CLÍNICA MÉDICA -TOSSE, EXPECTORAÇÃO, HEMOPTISE, DISPNÉIA - Helio Rzetelna 25.02.2014

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Aulas DigitadasCLÍNICA MÉDICA: TOSSE,

EXPECTORAÇÃO, HEMOPTISE, DISPNÉIAProfessor: Helio Rzetelna

25/02/2014

Parte 1: Gabi 39’ INTRODUÇÃO

• Tosse: 30 milhões visitas EUA• Ambulatorial comum 40%• Aguda: menos que 3 semanas – Infecção

respiratória aguda, DPOC exacerbação, pneumonia, TEP (tromboembolia pulmonar)

• Subaguda: 3 a 8 semanas • Crônica: mais que 8 semanas

A tosse é um sinal/sintoma relativamente comum, mas só procura-se o atendimento médico devido à uma tosse quando essa se torna incomodativa, seja de forma aguda ou crônica.

Os tipos de tosse são: aguda, subaguda e crônica. Sendo classificadas conforme o tempo de duração (em semanas), por isso é muito importante na anamnese questionar o paciente sobre a duração da tosse. Cada tipo de tosse possui suas etiologias referentes.

→ TOSSE• É um reflexo que serve para expelir muco e

materiais inspirados da árvore traqueobrônquica e dos pulmões.

– Tosse – “normal”– Tosse – anormal – sintoma de

doença

A tosse “normal” é aquela tosse do dia a dia, provocada por algum engasgo, por algum “corpo estranho” (poluição, alergeno qualquer) que entrou na árvore traqueobrônquica e o organismo tenta expelir. Agora já a tosse que tem a duração de dias, semanas com caráter crônico ou agudo, é conceituada como “anormal”, ou seja, sintoma de alguma coisa que esteja acontecendo - doença. E é através da anamnese que descobrirá o que está acontecendo.

A tosse normalmente é um reflexo que serve para proteger o organismo, é um mecanismo de defesa. Quando esse mecanismo está presente por um tempo prolongado serve como sinalização de alguma situação que precisa da assistência médica.

Arco Reflexo da Tosse• Gatilhos: ácido, frio, calor, mecânico…

Existem vários gatilhos para o arco reflexo da tosse, exemplificados acima.

O esquema simplificado do arco reflexo da tosse é a figura acima: nós temos receptores localizados na laringe, traqueia, brônquios, canal auditivo, pericárdio, pleura, diafragma, estômago, esôfago. Um exemplo clássico de tosse originária do tubo digestivo é a tosse crônica do paciente que possui refluxo, que nada mais é do uma reação extra endofagiana; na anamnese o paciente queixará de azia e tosse prolongada (crônica).

O estímulo da tosse, causado por gatilhos já citados, inicia-se com o reflexo via nervo-vago, que é conduzido para o centro da tosse na medula que induz os nervos a produzirem, como consequência, um reflexo efetor – no caso, a tosse. O paciente inspira e depois elimina, ou melhor, tenta expulsar que é a característica “clássica” da tosse - reflexo que tenta expulsar o “estranho”: contração do diafragma através dos nervos frêmitos, o nervo vago estimula os brônquios, a traqueia, e assim resultará ou não na expulsão.

Assim, temos a tosse seca, irritativa, produtiva.

AnamnesePontos importantes a serem abordados na

anamnese do paciente cuja queixa principal é a tosse.

1. Localização – o acesso de tosse começa com sensação de coceira na garganta ou no peito?

2. Qualidade – seca ou produtivaA tosse seca, como o próprio nome diz, não

expele nada; ao contrário da produtiva a qual possui secreção, a qual pode ser ou não expectorada. É

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importante diferenciar uma tosse seca de uma tosse produtiva sem expectoração (onde o paciente possui secreção, mas não consegue expelir).

3. Quando começou, com que frequênciaComo exemplo, tem-se a tosse da coqueluche

que é intensa, também chamada de “tosse de cachorro”.

4. Fatores desencadeantesA tosse está relacionada com algum alergeno,

com a ingestão de alguma substância, “coisa”, ou até mesmo com uma broncoaspiração.

