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Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 da CNBB. Novembro de 2011.
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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!
Nasceu? Aonde? Quem? – Em Curitiba, os
shoppings estão inaugurando, já no início de
novembro, os enfeites e a temporada do Natal.
Não é diferente em outros centros de consumo.
Investem muito para iluminar o Natal deles. O
nosso roxo do Advento que prepara o Natal de
Jesus, não convém ao Natal deles, que tem ou-
tra natureza. Aqui esperamos um presente do
céu. Reunimo-nos em novena, grupos de famí-
lias, abrimos espaço para a generosidade, a par-
tilha. Lá não nasce ninguém. Há o 13º, que só
no Paraná soma mais de 6 bilhões, colocados
em circulação. Para conquistar uma fatia desse
bolo vale tudo. Esse é o tesouro que está es-
condido naquela gruta, onde não importa quem
nasceu. E nós nem podemos achar ruim que
não saibam que nasceu o Filho de Deus, se nós,
mesmo após a reunião do grupo de novena, sa-
ímos pra aproveitar as “ofertas”, olhar os enfei-
tes, e reverenciar o deus deles.
A família é o lugar do Natal – Deus dispensou
casa, comida e cobertor, mas não dispensou
uma família para vir ao mundo. É a família o lu-
gar do seu nascimento. Para preparar isso não
bastam as quatro semanas do Advento. Estive
olhando os números anteriores do nosso bole-
tim, quantos encontros, celebrações, estudos,
palestras, notícias que começaram a vir mais
abundantes das dioceses, E ainda, mais de 130
edições do Boletim Expresso, com notícias, i-
deias, propostas para refletir. Essa é a nossa
preparação que já vem de longa data, para jun-
tar tudo ao verdadeiro Natal, o nascimento de
Cristo em nossas famílias. Uma boa e bem or-
ganizada, e bem participada novena será o ar-
remate deste ano de investimento, de silencio-
sa atividade, que oferece mais vantagens do
que as trombetas do ruidoso comércio dos
shoppings.
O lugar de Cristo nascer foi, e ainda é, o meio
dos pobres – Nossa preparação para o Natal
deve nos levar para o meio das famílias pobres.
Nada contra que troquemos presentes e te-
nhamos uma gostosa ceia. Só digo que não po-
demos nos limitar a isso. O Natal é uma opor-
tunidade em que a gente, mais naturalmente, é
tocado pela pobreza de Deus. Que os nossos
grupos encontrem, na oração, um caminho para
o amor aos pobres. Vale lembrar a afirmação do
Papa Bento: “O amor para com os necessitados
pertence à essência da Igreja, tanto quanto o
serviço dos Sacramentos e o anúncio do Evan-
gelho” (Deus Caritas Est, 22). Nisso os shop-
pings não pensam. É a diferença entre o nosso
Deus e o deus deles.
A Sagrada Família de Jesus nos acompanhe em nos-
sa preparação ao Natal e nos sirva de modelo e ins-
piração . Paz e Bem!Paz e Bem, a todos!
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – NOVEMBRO DE 2011
EEDDIITTOORRIIAALL
NNOOVVEEMMBBRROO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22
BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB
RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600
CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122
DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa
BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR
RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall
EE--mmaaiill:: ddoommbboossccoo@@ddiioocceesseeuunniivviittoorriiaa..oorrgg..bbrr
DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall
EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr
Pastoral Familiar – Mobilizações pela Vida na Diocese de Guarapuava
Além das atividades paroquiais na SEMANA
NACIONAL DA VIDA, no dia 08 de Outubro
celebramos o DIA DO NASCITURO, ou seja, da
criança não-nascida, ainda no ventre de sua mãe.
Para celebrar esta data a Pastoral Familiar do
Decanato Centro da cidade de Guarapuava, junta-
mente com outras pastorais e movimentos como
algumas equipes dos Terços nas Praças, Legião de
Maria, reuniram-se no Santuário Nossa Senhora
Aparecida, para juntos contemplar Santo Terço
pela Vida, houve nesta ocasião uma coleta de
roupinhas e fraldas descartáveis para serem doadas
ao Rosário Perpétuo que tem feito um lindo
trabalho junto as futuras mães carentes que para
nossa surpresa por ser a primeira vez que fazem
uma coleta exclusiva para Bebes foi um grande
sucesso, onde a comunidade participou ativamen-
te.
Na sequencia pudemos também participar da
celebração da Santa Missa, presidida por nosso
Bispo Emérito Dom Geovane e Pe. Claudemir.
Com uma grande presença da Comunidade!
PASTORAL FAMILIAR - VIRMOND Santa Missa no dia
08, Dia do Nascituro
em Virmond –
Paróquia Nossa
Senhora do Monte
Claro, com a parti-
cipação de toda
comunidade e
apresentação de vídeo no telão sobre a importância
de defender a vida, esclarecimentos sobre aborto,
diversas encenações, com Nossa Senhora e
mulheres grávidas acendendo as velas utilizando
como mensagem o significado de ser Luz.
No ofertório
foram oferecidos
os nomes das
crianças que
nasceram em
2011 inclusive as
que faleceram.
Pastoral Familiar -
JUNTOS PELA
VIDA.
Gerson e Dalva
NNOOVVEEMMBBRROO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33
Ação pastoral junto aos novos casais
“Apoiar cada novo casal a assumir sua nova
vocação”. Este é o objetivo do projeto recém-
casados do setor pós-matrimonio da Pastoral
Familiar da arquidiocese de Londrina.
Para movimentar os agentes neste sentido a
Comissão Arquidiocesana realizou no dia 29 de
outubro no auditório do Centro Pastoral da
Paróquia São Vicente de Paulo encontro de
formação ministrado pelo casal André Luís
Kawahala e Rita Massarico Kawahala, autores
dos livros: Encontro para Novos Casais e En-
contro para Novos Casais – Volume 2 publica-
dos pela Paulinas.
O projeto é ação destaque da Pastoral Familiar
no Paraná que na última assembleia regional
elegeu a evangelização das famílias uma das
prioridades pastorais.
A “Ação pastoral da Igreja deve ser progressiva,
também no sentido de que deve seguir a família,
acompanhando-a passo a passo nas diversas eta-
pas da sua formação e desenvolvimento... . O
cuidado pastoral da família regularmente consti-
tuída significa, em concreto, o empenho de
todos os membros da comunidade eclesial local
em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua
nova vocação e missão. Isto vale sobretudo para
as famílias jovens, as quais, encontrando-se num
contexto de novos valores e de novas responsa-
bilidades, estão mais expostas, especialmente
nos primeiros anos de matrimônio, a eventuais
dificuldades, como as criadas pela adaptação à
vida em comum ou pelo nascimento dos filhos.”
(Familiaris Consortio, nº. 65 e 69)
Ajudando os novos casais, no início da
caminhada a Igreja através da Pastoral Familiar
estará possibilitando o surgimento de novas
famílias alicerçadas em Cristo e assim fortale-
cendo-as a fim de assumir verdadeiramente o
papel de famílias cristãs, Igrejas domésticas a
serviço do reino. A proposta para participação
do encontro foi estendida a todas as dioceses do
Paraná uma vez que o projeto está contemplado
no plano de ação do setor Pós matrimônio da
Pastoral Familiar do Regional Sul II cuja
coordenação está confiada ao casal Marly e
Divercy Pupim que também é o casal coordena-
dor da pastoral na Arquidiocese de Londrina.
