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Dissertação sobre campesinato ateniense escrita por Gabriel Melo
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Campesinato e Mercado na Atenas Clssica (sculos V-IV a.C)
Gabriel da Silva Melo (NIEP Pr-K UFF)
Desde o sculo XIX, momento em que a Economia se (auto-) firmou como
cincia, a necessidade de explicar os antecedentes econmicos do capitalismo surgiu
com um duplo carter: por um lado construir um corpo de conhecimento
suficientemente amplo para a cincia que ento havia nascido, por outro este nem
sempre de maneira consciente fazer a apologia do sistema poltico, econmico,
cultural e social que a cincia econmica supunha explicar, muito embora fosse mais
adequada apenas para gerencia-lo: o capitalismo, principalmente com os contornos
atingidos atravs da revoluo industrial.
A querela entre primitivistas aqueles que viam a Economia Antiga como um
aspecto secundrio das sociedades antigas, com caractersticas rudimentares, primitivas,
se comparadas s da moderna economia capitalista e modernistas que, pelo
contrrio, acreditavam que a Economia Antiga, guardadas as bvias propores
quantitativas, por conta, principalmente, das diferenas demogrficas, jogavam um
papel fundamental nessas sociedades, equiparvel, portanto quele da economia
moderna comea a tomar corpo justamente no fim do sculo XIX, atravs dos
trabalhos de Karl Bcher e Eduard Meyer, respectivamente; e de seus continuadores.
(cf. BRESSON, 2007; CARTLEDGE, 1983). Essas disputas, que tinham como campo a
Grcia Antiga, estavam baseadas, apesar da aparente oposio diametral, nos mesmos
pressupostos tericos, pensados na e para a nascente economia moderna, capitalista,
pelos, ento filsofos que foram a base das Economias Clssica e Neo-Clssica: Adam
Smith e Ricardo. As consideraes feitas por esses autores (os quais, posteriormente,
Karl Marx viria criticar), que se confundiam ainda entre um pensamento econmico
proto-cientfico e tratados de moral burguesa, foram estendidas, inescrupulosamente,
para situaes histricas muito anteriores no caso, a Grcia Antiga. Seja para negar a
existncia de uma economia moderna na antiguidade clssica, seja para afirma-la, os
primeiros protagonistas dessa disputa partiram de um mesmo arcabouo terico que, no
limite, julgava natural que os homens agissem, desde sempre, da maneira como agiam
nessa Europa que testemunha a imposio do capitalismo como modo-de-produo
universal. (cf. MELO, 2010; WOOD, 2003).
Pode-se dizer que um bom balano da histria da Histria Econmica da Grcia
Antiga, hoje, conta, necessariamente, com a presena de Smith, Ricardo, Malthus,
Bcher, Meyer, Weber, Hasebroek, Finley, Polanyi, North e os Neo-Institucionalistas.
Se for um balano muito completo, como o de Alain Bresson, por exemplo, incluir
ainda a influncia dos primeiros institucionalistas, a partir dos quais o prprio Weber
desenvolveu suas idias, contar com a presena de alguns modernistas e,
provavelmente, citar Austin &Vidal-Naquet como uma referncia importante na
sistematizao das idias acerca da Economia Antiga que estavam presentes at os anos
70 (cf. BRESSON, 2007; AUSTIN & VIDAL-NAQUET, 1977). O marxismo
ausncia certa. E quando no , como de fato no o no manual de Bresson, j tantas
vezes referido aqui, L conomie de la Grce des cits, composto por 2 volumes,
apresentado de maneira caricatural, denotando o desconhecimento no apenas do autor,
mas de toda uma rea da historiografia contempornea, acerca de to importante
filsofo. A superao dos debates seculares no pode ser realizada a menos que se
corrija a injustia histrica, pautada exclusivamente por preferncias e preconceitos
ideolgicos e se recoloque no debate as idias to influentes de Marx e Engels que
foram, e continuam sendo, relegadas discusso interna entre aqueles que as tomam
para si como sendo de fundamental importncia para a explicao do desenvolvimento
das sociedades ao longo da Histria.
