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Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Engenharia Elétrica e Informática
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica
SERIMAR DE SALES OLIVEIRA
RELATÓRIO DE DEFESA DE ESTÁGIO REALIZADO NA
ACUMULADORES MOURA S/A
Campina Grande, Paraíba
Abril de 2014
ii
SERIMAR DE SALES OLIVEIRA
RELATÓRIO DE DEFESA DE ESTÁGIO REALIZADO NA
ACUMULADORES MOURA S/A
Relatório de Estágio Integrado submetido à
Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal de Campina Grande
como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Bacharel em Ciências no
Domínio da Engenharia Elétrica.
Área de Concentração: Processamento de Energia
Orientador:
Professor George Rossany Soares de Lira, D. Sc.
Campina Grande, Paraíba
Abril de 2014
iii
SERIMAR DE SALES OLIVEIRA
RELATÓRIO DE DEFESA DE ESTÁGIO REALIZADO NA
ACUMULADORES MOURA S/A
Relatório de Estágio Integrado submetido à Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica da Universidade
Federal de Campina Grande como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Bacharel em
Ciências no Domínio da Engenharia Elétrica.
Área de Concentração: Processamento de Energia
Aprovado em ____ / ____ / _______
Professor Genoilton Carvalho de Almeida, D. Sc. Universidade Federal de Campina Grande
Avaliador
Professor George Rossany Soares de Lira, D. Sc. Universidade Federal de Campina Grande
Orientador, UFCG
iv
Dedico este trabalho aos meus pais, exemplos de trabalho, honestidade e dedicação, e a minha irmã, Samara Sales, pelo apoio incondicional nesta jornada.
v
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pela minha vida e pelo dom da
perseverança, que me permitiu concluir este trabalho.
Agradeço também aos meus pais, Arimã e Seráfico, por terem se esforçado tanto
para me proporcionar uma boa educação, por terem me alimentado com saúde, força e
coragem, os quais que foram essenciais para superação de todas as adversidades ao
longo desta caminhada. Agradeço a minha irmã Samara Sales, pela amizade e
companheirismo.
Agradeço à minha Tia Ana, pelo seu apoio incondicional em todos estes anos de
estudo. Em verdade, os seus esforços foram essenciais para que eu pudesse chegar até
esta etapa da minha vida.
Não posso deixar de agradecer aos muitos amigos que passaram pela minha
vida, especial a Igor Noberto e Rafael Dutra, companheiros de viagens, projetos e
aventuras. Aos amigos da Equipe ParahyAsas de Aerodesign, Franzúncil Zumba , Yatan
Jerônimo e Raimundo Nonato, pelo companheirismo e todo o desenvolvimento que me
proporcionaram. Também não poderia deixar de agradecer a Felipe Soares, Caio Paes e
aos muitos amigos da AIESEC Campina Grande. Aos amigos da “República de
Engenheiros VII”, João Paulo, João Victor, Romero Filho e João Cabral, meus
agradecimentos pela receptividade e salutar convivência.
Agradeço a Acumuladores Moura S/A pela oportunidade de estágio. A minha
gratidão é enorme a toda a Família Moura, em especial a Vanderley Maia, Maurílio
João, Bruno Minzé, Ana Leticya, Wendell Carneiro, Istael Robson, Edmilson Nunes e
Alex Santos, companheiros que trabalhos que fizeram do meu estágio uma experiência
muito construtiva.
Enfim, agradeço a todos que de alguma forma, passaram pela minha vida e
contribuíram para a construção de quem sou hoje.
vi
“Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei
Eu penei, mas aqui cheguei”
Luiz Gonzaga.
vii
RESUMO
O presente relatório é referente ao estágio curricular realizado pelo aluno
Serimar de Sales Oliveira, concluinte do curso de graduação em Engenharia Elétrica, na
Acumuladores Moura S/A – Unidade 01 – na cidade de Belo Jardim – PE.
O estágio foi realizado no setor de Energia e Automação, que é o responsável
por toda a supervisão, desenvolvimento e manutenção das instalações elétricas na
Unidade 01 – Matriz. Sob a orientação do engenheiro Vanderley Maia, o estagiário
desenvolveu várias atividades, tais como: acompanhamento de projetos, contratação de
empresas terceirizadas, compra de material, previsão de orçamento, além de outras
atividades administrativas, ao passo que aplicou fortemente vários conceitos adquiridos
na universidade através da elaboração projetos de quadros gerais de distribuição e força,
manutenção das subestações, análise e adequação de instalações à norma
regulamentadora nº10 (NR-10).
