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Saúde Bucal Coletiva
Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.
GRUPO EDUCACIONAL UNIGRANRIO
FATENP - Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça
Cariologia
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Cariologia
O termo cárie é usado para descrever os resultados – sinais
e sintomas – de uma dissolução química da estrutura dentária
causada pelos eventos metabólicos ocorrendo no biofilme (placa
dentária) que cobre a área afetada.
Cárie Dental
- Doença bacteriana;- Relacionamento estreito com biofilme;- Dependente da presença e frequência de açúcares na dieta;- Modificada pela presença de fluoretos e- Modificada pela qualidade da composição salivar.
(Hume,W.R,1997)
Doença resultante do desequilíbrio entre os processosdinâmicos de desmineralização e remineralização, compredominância do primeiro.
(Thylstrup & Fejerskov,1995)
Cariologia
• Doença infecciosa e multifatorial
• Coleção de fatores que contribuem para instalação e
progressão.
• Interagem modificando o equilíbrio existente entre
elementos do esmalte dentário e o meio ambiente bucal,
modulado pela saliva.
• Consequências macroscópicas iniciam-se com a mancha
branca não cavitada e podem terminar com a perda do
elemento dentário.
Cariologia
Cárie Dental
12.000 a.c.
Prevalência da cárie é alta (60%);
Extensão baixa (poucas lesões de cárie, JCE)
Século XVII
Aumento da experiência de cárie (cana-de-açúcar)
Século XVIII (final)
Popularização do açúcar (xaropes, doces)
Triplica o consumo de açúcar
Lesões nas faces proximais e oclusais, além da JCE
Cariologia
Estudos Observacionais
• Sreebny (1982) observou uma forte correlação entre o
consumo de açúcar e a prevalência de cárie em crianças
de 12 anos de idade em 47 países. Concluiu que, em
países onde o consumo diário de açúcar era superior a
50 g/pessoa, havia uma alta prevalência de cárie.
Cariologia
Sreebny LM. Sugar availability, sugar consumption and dental caries. Community
Dent Oral Epidemiol. 1982;10:1-7, 287.
Estudos Observacionais
• Woodward e Walker (1994) não demonstraram a
associação em estudo semelhante, provavelmente pela
disseminação do uso de fluoretos nas populações
estudadas, mostrando o efeito favorável pelo acesso à
flúor sobre a prevalência de cárie.
Cariologia
Woodward M, Walker AR. Sugar consumption and dental caries: evidence from 90
countries. Br Dent J. 1994;176:297-302.
Estudos Observacionais
• O consumo de açúcar é, sem dúvida, o fator mais
importante nos indivíduos com alta prevalência de cárie e
precisa ser levado em consideração em seu tratamento
(Burt, 1993).
Cariologia
Burt BA. Relative consumption of sucrose and others sugars: has it been a factor in
reduced caries experience? Caries Res.1993;27(Suppl. 1):56-63.
Estudos Observacionais
O estudo clínico de Vipeholm realizado em um
hospital para doentes mentais na Suécia de
1947 a 1951, pesquisou a relação entre dieta e
cárie dentária em 436 pacientes adultos.
Cariologia
Estudos Experimentais
• O estudo clínico de Vipeholm (Gustafsson et al., 1954),
observou-se que a simples introdução de sacarose na
dieta aumentava a incidência de cárie, mas em
diferentes níveis, conforme o tipo de alimento contendo
açúcar e a maneira como era consumido.
Cariologia
Gustafsson B, Quensel CE, Lanke LS, Lundqvist C, Grahnen H, Bonow BE, Krasse B. The Vipeholm dental
caries study. The effect of different levels of carbohydrate intake on caries activity in 436 individuals
observed for five years. Acta Odontologica Scandinavia. 1954;11:195-388.
Estudo Clínico de Vipeholm (1947-1951)
Cariologia
Estudo Clínico de Vipeholm (1947-1951)
- O consumo de sacarose aumenta a incidência de cárie;
- O fator mais importante para cárie não é a quantidade
total ingerida, mas a frequência do consumo do açúcar;
- A consistência do alimento desempenha um papel
relevante, sendo a dieta mais cariogênica quanto maior o
tempo em que o alimento permanece na cavidade bucal.
