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CAPÍTULO 4.1. RECURSOS GENÉTICOS NOS TABULEIROS COSTEIROS E
BAIXADA LITORÂNEA DO NORDESTE
Josué Francisco da Silva Junior
Ivaldo Antônio de Araújo
Miguel Barreiro Neto
Alice Calheiros de Melo Espíndola
Noêmia Schwartz Gama de Carvalho
Introdução
As regiões de ocorrência natural da mangabeira estendem-se pelos
tabuleiros costeiros, baixada litorânea e cerrados do Brasil. No entanto, em muitas
dessas áreas, tem sido observada sensível erosão genética na espécie, devido
sobretudo à intensa atividade antrópica, fato já relatado desde o início do século
passado por Ramos (1922) até os dias de hoje (Vieira Neto, 1993; Lederman et al.,
2000; Espíndola et al., 2003). A totalidade dos recursos genéticos da mangabeira é
quase que completamente desconhecida e sua conservação, caracterização e uso
ainda necessitam do desenvolvimento de muitas ações.
Os Tabuleiros Costeiros e a Baixada Litorânea
A Região Nordeste do Brasil é constituída por 20 grandes unidades de
paisagem, divididas de acordo com as suas características morfoestruturais,
geomorfológicas e geográficas. Dentre essas unidades, os tabuleiros costeiros
correspondem a 5,92% da região, com uma superfície de 98.503 km² e estende-se
desde o extremo sul da Bahia até o Maranhão, sempre acompanhando o litoral
(Figura 1). “A Unidade apresenta altitude média de 50 a 100 m e compreende platôs
de origem sedimentar, que apresentam entalhamento variável, ora com vales
estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostas suaves com amplas
várzeas. De modo geral, os solos são profundos e de baixa fertilidade natural”. A
baixada litorânea apresenta uma superfície de 32.838 km², correspondendo a 1,97%
da área da região e abrangendo os mesmos Estados dos tabuleiros. Nessa unidade
estão incluídas as restingas, as praias, as dunas e os manguezais (Silva et al.,
1993a,b).
Tabuleiros Costeiros Baixada Litorânea
Figura 1. Área de abrangência das grandes unidades de paisagem dos tabuleiros
costeiros e baixada litorânea no Nordeste do Brasil.
Fonte: Silva et al.(1993a)
Os tabuleiros costeiros são subdivididos em 17 unidades geoambientais e a
baixada litorânea em seis, assim classificadas de acordo com a vegetação natural, o
relevo, a seqüência de solos nas paisagens, o clima, os recursos hídricos e o quadro
agrossocioeconômico (Silva et al., 1993a,b).
I. Tabuleiros Costeiros:
1) Tabuleiros dissecados de Una, Valença, São Felipe, Salvador e
Itacaré (BA);
Arte: Ester
2) Tabuleiros litorâneos de Cumuruxatiba, Porto Seguro e Santa Cruz
Cabrália (BA);
3) Tabuleiros pouco entalhados de Mucuri, Helvécia, Itapebi e Medeiros
Neto (BA);
4) Áreas tabulares costeiras do nordeste maranhense – Região de
Mirinzal, Cururupu e São José do Ribamar (MA);
5) Tabuleiros pouco dissecados de Esplanada e Feira de Santana (BA);
6) Áreas tabulares costeiras de Alagoas, Pernambuco e Sergipe –
Região de Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos (AL), Goiana
e Paudalho (PE), Aquidabã, Muribeca e Nossa Senhora das Dores
(SE);
7) Tabuleiros dissecados de Estância, Itaporanga d’Ajuda e Divina
Pastora (SE);
8) Tabuleiros dissecados de Cruz das Almas e Mutuípe (BA);
9) Áreas tabulares costeiras do Rio Grande do Norte – Região de
Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, São José do
Mipibu, Monte Alegre e Brejinho (RN);
10) Áreas tabulares costeiras da Paraíba e do Rio Grande do Norte –
Região de Extremoz e Canguaretama (RN), Mataraca, Alhandra, Mari
e Santa Rita (PB);
11) Tabuleiros dissecados de Itanhém e Guaratinga (BA);
12) Tabuleiros do nordeste do Maranhão – Região de Urbano Santos,
Santa Quitéria e Barreirinhas (MA);
13) Áreas tabulares costeiras do Piauí e a oeste do rio Curu, Ceará –
Região de Acaraú, Bela Cruz, Barrento e Chaval (CE);
14) Áreas tabulares costeiras a oeste da foz do rio Jaguaribe, Ceará –
Região de Pacajus e Cascavel (CE);
15) Áreas tabulares costeiras do Ceará (Baixo Jaguaribe) e Rio Grande
do Norte – Região de Aracati (CE) e Touros (RN);
16) Áreas tabulares costeiras no Rio Grande do Norte – Região de Pedra
Grande e São Bento do Norte (RN);
17) Áreas tabulares costeiras próximas ao rio Curu – Região de Itapipoca,
São Luís do Curu, São Gonçalo do Amarante e Caucaia (CE).
