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COLÉGIO ESTADUAL CHATEAUBRIANDENSE ENSINO MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ASSIS CHATEAUBRIAND
2011
1
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO............................................................................................ 02 2. IDENTIFICAÇÃO.............................................................................................. 04 2.1 CURSOS OFERTADOS E VIDA LEGAL......................................................... 04 2.2 QUADRO DE PESSOAL.................................................................................. 2.2.1 Professores............................................................................................................... 06 2.2.2 Agente Educacional I............................................................................................... 08 2.2.3 Agente Educacional II.............................................................................................. 09 2.2.4 Equipe Administrativa e Pedagógica........................................................................ 09 2.2.5 Professores Tutores do Profuncionário.................................................................... 11 2.3 ORGANIZAÇÃO .............................................................................................. 14 3. HISTÓRICO DO COLÉGIO.............................................................................. 15 4. OBJETIVOS GERAIS........................................................................................ 18 5 MARCO SITUACIONAL. ................................................................................... 20 6 MARCO CONCEITUAL...................................................................................... 23 6.1 Avaliação da Aprendizagem............................................................................. 26 7 MARCO OPERACIONAL................................................................................... 31 7.1 Profuncionário.................................................................................................. REFERÊNCIAS...................................................................................................... 8. PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR.................................................
2
1. APRESENTAÇÃO
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por
meio da cópia do real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente
da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades
pessoais, é, antes de tudo, uma construção histórica e social, na qual interferem
fatores de ordem antropológica, cultural e psicológica, entre outros.
As ações escolares devem ser pensadas e (re)organizadas pela
comunidade escolar, de modo a diagnosticar a realidade, favorecendo uma prática
pedagógica de forma que o conhecimento contribua para a autonomia do aluno, do
ponto de vista intelectual, social e político. Dessa forma, o Projeto Político
Pedagógico representa um repensar e uma construção coletiva da ação educativa
na escola pública paranaense.
No decorrer do ano de 2004, foram realizados encontros com as
Equipes Pedagógicas das escolas, NRE/SEED, para estudos e discussões teóricas
sobre a construção de uma escola pública de qualidade a partir da (re)significação
do trabalho pedagógico na escola. A partir daí, iniciou-se nas escolas, uma
mobilização para a construção de um Projeto Político Pedagógico que garantisse às
camadas populares o acesso ao conhecimento sistematizado.
Em fevereiro e julho de 2005, durante as semanas pedagógicas na
escola, todos os envolvidos no processo escolar tiveram a oportunidade de estudar,
refletir e discutir assuntos pertinentes à educação e produzir documentos sobre a
escola, a sociedade, o homem e o conhecimento que temos e o que queremos.
Numa segunda etapa de construção, foram realizadas reuniões com
pais, professores, funcionários e alunos para esclarecimentos sobre a construção do
Projeto Político Pedagógico. Na sequência foram aplicados questionários aos
mesmos para levantamento de dados e posterior diagnóstico da realidade.
No decorrer dos anos de 2008, 2009 e 2010 novos estudos foram se
materializando no processo de Formação Continuada, e o amadurecimento e
compreensão dos docentes em relação às teorias progressistas, possibilitaram um
novo olhar pedagógico e assim, fez-se necessário a reconstrução do PPP com
fundamentação teórica que conceituasse a prática pedagógica numa perspectiva
histórico-crítica. Nesta perspectiva, a sistematização dos conteúdos histórico-
3
científicos, seus objetivos, método de trabalho, metodologia e avaliação, são
fundamentais no processo de ensino-aprendizagem e a avaliação tem como
finalidade a aprendizagem, por isso o professor também se autoavalia objetivando
qualidade no ensino.
Outro fator importante que contribuiu na reconstrução do PPP foi a
participação de toda comunidade escolar na Avaliação Institucional que muito
contribuiu para que a escola avaliasse todo o seu trabalho, em todos os setores,
visando assim, mudanças de atitudes contrárias à construção de um ensino cujo
objetivo é o conhecimento numa perspectiva de totalidade.
4
2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Colégio/Código: Col. Est. Chateaubriandense - Ensino Médio, Normal e Profissional – Código: 00910
Porte do Colégio: 06
Município/Código: Assis Chateaubriand – Código: 0200
Endereço Rua Estados Unidos, 170
Bairro Jardim América
Local Zona Urbana
CEP 85835-000
Fone/Fax: 044-3528-4949
E-mail: asdchateaubriandense@seed.pr.gov.br
Dependência Administrativa/ Código 41063635
Entidade Mantenedora Governo do Estado do Paraná
Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar: Ato de aprovação do
Regimento Escolar nº 043/08 de 05/03/2008. Parecer do NRE de aprovação do
Regimento Escolar nº 004/08 de 05/03/2008.
NRE/Código:
Assis Chateaubriand - Código: 04
2.1 CURSOS OFERTADOS E VIDA LEGAL
CURSOS
RES. DE AUTORIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO
RESOLUÇÃO DE
RECONHECIMENTO
9 - Ensino Médio
Res. 250/85 – DOE 17/01/85
Res. 124/87 – DOE
14/01/87
Renovação de
Reconhecimento Res.
4508/07 – DOE 21/12/07
906 - Curso Tec. Em
Administração
Subsequente – ET
Res. 2712/05 – DOE 27/10/05
Res. 2712/05 – DOE
27/10/05
Renovação do Rec. Res.
