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Boletim Informativo Aquaviário
2° Trimestre - 2018
Estuário de Santos
2
BOLETIM INFORMATIVO AQUAVIÁRIO – 2º T 2018
Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ
SEPN – Q. 514N - Conjunto E - Edifício ANTAQ
CEP. 70760-545 – Brasília-DF
Telefones: (+55) 61 2029-669 (+55) 61 2029-6500
E-mail: gea@antaq.gov.br
Setor Responsável:
Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade – SDS
Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho – GEA
Equipe Técnica:
Coordenação................... Fernando Antônio Correia Serra
Edição e Conteúdo.......... Ricardo Lima Teixeira
Revisão............................ Leopoldo Heitor Capelini Kirchner
NOTA: Os dados estatísticos utilizados neste boletim informativo são fornecidos pelas empresas administradoras dos
Portos Públicos e Privados à ANTAQ, nos termos da regulamentação vigente. O boletim informativo é publicado com base
nestas informações, analisadas próximo ao início do trimestre subsequente ao trimestre alvo do boletim. Os dados enviados
são atualizados continuamente e podem sofrer alterações posteriores à publicação. Por essa razão, podem haver
discrepâncias entre informações disponíveis neste boletim e outros relatórios publicados pela ANTAQ.
3
SUMÁRIO
SUMÁRIO .............................................................................................................................................................. 3
1. ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS ................................................................................................... 4
1.1. PORTOS PÚBLICOS .......................................................................................................................... 6
1.2. PORTOS PRIVADOS (TUP) .............................................................................................................. 8
2. ANÁLISE POR PERFIL DE CARGA ................................................................................................................. 10
2.1. GRANEL SÓLIDO ............................................................................................................................ 10
2.2. GRANEL LÍQUIDO .......................................................................................................................... 11
2.3. CONTÊINERES ................................................................................................................................ 12
2.4. CARGA GERAL ............................................................................................................................... 14
3. ANÁLISE POR TIPO DE NAVEGAÇÃO .......................................................................................................... 15
3.1. LONGO CURSO ............................................................................................................................... 15
3.2. CABOTAGEM .................................................................................................................................. 17
3.3. NAVEGAÇÃO INTERIOR ............................................................................................................... 18
4. ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................................................... 20
5. ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................................................................... 20
4
1. ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
As instalações portuárias brasileiras, portos
públicos e privados, apresentaram no segundo trimestre
de 2018 crescimento de 1,0% em relação ao mesmo
período do ano passado, somando 276,8 milhões de
toneladas movimentadas. Esse resultado representa
aumento de 2,6 milhões de toneladas no comparativo
entre os períodos.
A movimentação nos portos públicos apresentou
crescimento de 2,0% em relação ao mesmo trimestre do
ano anterior. Esse aumento representa um ganho
expressivo quando comparado à evolução do segundo
trimestre entre 2016 e 2017, quando houve decréscimo
de 0,2%. Nos portos privados o resultado também se
mostrou positivo, com aumento de 0,5%, quando
comparado com o mesmo trimestre de 2017.
Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da
movimentação (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.
A Figura 1 mostra o histórico da evolução da
movimentação de cargas nas instalações portuárias
brasileiras (portos organizados e privados), onde
podemos observar uma taxa de crescimento composta
(CAGR) de 0,7% no período apresentado, segundo
trimestre de 2016 a segundo trimestre de 2018. Esse
crescimento reflete a resposta positiva que o setor
continua apresentando ao longo do tempo, apesar de
oscilações visíveis, demonstrando que está apto a
atender às demandas do mercado brasileiro, seja nos
movimentos internos (cabotagem e vias interiores) ou
mesmo nas exportações e importações.
Figura 2: Participação por Tipo Instalação – Evolução trimestral da
participação Porto x TUP (%): 2016-2018. Fonte: SDP.
Os portos privados brasileiros (TUP), possuem
uma evidenciada especialização na movimentação de
granéis líquidos e granéis sólidos minerais. Devido a esta
característica específica, o maior volume em peso bruto
movimentado se concentra nesse tipo de instalação
(Figura 2). Neste segundo trimestre, 181,6 milhões de
toneladas foram movimentadas nos portos privados,
representando uma participação de 65,6% do total de
cargas movimentadas no Brasil. Em contrapartida, os
portos públicos movimentaram 95,2 milhões de
toneladas, com uma participação de 34,4% (Figura 3).
259,4 262,1246,5 250,4
274,2284,6
278,8
250,8
276,8
165,8 172,3 169,7 169,0 180,8 186,1 187,0166,6
181,6
93,6 89,876,8 81,5
93,498,4 91,8
84,2
95,2
TOTAL TUP PORTO
63,9% 65,7% 68,9% 67,5% 65,9% 65,4% 67,1%66,4%
65,6%
36,1% 34,3%31,1% 32,5%
34,1%34,6% 32,9%
33,6%
34,4%
TOTAL TUP PORTO
5
Figura 3: Distribuição da movimentação de carga por tipo de
instalação (%): segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Quanto aos perfis de carga, o granel sólido
continua com sua participação significativa na
movimentação total de cargas do país (64,7%), conforme
se pode observar na Figura 4.
Figura 4: Participação por perfil de carga (%): segundo trimestre de
2018. Fonte: SDP.
Entre as mercadorias de maior movimentação no
segundo trimestre estão minério de ferro (98,7 milhões
de toneladas, aumento de 1,8%), petróleo e derivados
(48,3 milhões de toneladas, decréscimo de 1,7%) e soja
(40,0 milhões de toneladas, crescimento de 11,9%).
