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Instituições Financeiras
www.fitchratings.com.br 22 de março de 2018
Brasil
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 Metodologia Principal
Escopo
Este relatório de metodologia descreve os critérios da Fitch Ratings para atribuição de novos
ratings e monitoramento de ratings já existentes de instituições financeiras não bancárias,
incluindo empresas de valores mobiliários, gestores de investimento (incluindo companhias e
fundos de investimento), companhias de desenvolvimento de negócios (CDNs), financeiras e
empresas de leasing (incluindo Real Estate Investment Trust - sociedades de investimento
imobiliário - REITs) e instituições não bancárias com missão pública, além de companhias de
infraestrutura de mercado financeiro (IMF). Com exceção de um número limitado de
instituições financeiras com licenças bancárias, esta metodologia não se aplica a bancos,
cujos critérios de rating são descritos na “Metodologia Global de Rating de Bancos” da Fitch,
nem a companhias de seguros ou REITs de capital.
Principais Fundamentos dos Ratings
Cinco Fatores de Avaliação Individual: A menos que movido por suporte soberano,
subnacional ou institucional, o IDR (Issuer Default Rating – Rating de Probabilidade de
Inadimplência do Emissor) de uma instituição financeira não bancária é determinado pela
avaliação dos fundamentos de seu perfil de crédito. Ao avaliar o perfil individual de uma
instituição financeira não bancária, a Fitch considera cinco fatores-chave: ambiente operacional;
perfil da companhia; administração e estratégia; apetite por risco; e perfil financeiro.
Embora os três primeiros sejam relativamente comuns a todas as instituições financeiras, a
avaliação do apetite por risco e do perfil financeiro de uma instituição é mais específica ao
subsetor onde a companhia opera.
Distinção do Uso do Balanço: Nos subsetores de instituições financeiras não bancárias, a análise
da Fitch também distingue negócios com elevada e baixa utilização do balanço. Os indicadores de
lucratividade dos negócios com intenso uso de balanço focam rendimentos sobre ativos e capital,
enquanto os índices de alavancagem focam os indicadores de capitalização. Em estratégias que
demandam menor uso do balanço, as margens operacionais são um indicador comum de
lucratividade, enquanto os índices de fluxo de caixa são usados para avaliar a alavancagem.
Fatores de Suporte: A forma mais comum de suporte considerada nos ratings da Fitch de
instituições financeiras não bancárias é o suporte institucional dos controladores. Ao avaliar o
possível suporte, a Fitch considera tanto a capacidade como a propensão de o prestador de
suporte prover assistência de forma pontual. Por exemplo, os ratings de subsidiárias financeiras
cativas frequentemente são beneficiados pela alta probabilidade de suporte, pois frequentemente
fortalecem a franquia, os objetivos estratégicos e as perspectivas de receita da instituição.
Embora o suporte soberano normalmente seja um fator de rating para instituições não
bancárias com missão pública, ele não é comum em outras instituições financeiras não
bancárias, dada sua importância sistêmica mais limitada.
Riscos de Inadimplência, Perspectivas de Recuperação: Os ratings de emissões de
instituições financeiras não bancárias, como o de outros setores de finanças corporativas, refletem
a opinião da Fitch sobre o nível geral de risco de crédito ligado a compromissos financeiros
específicos, normalmente títulos. Esta opinião incorpora uma análise tanto da probabilidade de
Esta metodologia substitui a metodologia global anterior, denominada “Metodologia Global de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias”, de 10 de março de 2017.
Metodologia Aplicada
Bank Rating Criteria (março de 2018)
Para metodologias relacionadas adicionais,
veja Anexo 6.
Analistas Nathan Flanders (Global) +1 212 908-0827 nathan.flanders@fitchratings.com Meghan Neenan, CFA (América do Norte) +1 212 908-9121 meghan.neenan@fitchratings.com Mark Young (EMEA & APAC) +44 20 3530 1318 mark.young@fitchratings.com Christian Kuendig (EMEA) +44 20 3530 1399 christian.kuendig@fitchratings.com Jonathan Lee (APAC) +886 2 8175 7601 jonathan.lee@fitchratings.com Veronica Chau Rodriguez (América Latina) +52 81 8399 9170
veronica.chau@fitchratings.com
O presente documento é uma tradução do texto em inglês. Em caso de qualquer discrepância entre a tradução e o texto original em inglês, que este documento pretende refletir, deverá prevalecer o texto original, em inglês.
Uma nova versão deste relatório está disponível. Clique aqui para acessá-la. Conteúdo Escopo ................................................... 1 Principais Fundamentos dos Ratings .... 1 Sumário e Estrutura do Relatório .......... 2 III. Suporte.............................................. 2 I. Estrutura dos Ratings ......................... 4 II. Avaliação Individual ......................... 16 III. Suporte............................................ 75 IV. Ratings de Emissões ...................... 85 Anexo 1: Variações na Aplicação da Metodologia ......................................... 96 Anexo 2: Atribuindo Ratings Acima do Soberano a Instituições Financeiras Não Bancárias ............................................. 97 Anexo 3: Informações Utilizadas Para Emitir e Manter Ratings ....................... 98 Anexo 4: Utilização de Testes de Estresse e Outras Ferramentas no Processo de Rating............................ 100 Anexo 5: Sensibilidades e Limitações dos Ratings ........................................ 101 Anexo 6: Metodologias Relacionadas 103 Anexo 7: Índices e Definições de Subsetores Financeiros ..................... 104
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Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 2
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inadimplência (ou risco de “falha de desempenho”) de uma obrigação específica como de
potenciais recuperações para os credores em caso de inadimplência/falha de desempenho.
Dívida Sênior Alinhada ao IDR: Os ratings de obrigações seniores sem garantias reais de
uma instituição financeira não bancária são normalmente igualados a seu IDR de Longo Prazo,
embora sua graduação possa ser diminuída se houver profunda subordinação efetiva ou
elevada oneração do balanço.
Sumário e Estrutura do Relatório
I. Estrutura dos Ratings
A Fitch atribui ratings a emissores e emissões de instituições financeiras não bancárias e a
suas obrigações. Os dois principais ratings atribuídos a emissores são:
IDRs de Longo Prazo;
IDRs de Curto Prazo.
Em algumas circunstâncias, a Fitch também pode atribuir Ratings de Suporte (RSs) e Pisos
de Rating de Suporte (PRSs) e/ou Ratings de Contrapartes de Derivativos (RCDs) a
instituições financeiras não bancárias. Para obter definições completas dos ratings, clique aqui.
A Fitch geralmente adota a abordagem “maior dos” ao atribuir IDRs de Longo Prazo a
instituições financeiras não bancárias. Especificamente, a agência primeiro determina que
nível de IDR de Longo Prazo a instituição financeira não bancária poderia obter, de acordo
apenas com sua força financeira individual, ou unicamente com o suporte, seja de autoridades
governamentais (conforme refletido no PRS) ou institucional (normalmente, dos acionistas). A
Fitch, então (quase sempre) atribui o IDR da instituição financeira não bancária no maior
destes dois níveis, na ausência de limitações extraordinárias representadas pelo teto-país.
II. Avaliação Individual
A avaliação do perfil de crédito individual de uma instituição financeira não bancária considera
cinco fatores-chave:
ambiente operacional;
perfil da companhia;
administração e estratégia;
apetite por risco; e
perfil financeiro.
Para detalhes sobre o aspecto da avaliação individual da estrutura de ratings da Fitch, clique aqui.
III. Suporte
A fonte de suporte mais comum de instituições financeiras não bancárias são os acionistas
(suporte institucional). Por exemplo, quando uma empresa controladora tem uma subsidiária
financeira. O suporte de autoridades governamentais (suporte soberano) é menos frequente
para instituições financeiras não bancárias do que bancos, devido ao geralmente menor porte
relativo e à menor influência de uma instituição financeira não bancária no sistema financeiro
de um país. Quando existe, o suporte soberano normalmente é baseado mais no papel
político da instituição financeira não bancária e menos em sua importância sistêmica. A
opinião da Fitch sobre a probabilidade de suporte externo em caso de necessidade pode estar
refletida no RS de uma instituição financeira não bancária. Quando a agência acredita que o
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suporte mais provável é o soberano, isso também fica refletido no PRS da instituição
financeira não bancária, que indica o patamar mínimo para o qual o IDR de Longo Prazo da
entidade pode cair em relação ao suporte extraordinário assumido.
Os principais fatores de rating de suporte soberano são:
capacidade de o soberano prover suporte;
propensão de o soberano prover suporte a um setor não bancário específico;
propensão de o soberano prover suporte a instituições financeiras não bancárias
específicas.
Os principais fatores de rating de suporte institucional são:
capacidade de o controlador prover suporte;
propensão de o controlador prover suporte;
obrigações/limitações legais e regulatórias.
Para detalhes sobre a estrutura de suporte clique aqui.
IV. Ratings de Emissões
Os ratings de emissões de títulos seniores, subordinados/híbridos e de outras emissões de
títulos de instituições financeiras não bancárias incorporam uma avaliação da probabilidade
de inadimplência (ou risco de “falha de desempenho”) de uma obrigação específica e (para
títulos de dívida atribuídos a ratings de longo prazo) de potenciais recuperações para os
credores em caso de inadimplência/problemas no desempenho. Para detalhes, clique aqui.
V. Anexos
Para informações adicionais sobre aspectos específicos da metodologia de rating de
instituições financeiras não bancárias, um resumo dos parâmetros quantitativos de instituições
financeiras não bancárias e de indicadores por subsetor, além de informações sobre
determinados procedimentos de rating, clique aqui.
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I. Estrutura dos Ratings
Esta seção oferece uma visão geral dos ratings em escala internacional e nacional de
instituições financeiras não bancárias e suas emissões, indicando o que medem os diferentes
ratings, quando são atribuídos, as escalas em que são atribuídos; e como (em termos amplos)
são determinados os patamares dos ratings. Esta seção primeiramente revê os ratings do
emissor de instituições financeiras não bancárias, e depois os ratings de emissões.
As Seções II, III e IV proveem mais detalhes sobre a metodologia de atribuição de IDRs,
ratings de suporte (RSs e PRSs) e de ratings de emissões, respectivamente. Os leitores que
não desejarem rever a estrutura de ratings da Fitch em detalhes devem se dirigir a estas
seções. A seguir uma versão simplificada da estrutura de atribuição de rating.
IDR de Curto Prazo (Escala CP)
Baseado no Mapeamento do IDR LP
Dívida sênior (Escala AAA) Normalmente Equalizado ao IDR LP
Instrumentos Subordinados/Híbridos (Escala AAA) Normalmente Graduados a partir do IDR
Expectativa de Suporte?
Não Sim
Suporte Soberano?
Considerações:
• Capacidade de suporte.
• Propensão de suporte.
Estrutura de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias (Simplificada)
IDR LP — Issuer Default Rating (Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo. IDR CP — IDR de Curto Prazo.
Suporte Institucional?
Considerações:
• Capacidade de suporte.
• Propensão de suporte.
• Obrigações/limitações
legais/regulatórias.
IDR de Longo Prazo:
• O maior entre a avaliação individual
do crédito do emissor e a avaliação
do suporte institucional.
• Subsidiária Principal = Equalizado ao
IDR do controlador.
• Subsidiária estrategicamente
importante = normalmente 1 grau
abaixo do IDR do controlador.
• Subsidiária com importância limitada
= 2 ou mais graus abaixo do
controlador.
Avaliação Individual Determina o IDR de
Longo Prazo (IDR LP) (Escala AAA)
Principais fundamentos do rating :
• Ambiente Operacional
• Perfil da Companhia
• Administração e Estratégia
• Apetite por Risco
• Perfil Financeiro
• Atribui Rating de Suporte (Escala 1-5) e
Piso do Rating de Suporte (Escala AAA
ou Sem Piso).
Ratings de Emissores
IDR de Longo Prazo:
• O que for maior entre o Piso de Rating
de Suporte (PRS) ou a avaliação de
crédito de crédito individual do emissor.
• Sujeito a considerações sobre o teto
soberano.
Rating de Contrapartes de Derivativos (Escala AAA) Equalizado com ou Graduado Acima do IDR LP
Ratings de Emissões
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I.1. IDRs de Longo Prazo
O Que Avaliam
Os IDRs de instituições financeiras não bancárias, como de emissores de outros setores,
expressam a opinião da Fitch sobre a vulnerabilidade relativa de uma entidade à
inadimplência de suas obrigações financeiras. De acordo com as definições de rating da Fitch,
o risco de inadimplência analisado pelo IDR geralmente é o de que as obrigações financeiras
cuja falta de pagamento “melhor refletiria a falha não solucionada daquela entidade”.
Em uma pequena parcela de instituições financeiras não bancárias reguladas principalmente
de maneira prudencial, a Fitch considera que as obrigações cuja falta de pagamento melhor
refletem a falha irreversível normalmente são dívidas seniores com terceiros não
governamentais. Em um universo maior de instituições financeiras não bancárias, a Fitch em
geral considera que a falta de pagamento de obrigações seniores e subordinadas perante
terceiros não governamentais reflete a falha irreversível do emissor. Para a maioria das
instituições financeiras não bancárias, portanto, apenas determinados títulos híbridos que
contratualmente permitem o não desempenho going concern da instituição (por exemplo,
postergamento de cupom) estão propensos a estar fora do escopo do IDR. Para mais
detalhes, veja O Que os IDRs de Instituições Financeiras Não Bancárias Refletem: Definição
de Obrigações de Referência.
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O Que os IDRs de Instituições Financeiras Não Bancárias Refletem: Definição de Obrigações de Referência
Os IDRs de uma instituição financeira não bancária normalmente expressam a opinião da Fitch sobre o risco de inadimplência de suas obrigações seniores ou (com exceção de um pequeno número de instituições financeiras não bancárias reguladas prudencialmente) obrigações subordinadas perante terceiros não governamentais, pois, para a agência, estas normalmente são as obrigações cuja falha no desempenho melhor reflete a falha irreversível da entidade. De acordo com as definições de rating da Fitch, e em comum com emissores de outros setores, a inadimplência de uma instituição financeira não bancária pode assumir várias formas, incluindo ausência de pagamento de obrigações além do período de cura, redução do valor da dívida (bail in), troca
de dívida em situação crítica e entrada do emissor em processo de falência.
Ao considerar se a reestruturação ou troca da dívida devem ser classificadas como troca forçada de dívida, a Fitch espera que os seguintes critérios se apliquem: i) a reestruturação imponha significativa redução dos termos originais do contrato; e ii) que a reestruturação ou troca evite uma falência, insolvência similar ou intervenção (inclusive via resolução) ou uma inadimplência tradicional de pagamento.
O RS e o PRS de uma instituição financeira não bancária, quando aplicáveis, utilizam as mesmas referências, isto é, refletem a opinião da Fitch sobre se o suporte externo será suficiente para que a instituição financeira não bancária evite a inadimplência de suas obrigações seniores relevantes perante terceiros não governamentais.
O racional de definição da Fitch de obrigações referenciais para os IDRs é o seguinte:
Obrigações de Terceiros vs. Intragrupo
Normalmente, os IDRs de instituições financeiras não bancárias não avaliam o risco de inadimplência de capitalização obtida junto a entidades sob o mesmo controle (por exemplo, companhias controladoras/coligadas ou empresas não financeiras relacionadas) por três grandes razões. Primeiro, estas linhas podem não ser estendidas com as mesmas expectativas de uma oferecida a um não afiliado. Por exemplo, nem sempre se pode esperar que o tomador pague, em vez de rolar, a dívida no vencimento. Segundo, a Fitch em geral não espera um alto nível de transparência sobre a inadimplência de uma dívida intragrupo de uma entidade, ou seja, se a rolagem foi ‘voluntária’ ou ‘forçada’. Terceiro, a Fitch normalmente não considera entidades sob controle comum como as principais usuárias de seus ratings, pois em muitos casos elas têm acesso direto e privilegiado a informações sobre a condição financeira do tomador.
Credores Privados vs. Governamentais
Instituições financeiras não bancárias se financiam principalmente no setor privado, pois geralmente não têm acesso a crédito do banco central. No entanto, instituições financeiras não bancárias que, por exemplo, têm missão pública ou licença bancária , mas são consideradas pela Fitch como mais semelhantes a instituições financeiras não bancárias, podem ter acesso a recursos públicos, particularmente em períodos de crise no mercado. Quando este é o caso, os IDRs de instituições financeiras não bancárias normalmente não classificarão o risco de inadimplência das obrigações devidas aos bancos centrais e outras instituições do governo central federal. Isso reflete a relação especial entre um banco central, como credor em última instância, e emissores que se beneficiam desta forma de financiamento, e o fato de que, quando as linhas devidas a bancos centrais são roladas ou reestruturadas, provavelmente haverá forte dúvida sobre se essa reestruturação será considerada “voluntária” ou “forçada”. Além disso, normalmente será difícil determinar, em tempo hábil, se um emissor apresentou bom desempenho em relação à dívida junto ao banco central.
Diferentes Categorias de Obrigações
Em alguns casos, uma instituição financeira não bancária pode se tornar inadimplente com algumas dívidas junto ao setor privado e continuar apresentando bom desempenho em outras. Quando a Fitch considera haver patamares significativamente diferentes de risco de inadimplência em diversas categorias de passivos seniores, os IDRs se referirão à (principal) categori a com maior risco. Se uma instituição financeira não bancária se tornar inadimplente em uma categoria relevante de dívida sênior junto a um terceiro privado, mas permanecer em dia com outras, seus IDRs serão rebaixados para Restricted Default (RD - Inadimplência restrita).
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Quando São Atribuídos
Os IDRs de Longo Prazo são atribuídos a praticamente todas as instituições financeiras não
bancárias com ratings internacionais. As principais exceções são os raros casos em que
uma entidade emite apenas dívida de curto prazo e, assim, só pode ser atribuído um IDR de
Curto Prazo.
Quando a Fitch considerar útil diferenciar o nível de risco de inadimplência de obrigações em
moeda estrangeira e local, poderá atribuir IDRs de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e
Moeda Local separadamente a uma instituição financeira não bancária. Isso pode ser feito,
por exemplo, quando a agência considerar que há diferença relevante entre o risco de
inadimplência de obrigações em moedas distintas (por razões intrínsecas ou de suporte, ou
devido a um maior risco de limitações legais para servir a dívida em moeda estrangeira), ou
quando a atribuição de um IDR em Moeda Local fizer parte do processo de atribuição do
Rating Nacional de uma instituição financeira não bancária (ver Seção I.8).
Em Que Escala
Os IDRs de Longo Prazo são atribuídos na escala ‘AAA’ (veja tabela à esquerda).
Como São Determinados
A Fitch geralmente adota a abordagem “maior entre” ao atribuir IDRs de Longo Prazo a
instituições financeiras não bancárias. Especificamente, a agência primeiro determina que nível
de IDR de Longo Prazo uma instituição financeira não bancária pode atingir isoladamente (ver
Seção II, ‘Avaliação Individual’) ou apenas com base no suporte, seja soberano, das
autoridades governamentais (conforme refletido no PRS), ou institucional, normalmente dos
acionistas. A Fitch então (quase sempre) atribui IDR de Longo Prazo no mais alto desses dois
patamares, na ausência de limitações extraordinárias representadas pelo Teto-País.
Em algumas instâncias, os perfis de crédito de instituições financeiras não bancárias podem
se deteriorar relativamente rápido, enquanto em outras podem permanecer fundamentalmente
fracos por períodos relativamente prolongados (por exemplo, em países onde o rating do
soberano é baixo, embora relativamente estável). O uso dos modificadores ‘+’ ou ‘-’na faixa
‘CCC’ é mais provável para os últimos do que para os anteriores.
Caso haja suporte institucional, o IDR de Longo Prazo se baseia na opinião da Fitch sobre a
importância estratégica da entidade para seu controlador e em uma avaliação da propensão e
capacidade de o controlador prestar suporte à subsidiária. Em muitos casos, como no de
algumas financeiras cativas, a Fitch não consegue opinar sobre o rating em base individual da
instituição financeira não bancária subsidiária quando há altos níveis de integração financeira,
operacional e administrativa com a controladora. Por exemplo, se a posição da franquia da
subsidiária for altamente relacionada à do controlador e/ou o acesso da subsidiária à captação
for significativamente dependente do controlador, estes podem limitar a capacidade da Fitch
de atribuir um rating individual à subsidiária.
Se a subsidiária for pequena e seu porte não for significativo para o controlador, isto também
pode limitar a capacidade de atribuição de rating individual. Ratings individuais normalmente
não são atribuídos a instituições de desenvolvimento ou outras instituições financeiras não
bancárias cujas operações são amplamente determinadas por seu papel de missão pública
(ou seja, quando suas operações comerciais são limitadas).
Em determinadas circunstâncias, o IDR de Longo Prazo em Moeda Estrangeira de uma
instituição financeira não bancária também pode ser limitado em um patamar abaixo daquele
Escala de IDRs de Longo Prazo
Categoria Breve Descrição
AAA Mais alta qualidade de crédito
AA Qualidade de crédito muito alta
A Alta qualidade de crédito
BBB Boa qualidade de crédito
BB Qualidade de crédito especulativa
B Qualidade de crédito altamente especulativa
CCC Risco de crédito substancial
CC Níveis muito altos de risco de crédito
C Níveis de crédito excepcionalmente altos
RD Inadimplência restrita
D Inadimplente
Os modificadores ‘+’ ou ‘-’ podem ser acrescentados a um rating para denotar a situação relativa dentro das categorias de ‘AA’ a ‘CCC’. Para obter as descrições completas de cada categoria de rating clique aqui
Fonte: Fitch.
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implícito pela abordagem “maior entre”. Isso ocorre quando a avaliação individual da
instituição financeira não bancária é superior ao Teto País da jurisdição em que está
domiciliada, e o Teto País limita o IDR de Longo Prazo da instituição financeira não bancária.
O RS da instituição financeira não bancária (diferente de sua avaliação individual) já captura
as limitações (as restrições do risco de transferência e conversibilidade) refletidas no Teto
País e, desta forma, não seria atribuído em um patamar que implicasse IDR de Longo Prazo
mais alto do que o Teto País.
Em raros casos, o IDR de uma instituição financeira não bancária pode ficar acima do nível
implícito de sua avaliação individual. Isto ocorre se a instituição financeira não bancária tiver
um colchão para passivos suficiente para se classificar abaixo dos passivos de referência de
seus IDRs, que podem ser reestruturados ou reduzidos (bailed in) de modo a recapitalizar a
instituição financeira não bancária sem que os passivos de referência de seus IDRs sofram
inadimplência. Ao determinar a suficiência das reservas, a Fitch utilizará os mesmos princípios
‘qualificadores de dívida júnior’ descritos na Metodologia de Rating de Bancos.
Os IDRs em Moeda Local geralmente são considerados reflexo da qualidade de crédito da
companhia e incorporam os riscos econômico/político, de liquidez e cambial. Apesar de os
IDRs em Moeda Local medirem a probabilidade de pagamento na moeda da jurisdição, não
consideram a impossibilidade de converter moeda local em moeda estrangeira ou efetuar
transferências entre jurisdições soberanas (isto é, riscos de transferência e conversibilidade).
É importante notar que o IDR em Moeda Local incorpora a probabilidade de inadimplência de
todas as obrigações de dívida de um emissor (denominadas em moeda local e estrangeira) na
ausência dos riscos de transferência e conversibilidade. Isto leva em conta a probabilidade de
que um emissor em crise se torne inadimplente em relação a todas as suas obrigações e não
escolherá instrumentos de dívida específicos em relação aos quais se tornará inadimplente.
Assim sendo, quando um IDR ML estiver no Teto País ou abaixo, o IDR ML e o IDR ME serão
iguais, praticamente durante todo o tempo.
I.2. IDRs de Curto Prazo
O Que Avaliam
Como no caso de emissores de outros setores, os IDRs de Curto Prazo refletem a
vulnerabilidade de uma instituição financeira não bancária à inadimplência, a curto prazo. No
caso de instituições financeiras não bancárias e na maioria dos outros emissores, ‘curto prazo’
normalmente significa até 13 meses.
Quando São Atribuídos
Os IDRs de Curto Prazo são atribuídos a todas as instituições financeiras não bancárias que
têm IDRs de Longo Prazo, exceto quando um emissor não tem, e não terá, substanciais
obrigações de curto prazo. O instrumento de curto prazo mais frequentemente classificado
pela Fitch dentro de instituições financeiras não bancárias é o commercial paper (CP).
Em Que Escala
Os IDRs de Curto Prazo são atribuídos em uma escala de sete graus (veja tabela à esquerda).
Como São Determinados
Os IDRs de Curto Prazo quase sempre são atribuídos de acordo com uma tabela de
correspondência entre os IDRs de Longo e os de Curto Prazo (veja a tabela à esquerda).
Escala de IDRs de Curto Prazo
Categoria Breve Descrição
F1 Mais alta qualidade de crédito de curto prazo
F2 Boa qualidade de crédito de curto prazo
F3 Razoável qualidade de crédito de curto prazo
B Qualidade especulativa de crédito de curto prazo
C Alto risco de inadimplência a curto prazo
RD Inadimplência restrita
D Inadimplente
O modificador '+' pode ser acrescentado ao rating 'F1' para denotar qualidade de crédito excepcionalmente forte. Clique aqui para obter a descrição completa de cada categoria de ratings.
Fonte: Fitch.
Tabela de Correspondência de Ratings
Rating de Longo Prazo
Rating de Curto Prazo
De AAA a AA- F1+
A+ F1 ou F1+
A F1
A– F2 ou F1
BBB+ F2
BBB F3 ou F2
BBB– F3
De BB+ a B– B
De CCC a C C
RD RD
D D
Os modificadores "+" ou "-" podem ser anexados a uma classificação para denotar a situação relativa dentro das categorias categorias de 'AA' a 'B'. Clique aqui para obter descrições completas de cada categoria de ratings.
Fonte: Fitch.
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Quando o IDR de Longo Prazo corresponder a dois IDRs de Curto Prazo (e o IDR de Longo
Prazo for movido pelo perfil individual da instituição financeira não bancária), o IDR de Curto
Prazo normalmente será determinado com base, primeiramente, na força do perfil de liquidez
do emissor, considerando, por exemplo, seu nível de ativos de liquidez, acesso aos mercados
de capitais ou a extensão das fontes de captação de contingência (veja Seção IV.1).
Quando o IDR de Longo Prazo for movido pelo suporte, normalmente será atribuído o maior
entre os dois IDRs de Curto Prazo possíveis quando o emissor for classificado abaixo da
entidade de suporte. Isto porque a Fitch normalmente analisa a propensão de suporte como
mais certa no curto prazo.
I.3. Ratings de Viabilidade
O Que Avaliam
Apenas em raras circunstâncias se atribui Ratings de Viabilidade (RVs) a instituições
financeiras não bancárias. Os RVs são usados principalmente para avaliar o perfil de crédito
individual de uma instituição financeira não bancária, sem o benefício do suporte do governo
ou institucional. Como as instituições financeiras não bancárias normalmente não têm a
influência sistêmica de um banco, elas, em geral, não têm o potencial de receber suporte
soberano. Como resultado, a medida do perfil de crédito individual de uma instituição
financeira não bancária normalmente está incluída no IDR de Longo Prazo.
A Fitch atribui RVs a instituições financeiras não bancárias em circunstâncias limitadas. Por
exemplo, para prover transparência quando os IDRs são movidos pelo suporte soberano
externo ou quando a entidade tem características de banco (incluindo, possivelmente, licença
bancária e base de depósitos), mas a Fitch acredita que, em último caso, a metodologia de
instituições financeiras não bancárias é o principal fundamento da análise. Se um RV for
atribuído a uma instituição financeira não bancária, estará de acordo com a metodologia e os
padrões aplicáveis para determinação do perfil de crédito individual daquele tipo de entidade,
conforme descrito neste relatório. Para mais informações sobre Ratings de Viabilidade,
consulte a “Metodologia de Rating de Bancos”.
I.4. Ratings de Suporte
O Que Avaliam
Os Ratings de Suporte da Fitch refletem a opinião da agência sobre a probabilidade de uma
instituição financeira não bancária receber suporte extraordinário, caso necessário, para evitar
sua inadimplência. O suporte extraordinário normalmente vem de uma ou de duas fontes: os
acionistas da entidade classificada (suporte institucional) ou das autoridades nacionais do país
onde ele estiver domiciliado (suporte soberano). Entretanto, em algumas circunstâncias, os RSs
também podem refletir a possibilidade de suporte de outras fontes, como instituições financeiras
internacionais, governos regionais ou possíveis compradores da entidade classificada.
Em alguns casos, a Fitch pode julgar que a probabilidade de uma instituição financeira não
bancária receber suporte externo é significativamente diferente entre suas obrigações em
moeda estrangeira e local. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o soberano que é
potencial provedor de suporte contar com IDRs em Moeda Estrangeira e Local em patamares
diferentes. Nesses casos, o RS da instituição financeira não bancária e o PRS serão baseados
em obrigações com menor propensão de receber suporte (normalmente, aquelas em moeda
estrangeira), enquanto os IDRs em Moeda Estrangeira e Local da instituição financeira não
bancária podem ser atribuídos em diferentes níveis, para refletir a diferença no risco.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 10
Março de 2018
Os Ratings de Suporte não abordam, especificamente, o risco de transferência e
conversibilidade de cada jurisdição em que uma instituição financeira não bancária opera,
nem refletem os riscos de resolução específicos das jurisdições.
Quando São Atribuídos
Os Ratings de Suporte podem ser atribuídos a instituições financeiras não bancárias que a
Fitch espera serem beneficiárias de suporte soberano, subnacional ou institucional.
Em Que Escala
Os Ratings de Suporte são atribuídos em uma escala de cinco pontos, na qual ‘1’ representa
probabilidade de suporte extremamente alta e ‘5’, que não é possível confiar no suporte.
Tabela de Correspondência de Escala de Ratings de Suporte
IDR/IDR implícito baseado no Suporte (PRS ou Suporte Soberano) Probabilidade de Suporte Rating de Suporte
‘A–’ ou Acima Instituição financeira não bancária com probabilidade extremamente alta de suporte externo. O potencial provedor de suporte tem rating muito alto e propensão muito alta de oferecer suporte à instituição financeira não bancária avaliada.
1
Categoria ‘BBB’ Instituição financeira com alta probabilidade de suporte externo. O potencial provedor de suporte desfruta de rating alto, por sua vez, e tem alta propensão de ofercer suporte à instituição financeira não bancária avaliada.
2
Categoria ‘BB’ Instituição financeira não bancária com probabilidade moderada de suporte devido a incertezas sobre a capacidade e a propensão do potencial provedor de suporte de fazê-lo.
3
‘B+’ ou ‘B’ Instituição financeira não bancária com limitada probabilidade de suporte devido a significantes incertezas sobre a capacidade ou propensão de qualquer possível provedor de suporte de fazê-lo.
4
‘B–’ ou Abaixo Instituição financeira não bancária com possibilidade de suporte externo, embora não confiável. Isso pode ser devido à falta de propensão de prover suporte ou à capacidade financeira muito baixa de fazê-lo.
5
Fonte: Fitch.
Escala de Ratings de Suporte
Rating Probabilidade de Suporte Piso Mínimo do IDR de Longo Prazo
1 Uma instituição financeira não bancária com probabilidade extremamente alta de suporte externo. O potencial provedor de suporte tem rating muito alto como tal e propensão muito alta a prover suporte à instituição financeira não bancária avaliada.
A–
2 Uma instituição financeira com alta probabilidade de suporte externo. O potencial provedor de suporte desfruta de rating alto, por sua vez, e tem alta propensão de prestar suporte à instituição financeira não bancária avaliada.
BBB–
3 Uma instituição financeira não bancária com probabilidade moderada de suporte devido a incertezas sobre a capacidade e propensão do potencial provedor de suporte de fazê-lo.
BB–
4 Uma instituição financeira não bancária com limitada probabilidade de suporte devido a significantes incertezas sobre a capacidade ou propensão de qualquer possível provedor de suporte de fazê-lo.
B
5 Uma instituição financeira não bancária com possibilidade de suporte externo, embora não confiável. Isso pode ser devido à falta de propensão de prover suporte, ou à capacidade financeira muito fraca de fazê-lo.
Não maior que B–
Fonte: Fitch.
Como São Determinados
A metodologia da Fitch para avaliar a probabilidade de suporte externo a uma instituição
financeira não bancária está delineada na Seção III.1 deste relatório. A Fitch analisa a
capacidade de o soberano prestar suporte, tanto ao setor não bancário como um todo quanto
à instituição individual. A Tabela de Correspondência de Escala de Ratings de Suporte é
usada para ligar o Rating de Suporte de uma instituição financeira não bancária a seu IDR ou
PRS movidos pelo suporte institucional. A tabela pode ser lida da esquerda para a direita ou
da direita pra a esquerda, dependendo do que for determinado primeiro, o IDR/PRS ou o RS.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 11
Março de 2018
I.5. Pisos de Rating de Suporte
O Que Avaliam
Os PRSs refletem a probabilidade de uma entidade classificada receber suporte extraordinário,
caso necessário, das autoridades governamentais. Em geral, isso significa suporte de
autoridades nacionais de onde a instituição financeira não bancária está domiciliada. Em certos
casos, porém, a Fitch também pode considerar o potencial suporte de subnacionais ou de
instituições governamentais internacionais em sua avaliação, dependendo dos fatores descritos
na Seção III.1. Por isso, os PRSs não capturam o potencial de suporte institucional dos
acionistas da entidade. Os PRSs indicam o patamar mínimo para onde os IDRs de Longo Prazo
da entidade podem cair se a agência não mudar sua visão sobre o potencial suporte soberano.
Os Pisos do Rating de Suporte não abordam especificamente o risco de transferência e
conversibilidade de cada jurisdição em que uma instituição financeira não bancária opera,
nem refletem os riscos de resolução específicos das jurisdições.
Quando São Atribuídos
Os PRSs são atribuídos a instituições financeiras não bancárias quando a Fitch acredita que a
fonte mais provável de suporte extraordinário seja as autoridades governamentais, mais do que
os acionistas. Por exemplo, a Fitch pode atribuir um PRS a uma instituição financeira não
bancária que exiba importância sistêmica ou sirva como componente essencial da infraestrutura
do mercado financeiro. Eles também podem ser atribuídos quando o suporte institucional (de
acionistas) é considerado mais certo, embora a agência acredite ser útil indicar também o nível
abaixo do qual os ratings não devem cair devido ao suporte do governo.
Em Que Escala
Os PRSs são atribuídos na escala de ratings ‘AAA’. Quando não houver presunção
satisfatória de que o suporte soberano ocorrerá, será atribuído um PRS ‘Sem Piso’.
Como São Determinados
A metodologia da Fitch para avaliação da probabilidade de suporte soberano a uma instituição
financeira não bancária e atribuição de seu PRS está delineada na Seção III.1 deste relatório.
A Fitch analisa a capacidade de o soberano prestar suporte, sua propensão de sustentar o
setor não bancário específico como um todo e de prestar suporte à instituição financeira não
bancária em questão. A ‘Tabela de Correspondência da Escala de Rating de Suporte’, acima,
é utilizada para ligar o Rating de Suporte de uma instituição financeira não bancária ao seu
IDR institucional movido pelo suporte ou ao Piso do Rating de Suporte. A tabela pode ser lida
da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, dependendo de se o IDR/PRS
movido pelo suporte ou o RS é determinado primeiro.
I.6. Ratings de Contrapartes de Derivativos
O Que Avaliam
Em algumas jurisdições, os desenvolvimentos das estruturas de resolução ou de insolvência
significam que a vulnerabilidade à inadimplência de um contrato de derivativos pode ser
inferior à vulnerabilidade à inadimplência de outros passivos seniores, até mesmo aqueles
com classificações iguais. Isto pode ocorrer tanto porque os derivativos desfrutam de
preferência legal em relação à dívida sênior como por as autoridades reguladoras permitirem
tratar de forma diferente passivos classificados igualmente.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 12
Março de 2018
Os RCDs são ratings no nível dos emissores e expressam a opinião da Fitch sobre a
vulnerabilidade de uma instituição financeira à inadimplência, devido à impossibilidade de pagar
qualquer contrato de derivativos com contrapartes não governamentais. A suspensão por curto
prazo de derivativos no início de um processo de resolução não é considerada inadimplência.
A vulnerabilidade à inadimplência pode variar mesmo dentro desta classe de exposição (por
exemplo, exposições de derivativos com garantia ou derivativos liberados se tornando menos
vulneráveis à inadimplência do que os sem garantia). Os RCDs, de fato, abordam a vulnerabilidade
à inadimplência do tipo mais arriscado de exposição de contraparte, o que a Fitch assume,
tanto em conjunto como isoladamente, que será uma exposição a um derivativo sem garantia.
A menos que a Fitch explicitamente atribua ratings no nível da subsidiária estrangeira, os RCDs
se aplicam tanto a passivos significativos de derivativos domésticos como àqueles originados por
subsidiárias estrangeiras. Entretanto, eles não abordam especificamente o risco de transferência e
conversibilidade em cada uma das jurisdições estrangeiras em que uma instituição financeira
não bancária opere, nem refletem riscos de resolução específicos da jurisdição.
Quando São Atribuídos
Ao contrário dos IDRs de Longo Prazo, que são atribuídos praticamente a todas as instituições
financeiras não bancárias com ratings internacionais, a Fitch só atribui RCDs a instituições
financeiras não bancárias que possam estar sujeitas à resolução em algumas jurisdições
onde: i) a Fitch acredita que as contrapartes de derivativos podem evitar inadimplência
enquanto outros credores seniores sofrem inadimplência (por exemplo, devido a um regime de
resolução efetiva e/ou a uma clara preferência por contrapartes de derivativos e ii) um emissor
atua como contraparte relevante de derivativos, nacional ou internacionalmente, em
transações classificadas pela Fitch (por exemplo, finanças estruturadas), ou quando a agência
entende, de qualquer outra forma, que há interesse de mercado.
Tendo em vista que instituições financeiras não bancárias raramente se beneficiam de estruturas
de resolução formalizadas comparáveis às de bancos, a agência acredita que a aplicação de
RCDs a instituições financeiras não bancárias individualmente restringe-se a um pequeno número
de corretoras e revendedores e companhias de infraestrutura de mercado financeiro (IMFs).
Em Que Escala
RCDs são atribuídos na escala ‘AAA’, mas com sufixo ‘(dcr)’ (veja o quadro ao lado),
Como São Determinados
Os RCDs são ancorados ao IDR de Longo Prazo de uma entidade e estarão em linha com o
IDR de Longo Prazo da entidade, exceto nos casos a seguir.
Um RCD ficará acima do IDR de uma instituição financeira não bancária quando: i) o IDR de
Longo Prazo de uma instituição financeira não bancária for movido pelo RV ou pela avaliação
individual, ou estiver alinhado ao IDR do controlador, devido à integração. O controlador e a
subsidiária precisam estar na mesma jurisdição, e a fungibilidade do capital/liquidez
normalmente deve ser alta; ii) houver clara preferência legal por operações de derivativos de
contrapartes em relação à dívida sênior e/ou a outros instrumentos seniores (ou isto deve
ocorrer em um horizonte típico de rating); e iii) a Fitch acreditar que estes passivos seniores
(legalmente juniores) têm porte suficiente para evitar uma liquidação e absorver perdas, seja
por meios estatutários e contratuais, seja por renegociação forçada de dívida (DDE), sem
gerar inadimplência de qualquer contraparte de derivativos.
Escala de Ratings de Contrapartes de Derivativos Categoria Breve Descrição
AAA(dcr) Mais Alta qualidade de crédito
AA(dcr) Muito alta qualidade de crédito
A(dcr) Alta qualidade de crédito
BBB(dcr) Boa qualidade de crédito
BB(dcr) Qualidade de crédito especulativa
B(dcr) Qualidade de crédito altamente especulativa
CCC(dcr) Substancial risco de crédito
CC(dcr) Níveis muito altos de risco de crédito
C(dcr) Níveis de risco de crédito excepcionalmente altos
RD(dcr) Inadimplência restrita
D(dcr) Inadimplência
Os modificadores ‘+’ ou ‘-’ podem ser acrescentados a um rating para denotar a situação relativa dentro das categorias de ‘AA’ a ‘B’. Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Ao decidir atribuir graus acima, a Fitch usa os mesmos princípios de volume de
recapitalização empregados para determinar se posiciona um IDR acima da avaliação
individual do nível implícito de uma instituição financeira não bancária (consulte I.1 IDRs de
Longo Prazo: Como São Determinados). Como os IDRs, os RCDs estão sujeitos aos Tetos-
País e a outras restrições soberanas, como as relativas a risco de intervenção (conforme
descrito no Anexo 2: Atribuindo Rating a Instituições Financeiras Não bancárias Acima do
Soberano). Os RCDs são limitados a um grau acima do IDR de uma entidade quando estão
na faixa ‘BB’ ou superior, embora uma elevação possa ser maior quando os IDRs estão na
faixa ‘B’ ou abaixo.
Em alguns casos, os perfis de crédito de instituições financeiras não bancárias podem se
deteriorar relativamente rápido, enquanto em outras, podem permanecer fundamentalmente
fracos por períodos relativamente longos (por exemplo, em países onde o soberano conta com
ratings baixos, embora relativamente estáveis). O uso dos modificadores ‘+’ ou ‘-’ na faixa de
RCDs ‘CCC’ é mais provável nos últimos do que nos anteriores.
I.7. Ratings de Emissões
O Que Avaliam
Os ratings de emissões de instituições financeiras não bancárias, como os de outros setores
financeiros corporativos, refletem a opinião da Fitch sobre o nível de risco de crédito global
atrelado a compromissos financeiros específicos, normalmente títulos. Esta opinião incorpora
uma avaliação da probabilidade de inadimplência (ou do risco de “falha de desempenho” em
caso de títulos subordinados/híbridos) da obrigação específica e uma opinião sobre as
potenciais recuperações dos credores em caso de inadimplência/falha no desempenho. Os
ratings de emissões de curto prazo de instituições financeiras não bancárias, como as de
outros setores, incorporam apenas uma avaliação do risco de inadimplência do instrumento.
A falha no desempenho de títulos subordinados/híbridos de uma instituição financeira não
bancária é definida como qualquer uma dentre as seguintes:
a falta (omissão ou deferimento) de um cupom ou distribuição semelhante;
conversão contingente em um instrumento mais júnior em detrimento do investidor (sem
ser por opção do investidor);
a redução de valor, baixa, conversão ou não pagamento do principal; e
troca de dívida em situação crítica.
Escala de Rating de Recuperação
Rating Perspectivas de Recuperação Devido à Inadimplência Recuperações Históricas Típicas (%) Graduação do Rating da
Emissãoa
RR1 Excepcionais 91–100 +3
RR2 Superiores 71–90 +2
RR3 Boas 51–70 +1
RR4 Médias 31–50 0
RR5 Abaixo da média 11–30 (1)
RR6 Fracas 0—10 (2)b
Clique aqui para obter descrições completas de cada rating. a Relativo ao nível de risco de falha no desempenho.
b As definições da Fitch do RR permitem menos três graus em caso de 'RR6'. Entretanto, a Fitch não atribui ratings acima de dois graus a emissões de IFs.
Fonte: Fitch.
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Quando São Atribuídos
Os ratings de emissões podem ser atribuídos a obrigações individuais ou a programas de
dívidas de instituições financeiras não bancárias.
Em Que Escala
Emissões de instituições financeiras não bancárias com vencimento inicial de mais de 13
meses normalmente são classificadas com ratings de longo prazo, enquanto as com
vencimento inicial de menos de 13 meses geralmente recebem ratings de curto prazo. A
decisão da Fitch de classificar as emissões em escala de curto ou longo prazo também
dependerá da convenção do mercado e de regulamentações locais.
Quando uma instituição financeira não bancária (ou corporação) possui IDR de Longo Prazo
‘B+’ ou menor, a Fitch normalmente também atribui um Rating de Recuperação (RR) às
emissões da entidade classificadas na escala de longo prazo. Os RRs proporcionam maior
transparência aos componentes de recuperação nas avaliações da Fitch sobre o risco de
crédito dos títulos do emissor com ratings baixos.
Como São Determinados
Em relação a emissões de longo prazo de instituições financeiras não bancárias, a Fitch primeiro
determina a probabilidade de inadimplência/falha no desempenho da obrigação específica, que
ela mede na escala de ratings de longo prazo ‘AAA’. Isto é considerado em linha ou abaixo do
IDR de Longo Prazo do avalista, que serve como “rating âncora” para a emissão.
Tendo estabelecido o nível de risco de inadimplência/falha no desempenho da emissão, a
Fitch pode, então, ajustá-lo para cima ou para baixo, para chegar ao rating da emissão, se a
agência considerar o instrumento como tendo perspectivas de recuperação acima ou abaixo
da média. Quando as perspectivas de recuperação forem consideradas médias, o rating da
emissão estará em linha com a avaliação do risco de inadimplência/falha no desempenho. A
extensão do potencial ajuste para cima/para baixo do rating da emissão baseada nas
perspectivas de recuperação do instrumento está na tabela acima.
A abordagem da Fitch para a atribuição de ratings de emissão a diferentes classes de títulos
emitidos por instituições financeiras não bancárias está na Seção IV deste relatório.
I.8. Ratings Nacionais
O Que Avaliam
Os ratings em escala nacional são uma opinião sobre a situação creditícia de um universo de
emissores e emissões dentro de um país.
Quando São Atribuídos
Os ratings em escala nacional são mais comumente usados em países emergentes com ratings
soberanos com grau de investimento baixo ou sub-grau de investimento, em escala internacional.
Em Que Escala
Os ratings em escala nacional são atribuídos nas escalas de ratings de longo prazo (‘AAA’) e de
curto prazo (‘F1’), mas com um sufixo de país, para identificá-los como ratings em escala
nacional. Emissões fora do país carregam o sufixo do país em que a dívida foi emitida, em lugar
do sufixo do domicílio do emissor. Em alguns países de união monetária, um único sufixo pode
ser aplicado (por exemplo, o sufixo ‘zaf’ para Ratings Nacionais da África do Sul e da Namíbia).
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Março de 2018
Como São Determinados
Os ratings em escala nacional são atribuídos com base em que “os melhores créditos ou
emissores” do país são classificados como ‘AAA’ na escala nacional. Os Ratings Nacionais
são avaliados utilizando a gama completa da escala nacional com base em uma análise
comparativa dos emissores classificados na mesma escala nacional de modo a estabelecer
uma classificação relativa da situação de crédito.
A Fitch utiliza a Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias para atribuir
ratings em escala nacional a instituições financeiras não bancárias, pois ela descreve como a
Fitch avalia os fatores qualitativos e quantitativos que refletem o perfil de risco de emissores e
suas obrigações financeiras. O processo de atribuição de rating utiliza a mesma estrutura usada
para os ratings internacionais, isto é, uma combinação da análise de suporte intrínseco e externo.
A Fitch adota as seguintes etapas para atribuir ratings em escala nacional:
1) Utilizando pares internacionais e domésticos como ponto de partida, assume-se uma
análise comparativa que usa fatores qualitativos e quantitativos da Metodologia de
Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias. Este processo facilita um
posicionamento inicial e a classificação do risco de crédito relativo de emissores de
dentro do país e/ou internacionais.
2) Quando relevante, a Fitch utiliza tabelas de equivalência para assegurar as
relatividades entre emissores em escala internacional e é mantida a escala de ratings
nacionais de longo prazo, mais granular e específica do país.
3) Os ratings nacionais de curto prazo são determinados utilizando os mesmos
processo e princípios descritos na Seção I.2 deste relatório. Ratings de curto prazo
de emissões em escala nacional estão em linha com o rating nacional de curto prazo
de uma instituição financeira não bancária emissora, a não ser em circunstâncias
excepcionais (por exemplo, uma emissão específica é garantida por um terceiro).
4) Ratings de longo prazo em escala nacional de dívidas são alinhados ou recebem
graduação a partir do rating nacional de longo prazo de um emissor, utilizando a
mesma estrutura descrita na seção IV deste relatório.
A Fitch não publica navigators para ratings nacionais.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II. Avaliação Individual
Ao avaliar o perfil individual de uma instituição financeira não bancária, a Fitch considera cinco
fatores-chave: ambiente operacional; perfil da companhia; administração e estratégia; apetite
por risco; e perfil financeiro. Embora os três primeiros sejam relativamente comuns a todos os
bancos e instituições financeiras não bancárias, a avaliação do apetite por risco e do perfil
financeiro é mais específica ao subsetor em que a companhia opera.
Pode haver casos em que a avaliação do perfil de crédito de uma entidade inclua
componentes da metodologia de bancos e da instituição financeira não bancária. Por
exemplo, várias entidades não bancárias se transformaram em holdings de
bancos/financeiras e/ou adquiriram subsidiárias de bancos desde o início da crise financeira,
na tentativa de acessar captação mais estável via depósitos. Exemplos incluem companhias
de cartão de crédito, de financiamento de veículos, de crédito comercial e corretoras-
distribuidoras. Nestas circunstâncias, a Fitch considera como o perfil de crédito da entidade
se compara ao de bancos e instituições financeiras não bancárias que desempenham
atividades semelhantes. Em todo caso, a Fitch geralmente indica a metodologia principal no
respectivo Comunicado de Ação de Rating e, quando relevante, no Rating Navigator.
Todos os fatores são amplamente relevantes para determinar o perfil de risco de crédito
individual de uma instituição financeira não bancária, mas sua importância relativa pode variar
de uma instituição para outra, dependendo dos ambientes operacionais e das especificidades
das instituições e podem mudar com o tempo. A Fitch não atribui pesos fixos a cada fator; em
lugar disso, atribui a importância relativa de cada fator de rating ao determinar o perfil de risco
de crédito individual de uma determinada instituição. O indicador da importância relativa,
como um indicador da tendência/perspectiva para cada fator importante de rating e cada
subfator do perfil financeiro geralmente são publicados pela Fitch em seus Rating Navigators.
Principais Considerações do Quadro de IDRs
Empresas de Títulos
Gestores de Investimento
a
Managersa BDCs
Financeiras e Empresas de Leasing
b FMIs
Ambiente Operacional Rating Soberano, Ambiente Econômico e de Negócios, Desenvolvimento do Marcado Financeiro, Quadro Legal e Regulatório
Perfil Corporativo Franquia, Modelo de Negócios, Estrutura Organizacional
Administração e Estratégia Qualidade da Gestão, Governança Corporativa, Objetivos Estratégicos, Execução
Apetite por Risco
Risco Operacional Risco Operacional (GIs,
FIs)/ Padrões de Subscrição (EIs)
Padrão de Subscrição
Padrão de Subscrição Riscos Peracionais,
Reputacionais e Legais
Controles de Risco Controles de Risco Controles de Risco Controles de Risco N/Ac
Crescimento
Risco de Mercado Risco de Mercado e de
Contraparte Risco de Mercado Risco de Mercado
Gerenciamento do Risco de Contraparte
Perfil Financeiro
Qualidade de Ativos Desempnho de Ativos
(GIs, EIs, FIs) / Qualidade de Ativos (EIs)
Qualidade de Ativos Qualidade de Ativos Exposição à Contraparte
Receita e Lucratividade
Capitalização e Alavancagem
Captação, Liquidez e Cobertura
aInclui gestores de investimentos tradicionais e alternativos (GIs), empresas de investimento (EIs) e fundos de investmento (FIs).
bInclui trusts de investimento
imobiliários. cNão significa que os cnotrles de riscos são desconsiderados, mas que a análise é feita de acordo com as seções “Riscos Operacionais, Reputacionais e
Legais” e “Gerenciamento de Risco da Contraparte.
Fonte: Fitch.
A avaliação da Fitch sobre o ambiente operacional da instituição financeira não bancária
normalmente tem influência significativa sobre sua análise de outros fatores de crédito. Isto
porque o ambiente operacional pode impactar, por exemplo, a vulnerabilidade da qualidade dos
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Março de 2018
ativos e o capital de uma instituição financeira não bancária, a sustentabilidade de seus
resultados e a estabilidade de sua captação. O ambiente operacional também pode afetar as
avaliações de fatores não financeiros, como a qualidade da franquia de uma instituição
financeira não bancária (perfil da companhia), a capacidade de executar sua estratégia
(administração e estratégia) e os riscos associados aos padrões de subscrição (apetite por risco).
O ambiente operacional atuará, normalmente, como limitação ao rating de crédito individual e a
outros scores dos principais fatores de rating, além dos casos em que uma instituição financeira
não bancária demonstre capacidade de se isolar do ambiente em que opera.
Para cada fator de rating, a Fitch provê matrizes de categoria de subfatores/rating que
proporcionam características representativas daquela categoria de rating. Estas
características não são necessariamente uma revisão exaustiva e determinante do fator ou
subfator. Por exemplo, a instituição financeira não bancária pode atender a algumas das
características associadas a mais de uma categoria ou algumas características podem não se
aplicar de modo algum, devido às especificidades do perfil da instituição. Nesses casos, a
Fitch aplicará a categoria que se enquadrar melhor.
A estrutura de avaliação individual considera cinco fatores-chave:
ambiente operacional;
perfil da companhia;
administração e estratégia;
apetite por risco e
perfil financeiro.
Os quatro primeiros são predominantemente qualitativos, embora medidas quantitativas sejam
consideradas quando disponíveis e relevantes, como dados econômicos (ambiente
operacional), participações de mercado e presença do negócio (perfil da companhia) e
estruturas dos limites (gestão de risco). Estes fatores qualitativos, individualmente ou
combinados, formam o contexto no qual os indicadores financeiros quantitativos são
considerados. Mais detalhes podem ser encontrados nas seções a seguir.
A estrutura de avaliação de fatores e subfatores da Fitch se baseia na consideração de
atributos ‘principais’ e ‘complementares’. Os principais estão presentes na análise de todas ou
da maior parte das instituições financeiras não bancárias e em grande parte das
circunstâncias. Os complementares estão presentes em algumas, embora não em todas as
circunstâncias. Todos os atributos são considerados na aplicação da metodologia, mas
quando um atributo não está presente, ou é insignificante para o perfil de crédito, sua
contribuição para a análise será limitada ou inexistente. A materialidade e influência de cada
atributo na análise de cada fator e subfator varia de uma instituição para outra. Um atributo
complementar pode ter alta influência na análise individual, particularmente se o fator de
rating ao qual o atributo está ligado é um importante fator de rating.