• Aires et al. (2006), também em um modelo in situ (usando blocos
de esmalte), relacionaram o uso de soluções de sacarose com
concentrações variáveis (1 a 40%), 8 vezes/dia, por 14 dias, com o
potencial cariogênico do biofilme formado.
Cariologia
Estudos Experimentais
Aires CP, Tabchoury CP, Del Bel Cury AA, Koo H, Cury JA. Effect of sucrose concentration on dental biofilm
formed in situ and on enamel demineralization. Caries Res. 2006;40:28-32.
A concentração de sacarose necessária para a formação de um biofilme cariogênico é 5%
A solução de sacarose a 5% tem o mesmo potencial cariogênico que as de 10% e 20%
A solução a 40% apresentou um efeito adicional sobre a formação de polissacarídeos.
Cariologia
Curva de Stephan – Queda do pH após bochecho com sacarose
Cárie Dentária
Dinâmica mineral - Desmineralização
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
DENTE
Ca2
+
PO4
-3Ca2
+Ca2
+
PO4
-3
PO4
-3
PO4
-3
Ca2
+
BIOFILME
SALIVA
Cariologia
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
DENTE
Ca2
+
PO4
-3Ca2
+Ca2
+
PO4
-3
PO4
-3
PO4
-3PO4
-3
Ca2
+
Ca2
+
BIOFILME
SALIVA
Cárie
Cariologia
Cárie Dentária
Dinâmica mineral - Remineralização
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
DENTE
Ca2
+
PO4
-3Ca2
+Ca2
+
PO4
-3
PO4
-3
PO4
-3PO4
-3
Ca2
+
H+
BIOFILME
SALIVA
Ca2
+
H+
H+
pH
6,0
Cariologia
Cárie Dentária
Dinâmica mineral
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
Ca10 PO46
OH2
DENTE
Ca2
+
PO4
-3
Ca2
+
PO4
-3
Ca2
+
Ca2
+
BIOFILME
SALIVA
H+H+
H+ H+
H+H+
H+
H+
H+H+
pH
5,0
Cárie
Cariologia
Cárie Dentária
Dinâmica mineral
Fatores que interferem na
Etiologia da Cárie Dental
Bactérias
Adesão bacteriana
Especificidade Bacteriana
Dieta
Saliva
Cariologia
Cariologia
Bactérias
• Bactérias Doença Cárie
• Germ free Não apresentam cárie
• Keyes: confirmação da transmissibilidade da doença cárie através de estudos em cobaias.
• Período de infecção em humanos: 19 a 33 meses de vida e no surgimento do 1o. Molar permanente.
Cariologia
Desmineralização
Cariologia
Remineralização
Cariologia
Remineralização
Cariologia
Remineralização
Cariologia
Na ausência de flúor
o pH crítico para a desmineralização do esmalte é 5,5.
Na presença do íon flúor
0 pH crítico é reduzido para 4,5.
Ataque Ácido
Cariologia
Tríade de Keyes (1960)
Dieta Microrganismo
Dente
Cárie
Cariologia
A suscetibilidade do dente à cárie é determinada
pelo grau de mineralização do esmalte, proporcionando
maior ou menor resistência à dissolução ácida, cuja
mineralização também é regida por fatores intrínsecos que
ocorrem durante a formação do dente e os extrínsecos, que
são fatores ambientais e locais.
Não existe um dente suficientemente resistente à
cárie e, por mais que se procure aumentar essa resistência,
através de métodos químicos e mecânicos, sempre fica na
dependência do desafio cariogênico a que o indivíduo será
submetido. Por esse motivo o fator suscetibilidade, no
estabelecimento de estratégias preventivas, deve ser
considerado como um fator de importância relativa.
Cariologia
A presença de microrganismos na cavidade bucal,
seja na saliva ou na placa bacteriana, não é um fator
determinante para o aparecimento da "doença" cárie. No
entanto, a sua participação é inquestionável e
indispensável, já que a lesão de cárie passa pelo
metabolismo bacteriano, culminando com a formação de
ácido e consequente desmineralização do esmalte,
desencadeando, simplesmente, o processo fisiológico de
des-re (desmineralização-remineralização), não
determinando, porém, a "doença" cárie.
