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Certificação de Conteúdo Local
Thereza Moreira
1. Introdução
2. Definições e metodologia de cálculos
3. Exemplos
4. Dúvidas
Agenda
Conteúdo local no mundon Angola
n Azerbaijão
n Brasil
n China
n Egito
n Guine Equatorial
n Inglaterra
n Irã
n Kazaquistão
n Líbia
n Malasia
n Nigéria
n Noruega
n Papua Nova Guiné
n Rússia
n Trinidad
n Venezuela
n Yemen
Conteúdo local no Brasil
n É uma política do governo para incrementar a participação da indústria nacional;
n Incremento da capacitação e do desenvolvimento tecnológico local;
n É um dos critérios de seleção nas rodadas de licitação;
n Conteúdo local é obrigatório e faz parte dos contratos de concessão. O não cumprimento acarreta em multas e sanções para os concessionários.
O Conteúdo Local – Leilão (9ª rodada)
Leilão: empresas apresentam suas ofertas
Bônus de Assinatura
40% da nota final
PEM – sob forma de unidades de
trabalho40% da nota final
% de Conteúdo Local
20% da nota final
Os valores da oferta vencedora vão para o Contrato de Concessão. No caso, os valores
percentuais de Conteúdo Local ofertados para as fases de Exploração e Desenvolvimento da
Produção são lançadas na Cláusula Vigésima do contrato.
Contrato
de
Concessão
Ontem x Hoje
Rodada Zero
Não contempla CL
1999 2000 2001 2002 2003 2004
1ª a 4ª rodada Livre oferta de CL.Presença de incentivos
5ª e 6ª rodada Limites mínimos de oferta de CL.Fim dos incentivos
FASE DECLARATÓRIA
Bens > 60% agregado nacional em custo = 100% CL Serviços: (1ª e 2ª) realizados no Brasil por empresa brasileira = 100% CL(3ª, 4ª, 5ª e 6ª ) 80% agregado nacional em custo = 100% CL
1998
Histórico
2005 2006 2007 11 Set 2008 2008 2009 2010
7ª a 10ª rodada Oferta de CL limitadas a percentuais mínimose máximos.
FASE DE TRANSIÇÃO
Inclusão da Cartilha de Conteúdo Local e Certificação de CLCartilha anexada ao Contrato de Concessão.
Histórico
FASE DE CERTIFICAÇÃO
Entra em vigor o sistema de certificação de conteúdo local.
n CONTRATOS DE FORNECIMENTO DE BENS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ASSINADOS ANTES DE 11/09/2008
n Em regra contratos de fornecimento de bens e serviços firmados ANTESde 11/09/2008 não serão certificados. Estes estão cobertos pela fase de transição, conforme estabelecido no Art. 3º da Resolução ANP nº36/2007 .
n Contratos assinados antes de 11/09/2008, que apresentem qualquer tipo de alteração de preço, prazo ou escopo, sob a forma de aditivo contratual com data posterior a 11/09/2008 deverão ser certificados de acordo com o Regulamento ANP nº 6/2007, utilizando a metodologia da Cartilha de Conteúdo Local, desde que haja necessidade de comprovação de investimentos locais por parte do concessionário.
n Concessionários sujeitos ao regime de contratação regulamentado pela Lei 8.666/1993 ou pelo Decreto 2.745/1998, que tiverem iniciado processos licitatórios (publicação do edital) ANTES de 11/09/2008, estarão cobertos pela fase de transição
nAplicação• Qualquer item adquirido e utilizado pelo
concessionário na execução do contrato de concessão na fase de exploração ou etapa de desenvolvimento da produção deve ser certificado de acordo com a resolução ANP 36 de 13/11/2007, desde que haja necessidade de comprovação para efeito de cumprimento do conteúdo local contratual.