Esta primeira ação contou com a participação de
aproximadamente 100 agentes, vindos das
diversas paróquias da Arquidiocese de Londrina,
e representantes da arquidiocese de Cascavel e
da diocese de Apucarana, que se disponibiliza-
ram para a formação com muito entusiasmo e
consideraram importantíssimo e urgente a
dinamização do projeto em todas as paróquias.
Para a Arquidiocese de Londrina a coordenação
do projeto está com o casal Maristela e Ricardo,
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44
que prontamente aceitou o convite/ chamado
para esta preciosa missão.
Louvamos o nosso Deus pelo evento, agradece-
mos a disponibilidade do Casal André e Rita que
proporcionou uma intensa e rica formação, aos
agentes que se fizeram presentes, à equipe de
recepção, oração, secretaria, animação, alimen-
tação, ao Pe. Joel, pároco da Paróquia São
Vicente de Paulo que cedeu o local para a
realização do encontro e nos acolheu de forma
muito especial, a todos que colaboraram.
Por intercessão da Sagrada Família e de Nossa
Senhora Aparecida, pedimos à Santíssima
Trindade que as sementes lançadas frutifiquem
fortalecidas pela ação do Espírito Santo e a
disponibilidade dos discípulos missionários para
a messe.
Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar
Londrina – Pr
Contracepção pré-
implantatória e de emergência
O termo “contracepção de emergência” entrou no léxico corrente em tempos relativamente re-centes, mas todos dele tomaram posse. Atual-mente, o conteúdo da expressão encontra-se no centro de uma polêmica onde se apresen-tam teses baseadas em avaliações contraditó-rias daquilo que é esta particular forma de con-tracepção. O professor Wilks ajuda-nos a en-tender explicando como, nestes últimos anos, se verificou uma transferência semântica na própria definição da concepção, ou seja, do iní-cio da vida humana. De fato, esta última foi se-parada do seu vínculo natural com a fecunda-ção e posposta para o momento em que acon-tece o implante do embrião na mucosa do útero materno.. Esta transformação de significado obedeceu a uma estratégia de justificação legal das técnicas de fecundação in vitro. A esta
transformação correspondeu, sempre em âmbi-to lexical, a criação do termo “pré-embrião”, pá-ra designar o embrião entre o momento da sua formação (fecundação) e o momento em que é realizado o seu implante uterino. Segundo esta nova terminologia, destruir este “pré-embrião” – isto é, o embrião humano antes do décimo quarto dia do seu desenvolvimento – ficaria no campo da simples contracepção; no entanto, na realidade, trata-se de um aborto. É graças a es-te, por assim dizer, jogo de prestígio lingüístico que se faz passar hoje a “pílula do dia seguinte” como um simples contraceptivo, e que se fala de “contracepção de urgência” para definir o seu efeito. A realidade é que a eficácia desta “contracepção de emergência” depende em grande parte da sua ação abortiva, na medida em que esta pode impedir a nidação do óvulo fecundado.
(Confira o artigo de John Wilks em Lexicon, p.121-138)
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 55
O perigo da Religião José Antonio Pagola (Teólogo e biblista espanhol) em Adital
Jesus leva uns dias em Jerusalém movendo-se à volta do templo. Não encontra pelas ruas o acolhimento amistoso das aldeias da Galileia. Os dirigentes religiosos que se cruzam no Seu caminho procuram desautorizá-lo ante as pessoas simples da capital. Não descansarão até envia-Lo para a cruz.
Jesus não perde a paz. Com paciência incansável continua a chama-los para a conversão. Conta-lhes um episódio simples que lhe ocorre ao vê-lo: a conversa de um pai que pede aos seus dois filhos que vão trabalhar a vinha da família.
O primeiro rejeita o pai com uma negativa categórica: «Não quero». Não lhe dá explicação alguma. Simplesmente não lhe apetece. No entanto, mais tarde reflete, dá-se conta que está a rejeitar o seu pai e, arrependido, dirige-se para a vinha.
O segundo atende amavelmente a petição do seu pai: «Vou, senhor». Parece disposto
a cumprir os seus desejos, mas rapidamente se esquece do que disse. Não volta a pensar no seu pai. Tudo fica em palavras. Não se dirige para a vinha.
Para o caso de não terem entendido a Sua mensagem, Jesus dirigindo-se aos «sumo sacerdotes e aos anciãos da terra», aplica-lhes de forma direta e provocativa a parábola: «asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas estão à vossa frente no caminho do reino de Deus». Quer que reconheçam a sua resistência para entrar no projeto do Pai.
Eles são os "profissionais" da religião: os que disseram um grande "sim" ao Deus do templo, os especialistas do culto, os guardiões da lei. Não sentem necessidade de converter-se. Por isso, quando veio o profeta João a preparar os caminhos a Deus, disseram-lhe "não"; quando chegou Jesus convidando-os a entrar no Seu reino, continuaram a dizer "não".
Pelo contrário, os publicanos e as prostitutas são os "profissionais do pecado": os que disseram um grande "não" ao Deus da religião; os que se colocaram fora da lei e do santo culto. No entanto, o seu coração manteve-se aberto à conversão. Quando veio João acreditaram nele; ao chegar Jesus acolheram-no.
A religião nem sempre conduz a fazer a vontade do Pai. Podemo-nos sentir seguros no cumprimento dos nossos deveres religiosos e habituar-nos a pensar que nós não necessitamos de converter-nos nem mudar. São os afastados da religião os que o hão-de fazer. Por isso é tão perigoso substituir o escutar o Evangelho pela piedade religiosa. Diz Jesus: "Nem todos os que me digam "Senhor", "Senhor" entrarão no reino de Deus, mas os que façam a vontade do Meu Pai do céu".
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66
MMuuddaammooss ssee ddeesseejjaammooss Maria Regina Canhos Vicentin
utro dia, caminhava em direção ao
trabalho quando vi de relance alguém
que havia coordenado um grupo do qual fiz parte na minha puberdade.
Pessoa distinta que pregava a Palavra de forma
bonita, mas que com o passar dos anos foi se
afastando da Igreja. Também, na mesma
semana, ouvi relatos sobre alguém que admirei
na juventude, e que mudou completamente de
comportamento ao longo da vida, assumindo
atitudes diversas daquelas que me inspiraram
fascínio e respeito. Tomei conhecimento ainda de alguns fatos praticados por pessoas que
tinha em alto conceito, e que me decepciona-
ram, embora não tenham feito, diga-se de
passagem, nada de errado ou grave.
ercebi, assim, que quanto maior a
expectativa que temos das pessoas, mais
fácil fica nos frustrarmos diante das
constatações que a vida traz. Num primeiro
momento, tendemos a descrer do ser humano,
pois muito esperávamos. Um pouco de refle-xão, no entanto, mostra como somos frágeis e
vulneráveis em nossas decisões, opções de
vida, escolhas. Tantas possibilidades à nossa
volta nos levam à indecisão, principalmente se
desejamos experimentar tudo ou optar pelo
que aparenta ser mais vantajoso. Estou para
afirmar que o “melhor” não existe. Ao menos,
não na concepção que temos de melhor, pois o
“meu melhor” pode diferir do “seu melhor”. As decepções serão muitas, já que somos
imperfeitos e falíveis. É inevitável.
