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Boletim mensal de promoção da sustentabilidade na industria da reciclagem
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Desta feita condensamos neste Boletim 2 meses, ou seja, Novembro e Dezembro. Na verdade o tempo não chega para tudo e, por essa razão, resolvemos fazer este numero abrangendo estes dois meses. Convencidos de que desta forma também daremos tempo a que este possa ser lido com mais calma, aqui vai pois mais um Boletim da Extruplás.
Abertura
Sabe o que é que o tricô tem a ver com a nossa performance pessoal?
O cérebro humano é uma máquina fantás-tica e bastante complexa. E, como qualquer máquina que se preze precisa, de vez em quando, de manuten-ção. Um dos erros que mais frequentemente vemos nos executivos com quem traba-lhamos em termos de coaching é o síndro-ma do super-homem. Esse mesmo, o da capa azul! Se queremos ter uma performance cons-tante, temos de ter consciência que não podemos trabalhar eternamente com o mesmo ritmo e pressão e esperar que tudo corra pelas mil maravilhas. Uma das coisas fundamentais que ensina-mos, é a necessidade de proporcionar ao nosso cérebro períodos de “reset”. Mas o que são afinal períodos de “reset”? São blocos de tempo com cerca de 30 a 40 minutos, pelo menos, onde possam desli-gar-se de tudo o que vos rodeia. Semanal-mente devemos ter pelo menos 2 destes períodos durante a semana. Sendo que o ideal seriam 3. O fim de semana não conta neste processo. A maior parte das pessoas que conhece-mos acaba por ter um fim de semana ain-da mais stressante do que a semana pro-priamente dita. Assim sendo, é necessário durante a semana arranjar uma forma de desligar 2 a 3 vezes em períodos de 30 a 40 minutos. Mas como é que podemos desligar com-pletamente? Existem várias formas de fazer isto.
Depende um pouco de conseguirmos ou não relaxar naturalmente os nossos pensamen-tos. Uma das coisas que ensinamos, nos workshops é a capacidade de relaxar e entrar em estado alfa em qualquer altura do dia através de uma âncora. Mas caso isso não seja uma possibilidade para si, terá de encontrar uma atividade que possa realizar e que lhe ocupe o cérebro completamente. Dependendo do seu gosto, poderemos estar a falar de: - Cozinhar; - Dançar; - Yoga; - Meditação; - Ginásio; - Uma ida às compras; - Correr, ou até fazer tricô. Tudo serve desde que vos ocupe durante 30 ou 40 minutos o vosso cérebro e vos permita fazer reset. Uma boa sugestão pode ser o yoga, até por razões de saúde. Uma outra boa sugestão pode ser a dança, experimente. Por esta altura estará a pensar, mas eu sou um “pé de chumbo”! Pois a verdade é que todos somos um pouco. Mas pode crer que é uma ótima forma de sujeitar o nosso cérebro a novas experiên-cias, estar uma hora com a mente completa-mente ocupada e a divertirmo-nos imenso. Experimente o Tango, a Valsa, a Salsa ou mesmo o Kizomba. Esta semana, experimente o dançarino que há em si.
Pontos de interesse espe-
ciais:
INFORMAÇÃO SOBRE A EXTRU-
PLÁS A QUALIDADE E O MERCA-
DO E A NOSSA MONTRA
O AMBIENTE E A SOCIEDADE
A RESPONSBILIDADE SOCIAL
REMEDIAÇÃO AMBIENTAL
NOTÍCIAS SOBRE O AMBIENTE -
OS TEMAS DA ATUALIDADE
ABERTURA 1
SABE O QUE É QUE O TRICÔ TEM A VER COM A NOSSA PERFORMANCE PESSOAL?
1/2
NOÇÕES BÁSICAS DE PRE-
VENÇÃO E SECURANÇA (I)
2/3/4
AGUNS EXEMPLOS DE OBRAS E PRODUTOS
3/5
MENSAGEM DE NATAL 5
CONTO DE NATAL 6/7/8/9
O AMBIENTE E A SOCIEDA-
DE
10/11/
12
A CONFERÊNCIA DO CLIMA EM PARIS (COP-21)
13
CONTRIBUIR PARA UM MUN-
DO MELHOR 13
A RESPONSABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES
14/15
NOTICIAS 16/17
A HISTÓRIA DOS PLÁSTICOS (CONTINUAÇÃO)
18
Nesta edição:
Novembro/Dezembro 2015
Já é Natal …. Feliz Natal
Boletim Extruplás Nº 11/12
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Boletim Extruplás Nº 11/12
Segurança estrutural
Com certeza que conhece alguém que se tenha aleijado porque escorregou ou tropeçou no pavimento, ou porque caiu de uma escada, ou que por falta de uma proteção se tenha esta-telado no piso inferior, ou que tenha rachado a cabeça porque bateu num elemento fixo da estrutura, etc.. Estes e outros tipos de acidentes estão associados a aspetos estruturais muitas vezes negli-genciados por nem sempre estarem diretamente relacionados com o posto de trabalho ou com o equipamento a que a pessoa dedica a maior parte do seu horário laboral. Por isso, no projeto piloto, não se esqueça de incluir este aspeto da segurança. A tabela “4”, refere alguns exemplos a considerar neste domínio:
Tabela “4”
Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I)
Elementos estruturais
Riscos Recomendações
Pavimentos e espaços de circulação
- Queda no mesmo nível por escorregamento ou tropeção - Acumulação de fluidos / inundação - Instabilidade estrutural devida a carga excessiva - Choque de partes do corpo com elementos estruturais fixos
- Adoção de pisos antiderrapantes - Eliminação de ressaltos ou variações bruscas do nível do pavimento - Manutenção do pavimento livre de substâncias e/ou objetos que possam provocar escorregamento ou tro-peção - Prever meios de escoamento de fluidos - Sinalização e, se necessário, vedação das áreas de circulação restri-ta ou interditas - Vedação das aberturas no pavimento - Marcação e, se necessário, vedação das zonas de circulação de veículos ou cargas suspensas - Indicação dos limites de carga admissíveis - Sinalização e proteção de partes fixas da estrutura onde possam chocar partes do corpo
Escadas, escadotes plataformas e passadiços
- Queda em altura - Queda de objetos - Choque de veículos com a escada
- Aplicação de corrimões nas escadas - Os escadotes devem possuir meios de apoio e fixação para evitar deslizamentos - As escadas verticais devem possuir anéis guarda-costas, a partir da altura de 2 m do solo - P/ alturas elevadas, prever patamares de repouso entre lanços de escada com o máx. 10 m - Nas plataformas e passadiços devem aplicar--se guar-da-corpos com altura min. de 1 m uma barra intermé-dia a 0,5 m e rodapé - Aplicação de barreiras nas zonas de interferência da escada com a zona de circulação.
Portas, janelas, paredes, etc.
- Quebra de materiais provocada, p. ex., por choque de partes do corpo - Entalamento - Queda em altura
- Aplicação de corrimões nas escadas - Os escadotes devem possuir meios de apoio e fixação para evitar deslizamentos - As escadas verticais devem possuir anéis guarda-costas, a partir da altura de 2 m do solo - P/ alturas elevadas, prever patamares de repouso entre lanços de escada com o máx. 10 m. - Nas plataformas e passadiços devem aplicar--se guar-da-corpos com altura min. de 1 m, uma barra intermé-dia a 0,5 m e rodapé - Aplicação de barreiras nas zonas de interferência da escada com a zona de circulação
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Boletim Extruplás Nº 11/12
A primeira versão da Carta da Terra foi escrita durante a Rio 92- Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável mas a sua versão final só ficou pronta oito anos depois, mais uma vez em Paris.
A sua meta foi a de
ampliar a
disseminação desse
conhecimento e para
que a sociedade civil,
as empresas e os
governos a
subscrevessem e
implementassem a sua
mensagem, além de
apoiar o seu uso nas
escolas, universidades
e outras estruturas de
ensino.