5
GN 5838/08 – DOE 02/03/09
943 - Curso Téc. em
Administração –
Integrado ET GN
Res. 633/06 – DOE 23/03/06
Res. 12/08 – DOE 22/01/08
954 – Curso Téc.
Secretariado –
Subsequente - ET
GN
Res. 4908/10 – DOE 23/10/10
Em tramitação
489 - Curso de
Formação de
Docentes da
Educação Infantil dos
Anos Iniciais do
Ensino Fundamental
Integrado
Res. 1798/05 – DOE 12/08/05
Res. 2018/07 – DOE
14/06/07
590 - Curso de
Formação de
Docentes da
Educação Infantil dos
Anos Iniciais do
Ensino Fundamental –
Sub – 3ª
Parecer 303/07 – CEE - em
27/04/2007
Parecer 303/07 – CEE em
27/04/2007
592 – Curso de
Formação de
Docentes da
Educação Infantil dos
Anos Iniciais do
Ensino Fundamental –
Modalidade Normal –
AE
Res. 2018 – DOE 14/06/07
Res. 2018/07 – DOE
14/06/07
Programa Nacional de
Valorização dos
Funcionários da
Educação -
Res. Secretarial 4111/06 –
DOE 01/03/2006
Res. 369/08 – DOE
28/01/08
6
Profuncionário
CELEM - Espanhol Res. 3904/08 -
2.2 QUADRO DE PESSOAL
2.2.1 Professores
AGUIMAR CASTRO RAMOS
ALESSANDRA SOARES
ALESSANDRO STEILEIN DA CRUZ
ALINE FERREIRA DA SILVA SANCHES GALANI
ANA LUCIA SANTOLINI DA SILVA
ANA AMÉLIA PIZINI
ANDREIA CRISTINA GOMES
ANGELO MARONESE
ANTONIO REGINALDO AGASSI
APARECIDA GONÇALVES HELENA
AUREA FRANCISCA PEDROSO
CLEIDE DE FÁTIMA RODRIGUES
CRISTIANE LOMBARDI
DANILO HENRIQUE PIMENTA
DEIDE LUCIANO ESTEVES DA COSTA
DEISE FERNANDA MAXIMO DE LIMA
DENISE RODRIGUES CAVALCANTI
DIVA INES KLIEMANN
EDENISE JOSÉ MILANI
ELAINE SCRAMIM PIVETA
ELIANE ALVES
ELIANE BECK
ELIZETE SIMONELLI DE SOUZA
ENIR MEZINI CAMPOS
ENILDA FERREIRA SILVA
EVERALDO LORENSETTE
FLORISVALDO DIAS MODOLO
IRACELIA PEREIRA LOPES BARBOZA
IRANI SANTOS
IRENE MARIA FONESI
IVANA DE PAULA RODRIGUES CALISTO
IVANISE VENTURINO DA SILVA PIRES
IVANIR VENDRUSCOLO
IVO MARCHI
IVONE APª DOS SANTOS CARLOS
IZABEL DE SOUZA BATISTA
JANE BEATRIZ
JAQUELINE FERRARI
JAQUELINE MAIRA TORRES
JOSE PARDINHO DE SOUZA
JOSIANE BERNINI JORENTE
7
JOCELEI BROTE RISSOTO
JULIETA WELINSKI
KARLA REGINA PEREIRA
LUCIANO ROBERTO R. DE ASSIS
LUCIMAR JANDREY
LUCIMARA LEITE BROSDA PACKER
LUZIA EICHINGER
MARCIA LEITE VIEIRA
MARIA BETANIA MENEZES BULHÕES
MARIA GERTRUDES DAMACENO
MARIA MADALENA TAVARES MERLI
MARIA ROSA KUASNE DOMINGOS
MARILDA ANTONETE ROMÃO
MARLI FRANCISCO
MARLEY PRAXEDES SILVA
MARLI PEDRO DE ALMEIDA / 99036382
MARTA MARIA VILELA
MELISSA PATRIARCA CORREIA BORGES
MICHELE FERNANDES DOS SANTOS
NADIA FLAMIA S CAMILO
NILTON ROGÉRIO COLADELO
OLGA GEROTTO GOZER
ROSANA APARECIDA TEIXEIRA
ROSANA DE CASTRO KASKELIS
ROSANGELA SALETE B. BORNIOTI
ROSELEI ORLANDINI
ROSELI REGINA DO NASCIMENTO
ROSIRENE DA ROCHA ZORZAN
RUBIA DANIELLY ALEIXO
SANDRA MARA RICCI
SHEILA CRISTINA B. MARCHEZONE
SILMARA CRISTINA HORING
SILVIA CARLA MARTINASSO
SIMONE GONÇALVES
SOLANGE MARA BARON
SOLANGE TOMIN
VALDEMAR DA SILVA MELATO
VALDOMIRO D. PERAÇOLI
VANIA GRAVA COLLU
ZENAIDE APARECIDA KAIRES BARRAQUE
2.2.2 Agente Educacional I
APARECIDA PIVETA KAISER
CARLOS FRIEDRICH WESTPHAL
JANINHA PAULA DE ARAÚJO
MARIA ALBINA CARVALHO FERNANDES
MARIA APARECIDA CASALLI
8
MARIA APARECIDA GONZAGA PAZINI
MARIA CATARINA ALVES FERREIRA
MARIA SATT ARCINI
MARIA JOSÉ CORDEIRO
PALMIRA MARIA TOFALINI VITORAZZO
2.2.3 Agente Educacional II
ANDREIA CRISTINA BATISTA WESTPHAL SILVA
CLEIDE DE OLIVEIRA PEREIRA COLETO
JOELICE APARECIDA STRIECHEN
MÁRCIO CARLOS
MARIA JOSÉ DE MELLO CASTRO
MARILENE DE PAULA GUIMARÃES
PAULO ROBERTO MARYNOWSKI
RENATA DE OLIVEIRA FABRICIO
SHAIENY FERNANDES DOS SANTOS
VERA LÚCIA CEREDA
ZULMIRA DE OLIVEIRA PEREIRA
2.2.4 Equipe Administrativa e Pedagógica
VALDOMIRO DELANTONIA PERAÇOLI DIRETOR
EVERALDO LORENSETTE DIRETOR AUXILIAR
JOELICE APARECIDA STRIECHEN SECRETÁRIA
BRANDELI GENI GARCIA EQUIPE PEDAGÓGICA
IVANISE VITORINO DA SILVA
ELIZETE SIMONELLI DE S. FREIRE
VERA HENN FERREIRA
ARNALDO JOSÉ FERRO COORDENADOR DE CURSO
BRANDELI GENI GARCIA
2.2.5 Professores Tutores do Profuncionário
ROSANGELA SALETE BACHINI BORNIOTI
IVONEIDE APARECIDA DE AZEVEDO
9
ALESSANDRA PIVETA
2.3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Modalidade e Níveis de Ensino:
Presencial – Ensino Médio, Normal e Profissional.