Contêineres são a quarta carga mais movimentada, com
26,2 milhões de toneladas e aumento de 1,8% no
período. Também merece destaque a movimentação de
carvão mineral (7,1 milhões de toneladas, com aumento
expressivo de 30,1%).
A Figura 5 mostra a evolução das principais
mercadorias movimentas no histórico dos segundos
trimestres de 2014 a 2018. Podemos observar claramente
a evolução crescente e constante dos granéis sólidos
minério de ferro e soja, assim como a relativa
estabilidade da movimentação de petróleo e derivados.
Figura 5: Evolução por tipo de mercadoria (milhões toneladas):
2014-2018. Fonte: SDP.
65,6%
34,4%
Porto Privado Porto Público
64,7%20,3%
9,5%
5,6%
Granel Sólido Granel Líquido e Gasoso
Carga Conteinerizada Carga Geral
2014-II2015-II
2016-II2017-II
2018-II
85,1 90,4 92,7 96,9 98,7
49,1 49,8 47,4 49,2 48,3
24,7 30,4 33,5 35,7 39,9
24,4 24,7 25,1 25,7 26,2
63,1 61,3 60,6 66,7 63,7
Minério De Ferro Petróleo E Derivados
Soja Contêineres
Demais Mercadorias
6
1.1. PORTOS PÚBLICOS
Foi de 95,2 milhões de toneladas o peso bruto
total movimentado no segundo trimestre de 2018 nos
portos públicos brasileiros. Este montante representa um
crescimento de 2,0% na movimentação de cargas quando
comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. Este
percentual corresponde a um acréscimo de 1,8 milhões
de toneladas movimentadas, número que poderia ser
maior não fosse a paralisação dos caminhoneiros
ocorrida no mês de maio deste ano. Por decorrência da
paralisação, houve dificuldade de chegada de
mercadorias aos Portos Públicos e, por conta disso,
tiveram redução principalmente no fluxo de contêineres
e de cargas de soja.
Contudo, mesmo com o advento das
dificuldades de escoamento de mercadorias no mês de
maio, o total movimentado de cargas de soja (23,3
milhões toneladas) e contêineres (19,0 milhões de
toneladas) apresentou, no segundo trimestre, aumento de
13,2% e 3,6%, respectivamente, quando comparado com
o mesmo período de 2017. O grupo petróleo e derivados
manteve a atual tendência de crescimento na
movimentação dos portos públicos, com ganho de 6,0%,
e pasta de celulose cresceu 25,0%. Ainda dentre as
principais mercadorias movimentadas nos portos
públicos neste trimestre, as que apresentaram queda na
tonelagem bruta calculada foram adubos (-11,2%) e
açúcar (-32,1%).
Os dez principais portos públicos em
movimentação de cargas brutas, de acordo com a tabela
1, operaram aproximadamente 82,4 milhões de
toneladas, o que corresponde a 86,5% da movimentação
total dos 31 portos organizados que registraram
movimento de cargas no segundo trimestre de 2018.
Considerando o crescimento percentual da
tonelagem bruta movimentada, podemos destacar dentre
os portos públicos a movimentação no segundo trimestre
dos portos de Itaqui (+9,4%), Suape (+10%) e Santarém
(+36,2%).
Considerando a queda percentual da tonelagem
bruta movimentada, podemos destacar dentre os portos
públicos São Francisco do Sul (-13,7%) e Vila do Conde
(-38,4%).
O líder de movimentação de cargas no ranking
dos portos públicos, o porto de Santos, movimentou 27,2
milhões de toneladas no período, com recuo de 0,6%
referente ao segundo trimestre de 2017. Tal cenário
deve-se em parte por conta da paralisação dos
caminhoneiros ocorrida no mês de maio, além do
desempenho local da movimentação de açúcar, que
apresentou queda de 31,3% no acumulado do trimestre.
O porto de Rio Grande apresentou decréscimo
na tonelagem bruta movimentada, com 6,7 milhões de
toneladas e 7,9% de queda. As cargas de soja (-9,6%) e
contêineres (-6,1%) são representantes do recuo na
movimentação deste porto no segundo trimestre de 2018
frente ao mesmo período do ano anterior.
O Porto de Santarém vem galgando posições no
ranking de movimentação dos portos organizados,
registrando no segundo trimestre a 8ª colocação geral,
atingindo a marca de 2,8 milhões de toneladas. Este fato
é devido especialmente ao desempenho positivo da
movimentação local de soja, com incríveis 43,8% de
crescimento no período.
Paranaguá apresentou aumento de 7,0% na sua
movimentação, também por conta da ascensão da soja e
dos resíduos da extração do óleo de soja.
Tabela 1: Principais Portos Organizados em Movimentação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Porto Público Milhões de toneladas Var %
2017-II / 2018-II
Santos 27,2 -0,6%
Itaguaí 13,9 6,5%
Paranaguá 12,5 7,0%
Rio Grande 6,7 -7,9%
Itaqui 6,1 9,4%
Suape 5,9 10,0%
São Francisco do Sul 3,0 -13,7%
Santarém 2,8 36,15%
Vila do Conde 2,4 -38,4%
Itajaí 1,8 288,8%
Todos os Portos Públicos 95,2 2,0%
7
Em relação ao Porto de Santos, conforme pode
ser observado na Figura 6, contêineres e soja lideram por
volume movimentado, somando 16,7 milhões de
toneladas no segundo trimestre de 2018, equivalente a
61,2% de toda a movimentação deste porto no período
apresentado.
Figura 6: Evolução trimestral das principais mercadorias
movimentadas no Porto de Santos (milhões de toneladas) 2014-2018.
Fonte: SDP.