Referências de Páginas por Fator-Chave de Rating e Subsetor de IFNB
Ambiente Operacional
Perfil da Companhia
Administração e Estratégia
Apetite por Risco Perfil Financeiro
Empresas de Valores Mobiliários 17–20 21–23 23–26 27–29 46–50
Gestores de Investimentos 17–20 21–23 23–26 30–32 51–55
Companhias de Desenvolvimento de Negócios (CDNs) 17–20 21–23 23–26 33–35 56–60
Financeiras e Empresas de Leasing 17–20 21–23 23–26 36–37 61–67
Companhias de Infraestrutura do Mercado Financeiro (IMFs) 17–20 21–23 23–26 38–39 68–71
Fonte: Fitch.
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Neste relatório de metodologia, a Fitch divide o universo de instituição financeira não bancária
em cinco subsetores, mas reconhece que pode haver emissores cujo modelo de negócio se
estende por diferentes subsetores ou fica fora destes. Nestes casos, a Fitch pode utilizar uma
abordagem analítica híbrida ou customizada, que será esclarecida no Comunicado de Ação
de Rating sobre o emissor.
Os cinco subsetores de instituições financeiras não bancárias são: empresas de valores
mobiliários, gestores de investimento, CDNs (que existem apenas nos EUA), financeiras e
empresas de leasing e IMFs. As financeiras e companhias de leasing incluem REITs
hipotecárias, compradores de dívida (empresas que adquirem carteiras de ativos
inadimplentes ou créditos em atraso) e principalmente instituições não bancárias com fins
públicos. As IMFs incluem bolsas, câmaras de compensação e distribuidoras de títulos e
valores mobiliários (DTVMs) não bancárias.
O subsetor de gestores de investimento inclui gestores de investimento tradicionais e
alternativos, companhias de investimento e fundos de investimento. Os gestores de
investimentos tradicionais e alternativos administram principalmente ativos de terceiros e, por
conseguinte, em geral assumem limitado risco de balanço, ao mesmo tempo em que
acumulam receita por meio de taxas de administração.
As companhias de investimento normalmente empregam capital permanente para assumir o
risco dos investimentos/balanços enquanto procuram gerar valor por meio da valorização dos
ativos e dividendos e de receita de intermediação. As companhias de investimento
relativamente concentradas (de cinco a dez investimentos), com capacidade de exercer
alguma influência sobre gestoras de carteiras e detentoras de períodos de retenção de
investimentos que normalmente se estendem por vários anos, podem ser classificadas pelo
grupo de Finanças Corporativas da Fitch de acordo com a metodologia “Investment Holding
Companies Rating Criteria”. A magnitude dos investimentos de instituições financeiras
também pode influenciar na aplicação da “Metodologia de Rating de Instituições Financeiras
Não Bancárias” ou da “Investment Holding Companies Rating Criteria”.
Os fundos de investimento também investem capital próprio e assumem o risco dos
investimentos/balanço associados, mas normalmente são veículos abertos sujeitos a risco de
resgate que buscam obter retornos basicamente por meio de ganhos de trading em um
horizonte de investimento menor. Na prática, o principal tipo de fundo de investimento ao qual
esta abordagem analítica se aplica são os fundos de hedge abertos, mas ela pode também
abranger fundos de pensão e fundos soberanos em busca de lucro, que podem ter patamares
relativamente mais baixos de obrigações financeiras de curto e médio prazo e, como resultado,
horizontes de investimentos de prazo mais longo do que outros fundos de investimento.
Também podem contribuir para um mix de receitas mais amplo desses fundos de
investimentos, incluindo valorização de ativos realizada/não realizada, dividendos e receita de
juros, além de receita de “trading”.
Fundos de investimento fechados amplamente diversificados, com marcos
regulatórios/estruturais mais definidos, maior liquidez de ativos e/ou rotatividade mais
frequente de investimentos normalmente são classificados pelo grupo de Fundos & Gestores
de Recursos da Fitch, com base na metodologia “Closed-End Funds and Market Value
Structures Rating Criteria”, disponível em www.fitchratings.com.
O quadro “Estruturas Analíticas de Gestores de Investimentos, Companhias de Investimento e
Fundos de Investimento” resume os diferentes modelos de negócio do subsetor de gestores
de investimento e a metodologia de rating aplicável.
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Estruturas Analíticas para Gestores, Companhias e Fundos de Investimento
Fundos Fechados e Estruturas de Valor de Mercado
Gestores de Investimentos Tradicionais
Gestores de Investimentos Alternativos
Fundos de Investimento
Companhias de Investimento
Companhias Holding de Investimentos
Entidades Públicas
Estr
utu
ra A
nalí
tic
a Grupo Analítico
da Fitch
Fundos & Gestores de Recursos
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras
Corporates Finanças Públicas Internacionais e Corporates
Metodologia Aplicável Closed-End Funds and Market Value Structures Rating Criteria
Metodologia Global de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia Global de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia Global de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia Global de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Investment Holding Companies Rating Criteria
Government-Related Entities Rating Criteria
Principal Objetivo Lucro Lucro Lucro Lucro Lucro Lucro Orientado para Políticas
Mo
de
lo d
e N
eg
ócio
Risco do Balanço Alto Baixo Baixo a Médio Alto Alto Alto Alto
Principais Fontes de Receita
Valorização de ativos, dividendos e de receita de intermediação realizada/não realizada
Base de taxas de administração
Base e desempenho das taxas de administração
Ganhos de Trading
Valorização de ativos, dividendos e de receita de intermediação realizada/não realizada
Valorização de ativos, dividendos e de receita de intermediação realizada/não realizada
Valorização de ativos, dividendos e de receita de intermediação realizada/não realizada
Risco de Resgate Baixo Alto Baixo Espectro Total Nenhum Nenhum De Limitado a Nenhum
Força da Estrutura Regulatória
Espectro Total Forte Forte Modesta Modesta a Forte Modesta a Forte
Modesta a Forte
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Grau de Diversificação da Carteira
Espectro Total Alto a Muito Alto Alto a Muito Alto Total Total Baixo a Médio Alto a Muito Alto
Grau de Liquidez dos Ativos
Espectro Total Alto a Muito Alto Baixo a Médio Total Total Total Total
Horizonte Típico de Investimentos
Espectro Total Curto a Médio Médio a Longo Total Médio a Longo Longo a Permanente
Longo a Permanente
Influência Estratégica nas Companhias de Carteiras
Baixa Baixa a Média Alta a Muito Alta Baixa a Média Média a Alta Média a Alta Média a Alta
Fonte: Fitch
Uma avaliação do ambiente operacional, do perfil da companhia, da administração e da
estratégia é bastante comum em diferentes subsetores (como em bancos), embora haja
algumas nuances, delineadas abaixo. Por outro lado, as avaliações do apetite por risco e do
perfil financeiro de uma instituição financeira não bancária podem diferir por setor, de forma
que estes fatores são divididos em cinco subcategorias.
II.1 Avaliação do Ambiente Operacional
A avaliação da Fitch sobre o ambiente operacional de uma instituição considera os seguintes
subfatores:
rating soberano;
ambiente econômico e de negócios;
desenvolvimento do mercado financeiro; e
estrutura regulatória e legal.
Importância Desta Avaliação
O primeiro passo da análise da Fitch do perfil de crédito individual é uma revisão do ambiente
operacional da instituição, pois isso estabelece a faixa dos possíveis IDRs. O ambiente
operacional, em grande parte, serve como fator restritivo do IDR, pois é raro que um IDR seja
atribuído substancialmente acima da avaliação do ambiente operacional, por mais que o
emissor esteja bem em outros fatores ou subfatores.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 20
Março de 2018
Rating Soberano
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Limite do Rating Soberano Principal O rating soberano frequentemente atua como limite efetivo para o nível máximo dos IDRs em uma jurisdição, devido à deterioração do ambiente operacional que normalmente acompanha uma inadimplência soberana. O risco de inadimplência soberana também pode influenciar diretamente o acesso das instituições financeiras não bancárias a captação e seu custo. Entretanto, em casos limitados, nos quais uma instituição financeira não bancária conta com um perfil geral de crédito muito forte (no contexto doméstico) e, em particular, um perfil de captação robusto, o IDR pode ficar acima do rating soberano. A diversificação geográfica internacional das atividades de negócios também pode servir de base para um rating mais alto do que o do soberano. Consulte o Anexo 2 para mais detalhes.
Divergência Entre Rating Soberano e Ambiente Econômico
Complementar Também é bem possível para a avaliação global do ambiente operacional que os IDRs das instituições financeiras não bancárias no país sejam significativamente bem mais baixos do que o rating soberano. Isto pode ocorrer, por exemplo, quando o ambiente econômico das instituições financeiras não bancárias for relativamente fraco, mas o rating soberano é sustentado por fatores específicos das finanças públicas e do balanço do soberano.
Divergência Entre Domicílio e Atividade do Negócio
Complementar Para determinadas instituições financeiras não bancárias, a avaliação do rating soberano pode ser mais alta ou mais baixa do que o rating soberano de sua jurisdição principal. Por exemplo, os locadores de aeronaves podem estar domiciliados em determinadas localidades para fins de impostos, mas possuir uma carteira de aeronaves dispersa entre locatários de vários países. Nestes casos, a Fitch considera quaisquer concentrações geográficas e a portabilidade do colateral, conforme a legislação local. O mesmo pode se aplicar a diversos gestores de investimento, companhias de investimento e fundos de investimento se os fundos que eles administram, os ativos em que investem ou os investidores aos quais atendem estiverem em ambientes operacionais mais favoráveis ou houver ativos ring-fenced ou fluxos de caixa que suportem fortemente as obrigações classificadas.
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementar (para companhias de infraestrutura de mercado financeiro)
A avaliação do rating soberano provavelmente terá menos influência sobre as IMFs em relação a bancos e outras instituições financeiras não bancárias, tendo em vista que muitas IMFs normalmente não estão significativamente expostas a soberanos, por deterem notas ou colocações junto a bancos centrais. De muitas formas, as IFMs podem atuar como utilitários financeiros, que provavelmente não serão significativamente afetados por estresses soberanos. Na verdade, o desempenho de determinados subsetores de IMFs, como casas de câmbio, podem ser contracíclicas ao perfil de crédito do soberano, pois pode haver maior atividade de “trading” em períodos de estresse. Como resultado, a IMF pode receber um rating acima do rating soberano, exceto principalmente quando a IMF detém a maioria do seu balanço ou fundo de garantia em títulos soberanos, caso no qual o rating soberano pode ter influência mais alta.
Fonte: Fitch.
Na avaliação do ambiente operacional, a Fitch incorpora tanto o risco soberano, como os
riscos mais amplos do país em relação a ter negócios em uma jurisdição em particular.
Entretanto, não captura os riscos de conversibilidade e transferência, que são refletidos
separadamente nos tetos-país atribuídos pela agência. No caso de instituições que operam
em múltiplas geografias, as avaliações dos subfatores e do ambiente operacional global terão
uma visão mista das diferentes jurisdições.
Uma avaliação do ambiente econômico e da estrutura regulatória e legal da instituição
financeira não bancária pode não se alinhar com a de um banco localizado na mesma
jurisdição e diferir entre as categorias de instituições financeiras não bancárias. Além disso, o
exame regulatório de bancos em todo o mundo é bem mais robusto do que a regulamentação
dos subsetores de instituições financeiras não bancárias.
As tabelas a seguir identificam os atributos do ambiente operacional que a Fitch definiu como
“principais” versus “complementares”, juntamente a uma indicação de como cada atributo
normalmente é avaliado. A matriz da categoria do subfator/categoria de rating que o
acompanha pode fornecer características representativas que auxiliam na determinação do
score geral de fatores atribuído em cada caso.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 21
Março de 2018
Ambiente Econômico e de Negócios
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Variáveis, Projeções e Julgamentos Econômicos
Principal A opinião da Fitch sobre o ambiente econômico reflete projeções e julgamentos do Grupo de Soberanos sobre a economia e a opinião da agência sobre as variáveis macroeconômicas que podem afetar as forças fundamentais do crédito de uma instituição financeira não bancária. Elas podem incluir o estágio de desenvolvimento econômico, as expectativas de crescimento, a alta do crédito privado e perspectivas de emprego e demográficas. O grau em que as específicas variáveis podem ser relevantes e significativas variam em cada jurisdição.
Especificidades do Setor ou Subsetor
Principal A Fitch também considera a sensibilidade de um setor ou subsetor a mudanças no clima econômico de onde opera. Alguns setores são mais influenciáveis por alterações cíclicas no ambiente econômico mais amplo (por exemplo, leasing de aeronaves), enquanto outros podem ter bom desempenho em diferentes cenários de mercado (por exemplo, gestão alternativa de investimentos). Ainda assim, outros negócios podem ser altamente sensíveis a indicadores específicos, como taxas de juros (por exemplo, servicing de hipotecas). Nem todas as instituições financeiras não bancárias de um país recebem a mesma categorização segundo este fator, uma vez que os diferentes subsetores podem responder de modo bastante diferente às tendências econômicas. Além disso, cada avaliação terá uma visão distinta sobre o ambiente operacional em relação a instituições que operam em múltiplas geografias. O ambiente econômico, que também influencia o rating soberano, é considerado separadamente, pois é apenas um fator influenciando o rating soberano e é possível que os dois sejam avaliados em patamares significativamente diferentes.
Movimento dos Preços dos Ativos, de Commodities e de Mercado
Complementar A Fitch considera mudanças nos preços de residências e propriedades, de ações, taxas de juros e de câmbio para identificar um potencial estresse oriundo da criação de risco. Quando uma forte dolarização da economia cria desequilíbrio cambial, a Fitch avalia a capacidade de o sistema efetivamente administrar e atenuar o risco.
Fonte: Fitch.
Estrutura Regulatória e Legal
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Robustez e Eficácia da Estrutura
Principal A avaliação da estrutura regulatória e legal considera como a legislação da instituição financeira não bancária, os padrões contábeis e a estrutura legal se comparam às práticas internacionais, assim como a intenção dos reguladores de intervir e fazer cumprir leis e regulamentações. A estrutura regulatória e legal de uma jurisdição normalmente é proporcional a seu ambiente operacional em geral e ao estágio de amadurecimento e, por isso, normalmente é neutra para a avaliação do ambiente operacional global.
Padrões Nacionais Versus Internacionais
Complementar Se a legislação relevante e/ou sua implementação, incluindo a intenção dos reguladores de intervir e fazer cumprir leis e regulamentos, são bem mais fracas do que a prática internacional ou a implementação é relativamente lenta, isto será considerado um ponto fraco.
Padrões de Auditoria e Contabilidade
Complementar Esta análise também considera a estrutura contábil geral empregada (IFRS ou USGAAP), a eficácia da auditoria e a frequência e robustez dos relatórios necessários. Nos casos em que os padrões de auditoria ou contábeis ou sua observância às exigências de relatórios legais são mais fracos do que a prática internacional, isto resultará em um score mais baixo da Estrutura Regulatória & Legal.
Direitos dos Credores
Complementar A avaliação da estrutura regulatória e legal considera o grau em que a legislação nacional protege apropriadamente o credor e aplicação dos direitos dos credores na medida em que se relacionam aos direitos dos credores de uma instituição financeira não bancária. Deficiências na estrutura legislativa podem afetar a capacidade de uma instituição financeira não bancária fazer seus direitos como credor serem cumpridos e estão refletida na avaliação da Qualidade dos Ativos.
Desenvolvimento do Mercado Financeiro
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Porte e Estrutura do Sistema Financeiro
Principal Mercados financeiros de grande porte, saudáveis e altamente desenvolvidos, tudo o mais permanecendo igual, resultarão em score mais elevado de Desenvolvimento do Mercado Financeiro, uma vez que este poderá servir de base para a franquia de uma instituição financeira não bancária. Por outro lado, mercados financeiros pequenos, em desenvolvimento ou altamente difusos, podem resultar em score mais baixo de Desenvolvimento do Mercado Financeiro, pois uma instituição financeira não bancária pode ser impossibilitada de gerar qualquer vantagem competitiva discernível ou economias de escala. Uma estrutura de mercado oligopolista pode ajudar a proteger a franquia ou a posição de mercado de uma instituição financeira não bancária ou criar um obstáculo material a novos participantes.
Profundidade e Liquidez dos Mercados de Capitais Nacionais
Principal Um mercado de capitais profundo e líquido apoia a estabilidade do mercado e resultará, normalmente, em scores mais altos de Desenvolvimento do Mercado Financeiro. Um mercado de capitais subdesenvolvido, em termos de escala e/ou liquidez de mercado, resultaria, de modo geral, em scores mais baixos de Desenvolvimento do Mercado financeiro.
Suporte do Banco Central ao Mercado
Complementar O suporte do banco central e de um credor em última instância confiável, previsível e transparente para um sistema bancário normalmente é neutro para o Desenvolvimento do Mercado Financeiro. Quando medidas ou opções de suporte comuns disponíveis para o sistema financeiro através do Banco Central são limitadas ou opacas ou quando há dependência em relação ao banco central para a liquidez circular no sistema ao longo do ciclo do negócio, os scores de Desenvolvimento do Mercado Financeiro são mais baixos.
Estrutura Institucional para Sustentar o Funcionamento do Sistema Financeiro
Complementar A existência de estruturas institucionais para sustentar o funcionamento tranquilo do sistema financeiro, como um birô de crédito ou um esquema de proteção a depositantes, será neutra ou positiva para o score de Desenvolvimento do Mercado Financeiro. A falta de qualquer estrutura institucional efetiva será, de modo geral, proporcional a um score mais baixo de desenvolvimento do mercado financeiro. Por exemplo, o grau em que uma câmara de compensação ou CDN não tem capacidade para deter um penhor de primeiro grau em um colateral de contraparte, no caso de inadimplência da contraparte pode ser considerado uma limitação.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Estrutura Regulatória e Legal (continuação)
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Governança Complementar A Governança Corporativa é avaliada em bases sistêmicas e em base específica do emissor. Pontos fracos sistêmicos dignos de nota, como a influência adversa do estado no sistema financeiro e no funcionamento do setor privado, terão impacto negativo na avaliação da estrutura regulatória e legal.
Restrições Regulatórias ao Perfil Operacional/Financeiro
Complementar (para CDNs)
As CDNs estão sujeitas a uma variedade de exigências regulatórias, conforme ditadas pela Lei das Companhias de Investimento de 1940 (Lei 40), e a Fitch pondera cuidadosamente o impacto de cada uma em sua avaliação do setor. Uma exigência de 200% de cobertura dos ativos, que efetivamente limita a alavancagem do balanço para 1,0 vez, é favorável. Entretanto, a maioria das CDNs são tratadas como Companhias de Investimento Reguladas (CIRs) para fins tributários, o que limita a retenção de capital e é considerado negativo pela Fitch.
Legislação Tributária
Complementar (no caso de REITs hipotecárias)
No caso de financeiras que escolheram ser REIT de acordo com o código tributário do US Internal Revenue Service dos EUA (como REITs hipotecárias incluindo REITs de imóveis comerciais, residenciais e híbridos), a Fitch considera o impacto da legislação tributária federal dos EUA. Ou seja, as REITs hipotecárias nos EUA são beneficiadas por tratamento favorável de impostos, uma vez que não pagam imposto de renda sobre a parcela de lucro tributável paga como dividendos a acionistas. Por outro lado, as necessárias distribuições de dividendos enfraquecem a capacidade de retenção de capital das REITs em relação a outras instituições financeiras que não têm essa exigência.
Especificidades do Modelo de Negócio
Complementar Em geral, na opinião da Fitch, as estruturas regulatória e legal das instituições financeiras não bancárias são mais fracas do que aquelas relativas a bancos, tendo em vista que os bancos estão sujeitos a várias regras e regulamentações em escala local e internacional. Embora a amplitude e a profundidade da regulamentação bancária tenha um custo, ela efetivamente proporciona uma instância independente de supervisão, que cobra indicadores quantitativos, como adequação de capital, além de exigências relativas à gestão de risco e suficiência de infraestrutura.
Fonte: Fitch.
Ambiente Operacional AAA AA A BBB BB B CCC e abaixo
Rating Soberano Em linha com o rating soberano
Ambiente Econômico e de Negócios
Opera principalmente em um setor altamente estável de uma economia economia
bastante avançada ou em economias avançadas com alto grau de transparência. O setor tem é muito resiliente a choques econômicos.
Opera principalmente em um setor muito estável e em economia ou economias
avançadas, com alto grau de transparência. O setor tem alto grau de resiliência a choques econômicos.
Opera em um setor estável e em importante economia ou economias, com bom grau de
transparência. O setor tem bom grau de resiliência a choques econômicos.
Opera em um setor moderadamente estável e em economia ou economias com
razoável grau de transparência. O setor pode ser menos avançado, mas ter um razoável grau de resiliência a choques econômicos.
Opera principalmente em um setor menos estável e em economia ou
economias menos avançadas. A transparência pode ser limitada. O principal setor pode ser menos avançado e/ou suscetível a mudanças adversas e a choques econômicos domésticos ou internacionais.
Opera em um setor volátil e em economia menos avançada. A transparência é
limitada. O setor principal é altamente suscetível a mudanças nos choques econômicos domésticos ou internacionais.
Ambiente do setor e econômico instável. A transparência é
mínima. O setor é altamente suscetível a alterações até mesmo moderadas na situação econômica doméstica ou internacional.
Desenvolvimento do Mercado Financeiro
Setor financeiro grande, saudável e bastante avançado. Mercados de capitais bastante profundos e líquidos. Barreiras a entrada muito altas. avançados.
Setor financeiro grande, saudável e bem desenvolvido. Mercados de capitais profundos e muito líquidos. Barreiras a entrada altas.
Setor financeiro saudável e desenvolvido. Mercados de capitais relativamente profundos e líquidos. Barreiras a entrada significativas avançados.
Setor financeiro saudável, mas não desenvolvido. Mercados de capitais desenvolvidos, mas não profundos. Barreiras a entrada moderadas.
Setor financeiro difuso, com limitadas barreiras de entrada. Mercados de capitais não completamente desenvolvidos. Barreiras a entrada limitadas.
Setor financeiro bastante difuso, sem barreiras de entrada. Mercados de capitais menos desenvolvidos. Barreiras a entrada baixas.
Setor financeiro muito difuso, sem barreiras de entrada. Mercados de capitais podem ser pouco desenvolvidos.
Estrutura Regulatória e Legal
Ambiente regulatório altamente desenvolvido e transparente. A legislação e as regulamentações são aplicadas de forma muito efetiva.
Ambiente regulatório é muito desenvolvido e transparente. A legislação e as regulamentações são aplicadas de forma efetiva.
Ambiente regulatório é desenvolvido e transparente. A legislação e as regulamentações são aplicadas.
Ambiente regulatório é menos desenvolvido, com nível de transparência aceitável. A aplicação da legislação e das regulamentações pode ser menos efetiva ou transparente.
O ambiente regulatório está em desenvolvimento. Os relatórios financeiros e a aplicação das regulamentações são relativamente menos transparentes.
Ambiente regulatório é subdesenvolvido ou está em desenvolvimento, com transparência mínima. Dificuldades com a aplicação da legislação e das regulamentações.
Falta transparência aos relatórios financeiros e aplicação das regulamentações.
Ambiente regulatório é subdesenvolvido, com transparência limitada.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 23
Março de 2018
II.2 – Avaliação do Perfil da Companhia
Na avaliação do perfil da companhia, a Fitch considera os seguintes subfatores:
franquia;
modelo de negócio; e
estrutura organizacional.
Importância desta Avaliação
A avaliação da franquia, do modelo de negócios e da estrutura organizacional de uma
companhia ajudam a identificar os tipos de riscos de negócios que uma instituição pode
enfrentar, juntamente com sua capacidade de salvaguardar ou defender negócios e
resultados e ganhar negócios através de uma análise de forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças competitivas no longo prazo.
A avaliação do perfil da companhia normalmente é condicionada e, por vezes, limitada, pela
análise do ambiente operacional, a não ser que a Fitch acredite que o perfil de negócios da
instituição financeira não bancária está isolado dos efeitos do ambiente operacional. Nesse
contexto, o perfil da companhia é determinado em um nível que reflete principalmente a força
e a qualidade de sua franquia e a estabilidade de seu modelo de negócios.
As tabelas a seguir identificam os atributos do perfil da companhia que a Fitch define como
‘principais’ versus ‘complementares’, junto a uma indicação de como cada atributo
normalmente é avaliado. A matriz do subfator/categoria de rating que o acompanha oferece as
características representativas que auxiliam na determinação do score geral de fatores de
cada caso.
Franquia
Atributo Principal versus Complementar Descrição
Participações de Mercado
Principal A franquia de uma instituição financeira não bancária normalmente está refletida nas participações de mercado de seus principais produtos. O valor da franquia é avaliado de acordo com o que for mais relevante (global, nacional ou regionalmente), considerando o porte do mercado em que a instituição financeira não bancária opera e sua posição neste mercado. Participações relativamente pequenas, principalmente em grandes mercados, não são necessariamente negativas para a análise e podem ser compensadas por vantagem competitiva sustentável e pelo desempenho estável dos principais produtos e segmentos de cliente. Uma grande participação em um mercado pequeno pode ser positiva para a avaliação, desde que não seja limitada pela força ou qualidade do próprio mercado ou pela avaliação do ambiente operacional em questão.
Posição Competitiva
Principal A posição competitiva de uma instituição financeira não bancária em relação aos pares pode ser evidente na liderança e no poder de precificação do produto, assim como refletir barreiras significativas a entrada. A liderança do produto normalmente será em função da escala, quando se tratar de produtos financeiros tradicionais, e também pode refletir vantagens tecnológicas e eficiência (ou deficiências), em relação aos pares. No caso de produtos de nicho ou ofertas, a liderança pode estar refletida nas “tabelas de fornecedores” (“league tables.”)
Massa Crítica Complementar É improvável que o porte, isoladamente, seja um fundamento para a avaliação do perfil de uma companhia, mas pode afetar o poder de precificação e as relações com os clientes. Instituições financeiras não bancárias às quais falte massa crítica provavelmente terão scores mais baixos.
Relações com Clientes
Complementar A Fitch considera a natureza das relações com os clientes e o grau em que o alcance do produto e/ou a especialização como principal fundamento da retenção do cliente ou do aumento do volume de negócios, em oposição ao preço.
Benefícios e Riscos Intragrupo
Complementar A franquia de uma instituição também pode incorporar benefícios que ela receba por fazer parte de um grupo maior (normalmente financeiro). Isto pode incluir relações com o cliente, acesso a captação, oferta de produto ou especialização técnica à qual a instituição não teria acesso de outra forma, assim como potenciais benefícios de diversificação de outros negócios de subsidiárias ou companhias relacionadas. Por outro lado, a instituição financeira não bancária pode incorporar riscos de contágio quando existir um ponto fraco no perfil de crédito do grupo mais amplo.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Modelo de Negócios
Atributo Principal versus Complementar Descrição
Mix de Negócio Principal O modelo de negócio de uma instituição engloba os modos como ela gera receita e lucros. Isto inclui uma avaliação do mix de negócios de uma instituição, como por ativo/produto, composição do serviço e proporção de receita e resultados gerada a partir das principais linhas de negócio.
Volatilidade dos Resultados
Principal Modelos de negócios que são altamente dependentes de negócios voláteis, como “trading”, ou nos quais as condições de mercado exercem influência maior nos volumes do negócio e na geração de receita normalmente resultarão em score de modelo de negócio mais baixo em relação a instituições financeiras com volatilidade mais baixa. A estabilidade dos resultados por meio de ciclos de crédito e de taxas de juros normalmente contribuirá para scores mais altos.
Diversificação Geográfica
Complementar Alta concentração das operações de uma instituição financeira não bancária em economias menos desenvolvidas provavelmente pesará na avaliação do seu modelo de negócio pela Fitch. Concentrações sob a perspectiva de um cliente e/ou investidor também podem ser um fator de limitação. A diversificação geográfica pode ser positiva para o rating, mas a expansão para áreas que agreguem poucas sinergias ou de modo geral limitadas podem ser consideradas neutras ou negativas na avaliação do perfil da companhia.
Concentração do Produto
Complementar A percepção do risco associado a um produto(s) e a qualidade da franquia do produto podem influenciar a avaliação de um modelo de negócio focado no produto (por exemplo, um credor de linha única) em relação a um que ofereça uma gama mais ampla de produtos. A diversificação de produtos pode ser positiva para o rating, mas a expansão para áreas de negócio que agreguem poucas sinergias ou de modo geral limitadas pode ser vista como neutra ou negativa na avaliação do perfil da companhia.
Fonte: Fitch
Faixas de Rating dos Modelos de Negócio Restrições Básicas para os Ratings
Setor Subsetores Uso do Balanço
Típica Categoria Máxima de
Ratinga
Ciclicalidade do Negócio
Negócio Monolinha
Captação Atacado
Risco Regulatório
Iliquidez de Ativos
Risco de Mercado/
Contraparte Risco
Operacional
Empresas de Valores Mobiliários
DTVMs Alto 'BBB'
Interdealers Baixo ‘BBB’
Corretores do Varejo
Médio ‘A’
Gestores de Investimentos
GIsTradicionais Baixo ‘A’
Gis Alternativos Baixo-Médio ‘A’
Companhias de Investimento
Alto ‘AA’
Fundos de Investimento
Alto ‘BBB’
Companhias de Desenvolvimento de Negócios
N.A. Alto ‘BBB’
Financeiras e Companhias de Leasing
Financiamento ao Consumidor
Alto ‘A’
Financiamento Comercial
Alto ‘A’
Provedores de Serviços
Financeiros Alternativos
Baixo ‘BBB’
Servicers Hipotecários
Baixo ‘BB’
Compradores de Dívida
Médio-Alto ‘BB’
REITs Hipotecários
Alto ‘BBB’
Companhias de Infraestrutura do Mercado Financeiro
Bolsas Baixo
‘AA’
Câmaras de Compensação
Baixo (exceto Fundos de Garantia)
DTVMs Sem Licença Bancária
Baixo
a Não representa teto fixo, mas a categoria mais alta que a maioria das entidades de um subsetor de institui
GI – Gestor de Investimento. REIT – Fundo de Investimento Imobiliário. CSD – Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. N.A. – Não Aplicável. Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 25
Março de 2018
Estrutura Organizacional Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Adequação em Relação ao Modelo de Negócio
Principal A estrutura organizacional de um grupo normalmente é proporcional ao seu modelo de negócio. A estrutura do grupo raramente afeta a avaliação do rating geral da Fitch, mas tem o potencial para tanto, quando a agência considera o grupo excessivamente complexo (em relação às suas operações e presença), opaco ou com riscos significativos provenientes de transações intragrupo. Exemplos da complexidade do modelo de negócios incluem camadas intermediárias de holdings cujas localizações podem ser movidas principalmente por impostos ou estruturas desnecessariamente complexas que parecem inconsistentes com o porte, a escala e a presença da instituição/grupo.
Opacidade Complementar Acordos de controle cruzado sem explicação, ou participações minoritárias expressivas que não são proporcionais ao modelo de negócio da instituição financeira não bancária normalmente resultam em score mais baixo do perfil da companhia.
Transações Intragrupo Complementar Transações intragrupo podem afetar os riscos associados à entidade classificada. Isto é especialmente importante quando o caixa ou o capital pode ficar bloqueado em subsidiárias e por esta razão não estar prontamente disponível para distribuição ao grupo, como um todo.
Dinâmica de Controle Complementar A Fitch também considera a dinâmica de controle, inclusive se um emissor é negociado em Bolsa, mantido como privado ou controlado mutuamente, se há participação acionária privada e/ou controle não estratégico e se há influência significativa de partes relacionadas para entender o impacto nas decisões estratégicas, liquidez e/ou capitalização. Instituições sob controle mútuo, como muitas câmaras de compensação, podem ser vistas de forma mais favorável na medida em que reduzem conflitos de interesse entre a administração de risco e a maximização de lucros.
Fonte: Fitch.
Perfil da Companhia
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Franquia Franquia dominante em múltiplos segmentos de negócios ou geografias. Fortes vantagens competitivas que devem perdurar. Possui fortes vantagens competitivas e poder de precificação nos principais segmentos operacionais. Estes pontos fortes são mantidos ao longo dos ciclos econômicos.
Franquia líder em múltiplos segmentos ou geografias. Sólidas vantagens competitivas que devem durar a longo prazo. Demonstra vantagens competitivas e poder de precificação. Estes pontos fortes são mantidos ao longo de múltiplos ciclos econômicos.
Forte franquia nos mercados ou negócios principais. Possui franquia líder em alguns importantes segmentos operacionais ou geografias. Demonstra vantagens competitivas e poder de precificação nos principais segmentos operacionais.
Franquia adequada nas geografias. Opera em mercados menos desenvolvidos ou tem vantagens competitivas ou poder de precificação limitado nos principais segmentos operacionais.
Franquia moderada no principal segmento de negócios ou geografias. Opera em mercados um pouco menos desenvolvidos ou tem vantagens competitivas limitadas, sendo geralmente um tomador de preços no(s) principal(is) segmento(s) operacional(is). Histórico operacional limitado.
Pode ter franquia nominal em um segmento importante de negócios ou geografias. Operando em mercados menos desenvolvidos ou não tem vantagem competitiva discernível. Histórico operacional muito limitado.
Operando em mercados subdesenvolvidos ou não tem nenhum valor de franquia ou vantagem competitiva discernível. Histórico operacional extremamente limitado.
Modelo de Negócios
Modelo de negócios altamente diverso e estável através de múltiplos segmentos operacionais ou geografias. Massa crítica mantida em todos os segmentos de negócios e geografias em que opera. Dependência mínima de negócios voláteis.
Modelo de negócios muito diverso e estável através de múltiplos segmentos operacionais ou geografias. Mantém massa crítica na maioria dos segmentos de negócios e geografias em que opera. Dependência modesta de negócios voláteis.
Modelo de negócios diverso e estável. Massa crítica mantida nos principais segmentos operacionais ou geografias nas quais opera. Dependência notável de negócios voláteis.
Modelo de negócios menos estável e/ou diverso, potencialmente dominado por um segmento operacional ou geografia importante. Maior dependência de negócios voláteis.
Modelo de negócios menos diverso e estável, potencialmente com maior especialização em um importante segmento operacional ou geografia. Dependência significativa de negócios voláteis.
Estabilidade limitada do modelo de negócios. Pode estar inteiramente dependente de negócios voláteis.
Modelo de negócios potencialmente evoluindo rapidamente.
Estrutura Organizacional
Complexidade da estrutura organizacional proporcional ao modelo de negócios. Principais entidades legais existem, principalmente por razões de clareza do negócio. Alta visibilidade das principais entidades legais.
Maior complexidade da estrutura organizacional. Boa visibilidade das principais entidades legais.
Significativa complexidade da estrutura organizacional. Visibilidade das principais entidades legais potencialmente limitada.
Estrutura organizacional altamente complexa, opaca ou em evolução material.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II.3 – Avaliação da Administração e da Estratégia
Na avaliação da Administração e Estratégia, a Fitch considera os seguintes subfatores:
qualidade da administração;
governança corporativa;
objetivos estratégicos; e
execução.
Importância Desta Avaliação
A avaliação da administração, da governança corporativa, dos objetivos estratégicos e da
execução é um dos aspectos menos tangíveis da análise de fundamentos, mas é importante
na análise de como a instituição é administrada. Por exemplo, por meio do estabelecimento
de metas específicas de negócios ou financeiras, do desenvolvimento de uma estratégia para
atingir essas metas e para demonstrar a capacidade de atingi-las, proporcionando uma visão
das motivações e dos incentivos dentro da instituição.
A avaliação da administração e da estratégia normalmente é condicionada e frequentemente
limitada pelas avaliações do ambiente operacional e do perfil da companhia, a menos que a
Fitch acredite que os elementos avaliados estejam isolados dos efeitos do(s) ambiente(s)
operacional(s) e do modelo de negócio da instituição financeira não bancária. Em ambientes
operacionais mais fracos, os problemas de governança corporativa tendem a prevalecer mais,
os objetivos estratégicos podem ser mais propensos a mudar ou ser mais oportunistas, e a
execução da estratégia é, frequentemente, mais desafiadora. É possível que o score da
administração e da estratégia seja mais alto do que o do ambiente operacional. Entretanto,
nesses casos, é provável que o score da administração e da estratégia tenha menos influência
no rating se a qualidade da diretoria não influenciar significativamente o perfil de risco global.
A qualidade e a efetividade da administração está refletida nos indivíduos e na estrutura da
administração global, assim como em outros fatores, como governança corporativa e estratégia.
Embora isto seja uma avaliação subjetiva, haverá, normalmente, alguma evidência tangível da
eficácia da administração por meio do seu impacto nos indicadores financeiros e/ou de risco.
As tabelas a seguir identificam os atributos de administração e estratégia que a Fitch definiu
como ‘principais’ versus ‘complementares’, juntamente com uma indicação de como cada
atributo normalmente é avaliado. A matriz da categoria do subfator/rating que as acompanha
fornece as características representativas que auxiliam a determinação do score de fator
global atribuído em cada caso.
Qualidade da Administração
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Profundidade e Estabilidade da Diretoria
Principal Equipes de administração fortes demonstrarão elevado grau de credibilidade, experiência e competência e, proporcionalmente ao porte e complexidade da instituição, terão estas mesmas qualidades refletidas na adequada profundidade de uma administração experiente e capaz. O impacto de qualquer troca é considerado no contexto da existência de planos de sucessão (quando estiver presente o risco de pessoa-chave) e/ou as qualidades trazidas pelo fluxo de entrada de pessoal nos casos em que estes indivíduos tenham comprovado histórico em instituições ou negócios semelhantes em algum outro local.
Cultura Corporativa
Complementar Um registro estabelecido de identidade cultural firmemente arraigada pode auxiliar a garantir que filosofias de negócios coerentes sejam adotadas em toda a organização e permaneçam quando houver mudanças administrativas e ao longo dos ciclos do negócio. Isto pode ser benéfico para o score de qualidade da administração, pois harmonização e previsibilidade geralmente instilam a confiança do mercado.
Risco de Pessoa-Chave
Complementar Instituições de nicho, de menor porte, podem depender de um indivíduo específico ou de um pequeno grupo de indivíduos-chave, frequentemente o(s) fundador(es) da instituição. A expectativa da Fitch é que a estrutura da diretoria da instituição seja proporcional à sua escala e complexidade, mas normalmente considerar qualquer dependência de indivíduos-chave como limitação, independente do quanto bem intencionada, uma vez que uma saída pode interromper significativamente as perspectivas de negócio da organização e danificar sua franquia. Determinados gestores de investimento podem ter, também, eventos desencadeantes nos documentos de regência (como contratos de parceria limitada ou contratos sociais), o que permite resgates antecipados ou saques pelas parcerias ou a remoção de um sócio se uma pessoa-chave deixar a firma. Caso haja gatilhos significativos que possam ser disparados com facilidade e que criem significativas chamadas de liquidez, isto provavelmente será uma limitação.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Governança Corporativa
Atributo Principal Versus Complementar Descriçãoção
Proteção dos Direitos dos Credores
Principal A Fitch considera a extensão em que as práticas de governança de uma instituição financeira não bancária proporcionam razoável proteção aos interesses dos credores, ou se estes últimos podem sofrer às custas dos interesses de outras partes interessadas, em particular os acionistas, a administração, ou devido à influência do governo. A Fitch considera a eficácia do conselho de administração, se ele compreende especialização, recursos, independência e credibilidade suficientes para supervisionar a administração de modo efetivo.
Qualidade dos Relatórios Financeiros e Processos de Auditoria
Complementar Nos casos onde há percepção de pontos fracos nos relatórios financeiros (qualidade, frequência e/ou pontualidade) frente às melhores práticas internacionais ou em que os processos de auditoria interna ou externa parecem menos robustos em relação ao ambiente operacional, a Fitch pode atribuir um score mais baixo de governança corporativa.
Transações com Partes Relacionadas
Complementar A existência de significativas transações com partes relacionadas pode ser negativa para a avaliação da governança corporativa. Volume, e a forma de condução nos termos de mercado e procedimentos internos de revisão e aprovação são elementos-chave desta avaliação.
Administração de Potenciais Conflitos de Interesse de Investimentos
Complementar (no caso de CDNs e Gestores de Investmento)
A Fitch avaliará a estrutura de governança estabelecida pela administração da companhia para abordar possíveis conflitos de interesse. As políticas podem permitir o estabelecimento das posições tanto do capital como da dívida na mesma companhia em diferentes veículos de investimento. Em companhias que estão passando por reestruturação ou enfrentando possibilidade de falência, tanto a posse de dívida como de participação acionária pode apresentar conflitos de interesse. A Fitch avaliará as políticas e procedimentos de alocação e o envolvimento do conselho para limitar os riscos desses.
Administração Interna Versus Externa
Complementar (no caso de CDNs e REITs Hipotecários)
No caso de CDNs e REITs Hipotecários, a Fitch foca em se a companhia é administrada interna ou externamente. Entidades administradas externamente normalmente o são por companhias afiliadas que, por meio de um contrato de administração, prestam todos os serviços administrativos e operacionais. Sob a perspectiva da governança corporativa, a Fitch geralmente tem uma visão mais favorável às equipes internas do que às externas, porque as primeiras se dedicam unicamente ao emissor, minimizando os conflitos de interesse. A administração externa pode contar com diversos veículos de investimento, com objetivos de investimento se sobrepondo.
Estruturas Privada/Parcerias
Complementar Algumas instituições financeiras não bancárias são mantidas em privado ou estruturadas como parcerias. Isto pode tornar a visão sobre a administração mais desafiadora e significar que administradores que também são sócios da firma atuam como agentes e diretores ao mesmo tempo, potencialmente afetando a avaliação da governança. Se sócios-administradores atuam de forma prudente quanto aos interesses gerais da companhia e determinam ações calculadas ou sofrem pessoalmente as consequências econômicas de assumir riscos excessivos, a avaliação da governança pode ser influenciada positivamente. Por outro lado, a tomada de decisões não verificadas por indivíduos pode ser negativa para a avaliação da governança.
Fonte: Fitch.
Objetivos Estratégicos
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Metas Estratégicas Quantitativas
Principal Os objetivos estratégicos de uma instituição são reflexo de suas metas de negócio e financeiras, que podem incluir metas para posição/participação de mercado ou financeiras. A consecução destes objetivos move a tomada de decisões através de toda a organização e frequentemente motiva a administração e os funcionários. A Fitch irá considerar o quão atingíveis e sustentáveis são os objetivos e avaliará as premissas quanto a plausibilidade, consistência e adequação, levando em conta os desafios representados pelo ambiente operacional da instituição financeira não bancária, o modelo de negócio e a posição de mercado. O score dos objetivos estratégicos normalmente é influenciado pelo grau em que as metas financeiras e de negócios são clara e consistentemente articuladas e a direção estratégica parece apropriada ao ambiente operacional da instituição financeira não bancária, ao perfil da companhia, à posição competitiva e à expertise da administração.
Estrutura Estratégica Qualitativa
Principal A avaliação dos objetivos estratégicos reflete a extensão em que a estratégia de médio/longo prazo é bem construída, coesa e robusta, efetivamente comunicada aos interessados e equilibra os riscos e recompensas. A Fitch considera as principais filosofias estratégicas da administração, como crescimento movido por aquisições versus crescimento orgânico e/ou expansão regional/internacional versus concentração em mercados domésticos, pois isto pode destacar os pontos fortes e fracos do plano estratégico. A avaliação da Fitch pode ser afetada negativamente se o modelo de negócio da instituição financeira não bancária mudar frequente e significativamente ao longo do tempo (seja devido a desenvolvimento orgânico, ou a fusões/aquisições) ou se a entidade sofrer significativa reestruturação.
Abertura Complementar Quando orçamentos ou projeções não estiverem disponíveis para sustentar a articulação de direção estratégica pela administração, a Fitch utiliza seu julgamento para determinar a adequação e plausibilidade da narrativa e das premissas.
Fonte: Fitch.
Execução
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Histórico de Alcance de Objetivos Declarados
Principal A Fitch considera o histórico de execução da instituição financeira não bancária versus suas metas e objetivos ao longo de múltiplos períodos, no contexto de o quão realistas ou apropriadas são as metas financeiras e de negócios. Uma incapacidade de atingir um objetivo estratégico, incluindo um indicativo financeiro de uma meta específica, em um único período de reporte não resultará, necessariamente, em um score mais fraco, desde que a agência acredite que o objetivo estratégico é atingível ao longo de um horizonte de médio prazo.
Atividade de Fusões & Aquisições
Complementar A execução fraca ou lenta de uma fusão, aquisição ou iniciativa de reestruturação, ou quando a Fitch considerar que há um histórico inconsistente de execução destas transações ou iniciativas resultará em score de execução mais baixo. A efetiva aquisição de negócio em linha com o plano pode influenciar positivamente o score de execução. Se a Fitch entender que o risco de execução é elevado, isto será considerado na avaliação da execução de uma instituição financeira não bancária.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Administração e Estratégia
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Qualidade da Administração
A administração desfruta de incomparável grau de profundidade, estabilidade e experiência. Não há risco de pessoa-chave. O planejamento da sucessão em todas as principais funções é assumido de forma rotineira. A administração mantém forte grau de credibilidade ao longo dos ciclos econômicos. A instituição desfruta de cultura corporativa forte e consistente.
A administração desfruta de grau muito alto de profundidade, estabilidade e experiência. Limitado risco de pessoa-chave. Planejamento de sucessão para todas as funções-chave é assumido rotineiramente e a rotatividade é muito baixa. A administração tem mantido alto grau de credibilidade entre todos os principais ciclos ao longo de um extenso período. A instituição desfruta de cultura corporativa sólida e consistente.
A administração desfruta de alto grau de profundidade, estabilidade e experiência. Modesto risco de pessoa-chave. Planejamento de sucessão para as funções executivas-chave estão em vigor e a rotatividade é baixa. A administração mantém alto grau de credibilidade nos principais ciclos. A instituição tem cultura corporativa boa e consistente.
A administração desfruta de bom grau de profundidade, estabilidade e experiência. O risco de pessoa-chave é moderado. A rotatividade de executivos é administrável. A administração tem bom nível de credibilidade entre os principais ciclos. A cultura corporativa é sólida, mas pode ser menos consistente do que em entidades com ratings mais altos.
A administração desfruta de grau aceitável de profundidade, estabilidade e experiência, mas notadamente menor do que entidades com ratings mais altos. O risco de pessoa-chave é alto. A rotatividade da administração ou dependência de indivíduos-chave pode ser mais predominante do que em entidades com ratings mais altos.
A administração pode ter pontos fracos notáveis, incluindo falta de profundidade, estabilidade, ou experiência. O risco de pessoa-chave é alto. A rotatividade na administração pode ser considerada alta.
As deficiências da administração podem ser significativas.
Governança Corporativa
Governança corporativa muito forte, proporcionando robusta proteção aos interesses dos credores. Supervisão muito eficiente pelo conselho, alta qualidade dos frequentes relatórios financeiros e transações muito limitadas com partes relacionadas.
Sólida governança corporativa, proporcionando razoável proteção aos interesses dos credores. Supervisão eficiente pelo conselho, boa qualidade dos relatórios financeiros e limitadas transações com partes relacionadas.
Governança é menos desenvolvida do que em pares com ratings mais altos, embora sem apresentar riscos claros e significativos para os credores.
Governança dá origem a significativos riscos para os credores, devido à fraca supervisão pelo conselho, relatórios financeiros fracos, ou transações significativas com partes relacionadas
Governança dá origem a riscos importantes para os credores, devido à supervisão muito fraca pelo conselho, consideráveis deficiências contábeis ou grandes transações com partes relacionadas.
Objetivos Estratégicos
Os objetivos estratégicos são claramente articulados e refletem níveis sustentáveis dos negócios e do desempenho financeiro no longo prazo. Os objetivos estratégicos continuam altamente consistentes ao longo de um extenso período.
Os objetivos estratégicos são claramente articulados e refletem um nível sustentável a longo prazo dos negócios e do desempenho financeiro. Os objetivos estratégicos são muito consistentes ao longo do tempo.
Os objetivos estratégicos são bem articulados e refletem um nível de negócios e desempenho financeiro a médio prazo. Os objetivos estratégicos podem mudar modestamente ao longo do tempo.
Os objetivos estratégicos estão documentados e refletem um nível de desempenho de negócios a médio prazo. Os objetivos estratégicos podem mudar ao longo do tempo e se tornar mais oportunistas.
Os objetivos estratégicos podem não estar claramente articulados e/ou refletir um nível de negócios e de desempenho financeiro a curto prazo. Os objetivos estratégicos podem mudar com base em oportunidades de mercado ou em ambiente econômico menos estável.
Os objetivos estratégicos não são articulados e refletem um nível de negócios e de desempenho financeiro a curto prazo. Os objetivos estratégicos mudam frequentemente, inclusive devido à volatilidade do ambiente econômico.
Faltam objetivos estratégicos ou provavelmente são altamente variáveis devido à instabilidade da economia ou do ambiente operacional.
Execução A instituição atende consistentemente metas de negócios e objetivos financeiros ao longo dos ciclos econômicos e/ou de mercado.
A instituição rotineiramente atende às metas de negócios e aos objetivos financeiros com variabilidade muito limitada ao longo dos ciclos econômicos e/ou de mercado.
A instituição geralmente atende às metas de negócios e objetivos financeiros, embora com modesta variabilidade ao longo dos ciclos econômicos e/ou de mercado.
A instituição geralmente atende às metas de negócios e objetivos financeiros. A execução se torna mais variável, com mudanças nos ciclos econômicos e/ou de mercado.
A instituição frequentemente deixa de cumprir as metas de negócio e objetivos financeiros. A execução é variável, com base em mudanças econômicas e/ou nos ciclos do mercado.
A instituição normalmente deixa de cumprir as metas de negócios e objetivos financeiros. Execução altamente variável, com base em mudanças nos ciclos econômicos e/ou de mercado.
A instituição não cumpre os objetivos de negócio ou financeiros.
Fonte: Fitch.
II.4 Avaliação do Apetite por Risco
Importância Dessa Avaliação
A avaliação dos padrões de subscrição, controles de risco, crescimento e risco de mercado de
uma companhia são importantes na determinação do perfil de crédito individual de uma
instituição financeira não bancária, pois eles eventualmente levarão a mudanças nos
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Março de 2018
principais indicadores financeiros. A Fitch aplica seu próprio julgamento quanto ao grau de
risco inerente a uma linha de negócio, produto ou estratégia. A Fitch também considera os
riscos operacionais e/ou de reputação, quando estes forem relevantes para a instituição.
A análise do apetite por risco pela Fitch está focada nos riscos que têm significativa influência
sobre o perfil de crédito global. A avaliação do apetite por risco normalmente é condicionada e
frequentemente limitada pelas avaliações do ambiente operacional e do perfil da companhia a
não ser que a Fitch acredite que os riscos possam ser separados dos efeitos do(s)
ambiente(s) operacional(s) da instituição financeira não bancária e do seu modelo de
negócio/estratégia. É possível que o score de apetite por risco seja mais alto do que o do
ambiente operacional ou do perfil da companhia (por exemplo, um apetite por risco “atípico”,
muito baixo em relação ao ambiente ou ao modelo operacional). Entretanto, espera-se que
um apetite por risco muito baixo esteja refletido em qualidade de ativos consistentemente
melhor e em menor volatilidade de resultados.
A estabilidade dos resultados ao longo do ciclo pode ser um indicador útil do apetite por risco.
Um elevado apetite por risco pode ser atenuado pelo emprego de fortes controles de risco,
colaterais e de precificação com base no risco, embora a faixa natural dos ratings de
instituições financeiras não bancárias com apetite por risco inerentemente mais alto
geralmente será inferior à das instituições financeiras não bancárias cujo apetite por risco a
Fitch considera modesto ou melhor administrado. Além disso, os riscos podem ser elevados
em instituições financeiras não bancárias com baixos apetites por risco declarados, se os
controles forem considerados fracos ou se tiverem sido ineficazes.
A avaliação dos controles de risco inclui riscos operacionais (inclusive cibernéticos) e de
reputação (inclusive de litígios), quando significativos para a instituição ou parte do modelo de
negócio ou da(s) jurisdição(s) operacional.
A Fitch analisará os aspectos do risco de mercado significativos para a avaliação geral do
apetite por risco. A forma mais típica de risco de mercado é o de juros, devido à função
principal de muitas instituições financeiras não bancárias de transformação do vencimento,
embora a avaliação inclua outros elementos, como valorização, derivativos e riscos cambiais
quando eles forem significativos. Os riscos de mercado serão maiores no caso de instituições
com operações de “trading” significativas ou quando a atividade além-fronteira ou a estrutura
do balanço faz surgir riscos cambiais, de modo que este fator pode ganhar importância
relativa maior nestas circunstâncias.
As tabelas a seguir identificam os atributos de apetite por risco que a Fitch definiu como
‘principais’ versus ‘complementares’, juntamente à indicação de como cada atributo
normalmente é avaliado. A matriz de categoria de subfatores/rating que as acompanha
proporciona características representativas que auxiliam na determinação do score geral de
fatores atribuído a cada caso.
II.4.a Empresas de Valores Mobiliários
A avaliação da Fitch sobre o apetite por risco de empresas de valores mobiliários considera os
seguintes subfatores:
controles de risco;
crescimento;
risco de mercado; e
risco operacional.
Instituições Financeiras
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Controles de Risco — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar
Descrição
Ferramentas de Gestão de Risco Principal A avaliação dos controles de risco pela Fitch considera a extensão e a sofisticação dos sistemas de gestão de risco em relação ao perfil de risco do negócio e os tipos de relatório de administração, quando disponíveis. Isto pode ajudar a indicar o quanto os controles de risco permeiam a organização com respeito aos principais riscos que uma empresa de valores mobiliários típica pode incorrer, como riscos de mercado, operacional, de reputação e de crédito. A agência também pode avaliar o lançamento de atividades de significativos negócios no contexto dos riscos de crédito, de mercado, operacional e de reputação e seus efeitos sobre a franquia global.
Pessoal e Cultura Complementar A Fitch tenta entender o nível de compromisso com gestão de risco em toda a empresa, a variedade de comitês e a associação, assim também como a independência e autoridade das funções de risco. Os níveis dos históricos e de experiência dos profissionais de gestão de risco também podem ser considerados.
Fonte: Fitch.
