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24 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
RECOLHA E RECICLAGEM DE RESÍDUOS, A SUA VALORIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
O meio ambiente tem sido um dos temas em permanente discussão. Dentro do ambiente destaca-se a preocupação com a reciclagem de resíduos, a economia circular e o consumo sustentável que vão marcar as 10ªs jornadas técnicas internacionais de resíduos organizadas pela APESB. Estas jornadas são uma forma de refletir e debater as ideias e realidades que estão a marcar este setor. Gerir os resíduos não é tarefa fácil mas para isso é preciso saber no que consiste a gestão de resíduos. Esta gestão passa por um conjunto de atividades que tem como função a “deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação de resíduos”. Estes procedimentos devem ser feitos de forma a não prejudicar o ambiente, mas sim ter uma atitude cívica que passa não só pelas empresas, mas também pela atitude dos cidadãos. Deve ser totalmente proibida a gestão de resíduos por agentes que não estão autorizados, bem como o despejo dos resíduos em qualquer local, como por exemplo ruas e praias. Recolha seletivaO tempo de degradação dos resíduos é algo que deve preocupar os cidadãos. Essa degradação é feita gradualmente, ou seja, o tempo acaba por ser elevado. Por isso é que a recolha seletiva pretende ser a melhor alternativa para se verificar um desenvolvimento sustentável.Algumas empresas destacam diversas vantagens na recolha seletiva, nomeadamente a economia de energia e matérias primas, a redução de resíduos que são depositados em aterro sanitário e a redução da poluição a nível do ar, água e solo. Consumo sustentávelEmpresas como a Cascais Ambiente, Hidurbe, Resitul, Resopre,
Solim, Sotkon defendem um consumo sustentável é preciso uma ação dos cidadãos, visto que são considerados uma parte ativa no que diz respeito à sustentabilidade. Atualmente, o comportamento de cada indivíduo irá refletir-se no ambiente. Mas as empresas, de norte a sul do país, e o próprio Estado têm um papel importante na dinamização e na divulgação deste setor. A sustentabilidade irá gerar a qualidade de vida, mas também parte do comportamento de cada um de nós. É desta forma que é necessário criar meios e soluções para a resolução de alguns problemas ligados ao setor dos resíduos. Economia circular vs Economia linearA economia circular surge na área dos resíduos para reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar materiais e energia, com o objetivo primordial de valorizar os resíduos. Esta economia pretende substituir a economia linear para não desperdiçar os resíduos, mas reaproveitá-los como forma de promover o crescimento económico e aumentar o consumo de recursos. Este modelo mais económico visa uma reorganização, não só a nível dos resíduos mas também do setor em si, tornando o processo muito mais dinâmico.O mesmo não acontece com a economia linear, uma vez que há a produção, seguida do consumo e termina com a eliminação dos resíduos. É por término relativo à economia linear que a economia circular tem como foco não a eliminação, mas o procedimento da reciclagem para poder colocá-los posteriormente no mercado.É assim que o conceito da economia circular promove o fortalecimento deste ciclo de vida para depois poderem poupar recursos e terem benefícios económicos.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 25REVISTA BUSINESS PORTUGAL 25
apesb | reciclagem de resíduos
A APESB - Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental tem vindo a desenvolver estudos nos setores de águas e resíduos. Fernando Leite, administrador da APESB, reforça como principal prioridade da associação a valorização dos resíduos e a sua posterior reutilização. A APESB fala ainda à Revista Business Portugal da importância das 10ªs Jornadas Técnicas Internacionais de resíduos.
Prevenção, a Palavra de ordem Para a gestão de resíduos
Qual o papel na atualidade da APESB?
A APESB é a mais antiga Associação de Profissionais (individuais e Empresas) que em
Portugal se dedica ao estudo e divulgação de conhecimento nos Setores ambientais de águas
e resíduos.
Fundada em 1980, é uma ONG com 241 associados individuais e 103 Empresas e outras
entidades.
A APESB é ainda o membro nacional de importantes associações mundiais, como são os
casos da ISWA, da IWA, Water Environement Federation, da EWA, European Water Association.
A importância das 10ªs Jornadas Técnicas Internacionais de resíduos.
A APESB organiza diversos Eventos quer nacionais, quer internacionais, como sejam os
Encontros Nacionais de Saneamento Básico (ENASB, já com 17 edições), ou as Jornadas
Técnicas Internacionais de Resíduos (JTIR),
estas que vão já na sua 10ª edição.
As JTIR são Eventos muito dedicados
às componentes técnicas e práticas da
gestão de resíduos, procurando, através
do debate, de Master Classes e de Visitas
Técnicas, transmitir conhecimento, promover
networking, transpor as Estratégias nacionais
para iniciativas/ações práticas que melhorem
a gestão de resíduos.
Nas 10as Jornadas vamos ter um bom
balanço entre Especialistas nacionais e
colegas estrangeiros, que se propõem
discutir tão importantes como limpeza
urbana, a recolha de resíduos, a valorização
de subprodutos ou resíduos, a Inovação
no Setor, as Tecnologias, a Educação e
Sensibilização Ambiental.
O contexto da economia circular nos
resíduos.
A Economia Circular é hoje um conceito que
faz todo o sentido ser acolhido no Setor dos
Resíduos. Podemos verificar que este tema
é, hoje, central na política europeia da gestão
de resíduos, com Diretivas, Regulamentos,
Programas de Financiamento e Ajudas em
valores nunca até hoje disponibilizados.
Importante em tudo o que à Economia
Circular diz respeito, está o conceito de
resíduo como um recurso, daí promover-
se, ao máximo, a prevenção, a reciclagem,
a reutilização e a valorização material
de resíduos, recusando-se fortemente o
confinamento técnico dos mesmos.
Quais são as vossas prioridades no setor
de resíduos?
As prioridades são efetivamente a valorização
adequada dos materiais provenientes da
reciclagem multimaterial, o escoamento
dos produtos dos Tratamentos Mecânicos
Biológicos (TMB) a importante questão
das sinergias entre Sistemas de Gestão de
Resíduos, mais propriamente a partilha de
Instalações que precisa ser adequadamente
promovida pelo Governo e regulada pelos
Órgãos de Tutela e por último a valorização
da fração RESTO saída dos TMB, que neste
momento vai, na sua quase totalidade, para
Aterro Sanitário.
Existem debilidades de desempenho no
setor de resíduos. Que problemas devem
ser resolvidos?
Já respondemos, em certa medida, na
anterior questão, sendo que provavelmente
devemos também enfatizar aquilo que vem
sendo referida como a “revisitação” do
PERSU.
Sem termos um Plano Nacional adequado e
em linha com a Política europeia da gestão
de resíduos, o nosso atraso e desalinhamento
com a Europa será cada vez maior.
De 16 a 26 novembro decorre a semana
europeia da prevenção de resíduos. De
que forma poderá a APESB sensibilizar
as empresas e a população para a
valorização dos resíduos?
Muito mais que a APESB, há uma “pool” de
Organizações que colocam na agenda e na
Ordem do Dia, o pilar mais importante da
Gestão de Resíduos, a PREVENÇÃO.
A ideia de zero resíduos não é hoje, já,
uma utopia, é uma tendência para a qual
Cidadãos, Empresas, Entidades nacionais,
regionais e locais, terão de trabalhar.
O importante na Prevenção são as atitudes,
as escolhas, as mudanças de Estilo de Vida,
que permitam evitar o resíduo.
A APESB, através dos seus Grupos de
Trabalho, outra importante vertente do nosso
trabalho, estará ativa nesta semana.
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PESB
26 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reciclagem de resíduos| tratolixo
João Dias Coelho, Presidente do Conselho de Administração da TRATOLIXO conversou com a Revista Business Portugal sobre a empresa que é uma referência no tratamento de lixo em Portugal.
gestão de resíduos urbanos
Qual o histórico e as responsabilidades da TRATOLIXO no
âmbito do tratamento de RU?
A TRATOLIXO foi criada a 26 de julho de 1989, por iniciativa
municipal – Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra - e em
parceria com entidades privadas, a KOCH Portugal e a
HLC S.A, para fazer o tratamento dos resíduos produzidos
nos municípios associados da AMTRES (Associação
Intermunicipal) visando a sua recuperação ou valorização,
sob formas técnica e economicamente viáveis, sem impactos
psico-sociológicos ou ambientais negativos. O processo de
tratamento a utilizar foi discutido, tendo-se optado, à data,
pela compostagem.
Se tivermos em conta a época desta decisão, a TRATOLIXO
representou uma entidade inovadora com uma competência
diferenciadora na realidade do país na década de 90,
propondo com a compostagem no tratamento e valorização
de resíduos, algo que deve ser evidenciado, a que se somam
as políticas igualmente sustentáveis como a promoção da
separação de resíduos na fonte e no processo de triagem de
resíduos indiferenciados.
Estivemos na primeira linha na valorização de resíduos e
na promoção da recolha seletiva nas áreas geográficas que
nos confinaram. Este é aliás o patamar de competência,
rigor e inovação que queremos continuar e melhorar,
participando nos novos desafios que o PERSU 2020, e da
Economia Circular que nos estimula enquanto orientação e
com objectivos de curto e médio prazo, que se perfilam no
PAPERSU da TRATOLIXO, aprovado pelos Municípios e pela
Tutela.
Qual a presente situação da TRATOLIXO e em que
contexto se encontra após as alterações introduzidas em
2014?
A TRATOLIXO E.I.M. encontra-se numa fase importante de
evolução e afirmação concluindo neste ano 28 anos de
presença estável e segura no setor de resíduos em Portugal.