5. Fatores atenuantes ou agravantes- piora ao deitar; com exercícios; tem pirose

A tosse que piora ao deitar pode estar relacionada com o refluxo gastroesofágico, congestão pulmonar. Já a tosse que piora com exercícios sugere asma, muito comum.

6. Manifestações associadas- há dispnéia, sibilos, dor torácica, febre; ortopnéia; DPN?

As manifestações associadas devem ser investigadas. A dispneia é de origem cardíaca, pulmonar? Tem sibilos, broncoespasmos? É localizado, simulando neoplasias, corpo estranho? É difusa (asma brônquica)? Tem dor no peito junto com a tosse? Será que o paciente está tendo uma infecção respiratória? Tem febre, o que pode predizer uma infecção pulmonar? Ortopnéia? Dispneia paroxística noturna (DPN) – o paciente acordada com intensa sensação de falta de ar?

Exame Físico• Avaliar:

– Hemorragia subconjuntival Quando a tosse é muito intensa, a ocorrência de hemorragia subconjuntival pode ser comum.

– Escarro amarelado Algumas vezes a presença de escarro e sua cor podem ajudar no diagnóstico, mas não necessariamente. Por exemplo, um escarro amarelo pode ser tanto de uma infecção bacteriana ou viral. A secreção purulenta, decorrente da destruição dos leucócitos, é de cor esverdeada. Então, a coloração do catarro PODE auxiliar no diagnóstico etiológico, MAS NÃO SEGUE UMA REGRA. O escarro mais amarronzado, achocolatado lembra mais uma infecção bacteriana.

– Tem sangueNos casos com a presença de sangue é importante afastar causas de hemoptise, escarro com sangue. Essa situação é comum na tuberculose - infecção respiratória que leva a tosse crônica, emagrecimento, febre vespertina, escarros com sangue (hemoptose). Outra causa de sangramento (principalmente ao acordar) é um paciente bronquítico crônico - fumante de longa data com tosse produtiva (2/3 meses, durante 2 anos

consecutivos); o paciente percebe aumento na intensidade da tosse com a presença de secreção mucoide, branca que passa a ser amarelada mais a presença de febre (infecção pulmonar). Causas possíveis de presença de sangue no escarro: neoplasias, bronquiectasias (dilatação dos brônquios por infecção respiratória de repetição) – muito comum.

– Baqueteamento digitalUnha em vidro de relógio significa hipoxemia crônica (baixa oxigenação), não é exclusiva das doenças pulmonares.

– Faringe, ouvidos, pescoço e tóraxPesquisar na faringe alguma infecção faringeana, amigdaliana. Fazer um bom exame da cavidade oral, orofaringeana, ouvido. Exame do pescoço, fazendo a pesquisa de adenomegalias. Será observado alguma alteração no exame físico do tórax – estertoração crepitante, roncos, sibilos (podendo sugerir que o paciente pode ter também uma infecção pulmonar).

– Hipersensibilidade nos seios da faceÉ pesquisada da seguinte maneira: o médico coloca os dedos nas regiões dos seios da face e pede para que o paciente empurre os dedos com o movimento de cabeça – técnica semiológica chamada de digito pressão. Se houver dolorimento pode ser um indicativo de inflamação - sinusite, por exemplo. A rinoscopia também é importante – presença de secreções; pólipos nasais, de seios maxilares.

– Sibilos, estertores crepitantes; macicez

Exame físico do tórax: elasticidade, expansibilidade, frêmito toraco-vocal, presença de estertores crepitantes, roncos, sibilos.