Crescimento — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Taxas de Crescimento Absolutas e Relativas
Principal A Fitch geralmente avalia a expansão geral do balanço contra o crescimento econômico, retenção de ganhos, aumento da equipe, atividade no mercado e médias dos pares, do setor e da indústria, para identificar situações atípicas e avaliar a formação de riscos. Crescimento rápido pode tornar a análise financeira obscura, por exemplo, dificultando a formação de opinião sobre rotatividade de estoques, podendo indicar redução dos padrões ou demanda mais lenta.
Crescimento da Infraestrutura Complementar O crescimento rápido pode introduzir outros desafios, como tensões operacionais, ou o staff de back-office ou os sistemas podem não conseguir lidar com o aumento dos volumes de negócios e, por isso, serem negativos para a avaliação do crescimento.
Fonte: Fitch.
Risco de Mercado — Empresas de Valores Mobiliários Atributo Principal Versus
Complementar Descrição
Exposição ao Risco de Mercado Principal (para empresas de valores mobiliários com alto uso do balanço) Complementar (para empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço)
Para empresas com atividades de trading significativas, a avaliação do risco de mercado pela Fitch foca o grau de exposição ao risco de mercado e os meios de medi-lo e administrá-lo. Estes normalmente incluem valor a risco (VaR), limites de stop-loss, limites de concentração, análise de sensibilidade e testes de estresse.
Sensibilidade às Dinâmicas do Mercado
Principal (para empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço) Complementar (para empresas de valores mobiliários com alto uso do balanço)
Embora as empresas de valores mobiliários que não detêm valores mobiliários em seu balanço geralmente tenham apenas exposição limitada ao risco de mercado, sua receita está fortemente exposta ao volume de transações no mercado e, por esta razão, a avaliação do risco de mercado pela Fitch foca mais amplamente a sensibilidade do modelo de negócio às dinâmicas do mercado.
Testes de estresse e análise da sensibilidade
Complementar Quando disponíveis, a Fitch avalia os relatórios da administração sobre os riscos de produtos específicos, sensibilidades e cenários de estresse complementares com base em uma posição e consolidados. Quando disponíveis, a Fitch também analisa os relatórios que incluem VaR ajustado utilizando cenários de liquidez estressados ou replicando períodos históricos de estresse. A agência avalia o uso de limites de estresse, embora isto não seja comparável com os pares. Quando possível, avalia a concentração do risco de mercado (por produto, emissor/contraparte, setor e país) nas carteiras de trading e de investimentos e analisa a supervisão de estoques antigos pela administração. A agência também pode rever as políticas de colaterais e chamadas de margem e as razões para quaisquer alterações nestas últimas.
Atividade e Eficácia de Hedging Complementar Colaterais e hedging são frequentemente utilizados para atenuar o risco de mercado, mas os hedges são imperfeitos e, desta forma, algum grau de exposição ao mercado e de crédito permanece. Como resultado, tanto as posições brutas como as líquidas são consideradas na avaliação de rating da Fitch à medida são reportadas.
Desenvolvimento do Mercado Complementar Em mercados onde problemas de volatilidade e liquidez podem ser extremos, pode ser dada maior ênfase ao nível de limites nominais/de caixa. Em mercados emergentes, o risco de crédito/liquidação ainda pode ser significativo. A Fitch avalia de perto o nível de entregas “livres de pagamento” (ao contrário de entregas mediante pagamento) principalmente em mercados emergentes, onde o pagamento pode não vir tão prontamente.
Fonte: Fitch.
Indicadores do Risco de Mercado — Empresas de Valores Mobiliários VaR Médio /Núcleo de Capital Fitch (FCC)
VaR Estressado pela Fitch/FCC
Principal da Receita Diária de Trading/VaR Médio de Trading
Principal da Receita de Transações/Receita Total
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Risco Operacional — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Infraestrutura Operacional/Estrutura
Principal A avaliação do risco operacional das empresas de valores mobiliários foca os investimentos nos sistemas de front – middle – e back-office proporcionais à natureza do negócio, incluindo novos desenvolvimentos/implementação de produtos e atualizações de sistemas. As carteiras de liquidações, resoluções e reclamações de clientes ou um histórico de problemas com a custódia da empresa podem ser indicadores de insuficiência de suporte por parte da equipe de back-office. Estes desafios podem ser exacerbados no caso de instituições que assumiram atividades significativas de aquisições.
Experiência com Perdas Operacionais
Complementar Se a Fitch determinar que a empresa tem uma estrutura de risco operacional ou um ambiente de controle fracos, com falhas nos sistemas, processamento de tradings imprecisos ou quebras de limites (como incidentes de trading desonestos), isto normalmente terá efeito negativo na avaliação do risco operacional, particularmente na medida em que as falhas resultam em danos à imagem, perda de negócios e/ou pesadas multas/punições. O risco operacional pode eventualmente ter um efeito mais pronunciado nos negócios menos diversificados, quando uma falha operacional pode resultar em danos temporários ou permanentes para a principal franquia da companhia.
Fonte: Fitch.
Apetite por Risco — Empresas de Valores Mobiliários aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Controles de Risco
Ferramentas de risco e de reporte são extremamente robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados, com mínimas alterações ao longo de extensos períodos. Controles de risco permeiam a organização. Novos produtos são minuciosamente examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte muito robustas. Limites de risco rotineiramente monitorados com mudanças nominais ao longo de extensos períodos. Controles de risco permeiam organização. Novos produtos são cuidadosamente examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são robustas. Limites de risco são monitorados, mas podem mudar com base nas condições do negócio. Controles de risco são centralizados. Novos produtos são cuidadosamente testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são boas. Os limites de risco são sólidos e monitorados, embora possam flutuar com base em oportunidades. Os controles de risco são menos predominantes na organização. Novos produtos são testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e reporte são aceitáveis, mas pode faltar profundidade ou sofisticação. Os limites de risco podem mudar com base nas oportunidades de negócio. Novos produtos podem não ser inteiramente examinados ou testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte podem ser deficientes. Os limites de risco são rudimentares e podem não ser monitorados frequentemente. As quebras de limites podem não acionar maior atenção da administração. Novos produtos não são testados antes de implementados.
Há deficiências relevantes nos controles de risco.
Crescimento É improvável que o aumento do balanço ou dos negócios pressione a solvência ou ultrapasse o crescimento sustentável, a longo prazo, dos principais segmentos do negócio. O ambiente de controle é sistematicamente adaptado para atender aos maiores volumes de negócios.
O aumento do balanço ou dos negócios raramente pressiona a solvência ou ultrapassa o crescimento sustentável a longo prazo dos segmentos do negócio. O ambiente de controle é sistematicamente adaptado para atender aos maiores volumes de negócios.
O aumento do balanço ou o aumento do negócio pode às vezes pressionar a solvência e exceder o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Normalmente, o ambiente de controle é adequadamente adaptado para atender aos maiores volumes de negócios.
O aumento do balanço ou o aumento dos negócios com maior frequência pressiona a solvência e excede o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. O desenvolvimento do ambiente de controle provavelmente fica aquém dos maiores volumes de negócios.
O aumento do balanço ou aumento dos negócios frequentemente pressiona a solvência e excede a o crescimento sustentável a longo prazo dos segmentos do negócio. O desenvolvimento do ambiente de controle provavelmente fica aquém dos maiores volumes de negócios.
O aumento do balanço normalmente pressiona a solvência e o crescimento sustentável a longo prazo dos segmentos do negócio. Ambiente de controle rotineiramente aquém dos maiores volumes de negócios.
O crescimento pode ficar bem acima dos patamares sustentáveis ou ser incapaz de vender ativos para atingir a necessária contração do balanço.
Risco de Mercado (Direto e Indireto)
Exposição a riscos de mercado muito baixa. Os riscos de taxa de juros estruturais e de câmbio são muito baixos em relação aos pares. O volume de trading proprietário é muito baixo.
A exposição ao risco de mercado é baixa. Os riscos de taxas de juros estruturais e de taxas de câmbio são baixos em relação aos pares e mitigados de forma apropriada, por meio de hedge. O volume de trading proprietário é baixo.
A exposição aos riscos de mercado é modesta. Os riscos de taxas de juros estruturais e de taxas de câmbio são modestos e mitigados de forma apropriada por meio de hedge. Os volumes de trading
proprietário podem ser relevantes, mas têm sólidos controles.
A exposição aos riscos de mercado é média. É provável que sejam empregadas técnicas de hedge. Os volumes de trading proprietário podem ser relevantes. Os controles podem ser satisfatórios, mas um pouco abaixo das melhores práticas do setor.
A exposição aos riscos de mercado é elevada. Os riscos de mercado podem englobar riscos de taxas de juros estruturais e de taxas de câmbio. Técnicas básicas de hedge podem ser empregadas ou a eficácia poderá ser um tanto comprometida.
Exposição a riscos de mercado é alta ou altamente variável. Os riscos podem não ter hedge eficaz.
Pode haver significativos riscos de mercado. Controles não foram estabelecidos.
Risco Operacional
Infraestrutura/estrutura de risco operacional muito forte. Demonstra histórico de limitadas perdas operacionais.
Forte infraestrutura/estrutura de risco operacional. Demonstra histórico de limitadas perdas operacionais.
Boa infraestrutura/estrutura de risco operacional. Perdas operacionais significativas prontamente corrigidas.
Adequada infraestrutura de risco operacional, com alguns processos terceirizados a provedores. Podem ocorrer perdas operacionais, mas são administráveis.
Infraestrutura de risco operacional limitada, com pesada dependência de provedores terceirizados. Histórico de perdas/problemas operacionais.
Fraca infraestrutura de risco operacional. Histórico de perdas/problemas operacionais.
Deficiências significativas na administração do risco operacional.
Fonte: Fitch
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Março de 2018
II.4.b Gestores de Investimento
Ao avaliar o apetite por risco de gestores de investimento, empresas de investimento e fundos
de investimento, a Fitch considera os seguintes subfatores:
controles de risco;
crescimento;
risco de mercado e risco de contraparte e
risco operacional (para gestores de investimento e fundos de investimento) ou
padrões de subscrição (para empresas de investimento).
Controles de Risco — Gestores de Investimento
Atributo
Principal Versus
Complementar Descrição
Ferramentas de Gestão de Risco
Principal A Fitch avalia a habilidade dos gestores de investimento de identificar, medir, administrar e monitorar risco, conforme seus sistemas de risco e de reporte, e os investimentos em tecnologia. As áreas-chave que a Fitch considera são a independência e a eficácia da gestão de risco e as funções de compliance, compreensão e envolvimento da diretoria nos problemas de gestão de risco e as linhas de reporte em vigor e se há uma função de gestão de risco no âmbito da companhia que monitora os riscos de investimento assumidos pelos gestores individuais para avaliar seu potencial impacto cumulativo no desempenho/qualidade dos ativos da firma, nos resultados e na franquia. A avaliação dos controles de risco pela Fitch pode considerar os tipos de relatórios gerenciais usados, quando disponíveis. Isso pode ajudar a indicar em que extensão os controles de risco permeiam a organização. No caso de empresas de investimento e fundos de investimento, a supervisão e infraestrutura da gestão de risco é conduzida pelos funcionários da companhia de investimento ou por meio de um gestor de uma afiliada, mas externo. Por isso, a estrutura de gestão de risco no âmbito do gestor de investimento é considerada, quando relevante. O gestor de investimento também pode proporcionar a estrutura e a estratégia de risco do fundo.
Limites de Risco Complementar A avaliação dos controles de risco pela Fitch também pode se estender para os limites formalizados de risco que estão implantados, particularmente no caso de firmas ou fundos com exposições mais complexas ao risco de mercado. A análise da Fitch tende a se focar no VaR da firma, nos resultados em risco, nos limites de stop-loss, concentrações ou nos testes de estresse, quando disponíveis.
Cenário de Testes Complementar Quando disponíveis e relevantes, a Fitch avaliará os testes de cenário conduzidos nas atividades de negócio correntes/prospectivas e, na medida em que possível, avaliará o desempenho contra as medidas de risco. Nos casos em que os resultados dos testes de estresse são relevantes, embora não estejam disponíveis, isto pode levar a ratings individuais mais baixos.
Fonte: Fitch.
Crescimento — Gestores de Investimento
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Taxas de Crescimento Absolutas e Relativas
Principal Quando o crescimento for orgânico, a avaliação do crescimento pela Fitch foca em se a firma tem experiência apropriada em investimento in-house para administrar novas estratégias e/ou mais amplas, uma vez que desempenho insuficiente em base relativa pode resultar em significativos danos à imagem da firma. A Fitch também procura compreender por que as taxas de crescimento do AUM podem diferir entre empresas pares.
Impactos do Crescimento Inorgânico
Complementar No caso de gestores de investimento que cresceram rapidamente por meio de aquisições, o sucesso da estratégia de crescimento é analisado avaliando os parâmetros da aquisição e a disciplina de preços, antes e depois do desempenho da aquisição, rotatividade do cliente, estatística de retenção de funcionários e a capacidade de administrar a cultura da empresa.
Crescimento da Infraestrutura de Acompanhamento
Complementar A avaliação da Fitch pode ser afetada negativamente em instâncias onde não há infraestrutura proporcional ao aumento do suporte. Por outro lado, a bem-sucedida execução do crescimento medido com a disciplina demonstrada em infraestrutura e integração pode afetar positivamente a avaliação do crescimento pela Fitch se acumulada à franquia por meio da construção de FAUM, poder dos resultados (particularmente se for uma fonte estável), reputação, canais de distribuição (novas bases de clientes) e escopo diversificado de produtos ou geográfico. No caso de companhias de investimento e de fundos de investimento, o crescimento pode ser considerado positivo quando movido por forte valorização de ativos.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Risco de Mercado e Risco de Contrapartes — Gestores de Investimento
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Risco de Valorização de Ativos
Principal A avaliação do risco de mercado pela Fitch considera o quanto o gestor de investimento conta com comissões baseadas no valor líquido dos ativos (NAV) devido ao impacto dos movimentos de valorização nas comissões de gestão. Este risco é mais preponderante no caso de Gestores de Investimento tradicionais, que operam fundos abertos com ativos relativamente líquidos. Gestores de Investimento alternativos geralmente têm uma parcela maior de comissões, com base no capital comprometido ou investido, que não será afetado pelos movimentos de valorização ou pela atividade de resgate, embora desacelerações de mercado mais amplas possam diminuir o ritmo das chamadas/investimentos de capital do fundo e, desta forma pressionar as taxas internas de retorno. O risco de mercado também é um importante fator para o rating de crédito individual de companhias de investimento, fundos de investimento e Gestores de Investimento que coinvestem, ganham comissões por desempenho ou deferem comissões para o fundo, pois os resultados e a alavancagem no balanço serão baseados na valorização dos investimentos.
Processo de Valorização de Ativos
Complementar A independência dos processos periódicos de valorização e se são feitos internamente ou por terceiros podem ser considerações importantes, particularmente para investimentos privados, o que pode requerer técnicas de modelagem ou depender de vendas comparáveis. Nestes casos, a Fitch analisa a razoabilidade da metodologia de valuation, como a administração resolve os investimentos problemáticos e o uso de terceiros para fins de valuation. Ferramentas de validação de modelo para assegurar que os processos de valuation são razoáveis e condizentes com a senioridade do investimento na companhia podem ser críticas. O risco de modelo é menos relevante para os Gestores de Investimento tradicionais, tendo em vista que a maior parte de seus ativos é considerada Nível 1 para fins contábeis, significando que têm valor de mercado prontamente disponível. A Fitch pode ganhar conforto com o processo de valuation de uma firma ao longo do tempo ao comparar os valores de saída do investimento com os valores justos do trimestre anterior.
Risco de Taxa de Juros e Cambial
Complementar A avaliação do risco de mercado pela Fitch também pode incluir uma análise dos métodos usados para medir, monitorar e controlar o risco das taxas de juros que podem se manifestr de várias formas, incluindo seu impacto na geração de comissões (como para produtos de gestão de caixa), desempenho do investimento (para fundos de renda fixa) e sensibilidade do balanço (para ativos de coinvestimento ou passivos com taxa flutuante). Quando relevante, a Fitch também considera a sensibilidade dos resultados a movimentos nas taxas de juros e moedas e se a exposição está naturalmente hedgeada, com compensações na carteira de ativos, ou ativamente hedgeadas com derivativos. Exposição considerável não hedgeada provavelmente terá mais impacto negativo na avaliação de risco de mercado pela Fitch.
Qualidade e Diversificação da Contraparte
Complementar A qualidade e a diversificação da contraparte são avaliadas no contexto da colocação do excesso de recursos próprios de um gestor de investimento, mas também em nome dos ativos administrados pelo fundo, dada a potencial necessidade de mover as atividades de empréstimo de compensação, o trading e/ou o empréstimo de valores mobiliários a outras partes no caso de uma contraparte enfrentar dificuldades. As concentrações de contrapartes podem oferecer crescentes riscos operacionais e/ou financeiros, o que tem impacto negativo na avaliação de risco de mercado pela Fitch. No caso de companhias de investimento, a dependência de contrapartes para hedge e/ou captação normalmente é limitada e, como tal, o risco da contraparte é normalmente um fator de baixa influência. No caso de fundos de investimento, a Fitch avalia a diversidade das relações com corretoras de primeira linha, que são uma importante fonte de financiamento, assim como a compensação, liquidação e outros serviços. Uma exposição excepcionalmente grande a uma única contraparte que enfrente problemas financeiros pode resultar na incapacidade de o fundo retirar o colateral oferecido ou o excesso de recursos. A diversificação destas contrapartes pode ter influência positiva na avaliação do risco de mercado, embora isto seja equilibrado contra o custo mais alto e a potencial perda de eficiência ao analisar as relações com corretoras de primeira linha. A Fitch também procura entender o grau em que um fundo de investimento requer a segregação de seus ativos, incluindo colaterais, ou limites na reimpressão na corretora de modo a assegurar o acesso aos seus valores mobiliários caso seu corretor enfrente dificuldades.
Fonte: Fitch.
Risco Operacional — Gestores de Investimento
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Infraestrutura Operacional / Estrutura
Principal Ao avaliar o risco operacional, a Fitch considera os processos implantados de compliance, operações, desempenho do crédito e/ou dos investimentos. Se a Fitch determinar que a infraestrutura operacional está fraca, ou que o risco operacional não está bem controlado, isto provavelmente terá impacto negativo na avaliação do risco operacional, dado o potencial risco à imagem, o risco legal, ou ambos. No caso de fundos de investimento, o risco operacional pode ser uma consideração importante, particularmente se o fundo focar em estratégias de trading envolvendo alta complexidade, volume e/ou automação. No caso de companhias de investimento, o risco operacional é, normalmente, um fator com baixa influência, dado o número (relativamente) menor de investimentos e rotatividade de investimentos menos frequente (relativa). Além disso, tendo em vista que a criação de valor é normalmente pressuposta com base na valorização de ativos, a Fitch tende a atribuir mais ênfase aos padrões de subscrição das companhias de investimento, em termos de fonte, due diligence, análise pelo comitê de investimento, estruturação e monitoramento.
Terceirização Operacional
Complementar Muitos gestores de investimento, companhias de investimento e fundos de investimento terceirizam as funções operacionais-chave a processadores externos, como custodiantes, serviços independentes de precificação ou processadores de trade. Nesses casos, o risco operacional ainda existe, mas é controlado pela administração da empresa e análise de seus fornecedores. A análise do risco operacional da Fitch pode avaliar como a seleção e retenção de fornecedores são administradas.
Histórico de Perdas Operacionais
Complementar Outro possível indicador da qualidade da gestão do risco operacional é o histórico de perdas operacionais no passado, se disponível. Muitas companhias com ações negociadas na Bolsa discutirão perdas significativas em suas publicações financeiras. No caso de empresas privadas, a Fitch procura analisar o registro dessas perdas para compreender sua natureza e se foram implantados controles suficientes de modo a tornar sua recorrência menos provável.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 34
Março de 2018
Apetite por Risco — Gestores de Investimento
aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Controles de Risco
Ferramentas de risco e de reporte são extremamente robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados, com mínimas mudanças ao longo de extensos períodos. Novas estratégias/planos do setor são fortemente examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são muito robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados, com mudanças nominais ao longo de extensos períodos. Novas estratégias/planos do setor são cuidadosamente examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são robustas. Os limites de risco são monitorados, mas podem mudar com base em condições do negócio. Novas estratégias/planos do setor são cuidadosamente examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são boas. Os limites de risco são sólidos e monitorados, embora possam flutuar com base em oportunidades. Novas estratégias/planos do setor são examinados e testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte são aceitáveis, mas pode faltar profundidade ou sofisticação. Os limites de risco podem mudar com base em oportunidades de negócios. Novas estratégias/planos do setor podem não ser inteiramente examinados ou testados antes de implementados.
Ferramentas de risco e de reporte podem ser deficientes. Os limites de risco são rudimentares e podem não ser monitorados frequentemente. Novas estratégias/planos do setor não são testados antes de implementados.
Há deficiências relevantes no controle de riscos.
Crescimento Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios em linha com as oportunidades de mercado. Ambiente de controle é sistematicamente adaptado para atender ao aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios alinhado às oportunidades de mercado. Ambiente de controle sistematicamente adaptado para atender ao aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios geralmente alinhado às oportunidades de mercado. Ambiente de controle é, em geral, adequadamente adaptado para atender ao aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios pode ultrapassar modestamente as oportunidades de mercado. Ambiente de controle pode ficar aquém do aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios pode ultrapassar significativamente as oportunidades de mercado. Desenvolvimento do ambiente de controle provavelmente ficará aquém do aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM ou crescimento dos negócios pode ultrapassar significativamente as oportunidades de mercado. Ambiente de controle fica rotineiramente aquém do aumento de volume de negócios.
Aumento do (F)AUM pode estar bem além dos patamares sustentáveis.
Risco de Mercado e Risco de Contrapartes
Exposição muito baixa a riscos de mercado. Riscos de taxa de juros e de taxa de câmbio são muito baixos em relação aos pares. Valorização da carteira é totalmente independente. Risco de contrapartes é extremamente bem administrado e diversificado.
Exposição a riscos de mercado muito baixa. Riscos de taxas de juros e de câmbio são baixos em relação aos pares e apropriadamente atenuados. Valorização da carteira é totalmente independente. Risco de contrapartes é bem administrado e diversificado.
Exposição a riscos de mercado modesta. Riscos de taxas de juros e de câmbio são modestos e apropriadamente atenuados. Valorização da carteira é totalmente independente. Risco de contrapartes razoavelmente administrado e diversificado.
Exposição a riscos de mercado é média. Riscos de taxas de juros e de câmbio apropriadamente atenuados. A valorização da carteira envolve terceiros independentes. Risco de contrapartes é adequadamente administrado e diversificado.
Exposição a riscos de mercado elevada. Técnicas básicas de hedge podem ser empregadas ou a eficácia é de certa forma comprometida. Valorização da carteira é interna. Administração do risco de contrapartes está abaixo da média, com limitada diversificação.
Exposição a riscos de mercado é alta ou altamente variável. Riscos podem não ter hedge eficaz. Administração do risco de contraparte é fraca, com concentração alta.
Pode haver riscos de mercado significativos em relação a taxas de juros ou de câmbio.
Risco Operacional Infraestrutura/ quadro de risco operacional muito forte. Demonstra histórico de perdas operacionais limitadas.
Forte infraestrutura/ quadro de risco operacional. Demonstra histórico de perdas operacionais limitadas.
Boa infraestrutura/ quadro de risco operacional. Perdas operacionais significativas são prontamente corrigidas.
Adequada estrutura de risco operacional, com alguns processos terceirizados. Perdas operacionais podem ocorrer, mas são administráveis.
Infraestrutura de risco operacional limitada, com pesada dependência de provedores terceirizados. Histórico de perdas/problemas operacionais.
Fraca infraestrutura de risco operacional. Histórico de perdas/problemas operacionais.
Insuficiências relevantes na administração do risco operacional e de contraparte.
Fonte: Fitch.
II.4.c Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Na avaliação do apetite por risco de CDNs, a Fitch considera os seguintes subfatores:
padrões de subscrição;
controles de risco;
crescimento e
risco de mercado.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Padrões de Subscrição — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Construção de Portfólio Principal A Fitch tenta identificar o apetite geral por risco da CDN analisando a construção de portfólio, os rendimentos, as concentrações no setor e de emissores e as estatísticas do portfólio da companhia, incluindo EBITDA médio, alavancagem, cobertura de juros e exposição a covenants de crédito. Uma CDN que está gerando fortes rendimentos aos pares pode indicar uma capacidade de identificar e estruturar investimentos singulares e complexos que demandam um rendimento mais alto, o que pode ser positivo ou indicar um apetite por risco maior, o que pode ser um fator negativo. A observação do desempenho da portfólio por um longo período auxilia a Fitch em sua capacidade de diferenciar estas duas possibilidades.
Processo de Subscrição Complementar A avaliação dos Padrões de Subscrição de uma CDN pela Fitch considera fornecimento, due diligence, análise pelo comitê de investimento, estruturação, captação e monitoramento. A Fitch pode analisar os memorandos de investimento e outros documentos da subscrição, quando disponíveis, para avaliar se o processo é abrangente, particularmente quando a CDN não tem um histórico de subscrição longo e estabelecido. A Fitch também foca em desenvolvimento e monitoramento das relações com os principais patrocinadores para entender os riscos de concentração e o potencial de seleções adversas.
Desempenho/ Consistência de Portfólio
Complementar A cultura de crédito e os padrões da CDN devem, de modo geral, ser consistentes, embora a Fitch reconheça que o volume de originação de uma CDN pode variar, até certo ponto, com base nas condições de mercado. Uma opinião sobre a perspicácia e a consistência da subscrição de uma CDN é formada com o tempo e melhor observada com base no desempenho ao longo de um ciclo econômico completo. Na ausência dessa informação, a Fitch procura uma visão do desempenho passado da gestão de ativos e estruturas semelhantes em várias condições de mercado, embora um curto histórico operacional seja em geral um limite para os ratings. Evidência de subscrição forte e consistente ao longo de um extenso período pode influenciar positivamente a avaliação dos padrões de subscrição pela Fitch.
Fonte: Fitch.
Controles de Risco — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal versus Complementar Descrição
Ferramentas de Gestão de Risco
Principal A avaliação dos controles de risco de uma CDN pela Fitch pode ser positivamente influenciada por ferramentas de gestão de risco fortes e efetivas que permitam à CDN efetivamente aderir à sua estrutura de apetite por risco e padrões de subscrição. Estes em geral incluem limites relativos às concentrações do setor ou de emissores, riscos de mercado e controles operacionais. Elas podem também incluir ferramentas como ratings internos, listas de observação ou outras escalas de monitoramento de risco.
Relatórios de Risco Complementar A avaliação dos controles de risco de uma CDN pela Fitch também pode considerar os tipos de relatórios de gestão utilizados, quando disponíveis. Isto pode ajudar a indicar a extensão em que os controles de risco permeiam a organização com respeito aos principais riscos nos quais uma CDN pode incorrer, como de crédito, de mercado e operacionais. Um fundamento negativo na avaliação dos controles de risco de uma CDN são deficiências manifestas que não foram solucionadas.
Fonte: Fitch.
Crescimento — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal versus Complementar Descrição
Taxas de Crescimento Absolutas e Relativas
Principal O crescimento de uma CDN é avaliado em bases absoluta e relativa, com base nas oportunidades de negócio, nas condições de subscrição e na experiência e histórico da própria firma no setor. Crescimento forte em condições de mercado competitivas, caracterizadas por spreads mais apertados, alavancagem mais alta e pacotes de covenants mais frouxos, podem aumentar os riscos de concentrações vintage e levar a problemas com a qualidade dos ativos ao longo do caminho, o que seria negativo. A Fitch não considera se o porte e os relacionamentos da CDN lhe proporcionam maior seletividade e flexibilidade na estruturação das transações apesar das condições de mercado serem mais duras, embora o sacrifício da qualidade em favor do crescimento tenha impacto negativo na avaliação da Fitch.
Acompanhamento do Crescimento da Infraestrutura
Complementar A avaliação do crescimento pela Fitch também considera se a infraestrutura da CDN está se expandindo de forma apropriada para administrar um portfólio maior. O crescimento da infraestrutura deve alcançar a linha de frente de profissionais de investimento, o suporte e a tecnologia da contabilidade, das finanças e administrativo do back-office. A expansão para novas verticais do setor também deve ser medida e acompanhada por crescimento proporcional da equipe, com qualificação adequada. A ausência de investimentos suficientes na plataforma operacional pode levar a perdas de crédito e/ou operacionais, o que poderá ter impacto negativo na avaliação da Fitch.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Risco de Mercado — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal versus Complementar Descrição
Processo de Valorização do portfólio
Principal Tendo em vista a iliquidez da maioria dos ativos na carteira das CDNs, as estimativas do valor justo frequentemente exigem numerosas premissas da administração. Como resultado, a Fitch considera favorável o envolvimento de terceiros independentes no processo de valorização trimestral. Uma CDN que recebe valuations independentes de toda a sua carteira a cada trimestre são consideradas mais favoravelmente do que uma que tem apenas uma parcela de sua carteira avaliada por um terceiro ou que tem toda a sua carteira avaliada por um terceiro, embora com menos frequência. Entretanto, a Fitch efetivamente espera que a administração e o conselho estejam ativamente envolvidos no processo trimestral para identificar discrepâncias ou inconsistências na valorização do portfólio da companhia e como uma ferramenta para monitorar o desempenho do portfólio.
Consistência da Valorização do portfólio
Complementar A Fitch avalia a competência para valorização de uma CDN ao longo do tempo, analisando as saídas do portfólio da companhia versus as marcas do valor justo no trimestre anterior. Se os recursos das vendas estiverem consistentemente abaixo do valor justo, a Fitch questiona a suficiência do processo de valuation e/ou a competência do terceirizado. Por outro lado, se as saídas estiverem consistentemente acima do valor justo no trimestre anterior, a Fitch irá analisar se a CDN estava sendo muito conservadora em seu processo de valuation, na tentativa de reconhecer os ganhos regulares realizados. A Fitch espera que as marcas acima/abaixo em geral atinjam a média a longo prazo.
Riscos das Taxas de Juros e de Câmbio
Complementar A Fitch considera como os resultados da CDN podem ser afetados por um ambiente de taxas em mutação, levando em conta o mix de ativos e de captação fixo/flutuante. Quando são usados derivativos para administrar a exposição da taxa de juros, a Fitch considera seu custo e eficácia com o tempo, além da exposição da contraparte. Quando aplicável, a Fitch considera a exposição da CDN a movimentos da moeda estrangeira e o potencial impacto na rentabilidade e alavancagem. Se forem utilizados derivativos para administrar a exposição, a Fitch considera seu custo e eficácia com o tempo, além da exposição da contraparte.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Apetite por Risco — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
aaa Aa A bbb bb b ccc e abaixo
Padrões de Subscrição
Os padrões de subscrição são claramente avessos a risco e muito mais conservadores do que evidentes em qualquer outra parte no setor. Os padrões de crédito são consistentes com as alterações mínimas ao longo dos ciclos econômicos. As expectativas de desempenho a longo prazo são incorporadas. A composição da carteira é unicamente de créditos com garantias de primeiro grau.
Padrões de subscrição têm risco muito baixo e são mais conservadores do que o evidenciado em qualquer outra parte no setor. Os padrões de crédito são consistentes com as alterações nominais ao longo dos ciclos econômicos. Expectativas de desempenho a longo prazo estão incorporadas. A composição da carteira é unicamente de créditos com garantias.
Padrões de subscrição têm baixo risco e geralmente são mais rigorosos do que a prática do setor. Os padrões de crédito são amplamente consistentes, mas podem variar modestamente ao longo dos ciclos econômicos. Os padrões refletem as expectativas de desempenho a médio prazo. A composição da carteira é unicamente de créditos.
Padrões de subscrição geralmente em linha com a ampla prática do setor. Os padrões de crédito são variáveis ao longo dos ciclos econômicos. Os padrões refletem as expectativas de desempenho a médio prazo. A composição da carteira pode ter exposição mínima a posições de capital.
Padrões de subscrição refletem apetite por risco geralmente acima da média. Padrões de crédito podem ser mais agressivos do que as médias amplas do setor. Os padrões provavelmente mudarão notadamente ao longo dos ciclos econômicos. A composição da carteira pode ter exposição modesta a posições de capital.
Padrões de subscrição exibem alto apetite por risco. Os padrões de crédito normalmente são mais agressivos do que as amplas médias do setor e provavelmente mudarão consideravelmente ao longo dos ciclos econômicos. A composição da carteira pode apresentar significativa exposição a posições de capital.
Padrões de subscrição levam a elevada exposição a risco e devem refletir crise dentro da entidade. Os padrões de crédito não têm histórico discernível. Os padrões podem mudar frequentemente. A composição da carteira pode ter exposição significativa a posições de capital.
Controles de Risco
As ferramentas de risco e de reporte são extremamente robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados, com alterações mínimas ao longo de extensos períodos. Novas estratégias/verticais do setor são fortemente verificadas e testadas antes de implementadas.
Ferramentas de risco e de reporte são muito robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados com alterações nominais ao longo de extensos períodos. Novas estratégias/verticais do setor são cuidadosamente verificadas e testadas antes de implementadas.
Ferramentas de risco e de reporte são robustas. Os limites de risco são monitorados, mas podem mudar com base nas condições do negócio. Novas estratégias/verticais do setor são testadas antes de implementadas.
Ferramentas de risco e de reporte são boas. Os limites de risco são sólidos e monitorados, embora possam flutuar, com base em novas oportunidades. Estratégias/verticais do setor são cuidadosamente testadas antes de implementadas.
Ferramentas de risco e de reporte são aceitáveis, mas pode faltar profundidade e sofisticação. Os limites de risco podem mudar, com base em oportunidades do negócio. Novas estratégias/verticais do setor podem não ser inteiramente examinadas ou testadas antes de implementadas.
Ferramentas de risco e de reporte podem ser deficientes. Os limites de risco são rudes e podem não ser monitorados com frequência. Novas estratégias/verticais do setor não são testadas antes de implementadas.
Há significativas deficiências de controle de riscos.
Crescimento Crescimento do balanço ou do negócio alinhado às oportunidades do negócio e às condições de subscrição. Ambiente de controle é sistematicamente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Crescimento do balanço ou dos negócios raramente excede as oportunidades do negócio e as condições de subscrição. Ambiente de controle é sistematicamente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Crescimento do balanço ou dos negócios pode,às vezes, exceder as oportunidades do mercado e as condições de subscrição. Ambiente de controle é, em geral, adequadamente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Crescimento do balanço ou dos negócios excede mais frequentemente as oportunidades do mercado e as condições de subscrição. Ambiente de controle pode ficar aquém do aumento do volume de negócios.
Crescimento do balanço ou dos negócios pode exceder modestamente as oportunidades do mercado e as condições de subscrição. Desenvolvimento do ambiente de controle provavelmente ficará aquém do aumento do volume de negócios.
Crescimento do balanço ou dos negócios pode significativamente exceder as oportunidades do mercado e condições de subscrição. Ambiente de controle rotineiramente fica aquém do aumento do volume de negócios.
Crescimento pode ficar bem acima dos patamares sustentáveis.
Risco de Mercado
Exposição aos riscos de mercado é muito baixa. Os riscos de taxas de juros e de câmbio são muito baixos em relação aos pares. A avaliação da carteira é totalmente independente. As reservas regulatórias são muito significativas e administradas em relação à composição da carteira.
Exposição aos riscos de mercado é baixa. Os riscos de taxas de juros e de câmbio são baixos em relação aos pares e atenuados apropriadamente. A avaliação da carteira é totalmente independente. As reservas regulatórias são significativas e administradas em relação à composição da carteira.
Exposição aos riscos de mercado é modesta. Os riscos de taxas de juros e de câmbio são modestos e atenuados de forma apropriada. A avaliação da carteira é inteiramente independente. As reservas regulatórias são significativas e administradas em relação à composição da carteira.
Exposição aos riscos de mercado é média. Os riscos de taxas de juros e de câmbio são atenuados de forma apropriada. A avaliação da carteira envolve terceiros independentes. As reservas regulatórias existem e são administradas em relação à composição da carteira.
Exposição aos riscos de mercado é elevada. Técnicas básicas de hedge podem ser empregadas ou a efetividade é de certa forma comprometida. A avaliação da carteira é interna. As reservas regulatórias podem existir, mas não são administradas em relação à composição da carteira.
Exposição ao risco de mercado é alta ou altamente variável. Os riscos podem não contar efetivamente com hedge. As reservas regulatórias são mínimas e não são administradas em relação à composição da carteira.
Pode haver significativos riscos de mercado relativos às taxas de juros e de câmbio. Não há reservas regulatórias.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II.4.d Financeiras e Companhias de Leasing
Na avaliação do apetite por risco de financeiras e companhias de leasing, a Fitch considera os
seguintes subfatores:
padrões de subscrição;
controles de risco;
crescimento; e
risco de mercado.
Padrões de Subscrição— Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Políticas e Procedimentos
Principal A avaliação pela Fitch dos padrões de subscrição de uma financeira e companhia de leasing considera os relatórios internos de crédito da administração e as variações em relação à política, se disponíveis, como são reportados os créditos problemáticos e as práticas de tolerância, de modo a assegurar que um emissor não esteja atrasando o reconhecimento dos créditos problemáticos, particularmente nas instâncias em que o emissor não tem histórico de subscrição longo e estabelecido ao longo do ciclo.
Gestão do Risco de Valor Residual
Complementar A Fitch avalia a exposição de um emissor e a gestão do risco de valor residual, entendendo as políticas de precificação da companhia, sua capacidade de monitorar a condição dos ativos arrendados, sua flexibilidade para mudar os pagamentos (por exemplo, encargos adicionais por desgaste não razoável) ou emenda a contratos, a liquidez relativa do mercado para os colaterais usados e o acesso da companhia de leasing a vários canais de descarte. A capacidade de controlar efetivamente ganhos/perdas de valor residual, ao longo de vários ciclos de ativos é considerada a demonstração mais clara das capacidades de gestão do risco residual.
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementar Certos tipos de Financeiras e Companhias de Leasing, como compradores de dívida, não originam ou subscrevem os créditos originais que carregam no balanço ou administram. Seu modelo de negócio significa que a qualidade dos ativos será inerentemente fraca e sua capacidade de gerar fluxo de caixa para o serviço da dívida será em grande parte em função do grau em que as recuperações/cobranças excedem o preço pago pelos créditos. Consequentemente, para essas companhias, a avaliação da Fitch dos Padrões de Subscrição focarão também na disciplina de precificação ao longo dos ciclos econômicos. As medidas do setor, como ‘caixa em múltiplos de caixa’ (isto é, cobranças até a data mais a estimativa das cobranças remanescentes divididas pelo preço de compra), podem ser um indicador útil da disciplina de preços que a Fitch analisará, se disponível.
Fonte: Fitch.
Controles de Risco — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Ferramentas de Gestão de Risco
Principal A Fitch avalia a adesão de uma financeira ou companhia de leasing à sua estrutura de apetite por risco e aos padrões de subscrição considerando a força e a eficácia de suas ferramentas e sistemas de gestão de risco. Estas geralmente incluem limites pertencentes a concentrações de crédito, geografia, riscos de mercado e controles operacionais. Elas também podem também incluir ferramentas como tabelas de score de clientes, ratings internos ou fontes de dados de terceiros como os escritórios nacionais de crédito.
Reportes de Risco Complementar A avaliação pela Fitch dos controles de risco pode considerar os tipos de relatórios gerenciais usados, quando disponíveis. Isto pode auxiliar a indicar o quanto os controles de risco permeiam a organização com respeito a todos os riscos que a financeira ou a companhia de leasing pode incorrer, como riscos de crédito, mercado e operacionais.
Fonte: Fitch.
Crescimento — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Taxas de Crescimento Absolutas e Relativas
Principal A Fitch geralmente avalia o crescimento no contexto do negócio e da expansão do balanço em relação ao crescimento econômico, retenção de ganhos, aumento da equipe e dos pares, médias do setor e da indústria. O rápido crescimento dos créditos também pode distorcer a análise financeira, por exemplo, dificultando criar uma opinião sobre a verdadeira qualidade dos ativos porque as carteiras de crédito não tiveram tempo para amadurecer e podem ser indicativas de uma redução dos Padrões de Subscrição ou de aumento excessivo dos controles de risco.
Acompanhamento do Crescimento da Infraestrutura
Complementar A avaliação do crescimento pela Fitch pode ser influenciada negativamente pelo rápido crescimento se introduzir outros desafios como tensões operacionais (pois o back-office ou os sistemas podem não ser capazes de lidar com aumentos nos volumes dos negócios) ou da alavancagem (se o crescimento ultrapassar a retenção de ganhos).
Impactos do Crescimento Inorgânico
Complementar Quando o crescimento foi movido por aquisições de ativos ou de companhias inteiras, a Fitch considera a adequação estratégica, o processo de due diligence, o impacto econômico e o sucesso da integração. Um histórico de transações diluentes, passos em falso on-boarding e/ou expansão para categorias de produtos não principais podem influenciar negativamente a avaliação do crescimento pela Fitch.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 39
Março de 2018
Risco de Mercado — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Risco de Taxas de Juros e de Câmbio
Principal A avaliação pela Fitch do risco de mercado de uma financeira ou companhia de leasing considera, basicamente, o risco da taxa de juros, surgido das diferenças nos perfis de ativos e de captação da companhia, mas também podem incluir elementos como o uso de derivativos ou os riscos diretos e indiretos das taxas de câmbio. Os riscos de mercado serão mais altos para emissores em que a atividade além fronteiras resulta em riscos da taxa de câmbio, de modo que este fator pode ganhar maior importância relativa nessa instância. No caso de servicers hipotecários, a valorização dos direitos de serviço será bastante influenciada pelo nível e pela direção das taxas de juros, mas será também afetada pelas tendências dos preços da habitação, hedges aplicáveis e outras características da carteira.
Ferramentas de Gestão de Risco de Mercado e Controles
Complementar Ferramentas e controles para efetiva mitigação, aliados a uma estrutura robusta de testes de estresse, podem ser fortes atenuantes da redução do risco de mercado. Quando o risco de mercado for significativo, a Fitch avalia a adequação dos controles em relação a esse risco, às práticas de hedging e outras informações sobre risco de mercado do negócio.
Fonte: Fitch.
Apetite por Risco — Financeiras e Companhias de Leasing
aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Padrões de Subscrição
Padrões de subscrição claramente avessos a risco e de longe mais conservadores do que em qualquer outra parte no setor. Os padrões de crédito são condizentes com as alterações mínimas ao longo dos ciclos econômicos. Expectativas de desempenho de longo prazo estão incorporadas. Exposição ao risco de valor residual é muito
baixa e muito conservadoramente administrada, em relação aos pares.
Padrões de subscrição têm risco muito baixo e são mais conservadores do que evidenciado em qualquer outra parte do setor. Padrões de crédito são consistentes com as mudanças nominais, ao longo dos ciclos econômicos. Expectativas de desempenho a longo prazo estão incorporadas. Exposição ao risco de valor residual é baixa e/ou os riscos são
administrados de forma mais conservadora em relação aos pares.
Padrões de subscrição têm risco baixo e são geralmente mais rigorosos do que a prática no setor. Padrões de crédito amplamente consistentes, mas podem variar modestamente ao longo dos ciclos econômicos. Padrões refletem as expectativas de desempenho a médio prazo. Exposição ao risco de valor residual é modesta e/ou o risco é
geralmente administrado de forma mais rigorosa em relação aos pares.
Padrões de subscrição geralmente em linha com a ampla prática do setor. Padrões de crédito são variáveis ao longo de ciclos econômicos. Os padrões refletem as expectativas de desempenho a médio prazo. Exposição ao risco de valor residual é média e/ou o risco é administrado geralmente em linha com os pares.
Padrões de subscrição refletem geralmente apetite por risco acima da média. Padrões de crédito podem ser mais agressivos do que as amplas médias do setor. Os padrões devem mudar notadamente ao longo de ciclos econômicos. Exposição ao risco de valor residual é elevada e/ou o risco é administrado de forma mais agressiva em relação aos pares.
Padrões de subscrição exibem apetite elevado por risco. Padrões de crédito normalmente são mais agressivos do que as amplas médias do setor e deverão mudar consideravelmente ao longo dos ciclos econômicos. Exposição ao risco de valor residual é alta e/ou o risco é administrado de forma mais agressiva em relação aos pares.
Padrões de subscrição levam a elevada exposição a risco e deverão refletir estresse dentro da entidade. Padrões de crédito não têm qualquer histórico discernível. Padrões podem flutuar frequentemente. Exposição ao risco de valor residual é muito alta e/ou o risco não é administrado de modo apropriado.
Controles de Risco
Ferramentas de risco e de relatórios são extremamente robustas. Limites de risco são rotineiramente monitorados, com mínimas alterações ao longo de extensos períodos. Entrada em novos negócios/estratégias é fortemente analisada e testada antes de implementada.
Ferramentas de risco e de relatórios são muito robustas. Os limites de risco são rotineiramente monitorados, com alterações nominais ao longo de extensos períodos. Entrada em novos negócios /estratégias é cuidadosamente examinada e testada antes de implementada.
Ferramentas de risco e de relatórios são robustas. Limites de risco são monitorados, mas podem mudar com base em condições do negócio. Entrada em novos negócios/estratégias é testada antes de implementada.
Ferramentas de risco e de relatórios são boas. Limites de risco são sólidos e monitorados, embora possam flutuar com base em oportunidades. Entrada em novos negócios/estratégias é cuidadosamente testada antes de implementada.
Ferramentas de risco e de relatórios são aceitáveis, mas pode faltar profundidade ou sofisticação. Limites de risco podem mudar com base em oportunidades de negócios. Exposição a riscos operacionais é ponderada. Entrada em novos negócios/estratégias pode não ser completamente veta ou testada antes de testes.
Ferramentas de risco e de relatórios podem ser deficientes. Limites de risco são brutos e podem não ser monitorados frequentemente. A entrada em novos negócios/estratégias não é testada antes de implementada.
Há deficiências relevantes no controle de riscos.
Crescimento Expansão do balanço ou crescimento dos negócios não deve pressionar a solvência ou ultrapassar a sustentável expansão a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Ambiente de controle sistematicamente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Expansão do balanço ou dos negócios raramente pressiona a solvência ou ultrapassa a expansão sustentável a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Ambiente de controle sistematicamente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Expansão do balanço ou dos negócios pode, às vezes, pressionar a solvência e exceder a expansão sustentável a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Ambiente de controle é, em geral, convenientemente adaptado para atender ao aumento do volume de negócios.
Expansão do balanço ou dos negócios mais frequentemente pressiona a solvência e excede a expansão sustentável a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Ambiente de controle pode ficar aquém do aumento do volume de negócios.
Expansão do balanço ou dos negócios frequentemente pressiona a solvência e excede a expansão sustentável a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Desenvolvimento do ambiente de controle provavelmente aquém do aumento do volume de negócios.
Expansão do balanço ou dos negócios normalmente pressiona a solvência e a expansão sustentável a longo prazo dos principais segmentos de negócios. Ambiente de controle rotineiramente fica aquém do aumento dos volumes de negócios.
Expansão pode ficar bem acima de níveis sustentáveis. Ou incapacidade de vender ativos para atingir a necessidade de contração do balanço.
Risco de Mercado
Exposição aos riscos de mercado muito baixa. Riscos de taxas de juros e de câmbio muito baixos em relação aos pares.
Exposição baixa aos riscos de mercado. Riscos de taxa de juros e de câmbio baixos em relação aos pares e atenuados de forma apropriada.
Exposição aos riscos de mercado é modesta. Riscos de taxas de juros e de câmbio modestos e atenuados de forma apropriada.
Exposição aos riscos de mercado é média. Riscos de taxas de juros e de câmbio atenuados de forma apropriada.
Exposição aos riscos de mercado é maior. Técnicas básicas de hedge podem ser empregadas ou a eficácia ficará um pouco comprometida.
Exposição ao risco de mercado é elevada ou altamente variável. Riscos podem não ter hedge eficaz.
Pode haver riscos de mercado significativos, relativos a taxas de juros e de câmbio.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 40
Março de 2018
II.4.e Instituições de Infraestrutura do Mercado Financeiro
A avaliação do apetite por risco das IMFs considera os seguintes subfatores:
risco operacional, de reputação e legal;
administração do risco de contrapartes e
crescimento.
Riscos Operacionais, de Imagem e Legais — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Infraestrutura do Risco Operacional
Principal A avaliação do risco operacional, de imagem e legal pela Fitch se centra na capacidade de processar com precisão e eficiência grandes volumes de transações, sustentados por uma estrutura de risco operacional com plataformas tecnológicas robustas e controles e operações de back-office apropriados A avaliação normalmente será afetada negativamente se a Fitch determinar que uma IMF tem uma estrutura de risco operacional ou ambiente de controle fraco ou desatualizado. Neste contexto, a Fitch considera o nível de investimentos para modernização tecnológica ao avaliar o risco operacional de IMFs. Além disso, o risco legal pode surgir de processamento incorreto de transações da IMF ou de violação às leis ou regulamentações aplicáveis (por exemplo, se estiver violando sanções).
Continuidade do Negócio e Disponibilidade do Sistema
Complementar Para assegurar a continuidade do negócio em caso de desastres físicos, as IMFs devem operar com eficiente duplicação e backup de sistemas de computação e desenvolver e manter planos de continuidade do negócio, incluindo locais de recuperação de desastres que estejam geograficamente dispersos. A agência também considera os índices de disponibilidade do sistema (definidos como o tempo em que a plataforma de uma IMF está realmente disponível para operar versus o tempo máximo que uma plataforma deve estar disponível para operar), em relação aos pares e padrões do setor, assim como a frequência e a duração média das paralisações do sistema quando a atividade é interrompida em uma ou mais plataformas.
Fonte: Fitch.
Gestão Risco da Contraparte — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Margem Colateral
Principal As IMFs buscam minimizar o risco de contraparte tomando significativas garantias de contraparte, que podem ser utilizadas em caso de inadimplência da contraparte. A avaliação da gestão de risco da contraparte da Fitch considera o dimensionamento inicial e a contínua manutenção desta garantia, com os mecanismos predefinidos de contraparte/padrão do cliente.
Processos Padronizados e Cascata
Principal A avaliação da Fitch pode ser influenciada positivamente por procedimentos padronizados robustos e claramente definidos que protegem a câmara de compensação e os membros de compensação não padrão de um membro de compensação. Isso inclui processos prescritos por meio de cascatas de inadimplência, que incluem o uso de uma garantia colateral (margem) e contribuições de fundos garantidores para reduzir ou eliminar perdas. No caso de todas as perdas não serem cobertas, a câmara de compensação pode acessar as contribuições de capital, as contribuições dos fundos de garantia do membro adimplente e os recursos possíveis novos recursos de membros de compensação adimplentes. A avaliação sobre o gerenciamento de risco da contraparte centra-se em mecanismos que não dependem da imposição de perdas econômicas para participantes. Assim, o uso de mecanismos de suspensão de compensação ou componentes de compartilhamento de perdas no final da cascata de inadimplência, incluindo baixas de contribuições de membros adimplentes para fundos inadimplentes descontos da variação de margens de ganhos serão vistos negativamente pela Fitch. Do ponto de vista quantitativo, a Fitch também pode avaliar o nível de exposição das maiores contrapartes em excesso de colateral ante os recursos alocados por uma câmara de compensação para mitigar perdas (referido como "na própria pele") antes que os fundos coletivos possam ser baixados.
Padrões de Compensação de Membros
Complementar O risco de contraparte é gerenciado por padrões de compensação estritos, requerimentos de margem, colaterais aceitáveis e fundos garantidores. A Fitch em geral analisa as políticas e os procedimentos das câmaras de compensação relacionadas à gestão do risco de contraparte para determinar até que ponto capturam possíveis riscos de contraparte de maneira ambrangente e olhando para frente. A agência consdera os fatores descritos na tabela abaixo (Considerações sobre a Estrutura de Gestão do Risco das Contrapartes em IMFs) para analisar a suficiência de uma câmara de compensação contraparte na estrutura de gestão de risco.
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementares Casas de câmbio puras e CSD sem licenças bancárias agem simplesmente como ponto de negociação ou depósito de títulos para posterior liquidação e compensação direta para terceiros. Com exceção do risco mínimo de contraparte decorrente de faturas comerciais e potencialmente de investimentos em ativos financeiros, as casas de câmbio e as CSDs sem licenças bancárias não estão materialmente expostas a contraparte. Como tal, o risco de contraparte não é um driver de rating chave para casas de câmbio ou CSDs sem licenças bancárias, embora ambos os tipos de organizações sujeitem seus membros a requisitos mínimos quali e quantitativos.
Fonte: Fitch.
Considerações sobre a Estrutura de Gestão do Risco das Contrapartes em IMFs Gestão do Risco das Contrapartes Procedimentos de Margem Fundos Garantidores Recursos Dedicados (por ex, “Arriscando a Pele”)
Margem Inicial /Margem de Variação Cálculo Porte Versus Exposição da Contraparte Porte Versus Exposição da Contraparte
Exigências Financeiras Frequência Frequência do Redimensionamento Porte Versus Contribuições dos Membros
Due Diligence Postagem Qualidade
Mecanismo de Determinação (por ex, redimensionamento com base nos montantes da exposição)
Remediação Valorização Diversificação
Regras para Associação Buffers Custódia
Gestão da Concentração Cortes
Revisão
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Crescimento — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Taxas de Crescimento Absolutas e Relativas
Principal A Fitch avalia o crescimento de IMFs no contexto do balanço e/ou do crescimento do negócio em relação às condições e volatilidades do mercado e às médias dos pares. De modo geral, as câmaras de compensação contam com significativos depósitos de margens e a contribuição dos recursos de garantia compensa os dois lados do balanço associado aos respectivos valores mobiliários liberados. O crescimento dos componentes deste balanço está altamente correlacionado às condições gerais do mercado. Ao avaliar o crescimento de uma câmara de compensação, a Fitch exclui estes balanços de sua análise básica, uma vez que estes recursos são para benefício dos credores membros da câmara de compensação e não refletem o crescimento do balanço principal. Assim, a tendência do crescimento do balanço consolidado pode ser informativa a prazo mais longo.
Acompanhamento da Infraestrutura de Crescimento
Complementar A avaliação do crescimento pela Fitch pode ser influenciada negativamente se o rápido crescimento criar tensões à capacidade das plataformas de tecnologia e operações de back-office de lidarem com o aumento dos volumes de trading, compensação ou de depósitos.