II. Baixada Litorânea:
1) Áreas de estuários dos rios Jequitinhonha, Jucurucu e São
Francisco (BA e SE);
2) Áreas de podzóis da Bahia e Sergipe (BA, SE e AL);
3) Áreas de manguezais da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Maranhão
(BA, SE, PE e MA);
4) Litoral de Palame e Conde (BA);
5) Áreas baixas de restinga do Maranhão (MA);
6) Áreas de dunas do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão (RN,
CE, PI e MA).
Nos tabuleiros costeiros, assim como na baixada litorânea, estão localizadas
algumas das áreas de maior antropização do Nordeste, conseqüentemente as mais
densamente povoadas, bem como as áreas de uso agrícola mais intensificado,
exploradas desde a época do descobrimento, inicialmente por meio do extrativismo
e, em seguida, pelas monoculturas da cana-de-açúcar, coco, cacau e citros, pelos
plantios de grãos, pastagens e essências florestais exóticas, entre outras atividades
como a pecuária, que transformaram drasticamente a paisagem da região.
A ocupação da região e a exploração desordenada desses cultivos e
criações levaram à extinção de espécies nativas, à perda irreparável de variabilidade
genética e à degradação de grande parte dos recursos naturais existentes,
sobretudo a cobertura vegetal. A vegetação de ocorrência nos tabuleiros costeiros,
baixada litorânea e suas associações são classificadas, de acordo com Brazão &
Araújo (1981), Salgado et al. (1981), Gonçalves et al. (1981) e Veloso et al. (1991),
como se segue: Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical); Floresta
Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia); Floresta Estacional
Decidual (Floresta Tropical Caducifólia); Savana (Cerrado); Savana Estépica
(Caatinga); Formações Pioneiras (Praias, Dunas, Restingas, Manguezais,
Depressões Brejosas) e Vegetação de Transição (Tensão Ecológica).
Inúmeras espécies frutíferas estão associadas a essas formas de vegetação,
algumas já bastante cultivadas como o caju (Anacardium occidentale L.), outras com
grande potencial para exploração econômica, como o jenipapo (Genipa americana
L.), o cajá (Spondias lutea L.), os araçás (Psidium spp.), a pitanga (Eugenia uniflora
L.), a mangaba, dentre muitas outras.
Distribuição geográfica e Centros de Diversidade Genética
A mangabeira é uma planta com ampla distribuição geográfica, ocorrendo
em várias regiões do Brasil, desde o Estado do Amapá até São Paulo e estando
associada, sobretudo, às vegetações de restinga e cerrados interioranos e costeiros,
estes também denominados de vegetação de tabuleiro (Lima, 1957). Há relatos de
sua ocorrência também no Paraná e no Amazonas, porém não em áreas de
florestas. Fora do Brasil, essa fruteira é praticamente desconhecida e sua presença
é registrada apenas na Bolívia (Prado, 2000), Paraguai e, possivelmente, no Chaco
da Argentina. Alguns autores citados por Monachino (1945) afirmam que a espécie
pode ser encontrada também no Peru.
Sendo uma planta típica das áreas de cerrados, tabuleiros costeiros e
baixada litorânea, ocorre em todos os Estados do Nordeste onde esses
ecossistemas se apresentam (Figura 2). No litoral da região, populações nativas
foram identificadas desde o Maranhão até a divisa com o Espírito Santo.
Figura 2. População de mangabeira em uma área de vegetação de restinga.
Foto: Josué Francisco da Silva Junior
Os principais centros de diversidade genética (Figura 3) associados à
mangabeira são, segundo Giacometti (1993):
• Centro 2. Costa Atlântica e Baixo Amazonas, principalmente Pará e
Amapá;
• Centro 6. Nordeste/ Caatinga, sobretudo as áreas de tabuleiros de
savana e zonas de transição caatinga-cerrado;
• Centro 8. Brasil Central/ Cerrado
• Centro 9. Mata Atlântica, nas áreas de cerrados litorâneos e restingas,
dos setores 9A. Nordeste (da costa do Rio Grande do Norte a
Alagoas) e 9B. Bahia/ Espírito Santo/ Vale do Rio Doce (do litoral de
Sergipe ao Espírito Santo)
Figura 3. Centros de diversidade de espécies frutíferas do Brasil.