Atualmente, detendo capital próprio 100 por cento público,
pertença da Associação de Municípios de Cascais, Mafra,
Oeiras e Sintra – AMTRES, representa hoje uma empresa
consistente e tecnologicamente evoluída. Apresenta uma
estrutura operacional muito sólida e competente, e encontra-
se financeiramente equilibrada, após um processo de
reestruturação bem concretizado com a banca em 2014, e já
resolvido, procedendo ao pagamento a todos os fornecedores
e apresentando desde 2015 resultados positivos da sua
atividade, ultrapassado que foi um período difícil no passado,
mas que foi objecto de uma viragem através de uma gestão
João Dias Coelho Presidente do conselho de administração
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 27
tratolixo | reciclagem de resíduos
muito rigorosa e focada no futuro, na sustentabilidade
financeira e ambiental e nas soluções tecnológicas de
referência. De referir o importante apoio dados pelos
Municípios e seus presidentes nesta estratégia.
No ano em que comemoramos 28 anos temos várias razões
para celebrar – o Ecoparque da Abrunheira foi concluído
em todas as vertentes, e iniciámos a exploração das Células
de Confinamento Técnico – uma infraestrutura essencial
que há cerca de 14 anos a TRATOLIXO não dispunha pois
tinha de recorrer a privados para deposição em aterro,
com custos elevadíssimos de transporte e deposição. Hoje
possuímos meios próprios para a deposição do refugo em
aterro, tratando, valorizando ou eliminando mais de 400.000
toneladas ano. Na CDA da Abrunheira produzimos mais de 20
Gwh em energia renovável.
A ETAL da Abrunheira, dotada de tratamento terciário,
é uma referência no tratamento de efluentes, e permite
a recuperação de elevada percentagem de lixiviado. O
novo Ecocentro para receção de materiais recicláveis,
recentemente inaugurado, ao serviço das populações de
Mafra, é o terceiro neste âmbito e um forte contributo para
a sustentabilidade ambiental e para atingir as metas do
sistema.
No Ecoparque de Trajouce iniciámos outro ciclo de renovação
– vamos começar a construção da Central de Triagem de
embalagens de Trajouce - serviço que subcontratamos
durante 10 anos – e que foi objeto de co-financiamento
comunitário em 85 por cento. Pretendemos igualmente
requalificar a nossa Central de Tratamento Mecânico (TM)
para os resíduos indiferenciados, e recuperação dos meteriais
recicláveis e valorizáveis, atendendo a que possuímos uma
unidade com 26 anos de laboração, pelo que urge dotar com
as melhores tecnologias de modo a aumentar a recuperação
e a qualidade dos produtos e, deste modo, cumprir (e
até ultrapassar) as exigentes metas estipuladas para o
sistema no PERSU 2020, contribuindo para o todo nacional
e correspondendo à nova Diretiva da Economia Circular e
perspetivas para 2030.
A TRATOLIXO representa hoje uma empresa fiável, totalmente
certificada, comprometida com o rigor e numa política de
transparência perante o cidadão e as entidades reguladoras
e licenciadoras, parceira dos Municípios que dela fazem
parte e com uma riqueza muito forte na qualidade dos seus
colaboradores, pois é no capital humano que possuímos que
a qualidade do serviço prestado se faz sentir, e receber hoje
um reconhecimento das populações e dos nossos parceiros
de negócio, fruto, igualmente das mudanças e de uma nova
visão solidária, consciente e sustentável que implementados
em equipa.
Quais os principais desafios que ainda estão pela frente
da TRATOLIXO no quadro nacional?
Na verdade, os desafios de hoje são complexos e integram-
se numa visão nova de um setor em mudança e carente
de inovação e criação de valor. Pretendemos que a nossa
atividade seja sustentável do ponto de vista do seu modelo
de negócio. Ou seja, que a nível económico e ambiental
corresponda aos objetivos dos Municípios do nosso Sistema
(AMTRES) e colabore no todo nacional.
Temos hoje a ambição de evoluir para soluções tecnológicas
de futuro que contribuam para um modelo técnico completo
e financeiramente mais sustentável, promovendo a economia
circular, garantindo a eficiência da utilização de recursos.
Para tal há necessidade absoluta de uma política nacional
de resíduos clara, não só do ponto de vista dos incentivos
financeiros que são necessários, mas também do
enquadramento legislativo coerente e estável que permita o
desenvolvimento de um modelo de negócio sustentado, sem
permanentes oscilações, como tem sido o caso do SIGRE
(Sistema Integrado de Gestão de Embalagens) com uma
concorrência saudável para melhorar a atividade do setor no
âmbito dos Sistemas de Gestão de Resíduos (SGRU) em que
os valores de contrapartida não sejam objeto de sucessivas
alterações e reduções, e em que haja uma aposta mais
forte na aplicação dos fundos comunitários disponíveis no
28 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reciclagem de resíduos| tratolixo
POSEUR na remodelação e modernização do setor, público e
privado, para corresponder aos investimentos necessários
e já programados. Após mais de um ano de suspensão
de pagamentos de fundos, há necessidade absoluta de
recuperar tempo perdido e de um maior investimento
produtivo com soluções para a atividades dos TMB’s
existentes e sua ‘fração resto’.
Mas esse objetivo é único para a TRATOLIXO ou para
todo o setor?
As soluções que reivindicamos para o setor dos resíduos
são, em grande parte, comuns aos sistemas de tratamento
intermunicipais existentes no país, em particular os
que apresentam sistemas de tratamento biológico e de
compostagem como o nosso.
Mas no nosso caso, é desejável é que seja reconhecido
não apenas o nosso papel, metas e resultados obtidos, mas
também ao nível do desempenho e o resultado obtido por
estruturas públicas que, como a TRATOLIXO, - são hoje
gerida empresarialmente num modelo equivalente ao de uma
empresa privada - e possuem enorme dimensão no país.
Temos presente a preocupação com a qualidade de vida
dos cidadãos e qualidade ambiental – nisto temos um
alcance que supera muitas das empresas privadas no setor,
inclusive que estão associados a modelos técnicos diferentes
e nem sempre perfeitos na realidade atual.
Para dar uma ideia, entre os quatro concelhos que
abrangemos na nossa atividade diária temos um impacto
positivo na vida de mais de 850.000 mil pessoas.
Recebemos cerca de 1.200 toneladas de resíduos urbanos
entregues diariamente pelos serviços municipais de recolha
(ou empresas municipais) a que temos de dar devido
tratamento ou encaminhamento para destino final. A aposta
na recolha seletiva e na sensibilização das populações
para o efeito é um desafio em que estamos empenhados.
Desde já teremos em breve uma nova Central de Triagem
para embalagens e papel/cartão dos fluxos recicláveis, no
Ecoparque de Trajouce em modernização.
Como tal, o nosso desafio maior é responder, continuamente,
a este vasto universo de entidades e pessoas, a cujas
preocupações respondemos não apenas resolvendo
a questão primária do dia-a-dia que se prende com o
tratamento dos resíduos urbanos mas, também e de forma
prospetiva, ajudando a formar mentalidades e a gerar
comportamentos que de acordo com as melhores práticas
ambientais façam com que o futuro seja de acordo com
aquilo que, na nossa opinião, todos pretendemos de forma
consensual criar. Ou seja, que os nossos concelhos, o nosso
país e o nosso planeta sejam sítio melhores para as gerações
futuras e que, quem venha depois de nós, olhe para trás e se
reconheça no trabalho feito por quem os antecedeu.
INFOTelEspanha.:(+34) 983208011
TelEspanha.:(+34) 983208011TelPortugal.:(+351) 962 216 559 e-mail: socamex@socamex.com
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32 REVISTA BUSINESS PORTUGAL32 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Presente no mercado há 42 anos, a Hidurbe Serviços é uma empresa multisserviços, com sede na Maia e integrada no grupo Somague Ambiente. A marca investe na qualidade e inovação contínua dos seus serviços. Em conversa com a Revista Business Portugal, Rui Neves, presidente do Conselho de Administração, explica a importância da economia circular no setor.
“uma emPresa multi-serviços”
A Hidurbe nasceu em 1975. Porém, passados 42 anos,
não estamos exatamente perante a mesma empresa. O
que mudou?
A Hidurbe dos anos 70 estava ligada à área da hidráulica
urbana com o objetivo de dar resposta a alguns dos
problemas que se antecipavam no nosso país, como projetos
de hidráulica de larga escala, resultando num grande êxito a
nível nacional até finais da década de 80.
Em 1993, a empresa sofre a sua primeira grande
transformação, concentrando-se exclusivamente na gestão
de resíduos. Atenta ao mercado, previu o encerramento
das lixeiras existentes no país e a necessidade de existirem
soluções de confinamento técnico adequadas a esses
mesmos resíduos.
Desde então e até 2016, a Hidurbe atuou na área do
tratamento, recolha de resíduos e limpeza urbana, tendo
conquistado uma carteira de clientes emblemáticos.
Como por exemplo?
A operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da
Meia Serra (Madeira) e a operação da Central de Valorização
Orgânica da Lipor (Baguim do Monte). Este último exemplifica
um excelente projeto de reciclagem, cujo processo se inicia
através de uma recolha seletiva de resíduos orgânicos,
e após um processo técnico de tratamento resulta num
composto orgânico de elevada qualidade, respeitando as
mais exigentes normas europeias, para utilização quer em
agricultura tradicional, quer em agricultura biológica.