Impactos do Crescimento Inorgânico
Complementar Aquisições não acretivas podem afetar negativamente a avaliação do crescimento pela Fitch se não complementarem a estratégia de longo prazo da entidade combinada. Além disso, as aquisições podem afetar negativamente a avaliação do crescimento pela Fitch se os indicadores de alavancagem estiverem altos e/ou os custos da integração forem elevados.
Fonte: Fitch.
Apetite por Risco IMFs
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Riscos Operacionais e Legais
Ocorrência extremamente rara de problemas técnicos resultando em danos reputacionais ou legais. Nível muito alto de investimentos em tecnologia. Contínuo desenvolvimento e fortalecimento de plataformas de tecnologia. Sistemas, controles e procedimentos extremamente fortes; testes beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade do negócio.
Raras ocorrências de problemas técnicos resultando em danos reputacionais e legais. Alto nível de investimentos em tecnologia. Frequente desenvolvimento e fortalecimentos de plataformas de tecnologia. Sistemas, controles, procedimentos muito fortes; testes beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade dos negócios.
Ocorrências limitadas de problemas técnicos que resultem em danos reputacionais ou legais. Alto nível de investimentos em tecnologia. Frequente desenvolvimento e fortalecimentos das plataformas de tecnologia. Sistemas, controles, procedimentos fortes; testes beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade dos negócios.
Ocorrências raras de problemas técnicos que resultem em danos reputacionais ou legais. Nível médio de investimentos em tecnologia. Desenvolvimentos e fortalecimentos médios em plataformas de tecnologia. Sistemas, controles e procedimentos sólidos; teste beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade dos negócios.
Ocorrências frequentes de problemas técnicos que resultam em danos reputacionais e legais. Nível abaixo da média de investimentos em tecnologia. Desenvolvimento e fortalecimentos abaixo da média em plataformas de tecnologia. Sistemas, controles e procedimentos adequados; testes beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade dos negócios.
Ocorrências muito frequentes de problemas técnicos resultando em danos reputacionais ou legais. Nível de investimentos abaixo da média em tecnologia. Desenvolvimento e fortalecimentos abaixo da média em plataformas de tecnologia. Sistemas, controles e procedimentos fracos; testes beta de novas plataformas de tecnologia e continuidade de negócios.
Ocorrências regulares de problemas técnicos resultando em danos reputacionais e legais. Nenhum investimento em tecnologia. Plataformas de tecnologia em desenvolvimento. Deficiências em sistemas, controles e procedimentos e continuidade de negócios.
Administração do Risco de Contrapartes
Supervisão extremamente forte de contrapartes/ clientes, tanto inicialmente como em curso. Proteção extremamente forte para cálculos e estabelecimento de margens; fundo aceitável de colaterais e garantias. Procedimentos de inadimplência extremamente fortes. Administração da exposição de clientes e de colaterais extremamente forte.
Supervisão muito forte de contrapartes/clientes, tanto inicialmente como em curso. Proteção muito forte dos cálculos e estabelecimento de margens, fundo de colaterais e de garantias aceitável. Procedimentos de inadimplência muito fortes. Administração da exposição de clientes e colaterais muito fortes.
Forte supervisão de contrapartes/clientes, tanto inicialmente como de forma contínua. Forte proteção financeira para cálculo e estabelecimento de margens; fundo de colaterais e de garantia aceitável. Fortes procedimentos de inadimplência. Forte administração da exposição de clientes e colaterais.
Sólida supervisão de contrapartes/clientes, tanto inicialmente como em curso. Sólida proteção financeira para cálculo e estabelecimento de margens; fundo de colaterais e de garantia aceitável. Sólidos procedimentos de inadimplência. Sólida administração da exposição de clientes e colaterais.
Moderada supervisão de contrapartes/ clientes, tanto inicialmente como em curso. Boa proteção financeira para cálculo e estabelecimento de margens; fundo de colaterais e de garantia aceitável. Procedimentos de inadimplência moderados. Moderada administração da exposição de clientes e colaterais.
Fraca supervisão de contrapartes/clientes, tanto inicial como contínua. Fracas garantias financeiras para cálculo e estabelecimento de margens; fundo de colaterais e de garantia aceitável. Procedimentos de inadimplência fracos. Administração da exposição de clientes e colaterais fraca.
Deficiências na supervisão de contrapartes/clientes, tanto inicialmente como em curso. Proteção financeira para cálculo e estabelecimento de margens limitadas ou em evolução; fundo de colaterais e de garantia aceitável. Ausência de procedimentos de inadimplência. Deficiências na administração da exposição de clientes e colaterais.
Crescimento Crescimento do balanço ou do negócio não deve ultrapassar o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Ambiente de controle sistematicamente adaptado para atender ao aumento dos volumes do negócio.
Crescimento do balanço ou do negócio raramente ultrapassa o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Ambiente de controle sistematicamente adaptado para atender ao aumento dos volumes do negócio.
Crescimento do balanço ou do negócio pode por vezes ultrapassar o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Ambiente de controle é frequentemente devidamente adaptado para atender ao aumento dos volumes do negócio.
Crescimento do balanço ou do negócio excede frequentemente o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Ambiente de controle pode ficar aquém do aumento dos volumes de negócios.
Crescimento do balanço ou do negócio frequentemente ultrapassa o crescimento sustentável a longo prazo dos principais segmentos do negócio. Desenvolvimento do ambiente de controle aquém do aumento dos volumes de negócios.
Crescimento do balanço normalmente ultrapassa o crescimento sustentável de longo prazo dos segmentos do negócio. O ambiente de controle rotineiramente fica aquém do aumento dos volumes do negócio.
O crescimento pode ultrapassar bastante os patamares sustentáveis.
Fonte: Fitch
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II.5 Avaliação do Perfil Financeiro
Importância Desta Avaliação
O perfil de uma instituição financeira não bancária, que normalmente pode ser medido por
meio da análise dos principais indicadores financeiros, de tendências e da estabilidade dessas
métricas, é relevante por proporcionar forte indicação sobre o desempenho da empresa nas
principais dimensões de sua situação creditícia. Em muitos aspectos, os indicadores
financeiros são o resultado do ambiente operacional da instituição financeira não bancária, do
perfil da companhia, da administração e da estratégia, bem como do apetite por risco.
Os indicadores de risco permitem analisar como o apetite por risco e a administração de uma
instituição financeira não bancária se comparam com os pares e se o desempenho é
proporcional aos ciclos do negócio. A qualidade dos ativos é relevante, pois a fraca qualidade
dos ativos pode contaminar a solvência do balanço de uma instituição financeira não bancária
e, em última análise, sua capacidade de honrar as obrigações junto aos credores. Os
indicadores de alavancagem e adequação de capital são relevantes, uma vez que determinam
a capacidade de a instituição financeira não bancária crescer e absorver perdas inesperadas.
A captação e a liquidez são relevantes, pois inadequações nestas duas áreas normalmente
levam a falhas da instituição financeira não bancária, como resultado dos descasamentos
entre ativos e passivos, ou iliquidez dos ativos. A lucratividade é importante, pois determina a
capacidade de a instituição financeira não bancária honrar a dívida e/ou gerar capital
internamente para agir como primeira linha de defesa contra as crescentes despesas de
provisão ou outras fontes de risco ou de perda.
O ponto de partida da Fitch normalmente são as demonstrações financeiras auditadas, mas a
agência também geralmente considera as demonstrações financeiras não auditadas
trimestrais ou mensais. A Fitch efetua ajustes, de modo a permitir maior comparabilidade entre
jurisdições (IFRS versus US GAAP), como reclassificação de contas, para adequar planilhas
padrão e cálculos de índices. Os ajustes podem implicar exclusão de ganhos/perdas pontuais
ou receitas e despesas não caixa da lucratividade operacional, exclusão de ativos intangíveis
do capital ou inclusão de créditos reestruturados como parte dos ativos provisionados.
A Fitch geralmente realiza seus próprios testes de estresse em diferentes aspectos do perfil
financeiro de uma instituição financeira não bancária (Veja Anexo 4), como qualidade de ativos,
adequação de capital ou liquidez. Estes podem incluir vários cenários regionais ou do setor mais
amplo específico à instituição para determinar a capacidade de uma instituição suportar uma rápida
mudança no ambiente operacional. Os resultados desses testes de estresse são informativos tanto
em bases absolutas como relativas, mas isoladamente podem não necessariamente impulsionar
as decisões de rating. A Fitch também considera testes de estresse gerados pelo emissor para
compreender como isto influencia a tomada de decisões na organização.
Faixas Quantitativas
Para cada subsetor de uma instituição financeira não bancária, a Fitch usa um conjunto de
indicadores principais e complementares para determinar o score de fator do perfil financeiro.
Os números nas seções abaixo estabelecem as faixas quantitativas indicativas das métricas
do perfil financeiro principal. A Fitch usa uma faixa de quatro anos, em média (quando os
dados estão disponíveis), para determinar o score de fator implícito de todos os indicadores,
exceto os de capitalização e alavancagem. Para estes, utiliza o ponto de dados disponíveis
mais recentes, uma vez que o considera um indicador mais confiável do nível de métrica no
futuro. As médias de quatro anos representam uma média do indicador em questão ao longo
de cada um dos quatro períodos individuais, em vez de agregar numeradores e
denominadores para o período acumulado.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 43
Março de 2018
Embora um indicador não possa explicar inteiramente um fator de score, o score implícito é o
ponto de partida para a determinação do score real. Por exemplo, a opinião sobre a qualidade
dos ativos de uma instituição financeira não bancária incorpora outros aspectos, como taxa de
crescimento, colaterais e reservas e baixas de crédito, o que pode resultar no ajuste do score de
fator implícito antes de se chegar ao score de fator final. Alguns destes aspectos do perfil
financeiro de uma instituição financeira são capturados em indicadores complementares, embora
a Fitch combine uma análise quantitativa a um julgamento qualitativo para determinar os scores
de fator, expressos por uma faixa de três graus.
As razões analíticas mais comuns para ajustar os scores de fatores implícitos estão delineadas nas
seções abaixo. Os ajustes podem influenciar negativa ou positivamente o score final de fatores. Em
termos gerais, os ajustes tendem a cair em duas categorias amplas: (1) a Fitch ajusta os
elementos de risco específicos ou as características do perfil do negócio que podem não ser
capturados de forma adequada nos principais índices financeiros; e (2) a Fitch ajusta os
elementos cíclicos e/ou estruturais que, na opinião da agência, significam que os índices
históricos podem não ser indicadores confiáveis de desempenho futuro.
Ajustes no Fator Implícito da Qualidade/Desempenho dos Ativos/Score de Fator de Exposição à Contraparte
Os ajustes mais comuns no score do fator implícito da qualidade/performance dos ativos de
uma instituição financeira não bancária são os seguintes:
Crescimento: Crescimento elevado em comparação aos pares ou à economia doméstica
podem levar a uma deterioração significativa da qualidade ou do desempenho dos ativos. Além
disso, altas taxas de crescimento podem diminuir os índices de qualidade de ativos, devido ao
efeito retardado sobre o numerador, embora a redução da alavancagem possa inflá-lo. Um
crescimento significativamente inferior ao dos pares pode ser visto como conservador e positivo
para o fator de score, principalmente se as condições de mercado forem desafiadoras.
Colateral e Provisões: Uma forte cobertura dos créditos em atraso por provisões em
comparação com os pares, como refletido no índice de provisões para créditos em
atraso/créditos em atraso de financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço, ou
uma proporção elevada de crédito com garantias ou de créditos do governo (por exemplo,
crédito educativo que tem garantia) pode reduzir o risco de exposição a atrasos de uma
instituição financeira não bancária. Por outro lado, o foco no crédito sem garantias ou uma fraca
cobertura de provisões teria, provavelmente efeito contrário. Deficiências na estrutura legislativa
que possam impactar a capacidade de uma instituição financeira não bancária liquidar colaterais
ou fazer cumprir seus direitos como credor podem resultar em ajuste negativo no score implícito.
Baixas de Créditos: O índice de créditos em atraso/total de créditos pode não capturar
inteiramente o desempenho da qualidade dos ativos de uma instituição financeira não
bancária quando ela baixa uma elevada proporção de créditos logo após eles entrarem em
atraso ou, inversamente, reter créditos problemáticos legados em seu balanço por um período
mais longo após eles ficarem em atraso. Por esta razão, a Fitch também considera os atrasos
nos créditos gerados em períodos recentes, conforme refletido no índice complementar médio
de despesas de provisão para crédito/total de créditos.
Políticas de Classificação de Créditos: Se a Fitch acreditar que uma instituição financeira
não bancária tem uma proporção relativamente grande de ativos de risco elevado que não
são capturados pelas definições tradicionais dos ativos em atraso (por exemplo, porque eles
foram reestruturados ou estão em Observação), isto pode pesar na avaliação da Fitch da
qualidade dos ativos. Uma classificação conservadora dos ativos em relação aos pares pode
ser modestamente positiva na avaliação da Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Concentrações: Exposições a elevadas concentrações em relação a tomadores/contrapartes
únicos, setores ou a classes de ativos (por exemplo, renda variável, renda fixa ou alternativos
para gestores de investimentos) podem aumentar a vulnerabilidade a flutuações cíclicas no
desempenho dos ativos. Por outro lado, uma boa diversificação da carteira/produtos pode ser
um fator moderadamente positivo ao avaliar a qualidade ou o desempenho dos ativos.
Exposições Não Creditícias: A Fitch pode ajustar para baixo o score de qualidade de ativos
quando acreditar que há riscos significativos de perdas surgindo de ativos não creditícios e de
leasing, como valores mobiliários, valores justos de derivativos ou ativos executados, ou de
exposições mantidas fora do balanço, como fundos sob administração, garantias e
compromissos. Por outro lado, quando uma proporção relativamente alta das exposições a
risco de uma instituição financeira não bancária estiver fora da carteira de crédito e esta tiver
risco baixo (por exemplo, títulos com ratings elevados ou exposições a financiamentos a
comércio exterior mantidas fora do balanço), isto pode resultar em ajuste positivo do score
implícito de qualidade de ativos.
Apetite por Risco e Modelo de Negócios: A Fitch pode ajustar para baixo o score de
qualidade dos ativos quando acreditar que a instituição financeira não bancária tem apetite por
risco relativamente alto ou um modelo de negócios ou especialização em uma classe de ativos
que, na opinião da agência, pode ser mais propenso a deteriorar ou volatilizar a qualidade dos
ativos. Nesses casos, a Fitch pode assumir que os indicadores de qualidade de ativos
recentemente reportados são mais vulneráveis a deterioração à medida que a exposição ao
crédito e a outros riscos amadurece. Por outro lado, um baixo apetite por risco ou um modelo de
negócios de menor risco podem resultar em ajuste positivo moderado do score de qualidade de
ativos. Entretanto, o escopo de qualquer ajuste positivo deve ser limitado nos casos em que os
indicadores de qualidade de ativos são fracos, devido às exposições legadas problemáticas e ao
fato de que a instituição financeira não bancária só recentemente reduziu seu apetite por risco.
Indicadores Históricos e Futuros: A Fitch pode considerar os históricos de qualidade de
ativos como indicadores não confiáveis para métricas futuras, por exemplo, porque as
mudanças na estratégia ou nas operações de uma instituição financeira não bancária, devido
a fusões, aquisições ou alienações, podem ter impacto relevante nas exposições de risco do
grupo, as expectativas econômicas da Fitch se desviam significativamente das condições
passadas ou as recentes métricas de qualidade dos ativos correspondem a uma parcela
particularmente favorável ou desfavorável do ciclo de crédito.
Porte Relativo: O tamanho absoluto do AUM de um gestor de investimentos afeta os
percentuais líquidos do fluxo de clientes. Os fluxos líquidos de entrada podem ultrapassar o
dos pares em dólar, embora fiquem aquém como percentual do AUM. Fluxos
superdimensionados de clientes podem se tornar problemáticos se os ativos para
investimento excederem as oportunidades de investimento, enquanto os fluxos abaixo da
média podem ser apropriados, dependendo das condições de mercado.
Ajustes no Score de Fatores Implícitos de Resultados e Lucratividade
Os ajustes mais comuns no score de fatores implícitos de resultados e da lucratividade de
uma instituição financeira não bancária são os seguintes:
Risco da Carteira: Para um modelo de negócio, os resultados podem ser inferiores aos dos
pares se a instituição financeira não bancária estiver administrando um risco mais baixo e,
assim, uma carteira com retornos mais baixos. Nesses casos, a agência também utilizará
medidas de retorno ajustadas pelo risco para avaliar a lucratividade em geral.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Diversificação das Receitas: A Fitch avalia mais favoravelmente o desempenho de uma
instituição financeira não bancária quando as receitas operacionais são mais diversificadas do
que a dos pares. A dependência de um conjunto único ou concentrado de linhas de negócio, de
relações com clientes ou de fluxos de receitas pode afetar negativamente a avaliação da Fitch.
Estabilidade dos Resultados: Pode haver um ajuste positivo no score de resultados e de
lucratividade de uma instituição financeira não bancária se os resultados se mostrarem
estáveis ao longo de um ciclo ou quando o desempenho recente sugere uma melhora
sustentável em comparação com a média de quatro anos de uma instituição financeira não
bancária. Por outro lado, a alta volatilidade dos resultados ou o recente enfraquecimento
estrutural do desempenho pode levar a um ajuste negativo. Determinados modelos de
negócios ou classes de ativos podem também ser mais vulneráveis a mudanças cíclicas no
desempenho, mesmo se estas não tiverem sido observadas até o presente; nesses casos, os
dados recentemente reportados podem não ser sustentáveis ou representativos da
expectativa de desempenho ao longo do ciclo, que pode assegurar um ajuste para baixo no
score dos resultados e do desempenho.
Métricas Históricas e Futuras: A Fitch pode considerar as métricas históricas de resultados
e lucratividade como indícios não confiáveis de métricas futuras, devido, por exemplo, a
alterações na estratégia ou nas operações de uma instituição financeira não bancária, a
fusões, aquisições ou alienações, por ter um impacto material na lucratividade do grupo, em
função de as expectativas econômicas da Fitch se afastarem materialmente das condições
passadas, ou porque as métricas de desempenho recentes correspondem a uma parte
particularmente favorável ou desfavorável do ciclo de crédito.
Considerações sobre Estrutura e Controle: Enquanto as instituições financeiras não
bancárias controladas por acionistas externos frequentemente focarem resultados
consistentemente maximizados, instituições financeiras não bancárias com poucos acionistas ou
grupo restrito de acionistas, sob controle dos empregados, poderão ter maior flexibilidade para
sacrificar os resultados correntes em troca de um potencial crescimento futuro, de um
posicionamento competitivo e/ou da retenção de funcionários. Esta flexibilidade será
considerada na avaliação dos resultados da instituição financeira não bancária.
Ajustes no Score de Fatores Implícitos de Capitalização e Alavancagem
Os ajustes mais comuns no score de fatores implícitos de capitalização e alavancagem de
uma instituição financeira não bancária são os seguintes:
Cobertura pelas Reservas e Valorização de Ativos: Pode ser necessário um ajuste de
capital, de modo a refletir qualquer sub ou sobre-provisionamento para ativos em atraso,
conforme capturados no índice de ativos em atraso menos provisão para créditos em
atraso/núcleo de capital Fitch. Valorizações agressivas ou conservadoras dos ativos
executados também podem afetar a análise da Fitch de capitalização .
Lucratividade, Distribuição e Crescimento: A Fitch poderá ajustar para baixo o score de
capitalização e alavancagem quando a retenção de ganho de uma instituição financeira não
bancária for fraca (por exemplo, devido a lucratividade baixa e/ou altos índices de distribuição ou
taxa de recompra de ações) ou a taxa de expectativa de crescimento da instituição financeira
não bancária for alta, de modo a refletir o provável impacto negativo que isto terá nas métricas
de capital. Por outro lado, uma forte retenção de ganhos ou um baixo crescimento poderão
resultar em ajuste positivo do score de capitalização e alavancagem.
Concentrações: A existência de elevadas concentrações em setores ou classes de ativos
únicos de tomadores/contrapartes pode aumentar a vulnerabilidade do capital a flutuações do
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Março de 2018
desempenho dos ativos. Por outro lado, uma boa diversificação da carteira pode ser
moderadamente positiva para avaliar capitalização e alavancagem.
Porte: Uma pequena base de capital (em termos absolutos) pode deixar uma instituição mais
vulnerável a eventos imprevistos, especialmente quando há concentrações de risco, até mesmo
se os índices de capital são relativamente fortes. Isto pode resultar em ajuste para baixo do
score de capitalização e alavancagem de uma instituição financeira não bancária. Uma ampla
(em termos absolutos) base de capital pode ser moderadamente positiva para a avaliação.
Fungibilidade: A Fitch pode ajustar para baixo o score de capitalização e alavancagem de
uma instituição financeira não bancária controladora quando ela tiver subsidiárias relevantes,
em particular reguladas ou estrangeiras, e houver restrições significativas a transferências de
capital dentro do grupo. Índices de capital individuais mais fracos do que os do grupo, em
bases consolidadas, aumentam a probabilidade desse ajuste.
Aumento (ou Distribuição) de Capital: A Fitch pode ajustar o score de capitalização e
alavancagem, de modo a refletir aumento ou distribuição de capital (ou expectativas destes)
que tiverem ocorrido após a última data do relatório financeiro.
Apetite por Risco e Modelo de Negócios: Determinados modelos de negócios ou
especializações de classes de ativos podem ser mais vulneráveis a oscilações cíclicas no
desempenho, assim como uma reserva de capital maior se torna necessária para atingir um
determinado score de capitalização e alavancagem. Por outro lado, um ajuste positivo poderá
ser efetuado quando o desempenho se comprovar estável ao longo de um ciclo ou se a entidade
for beneficiada tanto pelos ativos no balanço como pela capacidade de geração de fluxo de
caixa. O score de capitalização e alavancagem de uma instituição financeira não bancária
avaliada com base na alavancagem do fluxo de caixa (dívida/EBITDA) também poderá ser
ajustado de modo a refletir a variabilidade na geração de EBITDA.
Métricas Históricas e Futuras: A Fitch pode considerar as métricas de capitalização e
alavancagem reportadas mais recentemente como indicadores não confiáveis de métricas
futuras. Por exemplo, devido a mudanças na estratégia ou nas operações de uma instituição
financeira não bancária, a fusões, aquisições ou alienações, podendo ter impacto material no
perfil do grupo ou a alterações previstas no desempenho da qualidade de ativos ou na
lucratividade da instituição.
Saldo de Caixa Elevado e Sustentado: Embora a Fitch tenda a focar índices de
alavancagem baseada na dívida bruta, a agência pode ajustar o score de capitalização e de
alavancagem para cima, onde, por exemplo, uma instituição financeira não bancária tem
mantido saldos de caixa elevados. Neste caso, a Fitch pode dar maior ênfase aos indicadores
de alavancagem líquida. Considerações sobre os indicadores de alavancagem líquida seriam
apoiadas pela presença de características estruturais que garantissem a disponibilidade
contínua de dinheiro para beneficiar os credores, a demonstração de manutenção de caixa ao
longo de períodos de estresse ou manifestação pública de estratégia para manter saldos de
caixa. A ausência desses recursos tornaria improvável um ajuste para cima.
Ajustes ao Score de Fatores Implícitos de Captação, Liquidez e Cobertura
Os ajustes mais comuns ao score implícito de captação, liquidez e cobertura de uma
instituição financeira não bancária são os seguintes:
Cobertura da Liquidez: A cobertura forte ou fraca dos passivos de curto prazo de uma
instituição financeira não bancária pelos ativos líquidos pode resultar em ajuste para cima ou
para baixo, respectivamente, do score de captação, liquidez e cobertura. A Fitch considerará
volume, qualidade e oneração dos ativos líquidos de uma instituição financeira não bancária
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ao efetuar esta avaliação. A ausência de vencimentos de dívida a curto e médio prazos pode
reduzir a necessidade de liquidez significativa, particularmente se os vencimentos dos
passivos se estenderem além dos vencimentos dos ativos. Da mesma forma, o score da
captação, liquidez e cobertura pode ser ajustado para cima nos fundos de investimento com
obrigações financeiras limitadas de curto a médio prazos.
Modelo de Negócio Gerador de Fluxo de Caixa: O aumento do score da captação, liquidez
e cobertura pode ocorrer se o modelo de negócios da instituição financeira não bancária for
considerado altamente gerador de fluxo de caixa, particularmente em épocas de crise, de
desaquecimento econômico e/ou de redução de investimentos. Por exemplo, determinados
modelos de negócios com fluxos de caixa contratuais (servicers, companhias de
locação/leasing) historicamente demonstram capacidade de gerar fluxo de caixa significativo
assim que os investimentos discricionários passaram a ser moderados.
Sensibilidade da Confiança: A Fitch considerará a estrutura de prazos, diversificação por
fonte e confiabilidade do acesso ao mercado de uma instituição financeira não bancária ao
avaliar os riscos associados à sua captação no atacado. Captação de longo prazo estável (por
exemplo, devido ao bem estabelecido acesso ao mercado) poderá resultar em ajuste para
cima do score de captação, liquidez e cobertura. Por outro lado, o score implícito da captação,
liquidez e cobertura da instituição financeira não bancária poderá ser ajustado para baixo caso
seu acesso aos mercados de capitais seja inconsistente ou limitado.
Liquidez em Moeda Estrangeira: O score da captação, liquidez e cobertura de uma
instituição financeira não bancária poderá ser ajustado para baixo quando a cobertura dos
passivos em moeda estrangeira pela liquidez em moeda estrangeira for fraca, em particular,
quando pode ser difícil para a instituição financeira não bancária converter moeda local em
moeda estrangeira, em caso de necessidade.
Fungibilidade: A Fitch poderá ajustar para baixo o score de captação, liquidez e cobertura de
uma instituição financeira não bancária quando esta tiver muitas subsidiárias, em particular,
estrangeiras ou reguladas, e houver restrições significativas a transferências de liquidez
dentro do grupo. Índices de liquidez e de captação em bases individuais mais fracos do que
os do grupo, em bases consolidadas, aumentam a probabilidade desse ajuste.
Acesso Contingente: A capacidade relativamente forte de acesso à liquidez contingente, por
exemplo, como resultado de linhas de crédito amplas, compromissadas e de longa duração,
poderá resultar em ajuste positivo do score de captação, liquidez e cobertura. Por outro lado,
a dependência indevida de captação de curto prazo ou não compromissada pode resultar em
ajuste negativo.
Métricas Históricas e Futuras: A Fitch pode considerar as métricas históricas de captação e
liquidez como não sendo indicadores confiáveis de métricas futuras, por exemplo, devido a
mudanças na estratégia ou nas operações de uma instituição financeira não bancária ou
devido ao fato de fusões, aquisições ou alienações poderem impactar de forma relevante a
estrutura do balanço da instituição.
As medidas financeiras normalmente são influenciadas pelo ambiente operacional, e a Fitch as
considera neste contexto. Desta forma, as comparações das métricas financeiras por meio de
diferentes geografias refletirá os diferentes ambientes operacionais, legais e regulatórios de
instituições não bancárias. Consequentemente, as comparações dos indicadores financeiros dos
pares diretos ou no mercado, em geral, ganharão maior importância nesta avaliação.
A Fitch não emprega ponderações pré-estabelecidas de fatores ou subfatores, uma vez que
sua influência relativa pode variar. Por exemplo, a importância relativa da capitalização e
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alavancagem e qualidade dos ativos do perfil de crédito individual de uma instituição
financeira não bancária sofrendo de escassez relevante de capital como resultado de
elevadas perdas idiossincráticas de crédito poderá ser alta (e o rating de crédito, em bases
individuais, muito baixo). Até mesmo se a instituição financeira não bancária se sair bem ou
melhor em outros fatores ou subfatores.
Ao longo do restante da seção Perfil Financeiro da metodologia, há referências periódicas a
EBITDA. Para evitar dúvidas, a Fitch normalmente ajusta os cálculos do EBITDA para
contabilizar várias considerações analíticas, inclusive, dentre outras, aos itens não recorrentes,
itens relativos ao desempenho ou outras despesas não caixa, como compensação de estoques.
Ao longo do restante da seção Perfil Financeiro da metodologia, há referências periódicas a
Capital/Reservas. Para evitar dúvidas, a Fitch foca em capital tangível, excluindo o goodwill e
outros intangíveis de seus cálculos.
As tabelas a seguir identificam os atributos do perfil financeiro que a Fitch definiu como
‘Principais’ versus ‘Complementares’, juntamente com uma indicação de como cada atributo é
normalmente avaliado. A matriz da categoria de subfator/rating que acompanha proporciona
características representativas que auxiliam a determinação do score geral de fatores
atribuído a cada caso.
II.5.a Empresas de Valores Mobiliários
A avaliação da Fitch sobre o perfil financeiro de empresas de valores mobiliários considera os
seguintes subfatores:
qualidade de ativos;
receita e lucratividade;
capitalização e alavancagem e
captação, liquidez e cobertura.
Características de Risco das Atividades Básicas de Negócios de Empresas de Valores Mobiliários Atividade Uso do Balanço Nível de Risco Nível de Lucratividade Estabilidade da Lucratividade
Formador de Mercado (Market Maker) Alto Alto Médio Cíclica
Prime Broker Alto Alto Médio Cíclica
Trading Proprietário Alto Alto Médio Cíclica
Subscrição de Títulos e Valores Mobiliários Alto Médio Alto Cíclica
Crédito Alto Médio Baixo Cíclica
Corretagem de Títulos Baixo Médio Baixo Cíclica
Consultoria Financeira Baixo Baixo Médio Cíclica
Serviços Pós-Trading Baixo Baixo Baixo Estável
Gestão de Investimentos Baixo Baixo Médio a Alto Estável
Fonte: Fitch.
Cálculo do EBITDAa Lucro antes dos impostos
+ despesa de juros
+ depreciação
+ amortização
+/- ajustes por itens não recorrentes
+/- outros ajustes analíticos (ex. itens não caixa)
= EBITDA aPara gestores de investimento, a
Fitch normalmente usa um cálculo de EBITDA baseado em comissões (FEBITDA) conforme definido na página 52.
Fonte: Fitch.
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Qualidade dos Ativos — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Índice de Créditos Duvidosos e Não Performados
Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com Atividade Significativa de Crédito)
Para empresas de valores mobiliários com exposição mais significativa a atividades de investimento e de crédito no balanço, a avaliação da qualidade de crédito é semelhante à análise da Fitch para outros credores de instituições financeiras não bancárias, levando em conta os atrasos nos créditos, as relativas reservas e o crescimento dos ativos. Para empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço, a qualidade dos ativos pode ser uma consideração com influência mais baixa, ou mesmo ser considerada como não aplicável.
Cobertura, Colateral e Margem
Complementar (Para Empresas de Valores Mobiliários com Atividade Significativa de Crédito)
A Fitch considera os índices de cobertura de provisões, a adequação do colateral e das exigências de margem e a capacidade cumprir os contratos dos títulos. O foco da Fitch é determinar a probabilidade de o capital da firma ser afetado negativamente por patamares inadequados de cobertura de provisões. Para ativos mantidos a valor justo ou de mercado, a Fitch avalia as metodologias de medição, principalmente com relação a valuations baseadas em modelo. A Fitch tambem considera a gestão de ativos não performados e a abordagem da administração para reestruturar e reprogramar ativos duvidosos.
Riscos de Contrapartes e de Liquidação
Complementar O risco de contraparte é uma consideração para firmas dedicadas a transações com valores mobiliários e derivativos. A ausência de funções de crédito independentes e políticas de scoring ou de rating para exposições a contrapartes de valores mobiliários/derivativos influencia negativamente a avaliação da qualidade dos ativos pela Fitch. Entretanto, o risco de crédito não é tão significativo para a atividade puramente de corretagem (como para alguns interdealers) ou para firmas que prestam serviços de aconselhamento, como é para as que investem em transações com valores mobiliários. Um departamento de risco de crédito independente das mesas de vendas e de trading que determine os limites das contrapartes, monitore ativamente uso e reporte violações pode influenciar positivamente a avaliação da qualidade dos ativos, assim como os parâmetros de risco, com respeito à qualidade de crédito dos principais custodiantes.
Securitização e Outras Exposições Mantidas fora do Balanço
Complementar (Para Empresas de Valores Mobiliários com Atividade Significativa de Crédito)
Na medida em que a Fitch consegue apurar e avaliar a exposição de uma empresa de valores mobiliários ao risco de securitização, as tranches de primeiras perdas das securitizações mantidas fora do balanço são deduzidas dos cálculos do Núcleo de Capital Fitch. A agência também pode acrescentar estes riscos ao balanço se estes já não estiverem reportados. A agência considera os riscos e os compromissos mantidos fora do balanço quando estes são grandes em relação ao capital ou aos ativos ponderados pelo risco ou quando oferecem riscos significativos à imagem ou à liquidez. É provável que este seja um risco inerente às firmas que concordaram em financiar veículos de propósito específico ou outras contingências não consolidadas, mas também é importante para firmas que patrocinam fundos de investimento.
Fonte: Fitch.
Resultados e lucratividade — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Lucro Operacional/Patrimônio Médio
Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com Alto Uso do Balanço)
Resultados e lucratividade são considerações importantes para a análise de empresas de valores mobiliários com alto uso de balanço, pois indicam a capacidade de geração ou, ao contrário, de deterioração seu capital. O desempenho forte ou fraco também pode afetar a confiança do mercado no emissor e, desta forma, seu acesso a captação. O principal indicador, lucro operacional/patrimônio médio, captura a capacidade de geração de lucros recorrentes em relação aos riscos assumidos.
EBITDA Ajustado/Receita Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com Baixo Uso do Balanço)
No caso de empresas de valores mobiliários com baixo uso de balanço, a medida básica da rentabilidade do fluxo de caixa é a margem de EBITDA ajustada. Como muitas empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço têm contínua necessidade de investir em desenvolvimento de tecnologia, a Fitch também considera o montante de fluxo de caixa operacional gerado para sustentar os investimentos.
Estabilidade dos Resultados Complementar A avaliação pela Fitch dos resultados e da rentabilidade pode ser influenciada negativamente pela atividade de trading e por investimentos proprietários, devido à potencial significativa volatilidade dos resultados que ela pode introduzir. Por outro lado, se negócios com risco mais alto forem complementados com receita operacional mais estável, como gestão de investimentos, operações de compensação ou financiamentos de valores mobiliários, isto pode influenciar positivamente a avaliação pela Fitch dos resultados e da rentabilidade.
Despesas com Remuneração Complementar As despesas com remuneração são frequentemente analisadas como percentual da receita líquida, para determinar os custos relativos aos níveis de atividade, com índices de remuneração excepcionalmente altos potencialmente limitando os ratings de crédito individuais. Entretanto, o mix de negócios é uma consideração importante na avaliação deste índice, pois linhas de negócio específicas podem exigir maior ou menor suporte de infraestrutura e de pessoal. A estabilidade do índice de remuneração ao longo de diferentes ciclos de receita também é uma importante medida da flexibilidade da estrutura de custos. A Fitch avalia a efetividade da remuneração de uma firma, principalmente seus bônus e a política de controle das despesas de remuneração. Isto inclui o grau em que os bônus estão ligados ao desempenho da companhia ou individual, são difundidos com o tempo, ou pagos em ações ou opções, em vez de caixa.
Despesas Não Remuneratórias Complementar A Fitch avalia os custos não relacionados a pessoal como percentual das despesas não vinculadas a juros em conjunto e, quando possível ou relevante, por itens de linha individual. A agência também pode considerar o mix de negócios da firma ao avaliar os índices de custo não relacionados a pessoal. Embora um índice de despesas com custos não relacionados a pessoal anormalmente elevado ou uma tendência de alta possam indicar falta de controle da administração em relação à despesa, índices baixos podem indicar reinvestimento insuficiente em sistemas e infraestrutura para fortalecer a produtividade, cumprir exigências regulatórias, sustentar a competitividade da firma ou manter uma boa supervisão do desenvolvimento de riscos.
Fonte: Fitch
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Indicadores de Resultados e Lucratividade — Empresas de Valores Mobiliários Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Lucro Operacional/Patrimônio Médio Principal
Lucro Líquido/Patrimônio Médio Complementar
Despesa Operacional/Receita Total Complementar
Compensação/Receita Líquida Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado/Receita Principal
Fonte: Fitch.
Empresas de Valores Mobiliários Parâmetros de Capitalização e Alavancagem
aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
(Ativos Tangíveis – Operações Compromissadas – Títulos Emprestados)/FCC (x)a x<5 5≤x<10 10≤x<15 15≤x<20 x≥20
Dívida Bruta / EBITDA Ajustado (x)b x<0,5 0,5≤x<1,5 1,5≤x<2,5 2,5≤x<3,5 x≥3,5
a Para empresas de valores mobiliários com alto uso do balanço. b Para empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço. Fonte: Fitch.
Empresas de Valores Mobiliários Parâmetros de Resultados e de Lucratividade
aa e acima a bbb bb b e abaixo
Lucro Operacional/Patrimônio Médio (%)a x>20 10<x≤20 5<x≤10 3<x≤5 x≤3
EBITDA Ajustado/Receita (%)b x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
aPara empresas de valores mobiliários com alto uso do balanço.
bPara empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço.
Fonte: Fitch.
Capitalização e Alavancagem — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Alavancagem Líquida Ajustada (ativos tangíveis menos operações compromissadas e valores mobiliários emprestados sobre FCC, ou seu inverso)
Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com alto uso do balanço)
Para empresas de valores mobiliários que mantêm substancial volume de ativos no balanço ou compromissos que podem requerer financiamentos, a avaliação da alavancagem pela Fitch reflete mais fielmente a análise de um banco. A qualidade e o porte absoluto do capital de uma firma e sua adequação de capital (por exemplo, porte de capital em relação aos riscos), conforme expressados pelo índice FCC, é a consideração fundamental para avaliar capitalização e alavancagem de empresas de valores mobiliários com uso intenso do balanço.
Dívida Total/EBITDA Ajustado Principal (para Empresas de Valores Mobiliários com baixo uso do balanço)
Para empresas de valores mobiliários que detêm relativamente poucos ativos de risco, a avaliação da cobertura da dívida se baseia mais nos fluxos de caixa. No caso de interdealers e algumas outras empresas de valores mobiliários, grande parcela de caixa normalmente está presa em subsidiárias, para fins regulatórios e operacionais, de forma que a alavancagem é melhor avaliada com base na dívida total. A Fitch também considera o índice dívida líquida/EBITDA ajustado, mas reconhece que o excesso de caixa pode ser consumido ou empregado de outra forma, principalmente em períodos de estresse. No caso de empresas de valores mobiliários com uma combinação de negócios, que têm diferentes graus de utilização do balanço, como corretoras de varejo, a Fitch normalmente avalia tanto o fluxo de caixa como os índices de alavancagem do balanço, com os índices do balanço ganhando importância na análise em casos em que o uso do balanço é mais pronunciado.
Alavancagem Dupla Complementar Quando relevante, a Fitch examina a alavancagem dupla, definida como investimentos de capital em subsidiárias mais intangíveis da holding, divididos pelo patrimônio, o que reflete a dívida emitida no âmbito da controladora que foi transferido como capital às subsidiárias. Embora se possa esperar um pequeno montante, a Fitch se preocupa quando a alavancagem dupla está elevada (acima de 120% ou mais do conteúdo de capital) em bases contínuas, a menos que atenuada de alguma forma (por exemplo, suporte à liquidez da subsidiária). Um elevado grau de alavancagem dupla pode resultar em maiores diferenciais de rating entre uma controladora e suas subsidiárias, principalmente se estão envolvidas subsidiárias reguladas, uma vez que os dividendos destas entidades podem ser restritos. Quando viável, a Fitch analisa a capacidade de dividendos de uma subsidiária regulada em relação aos custos e dividendos da holding.
Capital Interno, Regulatório e Baseado em Covenants
Complementar Além das medidas de capital da Fitch, os planos de gestão de capital da firma e a compreensão de seus modelos econômicos de capital são importantes para os ratings. A Fitch considera positivos para os ratings os modelos de capital econômico que influenciam positivamente as atividades de negócios e sustentam patamares de capital estáveis e robustos ao longo de um extenso período. Quando relevante, a Fitch monitora os índices de capital regulatório e os covenants de capital para assegurar que a firma não está em perigo de se tornar não conforme.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Indicadores de Capitalização e Alavancagem — Empresas de Valores Mobiliários Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Alavancagem Líquida Ajustada: (Ativos Tangíveis – Contratos de Operações Compromissadas – Valores Mobiliários Emprestados)/FCC Principal
Alavancagem Bruta Tangível: (Ativos Tangíveis + Gross Ups de Derivativos, Operações Compromissadas e Valores Mobiliários Emprestados)/FCC Complementar
Alavancagem Ajustada: (Ativos Tangíveis – Operações Compromissadas)/FCC Complementar
Total de Ativos/Patrimônio Complementar
Índice de Capital Nível I Complementar
FCC/Ativos Ponderados pelo Risco Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Dívida Total/ EBITDA Ajustado Principal
Fonte: Fitch.
Captação, Liquidez e Cobertura — Empresas de Valores Mobiliários
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Ativos Líquidos/ Captação Curto Prazo
Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com alto uso do balanço)
É importante que empresas de valores mobiliários combinem apropriadamente o prazo de sua captação com a liquidez de seus ativos, com particular foco no montante de ativos líquidos disponíveis para suporte às fontes de captação de curto prazo, que estão sujeitas a risco de refinanciamento. Contratos de recompra (repos) de curto prazo usados basicamente para financiar ativos altamente líquidos que podem ser comprometidos em uma troca são considerados mais apropriados.
EBITDA Ajustado/Despesa com Juros
Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com baixo uso do balanço)
No caso de empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço, captação, liquidez e cobertura são avaliadas principalmente no contexto EBITDA ajustado/despesa com juros.
Captação Longo Prazo/ Ativos Ilíquidos
Complementar Principal (Para Empresas de Valores Mobiliários com alto uso do balanço)
A Fitch analisa a captação dos ativos ilíquidos, como bancos comerciais e valores mobiliários com rendimentos altos, os ativos fixos e o capital privado e considera o grau em que eles são financiados por dívida de longo prazo e capital. A Fitch também avalia quaisquer necessidades de recursos contingentes que a firma possa enfrentar, como as linhas de liquidez ou linhas de backup oferecidas, ou chamadas de colaterais adicionais que possam ser feitas, se as condições de mercado mudarem.
Diversidade da Captação Complementar A Fitch avalia a diversidade da captação de uma companhia de valores mobiliários, o perfil de vencimentos da dívida, a situação da liquidez e a proporção dos ativos líquidos desonerados. O acesso às linhas de liquidez do Banco Central também pode ser um fator positivo na análise da captação, liquidez e cobertura, mas nem todas as empresas de valores mobiliários se beneficiam disto, uma vez que este acesso depende da jurisdição e da situação legal naquela jurisdição.
Compliance com Covenants Complementar A análise de captação, liquidez e cobertura também pode incluir considerações sobre o compliance do emissor em relação a quaisquer covenants, o grau em que o cumprimento desses covenants varia e a capacidade da administração de operar o negócio e obter captação sem ser indevidamente limitadoa pelas exigências dos covenants.
Fonte: Fitch.
Indicadores de Captação, Liquidez e Cobertura — Empresas de Valores Mobiliários Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Ativos Líquidos/Captação de Curto Prazo Principal
Captação de Longo Prazo/Ativos Ilíquidos Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado /Despesa com Juros Principal
Ativos Líquidos/Captação de Curto Prazo Complementar
Fonte: Fitch.
Empresas de Valores Mobiliários Parâmetros Típicos de Captação, Liquidez e Cobertura
aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Ativos Líquidos/Captação de Curto Prazo (%)a x>200 150<x≤200 100<x≤150 85<x≤100 x≤85
EBITDA Ajustado/Despesa de Juros (x)b
x>15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
aPara empresas de valores mobiliários com alto uso do balanço.
bPara empresas de valores mobiliários com baixo uso do balanço.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 52
Março de 2018
Perfil Financeiro — Empresas de Valores Mobiliários
AAA AA A BBB BB B CCC e Abaixo
Qualidade de Ativos
Atividades de crédito e investimento: extremamente estáveis ao longo dos ciclos do mercado. Indicadores de qualidade de ativos consistentemente melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração muito baixos. Atividades de trading: risco de contrapartes extremamente bem
administrado e diversificado.
Atividades de crédito e investimento: grau muito alto de estabilidade ao longo dos ciclos de mercado. Indicadores de qualidade de ativos melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração baixos. Atividades de Trading: risco de contrapartes bem administrado e diversificado.
Atividades de crédito e investimento: alto grau de estabilidade ao longo dos ciclos de mercado. Indicadores de qualidade de ativos devem ser modestamente melhores do que os de pares ou menos vulneráveis a ciclos econômicos. Riscos de concentração podem ser modestamente
melhores do que os dos pares. Atividades de Trading: risco de contrapartes razoavelmente administrado e diversificado.
Atividades de crédito e investimento: grau de estabilidade ao longo dos ciclos de mercado. Indicadores de qualidade de ativos e/ou de risco de concentrações estão geralmente em linha com as amplas médias do setor. Atividades de. Trading: risco de contraparte é adequadamente administrado e
diversificado.
Atividades de crédito e investimento: indicadores de qualidade de ativos são mais voláteis em face das mudanças nos ciclos econômicos e de mercado e geralmente piores ou mais vulneráveis do que as amplas médias do setor. Riscos de concentração podem ficar acima da média.
Atividades de Trading: administração do risco de contraparte abaixo da média, com limitada diversificação.
Atividades de crédito e investimento: Indicadores de qualidade de ativos são muito voláteis, dadas mudanças nos ciclos econômicos/mercado e geralmente significativamente piores ou mais vulneráveis do que a média do setor. Riscos de concentração podem ser muito altos.
Atividades de Trading: fraca administração do risco de contrapartes, com elevada concentração.
Atividades de crédito e investimento: tem ou provavelmente terá indicadores de qualidade de ativos que se desviam materialmente dos parâmetros do setor ou de normas históricas. Atividades de Trading: risco de contraparte relevante e administração escassa.
Resultados e Lucratividade
Resultados e Lucratividade altamente previsíveis ao longo dos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custos altamente variável. Retornos superiores aos dos pares.
Resultados e Lucratividade são muito previsíveis ao longo de múltiplos ciclos econômicos e de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custos altamente variável. Fortes retornos em relação aos pares.
Resultados e Lucratividade moderadamente variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Modesta dependência de receita transacional. Estrutura de custos amplamente variável. Sólidos retornos em relação aos pares.
Resultados e Lucratividade podem ser variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Modesta dependência de receita transacional. Estrutura de custos amplamente variável. Retornos adequados em relação aos pares.
Resultados e Lucratividade podem ser altamente variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Dependência moderada de receita transacional. Estrutura de custos é menos variável do que a dos concorrentes. Retornos abaixo da média em relação aos pares.
Resultados e Lucratividade voláteis e altamente relacionados aos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Forte dependência de receita transacional. Estrutura de custos amplamente fixa. Retornos fracos em relação aos pares.
Podem ser estruturalmente não lucrativos tanto em bases contábeis como operacionais. Retorno no ponto de equilíbrio ou lucratividade sustentada é altamente incerto.
Capitalização e Alavancagem
Capitalização e alavancagem extremamente fortes e proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidos com reservas muito significativas em relação aos mínimos regulatórios, assim como a instituições pares. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques severos.
Capitalização e alavancagem fortes e proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidos com reservas confortáveis em relação aos mínimos regulatórios, assim como a instituições pares. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques relevantes.
Capitalização e alavancagem refletem o risco. Capitalização e alavancagem mantidos com sólidas reservas em relação aos mínimos regulatórios e geralmente acima de instituições pares. índices de capital e alavancagem podem ser relativamente mais voláteis, mas provavelmente apenas modestamente afetados por choques severos na qualidade de ativos e valor de mercado.
Capitalização e alavancagem podem não ser totalmente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidos com reservas satisfatórias em relação aos mínimos regulatórios e geralmente em linha com instituições pares. Índices de capital e alavancagem podem ser mais vulneráveis a choques severos.
Capitalização e alavancagem não são totalmente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com reservas moderadas em relação aos mínimos regulatórios e podem ficar abaixo de instituições pares. Capital e alavancagem altamente vulneráveis a choques severos, mas capazes de suportar choques moderados.
Capitalização e alavancagem não são proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem baixas, e as reservas em relação aos mínimos regulatórios são pequenas. Índices de capital e alavancagem podem estar bem abaixo de instituições pares e altamente vulneráveis a choques.
Capitalização e alavancagem têm deficiências claras que podem ter ou exigir aportes de capital.
Captação, Liquidez e Cobertura
Captação e liquidez excepcionalmente estáveis. Dependência mínima da captação do atacado. Captação não é sensível à confiança. Fontes de captação altamente diversas. Planos de captação de contingência extremamente robustos estão implantados.
Captação e liquidez muito estáveis. Dependência mínima de captação de curto prazo. Captação no atacado predominantemente de longo prazo, com apetite dos investidores. Captação relativamente menos sensível à confiança. Fontes de captação muito diversas. Planos de captação de contingência muito robustos implantados.
Captação e liquidez são estáveis. Captação no atacado predominantemente de longo prazo. Captação modestamente sensível à confiança. Fontes de captação relativamente diversas. Planos de captação de contingência robustos estão implantados.
Captação e liquidez geralmente estáveis, embora possa haver moderadas concentrações de captação ou dependência de fontes de captação de atacado, menos estáveis. Captação é sensível à confiança e a liquidez pode se tornar mais cara ou menos estável em períodos de estresse. Planos de captação de contingência razoáveis estão implantados.
Captação e liquidez são geralmente estáveis, embora possa haver concentrações relevantes na captação, ou dependência significativa de fontes de captação no atacado, menos estáveis. Acesso à captação pode ser incerto durante períodos de estresse no mercado. Planos de captação de contingência podem não ser suficientes.
Captação e liquidez são menos estáveis e podem estar sujeitas a súbitas alterações na disposição dos credores. Acesso à captação durante períodos de crise é muito incerto. Planos de captação de contingência podem não estar bem desenvolvidos.
Captação e liquidez são instáveis, na ausência de quaisquer mecanismos de suporte extraordinário formal. Não há planos de captação de contingência.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
II.5.b Gestores de Investimento
Na avaliação do perfil financeiro de gestores de investimento, empresas de investimento e
fundos de investimento, a Fitch considera os seguintes subfatores:
desempenho dos ativos (e qualidade de ativos para empresas de investimento);
resultados e lucratividade;
capitalização e alavancagem e
captação, liquidez e cobertura.
Desempenho dos Ativos — Gestores de Investimento
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Fluxos Líquidos de Clientes/(F)AUM Inicial
Principal (para Gestores de Investimento e fundos de investimento)
A Fitch avalia o fluxo de recursos em bases absoluta e relativa para compreender a capacidade de uma firma aproveitar as condições do mercado para investir e/ou abandonar investimentos e, no caso de fundos líquidos, avaliar os fluxos de entrada ou de resgate líquidos ao longo de vários ciclos do mercado. Fluxos de recursos mais estáveis se traduzem em maior estabilidade de comissões com o tempo. Na medida em que o gestor ou o fundo tenham fluxos de entrada mais previsíveis e/ou capacidade de administrar o ritmo das saídas, estes podem influenciar positivamente a avaliação da Fitch. Exemplos de fluxos de entrada mais previsíveis podem incluir um gestor de investimento com uma seguradora coirmã que utilize o gestor de investimento para administrar todos ou uma parte de sua conta geral de investimentos ou um fundo de previdência estabelecido para administrar as contribuições de uma parcela definida de funcionários ou cidadãos. Exemplos de fluxos de saída administrados podem incluir estruturas de fundos em que o gestor de investimento pode influenciar o timing ou o montante de resgates.
Desempenho e Qualidade dos Ativos
Complementar (para companhias de investimento)
No caso de companhias de investimento, a Fitch considera uma combinação de desempenho e fatores de qualidade dos ativos. O desempenho dos ativos indica como a valorização/depreciação do valor de mercado tem impactado o valor dos ativos que garantem o saldo devedor da dívida enquanto também indicam as capacidades de seleção de ativos da companhia de investimento (ou de seu gestor de investimento). A qualidade dos ativos indica a qualidade dos investimentos que garantem o saldo devedor da dívida e a qualidade/confiabilidade do fluxo de dividendos e a receita de juros recebida das companhias na carteira. No caso de companhias de investimento que investem em um número finito (menos de trinta) de companhias na carteira ou exibem significativa concentração de carteira (detenção individual maior que 15%), a Fitch considera a qualidade do crédito dos investimentos e sua senioridade para avaliar a qualidade geral dos ativos. Isto normalmente é obtido examinando os ratings atribuídos pela Fitch às companhias dessa carteira ou considerando outras fontes de informações externas, na ausência desse dado. Se uma das companhias da carteira, que compreenda uma grande parcela (maior do que 15%), não tiver rating, a Fitch pode preferir um Credit Opinion interna dessa entidade para sustentar o rating da companhia de investimento.
Desempenho Relativo a Parâmetros e Pares
Complementar A Fitch considera a estabilidade do desempenho do investimento em base absoluta e em relação às expectativas dos investidores. A agência considera os parâmetros específicos da firma ao avaliar o desempenho do fundo, mas também examina fontes independentes para obter dados sobre desempenho, quando disponíveis, para entender o desempenho relativo do fundo com base em safra, porte, geografia e estratégia. Entretanto, períodos prolongados de desempenho excepcional sem explicações também exigem maior análise, podendo levar a um ajuste negativo na avaliação pela Fitch do desempenho dos ativos se pontos fracos significativos na gestão de risco e/ou desvios da orientação tiverem sido os catalisadores.
Estabilidade da taxa de Administração
Complementar A Fitch também avalia a estabilidade da taxa de administração examinando as contribuições para os resultados por fundo, estratégia e/ou segmento. Da mesma forma, exposição excessiva a um setor ou estratégia de indústria pode aumentar as correlações e a volatilidade dos fluxos de comissões. A Fitch analisa as taxas médias de comissões em estratégias individuais, em bases relativas, para avaliar o poder de precificação do gestor do investimento e sua capacidade de suportar a pressão do aumento da comissão.
Fonte: Fitch.