O regime das pleis gregas se estendeu de maneira espetacular no espao e no
tempo. Os nmeros variam em torno do milhar de Estados e anos. As evidncias
apontam, portanto, para alm da coincidncia histrica. Um modelo de Estado que dura
um milnio e tem por volta de mil exemplares certamente conta com uma
heterogeneidade bastante elevada; multiplicidade essa que, na maioria dos casos, pode
ser acessada apenas atravs de documentao arqueolgica limitada, em boa parte deles
permitindo apenas afirmar: Aqui houve uma plis, mas nada saberemos a respeito
dela.. O caso ateniense , ao lado do de Esparta, o mais bem documentado e muitas
vezes uma Histria da Grcia Antiga se confunde, na historiografia, com uma Histria
de Atenas. Tambm no mera coincidncia, pois Atenas foi a responsvel por
hegemonizar todo o mar Egeu durante o perodo clssico, construindo um imprio no
sculo V a.C, uma verdadeira talassocracia consumada com vitria sobre os persas nas
Guerras Mdicas, no primeiro quartel do sculo e posta prova novamente na Guerra
do Peloponeso, segunda metade do sculo (cf. CECCARELLI, 1993).
Compreender a existncia da democracia ateniense compreender o seu
processo de formao. O processo de formao da democracia ateniense
desenvolvimento ulterior do processo de formao e constituio das pleis, iniciado
em meados do sculo VIII a.C na Grcia.
David Tandy, em Warriors into Traders (TANDY, 1997), atravs de uma
anlise dos poemas homricos e hesidicos, o autor, um polanyiano convicto, tenta
explicar a transformao de uma sociedade regida pela lgica do dom e contra-dom (a
Grcia da chamada Idade das Trevas, sculos X-IX, mais ou menos) em uma
sociedade na qual o mercado tem um papel fundamental (a Grcia Clssica, sculos V-
IV). O perodo arcaico, que vai de meados do sculo VIII ao sculo VI, encarado pelo
autor como o turning point, a situao histrica que contm a chave explicativa para a
transformao de uma sociedade. Tandy d conta dos processos de luta de classes que
se desenvolvem a partir da queda dos palcios micnicos, demonstrando como o vcuo
de um poder central foi importante para o estabelecimento de disputas entre
aristocracias locais que acabaram dando forma a uma economia baseada em sistemas
redistributivos, caracterstica do perodo arcaico. A partir desse quadro, com o contato
externo crescente das comunidades gregas da Idade das Trevas com outras populaes,
gregas ou brbaras, a luta pelo estabelecimento das aristocracias e a necessidade de
demonstrao de diferenciao social deram brecha para que novas formas de riqueza
penetrassem nessas comunidades anteriormente mais ou menos isoladas umas das
outras. A penetrao dessa riqueza, segundo o autor, cria novas necessidades para a
continuidade da reproduo social dessas aristocracias, que, j mais estabelecidas no
perodo arcaico, passam a se desresponsabilizar da redistribuio, levando a uma
situao de deflagrada luta de classes entre os camponeses, cada vez mais
empobrecidos, submetidos aristocracia desobrigada com a comunidade e, portanto,
insatisfeitos e incapazes, inclusive, de se reproduzirem enquanto classe. Determinados
grupos de pessoas, bastante heterogneos com grande envolvimento de egressos do
seio aristocrtico passam, ento a se dedicar s atividades mercantis, e a viver nas
franjas desse sistema, sendo responsveis pela circulao da riqueza que, agora, em vez
da exclusividade do status que vigia at ento, configura a posio aristocrtica como
superior nessa sociedade. Apesar de a explicao conter uma lgica interna bem
elaborada, Tandy incorre nos mesmos problemas da maioria dos substantivistas: ele
descreve o processo, mas no o explica. As perguntas respondidas sempre comeam
com como e no com por que.
Ellen Meiksins Wood, em seu Peasant-Citizen & Slave dialoga com outro
importante autor marxista, G. E. M. de Ste. Croix. Do embate desses dois autores
emerge a imagem de uma sociedade grega clssica como uma sociedade que vive sob
um regime campons. Atravs dos processos de lutas de classes, camponeses impe,
historicamente, aristocracia, uma derrota traduzida institucionalmente nas leis de
Slon e, posteriormente Clstenes que vai marcar toda a vida da democracia ateniense
nos sculos V e IV. Camponeses e aristocratas passam a compartilhar o mesmo status, o
de cidados, configurando, igualitariamente, o corpo que decide os destinos da plis.