Estamos, portanto, perante um novo posicionamento da
marca…
Pode dizer-se que sim. Este ano, a denominação social da
empresa alterou-se de ‘Hidurbe - Gestão de Resíduos’ para
‘Hidurbe Serviços’, espelhando o novo posicionamento da
marca. Para nós, a inovação e o crescimento são claros
quando podemos dar respostas mais especializadas,
Valorização de Resíduos - LIPOR
reciclagem de resíduos| hidurbe serviços
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 33
Valorização de Resíduos - LIPOR
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 33
Rui Neves Presidente do Conselho de Administração
fornecendo tecnologias e soluções próximas
de um conceito Smart Cities. Não podíamos
ser especializados numa só área, devíamos
estar vocacionados para dar resposta a
numa diversidade de necessidades, onde a
cidade e as pessoas podem ter uma solução
integrada num único fornecedor, que se
traduz em ganhos de eficiência para os
clientes.
Que tipo de soluções?
As respostas aos diferentes setores
de atividade abrangem as seguintes
áreas: valorização e tratamento de
resíduos, recolha de resíduos e limpeza
urbana, soluções de gestão em todo o
ciclo de água, manutenção de espaços
verdes, jardins e florestas, exploração
de infraestruturas viárias e ambientais,
manutenção industrial e gestão técnica
de edifícios, serviços energéticos,
mobilidade e parqueamento urbano,
cadastro e cartografia, cuidados de saúde
e dependência à terceira idade.
Mas a Hidurbe não está sozinha…
A Hidurbe é detentora de um know-
how interno altamente qualificado que,
complementado com o conhecimento
disponível no grupo internacional a que
pertence, a VALORIZA, S.A., permite-lhe
responder às necessidades dos seus
clientes. Contudo, este posicionamento não
invalida que em todos os projetos analise
potenciais parcerias. O exemplo mais recente
é a parceria estabelecida com a Universidade
do Porto, através da qual realizará planos
municipais de emergência e planos especiais
para proteção civil para um conjunto de
municípios no Alentejo.
Quais as maiores dificuldades sentidas
no setor atualmente?
Hoje em dia, esta atividade sofre de várias
vicissitudes que não permitem demonstrar
a elevada importância que a recolha de
resíduos representa em valor acrescentado
para a economia nacional. Por um lado,
temos um enquadramento da legislação
ambiental e de resíduos ainda desatualizado
que impede uma melhor transição de uma
economia linear para uma economia circular.
Por outro, temos um paradigma entre a
recolha e o tratamento de resíduos que está
invertido e que dificilmente nos permitirá
cumprir as metas, como um todo, que
estabelecemos nacionalmente com a União
Europeia para 2020 e 2030, quer para a
reciclagem quer para desvios de resíduos a
aterro.
O que seria, então, necessário para
cumprirmos essas metas?
O cumprimento de metas não é possível
sem a participação de todos os agentes,
pelo que é importante investir na educação e
sensibilização dos cidadãos para a redução
da produção de resíduos e reciclagem,
procedendo à intensificação da recolha
seletiva porta-a-porta em detrimento
da recolha indiferenciada. Para isso, é
necessária uma alteração no desempenho
de todos, como por exemplo os decisores
políticos que deveriam promover e definir
uma estratégia ambiental junto dos cidadãos,
em vez de serem instrumentos de ‘ataque’
político, como se verificou em alguns debates
autárquicos nas recentes eleições.
É necessário começar por mudar
mentalidades, é isso?
Sim, sobretudo isso. O processo de
sensibilização tem como objetivo a mudança
de comportamento de todos os cidadãos,
permitindo uma maior consciência ambiental
e económica, o incremento do tecido
económico e social local, bem como a
introdução de um sistema PAYT (Pay as
hidurbe serviços | reciclagem de resíduos
34 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
You Throw). A recolha seletiva porta-a-porta, ou outra de proximidade, é
uma das medidas que deveria ser implementada em todos os Municípios
deste País.
A lógica PAYT, ou seja, pagar pelo que se produz, tem tudo para
resultar?
Em Portugal existem cidades onde a recolha seletiva é elevada e estão a ser
dados os primeiros passos para a colocação em prática deste sistema, tais
como Maia, Cascais e Guimarães. A mensagem que o sistema PAYT pretende
passar é a de que se incentivarmos as pessoas a produzir menos resíduos e
a reciclar, conseguiremos reduzir o lixo indiferenciado na rua. Tudo o resto é
aproveitável.
Tal traz também vantagens económicas para todos.
Sim. Com este sistema, é possível mudar o atual modelo ‘cego’ de cobrança
através da fatura da água, pagando apenas o custo daquilo que não se é
capaz de reciclar. Aí vamos certamente pagar menos, individualmente e
globalmente, porque o reaproveitamento do resíduo de qualidade permite à
indústria receber uma matéria-prima que antes era vista como lixo.
E a nível mais empresarial?
Igualmente importante é a promoção do setor sobre a qualidade desta
matéria-prima junto das empresas de outras indústrias para que seja
introduzida nos seus processos produtivos e desta forma se incentive a
economia circular.
A Hidurbe Serviços vai participar na próxima edição das JTIR. Qual o
objetivo desta participação?
A participação na 10ª edição das Jornadas Técnicas Internacionais de
Resíduos (JTIR), organizada pela Associação Portuguesa de Engenharia
Sanitária e Ambiental (APESB), permite dar a conhecer a Hidurbe junto
dos seus participantes: autarquias, decisores políticos, entidades gestoras,
universidades, organismos de investigação, etc. O nosso objetivo é não só
dar a conhecer a marca, mas também o conceito e o novo posicionamento.
A Hidurbe já não é apenas uma empresa de gestão de resíduos, é uma
empresa global de multisserviços!
Quais os desafios a que a Hidurbe se propõe atualmente?
Investir na inovação das suas áreas de atividade é um dos desafios que nos
colocamos diariamente. Desta forma, pretendemos realizar investimentos
para a diminuição dos consumos energéticos, nos nossos processos
produtivos e na oferta aos cidadãos e clientes. Ambicionamos, ainda, investir
em sistemas de informação inteligentes que, quanto mais inteligentes e
rápidos, mais facilmente nos permitem oferecer soluções ambientalmente
mais responsáveis.
E quais os planos futuros para a marca?
Acima de tudo, pretendemos continuar a crescer no mercado nacional em
todos os setores de atividade, e visamos intensificar a aposta na economia
circular, nomeadamente numa maior participação do setor dos resíduos e
da água e na estruturação das políticas públicas associadas à economia
circular. É ainda objetivo da Hidurbe Serviços superar-se a si própria
constantemente, e estar sempre próxima dos seus clientes e dar resposta às
suas necessidades.
Água - ETAR de Barcelos
Espaços Verdes - Fundação Calouste Gulbenkian
Estacionamento regulado - Tavira
reciclagem de resíduos| hidurbe serviços
36 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reciclagem de resíduos| resitul
Sediada na Venda do Pinheiro, a empresa Resitul, Equipamentos, Serviços e Tecnologias Ambientais, Lda, foi criada em Janeiro de 2006 e conta já com 11 anos de presença no mercado nacional. António Bento e Sónia Santos, Diretores da empresa, falaram-nos sobre este setor.
inovar com qualidade
A empresa faz parte do grupo internacional Terberg Ros Roca,
sinónimo de soluções para equipamentos inovadores, de
alta qualidade, robustez e fiabilidade, fabricados de acordo
com os standards mais exigentes e utilizando algumas das
mais avançadas tecnologias e componentes disponíveis
atualmente nas fábricas de toda a Europa.
Os produtos deste grupo e da Resitul respetivamente, estão
dedicados ao sector da recolha e gestão de resíduos em todo
o mundo. As provas rigorosas, o cuidado com o desenho e
as técnicas de produção de excelência mundial garantem
produtos de alta qualidade de acordo com o compromisso da
sua marca.
A Terberg RosRoca, com mais de 140 anos de experiência
nesta área, possui diversas divisões operativas no Reino
Unido, Alemanha, Espanha, Portugal, Bélgica, França, Países
Baixos, Polónia e Estados Unidos, apoiados por uma ampla
e crescente rede de distribuidores em todo o mundo. Possui
fábricas de produção em Inglaterra, Espanha, Holanda e
Estados Unidos colocando assim a internacionalização ao
serviço dos resíduos sólidos urbanos.
António Bento explica que a empresa é “especializada em toda a cadeia de
resíduos sólidos urbanos, ou seja, nos meios de deposição, nos equipamentos
de recolha e no tratamento de resíduos, apresentando assim soluções para
todas as exigências do mercado. A parte da recolha e transporte é uma
atividade muito importante no sector dos resíduos”.
Em Portugal, a atividade exercida pela Resitul é primordialmente no
fornecimento de tecnologia, neste caso de equipamentos para fazer a recolha
de resíduos produzidos: “Aqui em Portugal somos uma empresa que fazemos
a comercialização e a assistência pós-venda desses equipamentos. Damos o
apoio técnico e tecnológico aos nossos clientes”, refere António Bento.
Com uma panóplia de equipamentos como viaturas de recolha de resíduos,
lavagem de contentores, etc, a Resitul possui ainda uma vasta experiência
nos equipamentos de limpeza urbana como sendo varredoras aspiradoras.
São representantes da marca Bucher Municipal e são pioneiros nas
varredoras elétricas e a diesel, de diferentes tipologias e a sua construção é
feita para vários continentes, como Europa, África e América do Sul.
Para a Resitul e para o grupo Terberg Ros Roca, o equipamento ex-libris é o
Olympus, que é “um equipamento de recolha de resíduos sólidos urbanos,
de carga traseira, com um desenho elegante e elevada tecnologia que
oferece uma melhor qualidade e fiabilidade, aplicável nos mais exigentes
sistemas de recolha mundiais”. Este produto
é comercializado em todos os países aonde
estão presentes sendo lideres de mercado na
grande maioria.