Cariologia
Sabe-se que o homem primitivo, através do consumo
de alimentos naturais, desencadeava um processo de des-re
em uma situação de equilíbrio que não permitia o
aparecimento da "doença" cárie. Esses alimentos naturais,
apesar de fornecerem uma fonte de carboidratos
fermentáveis, também possuem substâncias com ação anti-
metabólica, reduzindo esse efeito, além de conterem
elementos que potencializam a remineralização, com uma
ação anticariogênica
Cariologia
A cariogenicidade da dieta é determinada pela
presença de carboidratos, principalmente a sacarose, que
servem de substrato para que os microrganismos da
cavidade bucal sintetizem polissacarídeos extracelulares
com um importante papel na formação da placa e, também,
na produção de ácidos orgânicos, que promovem a
desmineralização do esmalte e podem desencadear o
processo de cárie
É importante considerar que a desmineralização se dá
durante um determinado tempo, até que a capacidade
tampão e ação remineralizadora da saliva paralise o
processo, não determinando uma lesão de cárie e sim uma
simples desmineralização reversível.
Cariologia
Diagrama de Newbrun (1983)
Cárie
Dieta Microrganismo
TempoDente
Cariologia
Na década de 1990, Fejerskov e Manji propuseram
a criação de mais círculos como forma de englobar os
determintes sociais.
Fator Necessário
Fator Determinante
Fator Modulador
Biofilme
( - ) Açúcar;
( + ) Fluoretos
Biológico: Saliva
Sociais: Variáveis socioeconômicas
Cariologia
Determinantes do Processo Carioso
Cariologia
A polarização da doença mostra dois pólos:
- Um com ausência da doença cárie;
- Outro com muitos casos em poucos indivíduos.
A polarização traz à discussão o termo INIQUIDADE
Além da questão biológica, temos a questão social
Polarização da Doença Cárie
Cariologia
A doença Cárie é Açúcar dependente,
Previsível (Biologicamente),
Inadiável (Socialmente),
Remediável (Escovação + Fluoretos)
Conclusões
Cariologia
Declínio da cárie nos anos 1970 e 1980, em países industrializados,
em relação à proporção das pastas de dente no mercado que continham flúor.
Açúcar + Placa = Ácido → Cárie
Cariologia
O aparecimento das lesões de cárie
Cariologia
Ilustração esquemática dos microeventos na superfície ao longo do tempo. A linha superior flutuante indica as
flutuações do pH do biofilme com o tempo (minutos, horas. dias). As curvas mostram diversos exemplos de perda
(acima) ou ganho (abaixo) mineral flutuante no esmalte em função das incontáveis flutuações do pH. As linhas
horizontais pontilhadas indicam onde a perda mineral pode ser vista clinicamente como mancha branca.
Evolução da lesão de cárie
Restauração de amálgama Restauração de resina composta
Cariologia
Restaurar é Tratar a Doença?
Cárie de Esmalte Cárie de Esmalte e Dentina
Cárie de Contato (Interproximal)
Necrose Pulpar
Abcesso Periapical
Cariologia
Cariologia
Perfil de cárie das crianças da Lituânia (12 anos de idade) de acordo com três classificações táteis-visuais de cárie.
Observe as diferenças nos resultados clínicos com relação ao número total de lesões, cavitadas e não cavitadas, e
ativas e inativas.
Cariologia
Características superficiais
Cor
Características dos limites
Distribuição na dentição
Características histopatológicas
Não cavitado
Lesão ativa: opaca/giz; áspera na sondagem
Lesão inativa : brilhante; macia na sondagem
Lesão ativa: esbranquiçada-marrom-clara
Lesão inativa: esbranquiçada/marrom/escura
Lesão ativa: na maioria dos casos, bem demarcada
(cor respondendo aos sítios de retenção de placa)
Lesão inativa: bem demarcada, ou com bordas
Difusas
Lesão ativa nos sítios de retenção de placa:
- fissura s e cicatrículas oclusais
- superfícies proximais abaixo do ponto de contato
(em formato de rim)
- superfícies proximais refletindo a posição da
margem gengival (em forma de arco e banana)
A lesão inativa está bem longe da margem gengival
Desmineralização subsuperficial (origem bacteriana)
Cariologia
Características superficiais
Cor
Características dos limites
Distribuição na dentição
Características histopatológicas
Cavitada
Lesão ativa: cavidade com dentina exposta; mole em
com consistência de couro na sondagem
Lesão inativa: cavidade com dentina exposta; dura
na sondagem
Amarelada-marrom/escura
Lesão ativa: bem demarcada
Lesão inativa: sem demarcação das margens da lesão
A lesão ocorre nos sítios de retenção de placa :
- fissuras e cicatrículas oclusais
- superfícies proximais abaixo do ponto de contato
- superfícies lisas próximas à margem gengival
Desmineralização com perda da zona superficial.