(cf. WOOD, 1988; STE CROIX, 1981). na considerao dessa situao histrica que
deveriam se desenvolver todas as discusses acerca da produo e circulao de
mercadorias no perodo clssico, mas as abordagens atualmente hegemnicas na
historiografia muitas vezes desconsideram que os homens so, na realidade, os homens
histricos reais. (MARX & ENGELS, 2007. p. 30)
A democracia ateniense em particular, mas as pleis gregas em geral, so
caracterizadas pela autarquia. A busca pela independncia poltica, sempre atrelada a
uma capacidade econmica de reproduo social desvinculada e outras cidades
retratada de diversas maneiras em Aristteles, Plato, dentre outros filsofos. Se os
homens esto condicionados a fazer a Histria com os meios que as geraes anteriores
os legam do passado, o historiador, por estar na mesma condio, no exceo regra;
portanto, no o tambm a historiografia. O problema das fontes sempre revisitado
pelos historiadores contemporneos, que reconhecem a limitao imposta pelo carter e
escassez das fontes anlise das sociedades pr-capitalistas. Paradoxalmente, no
entanto, vivemos atualmente mais uma onda historicista, e poucos no so os trabalhos
de Histria que se dedicam a encontrar nos autores antigos uma interpretao
privilegiada da realidade por conta de sua proximidade com os eventos e processos em
discusso. O que no podemos perder de vista o carter especfico de cada um desses
textos. Na democracia ateniense a realidade quotidiana, a realidade poltica no condizia
necessariamente com as opinies dos filsofos, inseridos que estavam nas tenses e
disputas sociais daquele tempo. Apesar de apenas os cidados atenienses gozarem de
todos os direitos polticos e civis da constituio dos atenienses, a cidade, ao menos
enquanto espao, era local compartilhado por todos, da aristocracia aos artesos,
comerciantes, camponeses que vinham negociar seu excedente, adquirir produtos
necessrios na gora, etc. De acordo com textos remanescentes de oradores do sculo
IV a.C pode-se perceber o indicativo de uma diviso do trabalho desatrelada da
condio de status, diferentemente daquilo que proposto nos modelos de cidade ideal
de Plato e Aristteles. Na democracia ateniense real, metecos, cidados pobres,
escravos e libertos compartilhavam muitas vezes os mesmos espaos de trabalho e no
h coincidncia entre status e ocupao. (cf. MANSOURI, 2011). importante ressaltar
esse aspecto de complexificao, pois ele pe em xeque boa parte das anlises que
primam, exclusivamente, por analisar a democracia de Atenas pelo vis do status,
advogando inclusive a no existncia de classes sociais nesta sociedade.
A autarquia s se cristaliza no imaginrio grego, no entanto, porque h uma
realidade material que condiciona a formao desse tipo de ideal. Sejam os palcios
micnicos, as pleis do perodo arcaico, clssico ou helenstico, o objetivo autrquico
esteve presente na mentalidade do grego. Por outro lado, assumiu formas histricas
diferentes nestes diferentes momentos. Durante o perodo clssico o ideal da autarquia
pode ser percebido em dois nveis (cf. AUSTIN & VIDAL-NAQUET 1977; FINLEY,
1980). Em primeiro lugar no nvel do okos. O territrio tico, aquele sob o domnio de
Atenas durante os sculos V e IV a.C, um territrio cujo solo no propcio para um
cultivo variado com o nvel das foras produtivas do perodo. Apesar de conter uma
certa gama de produtos primrios, a colheita era sempre muito vulnervel s variaes
climticas (cf. BRESSON, 2007). A possibilidade de manter uma casa no sentido
alargado que inclui os bens, a famlia e os escravos sem recorrer troca era nfima. O
mercado interno com vistas satisfao das necessidades bsicas dos camponeses ,
portanto, de grande importncia para a existncia desse ideal de autarquia. Autarquia era
compreendida pelo cidado grego, portanto, no como produzir sozinho tudo o que
necessrio, mas poder prover ou fazer com que lhe prouvessem tudo aquilo que
necessrio sem estar submetido, para tal fim, a outro homem. Alm disso, por conta do
processo de luta de classes atravs do qual o territrio foi retalhado para que o
campesinato passasse a ter acesso terra, o latifndio, ao contrrio do caso romano, no
s existe em menor escala como tem uma funo social muito menos importante (cf.
