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Desastres Naturais

Ciclo de Palestras em Administração de Emergências para Municípios CAEM – 2010

Sorocaba e Itapeva

Cláudio José Ferreira

Pesquisador Científico – Instituto Geológico

Roteiro

Conceituação e classificação de desastresDados estatísticos, distribuição e causasAnálise de Risco

Variáveis da equação de risco Métodos Geotecnologias Situação atual dos mapeamentos

Conceituação e classificação

O que são Desastres?

11-14 Naturais

21-23 Humanos

31-32 Mistos

Classificação deDesastresCODAR

Classificação quanto aos fenômenos

22 Humanos

21 Tecnológicos 22 Sociais 23 Biológicos

21.1 Siderais21.2 Meios de transporte21.3 Construção civil21.4 Incêndios21.5 Produtos Perigosos21.6 Exaurimento de recursos

22.1 Ecossistemas22.2 Convulsões sociais22.3 Conflitos bélicos

23.1 Doenças vetores23.2 Doenças água23.3 Doenças inalação23.4 Doenças sangue23.5 Doenças outros

31-32 Mistos

31 geodinâmica externa 32 geodinâmica interna

3.1.1 Redução da Camada de Ozônio

3.1.2 Efeito Estufa, Chuvas Ácidas,Camadas de Inversão Térmica

32.1 Sismicidade Induzida

32.2 Salinização do Solo,Desertificação

Classificação quanto aos fenômenos

Desastres Naturais44 tipos codificados CODAR

Humano Tecnológico 21.401, 21.502, 21.605

Humano Social Terrorismo 22.215

Natural Desequilíbrio da Biocenose 14.104

Natural Erupção Vulcânica 13.201

Eyjafjallajoekull

Natural Impacto Sideral 11.101

Natural Terremoto 13.101

Natural Seca 12.402

Natural Inundação 12.301

Natural Escorregamento 13.301

Natural Vossorora 13.306

Natural Subsidência 13.307

Natural Erosão Fluvial 13.308

Critérios para reconhecimento Desastres

10 ou mais pessoas mortas;

100 ou mais pessoas afetadas;

Declaração estado de emergência ou calamidade pública;

Chamado para assistência internacional

Classificação quanto aos danos

< 5% PIB5-10% PIB10-30% PIB>30% PIB

Dados estatísticos, distribuição e causas

Evolução mundial

Vítimas em milhõesOcorrências

Fonte: http://www.cred.be/

10 países com maior mortalidade 2008

Nº ocorrências desastres naturais no Brasil

Fonte: http://www.emdat.be/

Tipos de desastres naturais no Brasil

IN – inundação

ES – escorregamento

TE – tempestade

SE – seca

TX – temperatura extrema

IF – incêndio florestal

TR – terremoto

Fonte: http://www.emdat.be/

Nº de Acidentes no Estado de São PauloFonte: Cedec

0

50

100

150

200

250

300

350

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Nº de Mortes no Estado de São PauloFonte: Cedec

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 09/10

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45 75

Nº de Pessoas afetadas no Estado de São Paulo Fonte: Cedec

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

Causas não-naturais dos desastres naturais

Falta de planejamento da

ocupação territorial e aplicação das

normas e diretrizes existentes

Normas construtivas que não levam em

conta os condicionantes do

terreno

Estrutura institucional para a

gestão de risco pouco integrada

População sem recursos

econômicos para morar em condiçoes

apropriadas

Ocupação irregular de áreas

extramamente desfavoráveis

como margens de córregos e

encostas de alta declividade

Inadequação técnica das formas

de ocupação quanto à geometria

do terreno, displinamento da

drenagem, lançamento lixo

Deficiência nos sistemas de avaliação de

riscos, monitoramento

e alerta

Pessoas incapazes de avaliar suas

vulnerabilidades e lidar com

emergências

Análise de Risco

Zona de perigo

Zona de localização dos elementos sócio-econômico-ambientais

Zona de risco

Análise de Risco: função de eventos naturais perigosos e do elemento em risco (vulnerabilidade/danos)

R=P x V x D

Análise de Risco (R)

Evento ou fenômeno potencialmente danoso, o qual pode causar a perda de vidas e ferimentos a pessoas, danos a propriedades, rupturas sociais e econômicas ou degradação ambiental. Cada perigo deve ser caracterizado por seu tipo, localização, intensidade e probabilidade.

Perigo (P) Risco de quê, como e onde?

Análise de Risco (R)

Indivíduos, população, propriedades, empreendimentos, atividades econômicas, meio ambiente

Elemento em risco (E)

Risco para o quê ou para quem??

