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BECPA 2º semestre de 2015
Boletim EstatísticoContratação PúblicaAngolana
Abril / 2016
da
Serviço Nacional daContratação Pública
Abril / 2014
BECPA
Boletim EstatísticoContratação PúblicaAngolana
da
2º semestre de 2015
Abril / 2014
Abril / 2014
Ficha TécnicaTítulo:Edição:Coordenação:
Design e Paginação:Supervisão/GCP:Direcção Institucional:
Morada:Telefone:Email:Site:
Rua Kwamne N´krumah, 217 – 221, Edifício Metrópolis, 3º Andar, Maianga-Luanda, Caixa Postal n.º 6869(+) 244 917 269 025 / 942 642 251gcp@minfin.gv.aowww.contratacaopublica.minfin.gv.ao
Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP)
Boletim Estatístico da Contratação Pública Angolana (BECPA) – 2º Semestre de 2015Serviço Nacionao da Contratação Pública (SNCP) Rosária Dias dos Santos Filipe, Directora Geral do SNCPJoão Boa Francisco Quipipa, Secretário de Estado do TesouroGabinete de Comunicação Institucional (GCI)Armando Manuel, Ministro das FinançasMINISTÉRIO DAS FINANÇAS (MINFIN)
Abril / 2014
Introdução
Caracterização do Mercado da Contratação Pública
Indicadores Gerais da Contratação Pública
Considerações Finais
Legislação Relevante Sobre Contratação Pública
1
2
3
4
5
7
8
10
21
22
Acontecimentos Revelantes no Mercado
Actos Normativos com Impacto na Contratação Pública
Enquadramento na Despesa Pública
Análise dos Procedimentos de Contratação Pública
Fornecedores do Estado
Micro, Pequenas e Médias Empresas
Ilustração dos Indicadores da Contratação Pública por
Província
2.1
2.2
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
8
9
10
11
15
17
20
Abril / 2014
123456789
101112131415161718
19
20212223242526
GráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráfico
Gráfico
GráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráfico
Evolução de abertura de PCP durante o período de 2011 a 2015Despesa total orçamentada e valores executados - Ano 2015 Despesas em bens, serviços e despesas de capital até final do 2º Semestre 2015 Número de procedimentos lançados e concluídos - 2015 Distribuição dos PCP por tipologia - 2015 Critério de escolha para o Procedimento de Negociação - 2015Distribuição dos PCP por objecto - 2015Distribuição dos PCP por EPC - 2015Distribuição dos PCP por Departamentos Ministeriais – 2015Distribuição dos PCP conduzidos pela UTN - 2015Distribuição dos PCP por Governos Provinciais - 2015 Estimativa de poupança Potencial com PCP em AKZ - 2015 Distribuição dos critérios de avaliação por tipo de PCP – 2015Número de Candidatos/Concorrentes por PCP – 2015Número de fornecedores por estado de Cadastramento no final do 2º semestre de 2015Evolução de fornecedores cadastrados vs. Fornecedores não cadastradosAnálise da evolução de fornecedores por estado de Cadastramento Principais áreas de actividade dos fornecedores cadastrados até final do 2º semestre de 2015Relação entre fornecedores cadastrados e não cadastrados em termos de cabimentações emitidas até final do 2º semestre de 2015 Percentagem de despesas cabimentadas a fornecedores cadastrados Análise da evolução geral do valor cabimentadoDistribuição das MPME por áreas de actividadeDistribuição das MPME por Província e áreas de actividadeNúmero de MPME por estado de cadastramento no final do 2º semestre de 2015 Distribuição dos estados de cadastramento das MPMEIndicadores da contratação Pública por província em 2015
91011121212121213131415151516161616
17
17171818191920
Execução das Despesas (Globais) Orçamentadas por NaturezaExecução das Despesas sujeitas à LCP Orçamentadas por NaturezaValor cabimentado sujeito à LCP versus Número de PCP registados por Departamentos MinisteriaisValor cabimentado sujeito à LCP versus Número de PCP registados por Governos ProvinciaisValor Estimado versus Valor Contratualizado dos PCP - 2015Distribuição das MPME por ProvínciaPrincipais áreas de actividade das MPME Relação entre MPME cadastradas e não cadastradas em termos de cabimentações emitidas
123
4
5678
101113
14
141818
19
TabelaTabelaTabela
Tabela
TabelaTabelaTabelaTabela
Índice de Tabelas
Abril / 2014
Abreviaturas, Siglas e Acrónimos
AkzBD
BDABECPA
BNACLPQ
CLSACCNE
CPDNPE
EPCGPL
INAPEMLCP
MATMEDMES
MINAGRIMINAMBMINARS
MINCONSMINCULT
MINEAMINFINMINFINMINJUDMINSA
MINTRANSMINUHA
MIREXMPDTMPME
MITIOGEPCP
PEMVPIBPIP
PMBPND
SIGFESIGPESNCP
TCTPEUO
USDUTN
KwanzasBase de DadosBanco de Desenvolvimento AngolanoBoletim Estatístico da Contratação PúblicaBanco Nacional de AngolaConcurso Limitado Por Prévia QualificaçãoConcurso Limitado sem Apresentação de CandidaturasComissão nacional EleitoralConcurso PúblicoDirecção Nacional do Património do EstadoEntidade Pública ContratanteGoverno Provincial de LuandaInstituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias EmpresasLei da Contratação PúblicaMinistério da Administração do TerritórioMinistério da EducaçãoMinistério do Ensino SuperiorMinistério da AgriculturaMinistério do AmbienteMinistério da Assistência e Reinserção SocialMinistério da ConstruçãoMinistério da CulturaMinistério da Energia e ÁguasMinistério das FinançasMinistro das FinançasMinistério da Justiça e dos Direitos HumanosMinistério da SaúdeMinistério dos TransportesMinistério do Urbanismo e HabitaçãoMinistério das Relações ExterioresMinistério do Planeamento e Desenvolvimento TerritorialMicro, Pequenas e Médias EmpresasMinistério das Telecomunicações e Tecnologias de InformaçãoOrçamento Geral do EstadoProcedimento de Contratação PúblicaProposta Economicamente Mais VantajosaProduto Interno BrutoPrograma de Investimento PúblicoPreço Mais BaixoPrograma Nacional de DesenvolvimentoSistema Integrado de Gestão Financeira do EstadoSistema Integrado de Gestão Patrimonial do EstadoServiço Nacional da Contratação PúblicaTribunal de ContasTitular do Poder ExecutivoUnidade OrçamentalDólar Norte-AmericanoUnidade Técnica de Negociação
7Abril / 2014
Introdução
a esteira das três edições anteriores, a presente publicação do Boletim Estatístico da Contra-tação Pública Angolana (BECPA) pretende ser um contributo para uma avaliação do estado da Contratação Pública nacional e um referencial para divulgação das boas práticas na maté-ria. Este relatório tem também como objectivo fulcral contribuir para a criação de um siste-ma de Contratação Pública mais eficiente e eficaz, no sentido de possibilitar as Entidades Públicas Contratantes (EPC) alcançar maiores padrões de qualidade e sustentabilidade (value for money) na gestão do erário público.
No geral, o exercício económico de 2015 foi marcado pela redução do preço, em termos acumulados na ordem dos 60% (desde Julho de 2014 a Setembro 2015)1, da principal commodity de exportação do país - o petróleo - no mercado internacional, sendo esta ainda a principal fonte de receitas fiscais (67%), e ainda com peso relevante no PIB do país (45%)2. Neste contexto desafiante para o país, socorremo-nos dos objectivos preconizados no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017, assinalando e realçando por exemplo, os esforços para prosseguir a diversificação da economia, a melhoria da eficácia na cobrança dos impostos, o reforço do sistema de gestão dos investimentos públicos, a redução dos subsídios aos combustíveis e as transferências sociais dos rendimentos.
Tendo como “pano de fundo” a menor disponibilidade de recursos financeiros para as despesas públicas, e, por conseguinte, a necessidade de maior racionalização nos gastos, far-se-á um reporte do desempenho estatístico do mercado da contratação pública nacional no 2º semestre, com uma perspectiva anual, apresentando-se assim os dados estatísticos globais do ano 2015.