Ventilação Industrial
Sendo certo que a sanidade do ar respirado no posto de trabalho deve ser garantida, antes de mais, pela utilização de produtos não prejudiciais à saúde ou pela modificação do proces-so, há situações em que tal não é possível. Nesse caso, recorre-se à ventilação para renovação contínua do ar (Ventilação Geral), ou para captação do(s) elementos(s) poluente(s), junto da respetiva fonte de emissão (Ventilação/captação Localizada). A definição da solução técnica adequada, pressupõe um conhecimento pormenorizado do processo e dos poluentes libertados e requer a realização de um projeto consciencioso, diri-gido para a otimização dos caudais necessários ao controlo efetivo dos contaminantes.
Não se esqueça que:
Quanto maior for o envolvimento da zona de libertação do poluente, mais económica e efi-caz será a captação.
Higiene Industrial
Nos locais de trabalho podem existir agentes contaminadores do ambiente, suscetíveis de expor as pessoas ao risco de doença profissional. Controlar esses agentes e prevenir este risco, é o objectivo da Higiene Industrial. O ramo desta disciplina que trata das medidas a aplicar para manter o ambiente de trabalho saudável é a Higiene Operativa. Tais medidas podem ser: Na tabela da página seguinte, referem-se os agentes químicos que podem existir em sus-pensão na atmosfera e exemplos dos respetivos efeitos fisiológicos.
Ambiente térmico
Por razões bioquímicas, a temperatura interna do corpo humano deve manter-se entre os 36,2°C e os 37,8°C. É neste intervalo de temperaturas que as principais funções do organis-mo e em particular o sistema nervoso central encontram o seu ponto de desempenho ópti-mo.
Pode dizer-se que o principal problema relacionado com o ambiente térmico dos locais de
Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I) (Continuação)
Construtivas Organizacionais Adicionais
Substituição das substâncias e/ou pro-cessos perigosos por outros mais segu-ros
Isolamento do contaminante para impedir que passe para o ambiente ocupado por trabalhadores
Captação do contaminante na origem
(aspiração localizada)
Ventilação geral das áreas de trabalho
Confinamento; separação física das operações perigo-sas limitando o número de pessoas expostas
Limitação dos tempos de
exposição dos trabalhado-res a valores admissíveis
Proteção Individual
Boletim Extruplás Nº 11/12 PREÂMBULO (da
Carta da Terra)
Estamos perante um
momento crítico na
história da Terra,
numa época em que a
humanidade deve
escolher o seu futuro.
À medida que o se
mundo torna cada vez
mais interdependente
e frágil, o futuro
reserva, ao mesmo
tempo, grande perigo
e grande esperança.
Para seguir em frente,
devemos reconhecer
que, no meio de uma
magnífica
diversidade de
culturas e formas de
vida, somos uma
família humana e uma
comunidade terrestre
com um destino
comum. Devemos
juntar-nos para gerar
uma sociedade
sustentável global
fundada no respeito
pela natureza, nos
direitos humanos
universais, na
justiça económica e
numa cultura da paz.
Para chegar a este
propósito, é
imperativo que nós,
os povos da Terra,
declaremos a nossa
responsabilidade uns
para com os outros,
com a grande
comunidade de vida e
com as futuras
gerações.
Página 4
trabalho, está na satisfação das condições necessárias à manutenção de um ambiente térmico neutro, assegurando a manutenção da temperatura interna do corpo dentro daqueles limites (homeotermia). O trabalho em condições de ambiente térmico quente ou frio, além do desconforto, pode con-duzir a situações de stresse térmico. A manutenção de um ambiente térmico neutro, exige o controlo de 4 fatores (principais) que intervêm nas trocas de calor efetuadas entre o homem e o ambiente em que está inserido.
São eles: a temperatura, humidade e velocidade do ar e o calor radiante.
Noções Básicas de Prevenção e Segurança (I) (Continuação)
Agentes contaminantes Efeitos fisiológicos
Sólid
os
Poeiras Inertes
Fibrogénicas ou pneumoconióticas
Ex. Sílica, amianto
Alergizantes e irritantes Ex. madei-
ras tropicais, resina
Tóxicas (sistémicas) Ex. Berílio, Chumbo, manganês, cádmio, cró-mio, etc.
Quando em concentrações muito elevadas, podem alojar-se nos pulmões
Reagem nos alvéolos pulmonares
podendo provocar doenças gra-ves como pneumoconiose, silico-se, asbestose
Atuam sobre a pele ou sobre o aparelho respiratório
Lesionam órgãos viscerais, de forma rápida se em concentra-ções elevadas (intoxicações agu-das) ou lentamente se em baixas concentrações (intoxicações cró-nicas). Podem ainda provocar cancro e alterar o sistema nervo-
Gaso
sos
Gases e
Vapores Irritantes Ex. Amoníaco, cloro, ozo-
no, ácidosulfúrico, etc.
Asfixiantes simples Ex. Azoto, Hidro-
génio, acetileno
Asfixiantes químicos Ex. Monóxido
de carbono, cianetos
Narcóticos Ex. Acetona, éter etílico
Tóxicos (sistémicos) Ex. Tricloroetile-no, clorofórmio, benzeno
Inflamação dos tecidos em con-tacto, como p. ex. a pele, muco-sas das vias respiratórias, conjun-tiva ocular, etc.
Asfixiam por redução do teor de
oxigénio no ar
Asfixiam por interferência no processo de absorção do oxigénio no sangue
Após a absorção pelo sangue,
produzem efeitos anestésicos
Podem lesionar vários órgãos tais como o fígado e os rins, ou mes-mo a medula óssea
Líqu
ido
s
Aerossóis Gotículas invisíveis.
Resultam da dispersão mecânica
dos líquidos
Consoante a substância quími-
ca e o tipo de contacto os efei-
tos, à semelhança do que acon-
tece com os agentes sólido e
gasosos, podem ser localizados
ou sistémicos Neblinas Gotículas líquidas visíveis.
Resultam da condensação de vapor
Contacte os nossos comerciais:
Vera Oliveira Célia Barata Anabela Gonçalves
Tlm. 913 926 316 E-mail: comercialcentro@extruplas.com
Tlm. 913 856 989 E-mail: celiabarata@extruplas.com
Tlm. 910 373 558 E-mail: anabelagoncalves@extruplas.com
Parque Arqueológico da Várzea—Arouca
Alguns exemplos de Obras e Produtos:
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Boletim Extruplás Nº 11/12
Cascais
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de
um vasto universo em
evolução. A Terra, nosso
lar, é viva como uma
comunidade de vida
incomparável. As forças
da natureza fazem da
existência uma aventura
exigente e incerta, mas a
Terra providenciou as
condições essenciais para
a evolução da vida.
Mensagem de Natal da Extruplás
Chegada esta época, inunda-nos um profundo sentimento de comunhão e amizade. Se mais não fosse, esse sentimento seria, já por si só, suficiente para encher os nossos cora-ções e encher a terra benevolência. O desejo da Extruplás, para todos os clientes, amigos e fornecedores, é o de que este Natal e Ano Novo sejam mais do que meras confraternizações, porque todos os momentos, espe-cialmente neste novo ano que se avizinha, devem ser iluminados e abençoados e, que os 365 dias deste, sejam vividos com fraternidade e amor e com intensidade. Que o Natal de todos seja brilhante de alegria, iluminado de amor, cheio de harmonia e repleto de paz.
Um Santo Natal e um Feliz Ano Novo para todos...
O SUAVE MILAGRE
Numa singela homenagem à língua Portuguesa, a nossa língua, apreciem a riqueza linguística, o colorido das figuras de estilo, a imaginação das prosopopeias…
Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doces, luminosas margens do lago de Tiberíade — mas a notícia dos seus milagres penetrara já até Enganim, cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Issacar.
Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo profeta, um rabi formoso, percorria os campos e as aldeias da Galileia, predi-zendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os males humanos. E, enquanto descansa-va, sentado à beira da Fonte dos Vergéis, contou ainda que esse rabi, na estrada de Magdala, sarara da lepra o servo de um decurião romano, só com o estender sobre ele a sombra das suas mãos; e que noutra manhã, atravessando numa barca para a terra dos Gerasenos, onde começava a colheita do bálsamo, ressuscitara a filha de Jairo, homem considerável e douto que comentava os livros na sinagoga.
E como em redor, assombrados, seareiros, pastores, e as mulheres trigueiras com a bilha no ombro, lhe perguntassem se esse era, em verdade, o Messias da Judeia, e se diante dele refulgia a espada de fogo, e se o ladeavam, caminhando como as sombras de duas torres, as sombras de Gog e de Magog — o homem, sem mesmo beber daquela água tão fria de que bebera Josué, apanhou o cajado, sacudiu os cabelos, e meteu pensativamente por sob o aqueduto, logo sumido na espessura das amendoeiras em flor. Mas uma esperança, deliciosa como o orvalho nos meses em que canta a cigarra, refrescou as almas simples: logo, por toda a campina que verdeja até Áscalon, o arado pareceu mais brando de enterrar, mais leve de mover a pedra do lagar: as crianças, colhendo ramos de anémonas, espreitavam pelos cami-nhos se além da esquina do muro, ou de sob o sicômoro, não surgiria uma claridade, e nos bancos de pedra, às portas da cidade, os velhos, correndo os dedos pelos fios das barbas, já não desenrolavam, com tão sapiente certeza, os ditames antigos.
Ora então vivia em Enganim um velho, por nome Obed, de uma família pontifical de Samaria, que sacrificara nas aras do monte Ebal, senhor de fartos rebanhos e de fartas vinhas — e com o coração tão cheio de orgulho como seu celeiro de trigo. Mas um vento árido e abrasa-do, esse vento de desolação que ao mando do Senhor sopra das torvas terras de Assur, matara as reses mais gordas das suas manadas, e pelas encostas onde as suas vinhas se enroscavam ao olmo, e se estiravam na latada airosa, só deixara, em torno dos olmos e pila-res despidos, sarmentos de cepas mirradas, e a parra roída de crespa ferrugem. E Obed, aga-chado à soleira da sua porta, com a ponta do manto sobre a face, palpava a poeira, lamenta-va a velhice, ruminava queixumes contra Deus cruel.
Apenas ouvira porém desse novo rabi da Galileia que alimentava as multidões, amedrontava os demónios, emendava todas as desventuras — Obed, homem lido, que viajara na Fenícia, logo pensou que Jesus seria um desses feiticeiros, tão costumados na Palestina, como Apoló-nio, ou rabi BenDossa, ou Simão, «o Subtil». Esses, mesmo nas noites tenebrosas, conversam com as estrelas, para eles sempre claras e fáceis nos seus segredos; com uma vara afugen-tam de sobre as searas os moscardos gerados nos lodos do Egipto; e agarram entre os dedos as sombras das árvores, que conduzem, como toldos benéficos, para cima das eiras, à hora da sesta. Jesus da Galileia, mais novo, com magias mais viçosas decerto, se ele largamente o pagasse, sustaria a mortandade dos seus gados, reverdeceria os seus vinhedos.
Então Obed ordenou aos seus servos que partissem, procurassem por toda a Galileia o rabi novo, e com promessa de dinheiros ou alfaias o trouxessem a Enganim, no país de Issacar. Os servos apertaram os cinturões de couro — e largaram pela estrada das caravanas, que, cos-teando o lago, se estende até Damasco. Uma tarde, avistaram sobre o poente, vermelho
como uma romã muito madura, as neves finas do monte Hér-
Conto de Natal (1)
Página 6
Boletim Extruplás Nº 11/12
A capacidade de
recuperação da
comunidade de vida e o
bem-estar da humanidade
dependem da preservação
de uma biosfera saudável
com todos seus sistemas
ecológicos, uma rica
variedade de plantas e
animais, solos férteis,
águas puras e ar limpo. O
meio ambiente global com
seus recursos finitos é uma
preocupação comum de
todos os povos. A
proteção da vitalidade,
diversidade e beleza da
Terra é um dever
sagrado.
Pista Hípica Equinostrum
mon. Depois, na frescura de uma manhã macia, o lago de Tiberíade resplandeceu diante deles, transparente, coberto de silêncio, mais azul que o céu, todo orlado de prados floridos, de densos vergéis, de rochas de pórfiro, e de alvos terraços por entre os palmares, sob o voo das rolas. Um pescador que desamarrava preguiçosamente a sua barca de uma ponta de rel-va, assombreada de aloendros, escutou, sorrindo, os servos.
O rabi de Nazaré? Oh! Desde o mês de Ijar, o rabi descera, com os seus discípulos, para os lados para onde o Jordão leva as águas. Os servos correndo, seguiram pelas margens do rio, até adiante do vau, onde ele se estira num largo remanso, e descansa, e um instante dorme, imóvel e verde, à sombra dos tamarindos. Um homem da tribo dos Essénios, todo vestido de linho branco, apanhava lentamente ervas salutares, nela beira da água, com um cordeirinho branco ao colo. Os servos humildemente saudaram-no, porque o povo ama aqueles homens de coração tão limpo, e claro, e cândido como as suas vestes cada manhã levadas em tanques purificados. E sabia ele da passagem do novo rabi da Galileia que, como os Essénios, ensinava a doçura, e curava as gentes e os gados? O Essénio murmurou que o rabi atravessara o oásis de Engaddi, depois se adiantara para além... — Mas onde, além? — Movendo um ramo de flores roxas que colhera, o Essénio mostrou as terras de além-Jordão, a planície de Moab. Os servos vadearam o rio — e debalde procuravam Jesus, arquejando pelos rudes trilhos, até às fragas onde se ergue a cidadela sinistra de Makaur... No Poço de Jacob repousava uma larga caravana, que conduzia para o Egipto mirra, especiarias e bálsamos de Gilead, e os camelei-ros, tirando a água com os baldes de couro, contaram aos servos de Obed que em Gadara, pela lua nova, um rabi maravilhoso, maior que David ou Isaías, arrancara sete demónios do peito de uma tecedeira, e que, à sua voz, um homem degolado pelo salteador Barrabás se erguera da sua sepultura e recolhera ao seu horto.
Os servos, esperançados, subiram logo açodadamente pelo caminho dos peregrinos até Gada-ra, cidade de altas torres, e ainda mais longe até às nascentes de Amalha... Mas Jesus, nessa madrugada, seguido por um povo que cantava e sacudia ramos de mimosa, embarcara no lago, num batel de pesca, e à vela navegara para Magdala. E os servos de Obed, descoroçoa-dos, de novo passavam o Jordão na Ponte das Filhas de Jacob. Um dia, já com as sandálias rotas dos longos caminhos, pisando já as terras da Judeia Romana, cruzaram um fariseu som-brio, que recolhia a Efraim, montado na sua mula. Com devota reverência detiveram o homem da Lei. Encontrara ele, por acaso, esse profeta novo da Galileia que, como um deus passeando na Terra, semeava milagres? A adunca face do fariseu escureceu enrugada — e a sua cólera retumbou como um tambor orgulhoso: — Oh escravos pagãos! Oh blasfemos! Onde ouvistes que existissem profetas ou milagres fora de Jerusalém? Só Jeová tem força no seu Templo. De Galileia surdem os parvos e os impostores... E como os servos recuavam perante o seu punho erguido, todo enrodilhado de dísticos sagrados — o furioso doutor sal-tou da mula e, com as pedras da estrada, apedrejou os servos de Obed, uivando: « Racca! Racca!» e todos os anátemas rituais. Os servos fugiram para Enganim. E grande foi a descon-solação de Obed, porque os seus gados morriam, as suas vinhas secavam — e todavia, radian-temente, como uma alvorada por detrás de serras, crescia, consoladora e cheia de promessas divinas, a fama de Jesus da Galileia. Por esse tempo, um centurião romano, Públio Sétimo, comandava o forte que domina o vale de Cesareia, até à cidade e ao mar.