Número de Turmas/ Salas de aula / Alunos:
41 turmas – 19 salas de aula – 964 alunos matriculados em 2011.
Turno de Funcionamento:
Matutino – Vespertino – Noturno.
Número de Professores / Professores Pedagogos
81 professores - 06 professores pedagogos – 03 coordenadores de curso e
estágio;
Número de funcionários
10 Agentes Educacional I
11 Agentes Educacional II
Número de Diretor auxiliar
01 vice-diretor.
Número de Professores Tutores do Profuncionário
03 professores
Ambientes Pedagógicos (espaço físico)
12 salas de aula – Colégio Estadual Chateaubriandense;
04 salas – cedidas pela Escola Municipal Odila de Souza Teixeira;
03 salas – descentralizadas no Colégio Estadual Rui Barbosa – Formosa do
Oeste/PR;
01 biblioteca;
01 laboratório de Ciências;
01 laboratório de Informática.
Ambientes Administrativos (espaço físico)
01 sala da secretaria;
01 sala de direção;
01 sala de coordenação;
01 sala da Equipe Pedagógica.
10
O Colégio Estadual Chateaubriandense – EMNP atende a discentes
egressos do ensino fundamental e médio, contando com 964 alunos matriculados no
ano letivo de 2011, estando assim distribuídos:
PERÍODO CURSO Nº DE ALUNOS
Matutino
Ensino Médio 286
Técnico em Administração Integrado 93
TOTAL MATUTINO........................................................................ 379
Vespertino
Formação de Docentes Integrado 167
Ensino Médio 52
CELEM 23
TOTAL VESPERTINO.................................................................... 242
Noturno
Ensino Médio 194
Formação de Docentes AE 66
Técnico em Administração Subsequente 32
Técnico em Secretariado Subsequente 10
CELEM 41
TOTAL NOTURNO........................................................................ 343
TOTAL GERAL.............................................................................. 964
Conta também com 93 alunos cursando o Profuncionário – Programa de
Formação para os funcionários da escola – que funciona no sistema semi-
presencial sendo que os alunos são atendidos no sábado, período matutino,
contando com os cursos conforme segue:
CURSO Nº ALUNOS
Técnico em Secretaria Escolar 37
Técnico em Infraestrutura Escolar e Alimentação
Escolar – (Turma mista)
30
Técnico em Alimentação Escolar 26
Total 93
3. HISTÓRICO DO COLÉGIO
Inicialmente o nome deste Estabelecimento de Ensino era Colegio
Comercial Estadual de Assis Chateaubriand, criado pelo decreto nº 17.781/69, do
dia 30/12/1969, que juntamente com a Escola Normal Colegial Estadual Assis
11
Chateaubriand, criada pelo decreto nº 21.892/70 autorizada a funcionar pela portaria
352/71 e com a Escola Engenheiro Azaury Guedes Pereira – Ensino de 1º Grau
passou a denominar-se Colégio Estadual Engenheiro Azaury Guedes Pereira –
Ensino de 1º e 2º Graus, através do Parecer 050/79 de 07/03/78 e da resolução nº
1.450/81 de 28/07/1981, ministrando as habilitações Plenas de Contabilidade e
Magistério e a Habilitação básica em Saúde.
Em 1984 houve um desmembramento do 1º e 2º graus, e assim este
estabelecimento passou a denominar-se, através da resolução nº 8428/84, Colégio
Estadual Chateaubriandense – Ensino de 2º Grau, sendo este nome uma
homenagem ao município de Assis chateaubriand. Em 1988, através da Resolução
nº 250/85 fica autorizado o curso de 2º grau propedêutico, denominado então
Educação Geral, reconhecido pela Resolução nº 124/87 de 14/01/87.
A partir da nova LDB (9394/96) O colégio Estadual Chateaubriandense –
Ensino de 2º Grau passou a denominar-se Colégio Estadual Chateaubriandense –
Ensino Médio.
A partir de 1999, com o Programa de Expansão, Melhoria e Inovação do
Ensino Médio (PROEM), criado a partir da Resolução 4394/96, o Colégio passou a
oferecer apenas o curso de Formação Geral, entrando em extinção gradativa os
cursos técnicos em Contabilidade, Magistério e o Propedêutico.