WOOD, 1988). Aqui chegamos ao segundo nvel da autarquia grega: aquele da plis.
Atenas vivia a contradio de ser centro de um imprio no sculo V a.C, ainda grande
potncia aps as revolues oligrquicas no fim da Guerra do Peloponeso e restaurao
da democracia, que voltou vigiu durante o sculo IV a.C, mesmo sem ser capaz de
produzir uma quantidade necessria de gros para suprir suas necessidades internas. O
paradoxo da autarquia com a dependncia externa teve duas solues diferentes ao
longo dos quase 200 anos de democracia: no sculo V a.C os impostos recolhidos por
Atenas das cidades sob seu domnio, bem como os butins de duas grandes guerras que
perpassaram quase todo o sculo, eram uma grande fonte de renda que permitia a
manuteno do sistema, at porque estavam sob seu domnio regies cerealferas
importantes (ao menos mais importantes do que a prpria Atenas). No sculo IV a.C, o
Estado toma para si, cada vez mais, a tarefa de legislar sobre e fiscalizar o comrcio de
gros de longa distncia, pois, perdido o domnio direto de Atenas sobre regies
cerealferas, passava pelo comrcio a sada necessria para a manuteno de seus
habitantes (GARNSEY, 1989).
possvel concluir, portanto, que mercado e produo agrcola, em dois nveis
diferentes, se articulam, na Atenas Clssica, pela lgica do valor de uso. H relatos
diversos da ocorrncia de variaes bruscas nos preos dos cereais em perodos de
guerra, variao climtica que punha a perder uma colheita, etc... mas esses
acontecimentos fugiam esfera do mercado. Alguns mercadores logicamente
barganhavam, davam golpes de seguro, tentavam tirar vantagens individuais de
situaes de escassez, mas s chegamos a ter conhecimento dessa informao atravs
das medidas de punio, da perseguio, processos em tribunais pblicos, enfim, do
cerceamento do Estado, que no caso de uma democracia direta se confunde no s com
o corpo dos cidados, mas com todos aqueles que vivem na sociedade, a essa prtica.
A lgica de reproduo do campesinato ateniense se confundia com a lgica de
reproduo da sociedade ateniense como um todo enquanto uma democracia. O
comrcio era parte intrnseca da reproduo deste sistema, mas estava subordinado, a
todo momento, a desenvolvimentos histricos que fugiam sua esfera de influncia. A
produo preponderava sobre a circulao (da qual o comrcio era apenas uma das
formas de manifestao no seio dessa sociedade). Tanto o mercado interno quanto o
externo estavam sujeitos s contingncias das relaes polticas entre as pleis, da busca
por hegemonia regional, do processo de lutas do campesinato por acesso ainda mais
amplo terra, das relaes de hospitalidade e hostilidade com povos no-gregos. Ao
contrrio do que defendem os autores modernistas, no houve capitalismo na Grcia
Antiga porque a lgica da produo econmica e social jamais poderia ter sido
dominada pela produo incessante de valor em uma sociedade cujo trabalho ainda
estava estritamente relacionado s atividades especficas que determinados grupos de
pessoas exerciam. O movimento da Histria no pr-capitalismo, e a Grcia Clssica no
uma exceo, aparece como sendo impulsionado por relaes entre os homens e dos
homens com a natureza na resoluo de problemas contingentes que ameacem ou
favoream a reproduo social. E aparece assim porque, diferentemente do capitalismo,
ocorre de fato assim.
O desvendamento do desenvolvimento econmico da Grcia Antiga passa,
necessariamente, pelo estudo das relaes sociais que conduziam a lgica do
desenvolvimento geral daquela sociedade. Quando o econmico ainda no se separou
das outras esferas da vida social, eleg-lo como categoria fundamental de anlise
partir de uma premissa equivocada. A historiografia econmico-social da Grcia Antiga
precisa ser reconduzida ao estudo das relaes que os homens estabelecem entre si e
com a natureza no seu processo de reproduo, pois a mo do mercado ainda era, na
antiguidade, no apenas invisvel, mas tambm inexistente.
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