Palavras-chave: Moura, Subestação, NR-10, Instalações Elétricas.
viii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Bateria Moura automotiva ................................................................................................... 14 Figura 2 - Bateria Moura Log .............................................................................................................. 14 Figura 3 - Bateria Moura Clean ............................................................................................................ 15 Figura 4 - Bateria Moura Boat ............................................................................................................. 15 Figura 5 - Setor de Energia & Automação da Unidade - 01 ................................................................... 16 Figura 6 - Prontuário das instalações elétricas da Unidade-01 ............................................................... 19 Figura 7- Tag's utilizados para a identificação dos quadros ................................................................... 20 Figura 8 - Exemplo de um quadro com a nova identificação ................................................................. 21 Figura 9 - Parte do diagrama unifilar da SE-06 ..................................................................................... 21 Figura 10 - Subestação pintada e com nova sinalização. Assim como esta, todas as outros subestações da fábrica receberam as mesmas ações....................................................................................................... 25 Figura 11 - Modelo da placa de permissão de manutenção .................................................................... 25 Figura 12 – Subestação SE-69 após as melhorias realizadas ................................................................. 27 Figura 13 - Subestação SE-01 após as melhorias realizadas .................................................................. 27 Figura 14 - Transformador de 100kVA que foi removido da SE-05 ...................................................... 28 Figura 15 - Limpeza da SE-04 .............................................................................................................. 28 Figura 16 - Remoção dos equipamentos da antiga SE-04. ..................................................................... 29 Figura 17 - Quadro elétrico atual do vestiário. Este será trocado por um outro novo que conterá tanto as suas cargas atuais, quanto novas............................................................................................................ 30 Figura 18 - Imagem da tela do computador utilizando o ECODIAL. ..................................................... 31 Figura 19 - Tipos de carga que podem ser modeladas no ECODIAL ..................................................... 31 Figura 20 - Parte da norma NBR 5410 que foi utilizada no projeto ....................................................... 32 Figura 21 - Determinação da bitola do fio através da capacidade de corrente de circuito........................ 32 Figura 22 - Determinação da secção transversal do condutor neutro ...................................................... 33
ix
SUMÁRIO
Agradecimentos...................................................................................................................................... v Resumo ................................................................................................................................................ vii Lista de Ilustrações ..............................................................................................................................viii Sumário................................................................................................................................................. ix 1 Introdução .................................................................................................................................... 10 2 A Empresa .................................................................................................................................... 11
2.1 Histórico .............................................................................................................................. 11 2.2 Estrutura organizacional ....................................................................................................... 13 2.3 Baterias ............................................................................................................................... 14 2.4 local do estágio .................................................................................................................... 16
3 Atividades realizadas .................................................................................................................... 17 3.1 Adequação à NR-10 ............................................................................................................. 17
3.1.1 Organização do Prontuário ............................................................................................... 17 3.1.2 Diagrama Unifilar ............................................................................................................ 19 3.1.3 Substituição de quadros elétricos...................................................................................... 22 3.1.4 Sinalização de segurança e acesso .................................................................................... 24 3.1.5 Manutenção das subestações ............................................................................................ 26
3.2 Projeto de quadros elétricos.................................................................................................. 29 4 Conclusão ..................................................................................................................................... 34 5. Bibliografia................................................................................................................................... 35 ANEXO A – Plantas ............................................................................................................................. 36
10
1 INTRODUÇÃO
Este documento apresenta de forma sucinta as atividades desenvolvidas no estágio
curricular realizado na Acumuladores Moura S/A – Unidade 01, localizada na cidade de
Belo Jardim – PE, distante 180km de Recife. O estágio foi realizado no período
compreendido entre 11 de outubro de 2013 e 11 de abril de 2014 no departamento de
Energia e Automação, cuja responsabilidade é supervisionar o sistema elétrico da Moura.
Durante este período, foram desenvolvidas atividades diretamente ligadas a área
da Engenharia Elétrica, dentre as quais destacam-se projetos de quadros elétricos
realizados com o auxílio do software ECODIAL e análise e adequação das subestações à
NR-10. Por outro lado, outras habilidades foram desenvolvidas, principalmente no que
diz respeito aos processos burocráticos de uma grande empresa, relacionamento com
prestadoras de serviços, acompanhamento de obras e liderança.
Neste relatório serão apresentadas informações gerais sobre a empresa, tais como
estrutura organizacional, produtos oferecidos, história e porte de mercado. Além disso,
serão descritas as principais atividades desenvolvidas pelo estagiário ao longo de seis
meses de trabalho.
11
2 A EMPRESA
Com 57 anos e uma capacidade de produção superior a sete milhões de baterias
por ano, atualmente o Grupo Moura possui seis plantas industriais, dois centros técnicos e
logísticos avançados e mais de setenta centros de distribuição comercial no Brasil, na
Argentina e no Uruguai, além de distribuidores parceiros no Paraguai, Reino Unido e
Portugal, atendendo assim todo o Mercosul e parte do continente europeu.
Atualmente, é uma das maiores fornecedoras de baterias para a frota de veículos
em circulação na América do Sul, conquistando prêmios internacionais de qualidade das
montadoras Fiat, Ford, GM, Mercedes-Benz e Volkswagen.