Em 2002 houve a implantação do Curso Pós-Médio (Gestão
Empreendedora), proposta do Governo do Estado do Paraná para a educação
profissional, autorizado e reconhecido pela Resolução 2868/02 – DOE 06/09/02 e o
Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual Chateaubriandense – Ensino
Médio e Profissional.
No ano de 2004 com a implantação do curso de Formação de Docentes
da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na
modalidade Normal, passou a ter a denominação atual de Colégio Estadual
Chateaubriandense – Ensino Médio, Normal e Profissional.
4. OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver prática educativa emancipadora através de conteúdos
historicamente constituidos pela humanidade que objetivem o conhecimento
sistematizado, para que, o aluno, por meio de referenciais históricos-científicos,
12
teóricos e metodológicos, possa exercer sua cidadania como sujeito agente de
transformação social, sendo capaz de agir e interagir frente aos desafios da
sociedade.
Comprometer-se com a formação humana, intelectual, social, política e
espiritual dos educandos tendo como princípio básico fornece-lhes os instrumentos
sistematizados necessários para compreensão e atuação diante das contradições da
sociedade no intuito de superá-las.
Estabelecer ações educativas no decorrer do processo de ensino que
possibilitem enfrentamento de temas emergenciais.
Propiciar à comunidade escolar efetiva participação nas decisões
colegiadas referentes a questões político-educacionais.
5. MARCO SITUACIONAL
O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se às condições
de seu contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra.
A história consiste, pois, nas respostas dadas pelo homem à natureza, aos outros
homens, às estruturas sociais, e também, na sua tentativa de ser progressivamente
13
cada vez mais o sujeito de suas práxis, ao responder aos desafios de seu contexto,
numa cadeia contínua de épocas, caracterizadas por valores, aspirações,
necessidades, motivos, ou seja, mudanças, advindas de condições econômicas,
políticas, sociais e culturais.
Esta introdução nos faz refletir sobre a prática pedagógica desenvolvida
no Colégio Estadual Chateaubriandense (CEC), que vem revelando avanços quanto
ao planejamento de conteúdos, atividades didático-pedagógica, bem como método
de trabalho no dia-a-dia da sala de aula, com intuito de proporcionar aos alunos
condições para a aproprição dos conhecimentos historicamente construídos pela
humanidade, ou seja, o conhecimento científico de cada disciplina visando a sua
totalidade e compreensão do mundo, rompendo com a fragmentação. Este
encaminhamento metodológico vem possibilitando à comunidade escolar reflexão
sobre os conceitos de autonomia, de emancipação e que ações são necessárias
para sua efetivação.
Para esta efetivação é possível constatar o envolvimento da comunidade
escolar, dos órgãos colegiados como: Grêmio Estudantil, Associação de Pais,
Mestres e Funcionários, Conselho Escolar, mais precisamente do corpo docente,
nas discussões coletivas enquanto momentos privilegiados de tomadas de decisões
em reuniões pedagógicas, conselho de classe, Semana Pedagógica, grupos de
estudo, planejamento e replanejamento das atividades pedagógicas.
Sabemos da necessidade da participação eficaz dos Órgãos Colegiados
nas decisões das ações didático-pedagógicas e adminstrativas, no entanto,
encontramos dificuldades para conciliar a disponibilidade de tempo dos pais, alunos,
professores e funcionários com o tempo escolar, por isso, faz-se necessário esta
participação no dia a dia escolar e também nas reuniões ordinárias e extraordinárias,
quando a presença da família se faz primordial. Sendo assim, é indispensável que
cada membro da comunidade escolar se comprometa e entenda a importância de
sua participação e envolvimento no processo de ensino-aprendizagem.
Quanto às metodologias diversificadas, como: utilização de multimeios,
pesquisas, aulas práticas entre outras, no processo de ensino ainda constatamos
que prevalece a prática pedagógica com aulas expositivas e com pouca participação
dos alunos.
Há de se destacar que, após 2005, com a formação continuada, cujas
reflexões remetem a uma concepção teórica progressista, as escolas passaram a
14
discutir referenciais teóricos voltados para questões educacionais, políticas,
econômicas e sociais, propiciando à comunidade escolar compreender a realidade
em que está inserida, a fim de buscar saídas, na coletividade, para enfrentamento
dos dasafios da atualidade em prol de uma educação pública que oportunize aos
sujeitos a apropriação dos conhecimentos científicos objetivando a atuação deste
conhecimento em situações emergentes, sendo esse processo lento ainda percebe-
se que essa concepção reflete-se pouco na sala de aula, onde a maioria das aulas
ainda são trabalhadas numa visão reducionista, havendo necessidade de ampliar a
perspectiva de totalidade que deve estar presente desde a seleção dos conteúdos
até a avaliação.
À medida que as Semanas Pedagógicas foram acontecendo e o
conhecimento foi se aprimorando houve progresso quanto às discussões e
amadurecimento teórico da direção, equipe pedagógica, professores e funcionários
para a compreensão dos desafios a serem enfrentados em sala de aula. Nesta
mesma linha de análise, quanto à formação continuada, embora as discussões
tenham sido voltadas para uma prática pedagógica progressista, com enfoque para
a pedagogia Histórico-Crítica, temos encontrado muitas dificuldades para que esta
se efetive na prática docente de sala de aula, mas alguns avanços podemos
perceber entre eles o sistema de avaliação que passou a ser semestral, cujo
enfoque é a qualidade de ensino e apropriação dos conteúdos.