As 10 principais mercadorias movimentadas em
portos públicos, apresentadas na figura 7, representam
85,1% do total da movimentação nos Portos
Organizados. O maior destaque nesse trimestre vai para
a soja, que com seu crescimento de 13,2% na
comparação com o mesmo período de 2017, foi
responsável por 2,7 milhões de toneladas acrescidas nas
operações portuárias.
Figura 7: Principais mercadorias movimentadas nos portos públicos
(%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP.
Analisando a movimentação de contêineres no
segundo trimestre deste ano por parte dos portos
públicos, com registro de aproximadamente 19,1
milhões de toneladas e avanço de 3,6% em relação ao
mesmo período do ano passado, temos que dentre os
principais portos que movimentaram contêineres no
período, destacam-se Santos (+3,3%), Itaguaí (+47,7%)
e Itajaí (+54,1%). O porto de Santos, maior operador de
contêineres da América do Sul, movimentou no segundo
trimestre 9,0 milhões de toneladas (813,4 mil TEU),
representando 47,3% de toda a movimentação de
contêineres em peso bruto nos portos públicos brasileiros
no trimestre (Figura 8).
Figura 8: Movimentação de Contêineres (milhões de toneladas)
participação individual dos Portos Organizados (%) – 2° Trimestre de
2018. Fonte: SDP.
Outro aspecto importante a ser observado com
relação aos portos públicos é o aumento da navegação
interior na movimentação de granéis sólidos, que cresceu
significativamente nos portos públicos de Santarém
(+38,9%), Vila do Conde (+1.912,0%) e Santana
(+1.266,8%).
7,6
5,5
3,2
1,7
5,2
8,4
6,5
3,1
1,5
4,6
7,9
6,9
4,5
1,5
5,0
8,7
6,9
4,3
2,0
5,5
9,0
7,7
2,9
2,0
5,7
2014-II 2015-II 2016-II 2017-II 2018-II
Demais Mercadorias
Petróleo
Açúcar
Soja
Contêineres
▲ 13,2%
▲ 3,6%
▲ 3,3%
▲ 6,0%
▼ -11,2%
▼ -32,1%
▲ 17,4%
▲ 25,0%
▲ 29,6%
▲ 0,4%
0 20
Soja
Contêineres
Minério de Ferro
Petróleo e Derivados
Adubos
Açúcar
Resíduos Óleo Soja
Celulose
Sal
Trigo
milhões t
2018-II 2017-II
9,0
2,1 1,91,2 0,9 0,8
3,1
11,0% 10,1%11,3%
4,7% 4,4%
16,3%
47,3%
8
1.2. PORTOS PRIVADOS (TUP)
A movimentação de cargas nos portos privados
foi de 181,6 milhões de toneladas brutas (tabela 2), valor
0,4% maior do que o registrado no segundo trimestre de
2017. Essa maior movimentação foi reflexo do aumento
na movimentação de minério de ferro (+1,6%), soja
(+10,3%) e carvão mineral (+29,4%).
Um dos destaques entre os portos privados é o
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que na
comparação com o segundo trimestre de 2017 teve alta
de 18,8%, um incremento de aproximadamente 7,5
milhões de toneladas. Nesse terminal, 99,3% da carga se
trata de minério de ferro, sendo o restante relativo a
manganês. Tratando-se ainda da movimentação de
minério de ferro nos portos privados, o Terminal de
Tubarão é outro porto privado especializado na operação
desse tipo de carga. Neste caso, observamos um
decréscimo na movimentação da ordem de 0,1%. Tal
fato mostra que o crescimento apresentado por Ponta da
Madeira no segundo trimestre não pode ser atribuído
exclusivamente a um aumento da produção de minério
de ferro em geral, mas sim da concentrada expansão das
atividades desta instalação portuária.
Tabela 2: Principais Portos Privados em movimentação de cargas – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Porto Privado Milhões de toneladas Var %
2017-II / 2018-II
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira 47,3 18,8%
Terminal De Tubarão 26,5 -0,1%
Terminal Aquaviário de São Sebastião 11,2 -8,7%
Terminal da Ilha Guaíba - Tig 9,9 -14,6%
Terminal Aquaviário de Angra dos Reis 8,4 -13,5%
Terminal Portuário do Pecém 4,2 21,8%
Terminal Aquaviário de Madre de Deus 4,0 1,4%
Terminal Aquaviário Da Ilha D'Água 3,7 7,0%
Terminal Trombetas 3,5 -19,5%
Terminal Portuário Privativo da Alumar 3,4 -11,8%
Todos os Portos Privados 181,6 0,4%
Em relação à participação de mercado, os 10
principais portos privados correspondem a 67,3% do
total movimentado neste tipo de instalação, equivalente
a 122,2 milhões de toneladas, sendo que unicamente
Ponta da Madeira representa 26% desse montante. Essa
quantidade expressiva pode ser explicada,
principalmente porque o minério de ferro é o principal
produto movimentado por 3 dos 10 TUPs apresentados
na Tabela 2. Esse produto é quase que totalmente
exportado, atingindo no longo curso para portos privados
um embarque total da ordem de 85,3 milhões de
toneladas.
Em relação às mercadorias mais movimentadas
nos portos privados durante o segundo trimestre de 2018,
o minério de ferro representou 47,8% do total, o
equivalente a 86,9 milhões de toneladas. As dez
principais mercadorias representaram 94,6% da
movimentação dos portos privados, destacando-se a
natureza mais especializada dessas instalações. A
relação das cargas mais movimentadas pode ser vista na
Figura 9.
Figura 9: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados
(%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP.