De seguida, far-se-á uma incursão aos acontecimentos relevantes com implicações nas aquisições públicas, como a referência à extensa produção legislativa no período. Posterior-mente apresentar-se-á uma visão geral da despesa pública no período, análises estatísticas aos Procedimentos de Contratação Pública (PCP) iniciados, ao processo de cadastro dos Fornecedores do Estado, e à participação das Micro Pequenas e Médias Empresas (MPME) no mercado da contratação pública no sentido de se apurar a regularidade, a competitividade e a transparência nos processos aquisitivos.
N
Relatório de Fundamentação OGE-2016, pág. 7 Fonte: MINFIN
1
1
Abril / 20148
2
Neste capítulo pretende-se efectuar uma breve “radiografia” do mercado da contratação nacional, retratando como as instituições e os processos que compõem o sistema se vêm comportando, com vista ao alcance de um mercado mais transparente, concorrencial, eficiente e eficaz.
O 2º Semestre de 2015 ficou marcado pela dinâmica do mercado da contratação pública nacional, quer do ponto de vista institucional, quer no âmbito material ou legislativo
Caracterização do Mercado da Contratação Pública
2.1 ACONTECIMENTOS RELEVANTES NO MERCA-DO
Do ponto de vista institucional, destacamos as actividades desenvolvidas pelo SNCP nomeadamente, a capacitação de quadros de variadas EPC através da realização de 21 acções de formação a 21 EPC, das 23 programadas para o período em questão, resultando num total de 183.143 horas ministradas. As acções de formação abrangeram um total de 1.319 participantes, com 37% (399) participantes do género feminino e 53% (699) do género masculino.
Os temas mais requisitados foram; o contexto legal da contratação pública, aquisições no Sector Público e Confir-mação de Contratos. Foram ainda realizadas visitas de acompanhamento e constatação a 54 EPC, que mais uma vez possibilitaram um diagnóstico mais abrangente da situação actual da contratação pública no país e a identifi-cação de irregularidades, dificuldades e tendências do mercado.
As principais constatações aferidas através das visitas no 2º Semestre de 2015 resumem-se às seguintes:
• Em média 85% das EPC tem dificuldade na interpreta-ção da Lei da Contratação Pública (LCP);
• Em média 82% das EPC utiliza, predominantemente, procedimentos fechados, nomeadamente o Procedimento de Negociação (PN) por critério material e o Concurso Limitado Sem Apresentação de Candidaturas (CLSAC) em detrimento dos procedimentos Abertos; e
• Apenas 11% das EPC visitadas têm agido em conformi-dade com o estabelecido no Decreto Executivo Conjunto n.º 157/14, de 4 de Junho, adjudicando e ou subcontra-tando MPME.
2.2 ACTOS NORMATIVOS COM IMPACTO NA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
A nível dos acontecimentos legislativos, para o período em questão destacam-se:
1. Medidas orientadas a racionalizar as despesas e melhoria das receitas:
• Aprovação do Decreto Presidencial n.º 167/15, de 25 de Agosto, que autoriza a inserção na Programação Anual de Investimentos Públicos de novos projectos prioritários e estruturantes previamente incluídos no Orçamento Geral do Estado para 2015;
• Aprovação, através do Decreto Executivo n.º471/15 de 20 de Julho, do manual de preparação e realização de visitas aos projectos estruturantes de investimento público;
• Aprovação, através do Decreto Presidencial n.º 167/15, de 16 de Setembro, do perfil dos gestores do orçamento, pretendendo-se que estes apresentem uma melhor planificação e execução orçamental.
2. Medidas para melhoria do ambiente de negócios, redução da burocracia, criação de incentivos ao investimento e flexibilização do mercado laboral:
• Aprovação da Lei do Investimento Privado, Lei n.º 14/15, de 11 de Agosto, que estabelece as bases gerais do investimento privado na República de Angola e define os princípios e o regime de acesso aos incentivos e outras facilidades a conceder pelo Estado a este tipo de investimento;
• Aprovação da Lei n.º 15/15,de 22 de Agosto, que autoriza o Titular do Poder Executivo a proceder altera-ções às taxas previstas na Pauta Aduaneira dos Direi-tos de Importação e Exportação, especialmente o desagravamento dos direitos aduaneiros aplicáveis a
bens e equipamentos voltados à produção nacional.
3. Medidas para promover o ritmo de diversificação e transformação da economia:
• Criação do regime jurídico da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), pelo Decreto Presidencial n.º 185/15, de 2 de outubro. Trata-se de um serviço técnico especializado que funciona sob dependência directa do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo.
O presente Regulamento aplica-se aos projectos de investimento privado cuja decisão de aprovação estejam acometidas ao Titular do Poder Executivo, nomeadamente projectos de Investimento Privado cujo montante superior ao contravalor em kwanzas seja equivalente a USD 10 milhões bem como quaisquer outros investimentos nos sectores financeiro, mineiro e diamantífero, nos termos do novo Regulamento do procedimento para a realização do Investimento Priva-do, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 182/15, de 30 de Setembro.
Para mais detalhes sobre a lista dos principais diplomas legislativos publicados, referentes à contratação pública ou matérias conexas durante o 2º Semestre 2015, dispo-nibiliza-se, em anexo um mapa-resumo dos mesmos (ver capítulo 6.2. Legislação relevante sobre a C.P. – 2º Semestre 2015)
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2.1 ACONTECIMENTOS RELEVANTES NO MERCA-DO
Do ponto de vista institucional, destacamos as actividades desenvolvidas pelo SNCP nomeadamente, a capacitação de quadros de variadas EPC através da realização de 21 acções de formação a 21 EPC, das 23 programadas para o período em questão, resultando num total de 183.143 horas ministradas. As acções de formação abrangeram um total de 1.319 participantes, com 37% (399) participantes do género feminino e 53% (699) do género masculino.
Os temas mais requisitados foram; o contexto legal da contratação pública, aquisições no Sector Público e Confir-mação de Contratos. Foram ainda realizadas visitas de acompanhamento e constatação a 54 EPC, que mais uma vez possibilitaram um diagnóstico mais abrangente da situação actual da contratação pública no país e a identifi-cação de irregularidades, dificuldades e tendências do mercado.
As principais constatações aferidas através das visitas no 2º Semestre de 2015 resumem-se às seguintes:
• Em média 85% das EPC tem dificuldade na interpreta-ção da Lei da Contratação Pública (LCP);
• Em média 82% das EPC utiliza, predominantemente, procedimentos fechados, nomeadamente o Procedimento de Negociação (PN) por critério material e o Concurso Limitado Sem Apresentação de Candidaturas (CLSAC) em detrimento dos procedimentos Abertos; e
• Apenas 11% das EPC visitadas têm agido em conformi-dade com o estabelecido no Decreto Executivo Conjunto n.º 157/14, de 4 de Junho, adjudicando e ou subcontra-tando MPME.
2.2 ACTOS NORMATIVOS COM IMPACTO NA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
A nível dos acontecimentos legislativos, para o período em questão destacam-se:
1. Medidas orientadas a racionalizar as despesas e melhoria das receitas:
• Aprovação do Decreto Presidencial n.º 167/15, de 25 de Agosto, que autoriza a inserção na Programação Anual de Investimentos Públicos de novos projectos prioritários e estruturantes previamente incluídos no Orçamento Geral do Estado para 2015;
• Aprovação, através do Decreto Executivo n.º471/15 de 20 de Julho, do manual de preparação e realização de visitas aos projectos estruturantes de investimento público;
• Aprovação, através do Decreto Presidencial n.º 167/15, de 16 de Setembro, do perfil dos gestores do orçamento, pretendendo-se que estes apresentem uma melhor planificação e execução orçamental.
2. Medidas para melhoria do ambiente de negócios, redução da burocracia, criação de incentivos ao investimento e flexibilização do mercado laboral:
• Aprovação da Lei do Investimento Privado, Lei n.º 14/15, de 11 de Agosto, que estabelece as bases gerais do investimento privado na República de Angola e define os princípios e o regime de acesso aos incentivos e outras facilidades a conceder pelo Estado a este tipo de investimento;
• Aprovação da Lei n.º 15/15,de 22 de Agosto, que autoriza o Titular do Poder Executivo a proceder altera-ções às taxas previstas na Pauta Aduaneira dos Direi-tos de Importação e Exportação, especialmente o desagravamento dos direitos aduaneiros aplicáveis a
bens e equipamentos voltados à produção nacional.