As causas de tosse podem ser emocionais ou patológicas.Tosse Aguda

• Tuberculose (tosse crônica, febre vespertina, sudorese noturna)

• Resfriado comum• Sinusite bacteriana• Coqueluche (a tosse chega a ser tão intensa

que pode ser acompanhada de vômitos)• Rinite alérgica (paciente queixa-se de coriza,

rinorréia, tosse, mudança de temperatura)• Irritantes ambientais (poluição)• Pneumonia (depende muito do tipo de

pneumonia, por exemplo: a pneumonia intersticial há um predomínio da tosse)

• ICC (dispneia, ortopnéia, tosse)• Embolia pulmonar (paciente possui algum

fator predisponente para a formação de trombos)

• Engasgos

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Tosse Crônica• Tuberculose• Gotejamento pós-nasal (é o que acontece

na sinusite)• Asma• Refluxo gastroesofágico• Tosse prolongada pós-resfriado• Bronquiectasia (grande causa de tosse e

infecção pulmonar de repetição, devido à dilatação dos brônquios)

• Tabagismo (o fumo - cigarro, deteriora a função do epitélio mucociliar que constitui defesa do organismo na expulsão de “coisas inaladas”)

• Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA).

→ HEMOPTISE• É a eliminação de sangue exclusivamente

ou associado à secreção por meio da tosse• Pode variar desde escarro com raias de

sangue (hemoptóico) até um sangramento maciço.

• Pequenos sangramentos – causas benignas geralmente

• Grandes sangramentos - BK, bronquiectasias, bronquite crônica, tumores , lesões traumáticas.

• Diferencial com hematêmese, epistaxe. Hematêmese é o sangue que sai do tubo digestivo, geralmente acompanhado no vômito e possui uma coloração mais escura, enegrecida – borra de café. Pode ser ou não acompanhado de algum sintoma digestivo associado, por exemplo, presença de úlceras com evolução para gastrite hemorrágica. Epistaxe: sangramento com eliminação nasal; esse

tipo de sangramento pode ser engolido pelo paciente.

Causas de Hemoptise• Infecciosas

– Pneumonia, tuberculose, abscesso pulmonar, laringotraqueobronquite

Na traqueobronquite a grande queixa do paciente é a tosse. A clínica do abscesso pulmonar é pertencente, geralmente, a pacientes etilistas que broncoaspiraram o vômito que leva a uma cavitação, infecta e gera um abscesso. O paciente pode ter febre, tosse com expectoração purulenta com presença de sangue.

• Cardíaca– Estenose mitral, ICC

Na estenose mitral o sangue fica retido, o que leva ao ingurgitamento dos capilares pulmonares que podem sofrer rupturas, entrar na via respiratória (alvéolos) o que estimula a tosse e assim terá a eliminação (hemoptise) do sangue daquele capilar rompido,

• Inflamatória– LES (lúpus eritematoso), vasculites

• Neoplásicas– Tumores pulmonares

• Tromboembólicas– Tromboembolismo pulmonar

• Outras– Exposição a irritantes, corpo

estranho

Perguntas na avaliação de Hemoptise• Tempo e duração dos sintomas• Qual a quantidade de sangue expelido

– Maciça – volume > 600 ml/24h• Quais os fatores associados – febre, perda

de peso, queda do estado geral, falta de ar súbita?

Febre + tosse com presença de sangue: pode ser tuberculose. Tosse + sangramento + perda de peso: neoplasias, tuberculose. Tosse + falta de ar súbita + sangramento: embolia (tromboembolia).

• Quais os hábitos do paciente: alcoolismo, tabagismo?

No alcoolismo o paciente pode broncoaspirar e fazer um abscesso pulmonar, como já dito.

• Houve contato com doentes recentemente (tuberculose)?

• Antecedentes familiares.

Investigação diagnóstica da tosse e hemoptise• Radiografia de tórax; radiografia seios da

face• Broncoscopia

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Usa-se a broncoscopia quando se usou os exames complementares de imagem e eles não o ajudaram muito na finalização do diagnóstico, sendo que a suspeita continua. Lembrando que é um exame invasivo, é muita das vezes desconfortável para o paciente, mesmo com uso de anestésicos. • Tomografia computadorizada de tórax; TC

seios da face• BAAR (procura da tuberculose)

Pneumonia, infiltrado intersticial

Área de hipotransparencia no lobo médio do pulmão direito (borramento do contorno cardíaco), infiltrado intersticial – pneumonia. O paciente vai estar tossindo porque o alvéolo preenchido vai provocar o estimulo e ele vai tossir. Pode apresentar febre e expectoração.