Definições de Resultados de Gestores de Investimento Base das Comissões de Gestão
(+) Comissões pela Transação e por Aconselhamento
(-) Compensação Não Incentivo
(-) Compensação Patrimonial
(-) Despesas Operacionais
(-) Despesa com Juros
(=) Resultados Relativos a Comissões
(+) Compensação Patrimonial
(+) Despesa com Juros
(+) Depreciação e Amortização
(-) Receitas Não Caixa
(=) (F)EBITDA
Fonte: Fitch.
Parâmetros de Desempenho — Gestores de Investimento aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Fluxo Líquido de Clientes/(F)AUM (%)a x>10 5<x≤10 5≥x>(5) (5)≥x>(10) x≤(10)
a Para gestores de investimentos e fundos de investimento.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Desempenho dos Ativos/Indicadores de Qualidade dos Ativos— Gestores de Investimento Gestores de Investimento e Fundos de Investimento Principal Versus Complementar
Fluxos Líquidos de Clientes/Início (F)AUM Principal
(F)AUM Complementar
(F)Aumento do AUM Complementar
Taxas de Administração/ (F)AUM Médio Complementar
Receita Total / (F)AUM Médio Complementar
(F)EBITDA/ (F)AUM Médio Complementar
Companhias de Investimento Principal Versus Complementar
Média Ponderada da Qualidade de Crédito dos Investimentos/Companhias na Carteira Complementar
Fonte: Fitch.
Resultados e Lucratividade — Gestores de Investimento Atributo Principal Versus Complementar Descrição
(F)EBITDA/ Receita de Serviços
Principal (para Gestores de Investimento)
A Fitch avalia os resultados e a rentabilidade dos Gestores de Investimento com base principalmente nas medidas de resultados relativos a serviços, como a margem do (F)EBITDA. O (F)EBITDA inclui receita de serviços de transações, monitoramento e aconselhamento, mas a Fitch pode removê-los do seu cálculo do fluxo de caixa recorrente se acreditar que se tornam muito voláteis com o tempo. Por outro lado, a receita de juros e/ou de dividendos que um gestor de investimento alternativo pode obter com os investimentos no balanço, pode ser somada ao (F)EBITDA caso se acredite que a receita é contratual (por exemplo, cupons de juros e dividendos preferenciais), menos relacionadas à comissão pela gestão do principal e se mostre relativamente estável ao longo do tempo.
Retornos sobre Ativos
Principal (para Empresas e Fundos de Investimento)
Para Gestores de Investimento com uso mais intenso do balanço, o retorno sobre ativos (ROA) é a principal consideração para resultados e lucratividade. No caso de companhias de investimento, resultado e rentabilidade normalmente são um fator de rating com influência mais baixa, tendo em vista o foco analítico no excesso de colateralização e liquidez em relação à dívida e na possibilidade de os resultados serem periodicamente influenciados por ganhos/perdas não realizados, como resultado das alterações nos valores de mercado dos investimentos. De forma complementar, resultados e lucratividade também podem ser avaliados com base no retorno sobre patrimônio (ROE).
Estabilidade e Diversificação dos Resultados
Complementar A avaliação dos resultados e da rentabilidade considera a tendência histórica do desempenho dos resultados de um gestor de investimento, a diversidade, estabilidade e qualidade de seus resultados, além da capacidade de geração de lucros ao longo dos ciclos. O mix de produtos e a força do desempenho por produto são fatores-chave para proporcionar estabilidade aos resultados. Um componente adicional na avaliação da estabilidade dos resultados e comissões é a existência de bloqueios nos investidores dos fundos.
Geração de Comissão de Incentivo
Complementar Embora a Fitch foque as medidas do fluxo de caixa recorrente ao avaliar o desempenho dos principais resultados de um gestor de investimento, não ignora a geração de lucros de coinvestimento ou lucro de incentivo (também conhecidos como taxas de investimento e desempenho), pois eles podem proporcionar uma reserva adicional para a capacidade do serviço da dívida e contribuir para o sucesso do gestor do fundo, o que auxilia a companhia a levantar recursos no futuro e, desta forma, a geração de taxas de gestão no futuro. Os juros pagos podem ser significativos, embora possam variar significativamente ao longo do tempo.
Estruturas e Vencimentos dos Fundos
Complementar A Fitch considera mais favoráveis as estruturas de fundos com bloqueios, particularmente as de prazo mais longo, uma vez que elas proporcionam uma base mais estável sobre as quais gerar receitas. Fundos escalonados e bloqueios são geralmente considerados mais favoráveis, sob a perspectiva de resultados, uma vez que garantem que o fechamento de um fundo não resulte em queda dramática das comissões e, consequentemente, dos resultados.
Fonte: Fitch.
Indicadores de Resultados e Lucratividade — Gestores de Investimento Gestores de Investimento Principal Versus Complementar
(F)EBITDA/Receita de serviços Principal
Txas de Administração/Total de Comissões Complementar
Taxas de Admnistração/Total de Receitas Complementar
(Compensação Base + Despesas Operacionais)/Total Receitas de Serviços Complementar
Incentivo de Compensação/Receita de Incentivos Complementar
Resultados Relativos a Serviços (Lucro Líquido)/Receita de Serviços Complementar
Lucro Líquido/Patrimônio Médio Complementar
Companhias e Fundos de Investimento Principal Versus Complementar
Lucro Líquido/Ativos Médios Principal
Lucro Líquido/Patrimônio Médio Complementar
Fonte: Fitch.
Parâmetros de Resultados e Lucratividade — Gestores de Investimento aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
(F)EBTIDA/Receita com Taxas (%) x>50 30<x≤50 20<x≤30 10<x≤20 x≤10
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Capitalização e Alavancagem — Gestores de Investimento
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida Total / (F)EBITDA
Principal (para Gestores de Investimento)
A alavancagem, medida pela dívida dividida pelo (F)EBITDA, é analisada sob a perspectiva da tendência em relação aos pares e aos patamares gerais de tolerância da Fitch para um determinado rating. A agência aplica parâmetros de alavancagem mais conservadores para Gestores de Investimento, com a maior parte de suas taxas avaliadas ante o valor líquido do ativo (NAV), alguns comparados com a maioria de suas taxas avaliadas perante o capital comprometido.
Dívida Total/Patrimônio Tangível
Principal (para Companhias de Investimento)
Para companhias de investimento, fundos de investimento e gestores de investimento com significativa exposição a coinvestimentos, a capitalização do balanço é uma consideração mais significativa. Ao rever a adequação da capitalização, a Fitch considera o porte da base de capital em relação ao gestor de investimento, à companhia de investimento ou aos riscos do fundo de investimento. Como o capital é um fator analítico significativo, a agência considera as políticas da administração relativas aos objetivos do índice mínimo de capital, programas de recompra de ações e pagamentos de dividendos, assim como a capacidade de levantar capital novo e gerar capital internamente. Se houver exigências de capital regulatório, a agência também as analisa, na firma ou em qualquer subsidiária regulada.
Dívida Total (Longo + Curto) / NAV
Principal (para Fundos de Investimento)
No caso de fundos de investimento, a Fitch normalmente analisa a alavancagem da mesma forma que para as empresas de valores mobiliários, usando o NAV como substituto do patrimônio. Níveis altos de alavancagem são considerados um atributo negativo para os ratings de Fundos de Investimento, tendo em vista os resultados menos estáveis e o fato de que o pagamento das obrigações normalmente provém das vendas de ativos e estes ativos são frequentemente menos líquidos. Assim, a alavancagem dos fundos de investimento pode variar amplamente, dependendo do perfil de risco, de liquidez e de duração dos ativos.
Porte e Composição do Balanço
Complementar A Fitch observa que Gestores de Investimento que só administram ativos para investidores externos frequentemente não têm grandes balanços, que requeiram significativa absorção de perdas. Nesses casos, a capitalização pode ser menor, e o patrimônio comum tangível pode ser negativo, até mesmo em um patamar de score de Capitalização e Alavancagem grau de investimento. No entanto, a expectativa da Fitch é que esses Gestores de Investimento tenham caixa e capacidade de geração de caixa suficientes para compensar litígios inesperados ou perdas operacionais, conforme apropriado, tendo em vista o escopo de suas operações. Tudo permanecendo igual, um gestor de investimento que faça alto uso do seu balanço e efetue investimentos ilíquidos tenderá a registrar score de capitalização e alavancagem mais baixo do que um que faça pouco uso de seu balanço. Entretanto, outros fatores, como capitalização, acesso a capital e liquidez podem contrabalançar estes fatores.
Ágio Complementar Muitos Gestores de Investimento crescem mediante aquisições e, por isso, carregam significativo montante de ágio e outros intangíveis em seu balanço. Estes ativos também estarão sujeitos a deteriorações se a viabilidade dos negócios adquiridos se deteriorar. A agência considerará o potencial dessas deteriorações em sua análise de Capitalização e Alavancagem, conforme apropriado. A Fitch observa que a deterioração não terá nenhum impacto no capital tangível ou no FCC, pois o ágio é excluído de ambas as medidas. Entretanto, deteriorações significativas seriam um indicador negativo da saúde geral do score de resultados de um gestor de investimento.
Alavancagem Consolidada
Complementar (para Companhias de Investimento)
No caso de companhias de investimento, a Fitch tende a usar a dívida não consolidada em relação ao patrimônio como principal indicador de alavancagem e considera baixa a influência das indicadores de alavancagem do fluxo de caixa. A alavancagem consolidada pode ser considerada uma métrica complementar para avaliar o grau de alavancagem agregado em todos os investimentos da carteira. A Fitch poderá focar mais nas indicadores de alavancagem consolidada em sua análise, na medida em que o histórico de prestação de suporte financeiro às companhias na carteira seja uma empresa de investimento seja sustentado.
Fonte: Fitch.
Gestores de Investimentos Parâmetros de Capitalização e Alavancagem aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Dívida Bruta/(F)EBITDA (x)a x<0,25 0,25≤x<1,5 1,5≤x<3,0 3,0≤x<5,0 ≥5,0
Dívida Bruta/(F)EBITDA (x)b x<0,50 0,50≤x<2,5 2,5≤x<4,0 4,0≤x<6,0 ≥6,0
Dívida Bruta/Patrimônio Tangível (x)c x<0,15 0,15≤x<0,35 0,35≤x<0,50 0,50≤x<1,0 ≥1,0
aPara gestores de investimentos com a maioria de suas receitas de serviços avaliadas contra o valor líquido dos ativos.
bPara gestores de recursos com a maioria de suas
receitas de serviços avaliadas contra o capital investido ou capital compromissado. cPara empresas de investimento. Fonte: Fitch.
Indicadores de Capitalização e Alavancagem— Gestores de Investimento Principal Versus Complementar
Dívida Total /(F)EBITDA Principal
Dívida Líquida/(F)EBITDA Complementar
Dívida Total /Patrimônio Tangível Complementar
Dívida Total /FCC Complementar
Dívida Líquida/Patrimônio Tangível Complementar
Companhias de Investimento Principal Versus Complementar
Dívida Total /Patrimônio Tangível Principal
Fundos de Investimento Principal Versus Complementar
(Total de Posições de Investimentos Longas + Total de Posições Curtas)/Valor Líquido do Ativo (NAV) Principal
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Captação, Liquidez e Cobertura — Gestores de Investimento Atributo Principal Versus Complementar Descrição
(F)EBITDA/ Despesa com Juros
Principal (para Gestores de Investimento)
A Fitch avalia captação, liquidez e cobertura dos Gestores de Investimento principalmente com base na cobertura de juros. A agência aplica parâmetros mais conservadores de cobertura de juros para Gestores de Investimento cuja maior parte das comissões é avaliada perante o NAV relativo a gestores de investimento com a maioria de suas comissões avaliada contra o capital comprometido. No caso de gestores de investimento que pagam dividendos preferenciais, a Fitch também calcula a cobertura pelo (F)EBITDA tanto das despesas com juros como dos dividendos preferenciais.
Fluxo de Dividendos e Cobertura da Receita de Juros da Despesa com Juros da Holding
Principal (para Companhias de Investimento)
No caso de Companhias de Investimento, a cobertura é avaliada no contexto dos dividendos e rendimentos de juros das companhias e investimentos na carteira em relação às despesas operacionais da companhia holding, despesas com juros e dividendos, com a cobertura maior que dois anos sendo considerada consistente com o score de Captação, Liquidez e Coberturas grau de investimento. No caso de Companhias de Investimento privadas e que não dispõem de políticas de dividendos declaradas, a Fitch provavelmente removerá os dividendos da companhia holding do denominador deste índice, refletindo a natureza altamente discricionária de quaisquer desses dividendos e a ausência de risco de imagem semelhante que uma companhia de investimento negociada em Bolsa poderá enfrentar, reduzindo ou cortando seu dividendo.
(Caixa + Ativos Desonerados)/Dívida sem Garantias
Principal (para Fundos de Investimento)
No caso de fundos de investimento, a Fitch se foca mais fortemente na liquidez dos ativos, em lugar de em sua capacidade de geração de fluxo de caixa.
Estabilidade e Diversidade da Captação
Complementar Ao avaliar a estabilidade dessas fontes de captação, a Fitch analisa o perfil de vencimento da dívida, fontes de pagamento de quaisquer vencimentos no curto prazo, a natureza de covenants de dívida significativos e desempenho corrente e recente mediante estes covenants. O acesso a dívida sem garantias e a falta de confiança em qualquer fonte de captação única são considerados positivos para o score de Captação, Liquidez e Cobertura, assim como o escalonamento dos vencimentos da dívida. No caso de companhias de investimento, fundos de investimento e gestores de investimento com exposição mais significativa ao balanço, a Fitch também considera o perfil de vencimento da dívida das fontes de captação da firma em relação aos vencimentos de seus ativos e liquidez desses ativos.
Fontes e Prazos da Liquidez
Complementar A Fitch consideras fontes de liquidez dos Gestores de Investimento, inclusive as linhas compromissadas, a capacidade de geração de fluxo de caixa, o caixa desonerado no balanço e os investimentos no balanço. Com respeito às fontes de liquidez baseadas no passivo, a Fitch considera prazos e vencimentos das linhas, associadas aos covenants e à qualidade dos provedores de captação. No caso de Gestores de Investimento alternativos, a Fitch analisa os patamares de liquidez em relação aos compromissos não financiados, com particular atenção para o caixa e títulos líquidos no balanço como percentual dos compromissos não financiados. As mesmas considerações se aplicam, apesar de em menor grau, aos gestores de investimento que não fazem uso intensivo de seus próprios balanços. A Fitch espera que esses gestores disponham de níveis razoáveis de caixa ou de liquidez baseada no passivo para atender perdas inesperadas, vencimentos inesperados de dívida, serviço de juros e outros fluxos de saída.
Distribuições Complementar Gestores de investimento tendem a distribuir parcela significativa de seus resultados em bases anuais. Embora a Fitch acredite que os gestores tenham flexibilidade para ajustar as distribuições conforme necessário, a limitação de liquidez normalmente se desenvolve em ambientes econômicos e de mercado mais difíceis, quando fluxos de resultados suplementares tendem a ser relativamente baixos. Consequentemente, uma taxa de distribuição elevada pode ser uma limitação ao score de captação, liquidez e cobertura.
Histórico de Suporte ao Fundo
Complementar A Fitch avalia o histórico de prestação de suporte financeiro aos fundos, considerando tanto a frequência como a magnitude desse suporte. A Fitch também procura avaliar se o suporte passado criou uma percepção entre os investidores do fundo de que um futuro suporte aos fundos é mais provável. Patamares materiais de expectativa de suporte pode afetar negativamente o score de captação, liquidez e cobertura de um emissor.
Risco de Resgate Complementar (para fundos de investimento)
No caso de fundos de investimento, a Fitch analisa a estrutura do período inicial de bloqueio, os parâmetros de resgate (frequência, período de aviso, montante, etc.) dos fundos daí em diante, assim como barreiras em sua avaliação da gestão de liquidez.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Indicadores de Captação, Liquidez e Cobertura — Gestores de Investimento
Gestores de Investimento Principal Versus Complementar
(F)EBITDA/Despesa de Juros Principal
(Caixa + Ativos Líquidos)/ Total de Ativos Complementar
(Caixa + Ativos Líquidos)/Dívida Complementar
(Caixa + Ativos Líquidos + Co-Investimentos)/Dívida Complementar
Ativos Líquidos/Compromissos do Fundo Complementar
Dividendos/Resultados de Caixa Complementar
Companhias de Investimento Principal Versus Complementar
Cobertura da despesa com juros da companhia holding pelo fluxo de dividendos e receita de juros Principal
Cobertura por dois anos das despesas operacionais da companhia holding pelo fluxo de dividendos e receita de juros em um ano Principal
Fundos de Investimento Principal Versus Complementar
(Caixa + Ativos desonerados)/Dívida sem garantia Principal
Total de Ativos Ilíquidos/Valor Líquido de Ativos (NAV) Complementar
Fonte: Fitch.
Gestores de Investimentos Parâmetros de Captação, Liquidez e Cobertura
aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
(F)EBITDA/Despesa de Juros (x)a x>18 12<x≤18 6<x≤12 3<x≤6 x≤3
(F)EBITDA/Despesa de Juros (x)b x>12 8<x≤12 4<x≤8 2<x≤4 x≤2
Cobertura de dividendos e receitas de juros da despesa de juros da holding em um ano (x)c x>10 6<x≤10 3,5<x≤6,0 2,5<x≤3,5 x≤2,5
Cobertura de dividendos e receitas de juros de dois anos das despesas operacionais, com juros e dividendos da holding em um ano (x)
c x>1,0 x>1,0 x>1,0 x≤1,0 x≤1,0
Perfil Financeiro – Gestores de Investimentos
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Desempenho de Ativos
Histórico de fluxos de entrada de (F)AUM excepcionalmente forte/estabilidade ao longo dos ciclos do mercado. Excepcional desempenho vs. metas e/ou desempenho do fundo no quartil superior em todas as estratégias. Taxas de administração e estruturas de incentivo significativamente acima dos padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidor) muito baixos ou efetivamente atenuados.
Histórico muito forte de fluxos de entrada/estabilidade ao longo dos ciclos do mercado. Desempenho excepcional consistente vs. metas e/ou desempenho do fundo no quartil mais alto em todas as estratégias. Taxas de comissão e estruturas de incentivo bem acima dos padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidores) baixos ou efetivamente atenuados.
Forte histórico de fluxos de entrada/ estabilidade de (F)AUM ao longo dos ciclos do mercado, embora os fluxos possam se tornar negativos em períodos de extrema crise de mercado. Desempenho dos investimentos/fundos atende largamente ou supera as metas. Entretanto, certas estratégias/fundos podem ter baixo desempenho após períodos de crise no mercado. Taxas de comissões e estruturas de incentivos acima dos padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidor) podem ser modestos.
Fluxos de entrada/estabilidade de (F)AUM podem ser mais afetados por condições de mercado/tendência. Sólido desempenho dos investimentos/ fundos, mas pode frequentemente apresentar mau desempenho ou ficar aquém das metas. Taxas de comissões e estruturas de incentivos amplamente em linha com padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidor) moderados.
Fluxos de (F)AUM podem ser significativamente afetados por condições de estresse de mercado/tendência. Desempenho dos investimentos/ fundos pode ser extremamente sensível às condições de mercado. Taxas de comissões e estruturas de incentivo abaixo dos padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidor) são significativos.
Fluxos de (F)AUM podem ficar negativos após estresses extremos de mercado, devido à concentração em produtos/tipo de fundo. Desempenho dos investimentos/fundos persistentemente fracos. Taxas de comissões e estruturas de incentivo bem abaixo dos padrões do setor. Riscos de concentração (setor, safra e investidor) são relevantes.
Fluxos de (F)AUM altamente voláteis, devido à significativa concentração nos fundos/classes de ativos. Desempenho dos investimentos/ fundos muito fraco. Taxas de comissões e estruturas de incentivos bem abaixo dos padrões do setor.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Perfil Financeiro – Gestores de Investimentos (Continuação)
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Resultados e lucratividade
Resultados e lucratividade altamente previsíveis ao longo dos ciclos econômicos/de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custos altamente variável. Retornos superiores aos dos pares.
Resultados e lucratividade muito previsíveis ao longo de múltiplos ciclos econômicos e de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custos altamente variável. Fortes retornos em relação aos pares.
Resultados e lucratividade moderadamente variáveis ao longo de ciclos econômicos e de taxas de juros. Dependência modesta de receita transacional. Estrutura de custos amplamente variável. Retornos sólidos em relação aos pares.
Resultados e lucratividade podem ser variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Dependência moderada de receita transacional. Estrutura de custos largamente variável. Retornos adequados em relação aos pares.
Resultados e lucratividade podem ser altamente variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Dependência moderada de receita transacional. Estrutura de custos menos variável do que a de empresas pares. Retornos abaixo da média em relação aos pares.
Resultados e lucratividade voláteis e altamente correlacionados com ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Forte dependência de receita transacional. Estrutura de custos largamente fixa. Fracos retornos em relação aos pares.
Pode ser estruturalmente não lucrativo tanto em bases reportadas como operacionais. Retorno ao ponto de equilíbrio ou à lucratividade sustentável é altamente incerto.
Capitalização e Alavancagem
Capitalização e alavancagem extremamente fortes e proporcionais ao risco do balanço e/ou à variabilidade dos resultados. Metas de alavancagem incorporam a capacidade de suportar severos choques no valor de mercado.
Capitalização e alavancagem são fortes e proporcionais ao risco do balanço e/ou à variabilidade dos resultados. Metas de alavancagem incorporam a capacidade de sustentar significativos choques na qualidade de ativos e valor de mercado.
Índices de capitalização e alavancagem refletem o risco do balanço e/ou a variabilidade dos resultados. Índices de alavancagem podem ser relativamente mais voláteis, mas provavelmente apenas modestamente afetados por severos choques na qualidade de ativos e valor de mercado.
Índices de capitalização e alavancagem podem não ser totalmente proporcionais ao risco do balanço e/ou à variabilidade dos resultados. Índices de alavancagem podem ser mais vulneráveis a choques severos na qualidade de ativos e valor de mercado.
Capitalização e alavancagem não são totalmente proporcionais ao risco do balanço e/ou à variabilidade dos resultados. Alavancagem está acima dos pares, mas deve ser capaz de suportar choques na qualidade de ativos e valor de mercado.
Capitalização e alavancagem não são proporcionais ao risco do balanço e/ou variabilidade dos resultados. Índices de alavancagem podem estar bem acima das instituições pares e altamente vulneráveis a choques na qualidade de ativos e valor de mercado.
Capitalização e alavancagem apresentam claras deficiências que exigem ou podem exigir injeções de capital.
Captação, Liquidez, e Cobertura
Captação e liquidez excepcionalmente estáveis. Dependência mínima da captação do atacado. Captação não é suscetível à confiança. Fontes de captação são altamente diversas. Captação totalmente sem garantias. Planos de captação de contingência extremamente robustos e implantados.
Captação e liquidez muito estáveis. Dependência mínima de captação de curto prazo. Captação no atacado predominantemente de longo prazo, com apetite dos investidores estabelecido. Captação relativamente menos suscetível à confiança. Fontes de captação muito diversas. Captação totalmente sem garantias. Planos de captação de contingência muito robustos implantados.
Captação e liquidez estáveis. Captação no atacado predominantemente de longo prazo. Captação pode ser modestamente suscetível à confiança. Fontes de captação são relativamente diversas. Captação amplamente sem garantias. Planos de captação de contingência robustos implantados.
Captação e liquidez geralmente estáveis, embora possa haver moderadas concentrações na captação, ou dependência de fontes de captação no atacado, menos estáveis. Captação sensível à confiança e a liquidez pode se tornar mais cara ou menos estável em períodos de estresse. Fontes de captação são moderadamente diversas. Componente de captação significativamente sem garantias. Planos de captação de contingência satisfatórios estão implantados.
Captação e liquidez são geralmente estáveis, embora possa haver concentrações na captação ou dependência significativa de fontes de captação no atacado, menos estáveis. O acesso à captação pode ser incerto em períodos de estresse no mercado. Fontes de captação relativamente limitadas. Falta de um componente de captação sem garantias. Planos de captação de contingência podem não ser suficientes.
Captação e liquidez menos estáveis podem estar sujeitas a súbitas alterações na percepção dos credores. Acesso à captação em períodos de crise no mercado é muito incerto. Fontes de captação muito limitadas. Falta de um componente de captação sem garantias. Planos de captação de contingência podem não estar bem desenvolvidos.
Captação e liquidez instáveis. Falta de um componente de captação sem garantias. Não há planos de captação de contingência.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II.5.c Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Na avaliação do perfil financeiro das CDNs, a Fitch considera os seguintes subfatores:
qualidade de ativos;
ganhos e lucratividade;
capitalização e alavancagem; e
captação, liquidez e cobertura.
Qualidade de Ativos — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Ganhos Líquidos Realizados/Carteira Média, a Valor
Principal No caso de CDNs, a Fitch avalia a qualidade dos ativos primeiramente utilizando os ganhos líquidos realizados como percentual do valor médio da carteira como proxy das baixas líquidas. A geração de significativas perdas líquidas cumulativas realizadas na carteira ao longo de um ciclo podem ser um indicador de fraca subscrição, particularmente se o desempenho for significativamente mais fraco do que CDNs pares. As perdas realizadas podem ainda ser geradas devido às estratégias de otimização da carteira, quando títulos com rendimentos menores são vendidos de forma que os recursos possam ser reinvestidos em ativos que proporcionem ganhos mais altos. Em todos os casos, a Fitch tenta entender a fonte das perdas realizadas.
Depreciação Não Realizada da Carteira
Complementar As tendências na depreciação não realizada da carteira podem servir como um alerta de problemas com a qualidade dos ativos, uma vez que as CDNs devem incorporar o perfil de crédito do tomador nas decisões de valuation trimestrais. As tendências relativas também podem oferecer uma visão da força da avaliação de risco de uma CDN e/ou dos processos de valuation. Por exemplo, um aumento na depreciação da carteira perante as tendências dos pares e do ambiente de crédito pode indicar subscrição fraca e/ou procedimentos de valuation deteriorados. Um aumento nos cupons de juros não caixa (também chamados de ‘pagamento em espécie’ [PIK]) também podem sinalizar enfraquecimento do crédito da carteira, uma vez que as companhias na carteira podem ter fluxos de caixa insuficientes para o serviço de seus pagamentos de juros e a capitalização dos pagamentos de cupons pode ser um precursor de eventuais baixas.
Concentrações na Carteira
Complementar Setor: Certas concentrações de setor podem ser sustentadas por um histórico bem-sucedido e por especialização interna, mas a Fitch acredita que concentrações excessivas podem aumentar as correlações no desempenho das companhias na carteira, influenciando negativamente a avaliação pela Fitch da qualidade dos ativos. Emissor: A Fitch avalia os maiores investimentos na carteira, a valor justo, como percentual dos ativos e do patrimônio para medir a sensibilidade da CDN às quedas de valorização em investimentos individuais. A Fitch também considera a magnitude da exposição a títulos de capital, que podem suportar movimentos de valorização mais voláteis. Muitas CDNs investem em fundos de crédito diversificados, ou em companhias na carteira que são, por si, credores grandes e diversificados. Esta diversificação pode reduzir a sensibilidade do investimento a movimentos de valorização, embora isto possa ser compensado pela subordinação do investimento da CDN, que são normalmente uma parcela majoritária do capital. Concentrações excessivas de emissões podem influenciar negativamente a avaliação da qualidade dos ativos pela Fitch. Vintage: No caso de concentrações vintage, a Fitch considera o ambiente da subscrição. Um volume significativo da
atividade de originação durante condições de mercado altamente competitivas pode resultar em problemas com a qualidade de ativos mais adiante, influenciando negativamente a avaliação da qualidade dos ativos. A agência considera as estatísticas s das companhias da carteira, incluindo alavancagem, cobertura de juros e EBITDA médio para avaliar o potencial de enfraquecimento da qualidade de ativos em um ambiente de estresse.
Fonte: Fitch.
Parâmetro de Qualidade de Ativos - Companhias de Desenvolvimento de Negócios aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Ganhos líquidos realizados/Média da Carteira pelo Valor (%) x>(1,0) (1)≥x>(3) (3)≥x>(4) (4)≥x>(6) x≤(6)
Fonte: Fitch.
Indicadores de Qualidade dos Ativos — Companhias de Desenvolvimento de Negócios Métrica Principal Versus Complementar
Ganhos Líquidos Realizados/Carteira Média, a Valor Principal
Não Acruados/Carteira, ao Custo Complementar
Não Acruados/Carteira, a Valor Complementar
Valorização Líquida Não Realizada/Total Carteira, ao Custo Complementar
Dez Maiores Investimentos na Carteira/Patrimônio Complementar
Fonte: Fitch.
CDNs – Definições de Resultados
Receita de Juros
(+) Receita de Dividendos
(+) Comissões Transação e Aconselhamento
(-) Base Comissões e Incentivos
(-) Despesa com Juros
(-) Despesas Operacionais
(=) Receita de Investimento Líquida Antes de Impostos
(+) Ganhos Realizados
(-) Perdas Realizadas
(=) Receita Taxável (aprox.)
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Resultados e lucratividade— Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Receita Líquida de Investimentos/ Carteira Média, ao Custo
Principal Resultados e lucratividade tendem a ser um fator menos influente no caso de CDNs, tendo em vista que são, basicamente, credores com garantias, buscando retorno do principal ajustado pelo risco apropriado. Neste contexto, retornos de investimentos excessivamente altos podem se tornar preocupantes, pois os retornos de investimentos que são baixos (ou negativos), como os anteriores, podem indicar elevado apetite por risco, enquanto os últimos podem sinalizar subscrição e/ou poder de precificação fracos.
Mix de Resultados Complementar A Fitch considera favoráveis perfis de resultados consistindo basicamente de receita de juros, tendo em vista a relativa estabilidade deste fluxo de receitas. Contribuições excessivas de comissões de transações, movidas pelo volume de originações e/ou de repagamentos ou por recursos de patrimônio mais episódicos são consideradas negativas pela Fitch, pois estas fontes de receita tendem a se tornar mais voláteis ou oferecer motivação errada para crescimento. Por exemplo, uma CDN pode estar inclinada a continuar originando investimentos em um ambiente de crédito competitivo se a receita de comissões precisar atender aos pagamentos de dividendos.
Ganhos Realizados e Não Realizados/Perdas
Complementar Ao considerar ganhos e perdas não realizados resultantes da exigência do GAAP de marcar a carteira a valor justo a cada trimestre, a Fitch foca no que originou as alterações e a probabilidade de elas serem realizadas. De modo geral, a Fitch espera que a realização de ganhos e perdas líquidos da carteira seja relativamente modesta ao longo do tempo, particularmente se os padrões de subscrição forem prudentes e a exposição aos investimentos de patrimônio forem mínimas. Entretanto, como as CDNs não são autorizadas a criar reservas para perdas de crédito, é realista assumir que uma CDN terá perdas de crédito realizadas periodicamente. Por esta razão, a Fitch avalia o desempenho de perdas líquidas realizadas de uma firma ao longo do tempo e em bases relativas para obter uma visão da força de seus padrões de subscrição.
Estrutura de Custos Complementar A estrutura de custos de uma CDN é analisada quanto à flexibilidade oferecida quando as condições do mercado são menos favoráveis. Neste sentido, a Fitch considera o quanto da base de custos é variável. A agência também considera a estrutura do contrato de administração de firmas administradas externamente e considera as exigências de retorno total mais favoravelmente. A análise das despesas de uma CDN como percentual da carteira, ao custo, proporciona uma visão da escalabilidade da plataforma e sua adequação relativa ao modelo e estratégia do negócio. Se os índices de despesas forem altos, isto poderá ser um indicador de que a CDN possui uma significativa carga de custos fixos. Por outro lado, se os índices de despesas forem muito baixos, podem sinalizar falta de infraestrutura suficiente para administrar a carteira.
Fonte: Fitch.
Companhias de Desenvolvimento de Negócios Parâmetros de Resultados e lucratividade
aa e acima a bbb bb b e abaixo
Receita Líquida de Investimentos /Média da Carteira, pelo Custo (%) 5<x≤10 5<x≤10 5<x≤10 x≤5 ou x>10 x≤5 ou x>10
Fonte: Fitch.
Indicadores de Resultados e Lucratividade — Companhias de Desenvolvimento de Negócios Indicador Principal Versus Complementar
Receita Líquida de Investimentos/Carteira Média, ao Custo Principal
Receita de Investimentos/Carteira Média, ao Custo Complementar
Despesas Não Juros e Não Incentivos/Carteira Média, ao Custo Complementar
Compensação/Carteira Média, ao Custo Complementar
Lucro Líquido/Média de Ativos Complementar
Fonte: Fitch.
Capitalização e Alavancagem — Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida/Patrimônio Tangível
Principal As exigências regulatórias essencialmente limitam o índice dívida/patrimônio de uma CDN a 1,0 vez. Uma quebra deste limite impede que a firma incorra em dívida adicional e normalmente resulta em quebras de covenants das linhas de crédito das CDNs. A Fitch considera a meta de alavancagem de uma CDN em bases absolutas, mas também em relação à construção da carteira e às condições de mercado. A meta de alavancagem deve proporcionar uma reserva adequada em relação à limitação de 1,0 vez em resposta à potencial variabilidade na valorização da carteira em bases trimestrais. A Fitch acredita que a reserva aumenta quando a carteira de investimento da CDN é mais ponderada em relação à parte inferior da estrutura de capital. Por exemplo, uma CDN com excessiva exposição a dívida subordinada e/ou a investimentos de patrimônio deve ter uma meta de alavancagem inferior à de uma CDN focada em investimentos em dívidas seniores com garantias, tudo o mais sendo igual. O Act 40 permite excluir créditos concedidos à Administração de Pequenos Negócios (SBA) do cálculo de compliance da cobertura de ativos. Entretanto, a agência inclui créditos SBA em seu cálculo de alavancagem e de sua avaliação geral do perfil de risco de crédito da CDN.
Adesão à Política de Alavancagem
Complementar Muitas CDNs articulam uma meta/faixa de alavancagem à qual há expectativas de que elas irão aderir durante o curso normal das operações do negócio. Nestas instâncias, a Fitch avalia a alavancagem histórica da CDN em relação à meta. Quebras da meta de alavancagem frequentes e/ou sustentadas (na ausência de uma mudança significativa no mix da carteira) ou mudanças periódicas na estratégia articulada poderão impactar negativamente a avaliação da capitalização e alavancagem pela Fitch. Por outro lado, a estrita aderência à meta, incluindo instâncias de redução ativa da alavancagem a fim de manter compliance, podem afetar positivamente a avaliação da capitalização e alavancagem.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Companhias de Desenvolvimento de Negócios Parâmetro Típico de Capitalização e Alavancagem
aa e Acima a bbb bb
b e Abaixo
Dívida/Patrimônio(x) x<0,25 0,25≤x<0,50 0,50≤x<0,80 0,80≤x<1,00 x≥1,00
Fonte: Fitch.
Indicadores de Capitalização e Alavancagem — Companhias de Desenvolvimento de Negócios Indicador Principal Versus Complementar
Dívida/Patrimônio Tangível Principal
(Ativos - Passivos Circulantes)/Dívida de Longo Prazo Complementar
(Patrimônio - Passivos Remunerados por Juros)/ Carteira, a Valor Complementar
Fonte: Fitch.
Captação, Liquidez e Cobertura — Companhias de Desenvolvimento de Negócios Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida Sem Garantia/ DívidaTotal
Principal A Fitch analisa o mix de captação com e sem garantias na estrutura de capital da CDN e vê positivamente um componente significativo de captação sem garantias, por proporcionar à CDN flexibilidade para agregar juro de título em caso de disrupção significativa nos mercados de capitais. As CDNs normalmente contam com linhas rotativas de crédito garantidas por cobertura de gravames em todos os ativos de investimento, o que tecnicamente não proporciona um grupo de ativos desonerados a credores sem garantias. Entretanto, as CDNs normalmente conseguem emitir dívidas com prazo de garantia, que compartilham os gravamos de cobertura, se não houver acesso à captação sem garantias.
Diversidade da Captação Complementar Uma CDN com diversificado grupo de fontes de captação disponíveis, que pode consistir de linhas de crédito rotativo, SPEs, securitizações, captação de SBA, colocações privadas, notas públicas e capital, seriam consideradas mais favoravelmente. A Fitch tende a considerar mais favoravelmente os compromissos com um grupo de bancos diversificado do que relações com credores únicos ou concentrados, uma vez que a evolução das condições em qualquer instituição financeira pode resultar na redução das concessões de crédito ao setor e em cancelamento dos compromissos existentes no vencimento, ou antes, se permitido.
Liquidez Complementar A liquidez é avaliada com base no caixa irrestrito do balanço, na capacidade de crédito das linhas rotativas não sacadas, na geração de caixa da carteira e na cobertura dos pagamentos de dividendos pelos resultados de caixa. A Fitch espera que uma CDN disponha de suficiente caixa disponível e de capacidade em suas linhas de crédito não utilizadas para manter os investimentos nas companhias em carteira, conforme necessário, e atender aos vencimentos da dívida de curto prazo. Entretanto, CDNs que mantêm capacidade de crédito (e de alavancagem) para aproveitar as oportunidades atrativas de mercado à medida que surgem são consideradas mais favoravelmente.
Cobertura de Dividendos pela Receita Líquida de Juros
Complementar As CDNs que escolhem ser consideradas companhias de investimento regulado (RICs) para fins tributários têm que distribuir aos acionistas 90% de suas receitas tributáveis, anualmente. Como resultado, a Fitch espera que a receita líquida de juros (NII) financie a maior parte dos dividendos ao longo do tempo. Para calcular a cobertura dos dividendos, a Fitch ajusta a NII por receita e despesas não caixa de modo a combinar os resultados de caixa com os pagamentos de dividendos. Os resultados não caixa geralmente são em forma de juros em espécie (PIK), capitalizados ao montante do principal do crédito. Os juros em espécie são incluídos na receita tributável e, por esta razão, estão sujeitos a distribuição, embora possam nunca ser cobrados em dinheiro, se o investimento for reestruturado ou baixado. A agência considera uma CDN com exposição excessiva a resultados em espécie mais negativa, tendo em vista a maior separação entre os resultados de caixa e a receita tributável. Quando ocorrem ganhos realizados na carteira, a Fitch considera mais favorável quando estes recursos são distribuídos como dividendo especial ou transportados para o próximo ano tributável, como receita excedente (spillover), que a Fitch acredita proporcionar maior estabilidade aos dividendos, ao longo do tempo. Aumentar o dividendo trimestral regular devido à geração de ganhos realizados deve pressionar a cobertura de dividendos no futuro, uma vez que estes ganhos são em geral episódicos. Os ganhos realizados também podem ser usados para preencher a escassez da receita líquida de juros para dividendos, particularmente quando investimentos em dívida com fraco desempenho tiverem sido reestruturados como patrimônio. A Fitch acreduta que uma queda na cobertura dos dividendos pela receita líquida de juros abaixo de 100% por um período prolongado deve ser solucionada com redução de dividendos. Qualquer indicação de que uma CDN está tomando emprestado ou levantando capital para financiar sua distribuição será considerada negativamente.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Companhias de Desenvolvimento de Negócios Parâmetro Típico de Captação, Liquidez e Cobertura
aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Dívida sem garantias/Dívida Total (%) x>90 50<x≤90 35<x≤50 x≤35 x = 0
Fonte: Fitch.
Indicadores de Captação, Liquidez e Cobertura— Companhias de Desenvolvimento de Negócios Indicador Principal Versus Complementar
Dívida Sem Garantia/Dívida Total Principal
EBITDA Ajustada /Despesa de Juros Complementar
Receita Líquida de Investimentos/Dividendos Declarados Complementar
Receita Líquida de Investimentos Caixa/Dividendos Declarados Complementar
Receita Não Caixa/Receita de Juros Complementar
Fonte: Fitch.
Perfil Financeiro — Companhias de Desenvolvimento de Negócios aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Qualidade de Ativos
Apresenta grau de estabilidade sem precedentes, conforme refletido nos indicadores muito baixos de créditos não acruados e/ou perdas mínimas ao longo dos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos são consistentemente melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração são muito baixos ou efetivamente mitigados. Geração de ganhos líquidos cumulativos realizados na carteira ao longo do ciclo.
Grau muito alto de estabilidade na qualidade de ativos, conforme refletido nos baixos indicadores de não acruados e/ou baixas perdas ao longo de múltiplos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos são melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração são baixos ou efetivamente mitigados. Ausência de perdas cumulativas líquidas realizadas na carteira ao longo do ciclo.
Possui elevado grau de estabilidade, conforme refletido nos modestos indicadores de não acruados e/ou perdas. A qualidade de ativos é moderadamente variável ao longo dos ciclos econômicos ou de taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos provavelmente serão modestamente melhores do que em instituições pares ou menos vulneráveis a ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Concentrações na carteira são modestas. Pode haver perdas líquidas cumulativas mínimas na carteira ao longo do ciclo.
Há certo grau de estabilidade, conforme pode estar definido nos indicadores médios de não acruados e/ou perdas. indicadores de qualidade de ativos flutuam ao longo dos ciclos econômicos e/ou das taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos estão geralmente em linha com as amplas médias do setor. As concentrações da carteira são moderadas. Pode haver perdas cumulativas líquidas moderadas realizadas na carteira ao longo do ciclo.
Há níveis acima da média de ativos não acruados e perdas. Indicadores de qualidade de ativos são mais voláteis em face de alterações nos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros e geralmente piores ou mais vulneráveis do que as amplas médias do setor. As concentrações da carteira são altas. Pode haver perdas significativas líquidas acumuladas realizadas na carteira ou falta de desempenho ao longo de um ciclo.
Qualidade de ativos, não acruados e perdas acima da média. Indicadores de qualidade de ativos devem ser muito voláteis, com base em mudanças nos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros e geralmente significativamente piores ou mais vulneráveis do que as amplas médias do setor. Concentrações na carteira são muito altas. Pode haver significativas perdas líquidas cumulativas realizadas na carteira ao longo de um ciclo ou histórico de desempenho limitado.
Há ou provavelmente haverá indicadores de qualidade de ativos que se desviam significativamente dos parâmetros do setor ou das normas históricas.
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Março de 2018
Perfil Financeiro — Companhias de Desenvolvimento de Negócios (Continuação)
aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Resultados e Lucratividade
Receitas e lucratividade são altamente previsíveis ao longo de todos os ciclos econômicos ou de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custo altamente variável. Indicadores de lucratividade consistentemente proporcionais à natureza avessa ao risco.
Receitas e lucratividade muito previsíveis ao longo de múltiplos ciclos econômicos e de taxas de juros. Dependência limitada de receita transacional. Estrutura de custos altamente variável. Indicadores de lucratividade proporcionais ao risco muito baixo, mas podem variar modestamente, embora permaneçam geralmente superiores aos pares.
Receitas e lucratividade moderadamente variáveis ao longo de ciclos econômicos ou de taxas de juros. Dependência modesta de receita transacional. Estrutura de custos amplamente variável. Indicadores de lucratividade proporcionais ao baixo risco, mas sujeitos à variabilidade. Lucratividade geralmente é melhor do que as médias do setor.
Resultados e lucratividade podem ser variáveis ao longo de ciclos econômicos ou de taxas de juros. Modesta dependência de receita transacional. Estrutura de custos amplamente variável. Indicadores de lucratividade refletem o risco inerente ou um ambiente altamente competitivo e podem estar sujeitos à maior variabilidade. Lucratividade é média em relação às amplas médias do setor.
Resultados e lucratividade podem ser altamente variáveis ao longo de ciclos econômicos ou de taxas de juros. Dependência moderada de receitas transacionais. Estrutura de custos é menos variável do que as empresas pares. Indicadores de lucratividade podem não refletir totalmente o risco inerente e estão sujeitos à variabilidade. Lucratividade abaixo da média do setor.
Resultados e lucratividade voláteis e altamente correlacionados aos ciclos econômicos e de taxas de juros. Forte dependência de receitas transacionais. Estrutura de custos amplamente fixa. Indicadores de lucratividade podem não refletir inteiramente o risco inerente e estão sujeitos à variabilidade. Lucratividade bem abaixo da média em relação às amplas médias do setor.
Pode ser estruturalmente não lucrativa tanto em bases reportadas ou em bases operacionais. O retorno ao ponto de equilíbrio ou à lucratividade sustentável é altamente incerto.
Capitalização e Alavancagem
Capitalização é extremamente forte e proporcional ao risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com reservas muito relevantes em relação aos mínimos regulatórios, assim como em comparação com as instituições pares.
Capitalização muito forte e proporcional ao risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com confortáveis reservas em relação aos mínimos regulatórios, assim como em comparação a instituições pares.
Índices de capitalização fortes e proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidas com sólidas reservas em relação aos mínimos regulatórios, e geralmente acima de instituições pares.
Índices de capital refletem o risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com reservas satisfatórias em relação aos mínimos regulatórios e geralmente em linha com instituições pares.
Índices de capital podem não ser totalmente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com reservas moderadas em relação aos mínimos regulatórios e podem ficar abaixo de instituições pares.
Índices de capital não são proporcionais ao risco. Capitalização é baixa e as reservas em relação aos mínimos regulatórios são poucas.
Capitalização e alavancagem têm deficiências claras, que podem requerer aportes de capital.
Captação, Liquidez, e Cobertura
Captação e liquidez são excepcionalmente estáveis. Dependência mínima da captação do atacado. Captação não é sensível à confiança. As fontes de captação são altamente diversas. Captação é totalmente sem garantias. Duração da captação ultrapassa significativamente o vencimento médio da carteira de ativos. Acesso demonstrado aos mercados de ações ao longo dos ciclos. Ausência de receita não caixa. Receita líquida de investimento caixa excede significativamente os pagamentos de dividendos. Planos de contingência de captação extremamente robustos implementados.
Captação e liquidez muito estáveis. Dependência mínima de captação de curto prazo. Captação do atacado é predominantemente de longo prazo com apetite dos investidores estabelecido. Fontes de captação são muito diversas. Captação totalmente sem garantias. Duração da captação ultrapassa o vencimento médio dos ativos da carteira. Acesso demonstrado aos mercados de ações ao longo dos ciclos. Receita não caixa mínima. Receita líquida de investimento caixa ultrapassa significativamente os pagamentos de dividendos. Planos de contingência de captação muito robustos implementados.
Captação e liquidez estáveis. Captação do atacado é predominantemente de longo prazo. Captação pode ser moderadamente sensível à confiança. Fontes de captação são relativamente diversas. Captação é amplamente sem garantias. Duração da captação é proporcional ao vencimento médio dos ativos da carteira. Demonstrado acesso aos mercados de ações ao longo dos ciclos. Receita não caixa mínima. Receita líquida de investimento caixa ultrapassa o pagamento de dividendos. Robustos planos de contingência de captação implementados.
Captação e liquidez são geralmente estáveis, embora possa haver moderadas concentrações na captação. Dependência de fontes de captação no atacado menos estáveis. Captação é sensível à confiança, e a liquidez pode se tornar mais cara ou menos estável em períodos de estresse. Significativo componente de captação sem garantias. Duração da captação é proporcional ao vencimento médio dos ativos da carteira. Demonstrado acesso aos mercados de ações, mas pode ser mais sensível às condições de mercado. Receita não caixa modesta. Receita líquida de investimento caixa atende aos pagamentos de dividendos. Razoáveis planos de contingência de captação implementados.
Captação e liquidez estáveis, embora possa haver concentrações de captação ou significativa dependência de fontes de captação do atacado, menos estáveis. Acesso à captação pode ser incerto em períodos de crise no mercado. Falta de um componente de captação sem garantias. Duração da captação pode não ser proporcional ao vencimento médio dos ativos na carteira. Não há capacidade comprovada de acesso aos mercados de ações. Moderada receita não caixa. Receita líquida de investimento caixa abaixo dos pagamentos de dividendos. Planos de contingência de captação podem não ser suficientes.
Captação e liquidez menos estáveis e podem estar sujeitas a súbitas alterações no sentimento dos credores. Acesso à captação em períodos de crise no mercado é muito incerto. Falta de um componente de captação sem garantias. Duração da captação pode não ser proporcional ao vencimento médio dos ativos da carteira. Inabilidade de acesso aos mercados de ações. Significativa receita não caixa. Receita líquida de investimento caixa bem abaixo dos pagamentos de dividendos. Planos de contingência de captação podem não ser bem desenvolvidos.
Captação e liquidez são instáveis. A captação é de curto prazo. Falta de um componente de captação sem garantias. Significativa receita não caixa. Receita líquida de investimento caixa significativamente inferior aos pagamentos de dividendos. Não há Planos de contingência de captação.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
II.5.d Financeiras e Companhias de Leasing
Na avaliação do perfil financeiro de financeiras e companhias de leasing, a Fitch considera os
seguintes subfatores:
qualidade de ativos;
receitas e lucratividade;
capitalização e alavancagem; e
captação, liquidez e cobertura.
Principais Características do Risco de Atividades de Negócios de Financeiras e Companhias de Leasing
Atividade Utilização do Balanço Principal Captação
a
Risco de Valor Residual?
Principal Fonte de Ganhos
Estabilidade da Lucratividade
Leasing
Leasing de Aeronaves Alta Com Garantia/ABS/Sem Garantia Sim Receita de Leasing Mais Cíclica
Leasing de Contêiner Alta Securitização/Linhas Bancárias com Garantia Sim Receita de Leasing Cíclica
Leasing de Frota Alta ABS/Sem Garantias Geralmente Não Receita de Leasing Menos Cíclica
Leasing de Caminhão Alta Sem Garantias/Com Garantias Sim Receita de Leasing Menos Cíclica
Leasing de Vagão Alta Com Garantias Sim Receita de Leasing Cíclica
Aluguel
Aluguel de Carros Alta Securitização Sim Receita de Aluguel Mais Cíclica
Equipamento de Aluguel Alta Garantida Sim Receita de Aluguel Mais Cíclica
Financiamento ao Consumidor e Comercial
Crédito Comercial Alta Depósitos/Sem Garantias Não Receita de Margens Cíclica
Leasing de Carro Alta Securitização/Depósitos/Sem Garantias Sim Receita de Margens Cíclica
Cartão de Crédito Alta Securitização/Depósitos Não Receita de Margens Cíclica
Empréstimo Estudantil Alta Securitização/Depósitos Não Receita de Margens Estável
Originação de Hipotecas Alta Com Garantias Não
Receitas de Originação/Receita de Servicing Estável
Factoring Alta Depósitos/Sem Garantias Não Receita de Serviços Cíclica
Corretagem de Penhores Alta Sem garantias Sim
Receita de Serviços/Vendas Mercantis Cíclica
Crédito Pagamento Alta Linhas Bancárias Com Garantias Não Margem e Receita de Serviços Cíclica
Compradores de Dívidas Média-Alta Linhas Bancárias /Dívida Garantida Não
Taxas/Excesso de Cobranças/Preço Compra Menos Cíclica
Serviços Financeiros
Crédito à Praça Baixa Varejo Sem Recursos/Institucional Não Taxas de Originação Cíclica
Serviço de Hipotecas Baixa Com Garantias Não Receitas de Serviços Cíclica
aOutros que não linhas bancárias.
Fonte: Fitch.
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Qualidade de Ativos — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Créditos Duvidosos e Não Performados
Principal (Para Financeiras e Companhias de Leasing com alto uso do Balanço)
A avaliação da qualidade dos ativos de financeiras e companhias de leasing foca basicamente créditos duvidosos, mas também inadimplências, não acruados, baixas líquidas e taxas de provisões. A Fitch analisa o desempenho destes indicadores ao longo do tempo e através de ciclos do mercado, em relação à metodologia de subscrição da firma e o apetite por risco articulado e as compara a pares com produtos semelhantes. Em linha com os parâmetros de qualidade de ativos da Fitch para bancos, os parâmetros de qualidade de ativos da Fitch para financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço resultam da combinação do ambiente operacional da entidade com os valores dos indicadores financeiros. Isto reflete a expectativa da Fitch de que o ambiente operacional responderá por uma parcela significativa das diferenças nos indicadores reais através dos países e regiões, dadas as diferenças nos perfis de risco financeiro que surgem diretamente dos ambientes em que as entidades operam (ver Seção II.1 – Avaliação do Ambiente Operacional). O nivelamento pelo ambiente operacional não é aplicado aos indicadores de outras instituições financeiras não bancárias ou subsetores, tendo em vista que a qualidade de ativos não é uma consideração analítica primordial para determinados subsetores (como gestores de investimento, onde o desempenho dos ativos é mais relevante) ou as diferenças não estão presentes no ambiente operacional (como no caso de CDNs, que operam em apenas um ambiente operacional).
Perfil do Tomador Complementar No caso de credores de consumo, a Fitch pode analisar os dados da carteira de crédito, como saldo médio por conta e o rendimento médio, assim como as variações em relação ao meio. Isso também pode envolver dados demográficos sobre a carteira ou score de crédito interno ou externo. No caso de credores e locadores comerciais, a Fitch pode analisar os tipos de negócios ou equipamentos financiados, os índices crédito/valor, assim como quaisquer rankings de crédito internos ou listas de observação com respeito aos arrendatários. No caso de locadoras, a qualidade do locatário pode ser menos relevante, dependendo da duração do contrato de crédito e do tipo de equipamento que está sendo alugado.
Serviço, Cobranças e Descarte
Complementar A Fitch acredita que uma plataforma de serviço e cobrança robusta integra a qualidade de ativos, pois pode ter influência significativa na experiência dos atrasos/inadimplências e baixas. Por exemplo, a Fitch analisa as estratégias de cobrança de um emissor no caso de contas em atraso/inadimplentes e a capacidade de melhorar diante das taxas de rolagem esperadas. No caso de companhias de leasing, a Fitch também analisa a capacidade de um emissor de retomar ou descartar colaterais de modo econômico e eficiente. A Fitch analisa a flexibilidade de um emissor com relação aos canais para descarte e procura avaliar a capacidade de um emissor rapidamente se desfazer da frota ou repô-la em resposta às condições de mercado. Os recursos da venda dos colaterais são analisados ao longo do tempo em relação aos valores residuais para avaliar a eficácia das políticas de depreciação da companhia de leasing.