Fonte: Giacometti (1993)
Arte: Leny Nobre
Legenda: 1) Alto Noroeste/Rio Negro; 2) Costa Atlântica e Baixo Amazonas; 3)
Roraima/Manaus; 4) Oeste do Amazonas/Solimões; 5) Sudoeste Acre/Rondônia; 6)
Centro Nordeste/Caatinga; 7) Sul-Sudeste; 8) Brasil Central/Cerrado; 9) Mata
Atlântica; 10) Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)/Paraguai
A ocorrência e distribuição das diferentes variedades botânicas nos
tabuleiros e restingas do Nordeste ainda necessitam ser estudadas, embora,
conforme Monachino (1945), tenha sido registrada a predominância da variedade
típica (H. speciosa var. speciosa), que ocorre do Rio de Janeiro até o Norte do País.
H. speciosa var. lundii ocorre em Minas Gerais [daí, segundo Pio-Corrêa (1969),
também ser chamada mangabeira-de-minas], Pernambuco, Bahia e Goiás.
César (1956), em seu levantamento sobre a ocorrência da mangabeira, cita
que a variedade lundii aparece também no Espírito Santo e que nas caatingas da
Bahia e Pernambuco ocorre a H. speciosa var. pubescens, conhecida como
mangabinha-das-caatingas ou mangabeira-braba, cujos frutos não são saborosos
para o homem, mas que o são para os animais.
Etnobotânica
A mangabeira é uma espécie típica de explorações realizadas por
comunidades extrativistas, sendo responsável por boa parte da renda de algumas
populações tradicionais do país. O fruto é o produto mais importante da mangabeira,
que devido aos seus excelentes aroma e sabor, é utilizado, sobretudo, para a
fabricação de polpas congeladas, sucos e sorvetes; no entanto, em várias regiões
do país, é utilizado no consumo in natura e para o fabrico de xarope, licor, vinho,
vinagre, doces, compotas e geléias. O fruto verde pode ser venenoso e é impróprio
para o consumo, causando intoxicações que podem levar à morte (Monachino,
1945; Braga, 1960; Secretaria de Agricultura da Bahia, 1979). O látex extraído do
tronco da mangabeira é utilizado para a produção de borracha e “mangabeiros” era
o nome dado às pessoas responsáveis pela extração (César, 1956).
Algumas partes da planta têm aplicação na medicina popular, como a casca,
que possui propriedades adstringentes e o látex, que é empregado contra doenças
pulmonares, tuberculose, úlceras e herpes (Monachino, 1945; Braga, 1960). Ainda
sobre o látex, Guarim Neto (1987) afirma que pode ser usado na diminuição de
cãimbras.
César (1956) relata que a entrecasca e a raiz são empregadas como
purgantes, nas doenças uterinas e para provocar o fluxo menstrual. O extrato da
casca é amargo e em pequenas doses é empregado na obstrução do fígado, na
icterícia e em doenças crônicas da pele.
Relatos obtidos em comunidades de catadores de mangaba no Estado de
Sergipe informam ainda que a mistura do látex com água pode ser usada também
para pancadas, inflamações e úlceras.
Disponibilidade e status atual da espécie e do germoplasma
Apesar de não constar em nenhuma lista de espécies em extinção, a
mangabeira apresenta o seu germoplasma bastante ameaçado em diversos Estados
do Nordeste, como Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, devido à
redução da área de remanescentes dos ecossistemas nos quais a espécie ocorre.
Essa diminuição vem sendo causada, sobretudo, pela fragmentação florestal,
expansão imobiliária e aumento das áreas cultivadas com cana-de-açúcar, coqueiro,
pastagens, entre outras atividades. Acredita-se que essa espécie venha sofrendo
grande erosão genética e supõe-se que germoplasma de interesse tenha sido
perdido sem que, ao menos, fosse registrada a sua ocorrência.
Uma grande variabilidade em relação aos caracteres morfológicos,
fenológicos, fisiológicos e físico-químicos tem sido observada em todas as
populações de mangabeira nativas avaliadas no Nordeste (Lemos et al., 1989;
Ferreira et al., 1996; Nogueira et al., 1999; Cruz et al., 2003; Silva et al., 2003; Silva
Junior et al., 2003).
