logo após o termino dos trabalhos, a lista
de classificadas.
Novo visual e novo slogan de divulgação da 18ª Moenda da Canção
CEEE-Moenda
Foi assinado agora há pouco, pelo Sr. Diretor Presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica, Antonio Carlos Brites Jaques e pela Senhora Carmem Monteiro,
Presidente da Moenda-Associação de Arte e Cultura Nativa o Contrato de Patrocínio para a 18ª Moenda da Canção. Presentes, o Gerente em Exercicio José Lopes da
Regional de Osório e várias autoridades de Santo Antônio, Vice-Prefeito, Secretários e vereadores e também a imprensa das duas cidades: Rádio Comunitária e Rádio Itapuí, Jornais A Fonte, Correio de Osório e Jornal Revisão, e os Portais do Litoral
Norte RS e Cantadores do Litoral.com.br, entre outros. Na oportunidada a Presidente da Moenda enfatizou a importância da parceria com a CEEE que já vem acontecendo
há cinco anos, tendo possibilitado além do crescimento da Moenda, uma maior divulgação do evento a nível estadual e nacional, lembrando inclusive que artistas litorâneos participantes da Moenda têm se destacado também em vários outros
festivais do centro do pais, elevando ainda mais o nome da Moenda e da região. Já,
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o Presidente da CEEE falou que para a Companhia é imprescindível apoiar a Regional de Osório (que abrange toda a região) pela competência e qualidade dos serviços
prestrados, além de ligar a marca CEEE à Moenda que é um evento cultural da maior
magnitude.
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Classificadas:Cidreira e Santo Antônio foram as cidades vencedoras da 4ªFase Regional da Moenda da Canção. Os jurados Ivan Therra, Anddré Sallazar, Silvio Cônsul, Cássio Ricardo e Cléa Gomes classificaram as músicas que representam o Litoral Norte para a 18ª Moenda da Canção que acontece de 20 a 22 de agosto: Magia do Luar de Ivone Selistre e Nilton Júnior (Santo Antônio da Patrulha) e Magia do Mar de Jociel Lima (Cidreira).
As classificadas para a Fase Regional da MoendaOs jurados Anddré Sallazar, Cássio Ricardo, Cléa Gomes, Ivan Therra e Silvio Cônsul selecionaram as seguintes músicas para a
Fotos: Nelson e Gabo Sampaio
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4ª Fase Regional da 18ª Moenda da Canção que acontece dia 18 de junho: Pescador de Sonhos de Sandro Andrade (Osório); Moura de Ivo Ladislau e Mário Tressoldi (Capão da Canoa e Tramandaí); Feitiço da Lua de Anderson Rolim e Jociel Lima (Cidreira); Magia do Luar de Ivone Selistre e Nilton Júnior (Santo Antônio da Patrulha); Palavras de Adilson Rodrigueiro (Cidreira); A Mágica da Música de Paulo Oliveira (PC) e Mário Tressoldi (Osório e Tramandaí); Magia do Mar de Jociel Lima (Cidreira) e Herança de Sandro Andrade e Paulinho Dicasa (Osório).
Inovar, esta é a ordem!
Acompanho a Moenda desde sua primeira edição. Seja como público, convidado, participante ou crítico, estou sempre integrado a ela. Como participante, atuei na segunda, fui músico e intérprete; na décima quarta, o registro como compositor da música "Canção de Nimar"; na décima quinta, fui uma espécie de pombo correio, pois representando os músicos e compositores da nossa região, tive a incumbência e a honra de entregar à Moenda - Associação de Cultura e Arte Nativa a sugestão de criação da Fase Regional; na décima sexta, fui jurado da Faze Regional. E, como Editor Musical do Jornal Revisão de Osório e dos Portais da Internet do Litoral, atuo desde a quinta ou sexta Moenda, nem sei mais. Nesses meus comentários, a tônica tem sido sempre a novidade. Enfatizo que a Comissão Organizadora se supera, a cada ano, surpreendendo com inovações e inovações.Inovar com criatividade. Esta é a ordem que se tornou a característica da Moenda. Na realidade, a Moenda já nasceu de um ideal inovador. O festival por si só é diferente da maioria no Rio Grande do Sul, pois tem abrangência nacional. É, como diz Gustavo Monteiro, "A Moenda é um festival que busca revitalizar a música brasileira, buscando novas linguagens musicais e ao mesmo tempo em que cultiva e divulga nossas tradições regionais e nacionais, estabelecendo elos entre a tradição e a modernidade".Na Moenda está, antes de tudo, a preocupação com a preservação, a renovação e a divulgação da cultura regional brasileira. Na Moenda tem-se a oportunidade de conviver, conversar, assistir e aprender com grandes artistas. Na Moenda vê-se um público educado que sabe valorizar o evento e respeitar o artista, sem perder o seu senso crítico. Na Moenda, em Santo Antônio, encontra-se uma comunidade verdadeiramente envolvida com a realização do festival. E com que simpatia, com que alegria, com que gentileza recebe todos os seus visitantes!É isso que a faz grande. A conquista, através do seu crescimento paulatino sempre inovador, deste status de um dos mais respeitados festivais do país, onde todo o compositor, músico ou intérprete sonha em ter a oportunidade de participação e registro de sua obra.