2.1 HISTÓRICO
A Acumuladores Moura S/A foi fundada em 1957 por Edson Mororó Moura,
recém formado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). Criada no seco agreste nordestino, na cidade de Belo Jardim, a Moura possui
uma história de empreendedorismo de mais de meio século, partindo de uma realidade
difícil no final na década de 50 até a sua consolidação como líder de mercado na América
Latina nos dias atuais.
Em meados de 1968, a fábrica firmou uma parceria de transferência de tecnologia
com Chloride, até então a maior indústria de baterias do mundo, que trouxe benefícios
significativos para a Moura, em particular pela possibilidade de fornecimento de baterias
para o setor automotivo nacional. Com o passar do tempo, os produtos da empresa foram
se popularizando pelo país e muitos pontos de revenda foram abertos para atender a
crescente demanda, até que em 1979 foi criada oficialmente a RDM (Rede de
Distribuidores Moura), responsável pela distribuição de baterias em nível nacional e
internacional.
No mercado externo, possui participação na Argentina, Uruguai e Porto Rico.
Além disso, a fábrica mantém parcerias tecnológicas e comerciais com os maiores
fabricantes da área, com destaque para EXIDE (empresa espanhola que no ano de 1998
tornou-se parceria com a Moura) e GNB Technologies (empresa americana que desde
12
1996 é parceira da Moura) fornecedora da Ford Inglaterra e Ford Estados Unidos e
detentora da patente mundial para a fabricação de baterias com a chamada “liga prata”,
lançada com exclusividade no Brasil pela Moura.
A sequência cronológica mostrada abaixo resume a história da Moura através dos
seus principais marcos.
1957 – Fundação da Acumuladores Moura em Belo Jardim – PE;
1966 – Fundação da Metalúrgica Moura;
1983 – Início das exportações para os Estados Unidos;
1983 – Início do fornecimento de baterias à Fiat Automóveis S.A.;
1984 – Lançamento da bateria para veículos movidos à álcool;
1986 – Inauguração da planta industrial de Itapetininga – SP;
1988 – Início do fornecimento de baterias à Volkswagen do Brasil;
1999 – Lançamento da bateria Moura com Prata;
2000 – Início do fornecimento de baterias à Iveco;
2000 – Lançamento da bateria estacionária Clean;
2001 – Lançamento da bateria tracionária LOG;
2002 – Início do fornecimento de baterias à Nissan;
2003 – Lançamento da bateria náutica BOAT;
2004 – Lançamento da bateria inteligente;
2005 – Início do fornecimento de baterias à Mercedes-Benz;
2006 – Lançamento da bateria LOG DIESEL;
2008 – Início do fornecimento de baterias à Cherry;
2009 – Início do fornecimento de baterias à GM;
2010 – Início do fornecimento de baterias à Kia Motors;
2011 – Inauguração da planta industrial na Argentina.
13
2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Como toda grande organização, a Acumuladores Moura possui um sistema de
organização segmentado que permite uma gestão mais efetiva da empresa com um todo.
A principal divisão da Moura dar-se em termos de unidades independentes que
participam de uma parte específica do processo, desde o processamento da matéria prima
até a entrega ao cliente. As unidades da Moura estão espalhadas por vários pontos do
continente e desempenham papéis distintos, como pode ser visto pela Quadro 1.
Quadro 1 - Unidades da Acumuladores Moura
UNIDADE PRODUTOS LOCALIZAÇÃO
UN 01 – ACUMULADORES MOURA MATRIZ
Baterias sem carga para Itapetininga e baterias para o
mercado de reposição
Belo Jardim – PE
UN02 – UNIDADE ADMINISTRATIVA
Centro administrativo Jaboatão dos Guararapes – PE
ESCRITÓRIO SÃO PAULO Centro administrativo São Paulo –SP
ESCRITÓRIO RIO DE JANEIRO
Centro administrativo Niterói – RJ
UN 03 – DEPÓSITO FIAT E IVECO
Baterias para a Fiat e Iveco em Minas Gerais
Betim – MG
UN 04 – METALÚRGICA Reciclagem de baterias e ligas de
chumbo Belo Jardim – PE
UN 05 – INDÚSTRIA DE
PLÁSTICO Caixa, tampa e pequenas peças
para baterias Belo Jardim – PE
UN 06 – UNIDADE DE
FORMAÇÃO E ACABAMENTO
Baterias para montadoras brasileiras
Itapetininga – SP
UN 08 – MOURA BATERIAS INDUSTRIAIS
Baterias estacionárias Belo Jardim – PE
BASA – DEPÓSITO
ARGENTINA Baterias para montadoras e
reposição na Argentina Buenos Aires
WAYOTEK – DEPÓSITO PORTO RICO
Baterias para montadoras e reposição no Porto Rico
Carolina
RADESCA – DEPÓSITO URUGUAI
Baterias para montadoras e reposição na Uruguai
Montevidéu
RIOS RESPUESTOS – DEPÓSITO PARAGUAI
Baterias para montadoras e reposição na Paraguai
Assunção
14
2.3 BATERIAS
A Acumuladores Moura S./A. produz baterias automotivas; estacionárias;
tracionárias e náuticas. Cada qual com o seu espaço no mercado, as baterias fabricadas
pela Moura são reconhecidas pela qualidade e durabilidade.