Radiografia dos seios da face

Nessa radiografia é possível a visualização do seio maxilar esquerdo aerado, limpo (normal) e o direito com presença de secreção.

Parte 2: Lais

Asma brônquica

O que é a asma? O paciente tem uma broncoconstricção com secreção mucóide, com isso ele tosse. Essa broncoconstricção leva ao aprisionamento de ar nos alvéolos sendo esse mais um fator desencadeante da tosse.

DPOC

A DPOC é uma doença pulmonar obstrutivo crônica.

Esse senhor tem um enfisema agudo de pulmão e bronquite que são doenças dentro das obstrutivas crônicas. O enfisematoso tem esse perfil: magro, longelíneo, dispneico, a ausculta é um silêncio porque o enfisema pulmonar destrói os septos pulmonares com isso o pulmão fica hiperaerado, há retificação das costelas e do

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diafragma. Ao contrário, na bronquite crônica, há tosse produtiva mucoide.

Tuberculose

Aqui há uma área de cavitação no lobo superior direito em um individuo que vem apresentando tosse. Para confirmar o diagnóstico eu faço coleta de escarro.

Neoplasia pulmonar

Pacientes com câncer de pulmão na maioria das vezes são tabagistas. O paciente terá um emagrecimento acentuado, tosse com ou sem secreção. Pede o raio X e nota-se a presença de uma grande massa.

Broncatelectasia

Essa é uma imagem topográfica em que vemos o brônquio dilatado. Isso infecta com facilidade podendo ter secreção e sangue. A presença de sangue depende se há ou não rompimento de capilares perialveolares. Portanto esse paciente terá tosse, expectoração e dispneia.

Dispneia• Dificuldade para respirar• Pode ter consciência ou não disso

“falta de ar” ou “cansaço”• Causas: múltiplas

O que é dispneia? Dificuldade para respirar; o paciente pode ter ou não consciência disso e quando tem o paciente te relata uma “falta de ar” ou um “cansaço”.

A dispneia pode ser objetiva ou subjetiva. A objetiva você consegue ver a falta de ar do paciente, muitas vezes o paciente relata estar com falta de ar, mas você olha pra ele e ele parece estar eupneico, neste caso a dispneia já é subjetiva. Qual a frequência respiratória normal? De 16 a 20 é normal, abaixo de 16 temos uma bradipneia e acima de 20 teremos uma taquipneia.

Quais são as causas de dispneia? Insuficiência cardíaca, asma, doença coronariana, DPOC, ansiedade, enfim são várias, desde deformidades do tórax como cifoescoliosi a lesões traumáticas. Laringite, edema alérgico, bronquites, alveolites, pneumonias, neoplasias, embolia, obesidade, também são causas da dispneia.

Causas da dispneia • Deformidade torácica• Lesões traumáticas da parede do tórax• Obstrução das VAS• Laringites• Edema angioneurótico

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• Bronquites e alveolites • Asma brônquica• DPOC• pneumonias • Neoplasias pulmonares• Embolia e infarto pulmonar• Atelectasia • Pneumotórx • Derrame pleural• Tumores do mediastino• Estenose mitral• Insuficiência do VE• Anemia• Obesidade• Ansiedade• Síndrome do pânico

Classificação da dispneia• Dispneia aos grandes esforços

– Dispneia que surge com esforços acima do habitual.

• Dispneia aos médios esforços– Decorre das atividades habituais, antes

realizadas sem dificuldade.• Dispneia aos pequenos esforços

– Surge com atividades rotineiras da vida

Separamos a dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. As dispneias de origem cardíaca são progressivas, começam aos grandes e médios esforços e depois já é presente aos pequenos esforços.

A dispneia aos grandes esforços é quando o individuo tem a dispneia diante de exercícios que não são habituais, por exemplo, um jogo de futebol para uma pessoa que é sedentária é um grande esforço.