3. Medidas para promover o ritmo de diversificação e transformação da economia:
• Criação do regime jurídico da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), pelo Decreto Presidencial n.º 185/15, de 2 de outubro. Trata-se de um serviço técnico especializado que funciona sob dependência directa do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo.
O presente Regulamento aplica-se aos projectos de investimento privado cuja decisão de aprovação estejam acometidas ao Titular do Poder Executivo, nomeadamente projectos de Investimento Privado cujo montante superior ao contravalor em kwanzas seja equivalente a USD 10 milhões bem como quaisquer outros investimentos nos sectores financeiro, mineiro e diamantífero, nos termos do novo Regulamento do procedimento para a realização do Investimento Priva-do, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 182/15, de 30 de Setembro.
Para mais detalhes sobre a lista dos principais diplomas legislativos publicados, referentes à contratação pública ou matérias conexas durante o 2º Semestre 2015, dispo-nibiliza-se, em anexo um mapa-resumo dos mesmos (ver capítulo 6.2. Legislação relevante sobre a C.P. – 2º Semestre 2015)
200155
287
942
998 1855
Ano2011
Ano2012
Ano2013
Ano2014
Ano2015
Total PCP2011-2015
Gráfico 1 - Evolução de abertura de PCP durante o período de 2011 a 2015
Do gráfico acima apresentado, constata-se que de 2014 para 2015 houve um aumento de 6% no número de proce-dimentos abertos (+56 PCP). Importa referir que, apesar das restrições no orçamento alocado à despesa pública sujeita à LCP, pode-se constatar um aumento do número de procedimentos conhecidos, como resultado de uma maior sensibilidade das EPC no reporte de informação.
Abril / 201410
3 INDICADORES GERAIS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
Apresenta-se abaixo a despesa total orçamentada e valores executados - Ano 2015
Tabela1 - Execução das Despesas (Globais) Orçamentadas por Natureza
Fonte - SIGFE (1/04/2016) – Análise SNCP
Gráfico 2 - Despesa total orçamentada e valores executados - Ano 2015
Fonte: SIGFE (1/04/2016) – Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 2S-14
Nos próximos capítulos apresentar-se-ão os principais indicadores da contratação pública, no que concerne ao número e tipo de procedimentos lançados pelas EPC, o universo actual de fornecedores do Estado e, destes, quantos são MPME; saber-se-á também a dispersão geográfica das despesas públicas sujeitas à LCP e, por fim, uma abordagem sobre o processo de confirmação de contratos. Considerando a visão limitada que o SNCP tem dos PCP lançados no 2º Semestre de 2015 e do ano em geral, de maneira a aferir-se sobre o valor global dos contratos, procedeu-se a um exercício de extrapolação dos dados a partir do grau de execução das despesas contratuais inscritas no OGE Revisto/2015. A partir da despesa públi-ca, isto é, dos valores liquidados obtiveram-se os valores celebrados/executados dos contratos3.
3.1 ENQUADRAMENTO NA DESPESA PÚBLICA
No ano 2015, a economia nacional continuou a vivenciar a crise económico-financeira iniciada no 2º semestre de 2014, pelas razões já mencionadas. Esta crise de natureza estrutural4 (visto que o market sentiment, ou seja as estimativas dos analistas e operadores financeiros sobre a evolução do preço do petróleo bruto no mercado interna-cional indiciam que o valor desta matéria-prima poderá manter-se em baixa por um período considerável), alterou todas as variáveis da gestão financeira do país.
Diante de um défice da balança de pagamentos e da redução da entrada de divisas no país, verificou-se a desvalorização do Kwanza, a taxa de inflação retomou aos dois dígitos e estima-se para 2015 um crescimento do PIB de 4%5 (inferior aos 6,6%, previsto no OGE Revisto/2015). Neste contexto, o valor de recursos disponíveis para a despesa pública foi revisto em baixa.
Os valores das despesas orçamentadas para 2015, assim como a respectiva execução orçamental, são apresenta-dos no gráfico seguinte, onde se observa uma execução de 78% medida pela despesa total liquidada.
Pelo quadro seguinte, é possível verificar-se a distribuição da despesa global por Categoria Económica, durante o ano de 2015, comparando com o ano anterior.
6 000
Mil
milh
ões
de
AK
Z
0
5 000
4 000
3 000
2 000
1 000
5 454
OrçamentoAprovado
Valor TotalCabimentado
Valor TotalLiquidado
Valor Totalpago
3 678
4 261 4 232
Orçamento anualaprovado (Mil
milhões de AKZ)
Valor liquidado - (Mil Milhões AKZ)Categoria Económica
Despesas correntes 4.153 3.237 3.943 2.796
Despesas de capital 3.105 2.190 2.960 1.436
Reserva orçamental 0,140 27 0
Total 7.258 5.454 6.903 4.232
Pessoal e Cont. Empreg. 1.365 1.517 1.309 1382Bens 433 220 384 144Serviços 1.081 544 981 417Juros da dívida 152 258 152 248
Investimentos 1.985 727 735 121Transferências de Capital 4,361 34 4,315 13Despesas de Capital Financeiro 1.062 1.411 1.004 922Outras Desp. de Capital 53,36 19 53,04 4
Subsídio e Outras Transferências 1.122 697 1.117 605
3Dados preliminares, antes da aprovação da Conta Geral do Estado - 2015. 4Para além dos factores conjunturais internacionais, a crise actual impõe mudanças na estrutura económica nacional. 5Relatório Fundamentação OGE 2016, pág. 56
11
Para o período em análise constata-se a redução do valor total orçamentado em 25%. Em termos de grau de execução da despesa verifica-se um diferencial de 17 p.p. de 2014 para 2015 (2014: 95%; 2015: 78%).
De acordo com a legislação vigente, as despesas sujeitas ao regime da LCP são as despesas em “Bens e Serviços” e “Despesas de Capital”. As despesas excluídas do âmbito da LCP são as despesas com as rubricas “Pessoal”, “Reser-vas”, “Transferências” (capital, subsídios a preço, subsí-dios operacionais, etc.), entre outras.
Limitando o foco da análise às categorias de despesa abrangidas pela LCP, os valores referidos anteriormente traduzem-se de acordo com o ilustrado no gráfico seguin-te:
Relativamente ao período homólogo, em termos de valores totais orçamentados verificamos uma variação negativa de aproximadamente 58%, e em termos de valores totais liquidados, a redução é de 68%, fruto da conjuntura económica anteriormente referida. Os valores dos contratos públicos executados sujeitos à LCP, cifraram--se em 1.063 mil milhões de AKZ (Valor Total Liquidado).
Concentrando a análise a nível das categorias, observa-se que a tendência registada no ano de 2014 (as “Despesas de Capital” ultrapassarem as “Despesas com Bens e Servi-ços”) foi invertida. Particular destaque deve ser dado à rúbrica “Investimentos”, que em 2014 representava 97,5% das Despesas de Capital e em 2015 teve uma queda abrup-ta para 63%.
Em termos dos valores liquidados, verifica-se que o grau de execução das despesas sujeitas à LCP, para o ano de 2015 é de 70%, ou seja, uma redução de 23 pontos percentuais em relação ao período homólogo.
3.2 ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS DE CONTRA-TAÇÃO PÚBLICA
Enquanto órgão de regulação e supervisão da contratação pública angolana, nos termos da LCP, o SNCP tem procedi-do à recolha de anúncios dos procedimentos publicados no Diário da República e no Jornal de Angola, bem como todos aqueles informados pelas EPC. Cabe ressaltar que os 998 PCP recolhidos ao longo de 2015, continuam a não representar o universo de procedimentos de contratação pública abertos em Angola, dada a reitera-da falta de comunicação de abertura de procedimentos ao SNCP, embora se reconheça alguma melhoria na comuni-cação das EPC para esse efeito.Da análise efectuada aos anúncios recolhidos, constatou-se o seguinte:
Nível de execução dos procedimentos
Os Procedimentos de Contratação Pública lançados em 2015 totalizaram 998, denotando uma variação positiva de cerca de 6% (+56 PCP) quando comparado ao período homólogo. Em termos de grau de execução aferiu-se que 37% (368 PCP) estavam concluídos e 50% (502) em curso, e quanto aos restantes 5% dos PCP (49) não obtivemos qualquer informação sobre o respectivo grau de execução6
Tudo o resto constante, pode-se inferir que dos 5.454 mil milhões AKZ aprovados para o OGE Revisto/2015, 28% (1.510 mil milhões de AKZ) são referentes a despe-sas orçamentadas sujeitas à LCP. Assim sendo, o Valor Total Liquidado pode dar uma noção dos valores dos contratos celebrados tendo por base o regime da LCP.