As baterias automotivas são o principal produto do Grupo Moura (ver Figura 1).
A bateria automotiva Moura é fornecida para Volkswagen, Fiat, Ford, Iveco e Renault,
além de ser exportada para Inglaterra, Bélgica, Holanda, Espanha, Grécia, EUA,
Argentina, Uruguai, Porto Rico, entre outros.
Figura 1 – Fotografia de uma Bateria Moura automotiva típica.
A linha de baterias tracionaria Moura Log, ilustrada na Figura 2, oferece elevado
desempenho em operações com pisos irregulares e em temperaturas extremas. A linha
monobloco atende a demanda de veículos elétricos como carros de golf, paleteiras e
empilhadeiras.
Figura 2 – Fotografia de uma Bateria Moura Log.
15
A bateria estacionária Moura Clean é composta por placas positivas de design
diferenciado, o que facilita a condução da corrente elétrica e maximiza o rendimento do
material ativo, diferenciando-a das convencionais. Este design proporciona à bateria
menor resistência interna e maior reserva de capacidade, tornando-a ideal para aplicações
que requisitam alto nível de confiabilidade e alta corrente de descarga. Estas baterias,
conforme a Figura 3, são utilizadas em sistemas de telecomunicações, no-breaks,
subestações elétricas, alarmes de vigilância eletrônica e iluminação de emergência.
Figura 3 – Fotografia de uma Bateria Moura Clean.
Em uma embarcação, as baterias podem ter duas funções distintas: partida e
serviço. A primeira é utilizada para dar a partida no motor da embarcação, e é projetada
para fornecer uma alta corrente durante um curto intervalo de tempo; trata-se do mesmo
tipo de bateria utilizado para partir o motor de um automóvel. Já a bateria de serviço é
utilizada para alimentar os equipamentos e utilidades elétricas da embarcação, tais como
iluminação, rádio, GPS, radar, micro-ondas, refrigerados, bombas e outros itens de
consumo, normalmente por intermédio de um inversor. A linha Moura Boat, ilustrada na
Figura 4, é pioneira em baterias náuticas no Brasil.
Figura 4 – Fotografia de uma Bateria Moura Boat.
16
2.4 LOCAL DO ESTÁGIO
O estágio foi realizado no setor de Energia e Automação da Unidade 01 em Belo
Jardim. O departamento conta com um gestor (Vanderley Maia – Orientador do estágio),
dois estagiários e cinco técnicos fixos, além de eletricistas trabalhando em outros setores
da fábrica. A principal função do setor é dar suporte à estrutura elétrica da fábrica,
mantendo-a em pleno funcionamento para que os demais setores da produção não parem.
Na Figura 5 é mostrada a parte externa do local onde se realizou a maior parte das
atividades do estágio.
Figura 5 – Fotografia do Setor de Energia & Automação da Unidade – 01
17
3 ATIVIDADES REALIZADAS
As atividades realizadas durante os seis meses de estágios foram muito
significativas para o desenvolvimento pessoal e profissional do estagiário. O trabalho
dividiu-se em três principais frentes: Adequação à NR-10, Projetos de quadros elétricos e
Projetos de instalações elétricas.
3.1 ADEQUAÇÃO À NR-10
A planta da Unidade 01 – Belo Jardim – é responsável por grande parte das
baterias que são produzidas pelo Grupo Moura. Com mais de 50 anos de história, estas
instalações mesclam galpões e máquinas de última geração com equipamentos obsoletos
que estão sendo gradativamente substituídos por outros mais modernos. Esta é uma
tendência inevitável de uma empresa que cresce a passos largos e está, a cada dia mais,
abrindo as suas portas para o mundo.
A segurança nas instalações elétricas brasileiras é regida pela Norma
Regulamentadora nº 10 (NR-10). Entre outros pontos, a norma deixa claro quais são os
requisitos mínimos necessários para operação segura de instalações elétricas prediais e
industriais, além de delimitar as responsabilidades de empregados e empregadores.
Em junho de 2011 foi contratada uma empresa de consultoria (N2A Engenharia)
para iniciar os trabalhos de adequação à NR-10. Muitos avanços foram alcançados com
esta consultoria, especialmente pela organização do prontuário das instalações elétricas,
definição dos pontos de melhoria e desenvolvimento de um plano de ação.