Fratura do esmalte e possível invasão bacteriana na
dentina
Análise Ultra-Estrutural
• Zona Superficial: Filtro de microporos, contato direto
com meio ambiente bucal, onde ocorrem as trocas
iônicas;
• Corpo da Lesão: Redução de 25% de minerais.
Aumento de água e matéria orgânica;
• Zona Escura: Rica em espaços ou poros;
• Zona Translúcida: onde ocorrem as primeiras
alterações do esmalte.
Cariologia
Zona SuperficialCorpo
da Lesão
Zona escura
Zona Translúcida
ESMALTE SALIVA
Cariologia
Ultra-estrutural
Microscópica
Clinicamente Visível
Cavitação
Perda total
Perda
mineral
Tempo
Cariologia
Diagnóstico(grego = diagnostikós)
Conhecimento ou determinação de uma doença pelossintomas dela; o conjunto dos dados em que se baseia essadeterminação. (Holanda,A .B.,2000)
Multiplicidade de Fatores
Biológicos e Socioeconômicos
Cariologia
Cariologia
Ilustração esquemática dos
estágios de formação da
lesão de cárie proximal
1: dentina reacionária;
2: reação esclerótica ou zona
translúcida (transparente);
3: zona de desmineralização;
4: zona de invasão e
destruição bacteriana;
5: direção periférica dos
prismas.
Cariologia
Ilustração esquemática dos
estágios de formação da lesão de
cárie na fossa oclusal
1: dentina reativa;
2: lesão esclerótica ou zona
translúcida (transparente);
3: zona de desmineralização;
4: zona e invasão e destruição
bacteriana;
5: direção periférica dos prismas.
Cariologia
Lesões Ativas
As lesões de cárie que refletem a perda mineral contínua em função
da atividade metabólica no biofilme são consideradas "lesões
ativas". As lesões ativas não cavitadas sempre requerem o
tratamento profissional não operatório.
Lesões Inativas
Por outro lado, as lesões inativas ou interrompidas não requerem
intervenção profissional pois a atividade metabólica no biofilme é
improvável de resultar em perda mineral
O diagnóstico nos permite coletar dados e evidênciassobre a doença em questão e a partir dele, chegarmos a umacorreta decisão terapêutica fazendo a previsão do prováveldesenvolvimento da doença em relação à condutaterapêutica escolhida.
(Reich,E., 1998)
Cariologia
Cariologia
Diagnóstico ConvencionalExame tátil, visual e radiográfico
Limitação para detectar presença de lesão,principalmente em fase inicial, tornando difícil a separaçãoentre os indivíduos com e sem atividade de doença.
(Ekstrand,K.,2000)
Cariologia
Sondagem da Superfície Oclusal
A sondagem com explorador pontiagudo produz defeitostraumáticos irreversíveis nas áreas desmineralizadas,favorecendo a progressão da lesão. A sondagem tradicionalpassa a ser considerada uma técnica invasiva.
(Ekstrand,K e colab., 1987)
Cariologia
Espelho Clínico
Sonda Exploradora
Cariologia
Cariologia
Cariologia
• Exame visual: método com alta especificidade, porémbaixa sensibilidade, necessidade de definirmos critériosclaros para diferenciar as lesões;
• Êxito com diagnóstico depende do embasamentocientífico da doença cárie para compreender melhormanifestações e evidências clínicas desta patologia
Cariologia
Exame Radiográfico
▪ Área radiolúcida na dentina
▪ Esmalte aparentemente intacto : “cárie escondida”
▪ Devem ser diagnosticadas e tratadas como lesõesativas, mesmo apresentando superfície de esmalteaparentemente íntegro.