Preocupação ambiental no desenvolvimento
de equipamentos
A preocupação a nível ambiental
na construção e adaptação destes
equipamentos esta presente em diversos
níveis, “seja a nível da emissão de gases
como a nível de poluição sonora. Assim, se
possível, valorizamos sempre as energias
menos poluentes como sendo o GNC,
elétricos, sistemas de insonorização, etc”.
Uma das preocupaçõeses é a movimentação
dos camiões que “tradicionalmente são
movimentados a diesel e o ideal era que
fossem elétricos, visto que em viaturas
destas, de grande dimensão, os consumos
sao elevados e a poluição gerada também.
Na nossa fábrica Dennis Eagle, produzimos
chassis cabine rebaixada aplicados a este
segmento e há quatro anos atrás, o grupo
Terberg Ros Roca apresentou o primeiro
protótipo de chassis e superstrutura
totalmente elétrica”, refere Sónia Santos.
A tecnologia está relativamente dominada
contudo ainda não se consegue produzir
a preços competitivos e com autonomia
ajustada as necessidades. No entanto, entre
o diesel e o elétrico já se utiliza outro tipo
de energia menos poluente, o gás natural
comprimido que se implementou em Portugal
há cerca de 8/10 anos e é atualmente
bastante divulgado em Portugal.
Mas a questão ambiental não tem só a ver
com o nível de poluição do ar, mas também
do ruído, a chamada poluição sonora. Uma
vez que estes serviços são maioritariamente
praticados no período nocturno existe uma
preocupação em produzir equipamentos
mais silenciosos: “Neste momento, atingimos
já níveis que eu considero excelentes na
Sónia Santos Diretora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 37
resitul | reciclagem de resíduos
medida em que o equipamento ao fazer a recolha de resíduos
e a fazer a sua compactação, não ultrapassa o ruído emitido
pelo próprio motor da viatura”, explica António Bento.
Evolução dos sistemas de recolha
Nesta área específica, há cerca de 25 anos, este serviço
era prestado exclusivamente a municípios, ou seja, “os
municípios prestavam estes serviços à comunidade,
contudo, dado os custos e limitações que acarretam,
atualmente alguns dos municípios adjudicam estes serviços
a prestadores de serviços especializados neste segmento”.
Hoje em dia, os municípios passaram para a subcontratação
e, cerca de 60 por cento do serviço prestado em Portugal
é desenvolvido por empresas privadas e os restantes
continuam a ser efetuados pelos municípios.
A Resitul apresenta uma grande vantagem relativamente
a outras marcas existentes em Portugal pois os produtos
que comercializa são internacionais, ou seja possuem
características técnicas de elevado nível, são testadas
e aprovadas a nível internacional e aplicadas em países
europeus exigentes como a Alemanha, Bélgica, Inglaterra,
etc. Os produtos são lideres de mercado a nível internacional
e o seu maior foco é acompanhar o cliente na evolução
dos diversos sistemas de recolha ou seja “Com a evolução
do sector dos resíduos, em Portugal e noutros países
europeus, diversos tem sido os sistemas de recolha que
se tem adoptado como solução ideal para aumentar a
recolha seletiva, dedicar a recolha de orgânico, aumentar
a capacidade dos meios de deposição, etc. Contudo
todas estas soluções técnicas necessitam de meios que
garantam uma recolha eficaz e limpa. É neste sentido que
trabalhamos…adaptamos, atualizamos e melhoramos os
nossos equipamentos para garantir que independentemente
do sistema de recolha que o cliente aplique, terá a viatura
Ros Roca ideal”, explica Sónia Santos.
Muitas vezes a maior preocupação no sector de resíduos
em Portugal são os custos associados a aquisição de uma
viatura de resíduos ou a uma varredora contudo existem
fatores técnicos nos equipamentos atuais que podem
representar um maior custo de investimento mas que
se traduzem posteriormente num beneficio, numa forte
redução dos custos de manutenção, maior operacionalidade
e melhor serviço prestado, “ Muitas vezes são adquiridos
equipamentos com base apenas no factor preço contudo,
como país europeu que somos, como pioneiros na
implementação de alguns sistemas de recolha de resíduos
e como sociedade que se preocupa com o ambiente como
é Portugal, devíamos privilegiar os melhores equipamentos
existentes, ou seja, se tivermos viaturas de baixo consumo,
de reduzida emissão sonora, com elevadores de contentores
automáticos, insonorização dos sistemas de compactação,
garantimos um melhor serviço a toda a população,
minimizamos os impactos da recolha, reduzimos tempos de
circuito, aumentamos o conforto e operacionalidade para
os operadores e rentabilizamos totalmente o investimento
realizado”, refere a engenheira.
O fator preço do serviço prestado é também um dos
problemas deste mercado. António Bento explica que
“quando um município entrega uma empresa privada desta
área, os cadernos de encargos normalmente deveriam ser
mais cuidados e não são quanto seria necessário. Assistimos
a cadernos de encargos em que o único fator de escolhe
é o fator preço. Quanto mais baixo for o preço menor é a
qualidade de serviço…se houvesse associado à escolha
outros serviços sem ser o preço, cadernos de encargo
mais estudados e analisados relacionados com a qualidade
de serviço, isto funcionaria muito melhor, no caminho da
qualidade, andamos no patamar do preço”.
A Resitul aposta ainda no ramo da assistência técnica,
possuindo carrinhas oficina móveis que se deslocam as
instalações do cliente, com técnicos especializados e
ferramentas de diagnóstico que permite resolver todos os
problemas localmente. A resposta ao cliente é importante,
principalmente quando se trata deste tipo de viaturas.
“Muitas vezes não temos noção, mas uma viatura destas
parada, porque tem um sensor em falta ou porque tem
uma avaria, custa muito dinheiro ao município/cliente e cria
grande transtorno. Com os tempos de crise que vivemos nos
últimos anos, os municípios não possuem equipamentos de
reserva e quando uma viatura pára isso significa que vão
ficar resíduos na via pública, que os contentores podem
transbordar e podemos criar problemas de saúde publica.
Esta é uma sensibilidade e uma noção que temos sempre
muito presente na Resitul e por isso tentamos prestar
assistência 24 horas por dia e com a maior celeridade
possível”, acrescenta Sónia Santos.
Com a capacidade de resposta, sensibilidade, know-how e
elevada qualidade dos equipamentos e serviços que presta,
a Resitul tem se destacado nos últimos 11 anos e apresenta-
se atualmente como empresa líder de mercado em Portugal.
Sempre atenta às novas atualizações no sector de resíduos,
esta empresa apresenta-se como uma solução atualizada e
sempre junto dos seus clientes.
António Bento e Sónia Santos Diretores
38 REVISTA BUSINESS PORTUGAL38 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Fundada em junho de 2005, a Ambirumo - projetos, inovação e gestão ambiental, Lda nasceu da vontade de dois sócios em investir na área da consultoria em engenharia e gestão ambiental. Manuel Piedade, um dos sócios fundadores da empresa, dá a conhecer os serviços e os projetos da Ambirumo.
“um rumo certo Para um bom ambiente”
Focada em “toda a gama de serviços do ambiente e em particular nos resíduos sólidos”, a Ambirumo desenvolve “estudos, projetos,
fiscalizações e assessorias técnicas para entidades dos setores público e privado”.
Com um forte destaque nos resíduos, têm outras áreas de intervenção como Biogás, CDR (Combustível Derivado de Resíduos), Energia, Águas,
Efluentes e Impactes Ambientais, em que os serviços estão centrados em estudos e projetos “de grande investimento”. É o caso de algumas
das obras emblemáticas que contam com a participação da empresa, como é o caso da central de incineração da Lipor, das unidades de
tratamento mecânico e biológico dos sistemas de Évora e Beja, dos aterros sanitários, dos estudos na área da reciclagem e das centrais de
triagem.
A empresa trabalha para órgãos da Administração Central e Local, empresas públicas e privadas e com o “cliente final” - o público. São vários
os nomes que fazem parte da carteira de clientes da Ambirumo, nomeadamente “APA, ERSAR, CM Matosinhos, LIPOR, AMCAL, Construtora
Abrantina, SPV, UNL, entre outros”.
Para gerir todas as obras que têm a participação da empresa, os serviços funcionam de duas formas distintas. Segundo Manuel Piedade,
“ou dão apoio ao dono da obra no desenvolvimento do projeto e depois na assistência técnica, ou então apoiam muitas vezes em projetos de
conceção e construção, em que estamos ligados a quem faz a oferta”.
Para além da presença no mercado nacional, a Ambirumo pretende mostrar a qualidade dos seus serviços, de uma forma mais limitada mas
inovadora no mercado internacional. Os países africanos têm maior destaque como é o caso de Angola, Argélia e Moçambique.
Reciclar e sensibilizar a população - o Sistema PAYT
Reciclar foi e ainda continua a ser uma
preocupação constante de uma empresa
focada no meio ambiente e na gestão de
resíduos. Sensibilizar as pessoas faz parte
do trabalho da Ambirumo. Esta sensibilização
está a ser feita através de um estudo para a
ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços
de Águas e Resíduos sobre a aplicação e o
funcionamento dos Sistemas PAYT – ‘Pay
As You Throw’, ou seja, pagar aquilo que se
produz. “Este sistema procura traduzir a real
produção das pessoas atendendo àquilo que
são resíduos indiferenciados leva-as, até
por questões financeiras, a ter uma maior
apetência a fazerem a reciclagem, porque
acabam por só pagar aquilo que produzem
de resíduos indiferenciados”, explica
Piedade. O PAYT permite que as pessoas
sejam muito mais seletivas e reutilizem
mais, de modo a ter uma atitude positiva de
prevenção.