ü O Conteúdo Local vem sendo utilizado juntamente com o PEM e o Bônus de assinatura como critério de pontuação na formação da nota final das empresas participantes dos leilões.
n Se 0<CL<65% multa = 60%
n Se CL>65% multa = 1,143-(%não realizado)-14,285
Exigência de certificar o Conteúdo Local (CL)
n Concessionários necessitam comprovar trimestralmente á ANP os percentuais de conteúdo local através de certificados.
n Concessionários certificam mão de obra própria, produtos e serviços subcontratados.
n Fornecedores de produtos: certificação antecipada de bens padronizados e certificação em cada venda de produtos customizados.
n Fornecedores de serviços: certificação de serviços conforme contrato firmado com concessionário com emissão de certificados a cada fatura ou ao final do contrato encerrado. (conforme acordo entre as partes)
Relação das áreas de atividade
n O objeto da certificação se dá POR PRODUTO (bem e/ouprestação de serviço) não se permitindo emissão de certificado porempresa. (como por exemplo certificação ISO)
n Somente é permitido efetuar certificação antecipada de BENS PADRONIZADOS E PRODUZIDOS EM SÉRIE.
Entende-se por variação de especificação em bens quaisqueralterações nos parâmetros de projeto ou de aplicação, ou seja, variações do tipo “diâmetro nominal” , “pressão”, “espessura de parede” implicam em processos de certificação individualizados.
n Não existe o conceito de certificação de família de produtos.
CERTIFICAÇÃO DE BENS
Processo de comprovação de conteúdo local de bens
FORNECEDOR
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Lista de documentos necessários para a certificação de bens
n Desenho e especificação técnica do produto;
n Lista de componentes;
n Notas fiscais de compras dos insumos (ou componentes) nacionais;
n DI dos insumos (ou componentes) importados;
n Nota fiscal de venda do produto;
Observações:
Se componente do Bem possuir classificação NCM <84, critério de medição será procedência e nota fiscal de aquisição.
NCM => Nomeclatura Comum do MercosulMais informações e tabela no site do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (www.mdic.gov.br)
Revenda de produtos importados
n O cálculo de Conteúdo Local de Bens não é aplicável nos casos de revenda de bens importados.
n Nesse caso, o conteúdo local é igual a zero e tal informação deverá ser prestada por meio de declaração de 0% de conteúdo local fornecida pelo fabricante ou revendedor.
n Utilização do mesmo certificado, com variação de até10 % no conteúdo local:
n Somente se for o mesmo produto (especificação idêntica)
n Somente se for a mesma área de atividade
n Somente se for o mesmo modo de produção
Exemplo: alteração de um fornecedor da mola nacional por importado.
Cálculo do CL de bem
EXEMPLOS
Estes dados são fictícios para não descaracterizar a confidencialidade das informações, porém a alocação destas informações nas planilhas é real.
Indústria de fabricação de válvulas
Componentes do bem:
DOCUMENTAÇÃOTodas as partes possuem classificação NCM < 84, logo o critério de medição será origem e NF de aquisição.
n MOLA (adquirida no mercado interno): nota fiscal de compra R$ 5,00
n CORPO (fundido na própria fábrica): R$ 50,00
n OBTURADOR (importado): U$ 18,50
n GUIA (fundido na própria fábrica): R$ 35,00
Preço de venda (avaliado pela certificadora) R$ 655,80
n Preenchimento da planilha de conteúdo local
1 - Custo dos componentes importados
Preço de venda
Certificação de um bem– bomba centrífuga
com certificação de subfornecedor (motor da bomba)
Todas as partes possuem classificação NCM < 84, logo o critério de medição será origem e NF de aquisição, EXCETO o motor da bomba.
85 - MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS, E SUAS PARTES; APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM TELEVISÃO, E SUAS PARTES E ACESSÓRIOS
8501 - Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos. 850110 - Motores de potência não superior a 37,5W
8501101 - De corrente contínua 85011011 - De passo inferior ou igual a 1,8°85011019 - Outros
8501102 - De corrente alternada 85011021 - Síncronos 85011029 - Outros
85011030 - Universais 85012000 - Motores universais de potência superior a 37,5W 85013 - Outros motores de corrente continua; geradores de corrente contínua:
850131 - De potência não superior a 750W 85013110 - Motores 85013120 - Geradores
850132 - De potência superior a 750W mas não superior a 75kW 85013210 - Motores 85013220 - Geradores
Certificação do motor da bomba
n Verificação dos componentes do motor
90% de conteúdo local comprovados através de certificado.
Valor da nota fiscal de venda: R$ 300,00
Adicionando o CL do motor no CL da bomba
n O fornecedor do motor entregará ao fornecedor da bomba somente a nota fiscal de venda acompanhada pelo certificado de conteúdo local.
n Na planilha de cálculo da bomba:
• R$ 270,00 nacional (90 % de R$300)• R$30,00 importado
n O que fazer se o fornecedor do motor se recuse ou atrase a certificação do motor?