Públio, homem áspero, veterano da campanha de Tibério contra os Partos, enriquecera durante a revolta de Samaria com presas e saques, possuía minas na Ática e gozava, como favor supremo dos deuses, a amizade de Flaco, legado imperial da Síria. Mas uma dor roía a sua prosperidade muito poderosa como um verme rói um fruto muito suculento. A sua filha única, para ele mais amada que vida ou bens, definhava com um mal subtil e lento, estranho mesmo ao saber dos esculápios e mágicos que ele mandara consultar a Sídon e a Tiro. Branca e triste como a lua num cemitério, sem um queixume, sorrindo palidamente ao seu pai defi-nhava, sentada na alta esplanada do forte, sob um velário, alongando saudosamente os negros olhos tristes pelo azul do mar de Tiro, por onde ela navegara de Itália, numa galera
Conto de Natal (2)
Página 7
Boletim Extruplás Nº 11/12
A capacidade de
recuperação da
comunidade de vida e o
bem-estar da humanidade
dependem da preservação
de uma biosfera saudável
com todos seus sistemas
ecológicos, uma rica
variedade de plantas e
animais, solos férteis,
águas puras e ar limpo. O
meio ambiente global com
seus recursos finitos é uma
preocupação comum de
todos os povos. A
proteção da vitalidade,
diversidade e beleza da
Terra é um dever
sagrado.
Praia da Princesa
Boletim Extruplás Nº 11/12
Etar de Sesimbra
Página 8
enfestoada.
Ao seu lado, por vezes, um legionário, entre as ameias, apontava vagarosamente ao alto a fle-cha, e varava uma grande águia, voando de asa serena, no céu rutilante. A filha de Sétimo seguia um momento a ave torneando até bater morta sobre as rochas — depois, mais triste, com um suspiro, e mais pálida, recomeçava a olhar para o mar. Então Sétimo, ouvindo contar, á mercadores de Chorazim, deste rabi admirável, tão potente sobre os espíritos, que sarava os males tenebrosos da alma, destacou três decúrias de soldados para que o procurassem por Galileia, e por todas as cidades da Decápole, até à costa e até Áscalon. Os soldados enfiaram os escudos nos sacos de lona, espetaram nos elmos ramos de oliveira — e as suas sandálias ferra-das apressadamente se afastaram, ressoando sobre as lajes de basalto da estrada romana que desde Cesareia até ao lago com toda a tetrarquia de Herodes. As suas armas de noite, brilha-vam no topo das colinas, por entre a chama ondeante dos archotes erguidos. De dia invadiam os casais, rebuscavam a espessura dos pomares, esfuracavam com a ponta das lanças a palha das medas: e as mulheres, assustadas, para os amansar, logo acudiam com bolos de mel, figos novos, e malgas cheias de vinho, que eles bebiam de um trago, sentados à sombra dos sicômo-ros.
Assim correram a Baixa Galileia — e, do rabi, só encontraram o sulco luminoso nos corações. Enfastiados com as inúteis marchas, desconfiando que os Judeus sonegassem o seu feiticeiro para que os Romanos não aproveitassem do superior feitiço, derramavam com tumulto a sua cólera, através da piedosa terra submissa. À entrada das aldeias pobres detinham os peregri-nos, gritando o nome do rabi, rasgando os véus às virgens: e, à hora em que os cântaros se enchem nas cisternas, invadiam as ruas estreitas dos burgos, penetravam nas sinagogas, e batiam sacrilegamente com os punhos das espadas nas Thebahs, os santos armários de cedro que continham os Livros Sagrados. Nas cercanias de Hébron arrastaram os solitários pelas bar-bas para fora das grutas, para lhes arrancar o nome do deserto ou do palmar em que se oculta-va o rabi — e dois mercadores fenícios que vinham de Jope com uma carga de malóbatro, e a quem nunca chegara o nome de Jesus, pagaram por esse delito cem dracmas a cada decurião.
Já a gente dos campos, mesmos os bravios pastores de Idumeia, que levam as reses brancas para o Templo, fugiam espavoridos para as serranias, apenas luziam, nalguma volta do cami-nho, as armas do bando violento. E da beira dos eirados, as velhas sacudiam como taleigos a ponta dos cabelos desgrenhados, e arrogavam sobre eles as Más Sortes, invocando a vingança de Elias. Assim tumultuosamente erraram até Áscalon: não encontraram Jesus: e retrocederam ao longo da costa enterrando as sandálias nas areias ardentes. Uma madrugada, perto de Cesa-reia, marchando num vale, avistaram sobre um outeiro um verde-negro bosque de loureiros, onde alvejava, recolhidamente, o fino e claro pórtico de um templo. Um velho, de compridas barbas brancas, coroado de folhas de louro, vestido com uma túnica cor de açafrão, segurando uma curta lira de três cordas, esperava gravemente, sobre os degraus de mármore, a aparição do Sol. Debaixo, agitando um ramo de oliveira, os soldados bradaram pelo sacerdote. Conhecia ele um novo profeta que surgira na Galileia, e tão destro em milagres que ressuscitava os mor-tos e mudava a água em vinho? Serenamente, alargando os braços, o sereno velho exclamou por sobre a rociada verdura do vale: — Oh romanos! Pois acreditais que em Galileia ou Judeia apareçam profetas consumando milagres? Como pode um bárbaro alterar a ordem instituída por Zeus?... Mágicos e feiticeiros são vendilhões, que murmuram palavras ocas, para arrebatar a espórtula dos simples... Sem a permissão dos imortais nem um galho seco pode tombar da árvore, nem seca folha pode ser sacudida na árvore.
Não há profetas, não há milagres... Só Apolo Délfico conhece o segredo das coisas! Então, deva-gar, com a cabeça derrubada, como numa tarde de derrota, os soldados recolheram à fortaleza de Cesareia. E grande foi o desespero de Sétimo, porque sua filha morria, sem um queixume, olhando o mar de Tiro — e todavia a fama de Jesus, curador dos lânguidos males, crescia, sem-pre mais consoladora e fresca, como a aragem da tarde que sopra do Hérmon e, através dos
Conto de Natal (3)
hortos reanima e levanta as açucenas pendidas. Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas mulheres de Israel.
O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farra-pos de enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Também a ela a doença a engelhara dentro dos trapos nunca mudados, mais escura e torcida que uma cepa arrancada. E, sobre ambos espessamente a miséria cresceu como o bolor sobre cacos perdidos num ermo. Até na lâmpada de barro vermelho secara há muito o azeite. Den-tro da arca pintada não restava grão ou côdea. No Estio, sem pasto, a cabra morrera. Depois, no quinteiro, secara a figueira. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. E só ervas apanhadas nas fendas das rochas, cozidas sem sal, nutriam aquelas cria-turas de Deus na Terra Escolhida, onde até às aves maléficas sobrava o sustento!
Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todas as lágrimas, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos famintos. E esse doce rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi! Quantos o desejavam, que se desesperançavam! A sua fama andava por sobre toda a Judeia, como o sol que até por qualquer velho muro se estende e se goza; mas para enxergar a claridade do seu rosto, só aqueles ditosos que o seu desejo esco-lhia. Obed, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus o conduzissem, pelo seu mando a Cesareia. Errando esmolando por tantas estradas, ele topara os servos de Obed, depois os legionários de Sétimo. E todos voltavam, como derrotados, com as sandálias rotas sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus. A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto mais vergada, mais abandonada.