Mas que desafios enfrentam? “Penso que
neste momento o grande desafio está
relacionado com metas que Portugal está
obrigado, no que toca a medidas europeias e
da própria estratégia nacional. Ainda há um
percurso muito grande a fazer para atingir
essas metas”, refere.
Modalidades do sistema de PAYT
O sistema PAYT procura apresentar uma
panóplia de modalidades que podem ser
postas em prática. Uma delas consiste na
atribuição de vários contentores às pessoas.
“O pagamento é feito em função do número
de vezes de deposição que cada um de nós
faz”. Também existem sistemas de pesagens
nas viaturas em que é pesado aquilo que
cada um tem. “Há um identificador que
deteta o peso e é devidamente associado
ao cliente”. Mas na maior parte dos casos
existem sacos pré-comprados, em que só
reciclagem de resíduos| ambirumo
Manuel Piedade Sócio-Fundador
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 39REVISTA BUSINESS PORTUGAL 39
se paga consoante os indiferenciados que
se produzem. Manuel Piedade reforça que
aquilo que se pretende “é conseguir que
haja uma retribuição daquilo que a pessoa
efetivamente produz, quer seja maior ou
menor”.
Atualidade do setor
Apesar do setor estar a uma “distância
grande daquilo que potencialmente deveria
ser”, o empresário considera que há uma
evolução notória comparativamente aos anos
90.
Existem duas questões importantes para
resolver: a primeira diz respeito ao aumento
das taxas de reciclagem, para atingir as
metas necessárias e a segunda ao desvio
de resíduos do aterro, “uma obrigação
do efeito de estufa”. Para enfrentar estas
questões é preciso criar sinergias entre os
parceiros, “porque isto requer uma dimensão
e volumes de investimento extremamente
elevados que são difíceis pelos pequenos
sistemas do interior”.
Missão e ambição
A Ambirumo conta com uma equipa de
14 colaboradores jovem, dinâmica e
especializada que quer continuar a apostar
na modernização e na inovação para poder
levar o ambiente ao rumo certo. Mas o
principal objetivo passa por “servir bem o
cliente e dar resposta àquilo que são os
valores do cliente e os valores ambientais”,
afirma Piedade.
A empresa Ambirumo pretende mostrar o
seu valor e importância que foi adquirindo
dentro do mercado para “ter a capacidade de
dar respostas às solicitações futuras”.
ambirumo| reciclagem de resíduos
40 REVISTA BUSINESS PORTUGAL40 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Com o seu início em 1966, a Resopre surge no seio de um grupo industrial como a empresa comercial dedicada à revenda de produtos da marca Janz. Detentora de um vasto leque de projetos e clientes, Inês Janz Rodrigues, administradora, fala com a Revista Business Portugal sobre as áreas de maior destaque da empresa.
a excelência no trabalho
Com os pés no mercado há mais de 50 anos, a Resopre associada a uma
empresa industrial, hoje Grupo Janz, que através do seu fundador Engenheiro
Bruno Janz “criou há 100 anos uma empresa que na altura fazia máquinas e
ferramentas para as oficinas automóveis e depois mais tarde entrou a reparar
os contadores de água que existiam em Portugal”. Posteriormente, a Janz
desenvolveu e produziu o primeiro contador de água português e aí “começou
uma génese industrial tal e qual como hoje existe. Somos fa-bricantes de
contadores de água e contadores de energia”, refere a administradora.
Com o passar de muitos anos de trabalho para o setor autárquico, empresas
municipais e empresas distribuidoras de água, a Resopre decidiu alargar
para outras áreas de negócio no início de 1985. A empresa começou,
para além do desenvolvimento na área da contagem de água, com a
comercialização de parquímetros e equipamentos complementares na área
do estacionamento. Segundo Inês Janz Rodrigues esta área está ligada
ao “fornecimento e à concessão ou gestão de sistemas de tarifários de
estacionamento na via pública”, o que os levou a serem o primeiro operador
privado nos parquímetros em Portugal. Especialista em equipamentos de
gestão de parques de estacionamento on-street e off-street, em software de
gestão de ocupação de lugares e controlo de acessos, esta área, denominada
como Resopark é hoje líder de mercado e uma referência dentro do setor da
mobilidade.
Atualmente centram a sua atividade nas áreas de urbanismo, gestão de água,
ambiente e estacionamento.
Projeto de referência
Para além do estacionamento continuar a ter uma maior preponderância no
mercado, o ambiente “tem crescido e vai crescer agora mais do que nunca”.
Prova disso é o novo projeto de grande dimensão com a SULDOURO -
Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA, “um projeto
de fornecimento e entrega porta a porta de 136 mil contentores de duas
rodas, em dois concelhos do norte: Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira,
em que é o próprio adjudicatário que faz toda essa cadeia de serviços”,
confidencia Inês Janz Rodrigues. A importância do projeto não se esgota
apenas em Portugal mas se reflete também na Europa, visto que é um projeto
de referência neste âmbito.
Ambiente e qualidade de vida
As áreas relacionadas com o Ambiente podem alterar o modo e a qualidade
de vida não só dos residentes mas também daqueles que visitam Portugal.
Na medida em que o país se tornou numa porta de entrada para o turismo,
Inês Janz Rodrigues comenta a importância de o turista querer uma cidade
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rareciclagem de resíduos| resopre
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 41REVISTA BUSINESS PORTUGAL 41
limpa. “Não gosta de ver sujidade, rios poluídos, nem praias
que não sejam limpas”.
Neste sentido, a empresa considera-se um dos agentes que
pode contribuir para melhorar a qualidade de vida e assim
impulsionar a própria economia nacional. “Nós ganhamos
projetos grandes no ambiente e perspetiva-se que a Resopre
possa mudar um pouco a sua presença na área do meio
ambiente, porque entretanto a marca que nós representamos,
Plastic Omnium também tem sido uma referencia neste
setor a nível internacional que sofrido evoluções significativas
no mercado. Todas estas alterações no ciclo da recolha,
distribuição e serviços podem ser uma mais-valia para a
Resopre e também uma evolução do mercado português”,
afirma a administradora.
Competitividade no mercado
Versátil em todas as áreas de negócio que está presente,
a Resopre foca-se em providenciar aos seus clientes um
serviço de excelência oferecendo um portfólio de produtos
e serviços “muito diferentes entre si”, o que considera
“uma vantagem competitiva, porque acabamos por ter
um conhecimento do mercado, dos diferentes players e
dos diferentes tipos de soluções que às vezes, em alguns
momentos, podem surgir. Somos integradores de soluções
e somos capazes de nos adaptarmos às necessidades
específicas dos nossos clientes. São sinergias importantes a
nível do negócio”.
Fruto do trabalho de sucesso realizado pela empresa, a
credibilidade é um ponto de referência face à “maturidade
da própria empresa” que conta com mais de 50 anos de
presença.
PME líder no ano de 2017, a empresa cresce no mercado e
foca-se sempre no futuro e nas oportunidades que o presente
lhe apresenta. “Fazemos sempre o acompanhamento,
manutenção e assistência dos nossos projetos”.
Mas isto não seria possível sem os clientes, como é o caso
das entidades intermunicipais, as autarquias e os privados,
nomeadamente o grupo Jerónimo Martins, a Sonae, o
Continente e o Lidl.
Os valores de uma PME líder
Rigor, eficácia e sustentabilidade são as três palavras
que caracterizam a Resopre. O rigor “porque nos permite
continuar a sermos uma referência”, a eficácia pela oferta e
procura, de modo a “conseguir oferecer e prestar serviços
de qualidade e com competitividade” e sustentabilidade pela
incessante preocupação pelo equilíbrio económico-financeiro
da empresa sem esquecer a adaptação à mudança a que o
mundo de negócios está sujeito, o que acabam por ser “um
desafio constante”.
“Living the future”
Num propósito de inovação, a administradora procura a
eficiência “no sentido da reorganização, ou seja, tentar não
cristalizar”. A primazia pela alta qualidade leva a que haja
um crescimento do trabalho com sustentabilidade, pois há a
“preocupação em fazer mais e melhor”. Para isso, na área
do ambiente pretendem “deixar de ser apenas fornecedor de
equipamentos e ser também prestador de serviços”.
Inês Janz Rodrigues reforça a mensagem que a empresa
quer passar: “living the future”, ou seja, viver o presente mas
trabalhar para o futuro, quer seja “interna ou externamente”.
resopre| reciclagem de resíduos
42 REVISTA BUSINESS PORTUGAL42 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Desde 2001 no mercado português, a Indaver Portugal nasceu para se aliar à empresa mãe localizada na Bélgica. As multinacionais que trabalhavam com a Indaver, a nível internacional nos setores farmacêutico e químico, foram um dos motivos para a empresa iniciar a sua atividade no mercado nacional.
investir com inovação em tecnologia comProvada, “um modo de estar”
São mais de 16 anos que marcam a Indaver Portugal.
Após vários contactos por parte dos clientes para saberem
se tinham atividade no país, viram uma oportunidade
“de ter uma carteira de clientes que no fundo era aquela
que já tínhamos no norte da Europa”. Embora numa
escala mais reduzida, “porque a indústria em Portugal é
pequena comparada com a indústria do norte da Europa”,
conseguiram afirmar a empresa com uma boa carteira de
clientes.