Nessa região, o germoplasma conservado in situ é inexistente, em virtude de
não haver reservas genéticas apropriadas e as populações encontrarem-se bastante
vulneráveis. A conservação ex situ é realizada exclusivamente em campo, devido às
suas sementes apresentarem caráter recalcitrante, segundo Neves (1994).
A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba – Emepa-PB
possui o maior banco de germoplasma do país, com 311 acessos individuais
coletados na Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, instalado em João
Pessoa, Paraíba (Barreiro Neto, 2003). A Universidade Federal de Alagoas – Ufal
possui uma coleção cujos acessos foram coletados no litoral de Alagoas e
implantados no município de Rio Largo, Alagoas (Espíndola et al., 2003). A Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA mantém na Estação Experimental
de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Pernambuco, uma reserva de aproximadamente
1,3 ha, com cerca de 125 matrizes implantadas em 1970, no entanto as matrizes
não foram caracterizadas (Silva Junior et al., 1999).
Formação das coleções
1. Banco Ativo de Germoplasma de Mangabeira – Emepa-PB
A formação do Banco Ativo de Germoplasma de Mangabeira (BAG –
Mangaba) da Emepa-PB iniciou-se a partir da coleta de germoplasma em 20
municípios de três Estados da Região Nordeste: Rio Grande do Norte, Paraíba e
Pernambuco (Aguiar Filho et al.1998).
A partir de frutos dos genótipos coletados, o BAG - Mangaba foi instalado
em 1991, originalmente com 324 acessos e atualmente constituído de 311 acessos
(Tabela 1) propagados sexuadamente, sendo cada um representado por um
exemplar. O BAG está localizado na Estação Experimental de Mangabeira, João
Pessoa. Posteriormente, foram instaladas uma área com 90 progênies oriundas de
acessos do BAG e um jardim clonal com 122 exemplares provenientes dos dez
acessos mais promissores.
Tabela 1. Origem dos acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Mangabeira da
Emepa – PB, João Pessoa, 2004.
Origem Nº de Acessos
• Rio Grande do Norte
Nízia Floresta 26
Parnamirim 13
Extremoz 21
Touros 30
São Gonçalo 10
Maxaranguape 10
• Paraíba
Rio Tinto 43
NUPPA, João Pessoa 30
Mangabeira, João Pessoa 10
Alhandra 08
Mataraca 12
Caaporã 03
Jacumã 09
Conde 20
Gramame 01
Lucena 09
Santa Rita 07
Pedras de Fogo 05
Baia da Traição 08
Mamanguape 12
• Pernambuco
Ipojuca 25
Total 311
Fonte: Barreiro Neto (2003)
A primeira caracterização foi realizada em 1997, com base nos caracteres
morfológicos como altura de planta e da ramificação, além dos diâmetros de copa. A
avaliação agronômica foi procedida utilizando-se os caracteres da produção, pesos
do fruto e da semente, número de sementes por fruto, diâmetros (longitudinal e
transversal) e composição porcentual das partes (polpa, casca e semente) do fruto
(Aguiar Filho et al., 1999; Araújo et al., 2003). Esses trabalhos estenderam-se até
2001 e foram utilizados para orientar as ações de melhoramento da mangabeira
atualmente em execução na Paraíba (Barreiro Neto, 2003).
Durante seis anos (1995 a 2000), dez genótipos do BAG – Mangaba
destacaram-se quanto à produção (Tabela 2). Em trabalho conduzido por Souza
(2004), os acessos IPO.3, NIF.6, RIT.7 e TOU.48 apresentaram excelentes
características de qualidade e rendimento industrial dos frutos.
Tabela 2. Acessos promissores do BAG-Mangaba da Emepa-PB quanto à produção
de frutos. Estação Experimental de Mangabeira, João Pessoa, PB. 1995/2000.
Produção
(kg/planta x ano) Acesso
Mínima Máxima
Produção Média1
(kg/planta x ano)
Rio Tinto - RIT.7 0,79 102,42 45,98
Extremóz - EXT.1 4,83 100,97 42,60
Ipojuca – IPO.3 5,82 90,32 41,47
Nízia Floresta – NIF.8 4,00 95,43 40,18
Ipojuca – IPO.4 0,54 64,28 35,70
Nizia Floresta – NIF.1 2,05 78,53 35,12
Nízia Floresta – NIF.2 3,87 81,20 33,53
Nízia Floresta – NIF.17 0,00 71,66 32,70
Nízia Floresta – NIF.23 0,00 70,81 32,00
Extremóz - EXT.20 0,00 88,74 31,20
Fonte: Barreiro Neto (2003)
(1) Produção média de 6 anos.