ói menos quando a gente compreende
que o erro do outro nos faculta a
possibilidade de errar também.
Faculta, compreendeu? Isso não quer dizer que
devamos fazer igual. Apenas gera um pouco
de conforto ao nos depararmos com a nossa
imperfeição, que muito nos serve para descul-par erros e deslizes (cometidos, normalmente,
pelo próprio prazer de cometê-los). A santida-
de, às vezes, parece ser desagradável. Chateia,
incomoda, humilha quem não consegue atingir
o ideal proposto. É por isso que muitos aban-
donam as igrejas. Fica difícil viver a santidade
na Terra. Além disso, os templos estão reple-
tos de pessoas imperfeitas, e isso decepciona,
não é mesmo? e decepciona por um lado, conforta pelo
outro. Somos todos sujeitos a falhas.
Vamos nos decepcionar com os outros,
sem dúvida, e certamente muitos se decepcio-
narão conosco. Mas, a vida é assim. Hoje a
gente cai; amanhã a gente levanta, ou vice-
versa, pois o aprendizado implica em muitos
exercícios e repetições. Podemos mudar sem-
pre. É uma faculdade que o Senhor nos deu. Mas, somente mudamos se desejamos. Há os
bons que se tornam mesquinhos, e os mesqui-
nhos que se tornam bons. Há os crentes que se
tornam descrentes, e os descrentes que passam
a crer. Há os humildes que se tornam vaido-
sos, e os vaidosos que ficam humildes. Tudo
depende da forma como assimilamos as lições
da vida. Não sei o que o futuro nos reserva,
mas confio que será o “melhor”, ainda que o melhor não seja exatamente como a gente
imagina. Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: contato@mariaregina.com.br) é
escritora. Acesse e divulgue o site da autora: www.mariaregina.com.br
O
P
D
S
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77
GGoovveerrnnoo pprreetteennddee ddiissttrriibbuuiirr ccaammiissiinnhhaa
nnaass eessccoollaass ppúúbblliiccaass ddee EEnnssiinnoo MMééddiioo Projeto vai começar em duas escolas: uma em Florianópolis e outra em Brasília. Professores, alunos, pais e direção vão decidir se a entrega das camisinhas vai ser de graça e se haverá uma quantidade limite por alu-no. (G1 - Giovana Teles Brasília)
O Ministério da Saúde quer retomar uma
proposta que já provocou muita discussão:
distribuir camisinhas de graça nas escolas públi-
cas de Ensino Médio. A proposta do Governo
Federal foi tão criticada que os Ministérios da
Saúde e da Educação quase desistiram dela.
Agora, decidiram insistir, mas para evitar um
novo desgaste, o projeto vai começar apenas em
duas escolas: uma em Brasília e outra em
Florianópolis.
Em Santa Catarina, a máquina de camisinhas já
está pronta. Ela foi criada há três anos para que
os adolescentes tenham acesso mais fácil aos
preservativos no local onde passam boa parte do
dia: a escola.
Professores, alunos, pais e direção vão decidir,
por exemplo, se a entrega das camisinhas vai ser
de graça e se haverá uma quantidade limite por
aluno. É certo que vai ter polêmica de novo.
Alguns entrevistados afirmam: “eu acho que
incentiva a vida sexual muito cedo”; “não pega
doença e evita filhos”. “Há muita reação, prin-
cipalmente das igrejas, que acham que sexo é
somente sexo reprodutivo, depois de casado, o
que também não é realidade. Essas pessoas
estão correndo risco. O HIV não acabou. Nós
temos infecção, ela está presente, nós temos que
cuidar dela”, defende Dirceu Greco, diretor do
departamento Dstaids do Ministério da Saúde.
E tem também as outras doenças sexualmente
transmissíveis. Uma pesquisa internacional
sobre o comportamento dos adolescentes desta-
cou o Brasil como um dos países em que a esco-
la contribui pouco para a educação sexual. A
maior parceira dos jovens acaba sendo a inter-
net. Segundo a pesquisa, 36% dos jovens entre
15 e 19 anos estão fazendo sexo sem proteção.
A estudante Andressa de Freitas engravidou aos
quinze anos e passou momentos muito difíceis.
Agora aconselha:“sempre usem camisinha, não
deixem nunca, porque foi só uma vez eu ganhei
ele. Assim, filho é bom, mas no momento a gente
tem que se focar bastante no estudo. Porque sem
ele já é difícil, com ele dificulta mais ainda”.
Risco que Ramon acha que
não corre. Sexo só com
proteção. Ele não tem
vergonha de assumir que
ainda não transou: “tem que
ser quando a pessoa estiver
pronta, com a pessoa certa,
no local certo e na hora
certa. Eu sou à moda anti-
ga.”
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88
EENNCCOONNTTRROO DDEE FFOORRMMAAÇÇÃÃOO SSEETTOORR CCAASSOOSS EESSPPEECCIIAAIISS
MMAARRIINNGGÁÁ -- PPRR Dentro do 22° Plano de Ação
Evangelizadora 2009 – 2012 da
Arquidiocese de Maringá que
tem como Tema: Uma Igreja a
Serviço da Vida, e como Lema:
“...Viu, aproximou-se, sentiu
compaixão e curou-lhes as
feridas...” (Lc 10,33-34), temos
como uma das quatro priorida-
des a Família. Dentro desta
prioridade aparece o projeto:
Acolhida dos casais em Nova
União.
“Os casais em segunda união
e seus filhos sejam acolhidos,
acompanhados e incentivados,
conforme sua situação, a parti-
ciparem da vida da igreja,
segundo as orientações do
magistério.” (CNBB, 2008, n.
133, p.105).
Atentos a este projeto, aconte-
ceu nos dias 03 e 04 do mês de
Setembro, no salão paroquial
da Paróquia São Francisco de
Assis, um encontro de forma-
ção, promovido pela Pastoral
Familiar da Arquidiocese de
Maringá, com a participação de
78 casais de 35 paróquias, das
55 que compõem a arquidioce-
se. O objetivo do encontro foi
preparar agentes, para mostrar
um caminho de acolhida, apoio
e solidariedade aos casais, que
pelo batismo e pela fé são
também filhos de Deus e
irmãos nossos em Jesus Cristo,
e que vivem uma segunda
união estável, porém irregular
perante a norma da Igreja. São
muitas as interrogações não só
dos próprios casais em segunda
união, como também dos agen-
tes, e da comunidade em geral.
Foi ministrado pelo casal
Sednir e Maristela, da
Arqui-diocese de Cascavel,
Coordenadores do Setor Casos
Especiais do Regional Sul II.
Os assuntos abordados nesses
dias contemplaram a importan-
te e delicada questão relaciona-
da a casais em Segunda União,
que muitas vezes se sentem
rejeitados e se afastam, devido
aos próprios preconceitos e de
alguns membros da Igreja.