Conceito de Gestão Global de Resíduos
Serviço ‘chave na mão’, é este o conceito de gestão global.
Um serviço completo “em que o cliente tem um interlocutor,
uma pessoa que no fundo é um gestor do projeto que tem
um conhecimento profundo de todas as características e
necessidades daquela empresa”, afirma Sandra Freitas,
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manager Indaver Portugal. Num mesmo setor, cada fábrica
tem a sua própria identidade, uma vez que gerir o mesmo
tipo de resíduos entre duas fábricas não é igual. “A gestão
global é um fato à medida de cada cliente, em que se gere
todos os resíduos daquela empresa, chave na mão”.
A Indaver tem um centro de transferência com instalação em
Abrantes onde faz a gestão dos resíduos, ou seja, os resíduos
são armazenados temporariamente antes de serem enviados
a tratamento final. “Esse tratamento final, dependendo do tipo
de resíduos, pode ser feito nas nossas instalações na Bélgica
ou pode ser feito por empresas nacionais/empresas terceiras
que têm essa capacidade e com quem temos parcerias”,
destaca Sandra Freitas.
Proximidade com os clientes
Tendo em conta o conceito de gestão global defendido pela
empresa, a Indaver aposta num acompanhamento direto aos
clientes. Pelas palavras de Sandra Freitas, “não é possível
gerir resíduos à distância. Tem que haver proximidade com os
clientes”.
Esta proximidade difere de país para país, na medida em que
cada um tem as suas vicissitudes e as suas características
consoante a legislação do país em questão. As empresas não
são iguais, por isso tem de haver uma proximidade.
Acompanhar o cliente em todos os serviços com
soluções inovadoras
A inovação é uma das características da Indaver, não fosse
uma empresa que prima pela qualidade do seu trabalho. Uma
das soluções inovadoras passa pela forma como abordam a
aproximação ao cliente. “Somos muito eficientes, temos uma
gestão muito lean dos serviços que prestamos ao clientes e
reciclagem de resíduos| indaver Portugal
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 43REVISTA BUSINESS PORTUGAL 43
eles sentem isso, por isso é que alargamos muito a nossa carteira de clientes
com quem trabalhamos há muitos anos”, destaca Sandra Freitas.
A Indaver opera sempre numa lógica de melhoria contínua, introduzindo
otimizações “ao nível da logística, ao nível da organização, ao nível da
classificação dos resíduos”. A empresa partilha estas otimizações com os
clientes, estabelecendo relações de ganho mútuo.
Outra das soluções é o core business da empresa. Esta tem instalações
próprias de tratamento de resíduos e só investe em unidades fabris de grande
escala, com tecnologia comprovada mas sempre com uma abordagem
inovadora.
A Indaver tem investido em diversas unidades waste to energy em que os
resíduos são o combustível a partir do qual produz energia. Nesta vertente,
a Indaver discute todos os pormenores do projeto e dos equipamentos
com os fornecedores de tecnologia, o que traz ganhos de eficiência e uma
competitividade maior.
Um caminho para a economia circular
Atualmente, estamos perante uma economia que “tira recursos da natureza,
transforma e deita fora”. Em vez disso, a Indaver identifica-se com uma
economia circular que apresenta soluções em que “o deitar fora passa a ser
reintegrado na economia e é aproveitado”, refere Sandra Freitas.
Uma simbiose perfeita
A Indaver está a desenvolver um projeto no norte de França de uma
instalação que, pelos olhos da empresa, corresponde à economia circular.
O objetivo é construir uma unidade de valorização energética de resíduos
industriais perigosos “muito clorados. Vamos incinerar
esses resíduos, mas não é para produzir energia de
forma tradicional. Vamos sim produzir vapor que vai ser
consumido por uma empresa vizinha, que vai usar esse
vapor diretamente no seu processo”, explica Sandra Freitas.
“Vamos também produzir ácido clorídrico a partir do cloro
presente nos resíduos para posteriormente ser vendido
como matéria-prima para a indústria que geograficamente
está ali mesmo ao lado, ou seja, é uma simbiose perfeita”.
A manager da Indaver Portugal defende
que a gestão de resíduos tem de passar por
todo este processo. “Já não é a reciclagem
tradicional, que claramente tem de continuar
a ser feita, mas este conceito de economia
circular que tem de ter em conta esta
simbiose entre empresas”, afirma Sandra
Freitas.
indaver Portugal| reciclagem de resíduos
44 REVISTA BUSINESS PORTUGAL44 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Tendo como data de fundação o passado ano de 1993, o
mercado espanhol foi fundamental para o crescimento inicial,
contudo devido à proximidade geográfica com Portugal,
a transição para o país vizinho foi relativamente rápida
permitindo a conclusão de um conjunto alargado de projetos.
Com uma vasta experiência no mercado, a Bianna Recycling
cria e entrega um leque variado de soluções para um
tratamento eficaz de uma grande variedade de resíduos.
O crescimento da empresa em Portugal foi notável e como
tal, nesta fase a empresa pretende entrar numa área mais
abrangente de negócio, “principalmente na perspetiva de
serviços para as linhas que temos instaladas. Durante
muitos anos concebemos e instalámos em Portugal um
conjunto bastante alargado de instalações, quase todos os
sistemas multimunicipais neste momento estão equipados
Inserida no setor de fabricação de equipamentos para tratamento de resíduos, a Bianna Recycling é uma empresa multinacional sediada em Espanha. Com a visão de ser empresa de referência no desenho, fabricação e fornecimento de instalações e equipamentos para linhas de tratamento de resíduos sólidos, assim como a sua posterior manutenção, coloca ao alcance dos clientes serviços de engenharia, consultoria, assessoria e manutenção.
Projetar, Fabricar, instalar e manter
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com as nossas soluções, equipamentos, linhas completas
e, neste momento, é uma área importante em Portugal,
a componente de serviços não só ao nível de venda de
peças de reserva como também de assistência técnica”,
refere Hugo Firmino, managing director Portugal.Ajudar os
clientes no desenvolvimento do trabalho do dia a dia, na
manutenção e na operação são alguns dos cuidados da
Bianna Recycling, que tem como principais clientes “todos os
sistemas multimunicipais quer sejam públicos ou privados,
mas também tudo o que sejam clientes ou empresas que
façam a gestão de resíduos.” O pensamento passa também
pela evolução. A industria 4.0 encontra-se na linha de
pensamento dos empresários que veem aqui a “possibilidade
da visualização contínua, automática e a integração entre
aquilo que é a máquina e os sistemas de informação”.
Outra aposta, já colcada em prática, é o desenvolvimento
de aplicações com parceiros que “permitem em vários
graus da hierarquia poder visualizar as variáveis mais
corretas ao segundo. São aplicações em html que possam
ser visualizadas em qualquer parte e em que se consegue
visualizar o estado dos equipamentos”, explica.
A multinacional assenta em três áreas de negócio:
Engenharia, onde se concebe tudo o que sejam soluções
completas e faz todo o acompanhamento de projetos
da unidade de negócios; a Venda de Equipamentos em
separado, quer seja para reutilização ou para clientes da
empresa, e a componente de Serviços que trata de tudo o
que seja pós-venda, intervenções, assistência, manutenção
e formação. Os equipamentos são cuidadosamente
pensados para obter bons rendimentos e são adaptados a
cada necessidade. Apresentam um conjunto alargado de
equipamentos que vão desde separadores balísticos, crivos
rotativos, transportadores, abre sacos, separadores por ar,
entre outros. A produção não é só feita em Espanha mas
também, em caso de necessidade, no Brasil ou Turquia.
“Adaptámos os modelos produtivos a todas as normativas
no sentido de estarmos preparados para crescer na América
Latina e Médio Oriente”, assinala Hugo Firmino. A experiência
é o que diferencia a empresa das demais do setor, em que
a qualidade é notória. “Independentemente da componente
e da dificuldade que se insistiu no mercado nos últimos três
a quatro anos, não foi nossa estratégia baixar a qualidade
no sentido de sermos mais competitivos, foi sim no sentido
de nos tentarmos reestruturar internamente. Aquilo que
poderemos marcar pela diferença é na componente da
qualidade e experiência que temos na implementação de
soluções”, finaliza o managing director Portugal.
reciclagem de resíduos| bianna recycling
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 45REVISTA BUSINESS PORTUGAL 45
Sediado no Porto, o grupo Sotkon atua na área do ambiente e dos resíduos urbanos, com o desenvolvimento, a produção e instalação de contentores enterrados. Líder de mercado na Península Ibérica, tem vários produtos patenteados e que oferecem qualidade e diferenciação quando instalados e utilizados. Os contentores enterrados, para além de permitirem maior da eficiência operacional, contribuem favoravelmente para a estética urbana, uma vez que os materiais ficam debaixo do solo, não interferindo com a organização urbana.
“acreditamos que somos inovadores”
Com capacidade para desenvolver produtos
próprios e já com várias patentes registadas
a nível mundial, o grupo Sotkon está presente
não só no mercado nacional, mas também a
nível internacional, assumindo uma posição
de liderança no mercado ibérico. Para Hélder
Barbosa, CEO da empresa, a simplicidade
na conceção e a eficiência operacional
dos produtos Sotkon são ponto essencial
para o sucesso alcançado. “A SOTKON
é uma empresa que nasceu em 1995,
originalmente em Espanha, e que, mais
tarde, em 2008, foi adquirida por capital
português, dando início a um processo de
expansão internacional, estando atualmente,
presente diretamente em oito países, e
indiretamente em cerca de 30 países.
