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CARTA DE RISCODA PENÍNSULADA MITRENA
CARTA DE RISCODA PENÍNSULADA MITRENA
Ficha Técnica
TíTulo CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
edição AutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil
ServiçoMunicipaldeProtecçãoCivileBombeirosdeSetúbal
auTores AnaRitaCaramelo(FACuldAdedeCiêNCiAeTeCNologiAdAuNiveRSidAdeNovAdeliSBoA)
giuseppeCornaglia(AuToRidAdeNACioNAldePRoTeCçãoCivil)
JoséluisBucho(SeRviçoMuNiCiPAldePRoTeCçãoCivileBoMBeiRoSdeSeTúBAl)
MárioMacedo
isabelAbreudosSantos|Colaboração
PatríciaPires(AuToRidAdeNACioNAldePRoTeCçãoCivil)
PauloSacadura(AuToRidAdeNACioNAldePRoTeCçãoCivil)
CaPa AntónioCunha
impressãoeacabamentos–Belgráfica
outubro2011
“estapublicaçãofoiimpressaempapelinasetPremiumoffset90g/m2produzidopelogrupoPortucelSoporcel,tendoporbaseflorestascomgestãosustentável”.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
ACartadeRiscodaPenínsuladaMitrena,elaboradaatravésdeumaparceriaentreaAuto-ridadeNacionaldeProtecçãoCivileCâmaraMunicipaldeSetúbal,teveporobjectivoava-liarecartografar,deummodointegrado,osriscostecnológicosdestaárea,porapresentarumaelevadadensidadeindustrial.Aabordagemseguidaparaacaracterizaçãoderiscosfoipioneiraealinhadeacçãoseguidateveemvistaaprossecuçãodeumaestratégiadeprevençãoemitigaçãoderiscos.
esta frutífera cooperação permitiu o desenvolvimento demetodologias que procuramdarrespostaànecessidadedeumaavaliaçãointegradadosriscosassociadosamatériasperigosas,oquecontribuiparaoaumentodaeficáciadarespostaaemergênciasgraveseparaoreforçodasmedidasdeprevençãoepreparaçãoparaestetipodeeventos.
o trabalhodesenvolvido,cujos resultadosseapresentamnestapublicação,contribuirácertamenteparaapromoçãodeumaculturadesegurança,quepoderáserreplicadaemoutrasáreasdoterritórionacional,dandocumprimentoaosobjectivosfundamentaisdaProtecçãoCivil:prevenir,planearesocorrer.
ARNAldoJoSéRiBeiRodACRuz
PresidentedaAutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
ComapublicaçãodaCartadeRiscodaMitrena,aCâmaraMunicipaldeSetúbalencerraumciclodeextremaimportâncianacriaçãodeinstrumentosdeplaneamentonaáreadaprotecçãocivil.
AinexistênciadeumacaracterizaçãorigorosadaáreaindustrialdaMitrenaera,atéagora,umadasmaissentidaslacunasporquemtemdeactuaremsituaçãodesocorroeemer-gêncianestasensívelzona.
ACartaqueagorasepublicacontéminformaçãodetalhadasobreosriscosassociadosacadaumadasempresaslocalizadasnazonamaisindustrializadadeSetúbal,queétam-bémumadasmais industrializadasdopaís,ondecoexistemosmaisvariadostiposderiscos.
Apartirdeagora,osagentesdeprotecçãocivilsabemexactamentecomoquepodemcontaremcasodeacidentenumadestasindústrias.
AlgumasdasorientaçõesaquipropostascomeçaramaserconcretizadasaindaantesdapublicaçãodestaCartadeRisco.MerecedestaqueaconstruçãodonovocaminhodefugadaMitrena,quecorrigeuma importantevulnerabilidadeque, emcasodebloqueiodaestradanacional10-4,impediriaqueraevacuaçãodaárea,queroacessodosmeiosdesocorro.
outradasorientaçõesintegradasnodocumentoéapropostadeassociaçãoentreasem-presasdaMitrenaparaoestabelecimentoderegrascomunsdesegurança,orientaçãoque,aserconcretizada,seráumcontributofundamentalparaumaboarespostaàemer-gência.
estefoiumtrabalhoapenaspossívelgraçasàparceriaestabelecidaentreaCâmaraMuni-cipaldeSetúbaleaAutoridadeNacionaldeProteçãoCivil, entidadesqueassimcum-premcabalmenteumaboapartedasuamissãoemmatériadeprevençãoeplaneamento,garantindocondiçõesparaumamelhorsegurançadaspopulaçõesdonossoconcelho.
MARiAdASdoReSMeiRA
PresidentedaCâmaraMunicipaldeSetúbal
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Índice
1. introdução.................................................................................................... 13
2. objectivos.................................................................................................... 13
3. enquadramentoJurídico............................................................................ 13
4. Metodologia................................................................................................. 14
5. CaracterizaçãodaPenínsuladaMitrena................................................... 18
5.1. localizaçãogeográficaecaracterizaçãoambiental.......................... 18
5.2. População............................................................................................ 19
5.3. ocupaçãoeusodosolo..................................................................... 20
5.4. infra-estruturas.................................................................................... 22
6. análisedainformaçãorecolhida................................................................ 24
6.1. infra-estruturas.................................................................................... 24
6.2. Colaboradores..................................................................................... 24
6.3. Produtosperigosospresentes........................................................... 24
7. ModelaçãodeCenários.............................................................................. 29
7.1. incêndio............................................................................................... 30
7.2. explosão.............................................................................................. 34
7.3. dispersãodetóxicos.......................................................................... 39
8. Consequênciasprevisíveis......................................................................... 40
8.1. Colaboradores..................................................................................... 40
8.1.1. incêndio................................................................................... 40
8.1.2. explosão.................................................................................. 43
8.1.3. Toxicidade............................................................................... 45
8.2. População............................................................................................ 46
8.3. infra-estruturas.................................................................................... 49
8.3.1. edifíciosereservatórios......................................................... 49
8.3.2. estradas................................................................................... 55
8.3.3. linhaferroviária...................................................................... 57
8.3.4. Redeeléctrica......................................................................... 60
9. Cartasderisco............................................................................................ 63
10.recomendações........................................................................................... 66
11.Conclusões................................................................................................... 67
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
«Lista de acrónimos»
Aegl Acute Exposure Guideline Levels
ANPC AutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil
APSS AdministraçãodosPortosdeSetúbaleSesimbra
Bleve Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion
CAe ClassificaçãoPortuguesadasActividadeseconómicas
eNdS estratégiaNacionaldedesenvolvimentoSustentável
iCNB institutodeConservaçãodaNaturezaeBiodiversidade
PdM PlanodirectorMunicipal
ReN ReservaecológicaNacional
RNeS ReservaNaturaldoestuáriodoSado
Sig Sistemadeinformaçãogeográfica
SMPBC ServiçoMunicipaldeProtecçãoCivileBombeiros
vCe Vapor Cloud Explosion
zPe zonadeProtecçãoespecial
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Índice de Figuras
Figura1 localizaçãodaPenínsuladaMitrena............................................................................... 19
Figura2 Populaçãoresidente......................................................................................................... 20
Figura3 CartadecondicionantesdaPenínsuladaMitrena(fonte-PdMdeSetúbal)...................... 21
Figura4 CartadeordenamentodaPenínsuladaMitrena(fonte-PdMdeSetúbal).................... 21
Figura5 localizaçãodosequipamentosdeutilizaçãocolectiva.................................................. 22
Figura6 infra-estruturasdosagentesdeprotecçãocivil.............................................................. 23
Figura7 infra-estruturasdetransporte.......................................................................................... 23
Figura8 Representaçãoespacialdosestabelecimentos.............................................................. 24
Figura9 localizaçãodosestabelecimentosdonívelsuperiordeperigosidade......................... 25
Figura10 Populaçãolaboralpresenteporestabelecimento.......................................................... 25
Figura11 localizaçãodosedifíciosereservatórioscomsubstânciasperigosas
presentesnaPenínsuladaMitrena.................................................................................. 26
Figura12 localizaçãodogasoduto.................................................................................................. 28
Figura13 Níveisderisco(radiação)decorrentesdebolasdefogo............................................... 31
Figura14 Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação38............ 32
Figura15 Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação46............ 32
Figura16 Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação64............ 33
Figura17 Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonogasoduto.................. 33
Figura18 Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipopiscina.................................... 34
Figura19 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaumaexplosãotipoBleve..................... 35
Figura20 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenainstalação34......... 36
Figura21 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenainstalação38......... 37
Figura22 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenainstalação39......... 37
Figura23 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenainstalação46......... 38
Figura24 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenainstalação64......... 38
Figura25 Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodevCenogasoduto.............. 39
Figura26 Níveisderiscoassociadosaoscenáriosdeplumastóxicas......................................... 40
Figura27 instalaçõesafectadasporradiaçãoprovenientedeboladefogocomorigem
nasinstalações34,39,46e64......................................................................................... 42
Figura28 instalaçõesafectadasporincêndiotipopiscinacomorigemveículo-cisterna
degasolinaenainstalação5........................................................................................... 42
Figura29 edifíciosafectadosporsobrepressão(cenáriodeBleve)comorigem
nasinstalações34,39,46e64......................................................................................... 44
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura30 edifíciosafectadosporsobrepressão(cenáriovCe)comorigem
nasinstalações34,38,39,46,64egasoduto................................................................. 44
Figura31 PlumatóxicanadirecçãodoventoSeeinstalaçõesafectadas.................................... 45
Figura32 PlumatóxicanadirecçãodoventoNWeinstalaçõesafectadas.................................. 46
Figura33 PopulaçãoafectadaporplumadeamoníacocomventodeSe................................... 47
Figura34 AlcancedasplumasdeamoníacoparaasdirecçõesdeventoSeeS.
equipamentodeutilizaçãocolectivaeagentesdeProtecçãoCivilafectados............. 48
Figura35 edifíciosereservatóriosafectadosporBoladefogocomorigem
nasinstalações34,39,46e64......................................................................................... 50
Figura36 edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipojacto........................................... 50
Figura37 edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipopiscina....................................... 51
Figura38 edifíciosereservatóriosafectadosporBleve............................................................... 53
Figura39 edifíciosereservatóriosafectadosporvCe................................................................... 53
Figura40 edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipopiscinanasviasrodoviárias..... 54
Figura41 edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipojactoevCecomorigem
nogasoduto...................................................................................................................... 54
Figura42 estradasafectadasporboladefogocomorigemnasinstalações39,46e64........... 56
Figura43 viasrodoviáriasafectadasporvCecomorigemnogasoduto..................................... 56
Figura44 viasrodoviáriasafectadasporincêndiotipojactocomorigemnogasoduto............. 57
Figura45 linhaferroviáriaafectadaporcenáriodeboladefogo................................................. 58
Figura46 linhaferroviáriaafectadaporBleve.............................................................................. 59
Figura47 linhaferroviáriaafectadaporincêndiotipopiscinacomorigem
numacidentenaviarodoviária....................................................................................... 59
Figura48 Redeeléctricaafectadaporboladefogo....................................................................... 61
Figura49 RedeeléctricaafectadaporvCe...................................................................................... 62
Figura50 Redeeléctricaafectadaporincêndiotipopiscinacomorigemnasestradas.............. 62
Figura51 Cartaderisconívelelevado............................................................................................. 63
Figura52 Cartaderisconívelmoderado......................................................................................... 64
Figura53 Cartaderisconívelreduzido............................................................................................ 64
Figura54 CartaderiscodaPenínsuladaMitrena........................................................................... 65
Figura55 Cartadeestruturaspotencialmenteafectadasporníveisderisco
elevado,moderadoereduzido........................................................................................ 65
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Índice de Tabelas
Tabela1 Classificaçãodascategoriasderisco............................................................................. 15
Tabela2 valoreslimitedosefeitosfísicosparaclassificaçãodorisco....................................... 15
Tabela3 Parâmetrosutilizadosparamodelação.......................................................................... 17
Tabela4 estatutosdeconservaçãodefinidosparaoestuáriodoSado..................................... 18
Tabela5 distribuiçãodadirecçãodoventoerespectivasvelocidadesmédiasassociadas.... 18
Tabela6 Categoriasdeprodutosperigosos(parte2doAnexoidodl254/2007)................... 26
Tabela7 listadascategoriasdesubstânciasperigosasporn.ºdeinstalações........................ 27
Tabela8 Cenáriosdeacidentemodelados................................................................................... 29
Tabela9 distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspelocenárioboladefogo............. 30
Tabela10 distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspeloscenáriosincêndio
tipojacto........................................................................................................................... 31
Tabela11 distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspeloscenáriosincêndio
tipopiscina....................................................................................................................... 34
Tabela12 distânciaspornívelderisco(sobrepressão)atingidasporumaexplosão
tipoBleve........................................................................................................................ 35
Tabela13 distânciaspornívelderisco(sobrepressão)atingidasporumcenáriovCe.............. 36
Tabela14 distânciaspornívelderisco(dose)atingidaspelocenáriodedispersão
deamoníaco.................................................................................................................... 39
Tabela15 Colaboradoresafectadosporradiaçãotérmicaprovenientedeincêndio.................. 41
Tabela16 Colaboradoresafectadosporondadechoquedeumaexplosão............................... 43
Tabela17 Colaboradoreseminstalaçõesafectadasporcenáriotoxicológico............................ 45
Tabela18 Populaçãoafectadaporlibertaçãodeamoníaco.......................................................... 47
Tabela19 infra-estruturasdeutilizaçãocolectivaouserviçopúblicoafectadospela
dispersãodeumanuvemdeamoníaco........................................................................ 48
Tabela20 N.ºdeedifíciosereservatóriosafectadosporradiaçãotérmica................................. 49
Tabela21 N.ºdeedifíciosereservatóriosafectadosporexplosão.............................................. 52
Tabela22 estradasafectadasporincêndio..................................................................................... 55
Tabela23 Comprimentodalinhaferroviáriaafectadaporincêndio............................................. 57
Tabela24 Comprimentodalinhaferroviáriaafectadaporexplosão............................................ 58
Tabela25 Redeeléctricaafectadaporincêndio............................................................................. 60
Tabela26 Redeeléctricaafectadaporexplosão............................................................................ 61
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|13
1. Introdução
AConferênciaMundialparaaReduçãodosdesastres,queserealizounoJapãoem2007,definiuumaPlata-formaComumdeAcção(2005-2015)paraoAumentoda Resiliência aos desastres das Nações e Comuni-dades.estaestratégiaglobalparaareduçãodoriscode desastres, comummente conhecida por “Hyogo Framework for Action 2005-2015” e já adoptada porPortugal, definiu objectivos, metas e prioridades deacçãoadesenvolvermundialmente,comvistaàpre-vençãodedesastresemitigaçãodosseusefeitos.