Dispneia aos médios esforços decorre das atividades habituais que antes eram realizadas sem dificuldade. Então antes o paciente limpava a casa, lavava roupa, pendurava a roupa sem dificuldade alguma e agora apresenta falta de ar.

Dispneia aos pequenos esforços surge com atividades rotineiras da vida. Por exemplo, o paciente relata estar tomando banho e sentir falta de ar.

• Dispnéia de repouso– Dificuldade respiratória mesmo em repouso

• Ortopnéia – Dispnéia que impede o paciente de ficar

deitado e obriga a ficar sentado ou de pé para obter algum alívio.

• Dispnéia paroxística noturna– Surge a noite depois que o paciente já

dormiu algumas horas.

• Trepopnéia – Dispnéia que ocorre no decúbito lateral

(exemplo: derrame pleural)• Platipnéia

– Surge na posição sentada, aliviando-se pelo decúbito (ex.: aparece após pneumectomia, na hipovolemia, cirrose hepática)

Dispneia de repouso, então o paciente esta em repouso e já esta com falta de ar.

Ortopneia é uma dispneia que impede do paciente ficar sentado e o obriga a ficar sentado ou de pé para sentir alivio.

Dispneia paroxística noturna surge a noite e acorda o paciente. Geralmente o paciente esta dormindo e tem uma insuficiência cardíaca, com edema de membros inferiores, e por estar deitado esse edema é reabsorvido aumentando o líquido circulante, provocando um aumento da sobrecarga cardíaca e uma congestão pulmonar. É uma dispneia que surge depois que ele já esta dormindo.

Treptopneia ocorre em decúbito lateral, portanto o paciente esta deitado de lado e tem falta de ar.

Platipneia é bem rara. Ela ocorre no paciente sentado aliviando-se pelo decúbito. Surge após pneumectomia, hipovolemia ou cirrose hepática. O professor conta que já teve um paciente com isso, mas que ele não descobria a causa. O paciente falava que tinha falta de ar e pedia para deitar porque melhorava. Ele tinha neoplasia de pulmão.

Dispneia – Causas respiratórias• Causas atmosféricas– Ex.: altitudes

• Causas obstrutivas– Laringe e traquéia

• Causas parenquimatosas– Pneumonia, fibrose

• Causas toracopulmonares – Fraturas de arcos costais, cifoescoliose,

mialgias intensas

Causas atmosféricas: altitude. Por exemplo, a seleção brasileira vai pra La paz jogar futebol, rarefação baixa, menos oxigênio circulante, com tudo isso temos como resultado a dispneia.

Causas obstrutivas: engoliu uma secreção, um corpo estranho, uma moeda, por exemplo, pacientes psiquiátricos que engolem facas, lâmpadas, são causas obstrutivas que tem como consequência uma dispneia.

Causas parenquimatosas: pneumonia e fibrose pulmonar. Tem uma lista de inúmeras dessas causas.

Causas toracopulmonares: pacientes que fraturam os arcos costais e rompem a pleura,

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pacientes com diferenças esqueléticas como a cifoescoliose e pacientes com mialgia intensa que sentem tanta dor no corpo que não conseguem fazer aquela inspiração profunda.

Vias aéreas superiores• Corpo estranho traqueal

- comida, moeda, comprimidos

Então aqui temos ilustrado um corpo estranho podendo ser ele uma comida, uma moeda ou ate mesmo comprimidos. • Angioedema - Clínica- Alérgico, AINES, IECA

Isso aqui é uma reação alergênica e com isso ele faz um edema de traqueia e epiglote atrapalhando a respiração e consequentemente provocando a dispneia.

• Anafilaxia- pele, mucosas- Sibilo, estridor, hipóxia - Hemodinâmica- Náuseas, vômitos

A anafilaxia é perigosa, pois causa um edema de glote. Ao examinar o paciente nota-se uma pele hiperemiada e sibilos.

• Infecções da faringe e pescoço• Trauma de via aérea superior

Às vezes o paciente pode ter uma infecção de pescoço, de faringe, já comprometendo a via respiratória, além das amígdalas crescerem e ficarem hiperemiadas.