Entre os temas escolhidos esta-
vam: o Sacramento da Eucaris-
tia e Reconciliação; o conceito
de casal em segunda união,
segundo o guia da CNBB para
o setor casos especiais; o
sacramento do matrimônio; o
que a Igreja entende por
matrimonio nulo, os impedi-
mentos existentes para que o
matrimônio seja válido; as
etapas do processo de nulidade
matrimonial; a espiritualidade
do agente e a ação pastoral.
Todas essas questões foram
colocadas aos agentes da Pasto-
ral Familiar e Movimentos,
sendo que uma das novidades
deste encontro foi a participa-
ção dos agentes dos Movimen-
tos Pastorais, que ouviram a
proposta de trabalho em con-
junto com a Pastoral Familiar,
e responderam com muito en-
tusiasmo e dispostos a colabo-
rar no projeto da prioridade da
Ação Evangelizadora da
Arquidiocese.
Padre Onildo, nosso Assessor
Eclesiástico fez a abertura do
encontro e a Santa Missa foi
Maristela e Sednir falando aos presentes
O grande número de participantes
Dom Anuar presidindo a celebração
Jesus presente o tempo todo
A animação do pessoal da cozinha
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99
celebrada por D. Anuar arce-
bispo de Maringá. A animação
esteve a cargo de Sandro e a in-
tercessão foi realizada durante
todo o encontro por Ângela,
ambos também de Cascavel.
Visitaram o encontro o padre
Valdir, pároco da Paróquia São
Francisco de Assis que
abençoou a todos os participan-
tes e padre Sidney Fabril,
Coordenador da Ação Evange-
lizadora. Tivemos ainda a pre-
sença do casal Coordenador do
Setor Pré do Regional Sul II,
Sergio e Aurora.
Numa segunda etapa aconte-
ceu o retiro para os casais em
Nova União, nos dias 01 e 02
de Outubro, no Centro de
Espiritualidade Rainha da Paz,
com a participação de 38
casais, entre Casais de Nova
União e Agentes de Pastoral.
Sednir e Maristela mostraram
aos casais que há uma infinida-
de de bens que a Igreja dispõe
para aqueles que dela querem
participar. Existem restrições,
que preservam a sacralidade
desses bens, que os casais
passam a defender, quando
compreendem bem o seu signi-
ficado, pois não representam
uma condenação ou julgamen-
to, pois isso cabe somente a
Deus. Há situações, também,
em que a Igreja pode reconhe-
cer a não existência do vínculo
matrimonial anterior, e isso
também é um caminho que foi
apontado aos casais para voltar
ao sacramento, se for esse o ca-
so. Para os casais que compre-
endem as razões da Igreja, que
compreendem mais profunda-
mente o que significa um
sacramento, especialmente, a
Eucaristia e o Matrimônio,
passam não só a aceitar o que
diz a Igreja, mas também a
defender o que ela ensina.
O retiro foi encerrado com a
celebração da Santa Missa pelo
Padre Onildo e com um
delicioso almoço servido aos
participantes.
Os casais terão após esse retiro,
reuniões de oração e de estudo,
para poderem participar das
atividades normais da comuni-
dade da Igreja, já sabendo
quais atividades podem realizar
sem constrangimento.
A todos os que se fizeram
presentes, a todos os que cola-
boraram principalmente a
equipe da Coordenação Dioce-
sana da Pastoral Familiar que
não mediu esforços para que
estes encontros acontecessem,
e aos casais Sednir e Maristela
com o filho Francisco e Sandro
e Ângela, nosso muito obriga-
do. Que Deus os abençoe.
Os casais que estão sendo prepa-
rados nesses encontros diocesa-
nos têm direito a ser instruídos e
conhecer plenamente a sua
situação especial com relação à
doutrina da Igreja. Terão, após
esse encontro, um roteiro de
reuniões, de oração e de estudo,
para depois participar das ativi-
dades normais da comunidade da
Igreja, sabendo que atividades
podem realizar sem constrangi-
mento. Mas é preciso também
que as nossas comunidades
estejam preparadas para recebê-
los com respeito, amizade e fra-
ternidade, e plenamente integra-
dos na vida eclesial, sem deixar
que o preconceito impeça a boa
convivência eclesial, e sem dei-
xar de cumprir conscientemente
toda a orientação da Igreja.
Zulmira e Aleardo - Coordenadores Ar-quidiocesanos da Pastoral Familiar de Maringá – PR.
A atenção dos participantes
Casais em 2ª união escutam atentamente
Nada como um momento de reflexão
Pe. Onildo preside a celebração
Pessoinhas lindas da cozinha neste retiro
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100
PALESTRAS DO XIII
CONGRESSO (II)
ECOLOGIA HUMANA
Dom João Carlos Petrini
INTRODUÇÃO
“A primeira ecologia a ser defendida é a ecolo-
gia humana”, disse Bento XVI pela abertura da
Campanha da Fraternidade deste ano de 2011 e
acrescentou que podemos incluir entre os
“gemidos da criação” os que são provocados ao
próprio homem, pelo egoísmo humano
A primeira destruição irracional do ambiente
natural que é mais grave é a destruição do ser
humano e a primeira estrutura em favor da
ecologia humana é a família, disse João Paulo II
na Centesimus Annus, pois é na família que,
através do amor, da verdade e do bem, se apren-
de a ser pessoa. Isso só acontece em plenitude,
diz o Papa, na família fundada sobre a rocha
firme do matrimônio.
Não temos apenas que defender a terra, a água e
o ar, mas, sobretudo, proteger o homem da
destruição de si mesmo, diz Bento XVI na
Caritas in Veritatem. Essa destruição não é só
física, mas atinge ainda sua humanidade, aquilo
que é lhe mais característico da sua condição
humana: o problema decisivo é a solidez moral
da sociedade em geral. Sem isso, de que adian-
tam as penalidades para empresas poluidoras ou
incentivos fiscais para as empresas verdes?! Se
não é respeitado o direito à morte natural, se se
torna artificial a concepção e a gestação, se são
sacrificados embriões nas pesquisas científicas
de que adianta lutarmos por leis na ecologia do
meio ambiente?!
O debate cultural que se trava faz com que a
Igreja tenha que dar as razões e os signficados
para revelar o significado da pessoa mesma, da
convivência, da beleza do matrimônio e da
família. É preciso voltar às origens: “A cada um
nos toca recomeçar em Jesus Cristo.” (Novo Mi-
lenio Ineunte, 28). Não basta repetir as
doutrinas, relembrar os papéis familiares... é
preciso testemunhar essa beleza da vida em
família, como fonte de plena realização do ser
humano. É preciso gerar fascínio e atração das
novas gerações para o matrimônio. Foi assim
com a multidão que seguia Jesus...
ECOLOGIA: UMA CASA PARA
O HOMEM
Ecologia vem do grego e significa o estudo da
casa. É o estudo que se preocupa em garantir
uma morada que bem acolha o ser humano,
levando em conta todos os fatores contextuais.
Como estudo, interessou-se nas condições para
garantir o equilíbrio da natureza física e animal,
mas algumas mentes mais iluminadas estão
mostrando sua preocupação com o futuro do ser
humano e da sua convivência na sociedade.
O ser humano tem considerado sua autonomia,
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111
com escolhas determinadas por suas preferên-
cias subjetivas, alegando poder sobre a vida e
sobre a morte, ignorando sua natureza de criatu-
ra. Trata-se de uma mentalidade, hoje, difusa,
que começou formalmente com as ideologias
marxistas. O homem tem a ilusão de poder
criar-se a si mesmo pelo seu trabalho.