Mais recentemente, em 2009, a Comissão europeiaapresentouumacomunicaçãonaqualépropostaumaalteração de paradigma através de uma estratégiaComunitária para a Prevenção de desastres Natu-raiseTecnológicos,ondesão identificadasasprinci-paislinhasdeacçãocomvistaàprossecuçãodeumaestratégiacomunitáriaparaareduçãodoimpactedosdesastresnauniãoeuropeia.
APenínsuladaMitrena,localizadanoconcelhoedis-tritodeSetúbal,éumaáreacaracterizadaporumaele-vadadensidadeindustrial,comgrandeimportâncianaeconomia,nacriaçãodeempregoenaestruturasociallocal,bemcomo,emtermosgerais,nodesenvolvimen-todaregiãoedopaís.Adimensãoecaracterísticasdosestabelecimentosinstaladostêm,noentanto,associa-dosriscosdeacidentescomorigemtecnológicaparaaspessoas,benseambientepresentesnolocalenasua envolventeque importa identificar, caracterizar econtrolar.
Atemáticadagestãodoriscoindustrialexistentenestaárea,bemcomoaadequaçãodarespostaoperacionalàsocorrênciasaquiregistadas,levouaqueomunicípiodeSetúbalsentisseanecessidadedeobterumaferra-mentadegestãodaemergênciaeordenamentodoter-ritórioparaoconcelho.destemodo,surgiuoprojectodaCartadeRiscodaPenínsuladaMitrena,envolvendoaAutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil (ANPC)eoServiço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros(SMPCB)daCâmaraMunicipaldeSetúbal.
NaconcretizaçãodesteprojectomerecemreferênciaoinstitutoPolitécnicodeSetúbal,quecontribuiuparaarecolhadedadosdecaracterizaçãodotecidoindustrialdaPenínsuladaMitrena,eaFaculdadedeCiênciaseTecnologia da universidadeNova de lisboa que, aoabrigodoprotocoloestabelecidocomaANPCparaa
realizaçãodeestágiosdemestrado,colaborounotra-tamentodosdadosparaaelaboraçãodacartaderisco.
2. Objectivos
ACartadeRiscodaPenínsuladaMitrenapretendeseruminstrumentopreventivoquepermitaàsentidadesresponsáveispelasactividadesdeprotecçãocivileaosdecisoresnaáreadoplaneamentoeordenamentodoterritório,aimplementaçãodemedidasdeprevenção,planeamento e demitigação das consequências dosacidentes graves de origem tecnológica susceptíveisdeocorrernaáreadeestudo.ConstituemobjectivosdaCartadeRiscodaPenínsuladaMitrena:• identificar e caracterizar os riscos para cola-boradores, população e bens originados pelaactividade industrial instalada nesta península,nomeadamenteosriscosassociadosaosestabe-lecimentos industriais, ao transporte demerca-doriasperigosaseinfra-estruturasfixasdetrans-portedesubstânciasperigosas;
• dotarasentidadesresponsáveispeloplaneamentode emergência de elementos que permitam odesenvolvimentodosplanosderespostanecessá-rioseadequadosaosriscostecnológicosedisponi-bilizaraosresponsáveispeloplaneamentoeorde-namentodoterritóriouminstrumentoquepermitaumaadequadaestratégiademitigaçãoderiscos;
• Apoiarumapolíticaeficazeobjectivadeinforma-çãoecomunicaçãoàspopulações.
3. Enquadramento Jurídico
Anível nacional são várias as referências à temáticadosriscos.
Peloseucarácterestratégicoetransversaldestaca-seaestratégiaNacionaldedesenvolvimentoSustentável(eNdS)erespectivoPlanodeimplementação(Resolu-çãodoConselhodeMinistrosn.º109/2007,de20deAgosto)queapontaparaoreforçodacapacidadedeintervençãodeprotecçãoesocorroperantesituaçõesdeemergênciaeelaboraçãodeumaestratégiaNacio-nalintegradaparaaPrevençãoeReduçãodeRiscos.
AleideBasesdoordenamentodoTerritório(lein.º48/98, de 11 de Agosto) refere como finalidade da
14|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
política do ordenamento do território e urbanismo“Acautelar a protecção civil da população”, preve-nindo os efeitos decorrentes de catástrofes naturaisoudaacçãohumanaeoProgramaNacionaldaPolí-ticadeordenamentodoTerritório(lein.º58/2007,de4de Setembro) referecomoumobjectivoespecífico“Avaliareprevenir factoreseassituaçõesderisco,edesenvolver dispositivos e medidas de minimizaçãodosrespectivosefeitos”.
oRegimeJurídicodeAvaliaçãodeimpacteAmbiental(decreto-lein.º197/2005,de8deNovembro)definecomofazendoparteintegrantedoconteúdodoestudodeimpacteAmbientaladescriçãodasmedidasedastécnicasprevistasparapreveniracidentes.o Regimede Prevenção e Controlo integrados da Poluição(decreto-lei n.º 173/2008, de 26 deAgosto) estipulacomo obrigação do operador “Adoptar as medidas necessárias para prevenir os acidentes e limitar os seus efeitos”.AleideBasesdaProtecçãoCivil(lein.º27/2006,de3deJulho)estabeleceaestrutura,organizaçãoefuncio-namentodaprotecçãocivilnacionaledefinecomoob-jectivosfundamentaisdoexercíciodaprotecçãocivil:• “Prevenir os riscos colectivos e a ocorrência deacidentegraveoudecatástrofedelesresultantes”;
• “Atenuar os riscos colectivos e limitar os seusefeitosnocasodasocorrências(...)”.
Amesmaleirefereaindaqueaactividadedeprotecçãocivilseexerce,entreoutros,nosseguintesdomínios:• “levantamento,previsão,avaliaçãoeprevençãodosriscoscolectivos”;
• “Análisepermanentedasvulnerabilidadesperan-tesituaçõesderisco”.
da lei de bases da protecção civil derivam váriosoutros diplomas legais entre os quais se destaca oenquadramento legal da Protecção Civil Municipal(lein.º65/2007,de12deNovembro)queestabeleceaorganizaçãodosserviçosmunicipaisdeprotecçãocivil.
Noqueserefereaosriscosdecorrentesdapresençadesubstânciasperigosasemestabelecimentosindus-triaisdestaca-seodecreto-lein.º254/2007,de12deJulho,quedefineoregimedeprevençãoecontrolodeacidentesgravesqueenvolvemsubstânciasperigosaselimitaçãodassuasconsequênciasparaohomemeoambiente,transpondoparaodireitointernoadirectiva2003/105/eC(conhecidacomodirectivaSevesoii).
Noquedizrespeitoaotransportedemercadoriasperi-gosas,aprevençãoecontrolodosriscosassociadosaestasactividadessãoreguladospor:• decreto-lein.º41-A/2010,de29deAbril,paraotransporteterrestre;
• decreto-lei n.º 180/2004, de 27 de Julho, quetranspôsparaaordemjurídicanacionaladirectivanº200/59/Ce,doParlamentoeuropeuedoConse-lho,de27deJunho,paraotransportemarítimo;
• Regulamento(Ce)n.º859/2008,de20deAgostoedecreto-lein.º289/2003,de14deNovembro,paraotransporteaéreo.
4. Metodologia
Paraaconsecuçãodosobjectivosdopresentetrabalhofoidesenvolvidaumametodologiaespecífica,quefoisendoprogressivamenteajustada,corrigidaeafinada,emfunçãodotipoevolumedeinformaçãorecebidaedos imponderáveiseproblemasque foramsurgindonodecorrerdotrabalho.
Sendoumeixoestratégicodo trabalhoa representa-ção cartográfica do risco decorrente da presença desubstânciasperigosastornou-senecessáriodefinirosníveis de risco que deveriam ser considerados e dequemodoosmesmosiriamserrepresentados.
Assim,foramestabelecidososTermos de Referênciadotrabalhoondeforamdefinidososobjectivoseoâm-bitoeclarificadososlimitesdoestudo,nomeadamenteosreferentesàáreageográficaabrangidaeaotipoedimensãodoseventosrelevantesparaoestudo.Paraefeitosdecaracterizaçãodeefeitos/consequênciasas-sociadosaacidentes,foidefinidocenarizaracidentescomorigememprodutosperigososnoestadoliquidoougasoso,excluídoaspreparaçõesematériasperigo-sasemestadosólido.estapremissabaseia-senofac-todasconsequênciasassociadasaestasmatériassemanifestaremprincipalmenteaonívelambiental,quenãoforamanalisadasnoâmbitodesteprojecto.Foramaindadefinidososníveisde riscoa representarbemcomoosvaloreslimitedosefeitosfísicosdosdiversosfenómenos a estudar (explosão, incêndio e emissãodesubstânciasperigosas)quepermitiram,numafaseposterior,classificarosfenómenosconsideradosnumadascategoriasderiscoconsideradas.
Neste sentido, foi definida como área de estudo aPenínsuladaMitrenanumaáreadelimitadaaNascente
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|15
pelocanaldeÁguasdeMoura,aSulpeloestuáriodoRioSado,aPoentepelaestradaNacionalN.º10-8eaNortepelaRuaPrincipaldasPraiasdoSado.
Apesarde,genericamente,oentendimentodoconcei-tode risco ser aprobabilidadedeocorrênciadeumevento compotencial para causar dano e respectivaestimativa das suas consequências para as pessoas,benseambiente,opresenteestudoconsiderouoriscorepresentadoapenaspelovectorconsequências.
Assim,noqueserefereaosníveisderisco,conside-ram-setrêsníveis:Reduzido,Moderado,elevadocujadefiniçãoéaqueseapresentanaTabela1.estesníveisforamatribuídosemfunçãodosresultadosobtidosnamodelaçãodosefeitosdoscenáriosdeacidenteselec-cionadostendoemcontaascaracterísticasequantida-desdeprodutosperigosospresentesnasinstalações.
Paraefeitosdacaracterizaçãodosriscosdosacidentestratadosemfunçãodosefeitoscalculadosconsidera-ram-seoslimiaresreferidosna Tabela2.
Tabela1-Classificaçãodascategoriasderisco.
Nívelderisco significado
Reduzido
Moderado
elevado
danospessoaisligeirosquenãonecessitamemprincípiodecuidadosparaalémdeprimeirossocorros.danosmateriaispoucosignificativosquenãoultrapassamolimitederesistênciadasestruturas.danosambientaisdedimensãoreduzidaenãopersistentes.
Possibilidadededanospessoaismoderadosquepoderãonãoserreversíveismasque,emprincípio,nãocomprometemacapacidadedeadopçãodemedidasdeautoprotecçãoeeva-cuaçãoequepodemnecessitardeapoiomédicocomplementar.danosmateriaissignificativosque,noentanto,nãoultrapassamolimitederesistênciadoselementosestruturaisdosequipamentoseinfra-estruturas.danosambientaisnumaextensãosignificativaenãopersistentes.
Possibilidadededanospessoaisgraves,geralmenteirreversíveis,podendoocorrermortes.danosmateriaissignificativosquepodemultrapassarolimitederesistênciadoselementosestruturaisdosequipamentoseinfra-estruturas.danosambientaisnumaextensãosignificativaepersistentes.
Tabela2-Valoreslimitedosefeitosfísicosparaclassificaçãodorisco.
Fenómeno Nívelderisco Parâmetro
Mecânico:ondasdepressão elevado 170mbar
Moderado 100mbar
Reduzido 30mbar
Térmico:radiaçãotérmica elevado 7,0kW/m2
Moderado 5,0kW/m2
Reduzido 3,0kW/m2
Químico:nuvemtóxica elevado Aegl-3para60minutosdeexposição
Moderado Aegl-2para60minutosdeexposição
Reduzido Aegl-1para60minutosdeexposição
16|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Amodelaçãodoscenáriosdeacidenteseleccionadosfoi efectuadacom recursoaosmodelos incluídosnopackage informático designado por eFFeCTS 8.0.1 –Modeling the Effects of Accidental Release of Hazar-dous SubstancesdesenvolvidopeloTNo(Netherlands Organization for Applied Scientific Research).
estesoftware incorporadiversosmodelosparaocál-culo dos efeitos de libertação acidental de substân-ciasperigosas,nomeadamentemodelosdedescarga,vaporizaçãodederrames,dispersão,incêndioeexplo-são.