O trabalho realizado durante o estágio foi baseado nos resultados coletados pela
N2A Engenharia e pela vivência dos funcionários mais experientes da empresa. Abaixo
seguem as ações desenvolvidas pelo estagiário no que diz respeito à NR-10.
3.1.1 ORGANIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO
O prontuário das instalações elétricas de qualquer fábrica fornece informações
importantes sobre a organização e manutenção do setor elétrico.
18
De acordo com a NR-10 (2004):
Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e
manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no
subitem 10.2.3, no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas
de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e
descrição das medidas de controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e
o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos
realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em
equipamentos de proteção individual e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas
classificadas;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.
Todos os itens listados constam no prontuário atual. A principal função
desenvolvida neste ponto foi acompanhar a realização das inspeções técnicas (SPDA e
Aterramento), organizar os resultados destas inspeções e atualizar o quadro de
funcionários do setor elétrico, assim como a sua formação e os cursos que fizeram. Esta
última ação, em particular, mostrou a necessidade de que a maioria dos eletricistas,
técnicos, estagiários e engenheiros do setor elétrico da Unidade 01, realizem o curso de
reciclagem em NR-10, pois alguns sequer fizeram o curso básico.
19
A Figura 1 mostra o prontuário das instalações elétricas da fábrica.
Figura 6 – Fotografia de parte do prontuário das instalações elétricas da Unidade-01
3.1.2 DIAGRAMA UNIFILAR
O diagrama unifilar de uma instalação elétrica proporciona uma análise rápida da
interconexão dos circuitos e permite que técnicos e engenheiros possam planejar suas
manobras de modo mais rápido, isto é, sem necessidade de verificar ligações in loco. Os
diagramas unifilares das subestações da Unidade 01 estavam desatualizados desde 2004,
com exceção da SE-69.
A principal atividade foi percorrer todas as subestações da fábrica, sempre
acompanhado por um funcionário habilitado para abri-las, fazendo uma comparação entre
os diagramas disponíveis e a situação real. Primeiramente, foi elaborado um esboço
inicial de cada subestação contendo apenas as principais cargas conectadas e registrando
as divergências com os esquemas antigos. Após o desenho dos diagramas no AutoCAD,
foi realizada uma nova visita de revisão, incluindo na representação unifilar todos os
disjuntores de entrada e saída (marca, referência, corrente nominal e corrente de curto).
Estas informações foram adicionadas ao diagrama como forma de melhorar a
representação e catalogar todos os grandes disjuntores que existem na fábrica.
O esquema unifilar geral da Unidade 01 foi construído através de um mapeamento
dos principais quadros elétricos entre as subestações e as cargas finais. Como os quadros
da fábrica não possuíam identificação clara das cargas que alimentavam, a operação
destes ficava restrita àqueles que tinham conhecimento prévio da instalação.
20
Para facilitar a representação desses quadros em um diagrama unifilar, utilizou-se
a simbologia apresentada no Quadro 2.
Quadro 2 - Lista de siglas para representação dos quadros elétricos
Tag Significado Tensão
QGMT Quadro geral de média tensão 13.8kV
QGBT Quadro geral de baixa tensão 380/440V
QDF Quadro de distribuição e força 380V
QIL Quadro de Iluminação 220V
O diagrama geral da Unidade 01 encontra-se no Anexo A. Todas as principais
cargas foram consideradas, bem como os quadros elétricos até a subestação principal
(SE-69). Com o intuito de identificar os quadros da fábrica, criou-se uma placa indicativa
para cada um deles, conforme a Figura 7.
Figura 7- Tag's utilizados para a identificação dos quadros
Os quadros que ficam dentro das subestações receberam um tag de cor laranja, indicando
que apenas os funcionários da AG Serviços, empresa responsável pela operação e
manutenção das subestações da Moura, podem operá-los. De forma semelhante, os
quadros que ficam expostos ao longo da planta industrial receberam um tag verde,
indicando que apenas os eletricistas da Moura podem operá-los, conforme a Quadro 2.
Quadro 3 - Correlação entre a cor e a empresa que operam os quadros
Empresa Cor utilizada
21
Após a aquisição dos tags, feita pelo setor de Compras, os mesmos chegaram à Unidade
01 em 25 de março. A Figura 8 mostra o quadro dos motores plenus com o seu respectivo
tag. Assim como este, outros 54 quadros foram identificados através deste procedimento.
Figura 8 - Exemplo de um quadro com a nova identificação
A utilização da planta no anexo A, juntamente com os tags nos quadros,
proporciona a identificação clara das principais partes do sistema elétrico da Unidade 01.
Uma evolução deste trabalho será o detalhamento ainda maior dos componentes do
sistema, um exemplo disto pode ser entendido através da Figura 9.
Figura 9 - Parte do diagrama unifilar da SE-06.