Sasonalidade e Impactos no Crescimento
Complementar Como a qualidade dos ativos pode ser distorcida pelo crescimento, quando possível a Fitch conduz uma análise com base no conjunto estático para medir a qualidade dos ativos de diferentes vintages. A análise do conjunto estático ou análise vintage pode proporcionar uma advertência antecipada sobre problemas, como rápida deterioração da qualidade dos ativos, forçando a aceleração de baixas, o que pode destacar o afrouxamento das políticas de subscrição. A Fitch reconhece que a sazonalidade pode desempenhar um papel na distorção da qualidade dos ativos e, para complementar a análise do conjunto estático, pode analisar outros indicadores de qualidade dos ativos ajustados pelo crescimento, examinando os índices de atrasos/inadimplências e de baixas líquidas tanto em bases coincidentes (correntes) como com efeito retardado. Além disso, o encolhimento da carteira também pode distorcer os indicadores de crédito coincidentes ou retardados, então, nessas instâncias, a Fitch também acompanha a mudança absoluta relativa nos atrasos/inadimplências e perdas na carteira de um período para outro.
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementar Os principais indicadores de qualidade dos ativos de financeiras e companhias de leasing são menos relevantes no caso de compradores de dívida, cujos ativos estão normalmente em atraso, embora adquiridos com significativo desconto. Em lugar disso, a Fitch foca em estabilidade e resiliência da geração de fluxo de caixa das carteiras adquiridas em relação a seu preço de compra. A Fitch também analisará medidas do setor, como o total dos múltiplos ‘cash on cash’, o caixa líquido nos múltiplos de caixa (líquidos dos custos da atividade de cobrança) e o preço pago/valor de face dos ativos comprados, quando disponível.
Fonte: Fitch.
Financeiras e Companhias de Leasing Parâmetros Típicos de Qualidade de Ativos por Ambiente Operacional
Categoria de Ratings
(%)
Índice de Atrasos e NPLsa aa e Acima a bbb bb
b e Abaixo
Score
do
A
mbie
nte
Ope
racio
nal aa e Acima x≤1 1<x≤3 3<x≤6 6<x≤14 x>14
a x≤0,25 0,25<x≤2 2<x≤5 5<x≤12 x>12
bbb X≤0.5 0.5<x≤4 4<x≤10 x>10
bb x≤0,75 0,75<x≤5 x>5
b e Abaixo x≤1 x>1 aNo caso de países e/ou classes de ativos onde a estrutura de atrasos e de NPLs não é utilizada, os índices de atraso (normalmente trinta dias) pode ser usado em
substituição. Nota: A Fitch pode excluir ou normalizar um ponto de dados trimestrais se acreditar ser indevidamente influenciada pela sasonalidade em lugar de refletir uma tendência de qualidade de ativos de prazo mais longo.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Indicadores de Qualidade dos Ativos — Financeiras e Companhias de Leasing Indicador Principal Versus Complementar
Índice de Créditos em ‘D-H’ e em atraso há mais de 60 dias Principal
Reservas para créditos em ‘D-H’ e em atraso há mais de 60 dias Complementar
Créditos em Atraso Menos Reservas para Créditos em Atraso/FCC Complementar
Baixas Líquidas/Média de Créditos Complementar
Valor Residual dos Ganhos (Perdas)/Valor Contábil dos Ativos Complementar
Nota: A Fitch pode excluir ou normalizar um ponto de dados trimestral se acreditar que este está indevidamente influenciado pela sazonalidade em lugar de refletir a tendência da qualidade dos ativos por prazo mais longo.
Fonte: Fitch.
Resultados e lucratividade — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Lucro Líquido Antes dos Impostos/Média dos Ativos
Principal (Para Financeiras e Companhias de Leasing Com Alto Uso do Balanço)
Para financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço, a Fitch foca basicamente nos rendimentos da carteira e nas medidas de retorno sobre ativos e retorno sobre patrimônio, que são mais facilmente comparáveis em todo o universo de bancos e não bancos. A Fitch também analisa as margens ajustadas pelo risco, que medem o nível de rentabilidade dos riscos assumidos, uma vez que deduz as despesas com provisões e as despesas de juros do total da receita operacional líquida. A análise da qualidade dos resultados reflete, basicamente, a avaliação dos resultados baseados em caixa, principalmente receitas líquidas de juros e de arrendamento e a receita de serviços, ao contrário dos ganhos/perdas não recorrentes, os ganhos não caixa ou os ganhos de marcação a mercado de derivativos ou investimentos.
EBITDA Ajustado/ Receitas
Principal (Para Financeiras e Companhias de Leasing com Baixo Uso do Balanço)
Para financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço, a Fitch coloca ênfase na análise da margem de EBITDA ajustada. Na medida em que uma boa parcela da receita vem de taxas, como é o caso de financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço, a Fitch avalia a confiabilidade e variabilidade destas taxas ao longo do ciclo. Além disso, a Fitch também pode analisar as acumulações dos serviços envolvendo taxas como prêmios pelo uso de cartões de crédito ou as políticas de supressão de taxaspor receitas não realizadas, avaliar a possibilidade de cobrança ao longo do tempo, quando aplicável. Para companhias de leasing em que o prazo médio do arrendamento é relativamente curto, como locadoras de carros e de pequenos valores, e para companhias com comprovada geração de caixa baseada em ativos e/ou resultados significativos não relacionados ao balanço, como compradores de dívida, a análise dos resultados e da rentabilidade normalmente foca nos indicadores e na análise do fluxo de caixa. A Fitch pode ajustar seu cálculo de EBITDA para excluir a despesa de depreciação se acreditar que ela é operacional e recorrente e que não se espera alteração significativa nos patamares de ativos arrendados. Entretanto, nesse caso, a Fitch procura somar de volta os recursos da venda de ativos arrendados ao seu cálculo do fluxo de caixa, uma vez que provavelmente seriam considerados uma fonte significativa de amortização da dívida.
Despesas Operacionais
Complementar A Fitch também examina as despesas operacionais em relação aos créditos e arrendamentos, incluindo o mix de custos variáveis e fixos. A agência reconhece que as financeiras e companhias de leasing podem ter estruturas de custos muito diferentes. Por exemplo, uma companhia com presença global, como uma locadora de aeronaves, provavelmente terá um nível mais alto de despesas operacionais em comparação a uma que conte com funções centralizadas, mas isto pode ser neutralizado por outros fatores, como perdas de crédito mais baixas ou rendimentos mais altos de ativos.
Depreciação e Itens Não Caixa
Complementar A despesa de depreciação normalmente é um item não caixa significativo para as empresas de leasing, e a Fitch a considera um custo importante, uma vez que essas companhias normalmente precisam substituir continuamente equipamentos envolvidos nos arrendamentos operacionais e precisam observar determinados parâmetros de idade. Na medida em que um emissor reporta um montante significativo de receita não caixa, a Fitch pode pedir uma reconciliação entre os resultados reportados e os fluxos de caixa operacionais. Na opinião da agência, itens não caixa significativos diminuem a qualidade dos resultados.
Tratamento de Securitizações
Complementar Na medida em que uma financeira ou uma companhia de leasing securitiza recebíveis removendo-os do seu balanço ou serve ativos que não estão em seu balanço, a agência foca nas medidas de rentabilidade administradas, que consideram os lucros e as despesas reportados em relação à carteira de créditos e leasings servida pela companhia. Isto proporciona um quadro mais claro da rentabilidade da carteira, uma vez que um emissor normalmente ganha uma taxa ao servir ativos no veículo de securitização.
Fonte: Fitch.
Financeiras e Companhias de Leasing Parâmetros Típicos de Resultados e Lucratividade aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Lucro antes dos impostos/Média Ativos (%)a x>4 3<x≤4 2<x≤3 1<x≤2 x≤1
EBITDA/Receitas (%)b x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
aNo caso de financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço.
bNo caso de financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 67
Março de 2018
Indicadores de Resultados e Lucratividade — Financeiras e Companhias de Leasing Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Lucro Líquido Antes dos Impostos/ Média dos Ativos Principal
Lucro Líquido Antes dos Impostos/Patrimônio Médio Complementar
Ganhos (Perdas) de Valor Residual/Lucro Líquido Complementar
Despesas Operacionais/Total de Receitas Líquidas Complementar
Despesas de Depreciação/Total de Receitas Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado /Receitas Principal
Lucro Antes dos Impostos/Receitas Complementar
Fonte: Fitch.
Capitalização e Alavancagem— Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida/ Patrimônio Tangível
Principal (Para Financeiras e Companhias de Leasing com Alto Uso do Balanço)
A avaliação pela Fitch das indicadores de capitalização e alavancagem de uma financeira ou companhia de leasing foca, basicamente, nas medidas tradicionais de alavancagem, como dívia/patrimônio tangível e dívida/FCC das financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço.
Dívida/ EBITDA Ajustado
Principal (Para Financeiras e Companhias de Leasing com Baixo Uso do Balanço)
A avaliação pela Fitch das indicadores de capitalização e alavancagem de uma financeira ou companhia de leasing foca, basicamente, no índice dívida/EBITDA ajustado das financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço e das companhias com comprovada geração de caixa baseada nos ativos e/ou resultados significativos não relativos ao balanço, como os compradores de dívida.
Especificidades do Modelo de Negócio
Complementar No caso de companhias de leasing com arrendamentos de prazo mais longo e significativo risco de valor residual, como locadores de grandes equipamentos, o principal foco de capitalização e alavancagem está nas métricas do balanço, como o índice dívida/patrimônio. No caso de companhias de leasing em que o prazo médio dos arrendamentos é relativamente curto, como as locadoras de veículos e locadores de pequenos valores, e de companhias com comprovada geração de caixa estável baseada em ativos e/ou resultados significativos não relacionados ao balanço, como os compradores de dívida, a análise da alavancagem e capitalização pela Fitch pode assumir uma abordagem corporativa, na qual o foco seja a cobertura do fluxo de caixa e serviço da dívida. A Fitch usa o EBITDA ajustado como um reflexo do fluxo de caixa. No caso de compradores de dívida, a Fitch também avaliará a relação dívida total/cobranças restantes estimadas, quando disponíveis.
Dupla Alavancagem
Complementar Quando relevante, a Fitch examina a dupla alavancagem, definida como investimentos de patrimônio em subsidiárias mais intangíveis na companhia holding dividido pelo patrimônio, o que reflete dívidas emitidas no âmbito da companhia controladora que foram transferidas para as subsidiárias como capital. Embora se possa esperar um pequeno montante de alavancagem dupla, a Fitch se preocupa quando a alavancagem dupla é alta (ou seja, acima de 120% ou mais do patrimônio comum da companhia controladora) em bases sustentadas, a não ser que atenuada de alguma outra forma (por exemplo, via contrato de suporte à liquidez de subsidiária). Um elevado grau de alavancagem dupla pode resultar em diferenciais de rating maiores entre uma controladora e suas subsidiárias, particularmente se estiverem envolvidas subsidiárias reguladas, uma vez que os dividendos dessas entidades podem ser restritos. Quando viável, a Fitch analisará a capacidade de dividendos de uma subsidiária regulada em relação aos custos fixos e dividendos da holding.
Fonte: Fitch.
Financeiras e Companhias de Leasing Parâmetros de Capitalização e Alavancagem aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Dívida/Patrimônio Tangível (x)a x<1,0 1,0≤x<3,0 3,0≤x<5,0 5,0≤x<7,0 x≥7,0
Dívida/EBITDA (x)b x<0,5 0,5≤x<1,5 1,5≤x<2,5 2,5≤x<3,5 x≥3,5
aNo caso de financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço.
bNo caso de financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço.
Fonte: Fitch.
Indicadores de Capitalização e Alavancagem— Financeiras e Companhias de Leasing Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Dívida/Patrimônio Tangível Principal
Dívida/FCC Complementar
FCC/Ativos Tangíveis Complementar
(Lucro Líquido-Dividendos- Recompras de Ações)/Capital Inicial Complementar
FCC/Ativos Ponderados pelo Risco Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Dívida/ EBITDA Ajustado Principal
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Captação, Liquidez e Cobertura — Financeiras e Companhias de Leasing
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida sem garantias/ Dívida Total
Principal (para Financeiras e Companhias de Leasing com alto uso do balanço)
A Fitch acredita que dependência excessiva de fontes de financiamento com garantias, como securitizações lastreadas em ativos, contratos de recompra, letras imobiliárias garantidas ou empréstimos bancários com garantias podem limitar a avaliação da captação, liquidez e cobertura de uma financeira ou companhia de leasing, pois uma elevada proporção de ativos onerados reduzirá a flexibilidade financeira. Ao avaliar as proteções aos credores, quando as informações estão disponíveis, a Fitch focará na dívida sem garantias como percentual da dívida total e, por extensão, nos ativos desonerados em relação à dívida sem garantias. Isto engloba não só o montante, como também a relativa qualidade dos ativos que sustentam as obrigações da dívida sem garantias. A Fitch normalmente estressa os valores dos ativos aplicando cortes, dependendo do risco da classe dos ativos. Ao considerar os ativos desonerados, a Fitch também faz ajustes com base na senioridade das garantias que possam existir nos contratos de financiamento e os ativos empenhados.
EBITDA Ajustado /Despesa de Juros
Principal (para Financeiras e Companhias de Leasing com baixo uso do balanço)
No caso de financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço, a Fitch avalia captação, liquidez e cobertura, basicamente com base na cobertura dos juros, mais do que na captação ou liquidez. Para companhias de leasing com prazos de arrendamento relativamente curtos, como locadoras de veículos e locadores de pequenos valores, e para companhias com geração de caixa baseada em ativos comprovadamente estável e/ou com resultados significativos não relacionados ao balanço, como os compradores de dívidas, a análise pela Fitch da captação, liquidez e cobertura normalmente focará nos indicadores do fluxo de caixa. Para financeiras e companhias de leasing que pagam dividendos preferenciais, a Fitch também calculará a cobertura das despesas com juros e dos dividendos preferenciais.
Dependência da Captação de Curto Prazo
Complementar A Fitch entende que os emissores podem ser motivados a se financiar com dívida de curto prazo, uma vez que o custo destas é menor; entretanto, a agência acredita que o excesso de dependência de financiamentos de curto prazo pode ser muito problemático, especialmente em épocas de pressões no mercado. Ao pensar em financiamentos de curto prazo, a Fitch foca nos vencimentos dos ativos. Por exemplo, pode ser melhor para um emissor com ativos com prazos muito curtos (cartão de débito, recebíveis de factoring, financiamentos de plano de piso de automóveis ou determinados financiamentos ao consumidor) contar com fluxos de caixa de ativos para sustentar um componente razoável de financiamentos de curto prazo do que um emissor com ativos de longa data, como hipotecas, créditos estudantis ou financiamento de aeronaves. Ainda assim, mesmo quando os vencimentos dos ativos são de prazo muito curto, um certo grau de financiamentos de prazo mais longo deve estar implantado para financiar a carteira dos negócios.
Captação Contingente
Complementar Planos de contingência sólidos devem ser estabelecidos para cobrir a possibilidade de que os ativos de curto prazo financiados por dívida de curto prazo possam não produzir os níveis de fluxo de caixa esperados em todas as fases do ciclo de um negócio ou produto. Isto inclui a cobertura de possíveis extensões dos períodos de retenção no caso de ativos com expectativa de serem vendidos e que são financiados por dívida de curto prazo. Os financiamentos contingentes são razoavelmente acessíveis em épocas de restrições financeiras e não devem depender de um emissor para manter o cumprimento dos covenants. A expectativa da Fitch é que financeiras e companhias de leasing grau de investimento demonstrem planos de contingência que lhes permitam atravessar crises prolongadas nos mercados de liquidez e captação. Isto pode ser demonstrado pela capacidade de financiar operações essenciais ao longo de 12 meses por meio de geração de fluxo de caixa e linhas de financiamento compromissadas oferecidas por entidades com ratings apropriados, embora excluindo o acesso a mercados públicos sem garantias se estes forem a fonte primária de captação em períodos de condições normais de mercado. Além disso, a Fitch pode avaliar os cenários de desaceleração ou liquidação para entender melhor como efetiva e eficientemente os ativos podem ser liquidados para cobrir custos, inclusive o serviço da dívida, pontualmente.
Carteiras de Pedidos
Complementar Planos de financiamentos de contingência ganham mais significado para companhias de leasing com grandes carteiras de pedidos, particularmente tendo em vista que estas obrigações devem ser financiadas ao longo de diferentes ambientes econômicos. Carteiras de pedidos são mais prevalecentes nos setores de arrendamento de aeronaves, vagões ferroviários e contêiners e representam compromissos de compra de ativos dos fabricantes, em alguns casos, anos antes de serem arrendados. A existência de financiamentos prometidos, como instalações de armazéns, ajuda a atenuar uma parte deste risco; entretanto, o vencimento destas linhas podem ser entregas de pedidos pré-datados, que podem render risco de refinanciamento. A Fitch considera o porte da carteira de pedidos de um locador em relação ao porte do seu balanço, da frota existente, das capacidades operacional e de marketing, a extensão em que os arrendamentos compromissados estão implantados na ocasião do pedido, assim como seu histórico de levantamento de capital. Entretanto, a existência de carteiras significativas, particularmente se forem de longo prazo, pode ser uma limitação para o rating.
Qualidade e Diversidade da Captação
Complementar A Fitch considera positivo diferentes fontes de captação, em termos de mercados, investidores e de geografia, assim como a estabilidade da captação, para o escore de Captação, Liquidez e Cobertura. A agência examina a partcela das linhas de crédito que estão comprometidas em relação às não comprometidas, a composição dos provedores de crédito e a frequência com que as linhas são utilizadas. A agência examina a duração do relacionamento, assim como outros fluxos do negócio (como administração do caixa ou subscrição de títulos) que uma financeira ou companhia de leasing mantém com seus provedores de crédito, pois isto pode ter impacto material em como os credores acomodam o emissor durante períodos de dificuldades financeiras. A agência pode considerar apenas a liquidez disponível nas linhas de crédito de reserva de bancos com ratings altos e/ou bancos com a mesma classificação, ou mais alta do que a do próprio emissor.
Tratamento da Securitização
Complementar Quando há uma parcela significativa de atividade de securitização, a Fitch pode comparar a qualidade dos recebíveis securitizados com a dos que permanecem desonerados para garantir que não ocorreu ‘escolha do melhor’ ou seleção adversa. A Fitch acredita que recebíveis securitizados devem refletir um cruzamento dos créditos ou arrendamentos originados. Como resultado, estratégias que dependam da venda de créditos mais fracos ou mais fortes podem afetar negativamente o score de captação, liquidez e cobertura. Além disso, a agência acredita que uma financeira ou companhia de leasing deve demonstrar liquidez em todos os tipos de ativos que originar. Por exemplo, se um emissor não demonstrar liquidez no mercado secundário em relação a uma classe de ativos em particular, a agência pode considerar capital e/ou liquidez adicional para sustentar aquele ativo como apropriado. Além disso, pode considerar crescente a probabilidade de suporte voluntário para as obrigações sem recurso de uma Financeira ou companhia de leasing que depender excessivamente de securitização como uma fonte de captação. O suporte voluntário pode surgir como meio de o emissor limitar os danos à imagem e potencial perda de acesso ao mercado dessa fonte de captação, em caso de fraco desempenho.
Cumprimento dos Covenants
Complementar A Fitch poderá analisar os covenants nos contratos de crédito para entender as características do covenant e dos títulos, uma vez que estes podem ter relevância para a capacidade de uma financeira ou companhia de leasing conduzir seus negócios. Embora inadimplências técnicas, como violação a um covenant financeiro possam ser normalmente abandonadas, isto normalmente ocorre a custos consideráveis. Assim, a quebra de um covenant pode impactar negativamente a avaliação da captação, liquidez e cobertura pela Fitch, se for considerada um indicador de alteração material no perfil de risco ou na flexibilidade financeira da entidade.
Índice de Pagamentos
Complementar Muitas financeiras e companhias de Leasing pagam uma parcela dos resultados, seja a uma companhia controladora ou a acionistas públicos/privados, o que é um uso de caixa. Para índices de pagamentos, a Fitch focaliza medidas combinadas, que incluem dividendos e recompras líquidas de ações, a fim de avaliar o impacto na liquidez.
Especificidades dos REITs Hipotecários
Complementar A Fitch normalmente considera as REITs hipotecárias como tendo posições de liquidez mais fracas do que financeiras semelhantes que não escolheram a situação de REIT, pois a flexibilidade de retenção de capital das REITs é mais fraca. Entretanto, as REITs que efetuam as necessárias distribuições de dividendos por meio da emissão de novas ações, em lugar de pagamentos de dividendos em dinheiro, podem ter liquidez mais forte do que as REITs que pagam a maior parte da receita tributável aos acionistas em forma de dividendos em dinheiro. Com base nas orientações da Associação Nacional de Fundos de Investimentos Imobiliários, os recursos das operações (FFO) das REITs hipotecárias são definidos como receita líquida excluindo ganhos (ou perdas) com as vendas de imóveis, mais depreciação e amortização, mais ajustes por parcerias e joint ventures não consolidadas. A Fitch compara os dividendos pagos aos acionistas com FFO das REITs hipotecárias. Os ajustes por parcerias e joint ventures não consolidadas serão calculados de modo a refletir o FFO na mesma base. A agência subtrai os investimentos e exclui itens não caixa incluídos no FFO para chegar aos recursos das operações ajustados (AFFO) das REITs hipotecárias e os compara com os dividendos pagos aos acionistas. Embora FFO e AFFO sejam medidas pós despesas com juros, são relevantes para os detentores de notas e para os acionistas preferenciais. Isto é, se os índices de pagamento do FFO ou do AFFO estiverem próximos ou excederem 100%, isso indica que a REIT não está retendo fluxo de caixa para liquidez futura para atender às suas obrigações com encargos fixos e está acessando outras formas de fluxo de caixa para pagar seus dividendos, o que a Fitch considera negativo.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Financeiras e Companhias de Leasing Parâmetros Típicos de Captação, Liquidez, e Cobertura aa e acima a bbb bb b e abaixo
Dívida sem garantias/Dívida Total (%)a x>90 50<x≤90 35<x≤50 x≤35 x = 0
EBITDA/Despesa com juros (x)b x>15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
aNo caso de financeiras e companhias de leasing com alto uso do balanço.
bNo caso de financeiras e companhias de leasing com baixo uso do balanço.
Fonte: Fitch.
Indicadores de Captação, Liquidez e Cobertura — Financeiras e Companhias de Leasing Alto Uso do Balanço Principal Versus Complementar
Dívida Sem Garantias/ Dívida Total Principal
Dívida de Curto Prazo / Dívida Total Complementar
EBITDA Ajustado /Despesa com juros Complementar
Ativos Desonerados / Dívida sem Garantias Complementar
Dividendos/Lucro Líquido Complementar
Baixo Uso do Balanço Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado /Despesa com juros Principal
Fonte: Fitch.
Perfil Financeiro — Financeiras e Companhias de Leasing
aaa aa a bbb bb b ccc e abaixo
Qualidade de Ativos
Apresenta grau de estabilidade sem precedentes, conforme refletido nos índices muito baixos de ativos em atraso e/ou perdas mínimas ao longo dos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos são consistentemente melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração são muito baixos ou efetivamente mitigados.
Grau muito alto de estabilidade na qualidade de ativos, conforme refletido nos baixos índices de ativos em atraso e/ou baixas perdas ao longo de múltiplos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de qualidade de ativos são melhores do que os de instituições comparáveis. Riscos de concentração são baixos ou efetivamente mitigados.
Alto grau de estabilidade, conforme pode estar refletido nos modestos índices de ativos em atraso e/ou de perdas. A qualidade de ativos é moderadamente variável ao longo dos ciclos econômicos ou de taxas de juros. Os indicadores de qualidade de ativos provavelmente são modestamente melhores do que os de pares ou menos vulneráveis a ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Riscos de concentração podem ser modestamente melhores que os dos pares.
Tem grau de estabilidade, conforme pode estar refletido nos índices de ativos em atraso e/ou perdas médios. Os indicadores de qualidade de ativos flutuam ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Índices de qualidade de ativos e/ou de concentração de riscos estão, de modo geral, em linha com as amplas médias do setor.
Índices de ativos em atraso e de perdas acima da média. Indicadores de qualidade de ativos são mais voláteis diante de mudanças nos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros e geralmente piores ou mais vulneráveis do que as amplas médias do setor. Os riscos de concentração podem estar acima da média.
Índices de ativos em atraso e de perdas altamente variáveis ou fracos. Indicadores de qualidade de ativos são muito voláteis, baseados em alterações nos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros e geralmente bem piores ou mais vulneráveis do que as amplas médias do setor. Riscos de concentração são muito altos.
Apresenta ou é provável que apresente indicadores de qualidade de ativos consideravelmente mais fracos do que os parâmetros do setor ou de normas históricas.
Resultados e lucratividade
Resultados e lucratividade altamente previsíveis ao longo dos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de lucratividade são consistentemente proporcionais à natureza de aversão a risco.
Resultados e lucratividade muito previsíveis ao longo de múltiplos ciclos econômicos e de taxas de juros. Indicadores de lucratividade proporcionais, com risco muito baixo, mas podem variar modestamente, embora permaneçam geralmente superiores aos de instituições comparáveis.
Resultados e lucratividade são moderadamente variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de lucratividade geralmente são proporcionais com risco baixo, embora sujeitos à variabilidade. A lucratividade é geralmente melhor do que as médias do setor.
Resultados e lucratividade podem ser variáveis ao longo de ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de lucratividade refletem o risco inerente ou um ambiente econômico altamente competitivo e podem estar sujeitos à crescente variabilidade. A lucratividade é média em relação às médias amplas do setor.
Resultados e lucratividade podem ser altamente variáveis ao longo dos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Indicadores de lucratividade podem não refletir inteiramente o risco inerente e estarem sujeitos à variabilidade. A lucratividade é abaixo da média do setor.
Resultados e lucratividade são voláteis e altamente correlacionados aos ciclos econômicos e/ou de taxas de juros. Os indicadores de lucratividade podem não refletir inteiramente o risco inerente e estarem sujeitos à variabilidade. A lucratividade está bem abaixo da média em relação às amplas médias do setor.
Podem ser estruturalmente não lucrativas, tanto em bases reportadas, como operacionais. O retorno ao ponto de equilíbrio ou à lucratividade sustentável é altamente incerto.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 70
Março de 2018
Perfil Financeiro — Financeiras e Companhias de Leasing (Continuação)
aaa aa a bbb bb b ccc e Abaixo
Capitalização e Alavancagem
Capitalização extremamente forte e proporcional ao risco. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques severos na qualidade de ativos e no valor de mercado.
Capitalização forte e proporcional ao risco. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques relevantes na qualidade de ativos e no valor de mercado.
Índices de capitalização amplamente proporcionais ao risco. Indicadores de capital e alavancagem podem ser relativamente mais voláteis, mas provavelmente apenas modestamente afetados por choques severos na qualidade de ativos e valor de mercado.
Indicadores de capital podem não ser totalmente proporcionais ao risco. Os índices de capital e de alavancagem podem ser mais vulneráveis a choques severos na qualidade de ativos e valor de mercado.
Índices de capital podem não ser inteiramente proporcionais ao risco. Capital e alavancagem são capazes de suportar choques na qualidade de ativos e valor de mercado.
Índices de capital não são proporcionais ao risco. Índices de capital e alavancagem podem ficar bem abaixo dos de instituições pares e altamente vulneráveis a choques na qualidade de ativos e no valor de mercado.
Capitalização e alavancagem têm claras deficiências que requerem ou podem requerer aportes de capital.
Captação, Liquidez e Cobertura
Captação e liquidez excepcionalmente estáveis. Dependência mínima de captação do atacado. Captação não é sensível à confiança. Fontes de recursos altamente diversas. A duração da captação excede significativamente o vencimento médio dos ativos na carteira. A captação é totalmente sem garantias, sustentada por um grupo de ativos desonerados. Planos de captação de contingência extremamente robustos implantados.
Captação e liquidez muito estáveis. Dependência mínima de captação a curto prazo. Captação no atacado é predominantemente de longo prazo, com apetite dos investidores já estabelecido. Captação é relativamente menos sensível à confiança. Fontes de captação bem diversificada. A duração da captação ultrapassa o vencimento médio dos ativos em carteira. Captação predominantemente sem garantias, sustentada por um grupo de ativos desonerados muito robusto. Planos de captação de contingência muito robustos implantados.
Captação e liquidez estáveis. A captação no atacado é predominantemente de longo prazo. Captação pode ser modestamente sensível à confiança. Fontes de captação são relativamente diversas. A duração da captação é proporcional ao vencimento médio dos ativos em carteira. Captação amplamente sem garantias, sustentada por um grupo de ativos desonerados. Planos de captação de contingência robustos implantados.
Captação e liquidez geralmente estáveis, embora possa haver moderadas concentrações de captação. Há dependência de fontes de captação de atacado menos estáveis. Captação é sensível à confiança. A duração da captação é proporcional ao vencimento médio dos ativos em carteira. Significativo componente de captação sem garantias sustentado por um modesto grupo de ativos desonerados. Planos de captação de contingência razoáveis implantados.
Captação e liquidez geralmente estáveis, embora possa haver concentração de captação. Substancial dependência de fontes de captação no atacado, menos estáveis. Acesso à captação pode ser incerto durante períodos de estresse no mercado. A duração da captação pode não ser proporcional ao vencimento médio dos ativos em carteira. Significativa captação com garantias com algum ônus aos ativos no balanço. Planos de captação de contingência podem não ser suficientes.
Captação e liquidez menos estáveis e podem estar sujeitas a alterações repentinas na percepção dos credores. Acesso à captação em períodos de estresse de mercado é muito incerto. Duração da captação não é proporcional ao vencimento médio dos ativos em carteira. Captação amplamente garantida, com significativo ônus dos ativos no balanço. Planos de captação de contingência podem não estar bem desenvolvidos.
Captação e liquidez são instáveis. Duração da captação tem prazo muito curto. Inteiramente garantida, com o balanço totalmente onerado. Não há planos de captação de contingência.
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
II.5.e Companhias de Infraestrutura do Mercado Financeiro
Na avaliação do perfil financeiro das IMFs, a Fitch leva em conta os seguintes subfatores:
capitalização e alavancagem;
captação, liquidez, e cobertura;
resultados e lucratividade; e
exposição a contrapartes.
Características Típicas e Considerações Analíticas Sobre o Subsetor de IMFs
Bolsas Câmaras de Compensação DTVMs Sem Licença Bancária DTVMs Com Licença Bancária
Atividades Principais Operam o mercado para comprar/vender os instrumentos financeiros listados, disseminar informações sobre trade, prover dados sobre o mercado.
Compensam e liquidam os tradings executados em uma bolsa, efetuam a comparação entre os tradings, atuam como agente, principal ou avalista nas tradings liquidadas.
Liquidam tradings, proporcionam a guarda/custódia de títulos, atuam como agentes de pagamento e transferência e prestam serviços de manutenção de registros.
Além das atividades semelhantes às das DTVMs sem licença bancária, também recebem depósitos dos clientes e oferecem linhas de crédito garantido a clientes.
Principais Riscos Operacional Contraparte Operacional Operacional, contraparte
Grau de Risco do Balanço
Limitada Limitada, além de fundos garantidores consolidados
Limitada Presente, mas geralmente de baixo risco
Grau de Risco da Contraparte
Limitada Significativa Limitada Modesta
Principais Indicadores de Capitalização e Alavancagem
Dívida/EBITDA Dívida/EBITDA, complementada pela suficiência do fundo garantidor
Dívida/EBITDA Núcleo de Capital Fitch/riscos ponderados; índices regulatórios
Principais Indicadores de Resultados e Lucratividade
Margem de EBITDA, investimentos/receitas
Margem de EBITDA, investimentos/receita
Margem de EBITDA, investimentos/receita
Custos operacionais em relação às comissões
Principal Metodologia de Rating
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia de Ratings de Instituições Financeiras Não Bancárias
Metodologia de Rating de Bancos
Fonte: Fitch.
Capitalização e Alavancagem — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Dívida Bruta/Total Receitas
Principal A Fitch foca principalmente em indicadores de alavancagem baseados em fluxo de caixa para avaliar IMFs devido ao baixo uso do balanço em seus negócios. Nestes casos, o pagamento da dívida provavelmente será uma função do fluxo de caixa gerado pelo negócio versus a liquidação de garantias ou a monetização de ativos no balanço patrimonial. A Fitch define alavancagem pelo fluxo de caixa como dívida bruta/EBITDA ajustado. A Fitch pode se concentrar em dívida líquida/EBITDA ajustado se o caixa é reservado para o serviço de dívida de curto prazo. Quando aplicável, a Fitch pode, adicionalmente, avaliar a dívida ajustada pelo arrendamento/EBITDAR para contabilizar as despesas de arrendamento mercantil operacional. Sob essa abordagem, a Fitch ajusta a dívida bruta adicionando o valor atual líquido dos pagamentos de locação futura, ou 8,0x a despesa de aluguel atual, e ajusta o EBITDA adicionando a despesa de aluguel atual.
Dívida Bruta/Capital Tangível
Complementar Para as câmaras de compensação, a Fitch considera indicadores de alavancagem baseados em fluxo de caixa, especialmente nos casos em que uma câmara de compensação não possui propriedade legal de depósitos de margem, mas também analisará as métricas de alavancagem do balanço, as garantias e as contribuições de fundos de garantia em relação à exposição da contraparte. Com relação aos indicadores de alavancagem do balanço, a Fitch considera principalmente a dívida bruta/capital tangível e dívida bruta/ FCC. Como resultado de consolidações, fusões e aquisições, um montante substancial de ágio é registrado nos balanços de muitas FMIs, o que a Fitch exclui ao calcular as métricas de alavancagem do balanço
Estrutura de Capital e Investimentos
Complementar A avaliação da adequação de capital da Fitch também considera a estrutura de capital da IMF e os requisitos regulamentares, quando aplicável. A Fitch também considera o fluxo de caixa livre em relação à dívida bruta, a fim de avaliar a alavancagem pelo fluxo de caixa líquido do valor dos investimentos que as IMFs estão fazendo para manter e atualizar plataformas de tecnologia.
Capital Fora da Cascata de Inadimplência
Complementar Como uma câmara de compensação tem todas as perdas que não estão associadas a uma inadimplência do membro da compensação, a Fitch também pode avaliar o capital disponível fora da cascata para gerir potenciais perdas fora do mecanismo de compensação. Essas perdas podem incluir perdas em garantias de margem ou perdas/impairment associados a aquisições.
Fonte: Fitch.
Parâmetros de Captalização e Alavancagem — IMFs aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
Dívida Bruta/EBITDA Ajustado (x) X<0,5 0,5<x≤1,5 1,5<x≤2,5 2,5<x≤3,5 x≥3,5
Fonte: Fitch.
Indicadores de Captalização e Alavancagem — IMFs Indicador Principal Versus Complementar
Dívida Bruta/EBITDA Principal
FCF/ Dívida de Curto Prazo Complementar
Dívida Bruta/Capital Tangível Complementar
Dívida Bruta/Fitch Core Capital Complementar
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Captação, Liquidez e Cobertura — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
EBITDA Ajustado / Despesa com Juros
Principal A Fitch avalia captação, liquidez e cobertura das IMFs principalmente com base na cobertura de juros. Quando aplicável, a Fitch também avalia o índice EBITDAR/despesa de juros ajustado pelos arrendamentos para contabilizar despesas de arrendamento operacional significativas.
Fontes de Captação Contingente
Complementar Em condições operacionais normais, uma bolsa ou uma distribuidora de títulos e valores mobiliários sem licença bancária têm necessidades limitadas de liquidez e dependem, basicamente, dos fluxos de caixa operacionais para sustentar os investimentos e os vencimentos da dívida de curto prazo. As necessidades de liquidez podem aumentar durante períodos de estresse e, como tal, a Fitch analisa as fontes de captação de contingência, como as linhas de crédito em relação aos investimentos e finalidades gerais da empresa. Por outro lado, as câmaras de compensação têm necessidades de liquidez mais distintas relativas às funções de compensação e liquidação em caso de interrupção temporária do mercado ou de inadimplência de um membro da compensação ou banco de custódia. Assim, a Fitch analisa o montante de captação de contingência disponível, inclusive o acesso às linhas de crédito compromissadas e o porte das linhas disponíveis para que produtos oferecidos às linhas possam ser utilizadas e o caixa irrestrito e os títulos de investimento no balanço.
Cumprimento dos Covenants
Complementar A Fitch analisará o cumprimento pelas IMFs dos covenants (financeiros e negativos) relativos às linhas de crédito e à dívida. O não cumprimento dos covenants da dívida provavelmente terá influência negativa na avaliação pela Fitch da captação, liquidez e cobertura, a menos que a avaliação já reflita uma alta probabilidade de não cumprimento.
Índice de Pagamentos
Complementar Muitas IMFs pagam uma parte dos resultados a uma companhia controladora ou a acionistas públicos/privados, o que é uma utilização de caixa. Com relação aos índices de pagamento, a Fitch focaliza as medidas combinadas, que incluem dividendos e recompras líquidas de ações, a fim de avaliar o impacto na liquidez.
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementar Certas câmaras de compensação se apropriam legalmente dos depósitos de margens. Nessas instâncias, a Fitch analisará o percentual de ativos líquidos em relação às possíveis saídas e ao nível histórico e à flutuação dos depósitos de clientes ao avaliar a liquidez da câmara de compensação.
Fonte: Fitch.
Parâmetros de Captação, Liquidez e Cobertura — IMFs aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
EBITDA Ajustado / Despesa com juros (x) X<15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
Fonte: Fitch.
Indicadores de Captação, Liquidez e Cobertura — IMFs Indicador Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado /Despesa com juros Principal
Caixa Irrestrito e Títulos Negociáveis (investimentos)/ Dívida de Curto Prazo Complementar
Fonte: Fitch.
Resultados e Lucratividade — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
EBITDA Ajustado /Total Receitas
Principal Uma importante medida de lucratividade de bolsas, câmaras de compensação e DTVMs sem licença bancária é a margem de EBITDA ajustado, definida como EBITDA ajustado dividido pelo total das receitas. A Fitch avalia a confiabilidade e variabilidade dessas margens ao longo do tempo para analisar a sensibilidade às condições do mercado.
Estabilidade e Diversidade dos Resultados
Complementar Para IMFs que não pertencem a um membro, a Fitch avalia a capacidade de gerar lucros ao longo de vários ciclos do mercado. A agência analisa se as receitas são altamente dependentes dos volumes de transações (executadas, compensadas e/ou liquidadas), que são movidas pelas condições do mercado e examina as tendências com horizonte de prazo mais longo. A Fitch também avalia as fontes de receita não transacional como os dados sobre o mercado e os serviços de informações, que podem ajudar a diversificar e estabilizar o desempenho ao longo dos ciclos do mercado. A agência também avalia as contribuições de receita por produto e geografia, a receita por classe de ativos em relação ao volume (taxa por contrato), a volatilidade das receitas e dos volumes. Os controles de custo, a flexibilidade e variabilidade das despesas e o desempenho em relação aos pares também são analisados pela Fitch. Por último, no caso das câmaras de compensação que assumem a propriedade legal dos depósitos de margem, a Fitch também pode analisar o grau em que a receita líquida de juros contribui para a estabilidade e diversidade dos resultados.
Investimentos Complementar A Fitch analisará as tendências dos investimentos de capital como percentual da depreciação e amortização para determinar o grau de reinvestimentos no negócio ao longo dos ciclos. A magnitude do índice não é necessariamente tão importante como positiva (sugerindo crescentes investimentos no negócio), neutra (sugerindo reinvestimentos equilibrados no negócio) ou negativa (sugerindo redução de investimentos no negócio).
Especificidades do Modelo de Negócios
Complementar Ao analisar a lucratividade das IMFs, é necessário averiguar se a entidade está operando como uma entidade maximizadora de lucros. Se não for uma entidade maximizadora de lucros (é propriedade de um membro) o provável foco é nos controles de custo (mantendo baixos custos de execução, compensação e/ou liquidação) e resultados equilibrados. Excesso de lucros em forma de dividendos ou descontos normalmente são devolvidos aos proprietários. Nestas instâncias, a Fitch avaliará a capacidade de uma IMF limitar os pagamentos aos seus membros proprietários durante condições de estresse no mercado, o que poderá influenciar positivamente o score de resultados e lucratividade.
Fonte: Fitch.
Parâmetros de Resultados e Lucratividade — IMFs (%) aa e Acima a bbb bb b e Abaixo
EBITDA Ajustado /Total de Receitas x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Indicadores de Resultados e Lucratividade— IMFs Métrica Principal Versus Complementar
EBITDA Ajustado /Total de Receitas Principal
Taxa por Contrato Complementar
Investimentos/Receita Complementar
Investimentos /Depreciação e Amortização Complementar
Fonte: Fitch.
Exposição a Contraparte — IMFs
Atributo Principal Versus Complementar Descrição
Concentração de Membros
Principal Com respeito a câmaras de compensação, a Fitch avalia as concentrações de membros da câmara e as medidas que a câmara de compensação determina para monitorar e minimizar a exposição a membros individuais. A Fitch analisa as contribuições dos fundos garantidores por membro da câmara, as dez maiores exposições de contrapartes, a cobertura pelo fundo garantidor das maiores exposições de contrapartes e os depósitos de margem (por classe de ativos) comparadas aos respectivos volumes.
Limites e Remediação
Complementar A Fitch também analisa os limites das câmaras de compensação para os membros da câmara e as medidas determinadas quando os limites são quebrados.
Fonte: Fitch.
Perfil Financeiro IMFs aaa aa a bbb bb B ccc e Abaixo
Capitalização e Alavancagem
Capitalização e alavancagem extremamente fortes e proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidas com reservas muito significativas em relação aos mínimos regulatórios ou em comparação com instituições pares. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques severos.
Capitalização e alavancagem fortes e proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem são mantidas com reservas confortáveis em relação aos mínimos regulatórios, ou em comparação com instituições pares. Metas de capital e alavancagem incorporam a capacidade de suportar choques significativos.
Patamares de capitalização e alavancagem amplamente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidas com sólidas reservas em relação aos mínimos regulatórios e em geral acima das instituições pares. Os patamares de capital e alavancagem podem ser relativamente mais voláteis embora provavelmente apenas modestamente afetados por choques significativos na qualidade dos ativos e valor de mercado.
Capitalização e alavancagem podem não ser inteiramente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidas com reservas satisfatórias em relação aos mínimos regulatórios e, de modo gera, em linha com pares. Níveis de capital e alavancagem podem ser mais vulneráveis a choques significativos.
Capitalização e alavancagem totalmente proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem mantidas com reservas moderadas em relação aos mínimos regulatórios e podem ficar abaixo de pares. Capital e alavancagem são altamente vulneráveis a choques significativos, mas podem suportar choques moderados.
Capitalização e alavancagem não proporcionais ao risco. Capitalização e alavancagem são baixos e as reservas em relação aos mínimos regulatórios são pequenas. Os níveis de capital e alavancagem podem estar bem abaixo das instituições pares e altamente vulneráveis a choques.
Capitalização e alavancagem têm claras deficiências que já exigem ou podem exigir aumentos de capital.
Captação, Liquidez e Cobertura
Fluxos de caixa operacional e níveis de liquidez extremamente fortes em relação a investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente mais do que suficientes para o modelo de negócios e necessidades de liquidez.
Fluxos de caixa operacionais e níveis de liquidez muito fortes em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente consistentes com o modelo de negócios e necessidades de liquidez.
Fortes fluxos de caixa e níveis de liquidez em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente consistentes com o modelo de negócios e as necessidades de liquidez.
Fluxos de caixa operacional e níveis de liquidez sólidos em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente geralmente são capazes de sustentar o modelo de negócios e necessidades de liquidez.
Fluxos de caixa operacionais e níveis de liquidez limitados em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente adequadas para suporte do modelo de negócios e necessidades de liquidez.
Fluxos de caixa operacional e níveis de liquidez muito limitados em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Linhas de crédito e captação contingente são mínimas e podem não atender às necessidades de liquidez.
Não há fluxos de caixa operacionais e níveis de liquidez em relação aos investimentos, necessidades operacionais e vencimentos da dívida de curto prazo. Sem acesso a linhas de crédito e/ou captação contingente.
Resultados e lucratividade
Resultados e lucratividade altamente previsíveis ao longo dos ciclos econômicos. Indicadores de lucratividade proporcionais à natureza de aversão a risco e consistentemente superiores às de instituições pares comparáveis.
Resultados e lucratividade muito previsíveis ao longo de múltiplos ciclos econômicos. Indicadores de lucratividade refletem riscos muito baixos, mas podem variar modestamente. Indicadores de lucratividade geralmente superiores às de instituições comparáveis.
Resultados e lucratividade modestamente variáveis ao longo de ciclos econômicos. Indicadores de lucratividade proporcionais ao baixo risco, embora sujeitas à variabilidade. Lucratividade em geral melhor do que as amplas médias do setor.
Resultados e lucratividade podem ser variáveis ao longo dos ciclos. Indicadores de lucratividade refletem o risco inerente ou um ambiente altamente competitivo e podem estar sujeitas a uma variabilidade maior. Lucratividade média em relação às amplas médias do setor.
Resultados e lucratividade podem ser altamente variáveis ao longo de ciclos econômicos. Indicadores de lucratividade podem não refletir inteiramente o risco inerente e estão sujeitas à variabilidade. Lucratividade abaixo da média em relação às amplas médias do setor.
Resultados e lucratividade voláteis e altamente relacionados ao ciclo das taxas econômicas. Indicadores de lucratividade podem não refletir inteiramente o risco inerente e estão sujeitas a volatilidade. Lucratividade bem abaixo da média em relação às amplas médias do setor.
Pode ser estruturalmente não lucrativo tanto em bases reportadas como operacionais. Retorno ao ponto de equilíbrio ou à lucratividade sustentável altamente incerto.
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Março de 2018
Perfil Financeiro IMFs (continuação) aaa aa a bbb bb B ccc e Abaixo
Exposição a Contrapartes
Concentração muito limitada de membros da compensação. Fundo de reserva cobre perdas de inadimplência simultânea de, pelo menos, dois de seus maiores membros da compensação. Patamar apropriado de colaterais para sustentar as exigências de margem e de fundo de reserva. Investimento extremamente prudente do excesso de recursos e concessão de crédito para facilitar a liquidação. .
Limitada concentração de membros da compensação. Fundo de reserva cobre perdas da inadimplência simultânea de, pelo menos, dois de seus maiores membros da compensação. Nível apropriado de colaterais sustenta as exigências de margem e do fundo de reserva. Investimento prudente do excesso de recursos e concessão de crédito para facilitar liquidação
Concentração média de membros da compensação. Fundo de reserva cobre apenas perdas da inadimplência do maior entre dois membros da compensação. Satisfatório nível de colaterais para sustentar as exigências de margem e fundo de reserva. Investimentos menos agressivos do excedente de recursos e concessão de crédito para facilitar a liquidação.
Concentração acima da média demembros da compensação. O fundo de reserva cobre perdas de inadimplência do maior integrante. Nível de colateral suficiente para suportar margem e requerimentos de fundos de reserva. Agressivo investimento do excesso de recursos e concessão de crédito para facilitar a liquidação.
Concentração muito limitada de membros da compensação. Fundo de reserva cobre perdas de inadimplência simultânea de, pelo menos, dois de seus maiores membros da compensação. Patamar apropriado de colaterais para sustentar as exigências de margem e de fundo de reserva. Investimento extremamente prudente do excesso de recursos e concessão de crédito para facilitar a liquidação.
Fonte: Fitch.
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III. Suporte Diferente dos bancos, a maior parte das instituições financeiras não bancárias nem sempre
recebe suporte soberano extraordinário que lhes permita continuar honrando suas obrigações
em caso de falha. Conforme indicado na Seção I deste relatório, as formas mais usuais de
suporte são as dos acionistas do banco (suporte institucional), sendo as autoridades
governamentais (suporte soberano) bem menos comuns. A opinião da Fitch sobre a
probabilidade de o suporte externo se tornar disponível, caso necessário, pode estar refletida
no Rating de Suporte de uma entidade. Quando a agência acredita que a forma mais provável
de suporte é o suporte soberano, isto também se reflete no Piso de Rating de Suporte da
instituição financeira não bancária. Quando não há satisfatória presunção de que o suporte
soberano extraordinário será provável para um emissor, não será atribuído Piso de Rating de
Suporte. A Seção III.1, abaixo, foca o suporte soberano e a Seção III.2, o suporte institucional.
III.1. Suporte Soberano
Ao avaliar a probabilidade de suporte extraordinário do governo a uma instituição financeira
não bancária, o foco principal da Fitch normalmente é a possibilidade de assistência das
autoridades nacionais de onde a instituição financeira não bancária está domiciliada. Isso
porque são as autoridades nacionais da instituição financeira não bancária que mais
provavelmente terão incentivo para evitar que a entidade se torne inadimplente e possuem os
poderes regulatórios e legais para intervir. Entretanto, em certos casos, a Fitch também avalia
a possibilidade de o suporte ser disponibilizado à instituição financeira não bancária a partir da
combinação de autoridades soberanas, subnacionais e/ou instituições públicas internacionais.
As decisões sobre o suporte soberano a instituições financeiras não bancárias podem ser
mais frequentemente movidas por uma avaliação do papel político de uma entidade, em
oposição à sua importância sistêmica, embora determinadas instituições financeiras não
bancárias, cujas atividades sejam semelhantes a concessões financeiras, possam ter maior
potencial de exibir importância sistêmica.
III.1.1 Capacidade de Suporte do Soberano
Importância Desta Avaliação: Para uma instituição financeira não bancária receber suporte
do governo, o soberano deve, por definição, ter condição e disposição de provê-lo. Quando a
capacidade do soberano para prover suporte for mais limitada, o suporte normalmente será
menos provável, resultando em Ratings de Suporte e em Pisos de Rating de Suporte mais
baixos ou na ausência de Rating de Suporte e de Piso de Rating de Suporte.
Ao avaliar a capacidade de um governo prover suporte, o ponto de partida da Fitch são os
próprios ratings do soberano (ou potencialmente um Credit Opinion, se a opinião estiver na
categoria de rating ‘B’ ou abaixo). O rating soberano usado é quase sempre o de onde a
entidade está domiciliada, mas algumas vezes pode ser um subnacional e/ou um terceiro
soberano com interesse em apoiar a instituição financeira não bancária.
Ratings Soberanos e Pisos do Rating de Suporte Rating Soberano PRSs Típicos em caso de alta propensão de suporte
AAA, AA+ A+ a A–
AA, AA– A ou A–
Categoria A 1–2 graus abaixo do rating soberano
Categoria BBB 0–2 graus abaixo do rating soberano
Categoria BB 0–1 grau abaixo do rating soberano
Categoria B e abaixo Equalizados ao rating soberano
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Principais Fatores na Atribuição de Ratings de Suportea Fator Positivo (PRS Mais Alto) Neutro Negativo (PRS Mais Baixo)
Capacidade Soberana de
Prover Suporte
Porte do sistema financeiro em relação à economia
Pequena Média Grande
Tamanho do potencial problema Baixa vulnerabilidade a grandes perdas em retrações.
Vulnerabilidade moderada a grandes perdas em retrações.
Vulnerabilidade alta a grandes perdas em retrações.
Estrutura do sistema financeiro Baixa concentração de controle acionário principalmente por acionistas fortes.
Moderada concentração; algum controle por acionistas fortes.
Alta concentração; controle limitado por acionistas fortes.
Estrutura do passivo do sistema financeiro
Predominantemente de longo prazo / captação estável em moeda local.
Moderada instabilidade da captação e/ou passivos em moeda estrangeira.
Considerável captação de curto prazo em moeda estrangeira.
Flexibilidade financeira do soberano (para o nível do rating)
Superior (baixa dívida, grandes reservas cambiais e/ou bom acesso ao mercado).
Média (dívida e reservas médias e/ou satisfatório acesso ao mercado).
Fraco (dívida alta, baixas reservas cambiais e/ou incerteza de acesso ao mercado).
Propensão Soberana de Prover Suporte à Instituição Financeira Não Bancária
Importância sistêmica ou missão pública
Importância sistêmica excepcionalmente alta e risco de contágio; participações de mercado dominantes ou missão pública altamente estratégica.
Forte relevância para o sistema bancário e para a economia; alto risco de contágio ou missão pública significativa.
Moderada ou baixa importância sistêmica; risco de contágio mais limitado ou limitada missão pública.
Estrutura do passivo de instituições financeiras
Muito limitada e politicamente aceitável, se houver qualquer possibilidade de redução do valor da dívida (bail in) pelos credores seniores.
Significativos recursos estrangeiros/de atacado, que podem tornar politicamente aceitável a redução do valor da dívida (bail-in) em algumas circunstâncias.
Elevados recursos estrangeiros/no atacado, que podem tornar politicamente aceitável a redução do valor da dívida (bail-in) em muitos cenários.
Controle Controle estratégico do governo ou de controladores privados domésticos com fortes relações no governo.
Controle governamental não estratégico ou controladores domésticos sem relações com o governo, sejam próximas ou difíceis.
Controle estrangeiro ou doméstico, com fracas relações com o governo.
Especificidades da falha da instituição não financeira
n.d. Mais provável falharem em função das atividades operacionais normais.
Risco significativo de a falha resultar de pontos fracos na governança corporativa.
aOs fatores identificados nesta tabela determinam os níveis de PRSs em relação às faixas indicadas na página 78, Ratings Soberanos e Pisos de Rating de Suporte. Para
cada fator, outras considerações relevantes podem existir e que não estejam explicitamente mencionadas aqui. Fonte: Fitch.
Em raros casos em que a Fitch não atribui um rating de crédito ou um Credit Opinion ao
soberano, a Fitch não atribuirá um RS/PRS movido pelo suporte soberano (nenhuma
avaliação é assumida) ou os atribuirá em ‘5’/Sem Piso’ (ou seja, estando impossibilitada de
avaliar com confiança a situação creditícia do soberano ou a preocupação da
capacidade/propensão de o soberano prestar suporte). Embora os ratings do soberano
reflitam a opinião da agência apenas sobre a probabilidade de o governo honrar o serviço de
sua própria dívida, na prática isto geralmente está relacionado de perto com a flexibilidade
financeira mais ampla e, assim, com a capacidade de prover suporte a instituições financeiras.
Os Pisos de Rating de Suporte típicos de cada patamar de rating de suporte soberano estão
delineados na tabela Principais Fatores na Atribuição de Pisos do Rating de Suporte.