▲ 1,6%
▼ -3,5%
▲ 10,3%
▼ -11,0%
▼ -2,6%
▲ 29,4%
▼ -2,5%
▲ 5,6%
▲ 55,0%
▼ -1,7%
0 50
Minério de Ferro
Petróleo e Derivados
Soja
Bauxita
Contêineres
Carvão Mineral
Ferro e Aço
Pasta de Celulose
Madeira
Adubos
Milhões t
2018-II 2017-II
9
Quanto ao perfil de carga, é possível verificar
que, na comparação entre segundos trimestres
2017/2018, o granel sólido se manteve estável na
participação entre os portos privados, ficando com uma
fatia de 67,2% da movimentação no segundo trimestre
de 2018, ante os 67,0% alcançados no mesmo período de
2017.
Analisando um período mais longo, temos que
os granéis sólidos vêm mantendo uma tendência de
crescimento quando considerados os cinco últimos
períodos analisados, registrando no segundo trimestre
deste ano 122,1 milhões de toneladas movimentadas em
porto privados.
Figura 10: Evolução da movimentação por perfil de carga nos portos
privados (milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2014-
2018. Fonte: SDP.
97,8108,7 110,2
121,0 122,1
44,5
44,5 40,4
43,6 42,47,6
7,8 7,8
8,7 9,9
6,5
6,0 7,3
7,4 7,2
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2014-II 2015-II 2016-II 2017-II 2018-II
Granel Sólido Granel Líquido
Carga Geral Carga Conteinerizada
10
2. ANÁLISE POR PERFIL DE CARGA
A perspectiva relacionada ao perfil de carga na
análise da movimentação portuária, definidos como
granel sólido, granel líquido, carga geral e contêiner,
permite melhor conhecer as características que tipificam
portos organizados e demais instalações portuárias.
Dessa forma, pode-se inferir sobre participação de
mercado, importação/exportação, navegações e demais
características relacionadas às cargas embarcadas e
desembarcadas em portos brasileiros.
2.1. GRANEL SÓLIDO
No segundo trimestre deste ano foram
movimentados nos portos organizados e terminais
privados 179 milhões de toneladas brutas de granéis
sólidos (Figura 11), aumento de 0,3% quando
comparado ao mesmo período do ano anterior. Cabe
destacar que os granéis sólidos foram responsáveis por
64,7% da tonelagem de cargas movimentadas no Brasil
nesse trimestre, fato relacionado à pauta de exportações
brasileira, concentrada principalmente nas commodities
agrícolas e minerais.
Figura 11: Granel Sólido - Evolução da Movimentação
Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
Dentre os segmentos de mercadorias, minério
de ferro continua sendo de maior relevância, com
participação de 55,2% de toda a movimentação dos
granéis sólidos, seguido por soja (22,2%) e bauxita
(4,2%), conforme pode ser observado na Figura 12.
Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias
Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018.
Fonte: SDP.
A relativa estabilidade de 0,3% na
movimentação de granéis sólidos neste segundo
trimestre, comparado com o mesmo período de 2017,
pode ser explicada pelo equilíbrio entre o aumento da
movimentação de minério de ferro (+1,8%) e soja
(+11,7%) frente ao recuo em Bauxita (-19,2%) e
Adubos (-8,9%).
Os portos privados movimentaram 68,2% da
fatia dos granéis sólidos, enquanto os portos públicos
obtiveram participação de 31,8% (Figura 13). A alta
concentração na movimentação dos granéis sólidos
pelos portos privados se justifica pela quase
exclusividade na movimentação de minério de ferro por
parte deste tipo de instalação portuária (Figura 14).
167,8166,4
149,6
157,7
178,4
185,7
174,2
154,2
179,0
140
145
150
155
160
165
170
175
180
185
190
98,7
39,8
7,6
6,2
6,2
4,3
3,9
0 100
Minério de Ferro
Soja
Bauxita
Adubos
Carvão Mineral
Resíduos Óleo Soja
Açúcar
Milhões
▲11,7%
▼-19,19%
▼-8,9%
▲14,3%
▲14,3%
▼-36,3%
▲1,8%
11
Figura 13: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação
portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Figura 14: Minério de Ferro – Distribuição por tipo de Instalação
portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
2.2. GRANEL LÍQUIDO
No segundo trimestre de 2018 foram
movimentadas 56,2 milhões de toneladas de granéis
líquidos, valor 0,9% inferior ao montante movimentado
no mesmo período do ano passado (Figura 15).
Figura 15: Granel Líquido – Evolução da Movimentação
Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
A movimentação de granéis líquidos é
predominantemente composta por petróleo e seus
derivados, que obteve queda de 1,5% no trimestre.
Também foi constatada queda de 3,2% na
movimentação de gás de petróleo. Na Figura 16 é
possível observar o montante movimentado por tipo de
mercadoria no perfil de granel líquido.
Figura 16: Granel Líquido – Principais Mercadorias
Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018.
Fonte: SDP.
68,2%
31,8%
Porto Privado Porto Público
88,0%
12,0%
Porto Privado Porto Público
54,3
56,7
57,5
55,8
56,7
57,5
60,3
56,1
56,2
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
48,3
1,9
1,8
1,0
0,7
0 20 40 60
Petróleo e Derivados
Químicos Orgânicos
Gás de Petróleo
Soda Cáustica
Etanol Combustível
▼-1,5%
▼-12,5%
▲14,0%
▼-15,9%
▼-3,2%
12
Nos granéis líquidos há predominância de
movimentação por parte dos portos privados
especializados na movimentação desse perfil de carga.
Como pode ser visto na Figura 17, aproximadamente
75,5% do total movimentado no trimestre ocorreu
através dos portos privados.