2. Coleção de Germoplasma de Mangabeira – Ufal
Em função da devastação das áreas de ocorrência natural da mangabeira
em Alagoas e da perda visível de germoplasma, sobretudo no litoral Sul, a Ufal, em
parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Alagoas –
SEAP-AL, implantou a sua Coleção de Germoplasma, constituída de 40 acessos, no
Centro de Ciências Agrárias da Universidade, localizado no município de Rio Largo
(Espíndola et al., 2003).
A prospecção e coleta foram realizadas no Estado de Alagoas, no período
de 2000 e 2001, abrangendo as regiões litorâneas Norte e Sul. O germoplasma foi
coletado em dez populações (Tabela 3), definindo-se como “germoplasma
promissor” plantas com produção acima de 8 kg frutos/ano e peso médio de fruto
acima de 15 g (Espíndola et al., 2003). A caracterização do germoplasma foi feita
com base em descritores morfológicos (altura da planta; peso, diâmetro e coloração
do fruto; número de sementes), constatando variabilidade na coleção (Almeida et al.,
2003).
Nas suas áreas de ocorrência, essas populações formavam sub-bosques,
com indivíduos esparsos. A ocorrência de indivíduos jovens é de distribuição
aparentemente aleatória, encontrando-se, inclusive, ao lado da planta-mãe. Muitos
indivíduos são conservados num “consórcio natural” com o cajueiro e o coqueiro.
Tabela 3. Origem dos acessos da Coleção de Germoplasma de Mangabeira da Ufal,
Rio Largo, 2004.
Origem Nº de Acessos
• Litoral Norte
Sítio Aroeira 04
AABB - Ipioca 04
Ilha das Bananeiras - Japaratinga 04
Sítio Bem-Te-Vi - Ponta de Mangue, Maragogi 04
Lavragem - Maragogi 04
• Litoral Sul
APA Santa Rita (IMA-AL) 04
Sítio Nossa Senhora das Lagoas – Marechal Deodoro 04
Fazenda Santa Marta - Lagoa do Pau, Jequiá da Praia 04
Sitio Beira da Estrada - Poxim 04
APA Piaçabuçu 04
Total 40
Fonte: Espíndola et al. (2003)
3. Levantamento de populações nativas no Nordeste para formação do BAG da
Embrapa Tabuleiros Costeiros
A Embrapa Tabuleiros Costeiros realiza pesquisas que visam à prospecção,
coleta, caracterização, conservação ex situ e utilização de uma ampla variabilidade
dos recursos genéticos da mangabeira de ocorrência nos ecossistemas de
tabuleiros costeiros e baixada litorânea e em áreas adjacentes do Nordeste.
Com essa finalidade foram identificadas importantes concentrações de
mangabeira em todo o litoral nordestino (Tabelas 4, 5 e 6), assim como em diversas
localidades do interior da região. As populações litorâneas apresentam-se em
diversos níveis e situações de conservação e vulnerabilidade dos seus indivíduos.
Algumas já se encontram em fase de caracterização, como a população da restinga
do Caju (Ledo et al., 2003; Silva Junior et al., 2003a), outras ainda em fase de
prospecção, como as do litoral do Estado de Sergipe: Angelim, Iuí/ Taissoca de
Dentro, Capuã/ Ilha de S. Luzia, Terra Dura, Ilha Mem de Sá, Assentamento D.
Celina Folador, Fazenda Nossa Senhora de Lourdes/ Caibros, Paruí, Praia da
Caueira, Pontal, Papagaios, Porto do Mato, Porto Nangola e Reboleirinha. Além
disso, trabalhos sobre o papel de populações tradicionais de catadores de mangaba
na conservação dos recursos genéticos in situ, também estão sendo executados no
Povoado Pontal (Mota et al., 2003; Silva Junior et. al., 2003b).
Tabela 4. Populações naturais de mangabeira identificadas no litoral de Pernambuco
e Alagoas.