E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada: — Oh filho e como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à procura do rabi da Galileia? Obed é rico e tem servos, e debalde buscaram Jesus, por areais e colinas, desde Corazim até ao país de Moab. Sétimo é forte e tem soldados, e debalde correram por Jesus, desde o Hébron até ao mar! Como que-res que te deixe! Jesus anda por muito longe e a nossa dor mora connosco, dentro destas paredes, e dentro delas nos prende. E mesmo que o encontrasse, como convenceria eu o rabi tão desejado, por quem ricos e fortes suspiram, a que descesse através das cidades até este ermo, para sarar um entrevadinho tão pobre, sobre enxerga tão rota? A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou: — Oh mãe! Jesus ama todos os peque-nos.
E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar! E a mãe, em soluços: — Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! Talvez Jesus morresse... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes. De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou: — Mãe, eu queria ver Jesus... E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança: — Aqui estou.
Conto de Eça de Queirós
Conto de Natal (4)
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Boletim Extruplás Nº 11/12
Piso sintético na Golegã
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de
produção e consumo estão
a causar devastação
ambiental, esgotamento
dos recursos e uma
massiva extinção de
espécies. Comunidades de
espécies estão a ser
arruinadas. Os benefícios
do desenvolvimento não
estão a ser divididos
equitativamente e a
diferença entre ricos e
pobres está a aumentar. A
injustiça, a pobreza, a
ignorância e os conflitos
violentos têm aumentado e
são causas de grande
sofrimento.
Continuando com esta abordagem do tema da medição e gestão dos recursos, vamos agora falar num sistema métrico conhecido de muitos, trata-se do Ecological Footprint ou Pegada Ecológica.
O que é ?
Com origem nos EUA, esta é uma ferramenta de gestão do uso de recursos naturais pelos indivíduos, cidades, nações e pela humanida-de em geral. Mede em que grau como a humanidade está a usar os recursos da natu-reza com maior rapidez do que eles se podem regenerar.
Origem
Esta foi desenvolvida pela equipa de Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia, em 1993, a metodologia da Pegada Ecológica amadureceu consideravel-mente, nos últimos anos. O desenvolvimento e a padronização deste método estão a ser coordenados, atualmente, pela Global Foot-print Network, fundada em 2003, e as suas 50 organizações parceiras.
A Global Footprint Network dedica-se a esti-mular o desenvolvimento de um mundo no qual todas as pessoas tenham oportunidade de viver satisfeitas, dentro das possibilidades da capacidade ecológica da Terra.
As Pegadas variam bastante, de acordo com a região. A Global Footprint Network, com a sua parceira, a WWF International, tem publicado relatórios sobre a Europa a Ásia e, recentemente, apresentou um relatório sobre a África, em parceria com a Agência Suíça para o Desenvolvimento e a Coopera-ção.
A primeira edição de normas e padrões rela-tivos à Pegada Ecológica, o Ecological Foot-print Standards 2006, foi lançada em junho de 2006, concentrando-se em estudos sobre populações.
O desenvolvimento da próxima edição do Ecological Footprint Standards já começou.
Nessa edição, os Comitês da Pegada Ecológi-ca expandirão as padronizações para tratar mais especificamente de Pegadas organiza-cionais, bem como de Pegadas sobre produ-
Ambiente e Sociedade (18)
Cerca
O crescimento sem
precedentes da
população humana tem
sobrecarregado os
sistemas ecológico e
social. As bases da
segurança global estão
ameaçadas. Essas
tendências são
perigosas, mas não
inevitáveis.
Boletim Extruplás Nº 11/12
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tos, processos e serviços.
Os Comités estão nos estágios finais do esbo-ço de um Processo de Certificação para ava-liação.
Objetivo
A Pegada Ecológica mede o grau da procuras ecológicas das economias humanas respei-tam ou ultrapassam a capacidade da biosfera de fornecer bens e serviços.
Esta contabilização ajuda os indivíduos, orga-nizações e governos a estruturar políticas, definir metas e acompanhar o progresso em direção à sustentabilidade.
Do ponto de vista da sustentabilidade, quan-do a Pegada da Humanidade ultrapassa a quantidade de biocapacidade renovável, dá-se uma diminuição do capital natural, e isso é considerado insustentável.
Contas da Global Footprint relativas aos últi-mos 40 anos indicam uma tendência de cres-cimento ao longo de 25 anos, além da quan-tidade de biocapacidade renovável. Em suma, a Pegada Ecológica da humanidade parece ter rompido os limites ecológicos e é, portanto, insustentável.
Acompanhar o efeito acumulado do consu-mo humano de recursos naturais e da gera-ção de resíduos é uma das chaves para alcançar a sustentabilidade.
Conteúdo
Essa ferramenta de contabilidade de recur-sos mede o grau com que a humanidade está usar os recursos da natureza mais rapida-mente do que eles se podem regenerar.
A ferramenta ilustra quem está a consumir, quanto e que tipos de recursos naturais, com populações definidas, seja geograficamente, seja socialmente.
Também mostra em que medida os seres humanos dominam a biosfera em detrimen-to de espécies selvagens.
A Pegada de uma população é a quantidade total de áreas de terra e água biologicamen-te produtivas que ela exige para produzir os recursos que consome e para absorver os resíduos que elimina, usando a tecnologia
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Cerca Estarreja
Ambiente e Sociedade (18) Continuação
atual. Como as pessoas consomem recursos e serviços ecológicos de todas as partes do mundo, sua Pegada é a soma de todas essas áreas, independentemente de onde estejam localizadas no planeta.
Estudos Publicados
Dentre os estudos mais recentes, estão Euro-pe 2005: The Ecological Footprint e Asia-Pacific 2005: The Ecological Footprint and Natural Wealth (ambos em parceria com a WWF); Global Footprint Network 2005 Annual Report e Africa’s Ecological Footprint: Human Well-Being and Ecological Capital (em parceria com a Agência Suíça para o Desen-volvimento e a Cooperação).
Os resultados dos estudos de 150 países foram, também, publicados.
Ecological Footprint Standards 2006 – a publicação de padrões utilizados para se mensurar a pegada ecológica ocorreu com o fim de se garantir a integridade científica da metodologia e para se produzir dados consis-tentes e comparáveis. Essa primeira edição dos padrões tem duas partes:
I. Padrões de Aplicação – definem o que é necessário para calcular os resultados da Pegada, a fim de garantir que os cálculos sejam conduzidos de forma consistente, de modo que os resultados sejam reprodutíveis e comparáveis com outros estudos que empreguem definições e parâmetros comuns.
1. Consistência com as Pegadas Nacionais
2. Definição dos limites do estudo
3. Cálculos de população
4. Estudos organizacionais e estudos de pro-duto: ainda não publicados
5. Fatores de conversão
6. Consistência dos componentes
7. Uso de elementos não padronizados em estudos da Pegada
8. Métodos de cálculo: ainda não publicados
9. Estimativas de Erro (diretriz)
II. Padrões de Comunicação – definem exi-gências para a publicação dos resultados da Pegada, a fim de garantir que os relatórios do projeto não distorçam a intenção nem representem erroneamente as limitações das
Pegadas Nacionais.
10. Indicação clara dos dados extraídos das Pegadas Nacionais
11. Glossário, Definições e Versões
12. Separação entre Resultados Analíticos da Pegada e Interpretações Normativas ou baseadas em valores
13. Cenários possíveis
14. Limitações dos Estudos da Pegada
15. Explicação da ligação entre Sustentabili-dade e a Pegada
16. Citação de fontes e descrição de metodo-logias
17. Referência a normas e organismos certifi-cadores
18. Estilo de apresentação e comunicação (diretriz)
Os Ecological Footprint Standards contêm tanto padrões e normas obrigatórias quanto diretrizes voluntárias.
Padrões são elementos exigidos para que estudos de Pegada sejam certificados. Por outras palavras, todos os padrões (a não ser quando não aplicáveis) devem ser cumpridos, a fim de que seja obtida a cer-tificação. A Global Footprint Network esta-belecerá um sistema de certificação baseado nesses padrões.