Quanto ao índice de aproveitamento o Colégio Chateaubriandense teve
média em 2010 no IDEB de 54,03, mas temos muito o quê avançar quanto a
melhoria na qualidade do ensino.
Quando refletimos sobre a qualidade da educação há que se repensar a
organização do tempo escolar dentro do Calendário Escolar, destinado ao
planejamento, reuniões pedagógicas, conselho de classe; tempo este, destinado a
avaliação, estudo e planejamento de ações pedagógicas para organização dos
trabalhos pedagógicos.
O colégio Estadual Chateaubriandense atende alunos com necessidades
educativas especiais na área da surdez, com profissional especializado (intérprete)
que auxilia alunos e professores durante as aulas. Outros educandos com
diagnóstico de sala de recursos ou com deficit intelectual, oriundos do Ensino
Fundamental, que não recebem atendimento pedagógico em suas especificidades,
isso, por que o estado não oferece sala de recursos e apoio pedagógico em
15
contraturno para os alunos do ensino médio. Outro ponto a ser destacado diz
respeito ao assessoramento da equipe pedagógica aos professores na hora
atividade, onde temos encontrado muita dificuldade para realização deste trabalho,
pois o professor pedagogo além de suas atribuiçoes como mediador do processo
pedagógico tem que desenvolver funções que seriam específicas do inspetor de
alunos e o Colégio não conta com este profissional específico, apenas com um
Agente Educacional I que auxilia nesta função, mas não exclusivamente, ficando a
descoberto o atendimento o qual no período matutino, onde está concentrado o
maior número de alunos o Colégio conta apenas com dois pedagogos e um agente
educacional I que faz o atendimento no pátio após concluir suas atividades e no
período noturno, onde os problemas se multiplicam pela especificidade do turno, não
existe esse atendimento. Outra questão é o atendimento às turmas, que é feito pelos
pedagogos, quando o professor se ausenta por estar participando de cursos ou por
atestado médico e a especificidade do trabalho do pedagogo deixa a desejar.
Quanto ao perfil da comunidade escolar do Colégio Estadual
Chateaubriandense, os educandos são orindos da zona rural e urbana, são filhos de
pequenos agricultores, comerciantes, outros com empregos no comércio,
cooperativas e órgãos públicos. Esta diversidade exige que ações pedagógicas
sejam pensadas e acionadas tendo como objetivo atender esta diversidade,
respeitando as condições sociais, econômica e religiosa da comunidade escolar.
Nas reuniões com os pais ou responsáveis de alunos há um bom índice de presença
porém a dificuldade está justamente na ausência dos responsáveis por aqueles
alunos que apresentam maior índice de faltas e baixo rendimento escolar, este é um
desafio constante da realidade escolar.
Almejando resgatar alunos que por ora evadem-se da escola e também
com o objetivo de propor outros momentos para a aprendizagem dos conteúdos, foi
aprovado pelo Conselho Escolar duas atividades complementares curriculares que
serão realizadas em contraturno com o objetivo de ampliar a formação integral do
aluno e atender a uma necessidade da comunidade, sendo uma atividade na área
de Esporte e Lazer (FUTSAL) e a outra de Aprofundamento de Aprendizagem dos
conteúdos de Matemática.
O Colégio oferta os cursos do profuncionário como parte da valorização
dos funcionários como profissionais da educação não docentes, a modalidade em
que o Pró-funcionário é oferecida, é a Educação a Distancia (EAD), com encontros
16
presenciais todo sábado no período matutino, que é um elemento que o diferencia,
pois torna mais acessível à educação formal e ajuda a repensar a tradição
pedagógica, configurando-se com inovação na oferta do Pro-funcionário.
Uma característica importante deste curso técnico, é que os cursistas já
são adultos, se interessam em aprender mais para poder pensar e fazer de outra
forma aquilo que já vêm fazendo ao longo de sua experiência profissional e claro
melhorar as suas condições de existência, ampliando seu campo de conhecimentos
e identificando-se com outras funções e garantindo assim oportunidade de acesso
a profissionalização.
17
6. MARCO CONCEITUAL
Considerando que a educação é uma atividade necessária ao
desenvolvimento da sociedade, cabe a ela, possibilitar aos sujeitos os
conhecimentos que os tornem capazes de atuar no meio social, em função das
necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade. Para tanto, faz-se
necessário um conhecimento sólido da realidade sobre o processo de transformação
da natureza, da sociedade e do homem e, assim, compreender em que consiste o
conhecimento humano, sua especificidade, a educação e seu papel social. De
acordo com Saviani,
“é preciso compreender a realidade enquanto processo em movimento, enquanto um processo contraditório e dialético em que o todo não se explica fora das partes e as partes não se compreendem fora do todo; portanto, é preciso agir sobre o todo agindo simultaneamente sobre as diferentes partes” (SAVIANI, 1991, p.55).
Neste sentido, faz-se necessário compreender que o processo educacional
apresenta um caráter dialético, dinâmico e ativo potencializado pelas relações
sociais. Sendo assim, a mobilização para a apreensão do conhecimento envolve os
aspectos pessoal, social e econômico, dialeticamente organizados, ou seja, para que
a ação educativa consiga mobilizar o indivíduo despertando-lhe o desejo de
aprender, faz-se necessário compreender a realidade e suas contradições.