III.1.1 Propensão de o Soberano Prestar Suporte
Instituições financeiras não bancárias geralmente têm menos probabilidade de serem
consideradas sistemicamente importantes como os bancos, especialmente se não integradas
ao sistema financeiro de um país. Como resultado, a maioria das instituições financeiras não
bancárias provavelmente não receberá suporte soberano. O fato de ter missão pública é uma
razão mais provável para uma instituição financeira não bancária receber suporte soberano,
embora a importância sistêmica e a interconectividade com o sistema financeiro sejam outras
possibilidades para o soberano considerar o suporte a uma instituição financeira não bancária.
III.2. Suporte Institucional
Os ratings da Fitch a subsidiárias de uma instituição financeira não bancária podem ou não
considerar a alta probabilidade de suporte das controladoras. Por um lado, uma subsidiária
financeira cativa pode merecer elevada probabilidade de suporte, porque sua existência
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fortalece a franquia do controlador, os objetivos estratégicos e as perspectivas de aumento da
receita. O outro lado do espectro pode ser uma entidade com menor probabilidade de suporte
pois é mantida, principalmente, como oportunidade de investimento vantajoso em termos de
impostos, como uma subsidiária de leasing de aeronaves de uma seguradora.
Ao determinar o potencial suporte a subsidiárias de uma instituição financeira não bancária de
instituições controladoras, a Fitch considera a capacidade e a propensão de a controladora
prover suporte e a capacidade de a subsidiária utilizar o suporte da controladora, conforme
delineado nas seções III.2.1 e III.2.2 e no Anexo 2.
III.2.1 Capacidade de o Controlador Prover Suporte à Subsidiária e Capacidade de a Subsidiária Utilizar o Suporte
Importância Dessa Avaliação: Para que uma instituição financeira não bancária receba suporte
dos acionistas, o controlador deve, por definição, ter capacidade e disposição de provê-lo e a
subsidiária deve ser capaz de utilizar o suporte da controladora para evitar inadimplência.
IDRs do Controlador: Ao avaliar a capacidade de o controlador prover suporte à sua
subsidiária, a Fitch, em geral, primeiro considera os IDRs de Longo Prazo do controlador.
Estes ratings limitam a capacidade de o controlador prestar suporte, pois a Fitch não espera
suporte a uma subsidiária quando o controlador está inadimplente. Além disso, outros fatores
– por exemplo, a regulamentação do controlador/grupo e o porte relativo – também podem
afetar a capacidade de o controlador prover suporte.
Rating de Viabilidade (RV) do Controlador: Nos casos em que o IDR de Longo Prazo do
controlador é impulsionado pelo potencial suporte soberano, como quando o controlador é um
banco, a Fitch considera se o suporte pode ser estendido às subsidiárias, em particular
àquelas que operam no exterior. Na visão da Fitch, os reguladores, em muitos casos, têm
razões muito fortes para permitir que o suporte flua às subsidiárias, dado o potencial impacto
negativo da inadimplência em uma subsidiária sobre as operações e a reputação do grupo.
No entanto, nos casos em que a Fitch julga haver relevante incerteza sobre o apoio às
subsidiárias, a agência pode aumentar a graduação entre os IDRs de Longo Prazo do
controlador e os de suas subsidiárias em comparação à que seria normalmente aplicada, dada
a propensão de suporte do controlador. Sempre que a agência considerar que há elevada
incerteza sobre o suporte, ela pode usar o RV do controlador ou a avaliação do risco de
crédito individual em vez de seu IDR de Longo Prazo como rating âncora para avaliar a
capacidade de o controlador prover suporte à subsidiária.
Quando possível, a Fitch pode consultar os representantes das autoridades reguladoras do
país para formar uma opinião sobre o fluxo do apoio. Além disso, muitos dos fatores que
determinam a propensão de um controlador apoiar sua subsidiária (por exemplo, importância
estratégica, integração, controle acionário), na opinião da Fitch, também influenciam a decisão
de um regulador sobre a possibilidade de permitir que o suporte se estenda à subsidiária.
Regulamentação do Controlador/Grupo: Além da questão do fluxo de suporte soberano,
restrições regulatórias relevantes no âmbito do controlador podem, mais frequentemente,
reduzir a fungibilidade de capital e a liquidez dentro de um grupo, diminuindo a capacidade de
o controlador prover suporte a uma subsidiária.
Por outro lado, as exigências regulatórias para prestar suporte a subsidiárias podem
influenciar positivamente os níveis dos IDRs atribuídos a uma subsidiária, fazendo com que se
alinhem de perto aos do controlador, mesmo quando a propensão de suporte pode, de
qualquer outra forma, ter sido baixa. Acordos formais ou informais entre os reguladores do
controlador e das subsidiárias também podem indicar maior probabilidade de suporte.
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Porte Relativo: Nos casos em que as subsidiárias são parte relativamente grande do grupo, o
controlador pode considerar mais difícil prover suporte extraordinário suficiente e pontual,
mesmo quando seu próprio balanço (em base individual) permanece relativamente não
impactado. Este risco será maior quando a Fitch acreditar que a necessidade de suporte de
diferentes subsidiárias deve ser bastante correlacionada, por exemplo, porque operam em
apenas uma região. Quando as subsidiárias são grandes em relação ao grupo consolidado, a
agência pode aumentar a graduação entre os IDRs de Longo Prazo do controlador e a
subsidiária (quando eles forem movidos pelo suporte do controlador).
Ratings em Comum: Em alguns casos, quando uma subsidiária é muito grande (por
exemplo, responde por mais de 25% dos ativos do grupo), pode não ser possível para o
controlador prover suporte, uma vez que o balanço simplesmente não é grande o bastante,
não gera suficiente fluxo de caixa operacional ou não tem acesso significativo aos mercados
de capitais. Além disso, essas subsidiárias muito grandes tendem a estar altamente
integradas aos seus controladores em termos de administração, fungibilidade do balanço e
sistemas, o que significa que os perfis de crédito da subsidiária e do controlador
provavelmente estarão altamente correlacionados. Nesses casos, a Fitch não baseará o IDR
das subsidiárias no suporte do controlador, mas, em lugar disso, atribuirá, desta forma, IDRs
‘em comum’ a controladores e subsidiárias, refletindo o fato de seus perfis de crédito não
poderem ser significativamente desatrelados.
Critérios de porte e integração devem ser atingidos para que os IDRs em comum sejam
atribuídos. Se a subsidiária estiver altamente integrada, embora seja relativamente pequena e
não contribua significativamente para o perfil de crédito geral do grupo, então seu IDR, se
atribuído, estará baseado no rating de seu controlador (se o suporte do controlador é
considerado certo) ou em seu próprio perfil individual (se o suporte do controlador não for
considerado certo). RVs em comum e, desta forma, IDRs, também podem ser aplicados a
entidades coligadas ou do mesmo grupo, por exemplo, sob a estrutura de uma holding,
quando suas operações são altamente integradas ou complementares ao funcionamento do
grupo, ou quando a regulamentação efetivamente torna as entidades dentro de um grupo
responsáveis pelas perdas umas das outras.
Riscos País: A Fitch analisa se os riscos país na jurisdição da subsidiária podem limitar sua
capacidade de utilizar o suporte do controlador para o serviço de suas obrigações. Quando os
riscos país são altos, os ratings da subsidiária podem ser limitados a patamares
significativamente abaixo daqueles que seriam possíveis com base na capacidade e propensão
do controlador prover suporte. O Teto País local, que captura o risco de transferência e
conversibilidade, quase sempre limitará o IDR de Longo Prazo em Moeda Estrangeira da
subsidiária a não ser que existam fortes atenuantes (por exemplo, ativos e fluxos de caixa
significativos fora do país e disponíveis para o serviço da dívida). Riscos país mais amplos
normalmente impedem que os IDRs de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Local da
subsidiária estejam mais de três graus acima do soberano. Para mais detalhes, consulte o Anexo
2: Atribuindo Ratings a Instituições Financeiras Não Bancárias Acima do Soberano.
III.2.2 Propensão de o Controlador Prover Suporte à Subsidiária
Importância desta avaliação: Mesmo se um controlador for capaz de prover suporte a uma
subsidiária, se ele o fará ou não, dependerá da propensão de a controladora prover suporte. Em
geral, a Fitch acredita que controladores que são regulados prudencialmente (por exemplo, bancos
ou seguradoras) ou cujas subsidiárias da instituição financeira não bancária sustentam o principal
negócio do controlador (por exemplo, credores cativos automotivos ou instituições atuando como
tesoureiras do grupo) provavelmente serão mais propensas a prover suporte a subsidiárias de uma
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instituição financeira não bancária do que a controladores cujas subsidiárias sejam mais
semelhantes a investimentos movidos por metas de retorno, impostos e/ou de diversificação.
Ao avaliar a propensão de suporte, a Fitch analisa os fatores relacionados abaixo (veja a tabela
Graduação de Subsidiárias). Na ausência de limitações à capacidade (inclusive risco país), uma
subsidiária que a Fitch considere 'principal' normalmente terá ratings equalizados aos do
controlador; uma subsidiária considerada 'estrategicamente importante' normalmente terá ratings
um grau (embora, em alguns casos, dois graus) abaixo do controlador; e uma subsidiária
considerada de 'importância limitada' normalmente será classificada pelo menos dois graus
abaixo do controlador ou terá graduação acima de seu rating individual. Quando um controlador
tiver adotado um plano de resolução, a Fitch poderá rever este plano, quando possível, em
busca de indicações de se o controlador prestaria suporte à subsidiária, se necessário.
Papel no Grupo: O papel de uma subsidiária no grupo mais amplo normalmente é um fator
importante para determinar a propensão de o controlador prestar suporte. Quando a
subsidiária representa parte importante e integral do negócio do grupo, proporcionando alguns
dos principais produtos/serviços deste a clientes nos principais mercados, a propensão de
suporte normalmente será mais alta do que quando a subsidiária tem sinergias limitadas com
o controlador e não opera em um mercado-alvo. Em alguns casos, a opinião da Fitch sobre a
importância estratégica do mercado em que uma subsidiária opera levará em conta o papel de
um grupo de subsidiárias. Um exemplo pode ser uma pequena subsidiária estrangeira, cuja
importância, por si só, seja limitada, mas que seja uma das várias subsidiárias em operação
em uma região estrategicamente importante para o controlador.
A Fitch normalmente classifica subsidiárias estrangeiras operando em mercados não
principais pelo menos um grau abaixo de seus controladores. Isto reflete a importância
estratégica normalmente um pouco mais baixa e a integração de entidades estrangeiras e o
risco moderadamente menos severo de contágio da inadimplência de uma subsidiária
estrangeira, frente ao da entidade local. Também reflete a probabilidade um pouco menor de
pressão por parte do regulador da controladora no sentido de prover suporte a uma subsidiária
estrangeira, ao contrário de uma subsidiária local.
Por outro lado, a Fitch frequentemente equalizará os ratings de uma subsidiária estrangeira
aos da instituição controladora, quando a subsidiária opera em um mercado há muito
considerado como Principal pela controladora.
Potencial Disposição de Venda: Quando a possibilidade de colocação à venda é muito baixa,
por exemplo, porque a venda da subsidiária mudaria significativamente a forma geral do grupo e
o despojaria de parte importante de seu negócio, é mais provável que os ratings da subsidiária
sejam equalizados aos do controlador. Quando a subsidiária puder ser mais facilmente separada
do grupo e, em particular, quando a entidade já estiver pronta para venda, ou sendo
preparada para venda, a Fitch normalmente considerará a propensão de suporte menos forte.
Os riscos do país também podem afetar as perspectivas financeiras de longo prazo de uma
subsidiária estrangeira e desta forma enfraquecer o compromisso do controlador em manter
presença em um país. Isto significa que os ratings da subsidiária normalmente são limitados
a não mais do que dois graus (três graus quando a Fitch considera o compromisso como
sendo muito robusto em um elevado cenário de estresse soberano) acima do IDR soberano
mesmo se o teto país for mais alto.
Implicação da Inadimplência de Subsidiária: A decisão da controladora de prestar suporte
a uma subsidiária muitas vezes considera custos e benefícios, a curto prazo, de prestar (ou
não) suporte. Quando a inadimplência constitui um enorme risco à reputação da controladora,
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podendo minar sua franquia ou até mesmo a viabilidade, a propensão de prestar suporte
frequentemente será maior do que quando o risco à reputação for limitado e o impacto direto
no controlador puder ser contido.
Integração: Normalmente, a Fitch considera um alto nível de integração administrativa,
operacional e do balanço entre o controlador e a subsidiária como sinal de compromisso
estratégico do controlador em relação à subsidiária, tornando a inadimplência da subsidiária
potencialmente mais onerosa para o controlador. Estes fatores normalmente resultariam em
maior propensão de suporte, na opinião da agência, e, por essa razão, em menor graduação
ou equalização de ratings entre os IDRs de Longo Prazo do controlador e os da subsidiária.
Em particular, se o controlador provê elevada proporção dos recursos que não sejam capital
próprio da subsidiária, pode elevar consideravelmente o custo da inadimplência da subsidiária
e a potencial falência, além de aumentar o incentivo para prestar suporte.
Quando o grau de integração entre o controlador e a subsidiária for muito alto, de forma que
esta opere como agência ou seja efetivamente uma entidade contábil, a Fitch pode
equalizar os IDRs de Longo Prazo do controlador e da subsidiária ou atribuir a cada um
destes um grau de diferença.
Controle Acionário: A Fitch normalmente não distingue controle integral e majoritário (acima
de 75%) ao avaliar a propensão de um controlador prestar suporte a uma subsidiária.
Entretanto, se um controlador minoritário tem participação relativamente grande (acima de
25%), isso pode reduzir moderadamente a obrigação moral percebida do controlador de
unilateralmente prover suporte à subsidiária, podendo complicar e atrasar decisões sobre a
prestação de suporte conjunto. Por essa razão, poderá ser menos provável que a Fitch
equalize os ratings quando houver um grande acionista minoritário. Além disso, a agência
pode reduzir em dois graus ou mais, em lugar de um, quando a participação de acionistas
majoritários e minoritários estiver próxima à paridade, ou quando algum elemento de
concorrência ou confronto existir entre os acionistas.
Histórico de Suporte: Um forte histórico de suporte extraordinário pontual a uma subsidiária (ou
a outras subsidiárias dentro do grupo) sob ampla gama de cenários de estresse pode influenciar
positivamente a avaliação da Fitch sobre a propensão de a matriz prover suporte, e, desta forma,
limitar a graduação do IDR de Longo Prazo de uma subsidiária em relação à do controlador.
Além disso, a Fitch considera positivo um elevado nível de suporte 'ordinário', mediante o qual
uma controladora opera uma subsidiária com liquidez confortável e, em particular, folgas de
capital, em vez de simplesmente atender às exigências de capital mínimo regulatório. Um
histórico de não provimento de suporte ou a ausência de um histórico, tendo em vista um
histórico limitado de operação, poderá limitar o grau de elevação de suporte institucional.
No caso de inadimplência de seu soberano de origem, o perfil individual de uma subsidiária
provavelmente terá sofrido significativo enfraquecimento. A potencial elevação do rating de
uma subsidiária acima do rating do seu soberano de domicílio normalmente ficará, por esta
razão, limitado, devido a alguma incerteza de que o compromisso do controlador de prover
contínuo suporte continuará em vigor em um cenário de inadimplência soberana. A elevação
ficará normalmente limitada a dois graus acima do IDR soberano (ou três graus se a Fitch
considerar o suporte muito robusto em um cenário de elevado estresse soberano) mesmo
se o teto país for mais alto.
Desempenho e Perspectivas da Subsidiária: Uma subsidiária com forte desempenho e
geralmente com boas perspectivas, na opinião da Fitch, normalmente estará um pouco mais
propensa a receber suporte de seu controlador do que uma com histórico de desempenho
moderado ou fraco. Em paralelo, a agência também leva em conta que uma subsidiária que
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necessite de suporte extraordinário tenha, por definição, sofrido acentuada deterioração em
seu desempenho, o que enfraquece a relevância de qualquer lucratividade historicamente
forte na avaliação de perspectivas.
Marca: Quando uma subsidiária compartilha a marca com sua controladora, isso pode sinalizar
maior compromisso ou maior integração com a subsidiária por parte do controlador. A marca em
comum também pode aumentar o risco de reputação para o controlador, em caso de
inadimplência de uma subsidiária, possivelmente aumentando também a propensão de suporte.
Graduação de Subsidiárias
Graduação Relativa ao Rating do Controlador
A
Principal/Equalizado Estrategicamente Importante/Um (ou, em alguns casos, dois) Grau(s)
Importância Limitada /Dois ou Mais Graus b
Capacidade de o Controlador Oferecer Suporte e da Subisidiária Usá-lo
Regulamentação do Controle/Grupo
O regulador e/ou a regulamentação do controlador provavelmente favoreceriam o suporte da subsidiária pela entidade controladora
O regulador/regulação do controlador é neutro/a para o suporte à subsidiária
Controlador não regulado, ou o regulador/regulamentação do controlador pode restringir o suporte, ou as implicações de suporte, ou de capital/impostos do suporte podem ser muito onerosas.
Porte Relativo Qualquer suporte necessário seria irrelevante em relação à capacidade de o controlador provê-lo.
Qualquer suporte necessário seria administrável, dada a capacidade de o controlador provê-lo.
O suporte necessário poderá ser considerável
em relação à capacidade de o controlador
provê-lo.
Risco País N.D. Risco país (po exemplo, riscos de transferência e convertibilidade) representam limite moderado à capacidade de uso de suporte da controladora pela subsidiária.
Risco país (po exemplo, riscos de transferência
e convertibilidade) representam limite
significativo à capacidade de uso de suporte da
controladora pela subsidiária.
Propensão de Suporte pelo Controlador
Papel no Grupo
Parte importante e integral do negócio do grupo fornece alguns dos principais produtos/serviços deste ao(s) principais mercado(s)
Fortes sinergias com o controlador, fornecendo produtos/serviços em mercados identificados como estrategicamente importantes.
Sinergias limitadas com o controlador, não operando em mercados-alvo.
Potencial de Alienação
A venda é improvável; alienação mudaria notadamente a forma total do grupo
Sem planos de venda, embora uma alienação não altere fundamentalmente a franquia total do grupo. Os riscos país suscitam moderadas dúvidas sobre o compromisso de longo prazo com a subsidiária.
Potencial candidato à venda, ou já poderá estar pronto para venda; a alienação não seria relevante para a franquia do grupo. Os riscos país suscitam dúvidas mais fortes sobre o compromisso de longo prazo com a subsidiária.
Implicação da Inadimplência da Subsidiária
A inadimplência constituiria enorme risco de reputação para o controlador, danificando significativamente sua franquia.
Alto risco de reputação para o controlador, com potencial de significativo impacto negativo em outras partes do grupo.
Risco de reputação seria provavelmente de possível contenção pelo controlador.
Integração Alto nível de integração administrativa e operacional; capital e captação amplamente fungíveis.
Considerável independência administrativa; algumas restrições operacionais/regulatórias a transferências de capital e captação significativas.
Considerável independência administrativa; restrições operacionais e regulamentares sobre as transferências de capital e captação significativas.
Participação no Controle
Controle integral de grande participação majoritária (mais de 75%).
Controle de menos de 75%, mas influência limitada de acionista(s) minoritário(s) nas operações da subsidiária.
Controle de menos de 75%, mas influência relevante de acionista(s) minoritário(s) nas operações da subsidiária.).
Histórico de Suporte Suporte é inquestionável, refletindo alto nível de integração e fungibilidade do capital/captação.
Prestação de suporte oportuna e suficiente, quando necessário, ou sem casos anteriores de necessidade de suporte. Risco país eleva moderadamente as procupações sobre suporte em um cenário de inadimplência do soberano.
Suporte tem sido provido com alguns atrasos, tem sido apenas moderado em volume relativo à necessidade da subsidiária ou não foi observado em um determinado período operacional; risco país suscita preocupações mais significativas em um cenário de inadimplência do soberano.
Desempenho da Subsidiária e Perspectivas
Longo e bem-sucedido histórico de suporte aos objetivos do grupo, que deverá perdurar.
Histórico limitado de operações bem- sucedidas, relevante incerteza sobre as perspectivas a longo prazo
Histórico de desempenho fraco, dúvidas quanto à viabilidade do negócio a longo prazo.
Marcas Compartilha a mesma marca com o controlador Combina a marca do controlador com a sua própria marca.
Marca independente do controlador.
Compromissos Legais Controlador assumiu forte compromisso legal de prover suporte à subsidiária
Controlador assumiu compromisso não obrigatório de prover suporte à subsidiária
Controlador não firmou qualquer compromisso legal de suporte à subsidiária.
Clásulas de Inadimplência Cruzada
Potencial aceleração da dívida do controlador proporciona forte incentivo para evitar a inadimplência da subsidiária
Potencial aceleração da dívida do controlador proporciona incentivo moderado para evitar inadimplência da subsidiária
Inadimplência da subsidiária não dispararia a aceleração da dívida do controlador.
ªIndica o diferencial típico entre IDR de Longo Prazo movido pelo suporte da subsidiária e o IDR de Longo Prazo do controlador (ou o RV, se a Fitch acreditar que o suporte soberano do controlador não se estenderá à subsidiária), na ausência de limitações impostas aos ratings da subsidiária pelo Teto País ou por outro risco país. A subsidiária poderá receber rating mais alto do que o nível implicado pelo suporte do controlador se ele tiver RV ou PRS mais altos.
bQuando a Fitch julgar que o suporte é
improvável ou altamente incerto, o IDR de Longo Prazo de uma subsidiária com importância limitada poderá se basear unicamente em sua força individual, ou poderá receber graus acima de um patamar de rating proporcional à sua força individual. Fonte: Fitch
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Compromissos Legais: Em raros casos, uma subsidiária pode ser incorporada com
responsabilidade ilimitada, criando uma clara obrigação legal para a controladora lhe prover
suporte. Nesses casos, a Fitch provavelmente equalizará os IDRs de Longo Prazo da
subsidiária e da controladora, a menos que haja restrições provenientes do risco país. Uma
garantia incondicional e irrevogável, que contenha linguagem específica de terceiros e permita
que credores da subsidiária apresentem reclamações contra o fiador em caso de
inadimplência da subsidiária, também serve como piso para o IDR da subsidiária e/ou de sua
dívida garantida, no mesmo patamar do fiador.
Um acordo formal de suporte firmado pela controladora, por exemplo, para manter as exigências
de capital e liquidez de uma instituição financeira não bancária subsidiária acima de um limite
definido, será considerado moderadamente positivo para os ratings desta. Entretanto, embora
certos acordos de suporte sejam legalmente vinculantes enquanto em vigor, normalmente são
revogáveis e podem ser retirados se a subsidiária for vendida, o que significa que normalmente
proporcionarão elevações muito limitadas, caso haja, dos ratings de uma subsidiária.
Compromissos não vinculados de bancos controladores de prestar suporte a subsidiárias,
como cartas de intenções à administração pública (por exemplo, em prospectos de notas)
declarações estratégicas (por exemplo, em relatórios anuais) ou cartas aos reguladores da
subsidiária, somam algum valor ao processo de rating, definindo a disposição da
administração e podendo proporcionar obrigação moral mais forte por parte do controlador de
prestar suporte à subsidiária. No entanto, como esses compromissos não vinculantes não são
executáveis, eles em geral têm limitado suporte direto sobre as decisões de rating.
Cláusulas de Inadimplência Cruzada: Cláusulas de inadimplência cruzada em contratos de
captação do controlador podem especificar que a inadimplência de uma subsidiária constituirá
um evento de inadimplência em relação às obrigações do controlador, assim concedendo
direitos de aceleração aos credores do controlador. Embora isso não crie qualquer obrigação
de suporte para o controlador, pode gerar um incentivo relevante para fazê-lo, aumentando a
propensão a suporte. A força desse incentivo dependerá, entre outras coisas, do volume de
obrigações potencialmente sujeitas a aceleração, se os termos da aceleração forem atraentes
para os credores e, dessa forma, assumidos (por exemplo, se o preço do resgate for superior
ou inferior ao atual preço de mercado), e se os credores puderem renunciar a seus direitos de
aceleração, talvez mediante comissão.
Nível dos IDRs do Controlador: Quando o IDR de Longo Prazo da instituição controladora
for baixo e no âmbito especulativo (normalmente na faixa 'B' ou abaixo), é mais provável que a
Fitch equalize os IDRs de Longo Prazo da controladora e da subsidiária. Isso reflete o fato de
que, na ponta final inferior da escala de ratings, a diferença no risco de inadimplência entre os
sucessivos graus de rating se torna maior, e então, pode ser apropriado atribuir a uma
controladora e subsidiária com relativamente pouco diferencial de risco os mesmos níveis de
IDRs de Longo Prazo.
Controladores Não Bancários: A propensão e a capacidade de os controladores corporativos e
as companhias de seguros prestarem suporte a subsidiárias de instituições financeiras não
bancárias são avaliadas utilizando princípios semelhantes aos dos bancos controladores. O
porte relativo do controlador e da subsidiária, a situação creditícia e a flexibilidade financeira do
controlador e a importância da subsidiária para o principal negócio do controlador serão
considerações relevantes. Em geral, a Fitch acredita que os controladores regulados
prudencialmente (por exemplo, companhias de seguros) ou cujas instituições financeiras não
bancárias subsidiárias sustentam o principal negócio da controladora (por exemplo, credores
cativos de automóveis ou subsidiárias financeiras atuando como tesourarias de grupos)
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provavelmente terão maior propensão a suportar instituições financeiras não bancárias
subsidiárias do que controladoras corporativas, cujas subsidiárias são mais propensas a
investimentos, movidas por metas de retorno, de impostos e/ou diversificação.
Suporte de Entidades Coligadas: A Fitch pode considerar o suporte de entidades coligadas,
assim como de controladoras, nos ratings de instituições financeiras não bancárias quando
acreditar que este potencial é alto. No entanto, ao avaliar a possibilidade de suporte, a Fitch
considera principalmente: (i) se a propensão da companhia coligada de prestar suporte pode ser
consideravelmente mais fraca, por não ter participação e, por esta razão, seu balanço não sofrer
impacto, em função de uma falência da entidade classificada; e (ii) se o regulador da coligada
poderá restringir o suporte para salvaguardar a solvência desta.
Governos Subnacionais: Às vezes, a Fitch considera o potencial suporte de autoridades
federais, estaduais ou de outros subnacionais (regionais, municipais ou locais) suficientemente
forte para mover os IDRs de uma instituição financeira não bancária. A Fitch normalmente trata
este apoio como suporte institucional e, por isso, em geral, não atribui PRSs com base no
suporte de um subnacional. Entretanto, em casos excepcionais, por exemplo, quando o próprio
subnacional é beneficiado por uma robusta e testada estrutura de integração e suporte em
âmbito nacional, a Fitch também pode atribuir um PRS baseado no suporte subnacional.
Na opinião da Fitch, é muito improvável que um subnacional proveja suporte ao subsetor de
instituições financeiras não bancárias em sua totalidade. Desta forma, a avaliação do suporte
focará a capacidade e a propensão de o subnacional prestar suporte a instituições específicas.
Ao avaliar a capacidade de suporte de um subnacional, as seguintes considerações adicionais
se aplicarão a alguns dos fatores relacionados no quadro “Graduação de Subsidiárias”.
Porte Relativo: A Fitch considera a flexibilidade financeira total do governo subnacional (na medida
em que este pode ser um pouco maior ou menor do que seus ratings sugerem), incluindo porte
de seu orçamento, liquidez disponível e capacidade de levantar dívida adicional, se necessário.
Papel no Grupo: Neste ponto, a Fitch considera a existência de qualquer relação especial
entre o subnacional e a instituição financeira não bancária (por exemplo, se a instituição
financeira não bancária tem importante papel nas políticas ou função de agência na região).
Implicação da Inadimplência da Subsidiária: A Fitch considerará a importância sistêmica da
instituição financeira não bancária para o sistema financeiro regional e para a economia como
um todo (conforme medida, por exemplo, por suas parcelas de crédito na região).
Presença Doméstica: Ratings baseados no suporte subnacional são mais prováveis quando
uma instituição financeira não bancária tem forte presença em sua região de origem, apesar
de operações limitadas no restante do país ou internacionalmente.
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Mudanças na Propensão de Suporte e Venda de Subsidiária
Baseada em mudanças das circunstâncias, a Fitch pode alterar sua opinião sobre a propensão de um controlador prestar suporte a
uma subsidiária. Em alguns casos, por exemplo, a potencial mudança no rating de uma subsidiária pode ser relevante (em múltiplos
graus).
Tendência Gradual: Se a Fitch acreditar que a propensão de um controlador de prestar suporte a uma subsidiária está mudando
gradualmente, seja devido a alterações na importância estratégica, seja a outros fatores, relacionados acima, a agência pode alterar
a Perspectiva do IDR de Longo Prazo de uma subsidiária, e a Perspectiva revisada poderá ser diferente da do IDR de Longo Prazo
do controlador. Por exemplo, se um controlador tem Perspectiva Estável, mas a Fitch acredita que uma subsidiária principal de uma
IF está se tornando menos importante para o grupo, a agência pode alterar a Perspectiva da subsidiária para Negativa, de modo a
indicar a possibilidade de alteração do rating, associada à redução de sua importância estratégica. Por outro lado, um aumento
gradual da importância estratégica pode resultar no IDR de Longo Prazo tendo Perspectiva Positiva enquanto a Perspectiva do IDR
de Longo Prazo do controlador é Estável.
Risco de Venda: A Fitch não captura explicitamente o risco de venda em seus ratings antes do anúncio formal de que uma subsidiária
será vendida ou está pronta para venda. Entretanto, na opinião da agência, normalmente há uma estreita relação entre a importância
estratégica de uma subsidiária e a probabilidade de ela ser vendida. O risco de venda deve, por essa razão, ser baixo nos casos em
que o IDR de Longo Prazo de uma subsidiária for equalizado ou ficar a um grau do IDR de Longo Prazo de seu controlador.
Venda Anunciada, Comprador Não Identificado: Se uma controladora anuncia que uma subsidiária está prestes a ser vendida
sem que um comprador tenha sido identificado ou que a administração está explorando alternativas estratégicas com respeito à
entidade, ou se, por exemplo, o regulador exige que ua controladora venda a subsidiária, então a Fitch reavaliará a propensão de a
controladora prover suporte à entidade em questão. Se a agência acreditar que a importância estratégica da subsidiária diminuiu, de
forma que a controladora terá menos propensão a prestar suporte antes da venda, ou em caso de a venda não prosseguir, o IDR de
Longo Prazo da subsidiária pode ser rebaixado. Se a agência acreditar que há probabilidade relevante de ocorrer a venda, os ratings
da subsidiária provavelmente também serão colocados em Observação.
Ao realizar ações de rating após um anúncio de venda, a Fitch também considerará se um grupo relativamente estreito de potenciais
compradores com ratings elevados já foi identificado. Nesse caso, o risco de o IDR de Longo Prazo da subsidiária ser rebaixado
pode ser limitado, e os ratings podem, por essa razão, ser mantidos em seus níveis anteriores, mesmo quando a Fitch acreditar que
a subsidiária se tornou estrategicamente menos importante para seu atual controlador.
Por outro lado, se a Fitch acreditar que uma subsidiária provavelmente será vendida a uma entidade com rating muito inferior ao do
atual controlador, então o IDR de Longo Prazo da subsidiária poderá ser rebaixado imediatamente após o anúncio da potencial
venda. Este pode ser o caso, por exemplo, de quando um banco controlador com rating alto estiver deixando um mercado emergente
e a Fitch acreditar que entidades locais, com ratings mais baixos, são compradoras mais prováveis do que outras entidades
estrangeiras com ratings mais altos.
Venda Anunciada, Comprador Identificado: Se um controlador anunciar que chegou a um acordo para a venda de uma subsidiária
a um comprador específico, e, na opinião da Fitch, a probabilidade de suporte do novo comprador diferir daquela do atual controlador
(com potencial de afetar o IDR de Longo Prazo da subsidiária), então a Fitch colocará o IDR de Longo Prazo da subsidiária em
Observação. A Observação poderá ser Positiva, Negativa ou até mesmo Indefinida, dependendo do potencial impacto do suporte do
novo controlador sobre o rating.
Se houver probabilidade de o IDR de Longo Prazo ser rebaixado após a venda e se a Fitch acreditar que o atual controlador terá
propensão significativamente mais baixa de prestar suporte à subsidiária, caso a venda não prossiga, por qualquer razão — ou seja,
em todos os prováveis cenários, os ratings serão rebaixados — então, ela poderá rebaixar o IDR imediatamente após o anúncio. Se
a Fitch acreditar que a venda também pode resultar em alterações relevantes no perfil individual da subsidiária, por exemplo, devido
a perda de 'suporte ordinário' ou a mudanças na estratégia, então seu perfil de crédito em bases individuais também pode ser
impactado adversamente.
Ao concluir a venda, ou antes, se apropriado, a Fitch resolverá a Observação do IDR, com base na avaliação de probabilidade de
suporte do novo controlador.
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IV. Ratings de Emissões Conforme indicado na Seção I.6 deste relatório, os ratings de emissões de instituições
financeiras não bancárias, como os de outros setores de finanças corporativas, incorporam
uma avaliação tanto da probabilidade de inadimplência (ou risco de 'falha no desempenho' em
caso de títulos subordinados/híbridos) da obrigação como de potenciais recuperações para os
credores em caso de inadimplência/falha no desempenho. Esta seção descreve como a Fitch
avalia os riscos de inadimplência/falha no desempenho e as perspectivas de recuperação de
diferentes tipos de títulos de instituições financeiras não bancárias e como isso é considerado
nos ratings de Longo Prazo e de Recuperação (RRs) atribuídos a emissões.
IV.1 Dívida de Curto Prazo
Os IDRs de Curto Prazo são quase sempre atribuídos de acordo com uma tabela de
correspondência entre IDRs de Longo Prazo e de Curto Prazo (veja tabela de
Correspondência entre Ratings). Quando o IDR de Longo Prazo corresponder a qualquer um
dos dois IDRs de Curto Prazo, o IDR de Curto Prazo normalmente será determinado
primeiramente com base na força do perfil de liquidez do emissor.
Os principais elementos em relação ao perfil de liquidez de uma instituição financeira não
bancária incluem:
uma revisão do perfil de liquidez da instituição financeira não bancária, da administração
da liquidez e fontes de captação alternativas.
ativos líquidos disponíveis.
fontes e perfis de vencimento do backup de liquidez.
qualidade de crédito dos provedores de liquidez; e
condições precedentes para saque das fontes de liquidez.
Se a captação de commercial papers (CP) de uma instituição financeira não bancária não se
enquadra em seu ciclo normal de conversão de ativos ou fluxo de caixa livre operacional, o
emissor deve procurar ressarcir as notas de CP que já estão no mercado, seja com a emissão
de novas notas CP ou de certificado de longo prazo ou acessando linhas bancárias
compromissadas, especificamente de CP ou linhas bancárias para ‘finalidades gerais
corporativas’, que permitam captação no mesmo dia. Se o emissor não tiver essa captação
imediata, a companhia pode não conseguir pagar as obrigações que estão vencendo. Assim, a
Fitch considera o backup de liquidez para o saldo devedor de CP e outras obrigações da
dívida de curto prazo um elemento importante na atribuição de ratings no âmbito do
instrumento, assim como um elemento na avaliação do IDR LP.
O backup de liquidez é adequado ou inadequado. Um backup de liquidez mais do que
adequado não justifica um rating de crédito individual mais alto. Por outro lado, quando o CP é
explicitamente fortalecido, ou seja, se ele é lastreado por uma linha de crédito de pagamento
direto ou por uma forma de garantia semelhante, o rating do CP em última instância será o
mais alto entre a linha de crédito de pagamento direto, o fortalecimento de crédito semelhante
ou o próprio rating de curto prazo do emissor.
A Fitch normalmente espera que emissores de CPs grau de investimento tenham backup de
liquidez totalmente (100%) disponível para o saldo devedor de CPs e outras obrigações de
curto prazo, independente do rating de crédito da entidade. O backup de liquidez pode não só
ser em forma de compromissos bancários, mas também incluir caixa e aplicações financeiras,
expectativa de fontes de fluxo de caixa operacional, suporte tangível do controlador ou outras
formas alternativas de suporte de liquidez, dependendo do quanto estas fontes são confiáveis.
Instituições Financeiras
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Se a maior parte das linhas de backup vencer em um ano ou menos, o emissor do CP está
exposto ao risco de não renovação, uma vez que alguns bancos podem não renovar seus
compromissos vincendos. Para emissores com substanciais montantes de CPs em circulação,
a necessidade de backup de liquidez plurianual é até mesmo mais importante. Companhias
com múltiplas linhas de backup de longo prazo podem reduzir o risco de não renovação tendo
vencimentos em camadas.
IV.2 Obrigações Seniores Sem Garantias
IV.2.1 Visão Geral
Os ratings de obrigações seniores sem garantia normalmente são atribuídos em linha com os
IDRs de Longo Prazo de uma instituição financeira não bancária porque:
A Fitch quase sempre considera a probabilidade de inadimplência de qualquer obrigação
sênior sem garantia igual à probabilidade de inadimplência da instituição financeira não
bancária (conforme refletido no IDR de Longo Prazo), porque a inadimplência de qualquer
classe relevante de obrigações seniores sem garantia será tratada pela Fitch como
inadimplência da entidade;
A Fitch geralmente trata as obrigações de instituições financeiras não bancárias como
tendo perspectivas de recuperação médias. Tendo em vista a elevada incerteza em
relação a como se comportará o balanço de uma instituição financeira não bancária
diante da inadimplência, e como as ações determinadas pelas autoridades do governo
para dissolver o banco, se houver, podem afetar as perspectivas de diferentes credores,
a agência necessita de um elevado “ônus da prova” para graduar uma dívida sênior para
baixo ou para cima, com base em perspectivas de recuperação. Os RRs da dívida sênior
sem garantias de uma instituição financeira não bancária, quando atribuídos, são
normalmente ‘RR4’, consistentes com uma taxa de recuperação média de 31%–50%.
Ainda assim, nas circunstâncias delineadas a seguir, os ratings de emissões seniores sem
garantias reais podem ser atribuídos em patamares inferiores ou superiores ao IDR de Longo
Prazo da instituição financeira não bancária:
Fracas Perspectivas de Recuperação, Rating de Emissão Mais Baixo: Em alguns casos, em
que um emissor tiver níveis substanciais de créditos com garantias, a Fitch pode considerar uma
emissão sênior sem garantias como tendo perspectivas de recuperação mais fracas do que a
média, resultando na atribuição de um rating de emissão abaixo do IDR de Longo Prazo. Isso
pode ser devido a preocupações gerais sobre a qualidade de ativos de uma instituição financeira
não bancária e possivelmente impactará as perspectivas de recuperação de todos os credores
em caso de inadimplência. Ou pode ser movido por preocupações relativas à estrutura de
captação de uma instituição financeira não bancária, como níveis muito altos de oneração no
balanço ou subordinação muito profunda dos credores seniores à estrutura dos passivos.
A captação com garantias historicamente tem sido o método mais eficiente em termos de custo
para os ativos de instituições financeiras não bancárias. Portanto, a dívida sem garantias pode
representar parcela muito pequena da estrutura de capital, podendo ser classificada um grau
abaixo do IDR de Longo Prazo até que responda por parte significativa do mix de captação.
Fortes Perspectivas de Recuperação, Ratings de Emissões Mais Altos: Geralmente, a Fitch
não classifica passivos seniores sem garantias com rating mais alto do que o IDR de Longo Prazo
de instituições financeiras não bancárias devido à elevada incerteza ao avaliar as perspectivas
de recuperação. Um exemplo pode ser quando a entidade está perto de inadimplir e há mais
visibilidade das perspectivas de recuperação para credores seniores sem garantias reais.
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Maior Risco de Inadimplência, Rating Mais Baixo: Em raros casos, a Fitch pode ter a
impressão de que uma instituição financeira não bancária pode seletivamente se tornar
inadimplente em relação a determinadas obrigações seniores sem garantias reais, mas que essa
inadimplência não indica “falha não solucionada” da entidade, devido a circunstâncias
específicas da inadimplência (frequentemente relativas a alguma forma de intervenção
regulatória) e/ou porque as obrigações em questão não compreendem parcela relevante da base
de captação total. Nesse caso, os ratings de emissão podem refletir o risco de inadimplência
seletiva específico relativo aos instrumentos em questão, enquanto o IDR de Longo Prazo
continua refletindo o risco de inadimplência da maior parte do passivo sênior do emissor.
Risco de Inadimplência Mais Baixo, Rating Mais Alto: Em circunstâncias excepcionais, a
Fitch pode classificar determinadas obrigações seniores sem garantias reais com ratings mais
altos do que o IDR de Longo Prazo do fiador, porque a agência acredita que a inadimplência
dos títulos seja menos provável do que em relação a outras obrigações de referência,
classificadas pelos IDRs.
Cláusulas de Substituição e Variação: Periodicamente, os títulos da dívida sênior incluem
cláusulas que permitem que os termos contratuais dos títulos sejam modificados ou que os
próprios títulos sejam substituídos por outros, novos. Estas cláusulas podem ficar a critério do
emissor, sujeitas à aprovação de um administrador, etc.
A Fitch avalia caso a caso se essas cláusulas poderão afetar o rating de um título. Quando a
probabilidade de modificação ou a substituição é considerada elevada e há alto grau de
clareza em relação à forma da substituição/modificação dos títulos, a Fitch atribuirá o rating
considerando a provável substituição ou modificação dos títulos.
IV.2.2 Análise do Rating de Recuperação
Quando uma instituição financeira não bancária tem IDR de Longo Prazo ‘B+’ ou abaixo, a
Fitch normalmente atribui um RR às emissões da entidade classificadas na escala de longo
prazo, com base em uma análise de recuperação sob medida. Os RRs proporcionam maior
transparência sobre o componente de recuperação na avaliação da Fitch sobre o risco de
crédito de títulos de emissores com ratings baixos, com base em uma escala que vai de
‘RR1’, para as perspectivas mais fortes de recuperação, até ‘RR6’, para perspectivas de
recuperação fracas, de acordo com a tabela a seguir. Entretanto, quando não houver dados
disponíveis suficientes, ou o resultado da potencial recuperação for altamente variável, a
Fitch não atribuirá um RR.
A maior parte dos ratings de crédito das obrigações de emissores classificados entre ‘AAA’ e
‘BB–’ tem recuperações agregadas no mercado de títulos inadimplentes, conforme o quadro
Orientação sobre Graduação de Emissores Classificados em ‘BB’ e Acima.
Escala de Ratings de Recuperação Rating Perspectiva de Recuperação Diante de Inadimplência Recuperações Históricas Típicas (%) Graduação do Rating da Emissão
a
RR1 Excepcional 91–100 3
RR2 Superior 71–90 2
RR3 Boa 51–70 1
RR4 Média 31–50 0
RR5 Abaixo da Média 11–30 (1)
RR6 Fraca 0–10 (2)
Clique aqui para descrição completa de cada rating. aRelativa ao nível de risco de falha no desempenho. Como descrito na subseção de IV.2.1 “Fortes Perspectivas de
Recuperação, Ratings de Emissões Mais Altos”, é excepcionalmente raro a Fitch colocar dívida sênior sem garantia gras acima devido a recuperação.
Fonte: Fitch.
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Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 88
Março de 2018
Instrumentos com uma posição prioritária particular e uma posição de títulos receberão ratings
de crédito que refletem as recuperações médias que se espera sejam recebidas por esse
instrumento nesse setor, em caso de inadimplência. A Fitch normalmente não conduz análise
de recuperação sob medida para essas obrigações, uma vez que estão tão distantes da
inadimplência que as premissas que podem ser usadas para a análise de um cenário de
inadimplência poderão ser especulativas demais para ter valor agregado.
Em qualquer nível de rating, quando a abordagem de recuperação sob medida não for usada,
a Fitch pode denotar subordinação contratual ou estrutural que seja detrimental à dívida sem
garantias classificando-a abaixo do IDR. Este pode ser o caso quando há grandes proporções
de dívida garantida em relação à dívida total, particularmente onde a alavancagem é
relativamente alta, ou quando parcela da dívida for estruturalmente removida das operações
e, por isso, contar com fluxos de dividendos para o serviço da dívida. As formas de
subordinação também podem incluir patamares mais baixos de garantia das entidades do
grupo para uma tranche da dívida em particular.
Quando os IDRs passarem da categoria de rating ‘B’ para a categoria ‘BB’, na qual os ratings RR
não são mais atribuídos, os instrumentos de dívida que anteriormente se beneficiavam dos
ratings de recuperação ‘RR2’ e ‘RR1’ podem ficar em seus patamares de rating anteriores, não
obstante o IDR ser elevado, se merecido. Este pode ser o caso se a estrutura de capital tiver
grande componente de dívida com classificação mais alta. Um instrumento classificado como
‘BB+’ não deverá ser elevado para ‘BBB–’ até que o IDR seja ‘BB+’, a menos que haja
expectativa de recuperações superiores.
Instrumentos de Rating para Combinações de IDRs e RRs Rating de Recuperação
IDR de Longo Prazo
B+ B B– CCC+ CCC CCC- CC C/RD/D
RR1 BB+ BB BB– B+ B B– CCC+ CCC
RR2 BB BB– B+ B B– CCC+ CCC CCC–
RR3 BB– B+ B B– CCC+ CCC CCC- CC
RR4 B+ B B– CCC+ CCC CCC- CC C
RR5 B B– CCC+ CCC CCC- CC C C
RR6 B– CCC+ CCC CCC– CC C C C
Nota: Não assume nenhum aumento do risco de falha no desempenho no instrumento de rating em relação ao IDR. Como descrito na subseção de IV.2.1 “Fortes Perspectivas de Recuperação, Ratings de Emissões Mais Altos”, é excepcionalmente raro a Fitch colocar dívida sênior sem garantia graus acima devido a recuperação. Fonte: Fitch.
Por outro lado, se um IDR migrar de ‘BB–’ ou acima para a categoria de rating ‘B’ onde a
análise de recuperação ocorre, a Fitch pode posicionar os ratings atribuídos a tranches da
dívida com ou sem garantias, assumindo a análise de recuperação, de forma que uma
elevação do rating do instrumento não ocorra quando o IDR for rebaixado.
Como São Determinados os Ratings de Recuperação
Primeiro, a Fitch determina a probabilidade de inadimplência/falha no desempenho de um
emissor na escala de ratings de longo prazo ‘AAA’. A agência então chega ao rating da
emissão em função de suas perspectivas de recuperação em caso de inadimplência/falha no
desempenho. De acordo com a tabela a seguir, quando as perspectivas de recuperação são
consideradas médias, o rating da emissão estará em linha com a avaliação do risco de
inadimplência/falha no desempenho. Se a agência considerar o instrumento como tendo
perspectiva de recuperação acima ou abaixo da média, por exemplo, em função da
alavancagem, mix de captação e avaliação do estresse, ela pode fazer ajustes para cima ou
para baixo, respectivamente, a partir do risco de inadimplência/falha no desempenho para
chegar ao rating da emissão. O grau do possível ajuste para cima/para baixo do rating da
emissão, baseado nas perspectivas de recuperação do instrumento, está na tabela abaixo.
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Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 89
Março de 2018
Guia de Graduação para Emissores ‘BB’ e Acima
Grau de Investimento Alto Grau Especulativo ‘BB+’ a ‘BB-’
Graduação do IDR Dívida com Garantia Dívida sem Garantias Dívida com Garantia Dívida sem Garantias
3
Graduado por +0 e +3, mas limitado a ‘BBB-’
2
1
Graduado por +0 a +1
Baixos níveis de dívida com garantias: +0 a +1
grau +0
Em recuperações Médias: +0 Graduação. Em
recuper. abaixo da média +0 a -1 grau.
-1 Dívida Subordinada:
-0 a -2 graus
Sem garantias e/ou
subordinada com dívida com garantia: -0 a -2 grau -2
Fonte: Fitch
Métodos de Avaliação Utilizados
Os métodos de avaliação que a Fitch normalmente aplica para extrair o RR de emissões de
instituições financeiras não bancárias incluem a abordagem do valor de liquidação (VL) e a
abordagem do going concern (GC). A escolha das técnicas de avaliação empregadas pode
ser influenciada pela prática em comum em segmentos específicos de instituições
financeiras não bancárias, a situação do controle do emissor, a constituição de grupos com
múltiplas entidades e os regimes de insolvência aplicáveis. Se a Fitch acredi tar que tanto a
abordagem do VL como a do GC não são aplicáveis em caso de inadimplência de uma
determinada entidade, a agência poderá optar apenas por assumir uma análise de
recuperação usando um método de valorização.
Método de Avaliação por Segmento de Instituições Financeiras Não Bancárias
Subsetor IFNB Abordagem de Liquidação Geralmente Aplicada?
Abordagem de Going Concern da Empresa Quando Relevante (Típica Faixa Múltipla)
Empresas de Valores Mobiliários
Modelo de Negócios de Fluxo de Caixa Sim Múltiplo de EBITDA estressado (5,0x–10x)
Modelo de Negócios de Balanço Sim Múltiplo de carteira tangível estressada (0,3–1,5x)
Gestores de Investimento Sim Múltiplo de EBITDA estressado (4,0x–10x)
Modelo de Negócios de Fluxo de Caixa Sim NAV estressado (0,5x–1,0x)
Modelo de Negócios de Balanço Sim
Companhias de Desenvolvimento de Negócios Sim NAV estressado (0,5x–1,0x)
Financeiras e Leasings
Modelo de Negócios de Fluxo de Caixa Sim EBITDA estressado múltiplo (4,0–10x)
Modelo de Negócios de Balanço Sim Carteira tangível estressada múltipla (0,3x–1,5x)
Companhias de Infraestrutura do Mercado Financeiro
Bolsa de Valores, CCPs e DTVMs não bancárias Sim Múltiplo de EBITDA estressado (5,0x–10x)
IFNB = Instituições financeiras não bancárias. Fonte: Fitch.
No caso de subsetores com uso elevado de balanço, tende a haver uma inclinação no sentido
da abordagem VL na análise da Fitch, possivelmente complementada pelo valor líquido do
ativo estressado (NAV) ou pelo cálculo do valor contábil líquido. No caso de subsetores com
baixo uso do balanço, a Fitch normalmente também conduzirá a abordagem LV, mas a
abordagem GC normalmente é a mais usada.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 90
Março de 2018
Quando a Fitch analisa os dois métodos, ela poderá optar por um que resulte no valor
empresarial mais alto, consistente com a prática dos credores de procurar maximizar o valor
firme no caso de procedimentos de falência. A tabela acima mostra os métodos de avaliação e
múltiplos normalmente usados pela agência, por subsetor principal.
Ao extrair um valor empresarial consolidado, a Fitch pode separar as unidades operacionais
da entidade, por segmento ou por região, a fim de aplicar distintivamente o método de
avaliação mais relevante aos vários componentes.
Abordagem de Liquidação
No caso de instituições financeiras não bancárias classificadas como ‘B+’ ou abaixo, que
provavelmente seriam liquidadas mediante inadimplência, a Fitch normalmente conduz uma
análise de separação de seu balanço, a fim de avaliar as potenciais recuperações para os
credores. Isso pode envolver uma eliminação de, pelo menos, parcela dos saldos de caixa
existentes, refletindo sua provável utilização sob estresse. Em muitos casos, a agência
deduzirá o capital social do total de ativos para refletir a expectativa de que a instituição terá
esgotado sua base de capital em caso de inadimplência.
No cenário de abordagem VL, a Fitch aplica cortes aos ativos remanescentes, de modo a refletir
a expectativa da agência de que estes ativos seriam provavelmente vendidos por menos do que
o valor contábil em um cenário de liquidação. A agência, então, aloca o caixa gerado pela venda
do ativo aos credores, com base na expectativa de prioridade das reinvindicações.
Os ativos consolidados nos balanços, mas atribuídos diretamente a credores específicos da
instituição, em geral, serão excluídos do cálculo. Da mesma forma, os ativos ainda no balanço,
embora comprometidos, para suportar emissões de securitização, serão excluídos dos
cálculos de recuperação, à medida que o excesso de colaterais não esteja presente e que os
recebedores não tenham habilidade para controlar os ativos relativos. Ativos com impostos
diferidos normalmente não recebem qualquer crédito.
Os cortes aplicados podem variar significativamente, por modelo de negócio, classe de ativo e
região, dentre outros fatores, e a agência avaliará isso, caso a caso. Para fins de orientação, o
quadro a seguir reflete as faixas de desconto típicas para inúmeras classes de ativos amplas,
que são frequentemente encontrados nos balanços de instituições financeiras não bancárias
fortes, em termos de ativos.
Cortes de Ativos Ativo Características Desconto (%)
Caixa e Equivalentes Sem risco, ajuste pode ser feito para refletir expectativa de saldo em inadimplência 0–50
Títulos de Renda Fixa Variabilidade de risco e liquidez 5–75+
Ações Variabilidade na liquidez e volatilidade 15–100
Ativos Fixos Tangíveis Variabilidade na liquidez e volatilidade 15–75+
Crédito Imobiliário Baixo risco na primeira baixa, risco maior se na segunda baixa, liquidez variável 5–40
Crédito Pessoal sem Garantias Risco elevado 25–50+
Associadas e JVs Ilíquidas e valor variável 20–60
Ativos Intangíveis Ilíquidas e valor questionável em crise 70–100 aNo caso de ativos comprados com desconto significativo (por exemplo, no caso de compradores de dívida), a Fitch normalmente aplicará um corte na ponta inferior da
faixa indicada de modo a refletir o risco adicional mais limitado de redução, em um cenário de crise. bNo caso de instituições financeiras não bancárias com balanço
considerável-subsidiárias leves (que podem ser vendidas como going concerns em sua integralidade) cortes em intangíveis podem estar na ponta inferior da faixa de 70% a 100% mencionada. JV = Joint Venture. Fonte: Fitch.
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Abordagem Going Concern
A abordagem de GC envolve um processo em duas etapas:
Estimativa do nível de ganhos pós-inadimplência, normalmente via EBITDA ajustado,
sobre o qual deve ser baseada a avaliação.
Aplicar uma avaliação múltipla conservadora, refletindo a posição relativa de uma
companhia dentro de seu setor, com base no mercado real ou previsível em crise.
Quando não houver amostra de transações de mercado disponível estatisticamente
relevante, os analistas buscarão setores que sejam próximos ou realizarão premissas
com base em tendências gerais de transações de mercado estressadas.