Para o processo demodelação dos cenários de aci-dente foramestabelecidospressupostosuniformesaadoptarnoestudo,demodoatratarasdiversassitua-çõesnumabasecomparável.
Para determinar as condiçõesmeteorológicas típicasdaáreadeestudo,recorreu-seaosdadosdaestaçãometeorológicadeSetúbal/liSNAve,paraoperíodode1974-1990,tendo-seapuradoosvaloresmédiosparaos diversos parâmetrosmeteorológicos, a utilizar namodelação.
Nestecontexto,foramassumidososparâmetroscons-tantesnaTabela3.os cenários forammodelados sem incorporar variá-veiscomoaexistênciademedidasdeprevençãooumitigaçãocomosejamsistemasdecontroloautomá-ticodosprocessos,existênciadePlanos/Procedimen-tosdeemergência,meiosdeintervençãodisponíveis,etc.damesmaformanãofoitidoemcontaainduçãodoefeitodominó.
em seguida procedeu-se à recolha de informação.Paratalfoielaboradoumquestionário(Anexo1)quefoienviadoatodososestabelecimentossituadosnaárea de intervenção definida. Posteriormente foramagendadas reuniões com os responsáveis de cadaumdosestabelecimentospararecolhadosquestioná-rios,esclarecimentodedúvidase/ouapoioaopreen-chimentodosquestionários.Semprequenecessárioagendaram-senovasreuniõesparacompletaropro-cesso e recolher omáximo de informação possível.estes questionários destinaram-se essencialmente acaracterizaraactividadedesenvolvidanosestabeleci-mentos,identificarassubstânciasperigosaspresentesemcadainstalaçãoeidentificarasmedidasdesegu-rançaexistentes.
Comesteprocessofoipossívelrecolherainformaçãorelevante dos estabelecimentos situados na área dopresentetrabalho.excluíram-sedoprocessodemode-lação de acidentes e de caracterização detalhada osestabelecimentos que, pela actividade desenvolvidaoupelasuadimensão,têmumimpactonegligenciávelnoexteriordassuasinstalações.Assim,nototalforamtratadosparaefeitosdaelaboraçãodacartaderiscoosdadosreferentesa33empresasdototalde71instala-dasnestaárea.
Foram ainda recolhidos elementos de várias outrasentidades, designadamente a Administração dosPortosdeSetúbaleSesimbra(APSS),aSapecParquesindustriais,o institutodeConservaçãodaNaturezaeBiodiversidade(iCNB)eosComboiosdePortugal(CP),quepossibilitaramarecolhadeumconjuntoadicionaldeinformaçõesrelevantes.
A informação recolhida através dos questionários econtactos acima referidos foi complementada comainformaçãoconstanteemváriosdocumentos,nome-adamentePlanosdeemergênciaeelementosparaaelaboraçãodoPlanodeemergênciaexternodosesta-belecimentosenquadradosnolimiarsuperiordeperi-gosidadedadirectivaSevesoii.
depoisderecolhidatodaainformaçãorelevante,estafoicarregadanumabasededados,quefoicriadapararepositóriodainformaçãorecolhida.
decorrente do processo de recolha e tratamento dedadosdecaracterizaçãodosestabelecimentosproce-deu-seàtransposiçãodosvárioselementosparaumSistema de informação geográfica (Sig) para repre-sentação e análise espacial dos efeitos/consequên-ciasdoscenários.Paratalforamimportadaslayersdeinformação já existentes ou elaboradas outras combaseemdadosalfanuméricos.
Toda esta informação georreferenciada foi cruzadaposteriormente com as layers referentes aos resulta-dosdosvárioscenáriosdeacidentessimulados(ondasde pressão, radiação térmica e nuvem tóxica). destemodo,usufruindodasferramentasdeanáliseespacialedainformaçãogeorreferenciada,foipossívelanalisaraocupaçãoindustrialnaPenínsuladaMitrenaeavaliarosriscosevulnerabilidadesexistentesnaáreadeestudo.
Noqueserefereàsvulnerabilidadesforamconsidera-dososseguintestiposdeequipamentosexistentesna
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|17
Tabela3-Parâmetrosutilizadosparamodelação.
ParâmetrodeModelação significado
Condiçõesmeteorológicas Paracenáriosenvolvendoincêndioeexplosão:• velocidadedovento(m/s)–4,7• Temperaturadoar(ºC)–22,7
Paracenáriosenvolvendodispersãodetóxicos:• Temperaturadoar(ºC)–22,7• Humidaderelativadoar(%)–69• direcçãoevelocidadedoventoeestabilidadeatmosférica–Considera-das8direcçõesdeventoaqueforamassociadasasvelocidadeeestabi-lidadeatmosféricamaisfrequentesdaseguinteforma:
• Norte–3,7m/s–Classed• Nordeste–2,9m/s–Classee• este–3,0m/s–Classee• Sueste–3,3m/s–Classee• Sul–3,5m/s–Classed• Sudoeste–3,6m/s–ClasseC• oeste–3,6m/s–ClasseC• Noroeste–4,6m/s–ClasseC
emissãoederrame • diâmetrosderupturasdastubagens-50mm(paratubagenscomdiâ-metroigualousuperioraestevalor.Paratubagensdediâmetroinferior,odiâmetrodatubagem)
• Perdadecargadevidaàformadoorifíciodedescarga:1,0• Quantidadedeprodutopresente:85%dovolumeútildoreservatórioenvolvido
• Áreamáximaparaadispersãodeumderrame–semrestriçõesexceptoquandoexistabaciaderetenção,emquefoiutilizadaaáreaútildabacia
• Alturadedescargaemrelaçãoaofundodoreservatório–0,1m• Temperatura–atemperaturaambiente,exceptoquandoascondiçõesdeprocessorefiramoutrovalor
• Pressão–apressãodevaporcorrespondenteàtemperatura,exceptoquandoascondiçõesdeprocessorefiramoutrovalor
• Tempodedescarga–30minutosouovalorparaotempototaldedes-carga,seinferior
• Fracçãodeenergialibertadaporradiação:35%• Fracçãodedióxidodecarbononaatmosfera:0,03%
Combustão
inflamaçãodenuvemdegás • Massainflamável:aqueseencontranodomíniodeinflamabilidadeaofimde5minutosouvalormáximoseocorrerantesdestetempo
Sobrepressão • Fracçãodanuveminflamávelconfinada:10%• Rendimentodareacçãodecombustão:50%(deflagraçãomédia)
freguesiaondeseencontra instaladaaáreaemestu-do(Sado)enasfreguesiaslimítrofes(SãoSebastiãoegâmbia-Pontes-Altodaguerra):• equipamentos de utilização colectiva. Para esteefeito, consideraram-se: estabelecimentos desaúde,laresdeterceiraidade,estabelecimentos
deensino,edifíciosreligiosos,culturaisedespor-tivos,grandessuperfíciescomerciaiseedifíciosassociadosàadministraçãopública.
• infra-estruturasdeagentesdeprotecçãocivil.• infra-estruturasdetransporteterrestre.• Redeeléctrica.
18|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
5. Caracterização da Península da Mitrena
5.1. Localização geográfica e caracterização ambiental
APenínsuladaMitrenalocaliza-senaÁreaMetropoli-tanadelisboa,distritoeconcelhodeSetúbal,fregue-sia do Sado, ocupa uma área de aproximadamente2300hae localiza-seacercade4kmaNascentedocentrourbanodacidadedeSetúbal.
oacessoàáreadeestudoefectua-seunicamentepelaestradaNacional10-4,tambémconhecidaporestrada
daMitrenaquesedesenvolveacompanhandoaexten-são da Península a Sul paralelamente ao estuário doSado.deacordocomumacontagemrealizadapelaC.M.Setúbal,em2007circularamnaáreadeestudocercade3740veículospesadosdemercadoriaspordia.
emtermosdeocupaçãodosolo,aPenínsuladaMitre-naéumaáreafortementeindustrializada,ondeestãoinstalados diversos estabelecimentos com elevadaimportância económica para a região e para o país,confinandocomumaáreadeelevadointeressenaturaleambiental,classificadaemdiversosestatutosdecon-servaçãodanatureza(Tabela4).
Tabela4-estatutosdeconservaçãodefinidosparaoestuáriodosado.
Classificação enquadramentolegal
ReservaNaturaldoestuáriodoSado decreto-lein.º430/80de1outubro
zonadeProtecçãoespecial(zPe)doestuáriodoSado(directivaAves,79/409/Cee)
decreto-lein.º384-B/99de23deSetembro
SítiodalistaNacionaldadirectivaHabitats–estuáriodoSado(PTCoN00011)(directivaHabitats92/43/Cee)
ResoluçãodoConselhodeMinistros n.º 142/97de28deAgosto.
“Estuário do Sado” – Sítio Ramsar n.º 826 Decreto-Lei n.º 45/78 de 2 de Maio
Tabela5-distribuiçãodadirecçãodoventoerespectivasvelocidadesmédiasassociadas.
N Ne e se s sW W NW
Frequência(%) 30 6,3 4,4 6,3 15,1 15,6 11,1 10,4
velocidademédia(m/s) 3,7 2,9 3,0 3,3 3,5 3,6 3,6 4,6
de uma forma geral a região de Setúbal pode sercaracterizadapor apresentarverõesquentes e inver-nosmoderados.osmesesmaisquentessãoosmesesde Julho e Agosto, com temperaturas médias de22,7°Cecommáximasabsolutasde39,7°C.osmesesmaisfriossãoosmesesdedezembroeJaneiro,comtemperaturasmédiasdaordemdos11ºecommíni-masabsolutasde-1,7°C.
omêscommaiorprecipitaçãoéomêsdedezembro,com precipitaçãomédiamensal de 91,1mm, sendo
o mês com menor pluviosidade o de Agosto, comvaloresmédiosde2,4mm.
Adirecçãopredominantedo vento ao longodo anoéNorte,comumafrequênciade30%.Asvelocidadesmédiasdoventosãorelativamentehomogéneassen-doavelocidademédiamaiselevadaaqueocorrecomoventodadirecçãoNW,comumvalorde4,6m/s(verTabela5).Ahumidademédiarelativaanualéde78%às9horasede64%às15horas.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|19
Figura1-localizaçãodaPenínsuladaMitrena.
5.2. PopulaçãooconcelhodeSetúbal possui umaáreade 172 km2
tem aproximadamente 114 000 habitantes distribuí-dosporoito freguesias:NossaSr.ªAnunciada,SantaMariadagraça,SãoJulião,Sãolourenço,SãoSebas-tião,SãoSimão,gâmbia-Pontes-AltodaguerraeSado(iNe,2001).
Na freguesiadoSadoe freguesiasvizinhas,designa-damente, São Sebastião e gâmbia-Pontes-Alto da
guerra,residemcercade62000habitantes(aproxima-damente57%doshabitantesdoconcelho),numaáreade69km2.Naáreadeestudo,amaiordensidadepopu-lacionalverifica-senazonaNorte(Figura2),enquantonasrestantesfreguesias(SãoSebastiãoegâmbia-Pon-tes-Alto da guerra) a maior densidade populacionalencontra-seaPoente,devidoàproximidadedocentrodacidadedeSetúbal.
20|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
5.3. Ocupação e uso do solooPlanodirectorMunicipal deSetúbal (PdM) actual-menteemvigordefineaáreaemestudocomodeutili-zaçãoindustrial.Nestesentido,encontram-sedefinidasduasáreasâncora:oParque industrialdaSapeceoParqueindustrialdaHerdadedaMitrena.
oestuáriodoSadoapresentanaáreaemestudoumaintensa actividade portuária administrada pelaAdmi-nistração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS)comdiversoscaisparamovimentaçãodemercadoriasecombustíveisdeeparaasinstalaçõesindustriais,de-signadamente:lallemandibéria,SA,uralada,etermar,
TerminalPortuáriodasPraiasdoSado,TerminalPortu-áriodaSAPeC,Alstom,Portucel,TerminaldaTanquisa-do/eco-oileeurominas.
oPdMemvigorclassificaaáreadeestudoemseisclasses: espaço cultural e natural, espaço industrial(proposto),espaçoindustrial(existente),espaçourba-no, área consolidada, espaço verde de protecção eenquadramentoe instalaçõesportuárias (Figura3).Acarta de condicionantes (Figura 4) define duas áreascondicionadas nesta península, designadas comoReserva ecológica Nacional (ReN) e estuário e faixacosteira.
Figura2-Populaçãoresidente.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|21
Figura3-CartadeordenamentodaPenínsuladaMitrena.(fonte-PdMdesetúbal)
Figura4-CartadecondicionantesdaPenínsuladaMitrena.(fonte-PdMdesetúbal)
22|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
5.4. Infra-estruturasForamconsideradascomovulnerabilidadesosseguin-tesequipamentosdeutilizaçãocolectiva(Figura5):• Quatroestabelecimentosdesaúde:extensãodeSaúdedoSado,HospitaldeSãoBernardo,CentrodeSaúdedeSãoSebastiãoeextensãodeSaúdedoBairroSantosNicolau.• Trintaeseisestabelecimentosdeensino,desig-nadamente4dopré-escolar,18do1ºciclodoen-sinobásico, 5 do 2º/3º ciclosdo ensinobásico esecundário,4doensinoprofissionale5doensinouniversitário.