22
Neste caso, o QDF-22 alimenta a linha de acabamento 03. No entanto, esta linha
contém diversos motores, esteiras, máquinas de lavagem e outros itens que não estão
representados neste diagrama. Então, espera-se que os próximos trabalhos caminhem no
sentido de deixar cada vez mais claro o sistema elétrico da Moura – Unidade 01.
3.1.3 SUBSTITUIÇÃO DE QUADROS ELÉTRICOS
Durante o estágio foram realizados cinco projetos de quadros elétricos. Estes, por
sua vez, foram aprovados pelo gestor do departamento e encaminhados ao setor de
compras da fábrica.
A Figura 10 mostra o quadro que alimenta parte do setor de logística da Unidade
01. Como pode ser notado, o mesmo encontra-se em péssimo estado de conservação e
não oferece segurança para quem o opera ou transita ao seu entorno.
Figura 10 – Fotografia do quadro elétrico atual da expedição.
23
Desta forma, procedeu-se com a realização do projeto de um novo quadro (ver
Item 3.2) e a aquisição do mesmo, conforme a Figura 11.
Figura 11 – Fotografia do novo quadro elétrico da expedição.
O quadro elétrico mostrado pela Figura 12 alimenta vários filtros do setor da
Montagem. Assim como descrito acima, foi feito o levantamento de cargas e a aquisição
de um novo quadro.
Figura 12 - Quadro elétrico atual da montagem
24
3.1.4 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E ACESSO
A sinalização é uma medida simples e eficaz para prevenir acidentes de origem
elétrica. Este é um procedimento de segurança que promove a identificação (indicação,
informação, avisos...), as orientações (instruções de bloqueios, de direção...) e
advertências (proibição, impedimentos) nos ambientes de trabalho, devendo ser aplicada
para situações envolvendo os serviços e instalações elétricas. (MTE,2010)
Ainda recorrendo ao texto base da NR-10:
10.10 - Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo
ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre
outras, as situações a seguir:
a) Identificação de circuitos elétricos;
b) Travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e
comandos;
c) Restrições e impedimentos de acesso;
d) Delimitações de áreas;
e) Sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de
movimentação de cargas;
f) Sinalização de impedimento de energização;
g) Identificação de equipamento ou circuito impedido;
Verificou-se que a planta ainda necessitava avançar em muitos destes pontos,
especialmente em “b”, “d”, “e” e “f”.
Por outro lado, a adequação integral da Unidade 01 à NR-10 é uma tendência
inevitável e deve ocorrer brevemente, tanto pela consciência geral, quanto pelos
investimentos realizados.
25
Quanto ao acesso de pessoal não autorizado (Item “c”), as portas de todas as
subestações são protegidas contra acesso não autorizado, uma vez que as chaves ficam
sob a posse do gestor do setor de Energia & Automação e da AG Serviços. No que diz
respeito à sinalização de perigo, as subestações receberam pintura e placas de sinalização
novas, conforme a Figura 13.
Figura 13 - Subestação pintada e com nova sinalização. Assim como esta, todas as outras subestações da fábrica receberam as mesmas ações.
Além disso, algumas máquinas das linhas de montagem receberam placas
sinalização de impedimento de reenergização (Item “g”) em um nível experimental,
conforme a Figura 14.
Figura 14 - Modelo da placa de permissão de manutenção
Caso a medida apresente resultados práticos positivos, será replicada para um
número maior de máquinas.
26
3.1.5 MANUTENÇÃO DAS SUBESTAÇÕES
A planta elétrica da Unidade 01 possui nove subestações abaixadoras ativas,
sendo uma de 69kV/13,8kV, quatro de 13,8kV/380V e quatro de 13,8kV/440V.
O quadro 04 abaixo mostra as cargas conectadas às subestações.
Quadro 4 - Subestações ativas da unidade 01
SE Carga Principais Especificação
SE69 Moura Unidade 01 10/12,5MVA - 69kV/13.8kV SE69 Sala de Comando da SE69 45kVA – 13,8kV/380V SE01 UGB1 2000kVA - 13,8kV/380V SE01 UGB1 2000kVA – 13,8kV/380V SE01 Laboratórios e Engenharia 750kVA – 13,8kV/380V SE02 UGB4 - Formação (Seção 03) 1500kVA – 13,8kV / 440V SE02 UGB4 - Formação (Seção 04) 750kVA – 13,8kV / 380V SE02 UGB4 - Formação (Seção 02) 1000kVA – 13,8kV / 440V SE02 UGB4 - Formação (Seção 03) 1000kVA – 13,8kV / 440V SE03 Montagem (UGB2 e UGB3), Administrativo, Financeiro e Compras 2000kVA – 13,8kV / 380V SE05 UGB4 - Formação Seção 05 2000kVA – 13,8kV / 440V SE06 Acabamento 750kVA – 13,8kV/380V SE07 UGB4 - Formação Seção 06 2000kVA – 13,8kV/440V SE08 Compressores 1000kVA – 13,8kV/380V SE08 Estufas - UGB01 2000kVA – 13,8kV/380V SE09 Seção 07 750kVA – 13,8kV/380V SE09 Seção 07 2000kVA – 13,8kV/440V SE09 Seção 07 2000kVA – 13,8kV/440V
O trabalho realizado dentro das subestações foi importante para o enriquecimento
prático sobre os sistemas de potência. Todas as ações foram executadas sempre com o
apoio da AG Serviços, empresa que possui funcionários treinados para trabalhar dentro
de subestações.