Os seus quatro principais mercados são
Portugal, Espanha, França e Turquia e, no
nosso país, temos forte presença na área
da grande Lisboa e do Algarve. O nosso
sistema, para além do eixo operacional
tem a parte estética, porque um contentor
enterrado dá um aspeto mais bonito à
cidade, uma higiene urbana diferente.
Para além disso, temos no nosso portefólio
produtos patenteados, desenvolvidos
inteiramente por nós, cujas características
principais são a simplicidade de conceção e
os baixos custos de manutenção. Tentamos
sempre desenvolver soluções simples,
como é exemplo o nosso produto ’estrela‘,
cuja abertura da tampa é efetuada com
amortecedores, similar à abertura da mala
de um automóvel, ao contrário de sistemas
hidráulicos, de maior complexidade e com
maiores custos de manutenção Aliás, menos
custos de manutenção torna o investimento
mais interessante para os nossos clientes.
Temos produtos com 20 anos e continuam
a funcionar, sem problemas. Isso é a nossa
grande diferenciação”, explica o CEO.
Hélder Barbosa CEO
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23 de outubro de 2017 14:51:03
Para além da parte estética que permite
que o contentor fique escondido no subsolo,
o que acaba por ser mais agradável
visualmente, também a maior capacidade
de carga dos mesmos é um atrativo. “A
vantagem dos contentores enterrados
está na maior capacidade e no volume de
resíduos que conseguimos depositar, três
a cinco vezes maior do que os contentores
de superfície. Assim, é possível aumentar a
eficiência da recolha dos resíduos, que passa
a ser processada de forma mais espaçada
no tempo. Se tenho mais capacidade, vou ter
mais intervalo de recolha, menos camiões
na rua, menos poluição, menos recursos,
maior eficiência operacional. Esta é uma
premissa muito valorizada pelos nossos
clientes, os municípios, que cada vez mais
têm necessidade de reduzir custos. Sentimos
no entanto, que também as cidades com
grande afluência turísticas acabam por ter
mais aptidão para investir neste produto, que
é mais caro do que um contentor normal,
como é o caso de várias cidades no Algarve
e mais recentemente, da cidade de Lisboa”,
afirma Hélder Barbosa.
Com um percurso pautado pelo sucesso
e crescimento, o objetivo da Sotkon é
continuar a crescer, com base em soluções
de qualidade e inovadoras. “Temos sido uma
empresa que desenvolve produtos próprios,
acreditamos na inovação e queremos
continuar a desenvolver soluções que
acrescentam valor e possibilitem, no curto e
médio prazo, permitir benefícios efetivos para
o cliente. De 2013 para 2016, duplicamos o
volume de negócios. Temos vindo a crescer
mais de 20 por cento ao ano e é assim
que queremos continuar”, conclui Hélder
Barbosa.
46 REVISTA BUSINESS PORTUGAL46 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Autónoma e independente são duas características da Solim, uma empresa
que se complementa à construção de novas tecnologias na área dos resíduos.
É uma empresa muito antiga nesta área, “que se dedica exatamente à
divulgação e à aplicação destas tecnologias” no nosso país, “nomeadamente
no chamado sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU)”.
Representantes da MOBA
A MOBA (www.moba-automation.es) é uma empresa internacional, com
cerca de 50 anos de atividade no desenvolvimento de plataformas e sistemas
de apoio nas áreas do Ambiente, Agricultura e Construção de Estradas, com
projeção em todos os continentes, principalmente nos Estados Unidos (USA)
e Europa, representada e distribuída em Portugal pela Solim Lda.Na Europa,
tem como principal função o desenvolvimento de plataformas aplicadas
no setor dos resíduos sólidos urbanos, permitindo que as empresas e os
municípios associados à sua plataforma estejam em atualização automática
constante, face aos up-grades provenientes dos laboratórios e gabinetes de
investigação localizados em Frankfurt (Alemanha) e Sabadell (Espanha).
Saliente-se ainda que, atualmente, a Moba produz os componentes principais
do Hardware utilizado, caso do conhecido monitor OPERAND, bem como
de outros componentes como é o caso dos Tag’s utilizados tanto na baixa
como alta frequência, de forma a garantir total e absoluta fiabilidade dos
sistemas, e seus desenvolvimentos futuros.A utilização da plataforma MAWIS,
desenvolvida pela Moba para a área dos resíduos, por parte dos municípios
ou das empresas que têm esta atividade, vai proporcionar a recolha de
dados e todo o tipo de informações necessárias para promover a gestão e a
rentabilização de todos os equipamentos e sistemas na gestão deste setor.
Fundada em 1988, a Solim está atualmente ligada a equipamentos e sistema de gestão para serviços urbanos. Com uma forte evolução na área tecnológica, António Bento, diretor geral, conta como são importantes as tecnologias de ponta no setor dos resíduos.
esPecialista na Produção e aPlicação de tecnologias de Ponta
Esta recolha de informação vai permitir aos municípios uma
gestão mais económica e eficaz na gestão dos meios, e uma
resposta rápida às solicitações da comunidade na limpeza da
sua cidade.
Como se utilizam estas plataformas
As plataformas são geridas por equipamentos que estão
devidamente instalados nas viaturas, tendo como base
um computador embarcado, equipado com o seu ‘display’
como se fosse um ‘tablet’. Todas as informações e dados
recolhidos, são transmitidos através do software instalado,
fluem em permanência para um potente ‘servidor’, para
depois serem comunicadas “para a central e a partir daí
é gerida e coordenada na execução de serviços. Para que
este trabalho seja realizado com sucesso existem diversas
valências relacionadas com o planeamento, a otimização dos
circuitos de recolha e a gestão de todos os serviços, entre
outros, conducentes à sintetização de todos os dados em
relatórios a utilizar pela gestão e organismos de controlo e/ou
reguladores.
Objetivo dos sistemas de gestão
Os sistemas que são utilizados concedem uma utilização
dos meios “de uma forma racional, ou seja, em termos finais
fazem com que se dê uma resposta à população na hora
certa”, realça António Bento. Isto quer dizer que as respostas
devem ser dadas em 24 horas ou num prazo máximo de
48 horas, face às ocorrências verificadas pelos serviços
de limpeza urbana ou transmitidas para o call center dos
serviços, ou por outros meios ao dispor do cidadão.
As viaturas que hoje em dia são utilizadas pelos serviços de
limpeza urbana e que estejam equipadas com este tipo de
tecnologia, vão
permitir através
da plataforma
associada, gerir
de forma racional
todos os meios
disponíveis e
efetuar ‘just on
time’, uma gestão,
fiscalização e
reciclagem de resíduos| solim
António Bento Gerente controlo do serviço, seja este executado
diretamente pelo município ou através de
out-sourcing ou subcontratação pública.A
Moba coloca assim, também em Portugal
ao serviço dos municípios, este tipo de
ferramenta de gestão, que lhes vai permitir
com rigor, efetuar a gestão contratual dos
serviços prestados pelas empresas privadas
do sector.
Conforto e qualidade
Atualmente, os percursos que estão
a ser executados por estes serviços
“estão perfeitamente planeados de forma
antecipada”. Até o próprio motorista quando
está dentro do camião acaba por ter um
conforto bastante maior comparativamente a
alguns anos atrás. “Têm um display que diz
qual é o circuito planeado e se necessário
uma voz off diz o percurso a seguir”.
Smart city
A aplicação destas tecnologias têm como
função principal melhorar as infraestruturas
urbanas. Estas tecnologias de ponta
pretende economizar os custos até 35 por
cento e passam por vários pontos como o
consumo de menos combustível, distância de
condução e manutenção reduzida, redução
de emissão de gases, níveis de ruído mais
baixos, melhor ambiente.
48 REVISTA BUSINESS PORTUGAL48 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
tema | empresa
A SPRAL surge no seio de uma família empresária de Leiria, “dado que tinha
uma outra fábrica na altura da mesma área e com um engenheiro aqui da
região. Inicialmente, começou por ter um estaleiro dessa fábrica e depois
acabaram por construir a atual fábrica em Ílhavo”. Em setembro de 2001,
a fábrica passa a pertencer à família Almeida. É assim que a empresa se
integra no Grupo Mário Almeida e atualmente conta com três administradores:
Nuno Almeida, Mário Almeida e Susana Almeida.
Ao longo dos anos, a SPRAL foi variando os seus diversos produtos e alargou
a escala para todas as áreas de construção. Hoje em dia, contam com uma
gama de serviços ligados à orçamentação, apoio técnico na conceção de
projetos, execução da obra e um serviço pós-venda. “Desde a pré-fabricação
Com sede em Ílhavo, a SPRAL - Sociedade de Pré-Esforçados de Aveiro foi fundada em 1966 com uma história notória no mercado. Nuno Almeida, um dos administradores, conta-nos como a empresa chegou à família Almeida e como vê a atualidade deste setor.
50 anos de dedicação
ligeira como blocos, pavês, lancil, abobadilhas, vigotas,
ripas e perfis, a uma série de produtos mais técnicos com
características térmicas acústicas. Depois temos um outro
setor que é a pré-fabricação pesada, como pavilhões
industriais, mas também fazemos revestimentos de fachadas
de edifícios em centros comerciais”, refere Nuno Almeida.
Em todos os serviços pretendem melhorar e integrar todos os
produtos.
Transporte de material
O transporte de todo o equipamento é disponibilizado por
uma “equipa interna e com formação e aptidão para a
condução de veículos pesados com grua”. Este serviço tem
uma capacidade que pode ir dos 15.000 kg até aos 25.000
kg.