Foramconsideradascomovulnerabilidadesasseguin-tes infra-estruturas de agentes de protecção civil eentidadescomespecialdeverdecolaboração(Figura6):• QuartelsededaCompanhiadeBombeirosSapa-doresdeSetúbal
• esquadrada2ªdivisãodaPolíciadeSegurançaPública(Belavista)
• QuarteldaBrigadaTerritorialdaguardaNacionalRepublicana/PostodeSetúbal
• instalaçõesdaAutoridadeMarítima• instalações do Serviço de estrangeiros e Fron-teiras
• instalações do Núcleo de Setúbal da PolíciaJudiciária
Noqueserefereàsinfra-estruturasdetransportecon-sideram-se(Figura7):• linhaferroviária,ramalPraiasdoSado–via-fér-reaeestaçãoprincipalPraiasdoSado,terminaisprivadosdaC.N.e.,SoPAC,SAPeCAgroePor-tucel.
• AestradaNacional10-4,estradaNacional10-8eestradaMunicipal356-1.
No que concerne a redes energéticas foram identifi-cadas:• Redeeléctricadealtatensão• Redeeléctricademédiatensão• gasodutodegásnatural
Figura5-localizaçãodosequipamentosdeutilizaçãocolectiva.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|23
Figura6-infra-estruturasdosagentesdeprotecçãocivil.
Figura7-infra-estruturasdetransporte.
24|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
6. Análise da informação recolhida
6.1. Infra-estruturasumavez recolhidaa informação referente a 71esta-belecimentos, foram tratadososdados referentes àsactividadesdesenvolvidas,númerodetrabalhadoresematériasperigosaspresentes.
Adistribuiçãoespacialdosestabelecimentosconside-radosencontra-serepresentadanaFigura8.
NoAnexo2inclui-sealistagemdosestabelecimentoslocalizadosnaáreaemestudoerespectivaclassifica-çãodeactividadeeconómica.
No que diz respeito ao enquadramento jurídico dosestabelecimentos, verifica-se que quatro deles sãoclassificadoscomoestabelecimentosdenívelsuperiordeperigosidade,segundoodecreto-lein.º254/2007,de 12 de Julho, designadamente: Portucel, SapecAgro,SAPeCQuímicaeTanquisado(Figura9).
6.2. ColaboradoresApopulaçãolaboralnaPenínsuladaMitrenaévariávelpodendoatingirumnúmeromáximode,aproximada-mente, 3500 trabalhadores incluindo colaboradoresdasempresasinstaladaseprestadoresdeserviços.AFigura10apresentaadistribuiçãodetrabalhadoresporestabelecimento.
6.3. Produtos perigosos presentesParaacaracterizaçãodosprodutosperigosospresen-tes na Península da Mitrena recorreu-se ao critérioconstantenasParte1eParte2,doAnexoi,dodecreto-lein.º254/2007,de12deJulho(Tabela6).
A análisedosquestionários recebidospermitiu iden-tificar os produtos perigosos, instalações onde seencontram,quantidadespresenteseascategoriasemqueosmesmosseenquadram,nos termosdocrité-rioadoptado.Combasenainformaçãodisponibilizadapelas empresas foi elaborado e georreferenciado oinventáriodeprodutosperigosospresentesnaPenín-suladaMitrena(Figura11).
Figura8-representaçãoespacialdosestabelecimentos.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|25
Figura10-Populaçãolaboralpresenteporestabelecimento.
Figura9-localizaçãodosestabelecimentosdonívelsuperiordeperigosidade.
26|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Tabela6-Categoriasdeprodutosperigosos(parte2doanexoidodl254/2007).
CategoriasdeProdutosPerigosos
1 Muitotóxicas
2 Tóxicas
3 Comburentes
6 inflamáveis
7.a Facilmenteinflamáveis
7.b líquidosfacilmenteinflamáveis
8 extremamenteinflamáveis
9i Muitotóxicaparaosorganismosaquáticos
9ii Tóxicaparaosorganismosaquáticos:podecausarefeitosnefastosalongoprazonoambienteaquático
Figura11-localizaçãodosedifíciosereservatórioscomsubstânciasperigosaspresentesnaPenínsuladaMitrena.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|27
Ascategoriascommaiornúmerodeprodutosperigo-sospresentesnaáreadeestudosãoa9i-Muitotóxicaparaosorganismosaquáticos,com150produtos,ea9ii-Tóxicaparaosorganismosaquáticos,com60pro-dutos.oprodutoqueestápresentenomaiornúmerodeinstalações(18)éogasóleo,classificadonacatego-ria9ii,seguidodopropano,classificadonacategoria8,
em7instalaçõeseooxigénio,classificadonacategoria3,presenteigualmenteem7instalações.
ATabela7resumeadistribuiçãodeprodutosperigo-sospresentesnasinstalaçõesdaPenínsuladaMitrenatendoemcontaacategoriaemqueseenquadram.
Categorias N.ºdeProdutosPerigosos(1)
N.ºdeinstalações
Quantidade
139i 1 1 - 630
19i 8 2 65 2
19ii 1 1 2 -
2 13 2 33 180
269i 8 2 1005 -
269ii 2 1 88 -
27.adesignadametanol 2 2 119 150
27.bdesignadaálcoolmetílico 1 1 6 -
28 2 2 - 5002
29i 10 3 79 0
29ii 6 2 1270 1
3 1 1 120 100
39i 1 1 - 728
39iidesignadanitratodeamónio 1 1 300 -
3designadaoxigénio 11 7 275 377
6 21 2 234 850
69i 17 3 544 -
69iidesignadaJetA-1 1 1 - 1770
69ii 18 1 493 -
7.a 4 2 642 770
7.b 5 1 28 -
7.b9ii 1 1 5 -
8 2 2 300 -
t m3
28|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura12-localizaçãodogasoduto.
(1)SegundoabasededadosdaComissãoeuropeia(AllANou,1995)eodln.º254/2007.
Tabela7-listadascategoriasdesubstânciasperigosasporn.ºdeinstalações.
Categorias NºdeProdutosPerigosos(1)
Nºdeinstalações
Quantidade
t m3
89iidesignadagasolina 1 1 - 24400
8designadaacetileno 3 3 15 -
8designadabutano 1 1 - 56
8designadahidrogénio 1 1 - 1680
8designadapropano 7 7 1 268
9i 150 5 8235 98
9ii 60 1 4832 -
9iidesignadafuelóleo 5 5 162265 36665
9iidesignadagasóleo 21 18 45593 53285
designadaacidoclorídrico 2 2 1000 -
designadanitratodepotássio 1 1 158 -
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|29
APenínsuladaMitrenaéatravessadaporumgasodutodegásnatural(Figura12)quefazpartedaRedeNacio-naldeTransportedegásNatural.ogasodutoéenter-radonaquasetotalidadedoseutraçadopelapenínsulaeoperaaumapressãonominalde80bar.
NaPenínsuladaMitrenacirculamdiariamentediversasmercadoriasperigosasporviarodoviária,destacando--seo transportedegasolina,estimando-seemcercade50veículospordiaonúmerodetransportesenvol-vendoesteproduto.
7. Modelação de Cenários
Como referido naMetodologia, a caracterização dosriscos teve por base a modelação de cenários e os
respectivosefeitos/consequências.oscenáriosmode-ladosforamseleccionadostendoemconsideraçãoascaracterísticas e quantidades de produtos perigosospresentes nas instalações, sem incorporar variáveiscomoaexistênciademedidasdeprevençãooumitiga-çãodeacidentes.deigualforma,nãofoitidaemcontaa possibilidade de ocorrência do designado efeito dominó.
Neste sentido, forammodelados vários tipos de ce-náriocomorigemnosseguinteseventos iniciadores:rotura/perdadecontençãooucolapsodeuminvólucro(tubagemoureservatório).
ATabela8resumeoscenáriosdeacidentecujosefei-tosforammodeladosnopresenteestudo.
instalação/localização Cenário Produtoenvolvido
5 incêndiotipopiscina(poolfire) gasolina
17 Plumatóxica Amoníaco(72ton)
34 vCe Propano(50m3)
Bleve Propano(50m3)
Boladefogo(fireball) Propano(50m3)
38 incêndiotipojacto(jetfire) Butano(56m3)
vCe Butano(56m3)
39 Bleve Propano(22m3)
vCe Propano(22m3)
Boladefogo(fireball) Propano(22m3)
46 incêndiotipojacto(jetfire) Propano(33m3)
Boladefogo(fireball) Propano(33m3)
Bleve Propano(33m3)
vCe Propano(33m3)
64 incêndiotipojacto(jetfire) Propano(66m3)
Boladefogo(fireball) Propano(66m3)
vCe Propano(66m3)
Bleve Propano(66m3)
30|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Para cada cenáriomodelado foram determinadas asdistânciasaquesefazemsentirosefeitosquecarac-terizamcadaumdosníveisderiscodefinidos.Nestasecçãoapresentam-seosresultadosobtidosparacadaumdoscenáriosconsiderados,agrupadosportipodecenário.
7.1. IncêndioATabela9resumeosresultadosobtidosparaoscená-riosenvolvendoumaboladefogo,encontrando-seasuarepresentaçãoespacialnaFigura13.
Tabela8-Cenáriosdeacidentemodelados.
instalação/localização Cenário Produtoenvolvido
gasoduto vCe gásnatural(Metano)
incêndiotipojacto(jetfire) gásnatural(Metano)
estradas incêndiotipopiscina(poolfire) gasolina
acidente instalação reservatório distãncia(m)porNívelderisco
Boladefogo(fireball) 34 Propano(50m3) 440 525 680
39 Propano(22m3) 366 437 570
46 Propano(33m3) 388 462 600
64 Propano(66m3) 343 410 535
Moderadoelevado reduzido
Tabela9-distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspelocenárioboladefogo.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|31
Figura13-Níveisderisco(radiação)decorrentesdebolasdefogo.
acidente instalação reservatório distãncia(m)porNívelderisco
incêndiotipojacto(jetfire) 38 Butano(56m3) 50 57 70
46 Propano(33m3) 80 92 114
64 Propano(66m3) 80 92 114
gasoduto gásnatural(Metano) 43 49 60
Moderadoelevado reduzido
Tabela10-distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspeloscenáriosincêndiotipojacto.
A Tabela 10 resume os resultados obtidos para oscenários envolvendo um incêndio tipo jacto, encon-
trando-seosníveisderiscorepresentadosnasFigura14aFigura17.
32|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura15-Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação46.
Figura14-Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação38.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|33
Figura16-Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonainstalação64.
Figura17-Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipojactonogasoduto.
34|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
osresultadosobtidosparaoscenáriosincêndiostipopiscinaencontram-seindicadosnaTabela11,estandoasuarepresentataçãonaFigura18.
Figura18-Níveisderisco(radiação)associadosaoincêndiotipopiscina.
acidente instalação reservatório distãncia(m)porNívelderisco
incêndiotipopiscina 5 Baciaderetenção 142 160 190
(poolfire) comgasolina
estradas Cisternadegasolina 22 24 30
Moderado reduzidoelevado
Tabela11-distânciaspornívelderisco(radiação)atingidaspeloscenáriosincêndiotipopiscina.
7.2. ExplosãoA Tabela 12 resume os resultados obtidos para oscenáriosenvolvendoaocorrênciadeumaexplosãodotipoBleve,encontrando-seasuarepresentaçãoespa-cialnaFigura19.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|35
acidente instalação reservatório distãncia(m)porNívelderisco
Bleve 34 Propano(50m3) 65 96 240
39 Propano(22m3) 51 75 165
46 Propano(33m3) 30 50 167
64 Propano(66m3) 49 72 180
Moderadoelevado reduzido
Tabela12-distânciaspornívelderisco(sobrepressão)atingidasporumaexplosãotipoBleVe.
Figura19-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaumaexplosãotipoBleVe.
36|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
A Tabela 13 resume os resultados obtidos para oscenáriosenvolvendoaocorrênciadeumaexplosãode
nuvemdevaporesinflamáveis(vCe),encontrando-seasuarepresentaçãoespacialnasFigura20aFigura25.
acidente instalação reservatório distãncia(m)porNívelderisco
vCe 34 Propano(50m3) 32 53 175
38 Butano(56m3) 19 33 108
39 Propano(22m3) 44 75 241
46 Propano(33m3) 57 86 210
64 Propano(66m3) 8 13 42
gasoduto gasodutodegás 9 15 50 natural(Metano)
Moderadoelevado reduzido
Tabela13-distânciaspornívelderisco(sobrepressão)atingidasporumcenárioVCe.
Figura20-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenainstalação34.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|37
Figura21-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenainstalação38.
Figura22-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenainstalação39.
38|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura23-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenainstalação46.
Figura24-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenainstalação64.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|39
Figura25-Níveisderisco(sobrepressão)associadosaocenáriodeVCenoGasoduto.
7.3. Dispersão de tóxicosComoreferidoanteriormente,ocenáriodedispersãode tóxicos foimodelado para 8 direcções do vento,com base nos parâmetros meteorológicos apresen-
tados na Metodologia. As distâncias atingidas paraAegl-1,Aegl-2eAegl-3,paraperíodosdeexposiçãode1hora,podemserconsultadasnaTabela14easuarepresentaçãoespacialencontra-senaFigura26.
instalação reservatório direcçãodoVento
distãncia(m)atingidapelaPlumaTóxica(aeGl)(1hora)
13 Amoníaco(72t) N 357 1192 3620
Ne 752 2490 7092
e 736 2441 6919
Se 693 2299 6485
S 419 1358 3751
SW 257 820 2226
W 257 820 2226
NW 221 707 1924
Moderadoelevado reduzido
Tabela14-distânciaspornívelderisco(dose)atingidaspelocenáriodedispersãodeamoníaco.