Diretrizes são práticas recomendadas que não são exigidas para a certificação do estudo. Informação on-line – há uma série de estudos disponíveis em (www.footprintnetwork.org), entre eles: Pegada da Humanidade (Humanity’s Foot-print)
1961-2002 – Os cálculos da Pegada Ecológica estimam quantos planetas Terra foram necessários para satisfazer as exigências de recursos por parte da humanidade, em cada ano, desde 1961, quando foram disponibili-zadas estatísticas completas pela ONU .
Cálculos da Pegada Nacional (National Footprint
Accounts) – Existem, atualmente, para mais de 150 países, em hectares e acres, para cada ano, de 1961 a 2002. A totalização das Pegadas Nacionais de cada país nos fornece uma análise global.
Passo a passo
Marvão
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar
uma aliança global para
cuidar da Terra e uns dos
outros ou arriscar a nossa
destruição e a da
diversidade da vida. São
necessárias mudanças
fundamentais nos nossos
valores, instituições e
modos de vida.
Boletim Extruplás Nº 11/12
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Ambiente e Sociedade (18) Continuação )
A Pegada Ecológica, pode ser aplicada em escalas que vão desde produtos isolados até famí-lias, organizações, regiões, nações e a humanidade como um todo.
O CÁLCULO DA PEGADA ECOLÓGICA E OS NÚMEROS ATUAIS
Para calcular a Pegada Ecológica é necessário estimar o consumo de bens e serviços e a pro-dução de resíduos da unidade de população em estudo. Esses bens e serviços incluem várias categorias, como os alimentos, o vestuário, o transporte, a energia, o lazer, a habitação, os produtos com origem na madeira (lenha, papel, mobiliário etc.).
Posteriormente, estima-se a área necessária à produção de cada item, dividindo-se a média anual de consumo desse item pela média da sua produtividade. Cada uma dessas áreas é considerada equivalente a um tipo de área biologicamente produtiva, e a sua soma constitui a Pegada Ecológica.
A pegada é um retângulo. A base é proporcional ao número de habitantes, e a altura é o con-sumo de recursos per capita. Multiplicando a base pela altura, temos o consumo de recursos dessa população.
Em 1999, a área produtiva disponível per capita era 1,9 hectare, e a área per capita capaz de dar os recursos consumidos nesse ano eram 2,3 hectares. Isso corresponde a um super dimensionamento, ou seja: precisaríamos de 120% de área terrestre para suportar o nosso estilo de vida, ou seja, a humanidade está a usar 120% da capacidade da Terra.
Os cálculos de Pegada e da Biocapacidade Nacional são a base de todas as análises da Pegada Ecológica. A informação é apresentada em folhas de balanço consistentemente formatas, que usam grandes conjuntos de dados, tirados, principalmente, de órgãos e agências das Nações Unidas.
Com mais de 4 mil tópicos e 10 mil cálculos por país, por ano, a Pegada Nacional documenta os recursos naturais (por exemplo, terra cultivável, pastos, florestas e áreas pesqueiras) dis-poníveis no país, assim como a procura do país por esses recursos.
PARA CALCULAR A SUA PEGADA ECOLÓGICA
Pegada Individual (Individual Footprint) – existe um questionário disponível (Ecological Foot-print Quiz) sobre hábitos e atitudes, disponível no site www.myfootprint.org.
RESULTADO
Hoje em dia, a maioria dos países e o mundo como um todo estão a lidar com deficits ecoló-gicos. O déficit ecológico do mundo é igual ao seu descompasso ecológico (ecological over-shoot)1.
Atualmente, a Pegada Ecológica é 23% maior do que a capacidade de regeneração do plane-ta. Ou seja, é necessário mais do que um ano e três meses para a Terra regenerar o que é utilizado em um único ano.
A manutenção ou aumento dessa diferença resultará no esgotamento dos recursos naturais do planeta. Essa é uma grande ameaça subestimada e que não é trabalhada ou ponderada adequadamente.
Fonte: www.panda.org/
Referências
www.footprintnetwork.org
www.rprogress.org/newprojects/ecolFoot.shtml
www.eea.europa.eu/highlights/Ann1132753060
Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia
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Devemos entender que,
quando as necessidades
básicas forem supridas,
o desenvolvimento
humano será
primariamente voltado a
ser mais e não a ter
mais. Temos o
conhecimento e a
tecnologia necessários
para abastecer as
necessidades de todos e
reduzir os nossos
impactos no meio
ambiente. O
aparecimento de uma
sociedade civil global
está a criar novas
oportunidades para
construir um mundo
democrático e humano.
Os nossos desafios
ambientais, económicos,
políticos, sociais e
espirituais estão
interligados e juntos
podemos forjar soluções
inclusivas.
A Conferência do Clima em Paris (COP-21)
Finalmente uma boa notícia da COP-21 em Paris!
Foi anunciada ontem uma nova coligação formada secretamente há seis meses e que conta com mais de 100 países, tanto pobres como ricos. A coligação pretende dar o empurrão final necessário para um acordo ambicioso e reconhecido juridicamente de forma a tornar-se rea-lidade.
Mas a menos que China, África do Sul, Brasil e Índia participem, o acordo sobre energia 100% limpa pode ir por água abaixo.
Restam só 48 horas para mostrar que as pessoas de todo o mundo esperam que estes países se juntem à nova coligação. Com a dose certa de pressão, Brasil, China e África do Sul pode-rão aderir ao grupo. A Índia, por sua vez, deixaria de boicotar o acordo. Mas isso só irá acon-tecer se os governantes lá presentes sentirem que poderão ser responsabilizados por fazer o Acordo de Paris não dar certo.
Se assim for, venceremos em Paris!
Encabeçada pelas Ilhas Marshall, a coligação representa mais da metade das nações do mundo, incluindo 79 países da Ásia, África e América Latina, grandes poluidores da União Europeia e os Estados Unidos. O objetivo é pressionar por energia 100% limpa, financiamen-tos para a transição em países mais pobres e um rigoroso conjunto de regras para responsa-bilizar e aumentar os compromissos com o planeta ao longo do tempo.
Todos os esforços para um acordo climático global têm sido frustrados por causa de uma divisão entre as principais nações poluidoras e os países que se sentem menos responsáveis pelo problema. Entretanto, os dois lados estão unidos nesta nova aliança. E, apesar da res-ponsabilidade de financiar a transição para energia renovável recair nos ombros dos poluido-res, como é justo, a proposta garante a descarbonização de todas as economias do mundo.
A Índia quer continuar a usar o carvão e isso é um problema. Mas a China, por exemplo, já é líder mundial em energia renovável e o Brasil colocou metas ambiciosas de transição para energia limpa. Não há, portanto, motivos para China e Brasil não participarem de um acordo para o bem comum de todo o planeta. Eles argumentam que não é possível estabelecer metas que não contemplem a necessidade das nações mais pobres. No entanto, Angola, que representa os 48 países mais vulneráveis do mundo, também participa desta nova coligação
Contribuir para um mundo melhor!
Consumir produtos reciclados é também uma forma de minimizar os impactos ambientais dos resíduos, compre produtos Extruplás!
Marvão
RESPONSABILIDADE
UNIVERSAL
Para realizar estas
aspirações, devemos
decidir viver com um
sentido de
responsabilidade
universal, identificando-
nos com a comunidade
terrestre como um todo,
bem como com as nossas
comunidades locais.
Somos, ao mesmo
tempo, cidadãos de
nações diferentes e de
um mundo no qual as
dimensões local e global
estão ligadas.
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A Responsabilidade Social das organizações (2)
Vantagens da adoção de Politicas e Práticas de Responsabilidade Social
Benefícios para as Empresas e Quem beneficia com a Responsabilidade Social.
Tentando, de forma simplista, listar alguns dos prejuízos e benefícios causados às empresas e pelas empresas, teremos:
Como principais benefícios , poderemos ter:
Emprego e salário
Geração e distribuição da riqueza
Fornecimento de produtos e serviços
Criação de padrões de qualidade
Produção de conhecimento e tecnologia
Alguns exemplos de prejuízos:
Geração de resíduos
Esgotamento de recursos naturais
Exploração das pessoas
Quais são então os benefícios para a própria organização, para a própria empresa?