Para não faltar segurança e eficiência nos serviços
prestados aos clientes, a SPRAL garante a disponibilidade
de transportar “elementos pré-fabricados de grandes
dimensões” através de empresas externas.
Obras de destaque
São os clientes e as obras que ganham uma especial atenção
da empresa para garantir que nada falhe. Obras como os
centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa,
foram realizadas pela SPRAL, uma vez que naquela época
não haviam fabricantes de tão grande
dimensão como a fábrica é. Já o antigo
estádio das Antas, a maior obra em blocos
que foi fornecida, marcou de uma forma
especial a empresa.
Alguns dos clientes são a LUSAVOUGA,
Lucios, Lojas Lidl e Construcentro com obras
ligadas à estrutura pré-fabricada, painéis de
fachada e muros de suporte.
Política de qualidade
Com base na evolução tecnológica, a SPRAL
tem como objetivo o primor pela qualidade
e organização. O empenho e dedicação de
todos os colaboradores, o melhoramento
de todos os serviços e produtos disponíveis
e a competitividade no mercado permitem
que haja uma alta qualidade investida no
trabalho.
Existe um controle de qualidade diário
face às peças, especialmente a resistência
dos betões e outras características dos
materiais, que exigem uma marcação CE
dos produtos divulgados no Jornal Oficial
da União Europeia, “mesmo que não seja
obrigatório, algumas peças já têm, bem
como aqueles que são obrigatórios por lei
devido à segurança do edifício”, acrescenta o
administrador.
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reciclagem de resíduos| spral
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 49REVISTA BUSINESS PORTUGAL 49
Parcerias para a reciclagem
A Universidade de Aveiro tem sido uma
das parceiras da SPRAL. Para além da
ajuda que têm facultado à empresa para o
recrutamento de técnicos para estágios, A
UA ainda tem alguns projetos de investigação
com eles, o que acaba “por nos tornar
melhores”.
Está a decorrer um protocolo com a
Universidade de Aveiro. “Tem a haver com
uma candidatura internacional, ligado
diretamente aos fundos europeus”. Um dos
quadros dos fundos europeus é português
e quem está presente é a Universidade de
Aveiro, a SPRAL, a Navigator Company e a
Mega Via.
A investigação que conta com a parceria
da UA tem como tema central a economia
circular. Nuno Almeida explica que vão
“introduzir no nosso processo produtivo
resíduos de produção e estudar a viabilidade
dessa situação, porque são resíduos que a
produção tem que lhe dar destino e querem
encontrar esse destino onde eles possam
ser valorizados”. A Universidade vai fazer
parte da investigação a nível laboratorial
nos primeiros testes de incorporação da
produção de betão e posteriormente a SPRAL
vai realizar um ensaio real de uma fração de
um pequeno edifício. O seu comportamento
irá ser monitorizado com uma previsão de
dois anos de monitorização.
Um novo projeto entre mãos com a UA,
que foi objeto de candidatura ao quadro
comunitário, está ligado a uma investigação
relacionada com as casas modelares, ou
seja, “queremos desenvolver uma solução
modelar de habitação com os nossos
produtos mas de forma modelar, como se
fosse um lego”, refere Nuno Almeida. O
objetivo é fazer uma casa de uma forma
muito mais económica e estandardizada.
Para este projeto se concretizar é necessário
enfrentar algumas restrições arquitetónicas e
encontrar uma solução eficaz.
Problemas no mercado de pré-esforçados
O mercado tem sido inconstante e “este foi
dos setores que mais sofreu com a crise
até à data”. Para melhorar estes problemas,
Nuno Almeida considera relevante o apoio do
Estado para os interesses das empresas.
Apesar do crescimento gradual, há um
problema que vai afetar o setor nos próximos
anos, a falta de mão de obra, principalmente qualificada e
mais exigente. “É preciso formação adequada para fazer
esta produção”.
Outro entrave colocado no setor é a exportação dos
produtos, “mais os pré-ligeiros”, mas a SPRAL acaba por
estar, de forma gradual, presente em França e em Cabo
Verde. “Os custos logísticos são muito grandes, porque os
produtos são muito pesados”, afirma Nuno Almeida.
O balanço de uma PME líder
Atualmente com mais de uma centena de colaboradores,
a empresa celebra um marco importante: os 50 anos de
história com uma competitividade no setor localizada mais
na parte norte do país.
Na perspetiva do administrador, o aniversário foi o
momento ideal para refletir nos pontos positivos e menos
positivos que aconteceram. “É fundamental percebermos
que isto só é possível porque temos uma qualidade de
colaboradores que fazem esta casa mexer. Hoje considero
que tenho uma equipa de colaboradores excecional”. O
nosso interlocutor revela ainda que o mercado permite que
haja um crescimento na pré-fabricação pesada de betão
pronto, mas relativamente à fabricação ligeira “não há a
possibilidade de crescer muito mais”, mas sim fazer um acompanhamento na
evolução do mercado.
É de forma sustentável que têm a missão de progredir, tendo alguma
moderação perante as crises.
Distinção no mercado
Adaptação e solução de problemas. É este o segredo para uma empresa
de sucesso que tem esta capacidade técnica e de qualidade elevada. Para
solucionar o problema consideram necessário olhar para ele e “ajudar a
tentar resolver o mais rápido possível”, finaliza Nuno Almeida.
spral| reciclagem de resíduos
50 REVISTA BUSINESS PORTUGAL50 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
As atividades abrangem áreas tão distintas
como resíduos, energia, mar, espaços verdes ou
biodiversidade e contemplam todos os ciclos de
ensino, desde o pré-escolar.
Os numerosos e diversificados espaços verdes
e parques de Cascais são ideais para todo o tipo
de atividades ao ar livre, ao mesmo tempo que
prestam valiosos serviços ambientais, culturais e
económicos para a população.
A 11 de novembro de 2005, por decisão da Câmara Municipal de Cascais, a EMAC - Empresa de Ambiente de Cascais, E.M. inicia a sua atividade, tendo como missão responder às necessidades de limpeza urbana dos cerca de 205 mil residentes, trabalhadores e visitantes do concelho. Visando otimizar os recursos existentes e acelerar a criação de valor, a empresa principia funções em tempo recorde.
“o ambiente começa em nós”
reciclagem de resíduos| cascais ambiente e painhas sa
A Empresa Municipal de Ambiente pretende ser uma
referência no setor, a nível nacional, atuando com eficácia
e elevado sentido de serviço à comunidade, próxima da
população, eficaz, reduzindo custos e gerando novas fontes
de receita.
Para além dos serviços de limpeza urbana e recolha de
resíduos com que iniciou a sua atividade, a Cascais Ambiente
é também responsável pela gestão de espaços públicos
verdes urbanos, de jogo e recreio do concelho. Após absorver
as agências municipais Cascais Atlântico e Cascais Natura,
alargou as suas competências à gestão dos recursos naturais
e da orla costeira. O seu trabalho inclui ainda a promoção
e realização de atividades destinadas à preservação,
qualificação e valorização do ambiente, à educação ambiental
e ao conhecimento. Para a Câmara Municipal de Cascais,
a prestação de serviços na área da limpeza urbana e da
correta gestão dos resíduos é fundamental para alcançar
o desenvolvimento sustentável e garantir o bem-estar e a
qualidade de vida dos munícipes. Consciente do seu papel na
defesa do ambiente e na melhoria da qualidade de vida dos
seus munícipes, a Câmara Municipal de Cascais desenvolve
anualmente um Programa de Sensibilização Ambiental,
disponibilizando inúmeras atividades, teóricas e práticas
destinadas às escolas do concelho.
Luís Capão Administrador
Helena Painhas Administradora
Com mais de 35 anos de experiência, a PAINHAS SA foi fundada em 1980 em Viana do Castelo, contando atualmente com mais de 2000 colaboradores diretos e indiretos.
desde 1980
A empresa de Viana do Castelo opera em infraestruturas na área
da energia e a sua história conta também com vasta experiência
na área das telecomunicações.
São já uma referência no mercado da produção, distribuição,
transmissão de energia e instalações elétricas. Têm como
objetivo a continuidade da projeção da marca para mercados
internacionais não esquecendo as suas origens.
A PAINHAS SA nasce em Portugal, cresce e evolui, solidificando
o seu know-how diariamente com a dedicação de quem quer
fazer mais e melhor. Constituída por equipas de profissionais
altamente especializados, a história da empresa cresce com
a profissionalização dos seus serviços e reconhecimentos dos
seus clientes.
A PAINHAS SA opera em Angola, em parceria com o Grupo
Omatapalo. Dessa fusão surgiu a PA OMATAPALO. O trabalho
tem sido realizado em parceria constante, numa lógica de
empenho e experiência dos colaboradores de Angola e de
Portugal, sempre com formação específica nas diferentes áreas
de atuação. O futuro cria-se com a solidez de um presente que é
feito de escolhas, dedicação e trabalho. Angola é uma referência
para a empresa e seu crescimento sustentável.
O retorno positivo dos seus clientes e parceiros leva a empresa
a querer evoluir, a marcar presença com a sua imagem de
tradição e experiência, ao mesmo tempo com um sentido de
expansão para outros países, outras realidades. A sucursal em
França, criada em 2015, é o resultado evidente da clara aposta
no projeto de internacionalização europeu que conta já com
experiências comprovadas em França e na Alemanha.
A empresaapresenta-se hoje como um prestador de serviços de
referência na construção, manutenção e gestão de operações
em toda a cadeia de valor do setor de energia, desenvolvendo a
sua atividade nas áreas de produção, transporte, distribuição e
manutenção de redes e infraestruturas.
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