40|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura26-Níveisderiscoassociadosaoscenáriosdeplumastóxicas.
8. Consequências previsíveis
Combasenoscenáriosmodeladosprocedeu-seàaná-lise de consequências para três tipos de receptores:colaboradores,populaçãoresidenteeinfra-estruturas,atravésdaanáliseespacialdascartasdecaracterizaçãodaPenínsuladaMitrenaeefeitosfísicosdoscenários.
Noqueserefereaoscolaboradores,paraoscenáriosdeexplosãoconsideraram-seaquelesque seencon-tramdentrodeedifícios.Paraoscenáriosdeincêndioeplumatóxicaconsideram-seoscolaboradoresqueseencontramnoexteriordosedifícios,maspresentesnasinstalações.
Paraasconsequênciasparaapopulaçãoresidentecon-sideraram-seoselementosdisponíveisnoblocodosCensos2001eosefeitosfísicossobreapopulaçãopre-senteemequipamentosdeutilizaçãocolectivaoudeserviçopúblicoexistentes,paracenáriosdedispersãodeplumastóxicas.
Quantoàsinfra-estruturasconsideraram-seosefeitosfísicossobreedifíciosereservatórios(comesemsubs-
tâncias perigosas), estradas, linha ferroviária e redeeléctrica,paraoscenáriosdeincêndioeexplosão.
8.1. ColaboradoresAsconsequênciasparaoscolaboradoresdasempre-sasinstaladasnaPenínsuladaMitrenaforamdetermi-nadasparaopiorcenáriocredível.Assim,noscenáriosdeexplosãoconsiderou-sequetodososcolaborado-resseencontramdentrodosedifícios.Noscenáriosdeincêndioetoxicidadeasconsequênciasnoscolabora-dores foramanalisadasconsiderandoque todoselesseencontramnoexteriordosedifíciosedistribuídosuniformementepelaáreadasinstalações.
8.1.1. incêndioNaTabela15apresenta-se,paracadaumdosníveisderiscoconsiderados,arelaçãodonúmerodecolabora-doresafectadospelosefeitosderadiaçãotérmica,pro-venientesdoscenáriosdotipoincêndio.NaFigura27apresenta-searepresentaçãoespacialdasinstalaçõesafectadas.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|41
instalaçãodeorigem
Nívelderisco
Cenário Nºdeinstalaçõesafectadas
NºdeColaboradoresafectados
5 Reduzido incêndiotipopiscina(poolfire) 1 1
Moderado 1 1
elevado 15 2
34 Reduzido Boladefogo(fireball) 313 1
Moderado 179 1
elevado 583 1
38 Reduzido incêndiotipojacto(jetfire) 2 4
Moderado 1 3
elevado 11 3
39 Reduzido Boladefogo(fireball) 93 12
Moderado 48 1
elevado 114 1
46 Reduzido incêndiotipojacto(jetfire) 8 1
Moderado 4 1
elevado 13 1
Reduzido Boladefogo(fireball) 42 4
Moderado 48 3
elevado 159 2
64 Reduzido incêndiotipojacto(jetfire) 15 1
Moderado 7 1
elevado 25 1
Reduzido Boladefogo(fireball) 33 2
Moderado 45 2
elevado 250 2
Tabela15-Colaboradoresafectadosporradiaçãotérmicaprovenientedeincêndio.
NaFigura28representam-seasinstalaçõespotencial-mente afectadas por um incêndio tipo piscina com
origemnainstalação5ecomorigememcisternadegasolinaemviarodoviária.
42|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura27-instalaçõesafectadasporradiaçãoprovenientedeboladefogocomorigemnasinstalações34,39,46e64.
Figura28-instalaçõesafectadasporincêndiotipopiscinacomorigemveículo-cisternadegasolinaenainstalação5.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|43
Atendendo às distâncias a que se fazem sentir osníveisderadiaçãodocenáriodeincêndiodecisternadegasolinanãoseprevêquevenhamaserafectadoscolaboradorespresentesnasinstalações.
8.1.2. explosãoNaTabela16apresenta-separacadaumdosníveisderiscoconsideradosonúmerodecolaboradoresafec-
tados pelos efeitos de umaonda de choque decor-rentedeumaexplosão.NaFigura29apresenta-searepresentaçãoespacialdasinstalaçõesafectadasporumcenáriodeBleveenaFigura30arepresentaçãoespacial das instalações afectadas por um cenáriovCe.
instalaçãodeorigem
Nívelderisco
Cenário Nºdeinstalaçõesafectadas
NºdeColaboradoresafectados
34 Reduzido Bleve 272 4
Moderado 100 3
elevado 95 3
Reduzido vCe 102 2
Moderado 25 1
elevado 70 2
38 Reduzido vCe 12 5
Moderado 4 2
elevado 9 2
39 Reduzido Bleve 55 2
Reduzido vCe 106 9
46 Reduzido Bleve 22 2
Moderado 5 1
elevado 45 2
Reduzido vCe 27 3
Moderado 30 1
elevado 17 2
64 Reduzido Bleve 89 5
Moderado 29 1
elevado 25 2
Reduzido vCe 4 1
Tabela16-Colaboradoresafectadosporondadechoquedeumaexplosão.
44|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura29-edifíciosafectadosporsobrepressão(cenáriodeBleVe)comorigemnasinstalações34,39,46e64.
Figura30-edifíciosafectadosporsobrepressão(cenárioVCe)comorigemnasinstalações34,38,39,46,64egasoduto.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|45
8.1.3. ToxicidadeNaTabela17apresenta-se,paracadaumdosníveisderiscoconsiderados,onúmerodecolaboradoresafecta-dospelosefeitosdadispersãodeumanuvemdeamo-níaco.NaFigura31apresenta-seoalcancedapluma
tóxicanadirecçãodoventoSee respectivas instala-çõesafectadas.NaFigura32apresenta-searepresen-taçãoespacialdoalcancedaplumatóxicanadirecçãodoventoNWerespectivasinstalaçõesafectadas.
direcçãodoVento
Colaboradoreseminstalaçõesafectadas
N 1 47 101 149
S 4 - 104 108
e 289 - 108 397
W 473 - 231 704
Ne 52 41 73 166
Se 100 - 255 355
SW 4 1 104 109
NW 821 156 73 1050
elevadoreduzido Moderado ToTal
Tabela17-Colaboradoreseminstalaçõesafectadasporcenáriotoxicológico.
Figura31-Plumatóxicanadirecçãodoventoseeinstalaçõesafectadas.
46|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura32-PlumatóxicanadirecçãodoventoNWeinstalaçõesafectadas.
8.2. PopulaçãoNão são previsíveis consequências relevantes paraa população decorrentes dos efeitos da radiação esobrepressãodecorrentedeumaexplosão.
Comefeito,asituaçãodemaior riscoparaapopula-çãoresidenteestáassociadaaumaplumatóxicacomventodadirecçãoSudeste(Se).
Na Tabela 18 apresenta-se, para cada umdos níveisde risco considerados, o númerodepessoas afecta-daspelosefeitosdadispersãodeumanuvemdeamo-níaco.NaFigura33apresenta-seoalcancedaplumatóxicanadirecçãodoventoSe.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|47
direcçãodoVento
Populaçãoafectada(N.ºHab.)
N 8 - 8 16
S 7 1018 2036 3061
e 15 - - 15
W 15 - - 15
Ne 10 - 9 19
Se 15 59 54036 54110
SW 15 - 754 769
NW 10 - 9 19
reduzidoelevado Moderado ToTal
Tabela18-Populaçãoafectadaporlibertaçãodeamoníaco.
Figura33-Populaçãoafectadaporplumadeamoníacocomventodese.
As consequências de uma pluma tóxica foram tam-bémanalisadasparaaocupaçãohumanapresentenasseguintesinfra-estruturas:equipamentosdeutilizaçãocolectiva;edifíciosdaadministraçãopúblicaeedifíciosdosagentesdeProtecçãoCivil.
ATabela19resumeasprincipaisinfra-estruturasdeuti-lizaçãocolectivapotencialmenteafectadaspelosefeitosdadispersãodeumanuvemdeamoníacoparaasdirec-çõesdeventoSeeS.AFigura34representaoalcancedaplumatóxicaparaasdirecçõesdeventoSeeS.
48|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
infra-estruturas Tipologia N.ºdeequipamentos
equipamentosdeutilizaçãocolectiva HospitaiseCentrosdeSaúde 3 -
estabelecimentosdeensino 23 7
Culturais,Religiososedesportivos 17 3
HipermercadoseMercados 7 -
AdministraçãoPública edifíciosAdministrativos 9 1
AgentesdeProtecçãoCivil Bombeiros 1 -
gNR 1 -
Polícia 3 -
se(aeGl-1) s(aeGl-1)
Tabela19-infra-estruturasdeutilizaçãocolectivaouserviçopúblicoafectadospeladispersãodeumanuvemdeamoníaco.
Figura34-alcancedasplumasdeamoníacoparaasdirecçõesdeventosees.equipamentodeutilizaçãocolectivaeagentesdeProtecçãoCivilafectados
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|49
ConformesepodeverificarnaFigura34,estecenáriopoderáafectarváriosequipamentosdeutlizaçãocolec-tiva,públicoseprivados.
8.3. Infra-estruturasRelativamenteàsinfra-estruturasanalisaram-seosefei-tosdoscenáriosdeincêndioeexplosãoemdiversasinfra-estruturas,designadamente:• edifíciosereservatórios• instalaçõesindustriais
• viasdecomunicaçãorodoeferroviárias• Redeeléctrica
8.3.1. edifíciosereservatóriosdaanálisedasconsequênciasprovocadaspelaradia-çãoproduzidapeloscenáriosconsideradosenvolven-doa combustão, verifica-se (Tabela20eFigura35aFigura37)queocenárioquetemopotencialparaafec-taromaiornúmerodeedifíciosereservatórioséodebolade fogoproduzidaporumBlevena instalação39,quepoderáafectar58edifíciosereservatórioscom
instalação Nível incêndio N.ºdeedifíciosereservatórios
5 elevado incêndiotipopiscina(poolfire) 1
Reduzido 18
34 elevado Boladefogo(fireball) 3
Moderado 5
Reduzido 22
38 elevado incêndiotipojacto(jetfire) 2
Reduzido 9
39 elevado Boladefogo(fireball) 53
Moderado 10
Reduzido 58
46 Moderado Boladefogo(fireball) 1
Reduzido 48
elevado incêndiotipojacto(jetfire) 4
Moderado 2
Reduzido 16
64 elevado Boladefogo(fireball) 11
Moderado 7
Reduzido 20
elevado incêndiotipojacto(jetfire) 1
Reduzido 5
Tabela20-N.ºdeedifíciosereservatóriosafectadosporradiaçãotérmica.
50|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura35-edifíciosereservatóriosafectadosporBoladefogocomorigemnasinstalações34,39,46e64.
Figura36-edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipojacto.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|51
uma intensidadecorrespondenteaumnívelde riscoreduzido.
No que diz respeito às consequências provocadaspelasobrepressãoproduzidapeloscenáriosconside-rados envolvendo uma explosão, verifica-se (Tabela21e Figura38eFigura39)queocenárioque temopotencialparaafectaromaiornúmerodeedifíciosereservatórioséodeBlevenainstalação46,quepoderáafectar9edifíciosereservatórioscomumaintensidadecorrespondenteaumnívelderiscoreduzido.
Noqueserefereaedifíciosereservatóriosafectadospelosefeitosdeumacidenteenvolvendoumacisternadegasolinaemviarodoviáriaverifica-sequeépossívelquealgunsedifíciosereservatóriospossamserafecta-dos,emboracomumnívelderiscoreduzido(Figura40).
Relativamente às consequências para os edifícios ereservatóriosdoscenáriosmodeladosparaogasodutoverifica-se(Figura41)queosedifíciosereservatóriosquepoderão ser afectadospertencemàs instalações4,27,45e62.
Figura37-edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipopiscina.
Nivel de risco
52|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
instalação Nível explosão N.ºdeedifíciosereservatórios
34 elevado Bleve 5
Reduzido 4
elevado vCe 2
Moderado 1
Reduzido 3
38 elevado vCe 8
Moderado 4
Reduzido 3
39 elevado Bleve 21
Moderado 1
Reduzido 5
elevado vCe 36
Moderado 2
Reduzido 4
46 elevado Bleve 18
Moderado 7
Reduzido 9
elevado vCe 19
Moderado 3
Reduzido 5
64 elevado Bleve 6
Moderado 1
Reduzido 3
elevado vCe 1
Reduzido 1
Tabela21-N.ºdeedifíciosereservatóriosafectadosporexplosão.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|53
Figura38-edifíciosereservatóriosafectadosporBleVe.
Figura39-edifíciosereservatóriosafectadosporVCe.
Nivel de risco
Nivel de risco
54|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura41-edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipojactoeVCecomorigemnogasoduto.
Figura40-edifíciosereservatóriosafectadosporincêndiotipopiscinanasviasrodoviárias.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|55
8.3.2. estradasdeacordocomos resultadosobtidosdamodelaçãodoscenáriosconsiderados(verTabela22eFigura42)as infra-estruturas rodoviárias presentes na área deestudo,apenaspoderãoserafectadasporradiaçãotér-micacomorigemnumaboladefogodecorrentedeumBlevenasinstalações39,46e64.
emcasodeacidentecomorigemnogasoduto,verifi-ca-sequeapenasnaestradaNacional10-8poderãoterlugarconsequênciascomorigemnoscenáriosmode-lados(Figura43eFigura44).
instalação Nível incêndioestradas Comprimento(m)
39 estradaNacional10-4 Reduzido Boladefogo(fireball) 624
46 estradaNacional10-4 Reduzido Boladefogo(fireball) 555
estradaNacional10-8 Reduzido Boladefogo(fireball) 1632
Moderado 847
estradaMunicipal356-1 Reduzido Boladefogo(fireball) 315
Moderado 184
elevado 648
64 estradaNacional10-4 Reduzido Boladefogo(fireball) 315
Moderado 201
elevado 413
Arruamento Reduzido Boladefogo(fireball) 130
Moderado 67
elevado 57
Tabela22-estradasafectadasporincêndio.
56|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura42-estradasafectadasporboladefogocomorigemnasinstalações39,46e64.
Figura43-ViasrodoviáriasafectadasporVCecomorigemnogasoduto.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|57
Figura44-Viasrodoviáriasafectadasporincêndiotipojactocomorigemnogasoduto.
8.3.3. linhaferroviáriadeacordocomos resultadosobtidosdamodelaçãodoscenáriosconsiderados(verTabela23eFigura45)asinfra-estruturasferroviáriasnaáreadeestudo,ape-
naspoderãoserafectadaspor radiação térmicacomorigemnumabolade fogodecorrentedeumBlevenainstalação46.
instalação Nível incêndio Comprimento(m)
39 Reduzido Boladefogo(fireball) 274
Moderado 154
elevado 511
46 Reduzido Boladefogo(fireball) 1285
Moderado 764
elevado 1281
64 Reduzido Boladefogo(fireball) 115
Tabela23-Comprimentodalinhaferroviáriaafectadaporincêndio.
Nivel de risco
58|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura45-linhaferroviáriaafectadaporcenáriodeboladefogo.
Noqueserefereàsconsequênciasdecorrentesdeumaexplosão, o cenáriomais consistente é o de Blevecomorigemnainstalação39(Tabela24eFigura46).
Para acidentes envolvendo veículos cisterna emvias
rodoviáriasouogasoduto,verifica-sequeapenassãorelevantes os eventos com ocorrência nas intersec-çõesdavia-férreacomaestradaMunicipal356-1comainfra-estruturadetransporteegásnatural(Figura47).
instalação Nível explosão Comprimento(m)
39 Reduzido Bleve 96
Moderado 31
elevado 68
Reduzido vCe 174
Moderado 55
elevado 44
46 Reduzido Bleve 464
Tabela24-Comprimentodalinhaferroviáriaafectadaporexplosão.
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|59
Figura46-linhaferroviáriaafectadaporBleVe.
Figura47-linhaferroviáriaafectadaporincêndiotipopiscinacomorigemnumacidentenaviarodoviária.
Nivel de risco
Nivel de risco
60|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
8.3.4. redeeléctricaAs maiores consequências na rede eléctrica de altatensão estão associadas ao cenário de bola de fogocomorigemnumBlevequepoderáocorrer na ins-
talação 34. Relativamente às consequências na redeeléctricademédiatensão,ocenáriomaisrelevanteéaboladefogocomorigemnainstalação46(verTabela25eFigura48).
instalação Nível incêndioTipoTensão Comprimento(m)
34 AltaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 319
Moderado 178
elevado 687
MédiaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 232
Moderado 94
elevado 266
38 MédiaTensão Reduzido incêndiotipojacto(jetfire) 20
Moderado 15
elevado 102
39 AltaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 223
MédiaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 1856
Moderado 731
46 AltaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 1691
Moderado 148
elevado 322
MédiaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 3307
Moderado 1033
elevado 1909
64 MédiaTensão Reduzido Boladefogo(fireball) 869
Moderado 402
elevado 534
Tabela25-redeeléctricaafectadaporincêndio.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|61
Figura48-redeeléctricaafectadaporboladefogo.
Noqueserefereaosefeitosdeumaexplosão,ascon-sequênciasnaredeeléctricadealtatensãoestãoasso-ciadasaumBlevequepoderáocorrernainstalação34 (Tabela 26 e Figura 48). Relativamente às conse-quênciasnaredeeléctricademédiatensão,verifica-sequeocenáriocommaiorrelevânciaéumavCecomorigemna instalação38.dereferirainda,quea redeeléctricadebaixatensãonãodeveráserafectadapelos
cenáriosdeincêndioeexplosãomodelados.
Para acidentes envolvendo veículos cisterna emviasrodoviárias ou o gasoduto, verifica-se que apenassão relevantes os eventos comocorrência nas inter-secçõesdasredeseléctricascomaestradaMunicipal356-1,estradaNacional10-8ecomainfra-estruturadetransporteedegásnatural(Figura50)
instalação Nível explosãoTipoTensão Comprimento(m)
34 AltaTensão Reduzido Bleve 240
vCe 58
MédiaTensão Reduzido Bleve 18
38 MédiaTensão Reduzido vCe 109
Moderado 32
elevado 34
Tabela26-redeeléctricaafectadaporexplosão.
Nivel de risco
62|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura49-redeeléctricaafectadaporVCe.
Figura50-redeeléctricaafectadaporincêndiotipopiscinacomorigemnasestradas.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|63
9. Cartas de Risco
Nasfiguras51a53apresentam-seascartasderiscoparaosníveisderiscoelevado,ModeradoeReduzido.
NaFigura54apresenta-seacartaderiscoglobalpara
apenínsuladaMitrena,comos3níveisderiscoiden-tificados.
NaFigura55apresenta-seacartadeestruturaspoten-cialmenteafectadaspelosdiferentesníveisderisco.
Figura51-Cartaderisconívelelevado.
64|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
Figura52-Cartaderisconívelmoderado.
Figura53-Cartaderisconívelreduzido.
Nivel de risco
Nivel de risco
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|65
NaFigura54-CartaderiscodaPeninsuladaMitrena.
Figura55-Cartadeestruturaspotencialmenteafectadasporníveisderiscoelevado,moderadoereduzido.
Nivel de risco
66|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
10. Recomendações
osquatrovectoresdemitigaçãodoriscosãoaprotec-ção/abrigo,oafastamento,otempodeexposiçãoeacapacidadederesposta.
Relativamente ao risco de explosão, atendendo àscaracterísticas do fenómeno, os vectores protecção/abrigoetempodeexposiçãonãogarantemumaeficá-ciaadequadaparaprotecçãodapopulaçãopresente.Noqueserefereàcapacidadederesposta,apesardenãomitigarosefeitosprimáriosdaexplosão,desem-penhaumpapelrelevantenamitigaçãodosefeitosdesegunda ordem, tais como incêndios e desabamen-tosdeestruturasresultantesdaexplosão.Assim,dosquatrovectores,apenasoafastamentodospotenciaisreceptoresdafontedeperigopermitereduziroriscoparaaspessoas,benseambiente.
Noqueserefereaoriscodeincêndioépossívelrecorreràprotecção/abrigoetempodeexposição,comeficáciavariável,dependendodolocaleintensidadedofenó-meno.osvectoresmaiseficazessãooafastamentoecapacidadederesposta.
Noque concerneo riscodeexposiçãoa tóxicos, osmais eficazes sãoo afastamento, abrigo e tempodeexposição, cuja eficácia é no entanto depende doconhecimentodapopulaçãodasmedidasdeautopro-tecçãoaadoptaremcasodeacidente,daexistênciadeumsistemadeavisoeficaz.Acapacidadederespostacontribuiigualmenteparaamitigaçãodesteriscoem-boradeformacomplementar.
Considerandoosfactoresderiscoeosvectoresdemi-tigaçãoassociados,verifica-sequeoafastamentodosreceptores ao risco constitui odenominador comumemtermosdasmedidasmaiseficazesparaprotecçãodapopulaçãoecomotaldeveráserumaprioridadeemtermosdeplaneamentoeordenamentodoterritório.
osvectoresabrigoetempodeexposiçãosãoimpor-tantessobretudonoqueserefereaincêndioeexposi-çãoatóxicos,masestãodirectamentedependentesdoconhecimentodasmedidasaadoptaremcasodeaci-dente.istoimplicaquesejamdesenvolvidosesforçosparaarealizaçãodecampanhasdeinformaçãoesen-sibilizaçãoàpopulaçãoeexercícios,quedevemestarcontempladosquernosplanosdeemergênciainternosdasempresas,quernoplanodeemergênciaexterno,bemcomoaexistênciadesistemasdeaviso.
A capacidade de resposta é um factor determinantenamitigaçãoemcasodeincêndio,efeitosdesegundaordemdecorrentesdeumaexplosãoe,aindaquedeformamaislimitada,emcasodelibertaçãodetóxicos.Contudo,asuaeficáciaeeficiênciaestãointimamenterelacionadascomascaracterísticas/condiçõesdosele-mentosenvolvidosnaresposta,designadamenteafor-maçãodoselementosoperacionais,oreconhecimentoprévio dos locais de risco, a prontidão da resposta,a disponibilidade de meios e recursos adequados esuficientes.
AcapacidadederespostapodeaindasercondicionadapelofactodeexistirapenasumaúnicaviadeacessorodoviáriaàPenínsuladaMitrena,(eN10-4),quecasofiquetotalouparcialmenteobstruídapoderálimitardeformasignificativaa intervençãodosagentesdepro-tecçãocivileevacuaçãodaárea,retardandootempoderesposta.
Tendoemcontaosfactoresanteriormentemenciona-dos,propõe-se:
a) deverãoserconsideradasnosprocessosdepla-neamentoeordenamentodo território, asdistân-ciasadequadasdeformaagarantirasegurançadaspopulaçõeserestanteselementosvulneráveis,emcasodeacidente.estasdistânciasdeverãoterporbasearegulamentaçãoapublicarou,nasuainexis-tência, poderão, em alternativa, ser consideradososníveisderiscoapresentadosnesteestudo;
b) deverá ser implementada uma campanha deinformação/sensibilização dirigida à população,parasensibilizaçãoparaosriscosexistentes,reco-nhecimentodossinaisdeavisoecomportamentosa adoptar para cada tipologia de acidente. Para aprossecuçãodesteobjectivopoderãoserutilizadosdiversosrecursostaiscomodistribuiçãodefolhe-tosportaaporta;campanhasjuntodacomunidadeeducativa;sessõesdeportaabertanasempresaserealizaçãodeexercícios,entreoutros.c) devemserinstituídossistemasdeavisoàpopu-lação,quepodem incluiravisosonoroatravésdesirenes e difusão demensagens via telefone fixooumóvel. Paraeste efeitodeverá ser criadaumabasededadosparaposteriorcontactomassivoeemsimultâneopeloServiçoMunicipaldeProtecçãoCivileBombeirosdeSetúbal.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|67
d) osagentesdeprotecçãocivilenvolvidosnares-postadevem:i. instituir um plano de visitas periódicas aosestabelecimentosparareconhecimentoecarac-terização dos locais de risco, acessibilidades,condicionantesemeioserecursosdisponíveisnolocal;ii. incluir no seu planeamento acções de for-maçãodeintervençãonoscenáriosprevisíveis,envolvendocomponentepráticaiii. definireimplementarindicadoresdedesem-penhorelativosaosmeiosamobilizarerespec-tivos tempos de accionamento após o alertainicial.iv. garantir permanentemente, individualmenteouemconjunto,amanutençãodeumdisposi-tivomínimodosmeioserecursosnecessáriosparaumacapacidadederespostaadequadaaoscenárioscredíveisdeocorrer.
e) deve ser implementada uma via alternativaà eN10-4quegarantaopermanente acessodosmeiosdesocorroatodososlocaisdaPenínsuladaMitrena.
f) equacionar a instalação de um destacamentodebombeirosnaPenínsuladaMitrena,deformaagarantirumarespostamaisrápidaeespecializadaemcasodeacidente.
g) o SMPCB deverá promover a realização deencontrosregularesentreasempresasparaparti-lhadeinformaçãoeconhecimento,visitasainstala-çõeseplaneamentodeexercíciosconjuntos,entreoutros.
h) Poderão ser estabelecidos protocolos entreosagentesdeprotecçãocivileasempresasparaimplementarasrecomendaçõesacimareferidas.
11. Conclusões
deacordo comos resultadosobtidosnamodelaçãodos cenários de acidente, verifica-se que existemvários estabelecimentos/actividades instalados naPenínsuladaMitrenaquepodemgerarefeitosdeumnívelsignificativo,comconsequênciaspotenciaisparaapopulaçãoeinfra-estruturas.
os cenários de incêndio e explosão têm, em geral,efeitosconfinadosàPenínsuladaMitrenaeemregracircunscritosaolocaldaocorrência.ocenárioenvol-vendoa libertaçãodeamoníacopoderágerarefeitosquesepodemsentirforadaáreadeestudo,atingindozonas urbanas consoante as condiçõesmeteorológi-cas verificadas nomomento. No entanto, para estaszonas apenas são previsíveis consequências ligeirase transientesparaaspessoasexpostasporperíodosaté1hora,sendoqueparapessoasmaispróximasdalibertaçãoasconsequênciaspodematingirumníveldegravidadesuperior.
Assim,sendoprincipaisobjectivosdosistemadepro-tecçãocivilaprevenção,oplaneamentoearesposta,deverá ser definido um plano de acção para imple-mentaçãodasrecomendaçõesmencionadasnocapí-tuloanterior,promovendoaestreitaarticulaçãocomoPlanodirectorMunicipal,comoobjectivodemitigarosriscosidentificadosnaPenínsuladaMitrena.