Populações Municípios
Praia da Tabatinga Goiana - PE
Ilha de Itamaracá Ilha de Itamaracá - PE
Itapissuma Itapissuma - PE
Barra de Jangada Jaboatão dos Guararapes - PE
Itapuama Cabo de Santo Agostinho – PE
Gamboa Ipojuca - PE
Merepe Ipojuca - PE
Maracaípe/ Porto de Galinhas Ipojuca – PE
Toquinho Ipojuca – PE
Barra de Sirinhaém/ Aver-o-Mar/
Santo Amaro
Sirinhaém – PE
Guadalupe Sirinhaém – PE
Tamandaré Tamandaré – PE
Praia dos Carneiros Tamandaré – PE
Praia do Porto Barreiros – PE
São José da Coroa Grande São José da Coroa Grande – PE
Ponta de Mangue a Maragogi Maragogi – AL
Japaratinga Japaratinga – AL
Porto de Pedras Porto de Pedras – AL
Ilha de Santa Rita Marechal Deodoro – AL
Lagoa do Pau Jequiá da Praia - AL
Litoral Sul de Coruripe a Piaçabuçu Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu – AL
Fonte: Silva Junior (2003) modificado
Tabela 5. Populações naturais de mangabeira identificadas no litoral de Sergipe.
Populações Municípios
Pirambu Pirambu
Capuã/Ilha de Santa Luzia Barra dos Coqueiros
Angelim Santo Amaro das Brotas
Taissoca de Dentro/ Iuí Nossa Senhora do Socorro
Mosqueiro – Robalo – Areia Branca Aracaju
Terra Dura Aracaju
Abaís Estância
Porto do Mato Estância
Porto Nangola Estância
Reboleirinha Estância
Caju Itaporanga d’Ajuda
Caueira Itaporanga d’Ajuda
Paruí Itaporanga d’Ajuda
Fazenda Nossa Senhora de Lourdes/ Caibros Itaporanga d’Ajuda
Assentamento D. Celina Folador Itaporanga d’Ajuda
Ilha Mem de Sá Itaporanga d’Ajuda
Preguiças Indiaroba
Pontal Indiaroba
Ilha da Prainha Indiaroba
Terra Caída Indiaroba
Convento Indiaroba
Lastro Indiaroba
Fonte: Silva Junior (2003) modificado.
Tabela 6. Populações naturais de mangabeira identificadas no litoral da Bahia.
Populações Municípios
Sítio do Conde Conde
Mata de São João - Sauípe Mata de São João
Camaçari/ Abrantes Camaçari
Dunas de Salvador e Lauro de Freitas Salvador e Lauro de Freitas
Morro de São Paulo Cairu
Boipeba Cairu
Camamu * Camamu
Canavieiras * Canavieiras
Itacaré * Itacaré
Ituberá * Ituberá
Maraú * Maraú
Nilo Peçanha * Nilo Peçanha
Uruçuca * Uruçuca
Guaiú Belmonte
Mojiquiçaba Belmonte
Taperapuã/ Mundaí Porto Seguro
Trancoso e Arraial d’Ajuda Porto Seguro
Caraívas Porto Seguro
Parque Nacional do Monte Pascoal Porto Seguro
Alcobaça Alcobaça
Caravelas Caravelas
Mucuri * Mucuri
Nova Viçosa * Nova Viçosa
Cumuruxatiba Prado
Ponta de Santo André Santa Cruz Cabrália
Conceição da Barra e Itaúnas (Divisa BA/ES) * Conceição da Barra - ES
Fonte: Silva Junior (2003)
* Informações obtidas por relatos orais e pela literatura, necessitando confirmação.
Perspectivas
Apesar de se registrar um aumento nas pesquisas em recursos genéticos
com a cultura da mangaba no Nordeste, percebe-se que muitos estudos necessitam
ser desenvolvidos. Algumas ações mais urgentes consistem da:
a) Ampliação das áreas de prospecção e coleta para todos os Estados da
região;
b) Conservação ex situ, por meio da formação do Banco Ativo de
Germoplasma da Embrapa Tabuleiros Costeiros, a partir de genótipos coletados em
populações nos Estados de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco, com a meta de
introdução de 300 acessos;
c) Elaboração de uma lista de descritores mínimos para caracterização da
espécie;
d) Definição de estratégias para conservação de germoplasma in situ e on
farm, em conformidade com a realidade de cada local de ocorrência;
e) Estudos para conservação de germoplasma in vitro;
f) Caracterização de populações por meio de ferramentas moleculares, como
microssatélites;
g) Aprimoramento da técnica de propagação vegetativa de H. speciosa var.
speciosa.
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