Nesse sentido, a educação deve ser entendida como instrumento que
auxilie as pessoas a compreenderem que o conhecimento individual é importante,
mas é na coletividade que o saber se torna um instrumento de lutas contra um
sistema de dominação. Este processo educativo implica numa tomada de
consciência do homem enquanto agente de uma sociedade histórica e concreta.
Portanto, para que a educação possa alcançar seus objetivos, faz-se necessário
ultrapassar os limites do individual e se afirmar enquanto coletividade.
Para o professor Saviani (2005, p. 271), o enfrentamento dos desafios
postos à educação pública pela sociedade de classes passa do ponto de vista da
pedagogia histórico-crítica, pela luta por uma escola pública que garanta aos
trabalhadores um ensino de melhor qualidade possível nas condições históricas
18
atuais, entendida como um componente de luta mais ampla pela superação da
sociedade de classes.
É preciso que a categoria dos trabalhadores da educação se empenhe
diuturnamente na luta pela conquista de uma escola pública de qualidade para os
trabalhadores. Sendo esta um espaço para a apropriação dos conhecimentos
sistematizados, ou seja, dos conhecimentos históricos-científicos.
O direito à apropriação do conhecimento, muitas vezes, é negado ao
indivíduo pelo contexto histórico em seu entorno social, ideologizado por um sistema
de poder que inculca nas pessoas uma forma de ver e pensar a sociedade e mesmo
o homem, individualizado, como inertes à mudança.
Segundo BOFF, (2000, apud MARTINS, 2000, p.53):
“[...] a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões.”
Desde a pólis ateniense, a organização da escola se dava sob a
dualidade de uma escola para livres (a este destinado o trabalho intelectual) e uma
escola para os não livres (destinados ao trabalho manual – trabalho físico). Mesmo
na atualidade, a escola pública tem sofrido pressão para atender ao sistema
capitalista que cada vez mais necessita de mão de obra para o seu funcionamento.
Para Mészáros (2005) a universalização da educação – tema tão freqüente nos
discursos reformistas da educação a partir dos anos 1990 – só poderá ocorrer com a
universalização do trabalho, pois tais dimensões têm caráter indissociável.
Uma prática pedagógica, nesse sistema capitalista, pode distorcer a
historicidade do homem e desumanizá-lo. No entanto, uma educação voltada para a
luta política, em que as relações de poder e as ideologias são geradas nas
contradições e conflitos da realidade, possibilita ao ser humano as condições de
liberdade, e envolvimento com o mundo em movimento, aprimorando e
aprofundando a existência humana.
O desafio que se coloca hoje para a educação escolar é romper com as
barreiras da dualidade e dos preconceitos ofertando uma educação de efetiva
apropriação de conhecimentos historicamente poduzido pela humanidade. Para que,
19
o indivíduo a partir dessa apropriação, possa exercer seu direito de cidadania, uma
vez que o conhecimento científico é uma das exigências do e para o ser humano.
Para tanto, alguns conceitos devem ser evidenciados na prática escolar,
segundo ALENCAR, (2003, p.47) “educação é cultura e ideologia, e pode servir para
aproximar e/ou afastar pessoas e classes sociais”. A cultura de uma sociedade
reúne significados comuns aos grupos pertencentes a esta mesma sociedade,
portanto a educação prende-se às culturas produzidas pelas sociedades. Não
concerne, a escola, porém manipular ou controlar um único padrão de cultura como
o “socialmente aceitável” em detrimento dos demais.
O respeito à pluralidade das culturas nascidas na sociedade e a rejeição
ao apego exagerado às determinadas culturas deve ser a prática e a orientação
imprescindíveis do trabalho docente. A ninguém deve ser conferida superioridade
cultural inata sobre a cultura do outro. A escola enquanto local e o professor
enquanto agente, ambos socializadores do conhecimento, devem respeitar a
pluralidade das culturas, seja ela advinda popular ou erudita.
Conforme afirma Saviani (1991, p.15) “[...] o saber que diretamenta
interessa à educação é aquele que emerge como resultado do processo de
aprendizagem, como resultado do trabalho educativo”.
No entanto, a instituição escolar precisa proporcionar conhecimento
reflexivo e crítico da arte, da ciência, da tecnologia e da história cultural, não só
como produto alcançado pela humanidade em seu devir sócio-histórico, mas
principalmente como instrumento, procedimento de análises de transformação e
criação de uma realidade natural e social concreta. Logo, cabe a educação escolar
assumir-se como instituição oficial que tem como função primordial contribuir com a
formação integral do homem em suas dimensões social, cognitiva, afetiva, política e
humana. Pensando no homem como produto das relações histórico sociais, temos
que entender as várias fases do desenvolvimento humano. Como recebemos alunos
com idade a partir dos 13 anos, trabalhamos especificamente com adolescentes há
a necessidade de refletir um pouco mais a respeito desta etapa do desenvolvimento,
onde o sujeito não é mais criança, no entanto, ainda não é adulto. Sendo a
adolescência uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, esse período é
caracterizado por diversas transformações hormonais, corporais e comportamentais.
20
O Estatuto da Criança e Adolescente ( Lei no 8.069 de 13/07/90) no artigo 2°
estabelece a idade dos doze aos dezoito anos como período da adolescência,
distingue criança de adolesceste como etapas distintas do desenvolvimento
humano. Independentemente se o indivíduo é criança, adolescente ou adulto todos
têm seus direitos constitucionais garantidos, no entanto, há necessidade de se ter
atenção especial à criança e ao adolescente por estarem em pleno desenvolvimento
das faculdades mentais, intelectuais e cognitivas.