(Weerhejm e colab., 1990)
Cariologia
• Base para detecção radiográfica: perda mineral dos tecidos dentáriosduros.
• Exame radiográfico: informações importantes de lesão de cárieproximal e detalhes sobre presença e extensão de cárie oclusal.
• Lesões iniciais: requerem a secagem com ar detecção visualmente,não são detectadas pelo exame radiográfico.
• As radiografias subestimam a extensão da desmineralização.
(Ekstrand,K.,2000)
Cariologia
Diagnóstico Visual e tátil
▪ Lesões de cárie ativa e inativa são distinguidas a partir decritérios visuais e táteis
▪ Explorador de ponta romba: remoção de resíduosbacterianos, sondagem textura superficial, verificação deperda de estrutura e quando critério visual não ésuficiente para classificar a lesão como ativa ou inativa.
▪ Avaliação da coloração nunca é utilizada isoladamentecomo critério de diagnóstico.
▪ Lesões com algumas características de inativa e outras deativa são consideradas ativas.
(Nyvad,B. e colab., 1999)
Cariologia
Cariologia
Diagnóstico da lesão de cárie a Laser
• Medem quantidade de luz fluorescente irradiada dosdefeitos (desmineralização) do dente, como resultadoda excitação por um laser diodo de 655 nm ou umlaser de Argônio 406 ou 488 nm;
• Pesquisas realizadas por diversos grupos de trabalhoutilizando luz de excitação violeta ou azul mostraramuma forte fluorescência de forma diferente para oesmalte saudável e doente.
(Hibst & Gall,1998)
Cariologia
Cariologia
• Multiplicidade dos fatores envolvidos no surgimento dadoença cárie nos permite dizer que não existe método dediagnóstico preciso sem compreensão dos fatoresindividuais e externos envolvidos em seu processo;
• Métodos de diagnóstico auxiliam na identificação dasmanifestações da doença, detectando lesão cariosa semesclarecer como controlá-la.
Cariologia
Cariologia
ISMAIL et al., 2007
➢ Epidemiologia➢ Pesquisa➢Clínica➢ Ensino
International Caries Detection and
Assessment System
Cariologia
Código Sinais Clínicos
0Nenhuma alteração na translucidez do esmalte após
secagem de 5 segundos
1 Opacidade visível após secagem de 5 segundos
2 Opacidade visível mesmo na presença de umidade
3 Cavidade localizada em esmalte opaco ou pigmentado
4 Sombreamento da dentina subjacente
5Cavidade em esmalte opaco ou pigmentado com exposição da
dentina subjacente
6Cavitação em esmalte opaco ou pigmentado com exposição da
dentina subjacente, envolvendo mais de metade da superfície
International Caries Detection
and Assessment System
1 Opacidade visível após secagem de 5 segundos
Cariologia
2 Opacidade visível mesmo na presença de umidade
Cariologia
3 Cavidade localizada em esmalte opaco ou pigmentado
Cariologia
4 Sombreamento da dentina subjacente
Cariologia
Exposição da dentina
subjacente
5 Cavidade em esmalte opaco ou pigmentado com exposição da dentina subjacente
Cariologia
Observem que há sombreamento da dentina subjacente (escore 4) mas prevalece o maior
escore de classificação da lesão com cavidade atingindo a dentina (escore 5)
6Cavitação em esmalte opaco ou pigmentado com exposição da dentina
subjacente, envolvendo mais de metade da superfície
Cariologia
Relembrandoo ICDAS
1. Os escores 1 e 2 do ICDAS caracterizam a detecção
de opacidades em esmalte. Assinale a alternativa
verdadeira:
a) O escore 1 classifica lesões mais avançadas.
b) O escore 2 caracteriza a detecção de opacidades
vistas mesmo em presença de umidade.
c) O escore 2 só detecta as opacidades visíveis após
secagem prolongada.
d) A detecção das opacidades é dada mesmo na
presença de placa bacteriana.
e) As alternativas a e c são verdadeiras.