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Com objetivo de reorganizar a SE-69, foi solicitada a pintura do muro e dos
portões, limpeza do mato e remoção de entulho. A Figura 15 mostra a parte interna da
SE-69 após estas ações. Para evitar que houvesse um novo acúmulo de mato nesta
subestação, foi formalizado um contrato de prestação de serviço com uma empresa de
jardinagem para remoção do mato e aplicação de veneno contra ervas daninhas a cada
quinze dias.
Figura 15 – Parte interna da subestação SE-69 após as melhorias realizadas
Todas as subestações da Unidade 01 receberam pintura e sinalização novas.
A Figura 16 mostra o exterior da SE-01, maior carga instalada setorial da Unidade 01.
Figura 16 – Fotografia da parte externa da subestação SE-01 após a pintura.
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Quando do início do estágio, a SE-05 abrigava dois transformadores, sendo um
deles de 2000 kVA e outro de 100 kVA, conforme a Figura 17. Como pode ser notado, os
transformadores estão muito próximos e não existe qualquer barreira física entre os
mesmos. Além disso, o ramal de 13,8 kVA do Trafo de 100 kVA encontrava-se em uma
posição que facilitava os contato físico com os técnicos da área. Por estas razões, a
decisão tomada foi pela remoção do transformador de menor capacidade da SE-05.
As cargas originalmente conectadas ao transformador de 100kVA foram
realocadas para SE-06. Foi realizada a compra de eletrocalhas e cabos, além da
contratação de uma empresa terceirizada para a realização do serviço.
Figura 17 - Transformador de 100kVA que foi removido da SE-05
A SE-04 é uma das subestações mais antigas da Unidade 01. Quando do início do
estágio, encontrava-se desativada. Inicialmente foi solicitada a limpeza do local,
conforme a Figura 18.
Figura 18 – Fotografia da limpeza da SE-04
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Posteriormente, houve a retirada dos cabos e a remoção do quadro elétrico, chave
seccionadora e transformadores antigos, como pode ser visto na Figura 19.
Figura 19 - Remoção dos equipamentos da antiga SE-04.
O plano inicial era reativar a SE-04. A fábrica já havia comprado uma chave
seccionadora, quadro elétrico e transformador novos, porém o projeto foi paralisado para
uma melhor avaliação sobre o local de instalação desta subestação.
3.2 PROJETO DE QUADROS ELÉTRICOS
O sistema elétrico atual da Moura conta com muitos quadros modernos e que
proporcionam facilidade e segurança na sua operação. Por outro lado, existem ainda
muitos quadros sucateados espalhados ao longo da planta da Unidade 01, o que expõe ao
risco aqueles que o operam. Nos seis meses de estágio, verificou-se um investimento
maciço na troca de muitos desses quadros, porém ainda existe um caminho longo a ser
percorrido, especialmente nos galpões mais antigos da fábrica.
Durante o estágio, foram projetados e aprovados cinco quadros elétricos. Destes,
quatro foram adquiridos pelo setor de compras, porém apenas um já se encontra na
fábrica. Neste relatório, serão apresentados os passos para o dimensionamento dos
disjuntores para o quadro elétrico que alimentará a nova lavanderia e o novo vestiário da
Unidade 01.
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A primeira etapa do projeto foi o levantamento das cargas. No local já havia uma
quadro elétrico, conforme a Figura 20.
Figura 20 – Fotografia do quadro elétrico atual do vestiário. Este será trocado por um outro novo que conterá tanto as suas cargas atuais, quanto novas.
A reforma irá manter as cargas atuais e inserir novas cargas, conforme o
Quadro 5. Com intuito de conferir à estrutura elétrica do novo vestiário mais
confiabilidade, optou-se por projetar um quadro novo que contemplasse tanto as cargas já
existentes, como as previstas.