Segundo Quadros, (2009, p. 58), os adolescentes são:
Fruto da revolução tecnológica e da globalização, eles formam a geração
definida por especialistas do “tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora”. São capazes
de realizar várias atividades ao mesmo tempo (as relacionadas ao estudo
nem sempre a contento), pois celular, iPod, computador e videogame
praticamente viraram extensão de seus corpos e sentidos. Enfim, é uma
geração que vive em rede, com tudo que isso significa. São muito concretos
em relação a dinheiro e trabalho, mas com poucos sonhos e virtuais nos
prazeres que deveriam ser reais (Buchalla,2009).
Atendendo a especificidade citada, o docente deve compreender que a fase
da adolescência requer do educador postura pedagógica mediadora, segura,
determinada e sistematizada, onde o ensinar, além de compromisso sério, também
deverá ser prazeroso e significativo. O docente também deverá trabalhar com
conceitos pertinentes à ética, responsabilidade e limites como atribuições dos
discentes, visando que nossos alunos, em sua grande maioria, acabam tendo
contato com esses princípios no ambiente escolar.
Quanto aos funcionários, também lhes compete visão sobre o tratamento
também disciplinar aos adolescentes, com cobranças justas, limites ponderados e
capazes de contribuir para com sua formação cidadã. Vale ressaltar a
ressignificação do papel dos funcionários escolares ocorridos nos últimos tempos,
que os transforma em educadores não-docentes, o reconhecimento, por si e pelo
outro, do caráter pedagógico imbuídos em suas funções, caracterizam o nascimento
das novas identidades funcionais. Para isso, os funcionários, conscientes de seu
papel de educadores, precisam construir a sua nova identidade profissional, isto é,
ser profissionalizados, recebendo formação inicial e continuada tanto quanto os
professores, e responsabilizando-se pelos resultados referentes ao processo de
ensino e aprendizagem.
21
6.1 Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica entendida por uma concepçao
diagnóstica, contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais.
Sendo assim, é compromisso desta escola ir além dos momentos
pontuais de avaliação de provas para atribuir notas, registrar, constatar, verificar,
medir, classificar, ou seja, a nota deve ser a expressão da aprendizagem do aluno,
tendo como objetivo diagnosticar a apropriação efetiva dos conteúdos trabalhados.
Este passa ser o momento em que o professor analisa o seu trabalho e a
aprendizagem dos alunos para possíveis retomadas dos conteúdos, de recuperação
de estudos e a reavaliação. De acordo com a LDB 9394/96, inciso III e IV do artigo
13, “é incumbência dos docentes zelarem pela aprendizagem dos alunos”, e
estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Pedro Demo, (2002, p. 02, 03) na introdução de seu livro Mitologias da Avaliação, diz que
“avaliação só faz sentido se favorecer a aprendizagem. Todavia, não se
realiza aprendizagem qualitativa, sem avaliar. Quando se combate o tom classificatório, [...] pretende-se, no fundo, superar abusos da avaliação, no que estamos todos de acordo, mas não se poderia retirar daí que avaliação, de si, não é fenômeno classificatório. Será mister distinguir acuradamente entre abusos da classificação, de teor repressivo, humilhante e punitivo, e efeitos classificatórios implicados em qualquer processo avaliativo, também quando dito qualitativo.”
É importante destacar que a avaliação não pode ser analisada fora do
contexto das ações didático-pedagógicas, ou seja, do processo ensino-
aprendizagem, pois a avaliação representa o resultado do trabalho docente. O
sentido dado pelo professor à avaliação está relacionado "a sua concepção de
educação, de homem e de sociedade.
Segundo Vasconcelos (2005, p.57):
“O conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, e nele intervir. Assim sendo, o papel da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do conhecimento, a aprendizagem por todos os alunos.”
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Luckesi (2005, p.172, 173) define a avaliação escolar como “ato amoroso,
no sentido de que avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo”.
Tendo por base acolher uma situação, para então ajuizar a sua qualidade, para se
necessário dar suporte de mudança, tendo por objetivo a inclusão e não a exclusão.
A avaliação escolar tem por princípio auxiliar os educandos no
desenvolvimento de uma autonomia intelectual, com ações pedagógicas que
agucem a curiosidade, o espírito de pesquisa, o diálogo, a comunicação, assim
dando oportunidade para apropriação dos conteúdos científicos, ou seja, a
apropriação dos conhecimentos historicamente construídos pela humanidade.
Portanto, se o professor tem clareza da função social da escola pública
há de concordar com a reflexão de Saviani (1991, p. 22, 23), de que
“A escola tem a ver com o problema da ciência. Com efeito, a ciência é exatamente o saber metódico, sistematizado, ou seja, a escola existe, pois, para preparar a aquisição dos instrumentos que possibilitam ao acesso do saber elaborado, bem como ao próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão”.
Desse modo, as avaliações através de provas objetivas e dissertativas,
seminários, pesquisas, aulas práticas, tarefas entre outros instrumentos, que são
utilizados no processo de ensino e parendizagem, deverão refletir as concepçoes
teóricas fundamentadas neste Projeto Politico Pedagógico, sendo assim, as
atividades docentes e discentes, em sala de aula, tem os seguintes fins a
apropriação dos conhecimentos científicos como instrumento de intervir na
realidade.