Um grupo de estudiosos ateus, de origem
hebraica, nos anos de 193/40, formaram a
Escola de Frankfurt. Dois deles Adorno e
Dorkheimer, migraram para os EUA e foram
críticos da razão como colocada no Iluminismo.
Denunciaram a razão como sendo usada para o
lucro de poucos e não para trazer o bem humano
e o bem comum.
O debate ecológico é um dos debates da “razão
instrumental”, que não hesitou em poluir,
destruir, envenenar, destruir, dizimar, para obter
lucros ingerentes e rápidos, sem preocupar-se
com o que as futuras gerações iriam encontrar.
Destruição que começa largamente junto com a
revolução industrial. Demoramos 200 anos antes
de compreender que é preciso impor limites a
certos avanços tecnológicos. Já há legislações
neste sentido, mas muito mais ainda que se a-
vançar. Será que devemos levar outros duzentos
anos para tratar também da ecologia humana?
Os interesses econômicos que, às vezes, preva-
lecem sobre os valores da natureza também tem
prevalecido sobre a genética humana. O primei-
ro passo para pensar uma ecologia humana é
retornar ao desígnio de Deus sobre o matrimônio
e a família. Diz a Gaudium et Spes (24) que o
homem só se encontra no dom de sim ao outro.
Vivemos numa cultura em que são valorizados
os “gladiadores”, os “vampiros”, os “predado-
res” que estraçalham a vida dos outros para
poderem viver. A quem temos ensinado nossos
filhos a valorizar: o “predador” ou o bom
samaritano?
Esta mentalidade hostil ao bem é pior do que a
poluição das grandes cidades que atinge a todos
os que lá moram. Os desvios morais vêm
atingindo a todos e são absorvidos até pelas
“boas famílias”... Mesmo sem querer acabamos
participando disso. Por isso, é preciso ter como
filtro o Evangelho. As famílias precisam ser
bem formadas.
FATORES QUE DESEQUILIBRAM A
ECOLOGIA HUMANA
Desde Adão e Eva, havia o tripé sobre o qual se
apóia o matrimônio e a família: amor – sexuali-
dade – procriação. E assim o foi até poucas
décadas atrás. A sexualidade deveria expressar o
amor e estar aberta à vida. Agora é encarado
como “normal” o desvirtuamento de sexo sem
amor, procriação sem sexo, procriação sem
amor, sexo sem procriação... Os vínculos afeti-
vos entre homem e mulher foram profundamen-
te abalados e consequentemente o sentido da
vida do próprio ser humano, da família e, em
última análise, da sociedade. Esta mentalidade
não concorre para o bem do ser humano. A
cultura de massa especializou-se em oferecer a
banalidade e a vulgaridade e daí decorre a
violência.
O que caracteriza a família é a cooperação entre
os sexos que gera a comunhão.
Quando falamos de ecologia humana nos refe-
rimos à teia de relações que favorecem o pleno
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122
desenvolvimento do ser humano. Isto inclui a
família, toda a cultura, escola, lazer, etc... tudo
que influencia a realização autêntica do ser
humano.
“...a essência e os deveres da família são, em
última análise, definidos pelo amor. Por isto
é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e
comunicar o amor, qual reflexo vivo e
participação real do amor de Deus pela humani-
dade e do amor de Cristo pela Igreja, sua
esposa.” (Familiaris Consortio, 17)
Mostrar Jesus para que no seu exemplo os
jovens e as famílias tenham um ponto de
referência para saber a amar. “Gosto; quero para
mim!” – é a mentalidade do mundo. Mas a men-
talidade cristã é “Gosto, então quero entregar
minha vida!”. Onde se aprende a viver o amor
nesta qualidade superior?? A família cristã tem
esta tarefa, de mostrar a beleza do amor verda-
deiro, que corresponde mais à ecologia humana.
PASTORAL FAMILIAR INTENSA
E VIGOROSA
O que devemos então fazer na Pastoral
Familiar?
Na dimensão eclesial: Criar grupos de vida fraterna de famílias,
com momentos de conversa, partilha, espiri-
tualidade, troca de experiências... Buscar
especialmente as famílias afastadas, tendo
uma postura missionária.
Presença transversal em outras pastorais.
Semana da Família.
Semana da Vida.
Na dimensão social: Associação de famílias para ganhar visibili-
dade social.
Dia municipal da família.
Peregrinação Nacional das Famílias à
Aparecida.
Na dimensão formativa: Cursos do INAPAF;
Escolas de Famílias;
Seminários, congressos;
Subsídios
Cascavel realizou encontro
Provincial da Pastoral Familiar Por Luiz Carlos Bittencourt
A Pastoral Familiar da Província de Cascavel
realizou, no dia 15 de outubro, em Cascavel, das
14 às 18h, encontro com a participação das
Dioceses de Foz do Iguaçu, Toledo, Palmas-
Francisco Beltrão e Arquidiocese de Cascavel.
Teve a participação do Pe. Ademir (Diocese de
Toledo) e as coordenações da Pastoral Familiar
das respectivas dioceses.
A finalidade foi a partilha das experiências
vivenciadas pelas dioceses nas ações dos setores
do pré-matrimonial, pós-matrimonial, casos
especiais e da comissão em defesa da vida.
Foi um momento rico de experiências colabo-
rando para cada diocese aperfeiçoar suas ativi-
dades relacionadas aos valores familiares.
A Província de Cascavel estará realizando o VI
Encontro Provincial da Pastoral Familiar nos di-
as 5 e 6 de maio de 2012, no Instituto João Pau-
lo II, em Toledo.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133
RETIRO PARA CASAIS DECANATO CENTRO DIOCESE DE GUARAPUAVA
Aconteceu nos dias 23,24 e 25 de Setembro o 2º
Retiro anual para casais Ministrado pela Equipe
diocesana de retiros na Casa de Líderes Nossa
Senhora de Guadalupe, a equipe como já é de
costume conta com a assessoria de todas as
paróquias que compõe o decanato centro. Tivemos
a grata satisfação de estar recebendo 38 casais,
vindos de diversas situações de vivência.
Para dar assistência espiritual adequada aos
casais, acontece além de atendimento personaliza-
do, uma intensa espiritualidade por parte dos agen-
te de pastoral que 60 dias antes já rezavam o terço
diário pelo êxito do retiro também ao mesmo tem-
po que vão sendo desenvolvidos os trabalhos a
adoração ao Saníssimo sem ininterrupções.
Onde os agentes das diversas paróquias cum-
prem uma extensa escala com o objetivo de dar
suporte espiritual aos casais que buscam uma
nova oportunidade de felicidade e de retorno aos
Sacramentos, bem como agentes e membros de
nossas paróquias que ali também estavam com
o intuito de se auto afirmar na fé e perseverar na
caminhada pastoral, o que se percebe também
com os agentes envolvidos, as graças ali alcan-
çadas não se restringe somente aos casais parti-
cipantes mas também a cada agente que coopera
para o seu bom êxito.
Percebemos casais sendo abençoados, relembran-
do momentos, acertando suas diferenças, rezando
juntos, se emocionando, enfim vivenciando uma
renovação.