As avaliações com múltiplos intervalos previstos na tabela Método de Valorização pelo
Segmento de Instituições Financeiras Não Bancárias são propositalmente amplas para os
diferentes subsetores. O múltiplo aplicado na análise de recuperação dependerá de uma
revisão das condições de mercado vigentes e de uma análise dos múltiplos de avaliação
aplicados a transações de mercado semelhantes ao longo do tempo da análise.
Em alguns segmentos de instituições financeiras não bancárias, a Fitch pode aplicar
abordagens adicionais de avaliação específicas. Por exemplo, no caso de gestores de
investimento, a Fitch pode considerar avaliações como percentual de AUMs estressados, além
de uma abordagem múltipla de EBITDA ajustado. No caso de REITs hipotecários, a Fitch
considera valores estressados com base nos relatórios de metodologia “U.S. and Canadian
Multiborrower CMBS Rating Criteria” e “Structured Finance CDOs Surveillance Rating Criteria”,
além de uma abordagem múltipla de EBITDA ajustado.
Estimativa das Reivindicações de Credores
Na tentativa de estimar as reivindicações dos credores, a análise da Fitch leva em
consideração:
Reivindicações Rotativas: A Fitch assume que partes não utilizadas de linhas de crédito
compromissadas (com ou sem garantias), disponibilidades rotativas e compromissos de
cartas de crédito são totalmente sacadas à medida que permitido. É exercido maior
julgamento no caso de linhas que só podem ser sacadas para utilizações específicas, como
as destinadas ao uso para aquisições e investimentos. A Fitch avaliará o grau em que estes
saques também podem dar origem a ativos adicionais recuperáveis de acordo com o
propósito para os quais estas linhas de crédito são normalmente utilizadas.
Reivindicações de Prioridade Administrativa: Estas normalmente se situam na faixa
de 2% a 10% de problemas de estresse de valor de empresa, dependendo do país, do
porte e da complexidade da instituição.
Reivindicações por Recusas de Leasing: Em caso de recusas de leasing, a Fitch avalia
a capacidade de o emissor racionalizar leasings em um cenário de inadimplência e
observa que mediante a abordagem de GC, certo nível deve normalmente ser mantido,
enquanto na abordagem VL, 100% dos leasings não residenciais são normalmente
recusados. O valor dos leasings rejeitados é calculado em linha com o código de falência
aplicável em cada jurisdição, onde esses conceitos existem.
Premissa de Concessão: O valor distribuído a credores seniores sem garantias pode ser
reduzido por um montante que seja redistribuído a reivindicadores juniores para
assegurar sua aprovação do plano de reorganização ou liquidação. O montante desses
pagamentos de concessões é altamente dependente de circunstâncias.
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Previdência e Outras Obrigações Incluídas nos Benefícios Pós-Emprego: Planos
de previdência subfinanciados e outras reivindicações de benefícios pós-emprego
podem ser relevantes no conjunto de bens de falência, embora as reivindicações
possam variar em termos de prioridade, dependendo da jurisdição e dos acordos entre
credores específicos do emissor.
Outras Reivindicações: Outras reivindicações não dívida e contingentes, incluindo
ações judiciais relevantes e passivos contingentes (e garantias) podem ser consideradas,
onde estes forem particularmente pertinentes a uma instituição.
Captação com Partes Relacionadas: Quando uma instituição financeira não bancária
tem grande montante de captação de partes relacionadas, a Fitch considera se os
credores com partes relacionadas provavelmente se tornariam efetivamente seniores em
relação aos credores, mediante a retirada de seus recursos antes da inadimplência.
A análise de recuperação da Fitch normalmente assume uma abordagem legal em cascata.
Entretanto, a aplicação de valor não só é afetada pela prioridade relativa aos instrumentos de um
emissor em particular, como pela estrutura organizacional. Na ausência de uma construção legal
ou regulatória específica em contrário, a agência assumirá que credores de entidades legais
específicas têm uma reivindicação de prioridade sobre os ativos daquela entidade relativos aos
credores de afiliadas e entidades relacionadas. Em instâncias onde há múltiplas entidades em
um grupo, a Fitch pode estabelecer a avaliação e as reivindicações no patamar da entidade e
considerar os valores residuais disponíveis aos credores de entidades controladoras ou afiliadas.
Neste contexto, a agência geralmente usará o balanço não consolidado da entidade como
base para seus cálculos de recuperação. Os fatores que podem compensar parcialmente o
efeito da subordinação estrutural incluem a presença de garantias das atividades de produção
e as obrigações intracompanhias devidas pela subsidiária ao controlador. As complexidades
além-fronteiras podem acrescentar conservadorismo à análise das recuperações de
instituições financeiras não bancárias que operam internacionalmente.
A Fitch reconhece que uma análise baseada em abordagens VL ou GC requer grande número
de importantes premissas em relação à estrutura do perfil financeiro de um emissor mediante
inadimplência.
Tendo em vista essas premissas, a Fitch não necessariamente mapeará as recuperações
esperadas aos RRs correspondentes e aos ratings de longo prazo de emissões. Em lugar
disso, poderá aumentar ou diminuir os RRs sugeridos pelas abordagens de avaliação e de
graduação, dependendo das sensibilidades de recuperações esperadas em relação a
pequenas alterações nas premissas, eventos pendentes, termos contratuais dentro de
instrumentos específicos, escopo do colateral, ou opiniões sobre o ambiente operacional de
uma companhia em particular.
A análise de recuperação da agência não tenta capturar o espectro total de motivações
possivelmente conflitantes para os credores ou a velocidade em que essas motivações podem
mudar. A Fitch não atribuirá RRs quando acreditar que as informações disponíveis sejam
insuficientes, ou o resultado da análise é particularmente imprevisível.
A Fitch proporcionou limites país aos RRs, para englobar os credores amigáveis (ou outros) de
jurisdições e a aplicabilidade de garantias em caso de inadimplência (veja o relatório de
metodologia “Country-Specific Treatment of Recovery Ratings”). Estes limites permitem
comprimir obrigações seniores e juniores quando os aspectos jurisdicionais ou outros
estruturais indicarem que isto é garantido. A Fitch envidará esforços para explicar as
conclusões de sua análise de recuperação específica ao emissor, em sua pesquisa.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 93
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IV.3 Títulos Subordinados e Híbridos
Normalmente, instrumentos subordinados e híbridos emitidos por instituições financeiras não
bancárias seguem a abordagem dos ratings e a metodologia de créditos pelo conteúdo de
capital delineada na metodologia “Non-Financial Corporates Hybrids Treatment and
Notching Criteria” (no caso de dívida subordinada tradicional e títulos híbridos) ou na
“Metodologia de Ratings Corporativos” (para créditos de acionistas). Nas instâncias em que
esses instrumentos são determinados a não se qualificar como dívida pela “Non-Financial
Corporates Hybrids Treatment and Notching Criteria” ou pela “Metodologia de Ratings
Corporativos”, a Fitch normalmente proporcionará 100% de créditos pelo conteúdo de capital a
estes instrumentos se os indicadores de capitalização do balanço forem relevantes para a
análise da entidade emissora.
Se um instrumento subordinado ou híbrido é emitido por uma instituição financeira não
bancária regulada prudencialmente, mediante uma estrutura semelhante a bancos, a
abordagem de ratings seguirá o racional delineado na “Metodologia Global de Rating de
Bancos”. Se um instrumento subordinado ou híbrido for emitido por uma instituição com
missão política ou por outra entidade com alguma forma de patrocínio, vínculo ou controle
governamental, a abordagem de ratings seguirá o racional delineado no relatório de
metodologia “Atribuição de Ratings a Bancos”. Se um instrumento subordinado ou híbrido for
emitido por uma instituição financeira não bancária regulada prudencialmene mediante uma
estrutura semelhante à de companhias seguradoras, a abordagem de ratings seguirá o
racional delineado na “Metodologia de Ratings de Seguros”.
Determinação de Ratings e Potencial Conteúdo de Crédito para Títulos Subordinados e Híbridos Emitidos por Instituições Financeiras Não Bancárias Tipo de Emissor Metodologia Aplicável
Instituições financeiras não bancárias tradicionais (não caem em uma das três categorias delineadas abaixo)
Non-Financial Corporates Hybrids Treatment and Notching Criteria (para dívidas subordinadas tradicionais e títulos híbridos) ou Metodologia de Ratings Corporativos (para créditos de acionistas)
Instituições financeiras não bancárias reguladas prudencialmene mediante uma estrutura semelhante à de bancos
Metodologia de Rating de Bancos
Instituição não bancária com missão política ou outras entidades com alguma forma de patrocínio, vínculo ou controle pelo governo
Metodologia de Rating de Bancos
Instituição financeira não bancária regulada prudencialmente mediante uma estrutura semelhante à de companhias seguradoras
Metodologia de Rating de Seguros
Fonte: Fitch.
IV.4 Dívida Garantida e com Garantias Reais
A Fitch normalmente atribui ratings a dívidas totalmente garantidas (ou dívida que a Fitch
considera exposta a um grau equivalente de risco de crédito como dívida garantida) em linha
com a dívida sênior sem garantias reais do avalista (se esta for mais alta do que o rating de
dívidas sem garantias da instituição financeira não bancária emissora). A equalização do rating
da dívida garantida com o rating sênior sem garantias do avalista dependerá de a garantia ser
classificada igualmente com a dívida sênior do avalista, a jurisdição da garantia ser aceita pela
Fitch no nível do rating, sua executabilidade, pontualidade e/ou expectativas de que o avalista
honrará a garantia. A dívida de uma instituição financeira não bancária, que se beneficia de uma
garantia que se classifique em condições de igualdade com as obrigações subordinadas do
avalista, normalmente é classificada em linha com a dívida subordinada do avalista. Em casos
em que as condições acima para equalização com o rating do avalista não forem atendidas, a
Fitch em geral classifica essas obrigações em linha com os ratings da dívida do emissor.
Quando a Fitch tiver informação suficiente para analisar e monitorar o colateral em questão,
classificará as obrigações de longo prazo com garantias de instituições financeiras não bancárias,
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 94
Março de 2018
particularmente aquelas com estruturas relativamente simples, utilizando a abordagem de
perspectivas de risco/recuperação de inadimplência descrita na tabela de “Orientação Sobre
Graduação para Emissores Classificados em ‘BB-‘ e Acima”. As emissões com formas mais
complexas de reforço estrutural, como securitizações, letras imobiliárias garantidas e obrigações
parcialmente garantidas, são classificadas pelo grupo de Finanças Estruturadas e Covered Bonds,
de Fundos ou Gestão de Recursos, respectivamente, com base em metodologia separada.
Os ratings de obrigações de curto prazo de instituições financeiras não bancárias se baseiam
unicamente no risco de inadimplência das emissões e, desta forma, não consideram reforços
estruturais que possam melhorar as recuperações em caso de inadimplência.
IV.5 Notas Vinculadas ao Mercado
Algumas instituições financeiras não bancárias emitem ou garantem títulos que retornam
montantes referentes a um risco de mercado essencialmente independente da própria
situação de crédito do emissor/do avalista (algumas vezes conhecidas como notas ligadas ao
mercado ou MLNs). Em alguns casos, somente o fluxo do cupom faz referência ao risco de
mercado (principal das notas protegido) e, em outros, tanto o fluxo do cupom como o
pagamento do principal são movidos pelo risco do mercado de referência (notas sem proteção
de principal). As MLNs podem fazer referência a um leque muito amplo de riscos, mais
comumente relativos a patrimônios, moedas e commodities e são frequentemente
estruturadas em resposta a questões reversas.
Os ratings de MLN são alinhados aos de instrumentos de dívida de igual senioridade de um
emissor ou garantidor (dívida sênior, dívida sênior preferencial etc). A Fitch atribui ratings
somente quando o principal está protegido e analisa apenas o risco de crédito do emissor ou
avalista. O risco do cupom não relacionado ao risco de crédito do emissor ou do garantidor é,
portanto, excluído dos ratings de MLNs. Notas em duas moedas podem ser classificadas caso
possam ser ou sejam colocadas em montante equivalente em uma segunda moeda.
A Fitch não classifica notas cujo risco de principal não está relacionado ao risco de crédito do
emissor. Consequentemente, para evitar dúvidas, a Fitch não classifica notas ligadas a crédito,
que referenciam o risco de crédito de um terceiro ou um grupo de terceiros sob esta
metodologia. Estas notas podem ser classificadas pelo grupo de Finanças Estruturadas da Fitch.
IV.6 Diferenças na Emissão de Dívida Entre Companhias Holding e Subsidiárias Operacionais de Instituições Financeiras Não Bancárias
Ao classificar instrumentos de dívida estruturalmente subordinados a outros instrumentos
dentro de uma estrutura de grupo, como dívida emitida por uma holding ou veículo de emissão
de dívida, a Fitch avalia os vínculos estratégicos, operacionais ou legais entre os diferentes
elementos na estrutura.
Se a análise da Fitch determinar que essa dívida está suficientemente isolada do restante do
grupo, a falha em servir a dívida pode ter implicações limitadas na situação de crédito das
subsidiárias operacionais. A Fitch iniciará sua análise com a avaliação dos perfis de crédito
das subsidiárias operacionais. No entanto, esta análise provavelmente será completada por
uma avaliação do perfil da entidade emissora, em bases individuais. Neste caso, a análise da
Fitch provavelmente incorporará elementos da abordagem de rating da agência para as
empresas de investimento, principalmente na avaliação da capitalização e alavancagem do
emissor, bem como seu perfil de captação, liquidez e de cobertura. A Fitch poderá atribuir um
rating público à entidade emissora, informando aos investidores suas diferentes probabilidades
de inadimplência frente às subsidiárias operacionais.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 95
Março de 2018
Em determinadas circunstâncias, se houver um forte mecanismo de proteção implantado
(como pode ser o caso de subsidiárias que são reguladas prudencialmente), a Fitch pode
excluir essa holding ou o veículo emissor de dívida da análise do grupo protegido.
Por outro lado, se a Fitch concluir que os vínculos estratégicos, operacionais ou legais entre a
holding ou o veículo emissor de dívida e uma entidade operacional são relativamente
significativos e não há qualquer mecanismo forte de proteção, ou um mecanismo limitado em
vigor protegendo a entidade operacional e os detentores da sua dívida, é mais provável que a
dívida estruturalmente subordinada seja consolidada na análise da entidade operacional e que
o rating da emissão da holding ou dos instrumentos de emissão de dívida sejam determinados
por meio da abordagem de graduação.
Ao determinar as relatividades da graduação entre uma holding ou um veículo emissor de dívida
e uma companhia operacional e seus respectivos instrumentos de dívida, a Fitch avalia as
possíveis diferenças nas probabilidades de inadimplência. Como parte dessa avaliação, a Fitch
analisa os aspectos regulatórios e legislativos relevantes pertinentes à capacidade operacional
de a entidade prover dividendos à entidade emissora, em comparação com o montante da dívida
e as despesas de juros da entidade emissora. A Fitch também considera outros fluxos de
rendimentos potenciais da emissora, incluindo, quando apropriado, os juros de empréstimos
intercompanhias e os fluxos de caixa provenientes de outras entidades do grupo.
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Março de 2018
Anexo 1: Variações na Aplicação da Metodologia
As metodologias da Fitch são elaboradas para utilização em conjunto a um experiente
julgamento analítico, exercido por meio de um processo de decisão em comitê. A combinação
de metodologias transparentes, julgamento crítico aplicado individualmente à transação ou ao
emissor e ampla divulgação por meio de comunicados de rating fortalece o processo de
classificação da Fitch ao mesmo tempo em que ajuda os participantes do mercado a
compreender as avaliações de risco da agência.
Um comitê de rating pode ajustar a aplicação destas metodologias para refletir os riscos de
uma transação ou entidade específica. Estes ajustes são denominados variações. Todas as
variações serão divulgadas nos respectivos comunicados de ação de rating, incluindo seu
impacto na classificação, quando oportuno.
O comitê de rating pode aprovar uma variação quando o risco, a característica ou qualquer
outro fator relevante para a atribuição de um rating e as metodologias aplicadas estiverem no
escopo destas, mas a análise demandar sua alteração para contemplar fatores específicos à
transação ou entidade em particular.
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Anexo 2: Atribuindo Ratings Acima do Soberano a Instituições Financeiras Não Bancárias
É mais provável que a Fitch classifique uma instituição financeira não bancária acima do
soberano, ou seja, atribua IDR de Longo Prazo em Moeda Local à instituição financeira não
bancária acima do IDR de Longo Prazo em Moeda Local do soberano, ou IDR de Longo
Prazo em Moeda Estrangeira à instituição financeira não bancária acima do IDR de Longo
Prazo em Moeda Estrangeira soberano, quando duas das seguintes condições se aplicarem.
Primeiro, a Fitch deve acreditar que a instituição financeira não bancária provavelmente
manterá a capacidade de honrar suas obrigações na moeda em questão após uma
inadimplência soberana daquela moeda. Esta capacidade pode ser retida tanto pelo fato de a
instituição financeira não bancária receber suporte externo como em função de sua força
intrínseca, conforme refletido em seu perfil de risco de crédito individual, suficiente para
permitir que ele continue honrando suas obrigações após uma inadimplência soberana.
Segundo, a agência deve acreditar que o soberano, após sua própria inadimplência em uma
moeda, provavelmente não imporia restrições à capacidade de a instituição financeira não
bancária honrar suas obrigações naquela moeda. As restrições podem ser aplicadas a
obrigações em Moeda Estrangeira ou em Moeda Local. A Fitch normalmente considera
restrições à primeira como algo mais provável do que à última, o que tende a resultar no
fato de os ratings em moeda local da instituição financeira não bancária serem menos
restritos, em relação ao soberano, do que os em moeda estrangeira. Entretanto, em alguns
países onde os governos têm sido mais intervencionistas, tanto os ratings em moeda
estrangeira como os em moeda local da instituição financeira não bancária podem ser
limitados no âmbito do soberano.
Além disso, diferentemente dos bancos, que normalmente têm fortes vínculos com o perfil de
crédito do soberano em que residem, as instituições financeiras não bancárias podem não ter
o mesmo vínculo ou possíveis restrições à sua capacidade de servir a própria dívida. Como
exemplo, um gestor global de investimentos pode ter a maior parte de seu capital investido em
outros países, com limitada exposição à economia em que estão domiciliados. Assim, o perfil
de crédito de um gestor de investimento pode não ser diretamente afetado pelo perfil de
crédito do soberano.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 98
Março de 2018
Anexo 3: Informações Utilizadas Para Emitir e Manter Ratings
Princípios-chave
A Fitch baseia seus relatórios e análises de rating em um exame profundo de todas as
informações relevantes conhecidas, as quais considera importantes para análise e decisão
de rating.
Estas informações incluem dados disponíveis publicamente, informações prestadas
diretamente pelo emissor, bem como disponibilizadas por terceiros e, ainda, informações
relevantes recolhidas pelos analistas da Fitch durante sua interação com outros emissores.
Todos os comitês de rating devem verificar se esses dados foram suficientes e robustos em
relação à decisão de rating. Quando houver informações insuficientes para atribuir ou manter
um rating, nenhum rating será atribuído ou mantido.
Critérios de Fontes de Dados
As principais premissas da metodologia são informadas por meio de discussões com as partes
externas, como emissores, proprietários das instituições, supervisores e governos, e da
análise de informações financeiras e relatórios anuais, documentação de títulos e mercado
financeiro, e os dados econômicos, do setor, acadêmicos, de pesquisas e o histórico.
Limite de Informações
No processo de rating, as principais informações com as quais a Fitch conta são dados
públicos, como demonstrações financeiras anuais ou semestrais (geralmente, no mínimo, três
anos de contas auditadas), documentos da transação, no caso de emissões públicas,
demonstrações públicas, apresentações e outras divulgações efetuadas pela administração do
emissor, submissões regulatórias públicas e comentários setoriais oficiais. Esta informação
pública representa as exigências mínimas para os investidores formarem uma decisão de
investimento e está baseada no nível e tipo de informação normalmente apresentada por uma
companhia com ações negociadas em bolsa.
A divulgação pública geralmente é complementada por informações adicionais fornecidas
diretamente pela administração do emissor. Essas informações adicionais podem assumir a
forma de atualizações de informações mais frequentes ou confidenciais, normalmente
divulgadas publicamente e/ou informações específicas não públicas consideradas importantes
analiticamente. Reuniões podem ser realizadas com membros da administração da emissora
para discutir as informações fornecidas e compreender quaisquer premissas usadas na
preparação dos dados. Informações não financeiras usadas no processo de rating
normalmente incluem uma descrição dos principais produtos da instituição, base de clientes,
mercados regionais, estrutura de administração de risco, estrutura do grupo, controle e
estratégia.
A Fitch trabalha com as informações mais recentes disponíveis. A divulgação pública
geralmente será previsível a seu tempo. Atualizações periódicas de outras informações serão
normalmente marcadas para coincidir com uma análise programada ou em resposta a
acontecimentos eventuais. Estas informações complementares podem proporcionar visões
periódicas, mas sua divulgação está sujeita aos critérios da entidade classificada. Informações
que façam parte de uma série histórica proporcionam importante visão, mas as informações
mais recentes normalmente têm maior peso na opinião prospectiva do rating.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 99
Março de 2018
A Fitch realiza uma verificação adequada de informações factuais com as quais conta, de
acordo com a metodologia e os critérios relevantes de rating, desde que possível, a partir de
informações de fontes independentes, se as fontes estão disponíveis.
Monitoramento
Os analistas monitoram constantemente as informações recebidas e/ou solicitadas. Quando
um fator ou tendência pode ter impacto sobre o rating, a Fitch determinará o curso apropriado
de ação, que pode ser um dos seguintes:
A instituição financeira não bancária é levada ao comitê de rating.
É encaminhada à instituição financeira não bancária solicitação de informações adicionais
específicas (a Fitch também pode considerar apropriado colocá-la em Observação
Negativa neste momento).
A Fitch também pode concluir que não seja necessária qualquer ação. Não há diferenças
entre novas análises de rating e análise de monitoramento.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 100
Março de 2018
Anexo 4: Utilização de Testes de Estresse e Outras Ferramentas no Processo de Rating
Princípios-chave
Quando relevante, a Fitch complementará sua análise das informações relevantes com uma
avaliação do potencial impacto de uma gama de cenários de estresse ou simulações
satisfatórias/plausíveis.
Premissas
As premissas usadas nas análises de estresse ou de cenários podem variar, mas
normalmente incorporarão variáveis macroeconômicas, taxas de perdas e alterações nos
parâmetros de risco (como a probabilidade de inadimplência e de perdas devido à
inadimplência), e o impacto normalmente será estruturado em relação ao contexto dos ganhos
e/ou capital, liquidez, cobertura de juros e/ou capital/alavancagem. A(s) variável(s)
selecionada(s) será(ão) movida(s) pela natureza e/ou severidade do estresse visualizado ou
em teste, e será(ão) estabelecida(s) em um setor, país ou região específicos do emissor.
Ferramentas Utilizadas no Processo de Rating
Quando relevante, a Fitch geralmente utiliza uma gama de ferramentas padronizadas para
estimular o efeito dos estresses na qualidade/desempenho de ativos, ganhos, capital e
liquidez. Testes de estresse podem ser realizados em um emissor específico ou na base do
setor e podem ser complementados por simulações sob medida nos casos em que as
abordagens padronizadas podem não ser apropriadas.
À medida que os reguladores em diferentes jurisdições possam conduzir testes de estresse ou
revisões da qualidade de ativos, em um país ou setor, a Fitch pode utilizar suas próprias
ferramentas semelhantes para compreender melhor os testes de estresse do regulador e suas
sensibilidades, reconhecendo os graus variáveis de divulgação em relação a fatores, como
dados do parâmetro e variáveis de estresse.
Inputs e Outputs
Testes de estresse e de cenários podem requerer inputs padrões dos emissores de natureza
não pública e a Fitch solicitará aqueles que forem considerados necessários. Se esses inputs
não forem fornecidos, a Fitch utilizará estimativas conservadoras baseadas no julgamento
analítico, junto com seu conhecimento mais amplo da indústria e do setor. Como alternativa, a
Fitch pode receber análises de cenário do próprio emissor. Nesses casos, a Fitch discutirá
estes com a administração do emissor para compreender as premissas utilizadas na análise e,
se apropriado, efetuar novos ajustes analíticos às premissas da administração.
Os outputs podem, a critério da Fitch, ser divulgados na íntegra ou parcialmente, quando
essa divulgação agregar valor à análise e/ou pesquisa. Entretanto, a presença de dados não
públicos normalmente resulta na divulgação, de forma agregada ou resumida. A Fitch
utilizará comparação com pares, quando relevante, para avaliar a relativa resiliência a
estresses ou cenários específicos.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 101
Março de 2018
Anexo 5: Sensibilidades e Limitações dos Ratings
Sensibilidades dos Ratings
As opiniões da Fitch são prospectivas e incluem a visão da agência sobre o desempenho
futuro. Os ratings de instituições financeiras não bancárias estão sujeitos a ajustes positivos
ou negativos baseados no desempenho financeiro e operacional atual ou projetado. A relação
abaixo inclui uma lista não exaustiva das sensibilidades básicas que podem influenciar os
ratings e/ou a Perspectiva dos Ratings.
Risco do Ambiente Operacional: Deterioração no ambiente operacional de um
emissor devido ao enfraquecimento do ambiente econômico em geral, riscos
soberanos, saúde do mercado financeiro, alterações nas exigências ou
condições regulatórias/legislativas e governança sistêmica nos países onde o
emissor está operando, assim como possível imposição de controles cambiais.
Risco do Negócio: Desenvolvimentos na capacidade de um emissor de
suportar pressões competitivas, conforme demonstrado em sua posição/franquia
nos principais mercados, seu modelo de negócio/diversificação, seu patamar de
poder de precificação e sua eficiência operacional.
Risco Financeiro: Alterações no perfil financeiro de um emissor devido ao
impacto dos desenvolvimentos operacionais, um enfraquecimento do ambiente
operacional de um emissor, a política financeira do emissor, o apetite por risco
ou a disponibilidade de recursos, em caso de crise no mercado.
Risco de Evento: Um evento imprevisto que, até que se torne explícito e seja
definido, é excluído dos ratings existentes. Os riscos de eventos podem ser
disparados externamente — uma mudança na lei, um desastre natural, um
choque político ou uma mudança de controle — ou internamente, como uma
mudança na política sobre capitalização, uma grande aquisição, fraude ou a
reestruturação da administração ou estratégica. Como a maior parte das
instituições financeiras não bancárias tendem a registrar descasamento entre
ativos e passivos (duração dos ativos mais longa do que a duração da captação),
elas podem ser vulneráveis a estresses de liquidez extremos. Embora captação,
liquidez e cobertura sejam partes principais da análise de rating da Fitch,
eventos idiosincráticos algumas vezes podem causar uma rápida,
potencialmente significativa e prejudicial deterioração da liquidez.
Mudança no Risco de Suporte: Uma mudança no suporte extraordinário
provavelmente disponível para um emissor, por exemplo, devido a uma
mudança de controle ou desenvolvimentos nas estruturas de resolução. O risco
de evento e as mudanças no suporte podem frequentemente ter implicações
mais significativas para os ratings de instituições financeiras não bancárias do
que outros riscos delineados acima.
Risco Específico ao Instrumento: Ratings no nível da emissão podem ser
sensíveis a mudanças nos ratings no patamar do emissor da companhia, ao
risco de desempenho em relação ao risco capturado nos ratings no patamar do
emissor (por exemplo, títulos híbridos) e a mudanças no risco de inadimplência
ou nas perspectivas de recuperação desse instrumento, no volume dos passivos
pari passu, no volume e relativa classificação de outros passivos, na
disponibilidade dos ativos desonerados e/ou no valor da empresa do negócio.
Instituições Financeiras
Metodologia de Rating de Instituições Financeiras Não Bancárias – Vigente de 22 de março a 22 de junho de 2018 102
Março de 2018
Limitações
Esta metodologia principal identifica os fatores considerados pela Fitch ao atribuir ratings a
uma entidade ou obrigação em particular, dentro do escopo da metodologia principal. Nem
todos os fatores nesta metodologia podem ser aplicados a cada rating ou ação de rating
individualmente. Cada comentário específico na ação de rating ou no relatório de rating
discutirá esses fatores mais relevantes para ação de rating individual.
Os ratings, inclusive Observações e Perspectivas, atribuídos pela Fitch estão sujeitos às
limitações especificadas nas Definições de Rating da Fitch, disponíveis em
www.fitchratings.com/site/definitions. Mais especificamente para instituições financeiras não
bancárias, os IDRs, RVs, RSs, PRSs e DCRs não abordam especificamente o risco de
transferência e conversibilidade em cada e em todas as jurisdições em que uma instituição
financeira não bancária opera, nem refletem os riscos de resolução específicas à jurisdição.
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Março de 2018
Anexo 6: Metodologias Relacionadas
Esta metodologia foi publicada juntamente com as seguintes metodologias:
Metodologia de Ratings de Bancos
As seguintes metodologias intersetoriais permanecem em vigor e serão aplicadas aos ratings
de instituições financeiras não bancárias e a outras instituições financeiras, quando
apropriado:
Country Ceilings Criteria
Metodologia de Ratings Sukuk
Metodologia de Ratings em Escala Nacional
Non-Financial Corporates Hybrids Treatment and Notching Criteria
Country-Specific Treatment of Recovery Ratings
Third-Party Partial Credit Guarantees Rating Criteria
A Distressed Debt Exchange Rating Criteria não se aplica mais a instituições financeiras não
bancárias, uma vez que os relevantes conceitos analíticos foram incorporados a esta
metodologia.
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Março de 2018
Anexo 7: Índices e Definições de Subsetores Financeiros
Resumo de Parâmetros Quantitativos e Principais Índices de Instituições Financeiras Não Bancárias aa ou Acima a bbb bb b ou Abaixo
Empresas de Valores Mobiliários (Alto Uso do Balanço)
Resultados e Lucratividade Lucro Operacional/Patrimônio Mèdio (%) x>20 10<x≤20 5<x≤10 3<x≤5 x≤3
Capitalização e Alavancagem (Ativos Tangíveis – Reverse Repo – Títulos Emprestados)/FCC (x) x<5 5≤x<10 10≤x<15 15≤x<20 x≥20
Captação, Liquidez e Cobertura Ativos Líquidos/Captação de Curto Prazo (%) x>200 150<x≤200 100<x≤150 85<x≤100 x≤85
Empresas de Valores Mobiliários (Baixo Uso do Balanço)
Resultados e Lucratividade EBITDA Ajustado /Receita (%) x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
Capitalização e Alavancagem Dívida Total /Adjusted EBITDA (x) x<0,5 0,5≤x<1,5 1,5≤x<2,5 2,5≤x<3,5 x≥3,5
Captação, Liquidez e Cobertura EBITDA Ajustado /Despesa com Juros (x) x>15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
Gestores de Investimento Cobrando Principalmente Taxas com Base no Valor Líquido dos Ativos (NAV) (Gestores de Investimento Tradicionais e Gestores de Fundos de Hedge)
Desempenho dos Ativos Fluxos Líquidos de Clientes/Início (F)AUM (%) x>10 5<x≤10 5≥x>(5) (5)≥x>(10) x≤(10)
Resultados e Lucratividade (F)EBITDA Ajustado /Receita de Serviços (%) x>50 30<x≤50 20<x≤30 10<x≤20 x≤10
Capitalização e Alavancagem Dívida Total /(F)EBITDA Ajustado (x) x<0,25 0,25≤x<1,5 1,5≤x<3,0 3,0≤x<5,0 ≥5,0
Captação, Liquidez e Cobertura (F)EBITDA Ajustado /Despesa com Juros (x) x>18 12<x≤18 6<x≤12 3<x≤6 x≤3
Gestores de Investimento Cobrando Taxas Principalmente com Base no Capital Investido/Comprometido (Gestores de Investimento Alternativos)
Desempenho dos Ativos Fluxos Líquidos de Clientes/Início (F)AUM (%) x>10 5<x≤10 5≥x>(5) (5)≥x>(10) x≤(10)
Resultados e Lucratividade (F)EBITDA Ajustado /Receita de Serviços (%) x>50 30<x≤50 20<x≤30 10<x≤20 x≤10
Capitalização e Alavancagem Dívida Total /(F)EBITDA Ajustado (x) x<0,50 0,50≤x<2,5 2,5≤x<4,0 4,0≤x<6,0 ≥6,0
Captação, Liquidez e Cobertura (F)EBITDA Ajustado /Despesa com Juros (x) x>12 8<x≤12 4<x≤8 2<x≤4 x≤2
Companhias de Investimento
Capitalização e Alavancagem Dívida Total /Patrimônio Tangível (x) x<0,15 0,15≤x<0,35 0,35≤x<0,50 0,50≤x<1,0 ≥1,0
Captação, Liquidez e Cobertura Entrada de um ano de dividendos e cobertura de receita de juros da despesa com juros de um ano da companhia holding (x) x>10 6<x≤10 3,5<x≤6,0 2,5<x≤3,5 x≤2,5
Captação, Liquidez e Cobertura Entrada de um ano de dividendos e cobertura da receita de juros de dois anos de despesas com juros e dividendos da companhia holding (x) x>1,0 x>1,0 x>1,0 x≤1,0 x≤1,0
Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Qualidade de Ativos Ganhos Líquidos Realizados/Carteira Média, a Valor (%) x>(1,0) (1)≥x>(3) (3)≥x>(4) (4)≥x>(6) x≤(6)
Resultados e Lucratividade Receita Líquida de Investimentos/Carteira Média, ao Custo (%) 5<x≤10 5<x≤10 5<x≤10 x≤5 or x>10 x≤5 or x>10
Capitalização e Alavancagem Dívida/Patrimônio Tangível (x) x<0,25 0,25≤x<0,50 0,50≤x<0,80 0,80≤x<1,00 x≥1,00
Captação, Liquidez e Cobertura Dívida sem Garantias/ Dívida Total (%) x>90 50<x≤90 35<x≤50 x≤35 x = 0
Financeiras e Companhias de Leasing (Alto Uso do Balanço)
Qualidade de Ativosa Créditos Duvidosos/Total de Créditos
(ambiente operacional ‘aa’) (%) x≤1 1<x≤3 3<x≤6 6<x≤14 x>14
Qualidade de Ativosa Créditos Duvidosos/Total de Créditos
(ambiente operacional ‘a’) (%) x≤0,25 0,25<x≤2 2<x≤5 5<x≤12 x>12
Qualidade de Ativosa Créditos Duvidosos/Total de Créditos
(ambiente operacional ‘bbb’) (%) X≤0,5 0,5<x≤4 4<x≤10 x>10
Qualidade de Ativosa Créditos Duvidosos/Total de Créditos
(ambiente operacional ‘bb’) (%) x≤0,75 0,75<x≤5 x>5
Qualidade de Ativosa Créditos Duvidosos/Total de Créditos
(ambiente operacional ‘b’) (%) x≤1 x>1
Resultados e lucratividade Lucro Antes dos Impostos/Média de Ativos (%) x>4 3<x≤4 2<x≤3 1<x≤2 x≤1
Capitalização e Alavancagem Dívida/Patrimônio Tangível (x) x<1,0 1,0≤x<3,0 3,0≤x<5,0 5,0≤x<7,0 x≥7,0
Captação, Liquidez e Cobertura Dívida Sem Garantias / Dívida Total (%) x>90 50<x≤90 35<x≤50 x≤35 x = 0
Financeiras e Companhias de Leasing (Baixo Uso do Balanço)
Resultados e Lucratividade EBITDA Ajustado /Receita (%) x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
Capitalização e Alavancagem Dívida/EBITDA Ajustado (x) x<0,5 0,5≤x<1,5 1,5≤x<2,5 2,5≤x<3,5 x≥3,5
Captação, Liquidez e Cobertura EBITDA Ajustado /Despesa com Juros (x) x>15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
Financeiras e Companhias de Leasing (Baixo Uso do Balanço)
Resultados e Lucratividade EBITDA Ajustado /Receita (%) x>25 20<x≤25 15<x≤20 10<x≤15 x≤10
Capitalização e Alavancagem Dívida Total /EBITDA Ajustado (x) x<0,5 0,5≤x<1,5 1,5≤x<2,5 2,5≤x<3,5 x≥3,5
Captação, Liquidez e Cobertura EBITDA Ajustado /Despesa com Juros (x) x>15 10<x≤15 6<x≤10 3<x≤6 x≤3
aNas instâncias em que as Indicadores de Qualidade dos Ativos exibem diferenças sazonais no desempenho, a Fitch poderá buscar normalizar essas métricas ao avaliar a
Qualidade dos Ativos em um determinado ponto no tempo. A Fitch pode excluir ou normalizar um ponto de dados trimestrais se acreditar ser indevidamente influenciado pela sazonalidade em lugar de refletir uma tendência da Qualidade de Ativos por tempo mais longo. Nota: Se/quando índices adicionais são considerados significativos em bases específicas ao emissor, esses índices serão articulados nos comentários da Ação de Rating deste emissor que os acompanhar. Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Índices de Empresas de Valores Mobiliários
Métricas Definição Principal ou
Complementar Empresas com Alto Uso
do Balanço Empresas com Baixo Uso do
Balanço
Índices de Qualidade de Ativos
Índice de Atrasos Superiores a 60 e 90 dias
Créditos que deixaram de gerar receita, créditos que foram reestruturados, ou recebível considerado de outra forma em atraso/créditos no final do período
Complementar
Reservas para Créditos em Atraso/Créditos em Atraso
Provisões para Créditos em Atraso Complementar
Desp. Provisões Crédito/ Média Total Créditos
Encargos por Atrasos de Créditos/Média Total Créditos
Complementar
Créditos em Atraso Menos Provisões para Créditos em Atraso /Núcleo de Capital Fitch
(Créditos e Leasings em Atraso - Provisões Associadas)/Núcleo de Capital Fitch
Complementar
Aumento do Total de Créditos
Aumento no total de créditos a clientes no final do período contábil, menos total de créditos de clientes no início do período contábil como percentual dos créditos a clientes no início do período contábil.
Complementar
Índices de Risco de Mercado
VaR Médio /FCC
VaR do período médio de trading considerado como reportado e ajustado para intervalo de confiança de 99% e um dia de retenção. Dados avaliados tanto incluindo como excluindo a diversificação atribuída
Complementar
Núcleo de Capital Fitch (FCC) igual ao patrimônio líquido, menos o capital híbrido reportado como patrimônio, participações reportadas fora do patrimônio, menos participações minoritárias não consideradas como absorvedoras de perdas pela Fitch, menos ágio e todos os demais intangíveis, menos ativos tributários diferidos não elegíveis, +/- valor justo do risco de crédito próprio, menos tranches de primeiras perdas das securitizações mantidas fora do balanço, menos participações em companhias de garantia/seguros de vida
VaR Estressado pela Fitch /FCC
O VaR estressado pela Fitch é calculado multiplicando-se o nível máximo de VaR de 99% acumulado em dez dias, por um fator de cinco, destinado a capturar o risco de mercado em condições de mercado extremamente severas
Complementar
Índice Eficiência deTrading Receita principal do trading diário (anual/252 dias) ou (trimestral/63 dias)/VaR médio do trading (99%, um dia, dólares americanos)
Complementar
Índices de Resultados e Lucratividade
Lucro Operacional/Patrimônio Médio
Lucro pré-impostos antes do lucro não recorrente e não operacional e das despesas como percentual do patrimônio médio reportado
Principal
EBITDA Ajustado /Receita EBITDA com ajustes por itens não caixa significativos, como despesas de compensação não caixa, como percentual da receita total
Principal
ROAE Ajustado
O lucro líquido reportado, excluindo as operações descontinuadas, e os itens extraordinários pontuais, além dos efeitos do CVA/DVA, como percentual do patrimônio médio reportado
Complementar
Despesa Operacional/Receita Despesas operacionais (inclusive despesas com juros) como percentual da receita total
Complementar
Compensação/Receita Líquida
Compensação paga no período como percentual da receita líquida, separada da compensação de corretores e negociadores, quando possível
Complementar
aAplicável apenas em entidades sujeitas às regras do Basileia. Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Índices de Empresas de Valores Mobiliários (continuação)
Métricas Definição
Principal ou Complementar Empresas com Alto
Uso do Balanço
Empresas com Baixo Uso do
Balanço
Índices de Capitalização e Alavancagem
Alavancagem Líquida Ajustada (Ativos tangíveis – Acordos de Recompra Reversa – Títulos Emprestados)/FCC
Principal
Dívida Bruta/EBITDA Ajustado Dívida bruta divida por EBITDA, com ajustes para itens não caixa significativos, como despesas de compensação não caixa.
Principal
Alavancagem Bruta Total de ativos divido pelo capital total Complementar
Alavancagem Bruta Tangível (Ativos Tangíveis mais derivativos brutos, Acordos de Recompra Reversa e Títulos Emprestados)/FCC
Complementar
Ativos Tangíveis igual a total de ativos menos goodwill e intangíveis
Derivativos, Acordos de Recompra Reversa e Títulos Emprestados são totalizados para quaisquer montantes líquidos que por ventura possam ser excluídos dos montantes reportados em balnaço
Alavancagem Ajustada (Ativos tangíveis – Acordos de Recompra Reversa)/FCC Complementar
Índice de Capital Nível Ia
Índice conforme o reportado aos reguladores em cada jurisdição; o cálculo é: capital/reservas, conforme definido pelos reguladores locais, como percentual dos ativos ponderados por risco, seguindo a definição dos reguladores locais.
Complementar
FCC/RWAa
FCC dividido pelos ativos ponderados pelo risco, como reportado regulador da jurisdição.
Complementar
Índices de Captação e Liquidez
Ativos Líquidos/Captação de Curto Prazo
Total de ativos menos ativos não líquidos (definição abaixo) como percentual da captação de atacado com vencimento em até 12 meses.
Principal
Ativos não líquidos em geral incluem dívida de alto yield + merchant bank, investimentos em private equity + mercado emergente + crédito ao consumo + empréstimos bancários + goodwill + intangíveis + derivativos sem grau de investimento marcados a mercado + outros ativos + ativos residuais sem grau de investimento.
EBITDA Ajustado/Despesa com Juros
EBITDA com ajustes para itens não caixa significativos, como despesas de compensação não caixa, como um múltiplo das depesas com juros.
Principal
Captação de Longo Prazo /Ativos Não Líquidos
Patrimônio e crédito de longo prazo como percentual dos ativos não líquidos (como definido acima)
Complementar
aAplicável somente a entidades sujeitas a regulação de Basileia. Nota: Se/quando os índices adicionais forem considerados significativos para um dado emissor, eles serão
esclarecidos no comentário de ação de rating do emissor.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Balanço Simplificado e Cálculo dos Índices de Capitalização
Identificador Descrição Valor
Balanço Sintético
A Caixa 15
B Empréstimos de Títulos (líquidos) 15
C Operações Compromissadas (líquidas) 10
D Instrumentos Derivativos (líquidos) 5
Registro de Outros Títulos 50
E Ágio e Intangíveis 5
F Total de Ativos 100
Total de Passivos 75
G Capital Híbrido 5
Capital 10
Resultados Retidos 10
H Patrimônio Total 25
Outros Inputs das Notas nas Demonstrações Financeiras
I Empréstimos de títulos (brutos) 25
J Operações Compromissadas (brutas) 20
K Instrumentos Derivativos (brutos) 15
L Ativos com Risco Ponderado 40
Cálculos Fórmula
M Ativos Tangíveis 95 = F-E
N Núcleo de Capital Fitch 15 = H-G-E
O Gross Up de Títulos Emprestados 10 = I-B
P Gross Up de Operações Compromissadas 10 = J-C
Q Gross Up de Instrumentos Derivativos 10 = K-D
Alavancagem Bruta 4,0 = F/H
Alavancagem Bruta Tangível 8,3 = (M+O+P+Q)/N
Alavancagem Ajustada 5,7 = (M-C)/N
Alavancagem Líquida Ajustada 4,7 = (M-B-C)/N
FCC/RWA 37,5% = N/L
Fonte: Fitch.
Instituições Financeiras
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Março de 2018
Índices de Gestores de Investimentos
Métrica Definição Principal ou
Complementar
Gestores de Investimentos Alternativos
Gestores de Investimentos Tradicionais
Índices de Desempenho de Ativos
(F)Taxa de Crescimento do AUM ((F)AUM Final/ (F)AUM) -1 Inicial Principal
Retorno das Taxas de Administração Taxas de Gestão/(F)AUM Complementar
Rendimento das Receitas Receita Total/(F)AUM Complementar
(F) Rendimento do EBITDA (F)EBITDA/(F)AUM Médio Principal
Índices de Ganhos e Rentabilidade
(F)Margem de EBITDA (F)EBTIDA/Receita Total com Tarifas Principal
Contribuição da Taxa de Administração Taxas de Administração/Total de Taxas Complementar
Contribuição Total da Taxa de Administração Taxas de Administração/Receita Total Complementar
Eficiência Operacional (Compensação Base + Despesas Operacionais)/Receita Total de Taxas
Complementar
Índice de Compensação de Incentivos Compensação de Incentivos/ Receita de Incentivos Complementar
Margem de Resultados Relativos a Taxas Resultados Relativos a Taxas (Lucro Líquido)/Receita de Taxas Complementar
Retorno sobre Patrimônio Médio (Econômico) Lucro Líquido/Patrimônio Médio Complementar
Índices de Capitalização e Alavancagem
Alavancagem do Fluxo de Caixa Total dos passivos com incidência de juros/(F)EBITDA, com os ajustes efetuados pelos itens não caixa e não recorrentes significativos
Principal
(F) O EBITDA é definido como taxas de gestão, transação, monitoramento e de consultoria – desp. operacionais + desp. de juros + depreciação + amortização + compensação patrimônio. Rec. de juros e dividendos pode ser incluída se considerada recorrente por natureza.
Alavancagem Líquida do Fluxo de Caixa (Total de passivos com incidência de juros - caixa e equivalentes no balanço)/(F)EBITDA, com ajustes efetuados pelos itens significativos não caixa e não recorrentes
Complementar
Alavancagem do Balanço Total de passivos com incidência de juros/Patrimônio comum tangível
Complementar
Alavancagem Líquida do Balanço (Total de passivos com incidência de juros - caixa e equivalentes)/Patrimônio comum tangível
Alavancagem do Núcleo de Capital Fitch Total do passivo com incidência de juros /Núcleo de Capital Fitch Complementar
Núcleo de Capital Fitch (FCC) igual ao patrimônio líquido, menos capital híbrido reportado como patrimônio, participações minoritárias reportadas fora do patrimônio, menos participações minoritárias não consideradas como absorvedoras de perdas pela Fitch, menos ágio e todos os demais intangíveis, menos ativos tributários diferidos não elegíveis, +/- valor justo do risco de crédito próprio, menos tranches de primeiras perdas de securitizações retidas fora do balanço, menos participações em companhias de garantia/seguros de vida
Índices de Liquidez
Cobertura de Juros (F)EBITDA, com ajustes pelos itens não caixa e/ou não recorrentes significativos/Despesa de Juros
Principal
Cobertura Líquida de Ativos da Dívida (Caixa + investimentos líquidos) /Total de passivos com incidência de juros
Complementar
Cobertura da Dívida de Ativos (Caixa + investimentos líquidos + Compromissados de Co-investimento não ativado
Complementar
Cobert. Líq. de Compromissos de Co-
Investimentos
(Caixa + Títulos Líquidos)/ Co-Investimentos Compromissados
Não
Complementar
Ativos Líquidos (Caixa + Ativos Líquidos)/Total de Ativos Principal
Índice de Pagamentos Distribuições/Resultados de Caixa Complementar
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Índices de Companhias de Investimento e de Fundos de Investimento
Métrica Definição Principal ou
Complementar Companhias de
Investimento
Fundos de Investimento
Abertos
Outros Fundos de
Investimento
Qualidade de Ativos/Índices de Desempenho
Perfil de Risco de Crédito da Carteira
Média Ponderada da Qualidade de Crédito dos investimentos/Companhias na Carteira
Complementar
Índices de Resultados e lucratividade
Retorno sobre Média de Ativos
Lucro Líquido/Média dos Ativos Principal
Retorno sobre Patrimônio Médio
Lucro Líquido/Patrimônio Médio Complementar
Índices de Capitalização e Alavancagem
Alavancagem no Balanço
Dívida Total/Patrimônio Tang/Valor Total dos Passivos Remunerados/Valor Líquido dos Ativos (NAV)
Principal
Alavancagem Bruta (Total de Posições Longas de Investimento + Total Posições Curtas)/Valor Líquido dos Ativos (NAV)
Principal
Índices de Captação, Liquidez e de Cobertura
Cobertura de Caixa e Títulos Desonerados
(Caixa + Ativos Desonerados)/Dívida sem Garantias Principal
Cobertura de Juros Dividendos e cobertura pelas receitas de juros (ou EBITDA) da despesa operacional de juros da companhia holding
Principal
Cobertura de Despesas Operacionais
a
Dividendos e cobertura pela receita de juros de dois anos de despesas operacionais, despesas de juros e dividendos da companhia holding.
Principal
Ativos Ilíquidos Total de ativos ilíquidos/Valor Líquido dos Ativos Complementar
aNo caso de companhias de investimento sob controle privado e não têm políticas de dividendos declaradas, a Fitch provavelmente removerá os dividendos da companhia
holding do denominador deste índice. Nota: Se/quando índices adicionais são considerados significativos em bases específicas do emissor, esses índices serão articulados nos comentários que acompanham a Ação de Rating para esse emissor. Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Índices de Companhias de Desenvolvimento de Negócios
Métrica Definição Principal ou Complementar
Índices de Qualidade de Ativos
Ganhos da Carteira Líquida (Perdas) Ganhos Líquidos Realizados/Média da Carteira, pelo Valor Principal
Non-accruals, pelo Custo Non-accruals (créditos em atraso há mais de 90 dias)/Carteira, pelo Custo Complementar
Non-accruals, pelo Valor Justo Non-Accruals (créditos em atraso há mais de 90 dias)/Carteira, pelo Valor Justo
Complementar
Valorização da Carteira Líquida Valorização Líq. Não Realizada (Depreciação)/Total Carteira, pelo Custo Complementar
Concentrações da Carteira 10 Maiores Invest. Carteira, pelo Valor/Patrimônio Complementar
Índices de Ganhos e Rentabilidade
Rendimentos da Rec. Líquida de Investimentos Receita Líquida de Investimentos/Média da Carteira, pelo Custo Principal
Rendimento da Receita de Investimentos Receita de Investimentos/Média da Carteira, pelo Custo Complementar
Eficiência Operacional Desp. Não Financeiras e Não Incentivos/Média da Carteira, pelo Custo Complementar
Índice de Compensação Compensação/Carteira Média, pelo Custo Complementar
Retorno sobre Ativos Médios Receita Líquida/Ativos Médios Complementar
Índices de Capitalização e Alavancagem
Alavancagem Passivos com Incidência de Juros/Patrimônio Total Principal
Índice de Cobertura de Ativos (Ativos - Passivos Correntes)/Dívida de Longo Prazo Complementar
Sensibilidade ao Teto da Alavancagem (Patrimônio - Passivos com Incidência de Juros)/Carteira, pelo Valor Complementar
Índices de Captação e Liquidez
Cobertura Dividendos pelos Resultados Receita Líquida de Investimentos/Dividendos Declarados Principal
Cobertura de Juros EBITDA/Despesa de Juros Complementar
Mix de Captação Dívida sem Garantias/Dívida Total Complementar
Cobertura Dvidendos pelos Resultados de Caixa* (Receita Líquida de Investimentos - Resultados Não Caixa + Despesas Não Caixa)/Dividendos Declarados
Complementar
Cobertura Total de Dividendos* Receita Líq. Investimentos/Dividendos Declarados Complementar
Lucro Não Caixa a Receita Não Caixa/Receita de Juros e Dividendos Complementar
a Efetua ajustes de resultados não caixa recebidos em dinheiro, quando disponíveis. Fonte: Fitch.
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Março de 2018
Índices de Empresas de Infraestrutura do Mercado Financeiro
Métrica Definições Bolsas Câmaras de
Compensação
CDNs Sem Licença Bancária
CDNs com Licença Bancária
Capitalização e Alavancagem
Dívida Bruta/EBITDA Dívida bruta dividida pelo EBITDA, com ajustes por itens não caixa significativos, como compensação não caixa
Dívida Líquida/EBITDA Dívida líquida definida como caixa - saldo devedor da dívida dividida pelo EBITDA
Dívida de Leasing Ajustada/EBITDAR Dívida bruta ajustada pelo valor presente líquido dos pagamentos de leasing ou 8,0x a despesa de aluguel/ EBITDA ajustado pela despesa de aluguel mais recente, quando aplicável
Fluxo de Caixa Livre/ Dívida Bruta Caixa líquido proporcionado pelas operações - investimentos e dividendos/ pela dívida bruta
Dívida Bruta/Patrimônio Tangível Dívida bruta/ pelo patrimônio tangível
Dívida Bruta/FCC Dívida bruta/ pelo Núcleo de Capital Fitch
FCC/Riscos Ponderados Núcleo de capital Fitch/ riscos ponderados
Índices de Capital Regulatório (quando aplicável)
Captação, Liquidez e Cobertura
EBITDA / Despesa com juros EBITDA com ajustes pelos itens não caixa significativos como múltiplo da despesa de juros
EBITDAR / Cobertura Juros EBITDA ajustado pela despesa de aluguel mais recente como múltiplo da despesa com juros ajustada pela despesa mais recente de aluguel
Caixa Não Restrito & Aplicações (investimentos) Financeiras/Dívida de Curto Prazo
Caixa não restrito & aplicações (investimentos) financeiras/ dívida de curto prazo
Resultados e lucratividade
Margem de EBITDA EBITDA com ajustes por itens não caixa significativos, como compensação não caixa como percentual da receita total
Taxa por Contrato Volume de contratos/ receita
Investimentos/Receitas Investimentos/ receita total
Investimentos/ Depreciação & Amortização
Investimentos/ depreciação e amortização
Custos Operacionais/Comissões Despesas operacionais/ comissões
Nota: FCC é definido como patrimônio líquido, menos capital híbrido reportado como patrimônio, participações minoritárias reportadas fora do patrimônio, menos participações minoritárias não consideradas como absorvedoras de perdas pela Fitch, menos ágio e todos os demais intangíveis, menos ativos tributários diferidos inelegíveis, +/- valor justo do risco de crédito próprio, menos tranches de primeiras perdas de securitizações mantidas fora do balanço, menos participações em companhias de garantia/seguros de vida.
Fonte: Fitch.
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Março de 2018
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