Figura 17: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo
Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Considerando-se somente a movimentação de
petróleo e seus derivados no segundo trimestre de 2018,
temos que os portos privados mantêm uma
predominância de 79,8%, sendo que o Terminal de São
Sebastião (22,9%) e Terminal de Angra dos Reis
(17,2%) são os maiores operadores brasileiros deste tipo
de mercadoria. Dentre os portos públicos, Suape lidera a
participação com uma fatia de 7,3% da movimentação
total de petróleo e derivados.
Figura 18: Petróleo – Distribuição por tipo de Instalação portuária
(%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
2.3. CONTÊINERES
No segundo trimestre deste ano foram
movimentados 2,4 milhões de TEU, representando um
crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de
2017.
Considerando o peso bruto, a movimentação de
contêineres atingiu a soma de 26,2 milhões de toneladas,
aumento de 1,8% em relação ao segundo trimestre de
2017. Houve crescimento nas importações (6,7%) e
queda nas exportações (-1,9%). Esta queda nas
exportações quebra uma tendência de crescimento que
vinha sendo observada desde o terceiro trimestre de
2017. Números de abril deste ano apontam crescimento
de 5,5% no embarque de contêineres, o que evidencia
uma queda acentuada nos embarques de maio e junho,
possivelmente relacionada à paralisação dos
caminhoneiros ocorrida em maio deste ano.
Figura 19: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados
(toneladas e TEU em milhões): 2016-2018. Fonte: SDP.
75,5%
24,5%
Porto Privado Porto Público
79,8%
20,2%
Porto Privado Porto Público
25,1
26,125,8
23,7
25,7
28,729,3
26,7
26,2
2,2
2,32,2
2,1
2,2
2,5 2,5
2,4
2,4
1,9
2,1
2,3
2,5
2,7
2,9
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Peso Bruto TEUs
13
No segundo trimestre de 2018 aproximadamente
71,8% dos contêineres embarcados e desembarcados, em
TEU, foram movimentados em portos públicos
brasileiros (Figura 20).
Figura 20: Contêineres – Distribuição em TEU por tipo de
instalação portuária (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
No período, os portos públicos esboçaram
aumento da participação na movimentação de
contêineres (Figura 21). Essa recuperação é reflexo direto
de um aumento de 10,1% na movimentação de
contêineres do Porto de Santos.
Figura 21: Evolução trimestral da participação na movimentação
contêineres (TEU) nas Instalações Portuárias: 2016-2018. Fonte:
SDP.
Analisando-se os principais movimentadores de
contêineres do país, o segundo trimestre de 2018
apresentou troca de posições no ranking, quando
comparado com o mesmo período do ano anterior.
Como destaque, o porto privado de Itapoá
movimentou o total de 162,9 mil TEU, ocupando a 5ª
posição dentre os maiores movimentadores, com uma
participação de 6,8% no período. O Porto de Itaguaí subiu
quatro posições no ranking, ocupando a 8ª posição com
84,1 mil TEU e crescimento expressivo de 51,4% na
movimentação de contêineres frente ao segundo trimestre
de 2017.
Figura 22: Contêineres – Distribuição entre as principais de
instalações portuárias (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Outros destaques são os números apresentados
pelo terminal DP World, com 117,9 mil TEU
movimentados no período, representando uma queda de
24,9%, e Itajaí, com 78 mil TEU e crescimento de 51,4%
quando comparado com o mesmo trimestre de 2017.
A Tabela 3 mostra o ranking das vinte principais
instalações que operaram contêineres nos segundos
trimestres de 2017/2018.
28,2%
71,8%
Porto Privado Porto Público
71
,0%
68
,6%
69
,0%
69
,1%
70
,4%
69
,4%
69
,7%
70
,7%
71
,8%
29
,0%
31
,4%
31
,0%
30
,9%
29
,6%
30
,6%
30
,3%
29
,3%
28
,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Porto TUP
46,8%
10,7%
10,6%
9,5%
9,4%
6,8%
6,3%
Santos Portonave Paranaguá
Rio Grande Porto Itapoá Dp World
Suape
14
Tabela 3: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 2° trimestre de 2018 (em TEU). Fonte: SDP.
2018
2º T Porto Público e Privado TEUs 2017
2º T Porto Público e Privado TEUs
1º Santos 813.354 1º Santos 738.868
2º Portonave 185.803 2º Portonave 201.174
3º Paranaguá 184.275 3º Paranaguá 194.642
4º Rio Grande 165.437 4º Rio Grande 179.002
5º Porto Itapoá 162.867 5º Dp World (Embraport) 156.893
6º Dp World (Embraport) 117.845 6º Porto Itapoá 149.431
7º Suape 109.035 7º Suape 112.364
8º Itaguaí 84.106 8º Salvador 68.282
9º Itajaí 78.070 9º Rio De Janeiro 66.741
10º Porto Chibatão 74.806 10º Super Terminais 59.226
11º Rio De Janeiro 72.020 11º Porto Chibatão 56.416
12º Salvador 63.798 12º Itaguaí 55.547
13º Super Terminais 63.738 13º Itajaí 52.662
14º Pecém 62.182 14º Vitória 51.990
15º Vitória 49.299 15º Pecém 40.323
16º Vila Do Conde 35.494 16º Vila Do Conde 27.893
17º Fortaleza 26.758 17º Fortaleza 15.804
18º Imbituba 20.248 18º Imbituba 12.014
19º Natal 5.233 19º Natal 7.004
20º Passarão 2.129 20º Passarão 1.624
2.4. CARGA GERAL
A movimentação de carga geral no segundo
trimestre alcançou 15,4 milhões de toneladas (Figura 23),
correspondendo a uma alta de 15,7% em comparação ao
mesmo período do ano anterior. Esse crescimento no
segundo trimestre se deve, principalmente, à
movimentação de celulose (12,4%) e madeira (27,3%).