Passa-se de seguida a uma análise às despesas executa-das sujeitas à LCP no ano de 2015, em comparação ao período homólogo.
Fonte - SIGFE (1/04/2016) – Análise SNCP
Fonte - SIGFE (15/17/2015) Análise DNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 2S-14
Gráfico 3 - Despesas em bens, serviços e capital – 2º Sem./2015
Tabela 2 - Execução das Despesas sujeitas a LCP Orçamentadas por Natureza
1 400
Mil
milh
ões
de
AK
Z
0
1 200
1 000
800
600
400
200
1 510
OrçamentoAprovado
Valor TotalCabimentado
Valor TotalLiquidado
Valor Totalpago
632
1 088 1 063
Orçamento anualaprovado (Mil
milhões de AKZ)
Valor liquidado - semestre (Mil Milhões AKZ)
Categoria Económica
Despesas com bens e serviços 1.514 764 1.365 562
Despesas de capital 2.038 746 1.952 501
Total 3.552 1.510 3.317 1.063
Bens 433 220 384 144Serviços 1.081 544 981 417
Investimentos 1.985 727 1.899 497Outras Desp. de Capital 53,36 19 53,04 4
- 63%- 64%
- 58%
- 63%
- 50%
- 50%
- 49%
% %
- 59%
- 63%- 57%
- 74%
- 74%- 92%
- 68%
2014(*)
6 Para a obtenção de dados mais próximos do desempenho da contratação pública, o SNCP instou as EPC para o envio da listagem dos PCP lançados no exercício económico de 2015, via publicação de um Aviso no Jornal de Angola. Apurou-se no tratamento desta informação, que alguns PCP, de algumas EPC vinham com alguns campos de preenchimento em aberto, nomeadamente “Grau de Execução”, “Tipo de Procedimento”, “Tipo de Objecto”, etc.
12
Distribuição dos procedimentos adoptados por objecto
Em relação aos tipos de objecto, constatou-se que as “Empreitadas de Obras Públicas”, a “Aquisição ou Presta-ção de Serviços” e o “Fornecimento ou Aquisições de Bens” foram os objectos mais contratados com 42%, 24% e 24%, respectivamente.
Gráfico 5 - Distribuição dos PCP por tipologia - 2015
Relativamente ao critério de escolha utilizado no Procedi-mento de Negociação (PN), podemos constatar que, num universo de 194 PCP informados, apenas 33% (66) optou pelo critério de valor. Já nos procedimentos decorrentes da utilização do critério material, representaram, no ano de 2015 apenas 3% do valor de todos os PN reportados ao SNCP. De referir que 64% das EPC que comunicaram o PCP, não reportou ao SNCP o critério para a escolha desse procedimento.
Fonte: SNCP
Gráfico 6 - Critério de escolha para o Procedimento de Negociação - 2015
Material
Valor
Não Informado64%
33%
3%
Critério de Escolha para os Procedimentos de Negociação em 2015
Fonte: SNCP
20%17%
13%13%
37%
Concurso Público
Concurso Limitado por Prévia Qualificação
Concurso Limitado sem Apresentação de Candidaturas
Procedimento de Negociação
Total 998 PCP Lançados
Distribuição dos PCP por Categoria de EPC - 2015
Para efeito de análise de procedimentos, as EPC foram agrupadas em três categorias, designadamente: Departa-mentos Ministeriais, Governos Provinciais e Outras EPC.Ao longo do ano 2015, destacam-se os Departamentos Ministeriais com um peso de 61% (612 PCP).
Gráfico 8 - Distribuição dos PCP por EPC - 2015
Fonte: SNCP
380 6
Ministérios GovernosProvinciais
Outros EPC Total PCP(em curso e lançados
em 2015)
998
612
1%38%61%
Distribuição por tipos de procedimentos
Da análise da recolha efectuada, concluiu-se que os tipos de procedimentos mais utilizados pelas EPC são o Concurso Limitado Sem Apresentação de Candidaturas (CLSAC) e o Procedimento de Negociação (PN) representando 57% do total. Contudo 13% dos PCP não apresentavam a informação sobre o tipo de procedimento utilizado.
Distribuição de Procedimentos por tipo de Objecto
Gráfico 7 - Distribuição dos PCP por objeto 2015
Fonte: SNCP
Empreitadas de obras públicas
Fornecimento ou Aquisições de Bens
Aquisição ou Prestação de Serviços
Consultoria e Assisténcia Técnica
Outros
Não Informados
3% 2%
5%
42%
24%
24%
5%0%37%8%50%
Fonte: SNCP
Gráfico 4 - Número de procedimentos lançados e concluídos - 2015
Total PCPNão Informado
AnuladoConcluidoPendenteEm Curso
998
492
368
77
502
13
De salientar que dos 998 PCP lançados pelos vários departamentos ministeriais, 107 PCP (11%) lançados foram conduzidos, avaliados e negociados pela Unidade Técnica de Negociação, uma vez que a competência para autorização da despesa está sob alçada do Titular do Poder Executivo (TPE), no cumprimento do Decreto Presi-dencial n.º 169/13, de 28 de Outubro.
Departamentos Ministeriais por valor total cabimenta-do sujeito à LCP versus número de PCP comunicados
Apresenta-se na tabela abaixo o valor total cabimentado sujeito à LCP7 e o respectivo número de procedimentos conduzidos pelos 33 Departamentos Ministeriais. À seme-lhança do período homólogo, verificam-se 9 entidades (9,8% do valor cabimentado por ministérios à luz da LCP) sem procedimentos registados.
Fonte: SNCP
Gráfico 10 - Distribuição dos PCP conduzidos pela UTN –2015
Tabela 3 - Valor cabimentado sujeito a LCP vs. número de PCP registados por Departamentos Ministeriais
Fonte: UTN - Análise SNCP
Fonte: SIGFE - Análise SNCP
Na categoria “Outras EPC” são consideradas as entidades que não se enquadram nos Departamentos Ministeriais ou nos Governos Provinciais, neste caso tratam-se da Comissão Nacional Eleitoral - CNE (1 PCP) e do Banco de Desenvolvimento de Angola - BDA (3 PCP), bem como, o Gabinete Técnico de Coordenação da Requalificação e Reconversão Urbana do Perímetro Costeiro Demarcado da Cidade de Luanda (2 PCP).
Visão detalhada
Pretende-se, neste ponto, apresentar uma visão detalhada dos procedimentos de Contratação lançados ao longo de 2015, relativa às três categorias supra men-cionadas.
Departamentos Ministeriais
Nesta categoria, à semelhança do período homólogo, verifica-se a concentração em 5 Departamentos Ministe-riais (MINFIN, MINEA, MINAGRI, MIND e MINCONS) com 63% dos PCP registados. Destaca-se para o ano de 2015 a permanência dos Ministérios das Finanças e da Energia e Águas, bem como as ausências dos Ministérios da Juventude e Desportos, da Administração do Território e do Interior.
111112233458
11
202123
29
37
52545657
98
122
0
20
40
60
80
100
120
140
Gráfico 9 - Distribuição dos PCP por Departamento Ministeriais - 2015
Processos conduzidos pela UTN =107
21
7
54 3
34
33
MINEA MINCONS MINSA MIND MINUHAB MINTRANS MINAGRI
7Com a devida exclusão das despesas cujo processo de execução não segue a tramitação prevista na LCP.