Neste retiro em especial contamos com a colabo-
ração de toda comunidade guarapuavana que
participou da Semana nacional da Família e levou
1 kg de alimento para o gesto concreto, de todo
alimento arrecadado que foram destinado a
diversas entidades beneficentes de nossa cidade
uma parte cerca de 250kg foram repassados a
equipe de agentes da Paróquia Santana a qual
ficou encarregada da preparação de toda alimenta-
ção servida durante o retiro, agradecemos todo
empenho da equipe, dedicação e carinho na exe-
cução desta tarefa, parabéns a esta grande equipe
que a Sagrada Família os ilumine sempre.
Damos Graças a Deus pelo bom êxito do retiro,
medimos este êxito pelo retorno de 90% dos casais
aos 3 encontros de pós-retiro que já aconteceram,
sendo encaminhados e incentivados para partici-
par ativamente das paróquias que os encaminhou
para enfim se tornar agente de Pastoral. Agrade-
cemos também a equipe de retiro pelo grande a-
mor que tem pela causa, que a Sagrada Família de
Nazaré seja eternamente íntima em suas famílias.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144
OO hhóóssppeeddee
iinnqquuiieettaannttee Pe. Alfredo J. Gonçalves
Assessor das Pastorais Sociais Adital
Esse é o título de um livro do filósofo italia-no Umberto Galimberti, voltado especial-
mente para quem lida com a juventude. Na obra, o adjetivo inquietante tem a ver com o niilismo e com o filósofo Nietzsche, fazen-
do claras alusões à falta de referências do mundo contemporâneo. Sobressaem, entre outros "ismos”, o individualismo, o hedo-
nismo e o relativismo do que se convencio-nou chamar de sociedade pós-moderna.
Mergulhado em semelhante estado de
coisas, as pessoas em geral, ao invés de projetar sua vida, tendem a buscar respos-
tas imediatas para problemas pontuais. O planejamento lento e laborioso é facilmente substituído pelos remédios que o marketing
expõe em profusão de luzes, cores e ape-los. Como os analgésicos são muitos e mui-
to diversificados, e estão sempre à mão, poucos se dão ao trabalho de digerir o pró-prio fracasso ou sofrimento, dele tirando
novas lições. Mais fácil que ruminar a dor é correr à primeira farmácia da esquina!
Evidente que isso não ocorre somente com
a juventude. Esta apenas costuma ser mais vulnerável e mais espontânea às vibrações ocultas do momento. Uma espécie de ter-
mômetro da sociedade em que vivemos. Ou um violão cujas cordas são mais sensíveis à música da moda. De fato, os jovens são os
primeiros a "virar a mesa” para escancarar as debilidades, máscaras e hipocrisias de
um determinado tempo histórico. Normal-mente são também os primeiros a sair às ruas quando percebem "algo de podre no
reino da Dinamarca”, para usar a expressão de Shakespeare.
Os exemplos a esse respeito poderiam ser
multiplicados à exaustão. É o caso dos Beatles e, de modo particular, de John Lennon. Mas é também o caso da brasilei-
ríssima banda dos Mamonas Assassinas. É o caso dos movimentos juvenis de 1968, em especial na França, mas é também o caso
das multidões de "caras pintadas”, que con-tribuíram decisivamente para o impeche-mant do ex-presidente Fernando Collor.
O que marca a juventude atual, segundo Galimberti, é uma alfabetização díspar: de-
senvolvida precocemente em termos tecno-lógicos, informacionais e sexuais, por um lado, protelada no que se refere ao amadu-
recimento afetivo e emocional, por outro. Numa palavra, os jovens hoje costumam chegar simultaneamente muito cedo e mui-
to tarde. Muito cedo, quando se trata de um aprendizado técnico ou informático; muito tarde, quando está em jogo um pro-
jeto de longo prazo envolvendo a própria vida. É mais cômodo realizar experimentos provisórios e descartáveis do que firmar
compromissos definitivos. Daí a substitui-ção, em não poucos casos, do "namorar”
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1155
pelo "ficar”, para citar um exemplo bem prático.
Namorar implica relacionamento profundo.
Exige mudanças de comportamento, que in-terpelam e questionam o cotidiano de cada um. Expõe o indivíduo ao confronto consigo
mesmo e com a alteridade. Exige o difícil aprendizado do perdoar e aceitar o perdão. Obriga a pensar o passado e o futuro, numa
perspectiva relacional. Já o ato de ficar se caracteriza por um momento de prazer pas-sageiro, que não deixa maiores conseqüên-
cias nem cria raízes mais fundas. Até o no-me e o endereço do outro/a podem ser
ignorados. No caso de não dar certo, é bem mais fácil romper do que um compromisso sólido.
Mas, vale insistir, esse comportamento entre os adolescentes e jovens põe a nu um descompromisso mais geral da sociedade
em que vivemos. Se as décadas anteriores foram fortemente marcadas pelo engaja-mento político, a luta pela justiça e o direi-
to, o bem-estar social, nos tempos atuais prevalece o bem-estar pessoal, o "estar numa boa”, o culto ao corpo e ao "eu” com
a proliferação de academias, a veneração das celebridades... Se é verdade que Che Guevara, por exemplo, permanece no ima-
ginário, nas tatuagens e nas camisetas de muitas pessoas, deixou de ser um convite à
ação sociopolítica para tornar-se um ícone quase sempre inconsequente.
Entre tantos autores, alguns alertam com
mais vigor para esse cenário de fixação so-bre a falta de grandes referências éticas e para o retorno ao prazer pessoal como últi-
ma referência. Zygmunt Bauman tem insis-tido com certa veemência sobre o rompi-mento do contrato social e das relações só-
lidas, que vão dando lugar a relacionamen-tos cada vez mais líquidos e temporários. Marc Augé, por sua vez, bate na tecla do
esquecimento do passado e do futuro, em vista de um presente eterno e consumista, prática comum dos impérios, incluindo nes-
te caso a tirania do mercado. Tirania é também o conceito que J.C.Guillebaud utili-za para enfatizar o prazer pelo prazer. En-
fim, dois livros de Gilles Lipovetsky, só pelo título, ilustram bem essa convergência da civilização ocidental para as novidades, o
consumismo exacerbado e o centralismo em si mesmo: o império do efêmero e a era do vazio.
O hóspede inquietante do filósofo Nietzsche incomoda por suas perguntas sem resposta, ou por sua enfermidade sem remédio. Num
mundo sem referência de ordem moral, prevalece a liberdade de fazer o que se
quer e o que se pode. O conceito de liber-dade como "fazer o que constrói ou o que contribui para criar ambientes felizes e fra-
ternos” entra em total esquecimento. E aqui, repetimos pela terceira vez, os jovens não passam de porta-vozes de uma espécie
de "mal estar da civilização” muito mais amplo e profundo (Freud). Como termôme-tro, o jovem mede a temperatura social,
cultural e política do momento.