Outras mercadorias que merecem destaque na
movimentação de carga geral são os veículos automóveis
(+146,5%) e carvão mineral (+1.494,9%).
Contudo, no trimestre, a movimentação do ferro
e aço recuou 8,5%. Esta mercadoria correspondeu a
28,4% do total da movimentação de carga geral nos
portos públicos e privados no trimestre.
O principal destino da carga geral movimentada
é o longo curso exportação, com 7,0 milhões de toneladas
embarcadas no período, tendo predominância a pasta de
celulose, com 2,9 milhões de toneladas e 42,1% do total
embarcado no longo curso. Ferro e aço segue em segundo
com 2,8 milhões de toneladas e 40,1% do total.
Figura 23: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação
Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
12,2
12,8
13,6
13,3
13,4
12,6
15,1
13,8
15,4
11
12
13
14
15
16
15
3. ANÁLISE POR TIPO DE NAVEGAÇÃO
3.1. LONGO CURSO
As cargas de Longo Curso apresentaram
movimento de 201 milhões de toneladas, o que
representa, no geral, queda de 1,4%, quando comparado
ao segundo trimestre de 2017, sendo 35,6 milhões de
toneladas de cargas de importação e 165,4 milhões de
toneladas de cargas de exportação.
Figura 24: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso
(milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.
Considerando-se o sentido das cargas, que
corresponde aos movimentos de exportação (embarque)
e importação (desembarque), tem-se que a exportação
representou 82,3% do total de cargas movimentadas, o
que é bastante significativo para o resultado positivo da
corrente de comércio brasileira.
Na evolução das exportações, os destaques são
para a soja (+10,1%), resíduos do óleo de soja (+9,7%) e
pasta de celulose (+16,1%). Já o minério de ferro
mostrou-se estável com 0,8% de crescimento em relação
ao mesmo trimestre de 2017, sendo responsável por
57,1% do volume total de exportações (Figura 25).
Figura 25: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas
na Exportação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017/2018.
Fonte: SDP.
As importações apresentaram queda na
movimentação da ordem de 1,4% em relação ao mesmo
período de 2017, motivada pelo recuo do desembarque
de petróleo e derivados (-19,1%). Outros destaques são
o aumento na movimentação de contêineres (+6,2%),
carvão mineral (+13,2%), trigo (+20,3%) e expressivo
crescimento de 885,1% na importação de veículos
automóveis, quando comparado ao mesmo período do
ano passado (Figura 26).
193,4 196,0182,5 183,3
203,9212,2
204,9
180,2
201,0
161,0 159,4146,7 149,1
167,8 173,3166,2
146,4
165,4
32,4 36,6 35,9 34,2 36,1 38,9 38,7 33,8 35,6
-
50
100
150
200
Total LC Exp Imp
▲ 0,8%
▲ 10,1%
▼ -4,0%
▼ -14,9%
▼ -35,9%
▲ 9,7%
▼ -13,9%
▲ 16,1%
▲ 3,5%
0 50 100
Minério de Ferro
Soja
Contêineres
Petróleo e Derivados
Açúcar
Resíduos Óleo Soja
Ferro e Aço
Pasta de Celulose
Bauxita
Milhões (t)
2018-II 2017-II
16
Figura 26: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação
(%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.
As Tabelas 4 e 5 mostram os principais parceiros
comerciais, em termos de volume de carga, na navegação
de Longo Curso, nesse segundo trimestre. O Brasil
exporta primordialmente produtos básicos
(commodities), como minério de ferro (57,1%) e soja
(18,6%).
A China é o principal destino das mercadorias
brasileiras, representando 51,7% das nossas exportações.
Já quanto às importações, o principal parceiro comercial
são os EUA, responsáveis por 23,1% da movimentação
que chega aos portos brasileiros, sendo petróleo e
derivados (28,7%) e carvão mineral (22,3%) as
principais cargas importadas no trimestre.
Tabela 4: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
País Destino Toneladas %
1º China 85.443.381 51,7%
2º Holanda 8.625.383 5,2%
3º Estados Unidos 7.013.450 4,2%
4º Malásia 6.861.080 4,1%
5º Japão 5.808.231 3,5%
6º Espanha 3.637.345 2,2%
7º Coréia Do Sul 3.362.055 2,0%
8º Singapura 3.072.548 1,9%
9º Omã 2.705.125 1,6%
10º Itália 2.411.255 1,5%
Outros Países 36.452.700 22,0%
Tabela 5: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
País Origem Toneladas %
1º Estados Unidos 8.217.086 23,1%
2º Argentina 3.377.087 9,5%
3º China 2.265.252 6,4%
4º Colômbia 1.986.504 5,6%
5º Austrália 1.741.425 4,9%
6º Rússia 1.543.784 4,3%
7º Espanha 1.380.781 3,9%
8º Argélia 1.043.164 2,9%
9º Canadá 1.025.872 2,9%
10º Bélgica 925.940 2,6%
Outros Países 12.100.435 34,0%
▲ 6,2%
▼ -19,1%
▲ 13,2%
▼ -9,6%
▲ 20,3%
▲ 885,1%
0 5 10
Contêineres
Petróleo e Derivados
Carvão Mineral
Adubos
Trigo
Veículos Automóveis
Milhões (t)
2018-II 2017-II
17
3.2. CABOTAGEM
No segundo trimestre de 2018 a navegação por
cabotagem obteve crescimento de 4,5% na
movimentação quando comparado ao mesmo período do
ano anterior. Esse percentual corresponde a 1,6 milhões
de toneladas acrescidas no trimestre, perfazendo um total
de 56,7 milhões de toneladas movimentadas de peso
bruto por esse tipo de navegação.