Fonte: SIGFE - Análise SNCP
Número PCPMinistérios
MinistériosValor total
Cabimentado (milhões AKZ)
Número PCP
2015 2016
Energia e das Águas 144 57110
154840
Urbanismo e Habitação 75 822Defesa Nacional 75 676Saúde 42 141Interior 38 131Construção 36 415
87Finanças 30 631
2
4
11Transportes 14 370
Administração Pública, Trabalho e Segurança Social 14 121
35
3
Agricultura 14 060Telecomunicações e Tecnologias de Informação
13 522
Comércio 12 423Educação 10 492Ensino Superior 10 038
11Indústria
7 207Assistência e Reinserção Social8 114
Pescas 7 087
Justiça e dos Direitos Humanos 29 834
54 52
57
56122
23
11
52
98
202137
5
1
1
2
14
Poupança Potencial
Um dos indicadores que se impõe apresentar neste relató-rio é a estimativa8 do grau de poupança potencial nos vários procedimentos lançados pelas EPC, no período em análise.
Através da tabela abaixo, verificou-se que do total de procedimentos informados, apenas 40% apresentam o valor estimado dos procedimentos, ao mesmo tempo que 61% reportam o valor adjudicado.
Governos provinciais por valor cabimentado sujeito à LCP versus Número de PCP registados A tabela seguinte ilustra o valor total cabimentado e o respectivo número de procedimentos conduzidos pelos 18 Governos Provinciais. Destaca-se, igualmente, a existência de 11 entidades (49,8% do valor cabimentado por províncias à luz da LCP) sem procedimentos comuni-cados.
Gráfico 11- Distribuição dos PCP por Governos Provinciais - 2015
Administração do Território 29
Relações Exteriores1Comunicação Social
Planeamento e Do Desen-volvimento Territorial
EconomiaGeologia e Minas
Hotelaria e Turismo
Petróleos 1
1
1
Juventude e Desportos
17
4
491
AmbienteCulturaAntigos Combatentes e Veteranos da Pátria
Ciência e Tecnologia
8
Assuntos ParlamentaresTotal 612
Família e Promoção da Mulher
3
23
22
58
13
6 8624 6364 3864 241
3 464
3 3142 8862 5542 4701 1251 122
935
915807107
MinistériosValor total
Cabimentado (milhões AKZ)
Número PCP
2015 2016
Fonte: SIGFE - Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 2S-14 Fonte: SIGFE - Análise SNCP
(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 2S-14
Governos Provinciais
Faz-se igualmente uma análise sobre os PCP desencadea-dos pelos Governos Provinciais. Nesta categoria, desta-cam-se os Governos Provinciais de Luanda, Huambo e Benguela que representam 83% do total de procedimen-tos lançados.
Em comparação ao período homólogo, deve-se desta-car a consistência na comunicação de PCP efectuada pelos Governos Provinciais do Huambo, Benguela, Huíla e Malanje.
GovernoProvincial do
Huambo
GovernoProvincial de
Benguela
GovernoProvincial da
Huíla
GovernoProvincial de
Malange
GovernoProvincial de
Luanda
GovernoProvincial da
Lunda-Sul
GovernoProvincial doCuanza-Sul
191
68 57
28 18 14 6
624 477
Fonte: SNCP
Ministérios
Valor total Cabimentado (milhões AKZ)
Número PCP
2015 2016
LuandaCuando-CubangoLunda-NorteMalanjeUigeBenguelaCabindaHuilaHuamboCuanza-NorteZaireCuanza-SulBiéMoxicoCuneneBengoLunda-SulNamibeTotal 225 579 380 429
50 67120 90713 33213 28211 74811 57811 47211 26410 80410 68110 41310 329
8 6537 7767 0056 1435 2744 247
191 5
2
93
28019
26
22
18
57
2668
6
14
Tabela 4 - Valor cabimentado sujeito a LCP vs. número de PCP registados por Governos Providenciais
8Trata-se de uma estimativa, uma vez que não nos é possível “validar” os valores estimados e contratados pelas EPC
Valor estimadoValor
Contratualizado
Procedimentos contendo a informação
Percentagem em relação ao total
Valor divulgado (mil AKZ)
399 613
40%
51 507 485,66
61%
490 140 661,82
Tabela 5 - Valor Estimado vs. Valor Contratualizado dos PCP - 2015
A poupança potencial é mensurada pelas variáveis “valor estimado para aquisição” e “valor contratualizado” de cada PCP lançado. Convém realçar que a maior dificuldade residiu essencialmente na não conciliação dessas variáveis, ou seja, nem todos os PCP com a indicação de valor estima-do apresentavam um valor adjudicado ou contratualizado e vice-versa, sendo que só foi possível aferir uma amostra de 36% (355) de PCP com ambas variáveis preenchidas num universo de 998.
Não obstante a amostra reduzida para o cálculo da poupan-ça potencial, realça-se, com as informações recolhidas, uma diferença de AKZ 11.134.017.607,58 (Onze Mil Milhões, Cento e Trinta e Quatro Milhões, Dezassete Mil, Seiscentos e Sete Kwanzas e Cinquenta e Oito Cêntimos), representando um grau de poupança na ordem dos 28%.
Tabela 3 cont. - Valor cabimentado sujeito a LCP vs. número de PCP registados por Departamentos Ministeriais
15Abril / 2014
1
Com o intuito de analisar o nível de concorrência existente no mercado da contratação pública, foi analisada, num universo de 998 PCP, uma amostra de 411 (41%) PCP que reportou ao SNCP o número de candidatos/concorrentes por procedimento. Tendo em conta que o Concurso Limita-do Sem Apresentação de Candidaturas (CLSAC) constituiu o PCP mais utlizado em 2015 (312), o mesmo é apontado com o maior número de candidatos/concorrentes.
Assim sendo, a média de candidatos/concorrentes por tipo de procedimento foi maior no caso dos CLSAC e PN, com 4,25 e 3,25, respectivamente do que nos demais casos, embora o Concurso Limitado por Prévia Qualificação (CLPQ) apareça como sendo o segundo mais utilizado após o CLSAC.
3.3 FORNECEDORES DO ESTADO
No âmbito do processo de cadastramento e certificação de fornecedores do Estado pelo MINFIN, através da DNPE, visando constituir um repositório fidedigno de fornecedo-res, verificou-se um cenário idêntico ao das edições anteriores do BECPA, isto é, mantém-se um crescimento muito reduzido.
No final deste último semestre, a base de dados regista um total de 3.381 fornecedores, que comparado com o total referente ao final do 2º Semestre de 2014 representa um acréscimo de 141 fornecedores.Os fornecedores registados foram distribuídos pelos sete estados9 que classificam o processo de cadastramento.
O gráfico acima reflecte a distribuição dos critérios de avaliação das propostas para cada tipo de procedimento de contratação pública. Tendo em conta que nem todas as EPC reportam o critério de avaliação utilizado para o PCP desencadeado, foi possível aferir que o critério de avaliação mais utilizado é o da Proposta Economicamen-te Mais Vantajosa (PEMV) com 62%, sendo que é utiliza-do em todos os procedimentos concursais. Relativamente ao critério de avaliação do Preço Mais Baixo (PMB), o mesmo é apenas utilizado para o CLSAC e o Procedimento de Negociação (PN), com 103 e 14 PCP, respectivamente. Entretanto, constatou-se que 80 PCP não informaram o critério utilizado para avaliação das propostas.
Tabela 13 - Distribuição dos critérios de Avaliação por tipo de PCP - 2015
Gráfico 12 -Estimativa de poupança potencial com o PCP em AKZ - 2015
Fonte: SNCP
Fonte: SNCP
Valor Estimado Valor Contratualizado Poupança Potencial
40.046.310.113,85
28.912.292.507,27
11.134.017.607,58
Nota: Apenas 36% do total dos procedimentos em vigor e lançados em 2015 continham informações sobre o valor estimado e contratualizado.