Texto de Paulo de Campos publicado em 22.05.2004 no Jornal "A Fonte" de Santo Antônio da Patrulha.
MOENDA
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A MOENDA DA CANÇÃO é um festival que busca revitalizar a música brasileira, buscando novas linguagens musicais e ao mesmo tempo que cultiva e divulga nossas tradições regionais e nacionais, estabelecendo elos entre a tradição e a modernidade.A MOENDA sempre esteve aberta a críticas e sugestões e é através da discussão e do debate que o festival evolui. A música popular encontra espaço na MOENDA, basta lembrar a ganhadora da 9a MOENDA, "Gaúcho Apaixonado" que rodou em diversas rádios e caiu no gosto popular sendo gravada por diversos grupos de música fandangueira. O Festival realmente não tem compromisso com a música imediatista de consumo rápido como quer a mídia e é por isso que músicas como a "Moenda e o Tempo" (16a MOENDA), um belíssimo trabalho de resgate da cultura popular tem o merecido espaço, música esta que foi escolhida a melhor composição na escolha popular e participou em diversos festivais fora do estado sendo aclamada por diferentes tipos de público que reconheceram nela parte da sua cultura.E é assim, buscando a modernidade que às vezes assusta, e resgatando as origens que às vezes incomoda, é que a MOENDA vai trilhando seu caminho deixando no seu rastro um importante legado cultural para a música popular brasileira.
Texto de Gustavo A Monteiro publicado em 10.05.2004 em Staccatos nº 47 nos Portais litoralnorters.com.br e cantadoresdolitoral.com.br
As inscrições para a 18ª Moenda da Canção estão abertas até dia 04 de junho para a Fase Regional e até dia 09 de julho para a Fase Nacional.
Locais de Inscrição:Santo Antonio da Patrulha/RS - MOENDA ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E ARTE NATIVA - Rua Astrogildo Maciel da Rosa, 290/04- CEP 95500-000 - telefone 51 662 3808 - Caixa Postal 85 - e-mail moendadacancao@terra.com.br
Osório/RS - Escola de Música RIMA APERFEIÇOAMENTO - Av. Jorge Dariva, 810 - CEP 95520-000 - telefone 51 663 6145 - e-amil rima@cantadoresdolitoral.com.br
Porto Alegre/RS - INSTITUTO ESTADUAL DE MÚSICA da Secretasria de Estado da Cultura - Av.Borges de Medeiros, 1501 - 21º andar- CEP 90020-021 - telefone 51 3225 3662INSTITUTO GAÚCHO DE TRADIÇÃO E FOLCLORE - Av.Borges de Medeiros, 1501 - Térreo - CEP 90020-021 - telefone 51 3228 711
Lages/SC - SERRATUR - Rua Ercílio Luz, 573 - CEP 88501-011 - telefone 49
222 5225. Nota:Este "Especial" não teve a intenção de fazer uma cobertura jornalística do evento, mas sim um simples registro de nossa participação e de nossos "encontros e reencontros". Até porque, desta vez, nossa transmissão não esteve vinculada a nenhum dos portais de notícias da região. Agradecemos aos amigos que nos cederam as fotos para que pudéssemos enriquecer com imagens esse nosso trabalho.
Informativo Especial Moenda - Todos os Direitos Reservados cantadoresdolitoral.com.br
Paulo de Campos
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