Quando se olha o transporte de cargas, sob a
ótica dos pares origem e destino, efetuado por navegação
de cabotagem, também foi registrada um aumento de
4,1% em relação ao mesmo período de 2017. Nesse
último caso, transportou-se no Brasil, pela cabotagem, o
total de 40 milhões de toneladas, também considerando
todos os perfis de carga.
As principais mercadorias movimentadas na
cabotagem, em participação, no segundo trimestre de
2018, foram petróleo e derivados (61,4%), contêineres
(11,0%) e bauxita (8,5%). Nota-se que das três principais
mercadorias, que representam aproximadamente 80,9%
de toda a movimentação na cabotagem, apenas o grupo
de bauxita não registrou acréscimo nesse tipo de
navegação, tendo uma queda da ordem de 29,1% no
segundo trimestre deste ano. (Figura 25).
Figura 27: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem
(%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.
No gráfico a seguir (Figura 28) é possível ver a
distribuição percentual por perfil de carga na cabotagem,
no segundo trimestre desse ano. Nesse tipo de
navegação, o granel líquido é o mais representativo, com
uma fatia de 65,9%.
Figura 28: Participação por Perfil de carga na navegação de
cabotagem (%) - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
A movimentação de contêineres na cabotagem
registrou alta de 5,4% no segundo trimestre desse ano,
quando comparado com o mesmo período de 2017. Das
principais instalações portuárias que movimentaram esse
perfil de carga na cabotagem, apresentaram alta
expressiva no segundo trimestre o Terminal Portuário do
Pecém (+79,7%), Porto Chibatão (+22,4%) e Itaguaí
(+55,9%), conforme Figura 29. Além disso, houve alta
de 6,6% nos portos públicos e de 4,8% nos portos
privados.
Figura 29: Principais Instalações portuárias na movimentação de
Contêineres na Cabotagem (em milhares de toneladas) - Comparativo
entre segundos trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP.
▲ 5,4%
▲ 5,4%
▼ -29,1%
▲ 56,2%
0 20 40
Petróleo e Derivados
Contêineres
Bauxita
Minério de Ferro
Milhões (t)
2018-II 2017-II
65,9%
16,3%
11,0%
6,8%
Granel Líquido Granel Sólido
Carga Conteinerizada Carga Geral
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
Milh
ões
(t)
2018-II 2017-II
18
3.3. NAVEGAÇÃO INTERIOR
A movimentação portuária na navegação interior
correspondeu a 18 milhões de toneladas, representando
aumento de 18,4% no comparativo dos segundos
trimestres de 2017/2018. Esse bom desempenho se deve
ao crescimento de 10,2% na movimentação de pasta de
celulose e de 768,1% na movimentação de carvão
mineral, bem como a boa performance da soja - principal
mercadoria operada nesse tipo de navegação - que
registrou aumento de 20,3% no segundo trimestre desse
ano, quando comparado ao mesmo período de 2017.
A Tabela 6 mostra a quantidade de toneladas
movimentadas, assim como a participação de cada
mercadoria na navegação interior.
Tabela 6: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Ranking Mercadorias Toneladas Market Share %
1º Soja 8.957.450 49,8%
2º Petróleo E Derivados 1.324.837 7,4%
3º Carvão Mineral 1.035.570 5,8%
4º Minério De Ferro 941.919 5,2%
5º Pasta De Celulose 854.699 4,8%
6º Semirreboque Baú 719.716 4,0%
7º Produtos Químicos Orgânicos 588.161 3,3%
8º Resíduos Da Extração Do Óleo De Soja 474.786 2,6%
9º Adubos (Fertilizantes) 406.141 2,3%
10º Bauxita 365.021 2,0%
Demais Mercadorias 2.324.765 12,9%
A maior parte das cargas na navegação interior é
movimentada em portos privados, correspondendo a
78,9% do total observado no trimestre. A Tabela 7, a
seguir, apresenta as nove principais instalações
portuárias (públicas e privadas) na movimentação de
cargas via navegação interior, que juntas totalizaram
45,0% de toda a carga movimentada nesse tipo de
navegação.
Da Tabela 7, pode-se aferir que os três portos
com maior movimentação apresentaram crescimentos
expressivos na movimentação de cargas, com destaque
para o Terminal de Santa Clara, localizado no município
de Triunfo, no estado de Rio Grande do Sul, que
apresentou um crescimento da ordem de 377,2% no
trimestre, impulsionado pelo desembarque de carvão
mineral com 941.430 toneladas.
Tabela 7. Principais instalações portuárias na movimentação na navegação interior - segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP.
Complexo Portuário UF Tonelada Crescimento Market Share
%
Santarém PA 1.268.186 ▲ 36,9% 7,0%
Terminal Graneleiro Hermasa AM 1.189.165 ▲ 8,5% 6,6%
Terminal Santa Clara RS 1.064.407 ▲ 377,2% 5,9%
Rio Grande RS 899.794 ▼ -4,5% 5,0%
Terminal de Grãos Portochuelo RO 865.297 ▲ 35,3% 4,8%
Porto Gregório Curvo MS 754.951 ▼ -9,1% 4,2%
Hidrovias do Brasil Miritituba PA 696.739 ▲ 5,5% 3,9%
Terminal Vila do Conde PA 696.596 ▼ -0,4% 3,9%
Porto Velho RO 671.558 ▼ -10,5% 3,7%
19
Ao se analisar o perfil de carga movimentada
nesta navegação, observa-se que granel sólido
(commodities) responde por 12,1 milhões de toneladas
(67,1% de participação), granel líquido com 3,2 milhões
de toneladas (17,8% de participação), carga geral com
2,5 milhões de toneladas (13,7% de participação),
enquanto que o perfil de carga em contêineres registrou
241 mil toneladas (com apenas 1,3% de participação).