O exercício da responsabilidade social praticado pelas empresas, além de trazer benefícios nas relações com a sociedade e com o meio ambiente, também é benéfico para os negócios, signi-ficando oportunidades para as empresas, tais como:
Construir diferenciais competitivos
Reduzir custos
Aprimorar os seus níveis de eficiência e desempenho
Conquista e fidelização dos clientes
As empresas que adotam a transparência em todos os seus processos, produtos e relaciona-mentos, tendem a conquistar a confiança e fidelidade dos seus clientes
Empresas que procuram ouvir e consultar os seus clientes ou consumidores, tornam-se como parte interessada, como um acionista. Os consumidores atribuem hoje um valor importantís-simo aos produtos e serviços de empresas que apoiam uma determinada causa social ou ambiental. Esta, tem também uma relação positiva com os trabalhadores. A industria que remunera os seus trabalhadores de forma adequada, estabelecendo com eles relações éticas e uma comunicação aberta e transparente, estará contribuindo para a sua própria produtivi-dade e para a redução dos conflitos.
Competitividade de custos, cadeias industriais eficientes, transformam as suas matérias pri-mas em produtos com um mínimo de perdas de energia e de materiais. As grandes empresas passam a usar cada vez mais entre os critérios para a seleção dos seus fornecedores, aqueles que se relacionam com a sustentabilidade, construindo cadeias pautadas e valores de comér-cio justo e ético, bem como nas práticas de convivência ambiental certificada.
Acesso a mercados exigentes. Estima-se que dentro de 5 anos, os mercados internacionais estarão simplesmente vedados a empresas que não forem capazes de conduzir as suas ativi-dades com respeito pelo meio ambiente. Hoje as exportações de setores sobre os quais pesam suspeitas de utilização de mão de obra infantil ou de trabalho escravo, já enfrentam restrições severas em todo o mundo.
Acesso aos sistemas de captação de financiamento. No Brasil, um numero crescente de insti-tuições financeiras já leva em conta fatores de risco relacionados com a gestão sustentada das empresas.
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Cada um partilha a
responsabilidade pelo
presente e pelo futuro
bem-estar da família
humana e de todo o
mundo dos seres vivos.
O espírito de
solidariedade humana e
de parentesco com toda
a vida é fortalecido
quando vivemos com
reverência o mistério da
existência, com gratidão
pelo dom da vida e com
humildade em relação
ao lugar que o ser
humano ocupa na
natureza. .
A Responsabilidade Social das organizações (2) (Continuação)
Motivos: Éticos e económicos
Empresas desatentas a estas novas exigências, tendem também a negligenciar outros aspetos igualmente importantes para a gestão, caracterizando-se assim como empresa de risco mais elevado.
E, outros benefícios para a empresa, por exemplo:
Diminuição de conflitos e processos,
Valorização da imagem institucional e da marca,
Maior lealdade do consumidor,
Maior capacidade de recrutar e manter talentos,
Flexibilidade,
Capacidade de adaptação,
Sustentabilidade do negócio a longo prazo,
Acesso a mercados e capitais diferenciados.
Assim, temos algumas vantagens da adoção efetiva de politicas e praticas de responsabilida-de social. A pratica demonstra que um programa de responsabilidade social empresarial só traz resultados positivos para a sociedade e para a empresa, se for realizado de forma auten-tica. A empresa precisa de ter a cultura da responsabilidade social incorporada no seu pensa-mento. Desenvolver programas sociais apenas para divulgar a empresa ou como uma forma compensatória, não traz resultados positivos sustentáveis ao longo do tempo.
Os resultados positivos aparecem ao longo do tempo se houver de facto envolvimento por parte da empresa. Para as empresas incorporarem os princípios e os aplicarem corretamente, devem perceber que a valorização para a imagem institucional e da marca é um retorno garantido. Estes traduzem-se numa maior lealdade do consumidor, uma maior capacidade de recrutar e manter talentos, flexibilidade e capacidade de adaptação e um aumento dos seus lucros.
Assim, quem beneficia com a responsabilidade social das empresas?
Os clientes, com melhores produtos, com preços compatíveis com a qualidade desses produ-tos e a forma de fabrico e, os:
Funcionários com o ambiente e motivação para o trabalho,
Administradores com uma melhor gestão, maior controlo de delegação,
Os acionistas, os donos da empresa com a produtividade, competitividade e lucrativi-dade,
A comunidade, com o recrutamento, doações e parcerias,
O próprio governo com os impostos, parcerias etc.
Seja original e atreva-se a dar conforto a si próprio com o nosso mobiliá-rio. Temos a solução que sempre sonhou. Fale connosco!
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Noticias — Use o link em baixo para ler mais sobre as noticias
(In Diário de Coimbra- 10-12-2015)
Jornadas Técnicas promoveram reflexão sobre desafios do sector CERÂMICA. Carlos Zorrinho, deputado do Parlamento Europeu para a área da Indústria, defendeu a
necessidade de uma União Energética Europeia, o crescimento da Economia Verde e uma Revolução
Digital, como estratégia para promover a existência de uma verdadeira política industrial na Europa…
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(In Diário de Notícias - Construção Civil & Obras Públicas- 10-12-2015)
Novos requisitos obrigatórios para as janelas: um produto decisivo para a eficiência
energética dos edifícios Com a transposição da Diretiva n.° 2010/31/EU, relativa ao desempenho energético dos edifícios para a
legislação nacional, foi criada a necessidade de atualizar os regulamentos relativos à eficiência térmica e
energética dos edifícios portugueses. …
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(In Negócios- 10-12-2015)
E se o petróleo voltar a cair para metade? O petróleo afastou-se da casa dos 100 dólares por barril para transacionar abaixo dos 40 dólares, devido
ao excesso de oferta e ao abrandamento da procura. Fatores que podem levar os preços a recuar até aos
20 dólares, dizem os analistas…
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(In Algarve Notícias Online - 09-12-2015)
Portugal caiu dez lugares na luta contra alterações climáticas Portugal desceu dez posições no desempenho contra as alterações climáticas, passando a ocupar o 19.º
lugar entre os 58 países mais industrializados, segundo o índice "Climate Change Performance Index",
apresentado na Cimeira do Clima (COP21), em Paris…
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(In Diário de Notícias Online - 09-12-2015)
EDP na linha da frente mundial contra as alterações climáticas A Empresa está entre 16 mundiais que assinaram um plano de ação para investir nas energias renováveis
nos próximos dez anos. A EDP - Energias de Portugal é uma das 16 empresas mundiais que assinaram
um plano de ação que, caso seja concretizado, possibilitará a instalação de 1,5 terawatts de "energias
renováveis em todo o mundo, ao longo dos próximos dez anos"…
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(In Diário do Minho- 10-12-2015)
Vereador do Ambiente visita edifício construído com pneus e latas usadas O vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, visitou, ontem, o projeto Utopia
onde pôde inteirar-se do estado da obra, cujo elemento mais emblemático é o edifício principal construí-
do com recurso a pneus cheios de terra e à reutilização de latas….
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(In Pplware Online - Pplware Kids Online - 09-12-2015)
Nave espacial transforma lixo espacial em combustível Na China, um grupo de investigadores da Universidade de Pequim apresentou uma nave espacial capaz
de transformar lixo espacial em combustível, o que poderá facilitar as missões no espaço e minimizar em
grande escala a quantidade de lixo espacial existente…
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(In Diário de Notícias Online - 09-12-2015)
Meta dos 36% de energia renovável custa 460 mil milhões por ano A par da melhoria da eficiência, a aposta nas energias verdes é a melhor hipótese. Investimento terá de
duplicar. Mas compensa Reforçar a aposta nas energias renováveis é uma das melhores hipóteses em
cima da mesa para atingir a meta de limitar o aumento das temperaturas médias a 2 graus centígrados, até
2030, estabilizando-as depois nesse patamar….