Temperatura que se reflete de forma bem mais nociva, por exemplo, na corrupção his-
tórica, endêmica e estrutural da política brasileira. Raro o dia que o Planalto Central não produz alguma notícia que faz estarre-
cer os pobres mortais da planície. Desvio de recursos públicos, tráfico de influência, pre-
varicação, superfaturamento, salários exor-bitantes, toma lá dá cá, uso indevido do or-çamento – são algumas das práticas corri-
queiras dos representantes dos três poderes da União. Salvo raras e notáveis exceções, grande parte deles faz jus ao título da obra
de Raymundo Faoro "os donos do poder”. No palco da administração publica brasilei-ra, o hóspede inquietante do niilismo e do
relativismo dá margem ao sepultamento pu-ro e simples da "ética na política”. Em ter-mos mais gerais, o projeto de conquistar e
manter o poder, digamos com clássico Maquiavel, toma o lugar de um projeto de nação.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1166
44ºº RREETTIIRROO EESSPPIIRRIITTUUAALL PPAARRAA
CCAASSAAIISS EEMM 22ªª UUNNIIÃÃOO
EEMM AARRAAUUCCÁÁRRIIAA
Na cidade de Araucária, Diocese de São
José dos Pinhais, foi realizado o 4º retiro
espiritual para casais em 2ª união desta
diocese nos dias 22 e 23 de outubro na
Paróquia Nossa Senhora das Dores. Par-
ticiparam 14 casais em 2ª união vindos
das cidades de Araucária, Fazenda Rio
Grande, São José dos Pinhais, Contenda e
Mandirituba.
Estes casais tiveram todo o acolhimento
da Igreja através da equipe organizadora
composta da Comissão Diocesana de
Pastoral Familiar, do grupo de casais do
Bom Pastor de São José dos Pinhais e da
coordenação paroquial e seus casais
agentes de pastoral.
A alegria estampada nos rostos durante o
encontro e ao final do encontro foi a
marca predominante deste retiro onde os
casais realizaram uma experiência com
Deus sentindo o amor incondicional de
Deus e buscando sentido para a vida.
Estes casais serão agora acompanhados
por 5 casais pilotos cuja missão corres-
ponde a um chamado de Cristo para
servi-lo em uma tarefa de evangelização,
de formação de uma comunidade de dis-
cípulos, em uma estruturação de um gru-
po de seguidores que eram “como
ovelhas sem pastor.”
A vocação do Casal Piloto se concretiza,
portanto, pela possibilidade de ajudar
outros casais em sua vivência comunitá-
ria na fé e na espiritualidade, vinculadas a
família, a Igreja e ao mundo. Por Faustino e Maria Eloina
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1177
SSEEMMAANNAA NNAACCIIOONNAALL DDAA VVIIDDAA MMOOVVIIMMEENNTTAA AA DDIIOOCCEESSEE DDEE SSÃÃOO JJOOSSÉÉ DDOOSS PPIINNHHAAIISS
EEVVEENNTTOOSS AABBRRIILLHHAANNTTAARRAAMM AASS CCOOMMEEMMOORRAAÇÇÕÕEESS DDAA SSEEMMAANNAA NNAACCIIOONNAALL
DDAA VVIIDDAA NNAA LLAAPPAA “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em a-
bundância...”
A famosa frase bíblica expressa a necessida-
de da valorização da vida em todos seus
estágios. Com isso, a Igreja do Brasil
celebrou a Semana Nacional da Vida, perío-
do destinado para a reflexão sobre o presente
mais valioso que Deus deu às pessoas: a vida
e, consequentemente, agir com ações
concretas e solidárias.
A Pastoral Familiar da Paróquia Santo
Antonio da Lapa organizou uma semana
com atividades intensas, que mobilizaram
várias pastorais e movimentos. Nos dias 1º e
2 de outubro aconteceram as missas de
abertura da Semana Nacional da Vida, na
cidade e no interior. Foram usados vários
símbolos da preservação da vida humana no
planeta (o globo terrestre, vaso com planta
frutífera, artigos produzidos com materiais
reciclados, a água, a Bíblia e o banner
preparado para a semana).
Na terça-feira, 4, dia de São Francisco de
Assis – protetor dos animais, a missa das
19h foi celebrada na Praça General Carneiro
e houve a benção dos animais de estimação.
Na quarta-feira dia 5, novamente a Praça
General Carneiro tornou-se o foco das
atenções da cidade, foram instaladas
barracas para a exposição dos trabalhos rea-
lizados por pastorais e entidades lapeanas
em prol da vida, além de apresentações
teatrais, musicais e artísticas nos intervalos
das novenas de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro.
Certamente foi gratificante conhecer quem
trabalha pela vida na cidade. Foi possível
conferir os trabalhos manuais do Clube de
Mães, os produtos confeccionados com
material reciclável, as várias atividades
desenvolvidas pelos alunos da APAE, as
palestras e slides preparados pelo MCC
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1188
(Cursilho) sobre a importância da separação
correta do lixo e posterior destinação destes
materiais para a reciclagem; os estudantes
que se apresentaram e expuseram trabalhos
sobre a vida; a Igreja dos Menonitas divertiu
e informou de modo descontraído e dinâmi-
co; os brinquedos da Pastoral da Criança
também chamaram a atenção das crianças e
adolescentes que passaram pelo local; a
pastoral dos acólitos e coroinhas que manda-
ram seu recado e adoçaram o dia com um pi-
rulito; a pastoral da catequese que mandaram
a mensagem através da semente, que ao ser
plantada e cuidada produz vida; e assim fo-
ram todas as demais pastorais e instituições.
Na quinta e sexta-feira, foi a hora de visitar
as instituições levando uma mensagem de fé,
amor e esperança, motivando os profis-
sionais a continuar o trabalho maravilhoso
que desempenham de modo, muitas vezes,
silencioso, porém muito valioso. E a todos
os assistidos transmitir gestos de afeto e
solidariedade que muitas vezes está ausente
de seu dia-a-dia.
Finalizando a intensa programação no dia 08
de outubro - Dia do nascituro, durante a
tarde, o TLC organizou a Marcha pela Vida,
com o objetivo de conscientizar de que Deus
nos deu a vida e que deve-se zelar por ela e
pela vida daqueles que ainda virão. Com
cartazes, balões, muita música e animação o
grupo percorreu 2,8 Km. Mesmo com chuva
perseveraram e concluíram o percurso, afinal
a água é símbolo da vida! E às 19h, na Igreja
Matriz, aconteceu a missa do dia do nascitu-
ro com benção das gestantes, que receberam
uma lembrança preparada carinhosamente
para seus filhos. Durante a celebração foi
ressaltado o crime que é o aborto, assim
como todas as formas de acabar com a vida e
em agradecimento pelo Sim da Vida, a
Pastoral dos acólitos e coroinhas organiza-
ram uma linda Coroação a Nossa Senhora,
que emocionou a todos.
Assim a Semana Nacional da Vida de 2011
chegou ao fim com êxito e muita
gratificação. A Pastoral Familiar agradece a
todos que ajudaram e, fizeram acontecer o
momento forte de oração e ação na cidade!
Porém, lembre-se, é preciso valorizar a vida
durante os 365 dias do ano!
