Cidade Barroca

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Cidade do Renascimento• A cidade dos séculos XV e XVI consiste em:

• - Alterações no interior das velhas cidades;• - Pensamentos utópicos elabora cidades geométricas ideais;• - Abrem-se algumas ruas novas p destacar alguns monumentos,

com estátua p honrar um rei ou príncipe.

A Città Ideale de Piero della Francesca, c. 1470, Galleria Nazionale, Urbino, Itália. A precisão perspética da pintura apresenta um espaço urbano onde a regularidade e as proporções imperam, apesar de uma certa variedade nas soluções arquitetônicas

O modelo de cidade ideal na versão do De Architectura Libri Decem de Vitrúviopublicado por Barbaro em 1567. Fonte: USP, 2007.

CIDADE BARROCA

Embora tenha o Barroco assumido diversas características ao longo de sua história, seu surgimento está intimamente ligado à Contra Reforma.

A arte barroca procura comover intensamente o espectador. Nesse sentido, a Igreja converte-se numa espécie de espaço cênico, num teatro sacrum onde são encenados os dramas. Contrariamente à arte do Renascimento, que pregava o predomínio da razão

sobre os sentimentos, no Barroco há uma exaltação dos sentimentos, a religiosidade é expressa de forma dramática, intensa, procurando envolver emocionalmente as pessoas.

O Barroco é o termo utilizado para indicar as manifestações literárias, filosóficas, artísticas e musicais características do período que vai do final do

século XVI à metade do século XVIII.

Além da temática religiosa, os temas mitológicos e a pintura que exaltava o

direito divino dos reis (teoria defendida pela Igreja e pelo Estado Nacional Absolutista que se

consolidava) também eram freqüentes.

De certa maneira, assistimos a uma retomada do espírito religioso e místico da

Idade Média, numa espécie de ressurgimento da visão teocêntrica do mundo.

E não é por acaso que a arte barroca nasce em Roma, a capital do catolicismo.

O PALÁCIO E A IGREJA

la Chiesa del Gesù di Roma1 ª igreja barroca

Plano e fachada del Gesù, Jacopo Barozzi da Vignola (1570)

Fachada del Gesù, Giacomo Della Porta (1570).

EDIFÍCIO E ESPAÇO ABERTO

ROMA753 a.C., data reconhecida de sua

fundação

Ausência PapalMeados do século XV Roma ainda é um pequeno centro, abandonado e

empobrecido pela ausência papal - a mudança da Santa Sé de Roma

para Avinhão em 1309, justificado pelos tumultos existentes em Itália, e

pela destruição trágica da Ordem dos Cavaleiros Templários (ordem

criada pela própria Igreja Católica), que defendiam e protegiam os

cristãos pela Terra Santa.

As ruínas tomam conta da cidade e menos de 40.000 habitantes

Os papas voltam para Roma em 1420 e adquirem o pleno controle da

cidade em 1453

Durante o pontificado do Papa Nicolau V (19 de Março de 1447), o

Renascimento entrava em Roma na mesma altura em que a cidade se

tornava no centro do Humanismo.

Ele estabelece um plano de governo papal:

- reconstruir a cidade imperial e transformá-la numa grande cidade

moderna sob a autoridade papal.

- restaurar as benfeitorias antigas ainda utilizáveis como os muros, as

ruas, as pontes, os aquedutos, recuperar os monumentos antigos

destinados as funções novas

( o Mausoléu de Adriano se torna um castelo, o Panteão uma Igreja, o

Capitólio é sede da adm municipal.

- restaurar as Basílicas cristãs e construir sobre a colina do Vaticano,

a cidadela da corte papal.

Mas durante todo o século XV Roma permanece um centro secundário,

dependente de Florença, e corte da Itália setentrional.

Papa Sisto IV (1471-1484) manda :

Reconstruir S. Pedro in Montório

Restaura Capitólio

Ergue as novas Igrejas de S. Maria de Popolo e outras

Intervém no tecido medieval, retificando as três ruas que levam a Ponte S.

Angelo

Fim de século - preparação para o Ano Santo de 1500.

Chega a Roma um arquiteto célebre Bramante

Michelangelo é encarregado de :Esculpir a tumba de Júlio II mas o papa resolve fazer uma nova igreja com oprojeto de Bramante que depois vai se transformar em outro complexo

Em 1527, a política ambígua seguida pelo segundo Papa da família Médici, o Papa Clemente VII, resultou num dramático saque da cidade pelas tropas imperiais de Carlos V do Sacro Império, que devastou a cidade durante dias (membros das legiões luteranas do exército imperial de Carlos V). Muitos dos cidadãos foram assassinados ou procuraram abrigar-se fora das muralhas. O próprio Papa aprisionou-se no Castelo de Santo Ângelo. O saque marcava, assim, o fim da era de maior esplendor da Roma Moderna.

Saque de Roma -1527

Depois do Saque

Reparação das ruínas Concluir obras iniciadasMichelangelo projeta o CapitólioDesenha a cúpula p São PedroConclui na Capela sistina - O Juízo Final

O PLANO DE SIXTO VREPLANEJAMENTO DE ROMA

1585-90

Origem da idéia de “rede de sistemas centralizados”

que abarca todo o território,em cujo centro maior está a cidade capital

Sete colinas :o Palatino, no centro;o Capitolino a noroestee entre o norte e o sudoeste, formando uma curva, o Quirinal, o Viminal, o Celiano e o Aventino, todos na margem esquerda do rio Tibre.Na margem direita fica apenas uma colina, o Janículo.