Poupança Potencial =Valor Estimado - Valor Contratual
Poupança Potencial em Procedimentos de Contratação - 2015
28%
208CLSAC
69CLPQ
30PN
9NI
8CP
103CLSAC
80NI
14PN
62%
38%
Critérios de avaliação das propostas por tipo de procedimento de contratação em 2015
Preço mais baixoProposta economicamente mais vantajosa
Quantidade de Procedimentos
Média de Candidaturas /propostas
CLPQ CLSAC CP PN
62 312 1 36
1,90 4,25 5 3,25
118
1327
5117
Tabela 14 - Número de candidatos/concorrentes por PCP - 2015
Quantidade de candidaturas/propostas recebidas
Fonte: SNCP
9ESTADOS DE CADASTRAMENTO:Enviado: considerado quando o fornecedor apresenta a documentação Recebido: quando a DNPE acusa a recepção da documentação Em Análise: quando o processo está em análise pela DNPE Pendente: documentação obrigatória em falta ou irregularidade na sua apresentaçãoCadastro Parcial: cadastrado, condicionado à apresentação de outros documentos Cadastro Completo: cadastro finalizadoNegado: cadastro rejeitado
16
Cadastro de Fornecedores versus Valor Cabimentado Como já referenciado, verifica-se um ligeiro crescimento de Fornecedores Cadastrados no período em análise, sendo que no gráfico seguinte se regista uma redução acentuada de cabimentações emitidas aos Fornecedores Cadastrados em termos de número, mas um ligeiro aumento em termos de valores cabimentados, comparati-vamente ao período homólogo.
Fonte: DNPE – Análise SNCP
Fonte: DNPE – Análise SNCP
Tabela 6 - Principais áreas de actividade das MPME
30%
808
78723%
68720%
351%
321%
231% Total 3381 Fornecedores registados
Cadastrado Parcial
Enviado
Cadastrado Completo
Pendente
Em Análise
Recebido
Negado
Fonte: DNPE – Análise SNCP
Dos fornecedores registados, 53% encontram-se cadastra-dos, sendo 1009 com Cadastro Parcial e 787 com Cadastro Completo, representando 30% e 23% do total, respectiva-mente.
1725 1796
1515 1585
2014 2015
Cadastrado Não Cadastrado
Registou-se um crescimento de 4,12% de Fornecedores Cadastrados em 2015 em comparação ao período homó-logo, conforme representado no gráfico acima. No gráfico subsequente apresenta-se o detalhe da evolução do processo de cadastramento.
Enviado CadastradoParcial
CadastradoCompleto
Pendente Outros
808
1009
787687
80 90
2014 2015
Analisando a evolução de Fornecedores Cadastrados no ano de 2014 versus o ano de 2015, constata-se ainda uma tendência de crescimento, onde a variação significa-tiva verifica-se no estado “Enviado”, com uma variação de cerca de 9%.
Classificação por Actividades Económicas
As primeiras seis posições na classificação das activida-des económicas, com maior incidência registada na Base de Dados de Fornecedores em 2015, são as mesmas que foram observadas no ano de 2014, como mostra o gráfico abaixo.
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
52 - Comércio a Retalho (excepto de veículos)
51 - Comércio por Grosso e Agentes do Comércio
45 - construção
93 - Outras Actividades de Seviços
74 - Outras Actividades de Serviços Prestados
50 - Comércio, Manutenção e Reparação de Veículos
Outros
92 - Actividades Anexas e Auxiliares dos Transportes
1 - Agricultura, Produção Animal, Caça e Sivicultura
63 - Actividades Anexas e Auxiliares dos Transportes
55 - Alojamento e Restauração
72 - Actividades Informáticas e Conexas
71 - Aluguer de Máquinas e de Equipamentos
60 - Transporte Terrestres
90 - Saneamento, Higiene Pública
70 - Actividades Imobiliárias
85 - Saúde e Acção Social
64 - Correio e Telecomunicções
5- Pesca
14 - Outras Indústrias Extractivas
80 - Educação
41 - Captação, Tratamento e Distribuição de Água
22 - Edição, Impressão e Reprodução de Suportes
15 - Indústrias Alimentares e das Bebidas
3.4 MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Tendo em conta a importância das MPME nas economias em crescimento, por estas serem geradoras de um número elevado de emprego, permitirem a diversificação da economia e contribuírem para aumento da produção nacional, neste capítulo far-se-á uma incursão sobre a participação destas MPME na Contratação Pública.
Gráfico 15 - Número de fornecedores por estado de cadastramento no final do 2º semestre
Gráfico 16 - Evolução de fornecedores cadastrados vs. fornecedores não cadastra-dos
Fonte: DNPE – Análise SNCP
Gráfico 17 - Análise dos fornecedores por estado de cadastramento
Gráfico 18 - Principais Áreas de actividade dos fornecedores cadastrados até final do 2º semestre de 2015
No total de 8.710 cabimentações emitidas a 1.624 bene-ficiários pelas UO examinadas10, até o final do segundo semestre, constatou-se que apenas 12,9% (1.124 cabimentações) foram efectuadas a 170 Fornecedores Cadastrados.
Por outro lado, do valor global das cabimentações realizadas pelas UO examinadas10 (282.556 milhões de AKZ), apenas 10,2% (2.667 milhões de AKZ) foram efectuadas à Fornecedores Cadastrados, confirmando novamente que as cabimentações emitidas aos Forne-cedores Cadastrados são muito inferiores as emitidas à Fornecedores Não Cadastrados.
De ressalvar que apesar da tendência de se manter o status quo, isto é, as cabimentações emitidas aos fornecedores não-cadastrados serem muito superio-res aos fornecedores cadastrados, verifica-se que comparativamente ao ano de 2014, houve um aumento no valor unitário das cabimentações emiti-das aos fornecedores cadastrados, possivelmente como resultado da implementação do Decreto Executivo 114/15, de 13 de Março, que aprova as regras para melhoria da articulação das direcções do Ministério das Finanças (MINFIN), no domínio do registo de dados de contribuintes que sejam ao mesmo tempo fornecedores do Estado.
Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequên-cia da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedi-mentos e a atribuição de preferência às MPME na Contrata-ção Pública.
Número de MPME certificadas pelo INAPEM
A 31 de Dezembro de 2015, encontravam-se certificadas pelo INAPEM 11.321 (+19%, isto é, mais 1.774 empresas do que em 2014), das quais 66% correspondem a Micro, 19% a Pequenas e 15% a Médias Empresas.Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a província com o maior número de MPME certificadas, concentrando 49,76% do total (+2,76 p.p. em relação ao período homó-logo).
17
Por outro lado, destacam-se em termos de variação positi-va comparativamente a 2014, ou seja, rápido crescimento de valores cabimentados em 2015, as seguintes EPC:
• Governo Provincial de Luanda (GPL), com 23,27%; • Ministério da Construção (MINCONS), com 22,56%.
Ao nível das despesas cabimentadas a fornecedores cadastrados observa-se uma alteração no ranking das EPC em análise comparativamente ao período homólogo, com destaque para o MINSA (-21,34%), MPDT (-11,51%), MINFIN (-9,38%).
Contudo, ao considerar-se o universo de cabimentações emitidas aos fornecedores em geral, no biénio em análise, o ranking altera-se, conforme ilustrado no gráfico abaixo.
Cadastro de Fornecedores versus Valor Cabimentado Como já referenciado, verifica-se um ligeiro crescimento de Fornecedores Cadastrados no período em análise, sendo que no gráfico seguinte se regista uma redução acentuada de cabimentações emitidas aos Fornecedores Cadastrados em termos de número, mas um ligeiro aumento em termos de valores cabimentados, comparati-vamente ao período homólogo.
Fonte: SIGFE – DNPE – Análise SNCP
Gáfico 21 - Análise da evolução geral do valor cabimentado
fONTE - SIGFE – Análise SNCP
13,25% 12,90% 8,66% 10,20%
86,75% 87,10% 91,34% 89,80%
2014 2015 2014 2015
Número Valor
Cadastrado Não Cadastrado
No gráfico seguinte verifica-se que, até 31 de Dezembro de 2015, as entidades com maior incidência em termos de cabimentações emitidas a Fornecedores Cadastrados, foram: G.P.L, MINCONS, MINEA, MINFIN, MPDT, MINSA, MINTRANS, MINUH.
3.4 MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Tendo em conta a importância das MPME nas economias em crescimento, por estas serem geradoras de um número elevado de emprego, permitirem a diversificação da economia e contribuírem para aumento da produção nacional, neste capítulo far-se-á uma incursão sobre a participação destas MPME na Contratação Pública.