Análise de Risco (R)

Condições resultantes de fatores físicos, sociais, econômicos e ambientais, as quais determinam a suscetibilidade de uma comunidade (ou elemento em risco) ao impacto dos perigos.

Vulnerabilidade (V) Qual a resistência ao risco?

> vulnerabilidade < vulnerabilidade

Análise de Risco (R)

Contempla a valoração do elemento em risco. É uma estimativa da extensão do dano resultante, expressa pela perda de vidas e ferimentos a pessoas, danos a propriedades, rupturas sociais e econômicas ou degradação ambiental.

Valoração do Dano (D)

Risco de quanto?

Mapeamento de risco – escalas 1:10.000 a 1:50.000

Definição das unidades de análise

Unidades do Uso do Solo

Unidades Territoriais Básicas (UTB's)

Definição e obtenção de atributos de interesse

Relevo Solo Geologia Drenagem

Infraestrutura urbana Sócio-economiaMapas de

risco

Inventário de eventos

Compartimentação fisiográfica

Modelagem

Mapeamento de risco – escalas 1:5000 a 1:1000

Identificação dos processos geológico-geotécnicos presentes

ou potenciais na área

Inventário de eventos

Investigação de campo

Caracterização geológico-

geotécnica e da vulnerabilidade

das áreas de risco

SETORES DE RISCOCaracterização e Registro em fichas

padronizadasDelimitação em mapa/imagens/fotos

de sobrevooQualificação do risco (grau de risco)

Estimativa das conseqüências com levantamento de moradias

ameaçadas

Recomendações de medidas de intervenção

§ Não se observam evidências de instabilidade.

§ Não há indícios de desenvolvimento de processo de instabilização.

§ Mantidas as condições existentes, não se espera a ocorrência de eventos destrutivos no período de 1 ano.

R1RiscoBaixo

§ Processo de instabilização em estágio inicial de desenvolvimento.

§ Observa-se a presença de algumas evidências de instabilidade, porém incipientes.

§ Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas no período de um ano.

R2RiscoMédio

Critérios de classificação

§ Observa-se a presença de significativas evidências de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, etc.).

§ Processos de instabilização em desenvolvimento.

§ Mantidas as condições existentes, é possível a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas no período de um ano.

R3RiscoAlto

§ As evidências de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento, rachaduras, cicatrizes de escorregamentos, etc.) são expressivas e estão presentes em grande número e/ou magnitude.

§ Processo de instabilização em adiantado estágio de desenvolvimento.

§ Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas no período de um ano.

R4RiscoMuitoAlto

Critérios de classificação

1) Definir abrangência: bacia hidrográfica, município, bairro (define a escala de trabalho);

2) Definir as unidades de análise (compartimentação fisiográfica, paisagem);

3) Definir, obter e modelar os atributos que definem o processo em análise (Perigo, Vulnerabilidade e Dano);

4) Elaborar cadastro de eventos.

Etapas mapeamento risco

1) Organização;

2) Visualização;

3) Análise e predição de dados;

4) Consulta;

Vantagens:

- cobrem grandes áreas a um custo relativamente baixo;

- variedade de resoluções espaciais;

- monitoramento temporal;

- homogeneidade na geração de dados.

Funções geoprocessamento

Uso de geotecnologias no mapeamento de risco

Escala 1:600.000

Organização dos dados e definição da abrangência – bacia hidrográfica

Organização dos dados e definição da abrangência – município

Escala 1:90.000

Organização dos dados e definição da abrangência – sub-bacia hidrográfica

Escala 1:20.000

Organização dos dados e definição da abrangência – encosta

Escala 1:3.000

Uso de imagens de satélite

Landsat resolução 30m

Uso de imagens de satélite

Spot ou Cbers (camara HRC) resolução 2,5m

Uso de imagens de satélite

Ikonos/QuickBird/fotografia aérea digital resolução 1m ou maior

Definição, obtenção, análise e modelagem dos atributos

Declividade/inclinação – imagem

31 municípios mapeados + 09 em andamento pelo Instituto Geológico

AlumínioMairinquePiedadeSorocabaTapiraíVotorantim

62 municípios mapeados

GIS interface

R1

R2

R3

R4

Número de áreas de risco

Aluminio Mairinque Sorocaba Votorantim Piedade Tapiraí0

5

10

15

20

25

30

Aluminio Mairinque Sorocaba Votorantim Piedade Tapiraí0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Número de moradias em risco Alto e Muito Alto

Considerações finais

Número de eventos vêm aumentando- frequência e impactos

Diversidade de fenômenos de risco- não estamos mais “deitados em berço esplêndido”

Atacar as causas- ocupações irregulares- inadequação técnica das ocupações- deficiência nos mecanismos de avaliação de riscos, monitoramento e alerta

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