LETRA B
2. Avalie as principais consequências frente ao diagnóstico
incorreto das lesões.
a) A não detecção da presença de microcavitações (escore 3)
na superfície oclusal não favorece a evolução das lesões já
que elas podem ser inativadas facilmente.
b) Os escores 1 e 2 estão relacionados à necessidades
restauradoras.
c) A não detecção dos sombreamentos (escore 4) não interfere
no plano de tratamento.
d) A detecção de opacidades (escores 1 e 2) o mais
precocemente é essencial para a adoção de medidas
preventivas que favorecem o melhor prognóstico no
tratamento da doença.
e) O escore 5 representa a detecção de lesões microcavitadas
em esmalte e a presença de cavidade é o único fator que
define o tratamento restaurador. LETRA D
3. Paciente de 6 anos, apresenta uma lesão microcavitada
na superfície oclusal. Após profilaxia profissional e
secagem da superfície, foi detectada a presença de um
sombreamento adjacente à essa microcavidade. A
classificação da lesão, segundo os critérios do ICDAS é:
a) Escore 3, já que foi detectada a presença de
microcavidade.
b) Escore 4, caracterizado pela presença de sombreamento.
c) O escore 3 deve prevalecer já que a microcavidade
representa uma lesão de maior gravidade.
d) Os escores 3 e 4 devem ser utilizados.
e) O sombreamento não é importante para caracterizar a
extensão das lesões.
LETRA B
4. O ICDAS pode ser utilizado:
a) Somente na prática clínica
b) Só na clínica ou em trabalhos epidemiológicos
c) Somente em pesquisas
d) Em pesquisas, na clínica, na educação e na
epidemiologia
e) Nenhuma das alternativas são verdadeiras
LETRA D
5. Quanto ao exame de inspeção visual com uso dos
escores do ICDAS, pode-se dizer que:
a) O ICDAS avalia atividade e profundidade das lesões.
b) O ICDAS só avalia a atividade das lesões
c) O ICDAS avalia a profundidade ou extensão das lesões
d) O ICDAS avalia atividade e pigmentação das lesões
e) O ICDAS só avalia a presença de opacidades e
pigmentações
LETRA C
Cariologia
Índice CPO-D
Cariologia
Índice CPO-D (Necessidades de Tratamento)
Cariologia
Índice CPO-D Condição Hígido
Cariologia
Índice CPO-D Condição Cariado
Cariologia
Índice CPO-D Condição Obturado/Restaurado
Cariologia
Material para Levantamento em Campo
Cariologia
Planejamento de um Estudo Epidemiológico
Cariologia
Evolução do CPO-D 12 anos - 1980 a 2010
ANO CPO-D
1980 7,3
1986 6,7
1996 3,1
2003 2,8
2010 2,1
O valor do CPO-D do Brasil em 2012 é de 2,07
Cariologia
Índice CPO-D 12 anos – SB Brasil 2010
Cariologia
CPO-D 12 anos - Panorama Mundial
CONTINENTE CPO-D POPULAÇÃO
ÁFRICA 1,00 1.128.700.000
ÁSIA 1,53 4.327.500.000
EUROPA 1,78 760.300.000
AMÉRICAS 1,97 997.000.000
OCEANIA 1,27 34.900.000
MUNDO 1,53 7.308.300.000
Fonte: UNFPA (2010); WHO (2007; 2017); Population Counter (2017); OECD (2017).
Cariologia
CPO-D 12 anos - Panorama Mundial
Países com índices CPO-D acima de 5:
Cambodja, Equador e Martinica
Piores CPO-D nas Américas:
Bolívia, Equador, Peru, Guatemala,
República Dominicana, Argentina.
Cariologia
CPO-D 12 anos - Panorama Mundial
Há 41 países com índices CPO-D abaixo de 1:
18 Africanos, 7 Europeus, 6 Caribenhos,
7 Asiáticos e 3 da Oceania.
O Brasil tem um CPO-D considerado BAIXO = 2,07
Cariologia
Classificando o CPO-D
(Brasil = 2,07)
Cariologia
Conclusões Epidemiológicas
Aproximadamente 20% da população passou a
concentrar cerca de 60% da presença da doença. Ou
seja, a ocorrência da doença é maior nas comunidades
menos favorecidas economicamente. Isso porque as
condições precárias em que vive grande parte da
população estão relacionadas com menor grau de
instrução, higiene pessoal e alimentação inadequados, e
acesso mais difícil ao tratamento dentário.
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