Um pequeno gesto pode significar um
grande processo para a humanidade! Se cada
um fizer a sua parte, certamente se terá um
planeta com muito mais vida. Preserve a
natureza, separe o material reciclado, ajude o
seu próximo, diga não a morte e SIM para a
VIDA! Por Sirlei Dalberto
AATTOO PPÚÚBBLLIICCOO EEMM DDEEFFEESSAA DDAA VVIIDDAA EEMM SSÃÃOO JJOOSSÉÉ DDOOSS PPIINNHHAAIISS
Em São José dos Pinhais também houve
atividades em defesa da vida. No dia 8 de
outubro celebramos o dia do nascituro que é
uma grande oportunidade para reafirmarmos
o valor e a beleza desse dom precioso que
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1199
recebemos de Deus. Diante de tantos ataques
que a vida vem sofrendo em nossos dias, é
missão do cristão e da Igreja reafirmar sua
importância inestimável e inegociável. A
Comissão Diocesana de Pastoral Familiar da
diocese de São José dos Pinhais incentivou
as paróquias a promoverem iniciativas
durante a Semana Nacional da Vida. No dia
8 de outubro foi realizado um ato público em
defesa da vida em frente a Catedral de São
José .
O Assessor Eclesiástico da Pastoral
Familiar, Diác. Lourival Goll fez um
pronunciamento afirmando que a Igreja
declara o respeito incondicional do direito à
vida de toda pessoa - desde a sua concepção
até a morte natural - sendo um dos pilares
sobre o qual se assenta toda a sociedade e
um Estado verdadeiramente humano.
Defender este direito primário e fundamental
à vida humana é um dever de Estado. Foi
feita também uma reflexão sobre a vida
humana no planeta que nos alertou para a
necessidade de sermos éticos e comprometi-
dos com a vida humana e toda a manifesta-
ção de vida existente no planeta. Na celebra-
ção da vida reconhecemos que a relação com
Deus exige que se considere a vida do
homem como sagrada e inviolável. O grupo
de jovens EJA da família EPC (Encontro de
Pais com Cristo) participou ativamente deste
ato distribuindo 1.500 panfletos no calçadão
da rua quinze de novembro conscientizando
a população de São José dos Pinhais contra a
legalização do aborto que afeta o projeto da
criação e o respeito à nova vida.
Por Faustino e Maria Eloina
QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA
OOrraaççããoo ddaa CCFF 22001122
Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos
louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os so-
fredores, sobre eles derramou a esperança de
vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a
vossa Igreja, para que ela, pela conversão se
faça sempre mais, solidária às dores e enfermi-dades do povo, e que a saúde se difunda sobre
a terra. Amém.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 2200
CCoonnggrreessssoo ddee ppllaanneejjaammeennttoo ffaammiilliiaarr
ddiissccuuttee aa ééttiiccaa nnaa sseexxuuaalliiddaaddee
“A nossa Igreja é chamada a ser santa”, iniciou
Dom Sergio da Rocha, arcebispo metropolitano
de Brasília, na missa de abertura do II Congres-
so Nacional de Planejamento Natural Familiar.
No dia dedicado a São Judas Tadeu, o arcebispo
destacou o testemunho dos santos para os cris-
tãos na atualidade. “Precisamos ser santos nos
diversos ambientes que frequentamos: família,
escola, comunidades e também na vivência da
sexualidade e afetividade”.
Nesta edição, o Congresso tem como te-
ma Construir a Família: por amor, com amor e
para o amor! Além de aprofundar a interação do
trabalho pastoral no campo familiar, o objetivo
do evento é fazer com que o amor conjugal e a
vivência sadia da sexualidade sejam, de fato,
compreendidos e seguidos segundo os planos de
Deus. “Aqui vamos refletir a respeito da trans-
missão responsável da vida. Precisamos teste-
munhar com firmeza os valores da Igreja, prin-
cipalmente os relacionados ao matrimônio. Não
podemos desanimar”, declarou Dom Sergio.
Sexualidade e Teologia
A primeira palestra do evento, também presidida
por Dom Sergio, abordou a questão antropológi-
ca e bíblica da sexualidade. O reconhecimento
da dignidade da pessoa humana e de uma ética
na sexualidade foram constantemente sublinha-
das pelo arcebispo. "A dignidade precisa ser
respeitada, pois é dom do Criador", disse. Esse
pensamento tem como base a imagem e seme-
lhança do homem (criatura) perante Deus (cria-
dor). A partir daí pode-se afirmar que a sexuali-
dade não pode ser reduzida ou desprezada na to-
talidade do ser.
Mesmo com as experiências traumáticas viven-
ciadas neste campo, homem e mulher têm a gra-
ça integral da remissão dos pecados. As más ex-
periências na sexualidade, quando superadas,
desembocam em um amadurecimento que visa
ações responsáveis no futuro. Para essa vivência
responsável, Dom Sergio chamou a atenção para
três pontos importantes: a sexualidade como
dom de Deus, a sexualidade ligada à fecundida-
de e a sexualidade como expressão de afeto en-
tre homem e mu-
lher. O primeiro
ponto se refere à
criação do ho-
mem e da mulher
- "Deus viu que
tudo era muito
bom" (Gên 1,31).
O segundo asse-
gura que os fi-
lhos devem ser a-
acolhidos como
graça de Deus -
"Sede fecundos"
(Gên 9,1). Já o
terceiro aborda a importância da unidade do ca-
sal - "Já não são mais do que uma só carne"
(Gên 2,24).
Para Dom Sergio, "é preciso uma orientação pa-
ra a vivência correta da sexualidade, pois há
uma grande tendência de que façamos da vida
pessoal e conjugal um vale tudo, sem referencias
éticas", concluiu.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 2211
Pastoral de Conjunto define ações em
favor das famílias Por Luiz Carlos Bittencourt
A Diocese de Palmas-Francisco Beltrão vive um
momento histórico na evangelização das famí-
lias com a implantação da Pastoral de Conjunto.
A definição ocorreu na Assembleia Diocesana
da Pastoral Familiar nos dias 29 e 30 de outubro,
na Casa de Formação Divino Mestre, em Fran-
cisco Beltrão. A organização aconteceu sob a
responsabilidade da equipe diocesana da Pasto-
ral Familiar. Teve a presença de representantes
das paróquias e as coordenações do Movimento
de Lareira, Movimento de Cursilho, Jornada
Jovem, Pastoral da Aids, Pastoral da Criança e
Renovação Carismática Católica.
Presentes o Bispo Dom José Antonio Peruzzo,
Pe. Geraldo Macagnan (Coordenador da Ação
Evangelizadora na Diocese), Pe. Valdecir
Bressani (Assessor Diocesano da Pastoral
Familiar), Pe. Afonso (Pároco de Sulina e
Saudades do Iguaçu), Ir. Soeli Olga Carline
(Assessora Diocesana da Pastoral Familiar).
A Assembleia iniciou com a palestra do Pe.
Valdecir Bressani abordando "A família a partir
do Documento de Aparecida" e Dom José sobre
a fundamentação bíblica a partir do subsídio
diocesano (Julgar). Realizados trabalhos em
grupos para a reflexão das iniciativas existentes
e ações que serão realizadas na diocese.
Foram definidas atividades para a evangelização
com as famílias através da Pastoral de Conjunto
em âmbito diocesano para 2012: Congresso da
Família, em 21 de outubro, formação para
palestrantes para trabalhar com casais em se-
gunda união, em 28 e 29 de julho, formação para
agentes da Pastoral Familiar, 18, 19 de fevereiro
e ainda encontros de reflexão com as equipes de
cursos de noivos de todas as paróquias.
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