Gráfico 19 - Relação entre fornecedores cadastrados e não cadastrados em termos de cabimentos emitidos até final do 2º semestre de 2015
2014 2015
6,04%
29,32% 28,20%
37,15%
25,65%
6,70%3,82%
24,98%
5,64%
9,14%
4,89%
15,61%
25,65%
4,29%4,29%
3,82%
Gráfico 20 - Percentagem das despesas cabimentadas a fornecedores cadastrados
Fonte: SIGFE – DNPE – Análise SNCP
60,00%
50,00%
30,00%
40,00%
20,00%
10,00%
0,00%MINEA GP LUANDA MINSA MINCONS MINHUA MINTRANS MINFIN MPDT
20152014
10Para o 2º Semestre/2015, as 8 (oito) UO analisadas mantêm-se, isto é, são o G.P. Luanda, MINCONS, MINEA, MINSA, MINFIN, MINPDT, MINUHA, MINTRANS.
No total de 8.710 cabimentações emitidas a 1.624 bene-ficiários pelas UO examinadas10, até o final do segundo semestre, constatou-se que apenas 12,9% (1.124 cabimentações) foram efectuadas a 170 Fornecedores Cadastrados.
Por outro lado, do valor global das cabimentações realizadas pelas UO examinadas10 (282.556 milhões de AKZ), apenas 10,2% (2.667 milhões de AKZ) foram efectuadas à Fornecedores Cadastrados, confirmando novamente que as cabimentações emitidas aos Forne-cedores Cadastrados são muito inferiores as emitidas à Fornecedores Não Cadastrados.
De ressalvar que apesar da tendência de se manter o status quo, isto é, as cabimentações emitidas aos fornecedores não-cadastrados serem muito superio-res aos fornecedores cadastrados, verifica-se que comparativamente ao ano de 2014, houve um aumento no valor unitário das cabimentações emiti-das aos fornecedores cadastrados, possivelmente como resultado da implementação do Decreto Executivo 114/15, de 13 de Março, que aprova as regras para melhoria da articulação das direcções do Ministério das Finanças (MINFIN), no domínio do registo de dados de contribuintes que sejam ao mesmo tempo fornecedores do Estado.
Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequên-cia da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedi-mentos e a atribuição de preferência às MPME na Contrata-ção Pública.
Número de MPME certificadas pelo INAPEM
A 31 de Dezembro de 2015, encontravam-se certificadas pelo INAPEM 11.321 (+19%, isto é, mais 1.774 empresas do que em 2014), das quais 66% correspondem a Micro, 19% a Pequenas e 15% a Médias Empresas.Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a província com o maior número de MPME certificadas, concentrando 49,76% do total (+2,76 p.p. em relação ao período homó-logo).
18
Principais áreas de actividade das MPME
Quanto à classificação por actividade, verificou-se que o “Comércio a Retalho” é a categoria com maior represen-tatividade, com cerca de 40% do total (-6 p.p. do que em 2014), destacando-se também as áreas de Prestação de Serviços com 20% (+ 4 p.p. do que em 2014), Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura com 10,55% (+0,55 p.p. do que em 2014) e a Indústria Transformadora com 9% (+4 p.p. do que em 2014). Em resumo, as 5 áreas de actividades acima descritas concentraram 84% do total das MPME, como demonstra a tabela e os gráficos seguin-tes.
3.4 MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Tendo em conta a importância das MPME nas economias em crescimento, por estas serem geradoras de um número elevado de emprego, permitirem a diversificação da economia e contribuírem para aumento da produção nacional, neste capítulo far-se-á uma incursão sobre a participação destas MPME na Contratação Pública.
Distribuição geral das MPME por províncias e áreas de actividade
No quadro seguinte, apresenta-se a distribuição das MPME por províncias e áreas de actividade.
De ressaltar que em relação ao “Comércio a Retalho”, as províncias que se destacam a seguir a Luanda, são Uíge, Moxico e Lunda-Sul. Para a “Prestação de Serviços” desta-cam-se a seguir a Luanda, as províncias de Benguela, Huíla e Cabinda.
ACTIVIDADE Média Micro Pequena Total % COMÉRCIO À RETALHO (EXCEPTO VEÍCULOS);REPARAÇÃO DE BENS PESSOAIS 317 3668 536 4521 40%
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 287 1574 394 2255 20% AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA E SILVICULTURA 340 512 342 1194 11% INDUSTRIAS TRANSFORMADORAS,N.E 356 358 300 1014 9% COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS E DE BENS DE USO PESSOAL 64 377 84 525 5%
CONSTRUÇÃO 97 248 114 459 4% ALOJAMENTO E RESTAURAÇÃO (RESTAURANTE E SIMILARES) 62 263 87 412 4%
COMÉRCIO POR GROSSO E AGENTES DE COMÉRCIO, EXCEPTO DE VEÍCULOS 65 207 83 355 3%
TRANSPORTES, ARMAZÉNS E COMUNICAÇÕES 42 77 50 169 1% PESCA 41 44 36 121 1% EDUCAÇÃO 9 62 18 89 1% SAÚDE E ACÇÃO SOCIAL 7 41 16 64 1% INDÚSTRIAS ALIMENTARES E DAS BEBIDAS 9 7 12 28 0% OUTRAS ÁREAS DE ACTIVIDADE 32 56 27 115 1%
TOTAL 1728 7494 2099 11321 100%
Tabela 7 - Principais áreas de actividade das MPME
Fonte: INAPEM – Análise SNCP
Comércio a Retalho (Excepto Veículos)
Prestação de Serviços
Agricultura, Produção Animal, Caça
Industrias Transformadoras, N.E
Comércio por Grosso e a Retalho
Construção
Alojamento e Restauração
Comércio por Grosso e Agentes de...
Trasnporte , Armazens e Comunicaçõess
Pesca
Edducação
Saúde e Acção Social
Indústrias Alimentares e das Bebidas
Outras áreas de Actividade
5000450040003500300025002000150010005000
Média
Micro
Pequena
Gráfico 22 - Distribuição da MPME por áreas de actividade
Fonte: INAPEM – Análise SNCP
LUANDA 1141 3347 1145 5633 50%
BENGUELA 93 398 137 628 6%
UÍGE 59 464 89 612 5%
HUÍLA 83 282 103 468 4%
MOXICO 22 368 18 408 4%
LUNDA-SUL 30 334 40 404 4%
CUNENE 15 301 36 352
338 333 331 281
278 264
134 89
238
352
182352
3%
MALANGE 39 247 240 70
74 34
104
18 45 33 24 13
54
233 286 119 204 238 159 126 80 68
62 348 3% 3% 3% 3% 2%
2%
2% 2%
2% 1% 1%
HUAMBO CABINDA CUANDO CUBANGO LUNDA-NORTE NAMIBE BIÉ CUANZA-SUL CUANZA-NORTE BENGO ZAIRE
Província Média Micro Pequena Total %
1728 7494 2099 11321 100%Total
Tabela 6 - Distribuição das MPME
Fonte: INAPEM – Análise SNCP
28 26
11 58
20 8
34 23
30 8
Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequên-cia da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedi-mentos e a atribuição de preferência às MPME na Contrata-ção Pública.
Número de MPME certificadas pelo INAPEM
A 31 de Dezembro de 2015, encontravam-se certificadas pelo INAPEM 11.321 (+19%, isto é, mais 1.774 empresas do que em 2014), das quais 66% correspondem a Micro, 19% a Pequenas e 15% a Médias Empresas.Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a província com o maior número de MPME certificadas, concentrando 49,76% do total (+2,76 p.p. em relação ao período homó-logo).
Comparando ao período homólogo, os dados sofreram poucas alterações, ou seja, o Comércio a Retalho e a Prestação de Serviços são as actividades dominantes nas MPME, cabendo à Agricultura e à Indústria Transformadora um total de 20%.
19
Participação das MPME na Contratação Pública
Para se analisar a participação das MPME na Contratação Pública, avaliou-se o peso destas no número total de cabimentações emitidas pelas EPC até ao final de 2015, cruzando-se a Base de Dados de Fornecedores do Estado, gerida pela DNPE e constante do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), com a Base de Dados do INAPEM, sendo possível verificar os resultados na tabela seguinte.
Comparando os dois períodos, chega-se à conclusão de que tanto em termos de número como de valor, as cabimentações emitidas em benefício das MPME sofreram um ligeiro decréscimo. Entretanto, através dos dados apresentados, é claramente visível a fraca participação das MPME no processo de contratação pública.
3.4 MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Tendo em conta a importância das MPME nas economias em crescimento, por estas serem geradoras de um número elevado de emprego, permitirem a diversificação da economia e contribuírem para aumento da produção nacional, neste capítulo far-se-á uma incursão sobre a participação destas MPME na Contratação Pública.