Comonotafinal,serádereferirqueopresenteestudoéuminstrumentodinâmico,quedeverásercontinua-mente actualizado de acordo com as alterações quepossam ocorrer nas unidades industriais existentes,comainstalaçãodenovosestabelecimentosounovosdadosrelativosaotransportedesubstânciasperigosas.
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anEXO 1Questionário
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ÍNDICE
1. INFORMAÇÃO GERAL
1.1 Identificação da Instalação 2 - CARACTERIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO
2.1 Descrição sumária da actividade industrial
2.2 Localização da Instalação
2.3 Matérias-primas e produtos finais
2.4 Recursos humanos 3 - LICENCIAMENTO
3.1 Licenciamento
3.2 Licenciamento de acordo com RELAI
3.3 Legislação PCIP (Prevenção e Controlo Integrado de Poluição)
3.4 Legislação de Avaliação de Impactes Ambientais
4 – INVENTÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS 4.1 Legislação relativa à prevenção dos acidentes graves que envolvem substâncias perigosas
4.2 Existência de substâncias perigosas em armazenagem
4.3 Existência substâncias perigosas em fase de processo
4.4 Recepção de substâncias perigosas
4.5 Expedição de substâncias perigosas
4. 6 Combustíveis utilizados na Instalação
4.7 Resíduos gerados na instalação 5- PLANOS DE EMERGÊNCIA
5.1 Existência de plano de emergência
5.2 Tipo de plano de emergência
5.3 Exercícios de resposta à emergência
5.4 Estudo de risco ou de segurança
6 – SISTEMAS DE SEGURANÇA 6.1 – Rede de Incêndios
6.2 – Sistemas Automáticos de Detecção de Incêndios
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6.3 – Sistemas Automáticos de Extinção de Incêndio
6.4 – Sistemas de Prevenção e Controlo de Explosões
6.5 – Outros Dispositivos de Segurança
6.6 – Responsável pela Segurança
6.7 – Sistema de Drenagem e Recolha de Águas de Combate a Incêndio
6.8 – Sistema de Drenagem e Recolha de Águas de Derrames
6.9 – Equipas de Intervenção
6.10 – Comunicações Internas em Emergência
6.11 – Comunicações com as Equipas de Socorro
6.12 – Comunicação do Risco
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LISTAGEM DE ELEMENTOS A ANEXAR AO QUESTIONÁRIO
1. Planta da instalação actualizada, preferencialmente em formato digital, com indicação de todo o
equipamento utilizado e das vias e sentidos de acesso ao exterior.
2. Declaração de Impacte Ambiental (DIA) caso tenha sido emitida.
3. Ficha de dados de segurança para cada substância perigosa existente na instalação.
4. Localização em planta e à escala adequada das zonas de armazenagem de substâncias perigosas.
5. Informação sobre dimensões dos reservatórios; condições de armazenagem; dispositivos de alivio de
pressão e suas características; características das principais linhas de circulação de produto;
características das bacias de retenção e respectivas dimensões; tipo de solo.
6. Informação sobre as condições de operação de processo nas diferentes fases (arranque,
funcionamento e paragem) e indicação de condições criticas do processo e eventuais reacções ou
condições que possam ocorrer onde a reacção fique fora de controlo.
7. Carta, preferencialmente em formato digital, assinalando as condutas e esteiras de tubagens
existentes entre unidades, caso existam.
8. Planta, preferencialmente em formato digital e à escala adequada dos parques/zonas de
armazenagem de resíduos, caso existam.
9. Plano de emergência.
10. Informação sobre as características do SADI.
11. Informação sobre as características do SAEI.
12. Informação sobre as características do SPCE.
13. Informação sobre outros sistemas de segurança.
14. Características do sistema de drenagem e recolha de águas de combate a incêndio.
15. Características do sistema de drenagem e recolha de derrames.
16. Características das equipas de intervenção.
17. Características do sistema de comunicação interna em emergência.
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1. INFORMAÇÃO GERAL
1.1 Identificação da Instalação 2 - CARACTERIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO 2.1 Descrição sumária da actividade industrial (incluir código CAE quando aplicável)
1 2 3 4
2.2 Localização da Instalação 2.2.1 - Anexar planta da instalação actualizada, preferencialmente em formato digital, com indicação
de todo o equipamento utilizado.
Empresa:.................................................................................................................. Endereço: ................................................................................................................ Código Postal: ........................................................................................................ Telefone;.................................................................................................................. Fax: ......................................................................................................................... E-mail:...................................................................................................................... Web page: ............................................................................................................... Responsável para contacto: ....................................................................................
Os elementos recolhidos no âmbito do presente inquérito são confidenciais e destinam-se exclusivamente à elaboração da carta de risco da península da Mitrena.
CONTACTO: José Luís Bucho Serviço Municipal de Protecção Civil de Setúbal Estrada de Algeruz 2910-279 Setúbal
Telefone: 265 739 336 / 265 739 330
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2.2.2 Assinalar na planta as vias e sentidos de acesso ao exterior.
2.2.3 - Área da Instalação 2.3 Matérias-primas e produtos finais 2.3.1 – Consumo de matérias primas
ARMAZENAGEM MATÉRIAS PRIMAS CONSUMO ANUAL MODO DE RECEPÇÃO TIPO QUANTIDADE
2.3.2 – Produtos finais
ARMAZENAGEM PRODUTO FINAL PRODUÇÃO ANUAL TIPO QUANTIDADE
MODO DE EXPEDIÇÃO
2.4 Recursos humanos N.º de colaboradores permanentes da organização _________ N.º médio de pessoas presentes por dia na instalação _________ Horários de trabalho _________ N.º de turnos ____________ 3 - LICENCIAMENTO 3.1 A instalação encontra-se licenciada ?
Sim ............................................ Não ............................................ Em processo de licenciamento
Área Edificada Área Coberta Área Total
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3.2 A instalação encontra-se licenciada de acordo com RELAI (Regulamento do Licenciamento da
Actividade Industrial) aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 8/2003 de 11 de Abril?
Sim Não Não aplicável
3.3 A instalação encontra-se licenciada de acordo com a legislação PCIP (Prevenção e Controlo
Integrado de Poluição), Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto?
Sim
Não
Não aplicável
3.4 A instalação ou a alteração da instalação está abrangida pela legislação de Avaliação de
Impactes Ambientais (Decreto-Lei n.º 69/ 2000 de 3 de Maio) ?
Sim Não
3.4.1 Em caso afirmativo, foi emitida Declaração de Impacte Ambiental (DIA), favorável ou favorável
condicionada?
Sim Data de emissão da DIA: _________________
Junte em Anexo cópia da DIA Não
4 – INVENTÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS 4.1 A instalação está abrangida pela legislação relativa à prevenção dos acidentes graves que
envolvem substâncias perigosas (Decreto-Lei n.º 164/2001 de 23 de Maio)?
Sim Limiar superior (artigo 16º) Limiar inferior (artigo 14º) Não
Se, independentemente da resposta anterior, existem substâncias perigosas na instalação, de
acordo com o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação,
Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas (Portaria 732-A/96):
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4.2 A instalação possui substâncias perigosas em armazenagem
SUBSTÂNCIA PERIGOSA N.º ONU QUANTIDADE TIPO DE ARMAZENAGEM (1)
(1) Anexar informação sobre dimensões dos reservatórios; condições de armazenagem; dispositivos de alivio de pressão e suas características; características das principais linhas de circulação de produto; características das bacias de retenção e respectivas dimensões; tipo de solo.
4.2.1 Para cada substância perigosa existente na instalação anexar a ficha de dados de segurança.
4.2.2 Inclua em anexo, preferencialmente em formato digital, a localização em planta e à escala adequada das zonas de armazenagem. 4.3. A instalação possui substâncias perigosas em fase de processo
Sim Não
SUBSTÂNCIA PERIGOSA N.º ONU QUANTIDADE
4.3.1. Anexar informação sobre as condições de operação de processo nas diferentes fases (arranque, funcionamento e paragem) e indicação de condições criticas do processo e eventuais reacções ou condições que possam ocorrer onde a reacção fique fora de controlo. 4.3.2. Para cada substância perigosa existente na instalação anexar a ficha de dados de segurança.
4.3.3 Anexar carta, preferencialmente em formato digital, assinalando as condutas e esteiras de tubagens existentes entre unidades, caso existam.
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4.4 Recepção de substâncias perigosas
SUBSTÂNCIA PERIGOSA N.º ONU MODO DE
EXPEDIÇÃO (1)
N.º FRETES SEMANA/MÊS/ANO
(RISCAR O QUE NÃO SE APLICA)
QUANTIDADE ORIGEM
(1) via rodoviária; ferroviária, fluvial, pipeline 4.5 Expedição de substâncias perigosas
SUBSTÂNCIA PERIGOSA N.º ONU MODO DE
RECEPÇÃO (1)
N.º FRETES SEMANA/MÊS/ANO
(RISCAR O QUE NÃO SE APLICA)
QUANTIDADE DESTINO
(1) via rodoviária; ferroviária, fluvial, pipeline 4. 6 Combustíveis utilizados na Instalação:
TIPO CONSUMO ANUAL (T/ANO)
ARMAZENAGEM TIPO/ CAPACIDADE MODO DE RECEPÇÃO
Carvão GPL Gás natural Fuel óleo Gasóleo Resíduos Outro (especificar qual)
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4.7 Resíduos gerados na instalação 4.7.1 Resíduos e respectivas operações de gestão
CÓDIGO LER (1) DESCRIÇÃO ORIGEM (2) QUANTIDADE (T/ANO)
(1) Código incluído na Lista Europeia de Resíduos (LER), constante na Decisão 2001/118/CE, 16 de Janeiro. (2) Mencione sinteticamente o sector ou processo da instalação que deu origem ao resíduo referido; 4.7.2. Armazenagem dos resíduos gerados: 4.7.2.1 A instalação dispõe parque/zona de armazenagem de resíduos?
Sim Não
Se respondeu afirmativamente inclua em Anexo a localização em planta, preferencialmente em formato digital, e à escala adequada, dos parques / zonas de armazenagem 4.7.3 Modo de expedição de resíduos
CÓDIGO LER MODO DE EXPEDIÇÃO (1)
N.º FRETES SEMANA/MÊS/ANO
(RISCAR O QUE NÃO SE APLICA)
QUANTIDADE DESTINO
(1) via rodoviária; ferroviária, fluvial 5- PLANOS DE EMERGÊNCIA 5.1 A instalação possui plano de emergência?
Sim Não
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5.2 Se respondeu afirmativamente de que tipo? ___________________________ 5.2.1 Anexar cópia do Plano de Emergência 5.3 A instalação efectua exercícios de resposta à emergência?
Sim Com que periodicidade? ____________________________ Não
5.4 A instalação possui estudo de risco ou de segurança das instalações?
Sim Não
6- SISTEMAS DE SEGURANÇA 6.1) O estabelecimento possui rede de incêndio?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.2
Características da rede de incêndio
Reserva de água
Sim Volume dedicado à rede de incêndio ______ m3 Não (Ligado à rede geral ou à rede pública)
Grupo de bombagem Sim Não Se respondeu Não passe à questão seguinte
Bombas principais: Eléctricas Motor de combustão Ambos Caudal nominal ______ m3/h; Pressão nominal da rede ______ MPa No caso das bombas serem exclusivamente eléctricas existe um gerador dedicado?
Sim Não Bomba jockey: Eléctrica Motor de combustão Ambos Não tem
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- 11 -
6.2) O estabelecimento possui sistemas automáticos de detecção de incêndio (SADI)?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.3
Características do SADI 6.3) O estabelecimento possui sistemas automáticos de extinção de incêndio (SAEI)?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.4
Características do SAEI 6.4) O estabelecimento possui sistemas de prevenção e controlo de explosões (SPCE)?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.5
Características do SPCE 6.5) Outros sistemas ou dispositivos de segurança. Características dos sistemas ou dispositivos de segurança
Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, tipos de detectores utilizados e suas características, funções principais da(s) central(ais) e sua interligação com as rotinas de alarme e de alerta.
Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, tipos de detectores utilizados e suas características, funções principais da(s) central(ais) e sua interligação com as rotinas de alarme e de alerta.
Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, tipos de detectores e sistemas utilizados, suas características e responsáveis pela implementação e pelo controlo e verificação dos sistemas.
Indique quais os sistemas relevantes para a segurança da instalação estão disponíveis (por exemplo, sistemas de espuma ou de pó químico, sistemas de contenção e/ou absorção de derrames, concepção dos sistemas de esgoto, máquinas, viaturas, equipamentos e outros equipamentos). Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, suas características e responsáveis pela implementação e pelo controlo e verificação dos sistemas.
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- 12 -
6.6) O estabelecimento tem um responsável pela segurança?
Sim Nomeado pela Administração/Direcção? Sim Não
Em exclusividade? Sim Não Enquadramento na estrutura da empresa ___________________________ Não Se respondeu Não passe a 6.7
Habilitações: _________________________________________________________
Qualificações específicas para o desempenho da função: ______________________
____________________________________________________________________
6.7) O estabelecimento possui sistema de drenagem e recolha das águas de combate a incêndio?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.8
Características do sistema de drenagem e recolha de águas de combate a incêndio 6.8) O estabelecimento possui sistema de drenagem e recolha de derrames?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.9
Características do sistema de drenagem e recolha de derrames 6.9) O estabelecimento possui equipas de intervenção em caso de acidente?