Essa distribuição reafirma a grande vocação da
navegação interior para o escoamento das commodities
agrícolas e minerais, perfazendo papel importantíssimo
para o uso de novos caminhos logísticos.
Sob a ótica dos pares origem e destino, via
navegação interior foram transportadas cerca de 10,2
milhões de toneladas, o que representa uma performance
4,3% superior ao mesmo período do ano anterior.
A distribuição por Região Hidrográfica
apresenta a região amazônica com transporte de 6,1
milhões de toneladas, crescimento de 16,8% e
participação de mercado igual 48,5%, colocando-a como
o principal complexo de rios com transporte de cargas no
país. Dessas cargas, destaca-se a soja, que com 24,6% de
crescimento foi responsável pelo transporte de 4,3
milhões de toneladas no período, contribuindo com
70,8% de participação no total transportado na região
amazônica em navegação interior. O petróleo e seus
derivados somaram 573 mil toneladas transportadas e
participação de 9,3%, colaborando para o abastecimento
mais eficiente de toda a região Amazônica.
A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia é
a segunda em importância quando considerado o total
transportado a nível Brasil, com o montante de cerca de
2,7 milhões de toneladas e crescimento de 30,1%. Seu
perfil de carga também envolve o transporte de soja (2
milhões de toneladas e crescimento de 26,9%. O
principal par origem-destino dessa Região Hidrográfica
é a navegação dentro do próprio Estado do Pará.
Por fim, destaca-se a Região Hidrográfica do
Atlântico Sul, com 2,3 milhões toneladas transportadas,
com aumento da ordem de 59,8% no segundo trimestre
de 2018 frente mesmo período do ano anterior. Esta
região apresentou um crescimento expressivo no
transporte de cargas nesse trimestre em grande parte por
conta dos 1.494,9% de avanço na operação de carvão
mineral, com 941 mil toneladas e participação de 41,3%
no total transportado nessa região. Esse carvão mineral
percorre o rio Taquari, no Rio Grande do Sul, saindo do
Município de Charqueadas com destino ao município de
Triunfo, também no Rio Grande do Sul.
20
4. ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da movimentação (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP.. ............................................. 4
Figura 2: Participação por Tipo Instalação – Evolução trimestral da participação Porto x TUP (%): 2016-2018. Fonte: SDP.. ......................................... 4
Figura 3: Distribuição da movimentação de carga por tipo de instalação (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP.. ........................................................... 5
Figura 4: Participação por perfil de carga (%): 2º trimestre de 2018. Fonte: SDP. .............................................................................................................. 5
Figura 5: Evolução por tipo de mercadoria (milhões toneladas): 2014-2018. Fonte: SDP. ................................................................................................. 5
Figura 6: Evolução trimestral das principais mercadorias movimentadas no Porto de Santos (milhões de toneladas) 2014-2018. Fonte: SDP.. ................ 7
Figura 7: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Organizados (%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP. ..................................... 7
Figura 8: Movimentação de Contêineres (milhões de toneladas) participação individual dos Portos Organizados (%) . Fonte: SDP. ................................ 7
Figura 9: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados (%): Comparação Trimestral: 2017/2018. Fonte: SDP. ........................................... 8
Figura 10: Evolução da movimentação por perfil de carga nos Terminais (milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2014-2018. Fonte: SDP. ..... 9
Figura 11: Granel Sólido - Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. ..................................................... 10
Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................... 10
Figura 13: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .............................................. 11
Figura 14: Minério de Ferro – Distribuição por tipo de Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................................... 11
Figura 15: Granel Líquido – Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. ................................................... 11
Figura 16: Granel Líquido – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de toneladas) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................. 11
Figura 17: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................ 12
Figura 18: Petróleo – Distribuição por tipo de Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ................................................................. 12
Figura 19: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados (toneladas e TEUs em milhões): 2016-2018. Fonte: SDP. ............................................. 12
Figura 20: Contêineres – Distribuição em TEU por tipo de instalação portuária (%): 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................... 13
Figura 21: Evolução trimestral da participação na movimentação contêineres (TEU) nas Instalações Portuárias: 2016-2018. Fonte: SDP...................... 13
Figura 22: Contêineres – Distribuição entre as principais de instalações portuárias (%) – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ........................................ 13
Figura 23: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação Trimestral: 2016-2018 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.. .............................................. 14
Figura 24: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso (milhões de toneladas): 2016-2018. Fonte: SDP. .................................................... 15
Figura 25: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas na Exportação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017/2018. Fonte: SDP. .... 15
Figura 26: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP. ................................ 16
Figura 27: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem (%): Comparativo entre 2° Trimestres: 2017-2018. Fonte: SDP. ................................ 17
Figura 28: Participação por Perfil de carga na navegação de cabotagem (%) - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .......................................................... 17
Figura 29: Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres na Cabotagem: segundos trimestres 2017-2018. Fonte: SDP.. ................ 17
5. ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Principais Portos Organizados em Movimentação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................................................................... 6
Tabela 2: Principais Portos Privados em movimentação de cargas – 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ........................................................................... 8
Tabela 3: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 2° trimestre de 2018 (em TEUs). Fonte: SDP. ............................................................. 14
Tabela 4: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................................ 16
Tabela 5: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. ............................................................ 16
Tabela 6: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 2° Trimestre de 2018. Fonte: SDP. .................................................................. 18
Tabela 7. Principais instalações portuárias na movimentação na navegação interior - segundo trimestre de 2018. Fonte: SDP. ...................................... 18
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