Fonte: DNPE – INAPEM – Análise SNCP
Gráfico 24 - Número de MPE por estado de cadastramento
Total 935 MPME registadas
4
Cadastrado Parcial
Cadastrador completo
Pendente
Enviado
Em Análise
Negado
Recebido
0%
6 9
0%1%
17619%
36239%
19421%
18420%
Situação
Número de cabimentações
Valor cabimentado
2014(*) 2015 2014(*) 2015
Cadastrado 1,33% 1,45% 0,42% 0,29%
Não Cadastrado 4,92% 3,62% 1,29% 1,25%
Total 6,26% 5,06% 1,70% 1,54%
Tabela 8 – Relação entre MPME cadastradas e não cadastradas em termos de cabimentações emitidas
Fonte: SIGFE – DNPE – INAPEM – Análise SNCP (*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 2S-14
Fonte: DNPE – INAPEM – Análise
Outros estados de Cadastramento
Enviado
Pendente
Cadastrado Completo
Cadastrado Parcial
0 100 200 300 400
Média
Micro
Pequena
Gráfico 25 - Distribuição dos estados de cadastramento das MPME
Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequên-cia da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedi-mentos e a atribuição de preferência às MPME na Contrata-ção Pública.
Número de MPME certificadas pelo INAPEM
A 31 de Dezembro de 2015, encontravam-se certificadas pelo INAPEM 11.321 (+19%, isto é, mais 1.774 empresas do que em 2014), das quais 66% correspondem a Micro, 19% a Pequenas e 15% a Médias Empresas.Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a província com o maior número de MPME certificadas, concentrando 49,76% do total (+2,76 p.p. em relação ao período homó-logo).
Gráfico 23 - Distribuição das MPME por província e áreas de actividade
Outras actividades (12% do total)Construção
Comércio por Grosso e a retalho-reparaçãoIndustria transformadora, N.EAgricultura, produção animal, Caça e Sil
Prestação de serviçosComércio a retalho ( Excepto Veículos Auto)
20
3.5 DISTRIBUICAO GEOGRÁFICA DOS INDICADORES DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
Cabinda
Zaire
Bengo
Luanda
Cuanza Sul
Malanje
Lunda Norte
Lunda Sul
MoxicoBie
HuamboBenguela
Namibe
Huila
Cunene
Cuando Cubango
Cuanza Norte
Uige
191Procedimentos divulgados em
2015 comparando apenas a 6 no ano
de 2014
Os 3 Governos em destaque
estão entre as 5 entidades que
mais reportaram procedimentos
9,1%4,3% 3,1%
3,4% 3,8% 3,6%
2,3% 3,1% 3,6% 3,7%
3,1% 0,7% 2,9%
2% 1,9% 2,5%
5,1% 3% 2,1%6,8%
3,8% 4,8% 2,3%
5,2% 7% 5,5%
15%
5%2,8%1,6%
18%
4,6% 2,4% 4,1% 1,6%
5,9%2% 2,5%
4,6% 2% 0,8%
5,3%0,6%
5,4%
4,7%1,7% 3%
5,9%0,9% 3,1% 4,7%
2,7% 1,1% 1,2%
5,1% 5,7%2,9%
22,1%
52,3% 49,8% 50,3%
0%
0%
0%0%
0%
0%
0%
0%
GRÁFICO 26 – Indicadores da contratação pública por província em 2015
Participação no valor total cabimentado (âmbito LCP) do OGE 2015
Percentagem de fornecedores do Estado cadastrados pela DNPE
Percentagem de Micro, Pequena e Médias empresas registadas pelo INAPEM
Percentagem de procedimentos de contratação Pública lançados e informados
Legendas
21
A título de balanço, e passando em revista os indicadores estatísticos aqui apresentados, resumem-se abaixo as principais constatações verificadas:
o Crescimento em 6% (+56 PCP) dos PCP recolhidos em 2015 em comparação a 2014;
o Com base nos relatórios de execução da despesa, dos 5.454 mil milhões AKZ aprovados para o OGE Revisto/2015, 28%, isto é, 1.510 mil milhões de AKZ foram destinadas a despesas sujeitas à LCP;
o Com base nos relatórios de execução da despesa extraídos do SIGFE, apurou-se que os valores sujeitos à LCP cifraram-se em 1.063 mil milhões de AKZ (Valor Total Liquidado), contrariamente aos 490 mil milhões de AKZ (46% do valor adjudicado dos contratos) reportados pelas EPC;
o Mantém-se a tendência para a escolha de PCP fechados (CLSAC e PN), verificada em 2014;
o Da comparação dos valores cabimentados pelas EPC e o número de PCP recolhidos, ainda se verifica a existência de 18 entidades (9,8% do cabimentado por ministérios e 49,8% do cabimentado por províncias à luz da LCP) sem procedimentos reportados;
o Comparativamente ao período homólogo, os dados sobre as actividades das MPME não registaram alterações signi-ficativas, ou seja o Comércio à Retalho (40%) e a Prestação de Serviços (20%) são as actividades dominantes nas MPME, cabendo à Agricultura e à Indústria Transformadora um total de 20%;
o Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a província com o maior número de MPME, concentrando 49,76% do total (+2,76 p.p. em relação ao ano de 2014);
o Denota-se ainda uma fraca adesão no registo das MPME como fornecedores do Estado (91% não estão regista-das), mantendo-se a situação verificada em 2014;
o A participação das MPME na contratação pública mantém-se fraca, sendo estas beneficiárias de 1,54% do valor total das cabimentações emitidas em 2015, representando 4.345 milhões AKZ;
o Fraca adesão das EPC ao processo de confirmação de contratos, uma vez que para o período em análise não foi remetido qualquer processo para confirmação.
A contratação pública em Angola encontra-se igualmente num processo de reforma, augurando-se para 2016, uma maior interacção entre as EPC e os órgãos intervenientes na fiscalização do mercado da contratação pública (, garan-tindo uma maior visibilidade das operações, conducentes a um aumento da transparência e do rigor nas aquisições públicas, bem como a adopção de instrumentos que permitam uma melhor gestão do erário público.
44 Considerações Finais
22
2011 Lei nº 30/11, de 13/9 Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas
D.P. n.º 31/10, de 12/4Lei nº 15/10, de 14/7Lei nº 20/10, de 7/9
2010 Regulamentação do PIPLei do Orçamento Geral do EstadoLei da Contratação Pública
2013D.E. nº 1/13,de 4/1Lei nº 3/13, de 17/4D.P. nº 169/13,de 28/10D.P. nº 193/13,de 28/10
Actualização e adequação dos procedimentos de emissão de cabimentaçãoLei da Aletração da LCPRegime Jurídico da Unidade Técnica de Negociação (UTN)Secretaria para os Assunstos da Contratação Pública do Presidente da República
2014D.E. nº 155/14, de 27/5Lei. nº 157/14, de 27/5D.P. nº 299/14, de 4/11
Procedimentos e Critérios de Confirmação de Contratos pelo Ministro das FinançasProcedimentos de Implementação e Monitorização de Apoios Institucionais às MPMEEstatuto Orgânico do Ministério das Finanças
2015D.P. nº 1/15, de 2/1Lei nº 3/15, de 9/4D.P. nº 56/15, de 5/3
Lei nº 11/15, 17/06D.E nº 114/15, de 13/3
Regras Anuais de Execução do OGE;OGE revisto para exercício económico 2015;Medidas para fazer face a situação económica do país
Simplificação do processo de constituição de sociedades comerciaisRegras para melhoria da articulação entre as várias direcções do MinFin
D.E. n.º 471/15, 20/07 Aprova o Manual de preparação e realização de visitas aos PIPD.P. n.º 162/15, 19/08 Aprova o Estatuto Orgânico do Serviço Nacional da Contratação PúblicaD.P. n.º 167/15, 25/08 Autoriza a inserção de novos projectos no PIP do OGE2015
D.P. n.º 167/15, 16/09 Aprova o perfil dos responsáveis pela execução do OGE
Lei nº 28/15, 30 /12 Aprova o OGE para o exercício de 2016
5 Anexos Legislação relevante sobre Contratação Pública
1
1
Serviço Nacional daContratação Pública
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