Sim Não Se respondeu Não passe a 6.10
Características das equipas de intervenção
Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, modo de captação, encaminhamento e armazenamento das águas, indicando os volumes disponíveis. Refira igualmente o processo de tratamento/destino destas águas.
Descreva sucintamente as características do(s) sistema(s) instalado(s) nomeadamente no que concerne a áreas cobertas, modo de captação, encaminhamento e armazenamento dos derrames, indicando os volumes disponíveis. Refira igualmente o processo de tratamento/destino dos produtos captados/recolhidos.
Descreva o tipo de equipas existentes (Equipas de 1ª Intervenção, Brigada de Incêndio, Bombeiros Privativos, Equipas de Socorristas, Equipas de Evacuação, etc.), sua constituição, formação específica que foi ministrada ou que tenha sido obtida pelos seus constituintes e periodicidade das acções de refrescamento e de treino. Inclua a referência a equipamento específico para actuação destas equipas, incluindo o equipamento de protecção distribuído.
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- 13 -
6.10) O estabelecimento possui meios de comunicação que assegurem as comunicações internas em caso de emergência ?
Sim Não
Características do sistema de comunicação interna em emergência 6.11) Indique o modo como são asseguradas as comunicações com os meios de socorro exteriores, nomeadamente os bombeiros e com o Serviço Municipal de Protecção Civil. 6.12) O estabelecimento tem plano de comunicação de risco à população?
Descreva sucintamente o modo como são asseguradas as comunicações internas em emergência com indicação das entidades/locais que podem ser contactadas com recurso a meios específicos (por exemplo canais rádio, com indicação das frequências, ou dispositivos de chamada de pessoas).
Descreva sucintamente os meios e práticas de comunicação do risco à população (por exemplo através de parcerias com as Juntas de Freguesia, Comissões de Acompanhamento, políticas ou práticas de “Porta Aberta”, organização de eventos, produção de folhetos, etc.)
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anEXO 2CódigodeclassificaçãodasempresasdaPenínsuladaMitrena
empresasinstaladasnaPenínsuladaMitrena
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|87
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
Transportes
earmazenagem.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Publicidade,estudos
demercadoe
sondagensdeopinião.
Reparação,
manutençãoe
instalaçãodemáquinas
eequipamentos.
Armazenagem
eactividadesauxiliares
dostransportes(inclui
manuseamento).
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Fabricaçãodeprodutos
químicosedefibras
sintéticasouartificiais,
exceptoprodutos
farmacêuticos.
seTuliNe
–Transportes,lda.
sapecQuímica
Cityprint,lda.
TeCNoserVi,lda.
TaNQuisado
–TerminaisMarítimos,
s.a.
soNaZ
–Comércioeindústria
deazeites,lda.
sociedadePortuguesa
dearliquido,lda.
–airliquide
Transportesrodoviários
demercadorias.
Comércioporgrossodeprodutos
químicos.
Agênciasdepublicidade.
Reparaçãoemanutençãode
máquinaseequipamentos.
exploraçãodeterminaismarítimos,
parafinsdelogísticadeprodutos
petrolíferos.Recepçãopornavio
(viamarítima),armazenagem
emreservatórioscilíndricos
atmosféricos,eexpediçãopor
camião-cisterna(viaterrestre).
Comércioporgrossodeazeite,
óleosegordurasalimentares.
Fabricaçãoecondicionamento
deacetileno–fornecimentopor
canalizaçãodeoxigénioeacetileno
paraalisnave.
49410
46750
73110
33120
52220
46332
20110
1
2
3
4
5
6
7
Instalações Industriais da Mitrena
88|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
8
9
10
11
12
13
14
15
16
sociedadeindustrial
Carnesdaarrábida,s.a.
sociedadeagrícola
daHerdadedaMitrena,
lda.
sGsdePortugal
–sociedadeGeral
desuperintendência,
s.a.
seToFreZa
eassoCiados
setimental–reciclagem
deFerroseMetais,s.a.
serViNauTiC,lda.
Terminaldaeurominas
(setefrete)
sCalare–importação
eexportaçãodePeixes
TropicaisePássaros,lda.
saraivaGrande
10110
1210
71200
33120
38321
50102
52240
47762
3210
Abatedegado(produçãodecarne).
viticultura.
Actividadesdeensaioseanálises
técnicas.
Reparaçãoemanutenção
demáquinaseequipamentos.
valorizaçãoderesíduosmetálicos.
Transportescosteiroselocais
depassageiros.
Actividadesauxiliares
dostransportesporágua.
Comércioaretalhodeanimais
decompanhiaerespectivos
alimentos,emestabelecimentos
especializados.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
indústriasalimentares
edasbebidas.
Agricultura,produção
animal,caça,floresta
epesca.
Actividades
dearquitectura,
deengenharia
etécnicasafins;
actividadesdeensaios
edeanálisestécnicas.
Reparação,
manutençãoe
instalaçãodemáquinas
eequipamentos.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Armazenagem
eactividadesauxiliares
dostransportes
(incluimanuseamento).
Comércioaretalho,
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Pescaeaquicultura.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|89
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
17
18
19
20
21
22
24
25
soPaC–soc.Produtora
deadubosCompostos,
s.a.
saPeCParques
industriais,s.a.
saPeCagro,s.a.
saPeCagro,s.a.
saPeCagro,s.a.
saPeCTerminais
Portuários
riBasado
restaurante“aJangada”
20151
68200
20200
20200
20200
52220
33200
56101
Fabricaçãodeadubosquímicos
oumineraisedecompostos
azotados.
Arrendamentodebensimobiliários.
Fabricaçãodepesticidasedeoutros
produtosagro-químicos.
Fabricaçãodepesticidasedeoutros
produtosagro-químicos.
Fabricaçãodepesticidasedeoutros
produtosagro-químicos.
Actividadesauxiliares
dostransportesporágua.
instalaçãodemáquinas
edeequipamentosindustriais.
Restaurantestipotradicional.
Fabricaçãodeprodutos
químicosedefibras
sintéticasouartificiais,
exceptoprodutos
farmacêuticos.
Actividades
imobiliárias.
Fabricaçãodeprodutos
químicosedefibras
sintéticasouartificiais,
exceptoprodutos
farmacêuticos.
Fabricaçãodeprodutos
químicosedefibras
sintéticasouartificiais,
exceptoprodutos
farmacêuticos.
Fabricaçãodeprodutos
químicosedefibras
sintéticasouartificiais,
exceptoprodutos
farmacêuticos.
Armazenagem
eactividadesauxiliares
dostransportes
(incluimanuseamento).
Reparação,
manutençãoe
instalaçãodemáquinas
eequipamentos.
Restauraçãoesimilares.
90|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
27
28
30
30
31
33
34
35
QuiMa–recolha
recuperação
desperdícios,lda.
PorTaliMPeX,s.a.
PisciculturaNeves/
Pisciculturalonga
PisciculturaBrasia
PadreValérioGrande
MonteCabras
lisNaVe–esTaleiros
NaVais,s.a.
lisNaVe–esTaleiros
NaVais,s.a.
38112
46214
3210
3210
3210
3210
33169
33170
RecolhaeTratamentodePapel
velho.
Comércioporgrossodecereais.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
oestaleiroestávocacionadopara
reparaçãoeconversãodenavios
eestruturasflutuantes,com
afocalizaçãonocliente,
prosseguindoacriaçãodevalor
paraosaccionistas,oenvolvimento
doscolaboradoreseparceiros
eorespeitopelacomunidade.
oestaleiroestávocacionado
parareparaçãoeconversãode
navioseestruturasflutuantes,
comafocalizaçãonocliente,
prosseguindoacriaçãodevalor
paraosaccionistas,oenvolvimento
doscolaboradoreseparceiroseo
respeitopelacomunidade
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Pescaeaquicultura.
Pescaeaquicultura.
Pescaeaquicultura.
Pescaeaquicultura.
Reparação,
manutenção
einstalação
demáquinas
eequipamentos.
Reparação,
manutenção
einstalação
demáquinas
eequipamentos.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|91
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
36
37
38
39
40
42
43
44
45
J.P.Moreira–Máquinas
ind.,lda.
iBera-industria
deBetões,s.a.
oNoPaCKaGiNG
Portugal,s.a.
GrupoPortucel
–soporcelempresa
ProdutoradePasta
ePapel,s.a.
FraNCisCoseQueira
BaTisTa
FoZsado–estaleiro
reparaçãoNaval
eindustrial,lda.
Famíliarodrigues
eCo-oil
–TratamentodeÁguas
Contaminadas,s.a.
CroKPlasTiC
45200
46130
22220
17110
e
17120
38212
33150
3210
38322
38322
encerrada.
Agentesdocomércioporgrosso
demadeiraemateriais
deconstrução.
Fabricaçãodeembalagens
deplástico.
Fabricaçãodepastaedepapel.
Tratamentoeeliminaçãodeoutros
resíduosnãoperigosos.
Reparaçõesindustriais,reparações
decomponentesnavais,reparações
mecânicas.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
valorizaçãoderesíduosnão
metálicos.
valorizaçãoderesíduosnão
metálicos.
encerrada.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Fabricaçãodeartigos
deborracha
edematériasplásticas.
Fabricaçãodepasta,
depapel,cartãoeseus
artigos.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Reparação,
manutençãoe
instalaçãodemáquinas
eequipamentos.
Pescaeaquicultura.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
92|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
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47
48
49
50
51
52
53
55
edP–Central
Termoeléctrica
desetúbal
CoNTaBuas,lda.
CiTri–CentroTec.int.
resíduosindustriais,
s.a.
Canana&Filhos
CaTMarGa–serviços
Naúticos,lda.
CarGo-MÁQuiNas
(arMaZÉM)
CarBol,Preparação
edistribuição
deCarvões,lda.
CaNNoN,HYGieNe
PorTuGal
C.N.e.–distribuição
deCimentosNacionais
eestrangeiros,s.a.
35112
42990
38212
42990
50102
46180
46712
39000
46732
Produçãodeelectricidadedeorigem
térmica.
Construçãodeoutrasobras
deengenhariacivil.
Tratamentoeeliminaçãodeoutros
resíduosnãoperigosos.
Construçãodeoutrasobras
deengenhariacivil.
Transportescosteiroselocaisde
passageiros.
Agentesespecializadosdocomércio
porgrossodeoutrosprodutos.
Comércioporgrosso
decombustíveissólidos,líquidos
egasosos,nãoderivados.
descontaminaçãoeactividades
similares.
Comércioporgrossodemateriais
deconstrução.
electricidade,gás,
vapor,águaquente
efriaearfrio.
engenhariacivil.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
engenhariacivil.
Transportesporágua.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
descontaminação
eactividadessimilares.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA|93
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
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58
59
60
61
62
63
64
C.N.e.–distribuição
deCimentosNacionais
eestrangeiros,s.a.
C.N.e.–distribuição
deCimentosNacionais
eestrangeiros,s.a.
C.N.e.–distribuição
deCimentosNacionais
eestrangeiros,s.a.
Bocage
arsÉNio&eduardo
–reparaçãodePesados,
lda.
apostolos
aMBiTreNaValorização
eGestãoderesíduos,
s.a.
aMBiCareiNdusTrial
TraTaMeNTo
deresíduos,s.a.
alsToM
46731
46732
46733
3210
45200
3210
38322
38313
33120
Comércioporgrossodemateriais
deconstrução.
Comércioporgrossodemateriais
deconstrução.
Comércioporgrossodemateriais
deconstrução.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
Manutençãoereparaçãodeveículos
automóveis.
Aquiculturaemáguassalgadas
esalobras.
valorizaçãoderesíduosnão
metálicos.
desmantelamentodeoutros
equipamentosebens,emfim
devida.
Reparaçãoemanutenção
demáquinaseequipamentos.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveise
motociclos.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveise
motociclos.
Pescaeaquicultura.
electricidade,gás,
vapor,águaquente
efriaearfrio.
Pescaeaquicultura.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
Reparação,
manutençãoe
instalaçãodemáquinas
eequipamentos.
94|CARTA DE RISCO DA PENÍNSULA DA MITRENA
id Caev.3 designaçãodaactividadeempresas divisão
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68
69
70
71
72
aduBosdeiBa,lda
a.P.s.s.–armazém
arrumosserviço
ambiente–sapal
doMoinhoNovo
aCTiNaVal,lda.
–santaCatarina
aCTiNaVal,lda.
–santaCatarina
sPC–serviçoPortuguês
deContentores,s.a.
seleCTis,s.a.
eCoPaTrol
–ControloeProtecção
ambiental,lda.
46180
52220
25620
25620
52291
46750
38212
Agentesespecializadosdocomércio
porgrossodeoutrosprodutos.
Actividadesauxiliares
dostransportesporágua.
Actividadesdemecânicaemgeral.
Actividadesdemecânicaemgeral.
PlataformaMultimodal
Rodoferroviária–operador
logístico.
Comércioporgrossodeprodutos
químicos.
Tratamentoeeliminaçãodeoutros
resíduosnãoperigosos.
Comércioporgrosso
(incluiagentes),
exceptodeveículos
automóveis
emotociclos.
Armazenagem
eactividadesauxiliares
dostransportes
(incluimanuseamento).
Fabricação
deprodutosmetálicos,
exceptomáquinas
eequipamentos.
Fabricação
deprodutosmetálicos,
exceptomáquinas
eequipamentos.
Armazenagem
eactividadesauxiliares
dostransportes
(incluimanuseamento).
Recolha,tratamento
eeliminaçãode
resíduos;valorização
demateriais.
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