O núcleo primitivo, a Roma Quadrata, limitava-se a uma pequena área no Palatino.

• Arquiteto e urbanista italiano• Estabeleceu-se em Roma onde estudou a arte dos

mestres da antiguidade e travou conhecimento com Michelangelo pouco antes de ele morrer.

• Foi protegido do Cardeal Montalto, mais tarde Papa Sisto V, que o encarregou da realização da Capela do Presépio na igreja de S. Maria Maggiore (1584).

• Com a ascensão do Papa Sisto V, é nomeado arquiteto da catedral de S. Pedro e recebe importantes encomendas como a reconstrução do Palácio Latrão (1587) sobre as ruínas do edifício medieval, a biblioteca do Vaticano (1587-90), e a instalação do Obelisco egípcio, trazido pelos romanos no século I, em frente da Catedral de S. Pedro.

• Como urbanista, foi responsável pelo projeto das seis grandes vias que partem em estrela de Santa Maria e passam pela Praça de São Pedro.

• Domenico Fontana (1543-1607)

Santa Maria de Maggiore

Roma Restaurata: Domenico Fontana o modo barroco de conceber a cidade

Ligando os pontos nodais...

Piazza Popolo - Roma

Piazza PopoloRoma

Piazza PopoloRoma

Piazza di Spagna

Piazza di Spagna A fonte no centro da praça, na forma de um barco (Barccacia), é afetuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou velha banheira. É atribuída a Gian Lorenzo Bernini ou a seu pai Pietro Bernini e foi feita em 1627 - 1629,segundo dizem esta foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre 1598.

A anedota serviu para que o Papa Urbano VIII encargasse a Pietro Bernini a execução da obra, ajudado por seu filho que mais tarde lhe superaria em fama e técnica, Gian Lorenzo.

Piazza Navona

Francesco Borromini1599-1667 – autor do projeto da Igreja

Fontana di Trevi

A IMAGEM URBANASéculo 18

Raguzzini – Piazza di S. Ignacio1626 e 1650

Inácio de Loyola foi Fundador da Companhia de Jesus

Andrea Pozo (Trento, 1642 — Viena, 1709) foi um religioso jesuíta italiano. Realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas

Vigevano - ItáliaPiazza Ducale

Vigevano - ItáliaPiazza Ducale

Vigevano - ItáliaPiazza Ducale

Desenhado por Bramante sobre um projeto de Leonardo da Vinci, esta é uma das mais belas praças da Itália. A construção foi iniciada por Ludovico Sforza, conhecido como "o Moro" e os trabalhos começaram em 1492. A praça é moldada como um retângulo de 134 metros de comprimento por 48 de largura e está delimitada por uma colunata de 84 colunas. O pórtico está decorado com medalhões com rostos humanos, todos diferentes.

PLANEJAMENTO E POLÍTICA

TORINO (TURIM)O meio urbano é muito diferente em relação às outras cidades italianas, em quanto por vontade dos Savoia que Turim tivesse um aspecto francês severo: largas ruas que se encontram em ângulos retos_ a mais importante é a central via Roma_- e as praças espaçosas caracterizadas pela geometria regular_ entre as quais temos piazza Castello e piazza Carlo Felice

O momento histórico mais importante de Turim vai desde 1861 a 1865 como capital da Itália unida.

Piazza CastelloPalácio Real é um antigo palácio real da Casa de Sabóia

A fachada juvarriana do Palazzo Madama e Casaforte degli Acaja

PARIS E ARREDORES

COMO “REDE DE SISTEMAS

CENTRALIZADOS”

A arquitetura dos jardins a praça real

Plano de Pierre Patte para Paris 1765 foi um arquiteto assistente do grande mestre francês da arquitetura, Jacques-François Blondel

Ele foi o primeiro a ilustrar uma rua da cidade com edifícios e esgoto, sistema mostrado em uma seção de vista. Sob o reinado de Louis XV Patte teorizou no meio do século 18 sobre o pensamento sobre a estrutura geral da cidade como um organismo onde mudar um aspecto afetaria a coisa toda. Um século mais tarde algumas das idéias de Patte iria ajudar a mudar Paris sob a direção do Barão Haussmann.

idéia barrocade elementos dramaticamente planejados e inseridos na cidade - ‘explosões’ que virtualmente ignoram o padrão existente das ruas

O impacto de VersalhesVersailles

André Le Notre1660

André Le Notre - 1660

André Le Notre - 1660

As praças reais francesas no século XVIII

Place Vendome

Place Vendôme, Paris

Place Vendôme, Paris

Place des Vosges

Place des Vosges, Paris

Vosges, Paris

Place Royale

Place des Vosges

Paris

Vosges, Paris

Vosges, Paris

Place des Vosges, Paris

Vosges, Paris

Palais Royal, Paris

LONDRES

Covent GardenLondres

Covent Garden, Londres

Amalienborg, Copenhagen, 1749

Amalienborg, Copenhagen, 1749

Praça do Comércio, Lisboa

Praça do Comércio, Lisboa, 1755

A FORMALIDADE SE DISSOLVE

Cidade de Bath, 1725-1770Sir John Wood (arq.)

Circus & Royal Crescent

Regent Street e Regent’s Park Londres, 1811-30

Regent’s Park Londres,