Pulmonares – via aérea inferior• DPOC exacerbada• Infecção pulmonar

A infecção pulmonar vai depender da extensão da infecção. Essa imagem é de uma infecção pulmonar, nesse caso é uma pneumonia.

Outras causas: • Causas diafragmáticas– Paralisia, hérnias, elevação do diafragmaCausas diafragmáticas: se o paciente tiver uma

paralisia de um dos lados do corpo ele pode ter uma falta de ar.• Causas pleurais– Pleurite seca, grandes derrames pleurais– PneumótóraxO que é uma pleurite seca? Pleurite é a

inflamação da pleura e seca porque não tem secreção, não tem liquido, não tem o derrame pleural. Grandes derrames pleurais devido ao

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acumulo de liquido no espaço pleural. Pneumotórax que é o ar nas cavidades cardíacas.• Causas cardíacas– Falência do VE, estenose da válvula mitralFalência do ventrículo esquerdo, estenose da

válvula mitral, congestão pulmonar. paciente com hipertensão intracraniana interfere no centro respiratório. • Causas no SNC– Hipertensão intracranianaPaciente com hipertensão intracraniana

interfere no centro respiratório. • Causas psicogênicas– Transtorno emocional; síndrome do pânicoEssas causas não são desprezíveis. O paciente te

relata estar com falta de ar e você olha e ele não esta dispneico, isso é muito comum, principalmente na ansiedade.• Pneumotórax– trauma, acidente punção, espontâneo

Nessa imagem vemos o parênquima pulmonar do lado esquerdo e mais preto no lado direito. Pode ser provocado por um acidente, por um trauma ou pode ser espontâneo.

Cardíacas• SCA- Equivalente anginosoÉ uma angina estável que leva a um

acometimento da circulação sanguínea provocando a dispneia. • ICC descompensada- Sobrecarga de volume, disfunção sistólica

ou diastólica, pós-carga (crise HAS), IAM, arritmia cardíaca

- Crepitação, B3, TJP, edema MMII, >65 anos Uma insuficiência cardíaca descompensada você

encontra no paciente edema de membros inferiores, hepatomegalia, B3, B4.• Arritmias cardíacas

Você faz um eletrocardiograma no paciente ou verifica o pulso e percebe uma arritmia cardíaca, isso pode ser a causa da dispneia dele. • Doenças valvares

• Tamponamento cardíaco– trauma, malignidade, infecção, uremia

O coração diante de uma infecção ou de uma insuficiência renal aguda, esta ali no espaço pericárdico tendo dificuldades no aspecto mecânico não conseguindo bombear o sangue todo provocando uma deficiência de O2.

Neurológicas• AVE• Doenças neuromusculares- Síndrome de Guillain-Barré, EM, ELA,

miastenia gravis Acidentes vasculares encefálicos podem

causar até mesmo uma parada cardio-respiratória. Em relação às doenças neuromusculares, nós precisamos ter a musculatura diafragmática e intercostal funcionando.

Miscelânea• CA pulmão

- Osbtrução lúmen, atelectasia, pneumonite, linfangite, DP, PTX

• Efusão plural

Exame clínico – diagnósticoDispnéia

• Taquipnéia • Bradipnéia • Alteração do nível de consciência (O2 / CO2)• Cianose• Respiração paradoxal• Batimento de asa de nariz• Uso de musculatura acessória

- tiragem intercostal e supra clavicular - intercostais, ECM - músculo trapézio

• Respiração oral, extensão cabeça• Fala fragmentada, frases curtas• Desconforto supino

Diagnóstico clínico, o paciente esta com dispneia. O paciente pode estar taquipneico, que é o aumento da frequência respiratória, ou pode estar bradipneico, que é a redução da frequência.

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O paciente pode apresentar uma alteração no nível de consciência; pode chegar desacordado, desorientado pra você e tudo isso pode ser devido a uma baixa oxigenação.

Se o paciente estiver cianótico você não precisa nem ter duvidas de que ele esta dispneico.

Observar se há tiragem intercostal, se há uso da musculatura acessória, pois se houver é porque o paciente esta fazendo força para respirar e esta dispneico.