Quadro 5 - Descrição da estrutura atual e das cargas novas do vestiário da Unidade -01
Disjuntores atuais Cargas previstas
1 x 100A (3F) 10 Torneiras elétricas – 2.4kW/ cosφ = 1.00
2 x 16A (1F) 5 Secadores de mão – 2.1kW/ cosφ = 1.00
3 X 16A (3F) 1 Máquina secadora – 38kW/ cosφ = 1.00
1 x 40A (1F) 1 Máquina de lavar – 1.47kW/cosφ = 0.85
3 x 10A (1F) 1 Centrífuga – 3.68kW/ cosφ = 0.85
2 x 6A (1F)
1 x 14A (1F)
1 x 32A (3F)
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O cálculo dos disjuntores foi feito através do ECODIAL, que é um software
cedido pela Schneider Electric, empresa fornecedora de equipamento para os novos
quadros e painéis da Unidade 01. A Figura 21 mostra a tela inicial do ECODIAL.
Figura 21 - Imagem da tela do computador utilizando o ECODIAL.
O ECODIAL é uma ferramenta simples, porém muito útil para projetos de
instalações elétricas industriais. Aliando uma metodologia de cálculo robusta ao catálogo
de disjuntores da Schneider, o software oferece ao engenheiro uma lista de material
detalhada do projeto, incluindo disjuntores, contactores, proteção e fiação.
As cargas no ECODIAL são modeladas através de quatro tipos: motor,
iluminação, tomada e genérica, conforme a Figura 22.
Figura 22 - Tipos de carga que podem ser modeladas no ECODIAL
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Com isso, foi possível inserir as cargas presentes no QDF Lavanderia no software
de modo rápido e preciso. De acordo com o treinamento realizado pela equipe da
Schneider Electric, é recomendado reavaliar os resultados do programa antes de proceder
com a compra. Por isso, ao final da simulação os resultados foram discutidos com alguns
funcionários mais experientes, como o resultado estava coerente, procedeu-se com o
envio do mesmo para o setor de compras.
Quanto ao dimensionamento do cabo, utilizou-se a norma NBR 5410.
A instalação dos condutores será feita através de eletrocalhas, conforme a Figura 23.
Figura 23 - Parte da norma NBR 5410 que foi utilizada no projeto
A corrente máxima do quadro, calculada através do ECODIAL, foi 300A. A
secção transversal do condutor de fase foi determinada de acordo com a Figura 21. Desta
forma, foi escolhido um disjuntor geral 400A. (EZC 400N – Regulável). O condutor
neutro utilizado para o projeto foi de 70 mm², conforme a Figura 24.
Figura 24 - Determinação da bitola do fio através da capacidade de corrente de circuito.
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Figura 25 - Determinação da secção transversal do condutor neutro
Além do quadro elétrico, a fiação e todo o material necessário foram adquiridos
através do setor de compras da empresa.
A Figura 26 mostra outra ferramenta do ECODIAL que permite analisar a
seletividade dos disjuntores. Este estudo é particularmente importante para a fábrica,
visto que existem problemas de seletividade que podem ser encontrados em diversos
quadros elétricos e acabam, na ocorrência de um curto-circuito ou sobrecarga, afetando a
produção.
Figura 26 - Curva de seletividade entre dois disjuntores do projeto do novo vestiário.
Deve-se ressaltar que o ECODIAL não substitui a experiência do engenheiro ou
técnico do setor elétrico, porém auxilia na velocidade na qual os projetos são concebidos.
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4 CONCLUSÃO
O estágio realizado na Acumuladores Moura S/A foi muito proveitoso para o meu
enriquecimento pessoal e profissional. Durante exatos seis meses, foram abordados temas
relativos ao currículo do curso, mas também a temas totalmente novos como a sistemática
de uma grande indústria.
A empresa possui uma cultura bastante receptiva para aqueles que estão
ingressando, tornando a adaptação inicial muito rápida e agradável, além de facilitar o
processo de troca de conhecimento.
Do ponto de vista da aplicação dos conhecimentos adquiridos na universidade, o
estágio superou as expectativas, pois trouxe consigo um aprendizado teórico aliado à
prática. A grade curricular oferecida pelo curso de graduação em engenharia elétrica da
UFCG foi suficiente para o desempenho das atividades técnicas com tranquilidade. Por
outro lado, habilidades voltadas para gestão de pessoas e projetos, produtividade e
liderança são essenciais para a permanência de um engenheiro no mercado de trabalho,
por isso disciplinas que abordem estas temáticas deveriam fazer parte da grade optativa
de qualquer curso de graduação em engenharia da UFCG.
A vivência em um ambiente profissional dinâmico, a troca de conhecimento com
pessoas de outros países, o contato com fornecedores e empresas terceirizadas e os
conselhos adquiridos com o pessoal mais experiente trouxeram, sem dúvidas, ganhos
positivos tanto à carreira profissional quanto ao desenvolvimento pessoal.
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5. BIBLIOGRAFIA MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10: Segurança em Instalações e serviço sem Eletricidade. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa
tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 209 p. MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002
MAMEDE FILHO, João. Manual de Equipamentos Elétricos. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Moura, 2014. Acumuladores Moura. [Online] Disponível em: www.moura.com.br. Acessado em Março de 2014
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ANEXO A – PLANTAS
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