?
n Mesmo se tiver componentes nacionais, o valor do motor será colocado na planilha como IMPORTADO, diminuindo o CL do fornecedor da bomba.
n Aloca- se os R$ 300,00 (valor da nota de venda do motor) na parte de importados pelo fabricante.
Componentes importadosn Rotor Aberto – U$ 150,00
n Eixo – U$ 250,00
n Rolamento L não acoplado –U$80,00
n Rolamento L acoplado –U$140,00
Preço de venda da bomba centrífuga: R$ 15200,00
n Preenchimento da planilha de conteúdo local
1 - Custo dos componentes importados
Preço de venda
BEM DE USO TEMPORALSe o bem é fabricado e utilizado exclusivamente no setor de Petróleo e Gás:§ Verificação: mesmas regras utilizadas para BEM (separação de valores dos componentes importados e nacionais)Se o bem é fabricado e utilizado também em outros setores:§ Verificação: fabricante nacional (CNPJ)
Cálculo do CL de bem de uso temporal
CERTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
(só mão de obra)
Processo de comprovação de conteúdo local de serviços (só mão-de-obra)
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
FORNECEDOR
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Lista de documentos para certificação de conteúdo local de serviçosn Contrato com o concessionário;
n Faturas, invoices ou work orders;
n RG dos funcionários técnicos envolvidos na execução do serviço;
n Contrato ou ficha de trabalho;
n Contra cheque;
n GPS;
n GFIP;
n Memória de cálculo;
.
Cálculo do CL de serviços
ILS => Índice de Custo de Utilização de Mão-de-obra localem Serviços
Observações:
Não será considerado como local a mão-de-obra de indivíduosestrangeiros, ainda que com visto temporário ou autorização de trabalho a estrangeiros, bem como aquela proveniente de empregos não-legalizados no país.
SOMENTE COM VISTO PERMANENTE
Posso fazer a certificação antecipada de um contrato de prestação de serviços?
O conceito de certificação antecipada não poderá ser aplicado paraserviços, ou seja, não haverá emissão de certificado sem a presença de um contrato firmado entre o prestador do serviço e seu respectivo cliente, havendo necessidade de emissão de um certificado para cada contrato de serviço firmado, mesmo que osescopos sejam similares.
Precisarei abrir meu lucro para a empresa certificadora?
Resposta: Não. Overhead, lucro, composição de custos, composição de preços não serão abertos pelas empresas. Estes custos entram no cálculo como “diferença do valor do contrato”, sem necessidade de comprovação.
Exemplo: Uma empresa fornecedora de serviços tem um contrato com uma Concessionária no valor de R$ 3 milhões. Foram apurados no total R$ 1,7 mil (parcela nacional e importada)
Então 3,0 – 1,7 = 1.300.00,00 entrarão na planilha de cálculo comoconteúdo local.
CERTIFICAÇÃO DE SUBSISTEMAS, SISTEMAS E CONJUNTO DE SISTEMAS
Processo de comprovação de conteúdo local de subsistema xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
FORNECEDOR
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Cálculo do CL de subsistemas, sistemas e conjunto de sistemas
O modelo do Certificado de Conteúdo Local:
• Os certificados deverão ser emitidos em língua portuguesa e serão codificados conforme o seguinte formato:
xxx – yy – zzzzzzzzzzzzzz– www
• xxx : número do credenciamento da Certificadora junto à ANP;
• yy : código da área de atividade de E&P;
• zzzzzzzzzzzzzz: número de CNPJ da empresa que teve seu produto certificado;
• www: representa o número seqüencial do certificado.
n Principais clientes da SGS (em conteúdo local)n Halliburton n Maersk Supply Servicen Weatherfordn GE n Devon n BG n Statoiln Starfish/Sonagoln BR Distribuidoran KSBn Flowserven Bolland do Brasiln Oxiteno indústria químican Georadar Levantamentos Geofísicosn Nitshore
Dúvidas
Por que contratar a SGS?
n Expertise;
n Sigilo;
n Comprometimento;
n Agilidade;
n Mais informações: Thereza Moreira (21) 7454 0876» thereza.moreira@sgs.com
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