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(In Edifícios e Energia Online - 09-12-2015)
Oito projetos sustentáveis escolhidos pela Construction 21 Desde a área da saúde e conforto aos edifícios inteligentes, oito soluções construtivas receberam, na
semana passada, a distinção Green Building Solutions Awards da Construction21, uma rede colaborativa
internacional especializada no sector da construção…
Necessitamos com
urgência de uma visão
partilhada de valores
básicos para
proporcionar um
fundamento ético à
comunidade mundial
emergente. Portanto,
juntos na esperança,
afirmamos os seguintes
princípios,
interdependentes,
visando a um modo de
vida sustentável como
padrão comum, através
dos quais a conduta de
todos os indivíduos,
organizações, empresas,
governos e instituições
transnacionais será
dirigida e avaliada.
Rio Sever—Marvão
(In Magazine Imobiliário Online - 09-12-2015)
Bosch reduz consumo de energia A Bosch está a fazer progressos no que toca à proteção do clima. As medidas de eficiência incrementadas
levam já à redução de emissões de CO2 em 20% e a poupanças de cerca de 530 milhões de euros. A
Bosch está a fazer progressos no que toca à proteção do clima…
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(In Revista O Instalador Online - 09-12-2015)
A gravidade também pode gerar energia eléctrica renovável O arquitecto holandês Janjaap Ruijssenaars desenvolveu uma nova técnica para gerar energia de uma
forma sustentável em ambiente doméstico …
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(In Sapo Online - Casa Sapo Online - 09-12-2015)
Reforçar a aposta na consolidação e sustentabilidade do crescimento no turis-
mo e imobiliário! Em modo de balanço do ano que termina, 2015 revelou-se como um ano de afirmação de Portugal como
destino turístico e de investimento imobiliário internacional. A receita turística irá ultrapassar os 11…
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(In Jornal de Amarante- 18-11-2015)
Presidente da Câmara de Fafe quer mais iluminação nas ruas O Presidente de Câmara Municipal, Raul Cunha, entende ser necessário repensar a iluminação pública do
concelho, dotando determinadas zonas e ruas da cidade de iluminação pública mais intensa e com mais
brilho, sem colocar em causa a poupança e eficiência energética…
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(In Gazeta do Interior- 02-12-2015)
Atraso no funcionamento do centro de registo de resíduos elétricos preocupa
Quercus Pedro Carteiro, da Quercus mostrou-se preocupado com os atrasos no funcionamento do
centro de coordenação e registo de resíduos elétricos e eletrónicos (REEE), que segundo o ambientalista
já devia estar em funcionamento desde maio deste ano, o que ainda não aconteceu…
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(In Povo da Beira- 02-12-2015)
Jovens aprendem a reciclar para proteger o futuro Jovens aprendem a reciclar para proteger o futuro ? Reciclar hoje para o bem do amanhã. É a mensagem
que fica com o Seminário “Reciclar é Proteger o Futuro”, que se realizou na quarta-feira, 25 ….
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(In Povo da Beira- 02-12-2015)
Pediatria do Hospital recebe brinquedos da Valnor Pediatria do Hospital recebe brinquedos da Valnor? A Valnor entregou na sexta-feira, dia 27, no serviço
de pediatria do Hospital, alguns brinquedos, que são fruto da recolha que a empresa está a realizar …
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(In Público- 09-12-2015)
Brasil e UE propõem mecanismos de mercado no acordo climático de Paris Proposta surge num momento crítico das negociações que estão a decorrer na capital de França, quando
ainda há centenas de divergências a resolver Ricardo Garcia, em Paris O Brasil e a União Europeia (UE)
querem um novo mecanismo de mercado para facilitar o cumprimento dos objectivos ...
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(In Diário Digital Online - 08-12-2015)
Ministro do Ambiente quer novo padrão de mobilidade urbana O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, quer um novo padrão de mobilidade urbana muito
menos assente no transporte individual , disse hoje à Lusa, em Paris, o governante, durante a Cimeira do
Clima (COP21)…
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(In Diário de Notícias Online - 08-12-2015)
"O acordo de Paris está ao nosso alcance" O novo ministro da pasta do Ambiente acredita no "objetivo dos 2 graus" e defende um acordo global
revisto a cada cinco anos" O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, destacou hoje o empenho de
Portugal "com a profunda descarbonização da sua economia", durante o discurso que fez no segmento de
alto nível na Cimeira do Clima (COP21) em Paris….
Noticias (Continuação)
Boletim Extruplás Nº 11/12
Página 17
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR
DA COMUNIDADE DE
VIDA
1. Respeitar a Terra e a
vida em toda sua
diversidade:
a. Reconhecer que todos
os seres são
interdependentes e cada
forma de vida tem valor,
independentemente de
sua utilidade para os
seres humanos;
b. Afirmar a fé na
dignidade inerente de
todos os seres humanos e
no potencial intelectual,
artístico, ético e espiritual
da humanidade.
Rio Sever—Marvão
Ajude-nos a fechar o ciclo,
colaborando na reciclagem e
reutilização de plástico,
contribuindo para a
sustentabilidade ambiental
A Temperatura de Transição Vítrea (continuação)
Por acaso alguma vez deixas-te algo de plástico, fora de casa no Inverno? Se alguma vez isso aconte-ceu e, se reparares esse plástico partirá mais facilmente do que durante o verão. A este tipo de fenómeno chama-se Temperatura de transição vítrea. Esta temperatura de transição, é uma coisa que só acontece aos polímeros e, é também isto que torna os polímeros únicos. A Temperatura de transição vítrea é algo de muito parecido com aquilo que o nome pretende dizer. Existe uma certa temperatura (diferente para cada polímero), chamada Temperatura de transição vítrea, ou Tg de forma abreviada. Quando o polímero é arrefecido abaixo dessa temperatura, torna-se duro e que-bradiço, tal como o vidro. Alguns polímeros são usados acima dessa temperatura de transição, e outros abaixo. Os plásticos rígidos como o poliestireno e o poli(metil metacrilato), são usados abaixo da sua temperatura de transição, ou seja no seu estado vítreo. Nestes dois casos a Tg está bem aci-ma da temperatura ambiente, situam-se ambos a cerca de 100ºC. Os elastómeros, como o poliiso-preno e o poliisobutadieno, são usados acima do seu Tg, isto é, neste caso na estado de borracha, onde eles são macios e flexíveis.
Polímeros amorfos e cristalinos
Chegados aqui, temos necessidade de esclarecer que, a Temperatura de transição vítrea, não é a mesma coisa que a temperatura de fusão. A fusão é uma transição que ocorre nos polímeros cristali-nos. A fusão acontece quando as cadeias do polímero saem da sua estrutura cristalina, e se transfor-mam num líquido desordenado. A transição vítrea é uma transição que acontece nos polímeros amorfos, isto é, nos polímeros cujas cadeias não se dispõem sob a forma de cristais ordenados, mas antes que se espalham de forma aleatória, mesmo quando estes se encontram no estado sólido.
No entanto, mesmo os polímeros cristalinos, têm uma porção de amorfo. Esta porção pode repre-sentar, numa amostra de polímero cerca de 40 a 70% dessa mesma amostra. Esta é a razão pela qual uma mesma amostra de polímero pode ter uma temperatura de transição vítrea e uma temperatu-ra de fusão e, ambas diferentes. O importante é saber que uma determinada porção de material amorfo pode fazer baixar a temperatura de transição vítrea apenas, e uma porção de material cris-talino pode fazer baixar a temperatura de fusão, apenas.
(Continua)
♦ 100% Em plástico reciclado ♦ Sem manutenção ♦ 30 anos de durabilidade ♦ 5 anos de garantia ♦ Sem pintura
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A História dos Plásticos (continuação)
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