O paciente chega com falta de ar na emergência pra você e você precisa saber como esta a oxigenação dele e um dos métodos que podemos lançar mão é a gasometria arterial em que você introduz uma agulha perpendicularmente na artéria radial, de preferência com uma seringa de vidro porque minimiza as trocas gasosas e fica mais fidedigno. Primeiramente você sente o pulso arterial, geralmente da radial ou da femoral, em seguida coloca-se dois dedos, um ao lado do outro com um espaço entre eles, nesse espaço é que você ira enfiar a agulha. O sangue é vermelho bem vivo e assim você leva o sangue para a análise gasométrica, onde irão medir pH, as concentrações de oxigênio, gás carbônico, entre outros.

Obs: gasometria arterial

Oximetria de pulso• Quinto sinal vital• Diagnóstico inicial e acompanhamento

Pode usar também se você tiver um oxímetro de pulso. Você coloca o aparelhinho na ponta e ele te da a saturação de oxigênio.

Avaliação – associação• Exame clínico• Exame complementar

O exame clínico é muito importante, se você conseguir colher a história dele é ótimo, mas às vezes o paciente chega pra você na emergência e não da tempo de colher a história.

Os exames complementares você pode fazer a gasometria ou utilizar o oxímetro.

Principais causas – dispnéia na emergência• ICC descompensada• Pneumonia• DPOC• TEP• Asma brônquica

As principais causas da dispneia na emergência são: insuficiência cardíaca congestiva descompesada, pneumonia, doença pulmonar obstrutiva crônica, trombo embolismo pulmonar e asma brônquica.

Dicas – história clínica geral• Paciente dispnéico, família, paramédicos• Gatilhos:- não adesão medicamentos, dieta: ICC- frio, alergênos: asma- Cirurgia recente, imobilização: TEP- Trauma: PTX- Tosse produtiva recente: pneumoniaA principal dica é perguntar para a família, pois

na emergência você não conseguira colher a historia do paciente então a família pode ajudar. Se o paciente não toma a medicação e tem uma má alimentação pensar em ICC; se fez uma cirurgia recente pensar em trombo embolismo pulmonar; se ele sofreu um trauma pensar em pneumotórax; Tem tosse? Sim ou não? Estava acamado ou não? Tudo isso é importante para você saber.

Dicas – história clínica HPP• Novo ou recorrente• HPP: asma, DPOC, DAC• Internações anteriores• Revisão de prescrição médica

Na história patológica pregressa: se tem asma, DPOC, doença coronária crônica, se já teve uma entubação traqueal antes.

Dicas – história clínica• Entubação traqueal anterior

- Asma grave: ataques mais graves• Dor torácica

- SCA, TEP, PTX• Trauma tórax• Febre

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• Dispnéia paroxística noturna• Hemoptise• Tosse e escarro• Tabagismo (DPOC, CA), drogas (crack, cocaína,

AAS)

Dicas – exame físico• Sinais de falência respiratória (iminência de PR)- Depressão do nível de consciência- Cianose- Inabilidade de manter o esforço respiratório

• Achados:- Hipotensão (combinação ominosa)- Estridor laríngeo- Sibilância - Crepitação- Ritmo cardíaco (taquicardia TEP, FA ICC)- Sopros cardíacos- B3, B4- Abafamento de bulhas cardíacas, TJP, pulso

paradoxal- Pele: hematomas, urticária- Extremidades: edema MMII,

baqueteamento digital(ele somente leu esse slide)

Medidas gerais e emergenciais• Monitorização cardíaca (eletrocardiograma)• Oximetria de pulso• Suplemento de O2 (SO2 90 e 95%)• GSA• ABCD• Ventilação mecânica não invasiva ou invasiva

(pressão positiva nas vias aéreas) (a não invasiva você coloca uma máscara que tenha uma pressão forte de oxigênio para estimular o enchimento dos pulmões; o invasivo seria o catéter nasal).

Se a ventilação mecânica não der suporte tem que fazer uma entubação orotraqueal.

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