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7. MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual Chateaubriandense, fundamentado em ideias
progressistas, vê a educação, não como a única alavanca para a transformação
social, mas acredita que através de uma prática crítica e reflexiva construída nos
embates coletivos é possível democratizar o conhecimento sistematizado,
permitindo às classes populares o acesso ao saber histórico-científico por acreditar
numa escola que luta pela oportunidade de igualdade a todos, por isso traz neste
Marco propostas condizentes com este ideal.
Além da formação continuada proposta pela SEED, das Semanas
Pedagógicas e dos grupos de estudos, o Colégio Chateaubriandense tem o
privilégio de ter no quadro, professores PDE (Programa de Desenvolvimento
Educacional), que vêm desenvolvendo seus projetos voltados para a formação de
professores por meio de grupo de estudo, tendo como parceira a UNIOESTE, como
também as propostas desenvovlidas com os discentes. Isso, na prática, vem
auxiliando na formação dos professores e equipe pedagógica e despertando união
entre os pares, ou seja, fortalecendo para as dicussões coletivas e o enfrentamento
na luta por políticas públicas educacionais que ofereçam condições para uma
educação pública de qualidade.
Para verificação dos resultados do aproveitamento escolar em cada
semestre faz-se necessário atingir oito pontos (8,0) referentes aos conteúdos
específicos da disciplina e dois pontos (2,0) referentes a: participação na elaboração
de atividades didático-pedagógicas; participação em eventos pedagógicos
propostos pelo Colégio, conforme calendário escolar; realização de tarefas,
pesquisas e apresentação de trabalhos.
Dentre as avaliações realizadas durante o semestre o professor deverá
variar o instrumento de avaliação no mínimo em três momentos distintos, atendendo
as especificidades de todas as disciplinas, conforme Plano de Trabalho Docente e
Regimento Escolar.
Quando o aluno não atingir rendimento satisfatório no final do semestre,
mesmo após a recuperação permanente e contínua, será ofertada oportunidade de
recuperação de estudos, através de teste escrito no valor de (8,0) oito pontos.
No decorrer do semestre, a equipe pedagógica faz o acompanhamento
pedagógico individual do aluno, orientando a respeito do rendimento escolar, como
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participa aos responsáveis, sobre os encaminhamentos necessários para o bom
aproveitamento escolar dos educandos. Esta parceria da familia contribui para que o
aluno se aproprie do conhecimento histórico-científico e também, a formação integral
do sujeito nas dimensões ético, sócio, político e cultural a partir de segmentos
interessados para este fim, no caso, a família e a escola.
O Conselho de Classe representa o momento em que professores,
direção e equipe pedagógica discutem a aprendizagem e/ou a não aprendizagem
dos alunos, os encaminhamentos metodológicos do professor e da equipe
pedagógica, apoio pedagógico da direção, interesse e participação dos alunos, bem
como pontuar as dificuldades que o corpo docente vem enfrentando para ministrar
suas aulas, e juntos buscarem alternativas para o enfrentamentos dos probelmas
detectados.
No Colégio Estadual chateaubriandense durante o Conselho de Classe,
os professores têm oportunidades para relatarem e debaterem com seus pares
sobre o desempenho e o rendimento escolar no processo ensino-aprendizagem.
Discute-se também os procedimentos metodológicos do docente, os instrumentos e
critérios de avaliação, participação dos alunos, realizaçao de tarefas e trabalhos,
atrasos e indisciplina. Diante do levantamento do Conselho de Classe são feitos os
encaminhamentos pedagógicos de acordo com o perfil das turmas, que vão desde
palestras e dinâmicas sobre questões emergentes levantadas até a metodologia do
professor e responsabilidades do aluno.
Após o Conselho de Classe, a direção, equipe pedagógica, professores,
alunos e pais reunem-se para discutirem ações de enfrentamento dos problemas
identificados no Conselho de Classe. A equipe pedagógica expõe a todos os intens
do encaminhamento pedagógico que deverão ser cumpridos a fim de melhorar o
processo de ensino aprendizagem.
Ainda pensando o processo ensino aprendizagem, além da devolutiva nas
reuniões pedagógicas, pré-conselho e pós-conselho de classe, os professores
pedagogos orientam individualmente os alunos e família e assessora,
pedagogicamente, os professores
Uma gestão escolar se justifica como democrática quando os atores do
ato educativo participam ativamente das discussões e tomadas de decisões da
gestão escolar. A efetiva participação dos órgãos colegiados representa a
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democratização do exercício de poder no que se refere às determinações à cerca da
política educacional.
Os órgãos colegiados são condições indispensáveis para a
implementação das ações escolares. Portanto, a atuação da APMF (Associação de
Pais, Mestres e Funcionários) como representante das inquietações de seus
membros, permite refletir sobre o caminhar do trabalho na escola e atuar para
garantia da qualidade do ensino.
Os Conselhos Escolares e de Classe são os eixos articuladores da
comunidade escolar e têm como um de seus objetivos centrais e comuns, o
acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico, realizando intervenções
necessárias, constituindo-se então em órgão fundamental para a efetivação dos
propósitos do colégio com vistas a uma educação de qualidade.
O Grêmio Estudantil, enquanto representante do corpo discente,
preservará os interesses dos alunos do Colégio, sendo o defensor da democracia
por meio de participação efetiva de seus membros nas tomadas de decisões que
lhes competem.
É imprescindível para a efetivação de uma prática pedagógica numa
escola pública de qualidade que a gestão se faça de forma democrática com
participação efetiva de seu colegiado na definição dos rumos da política educacional
no Colégio.
Nos cursos técnicos do profuncionário o acompanhamento dos cursistas
pelo tutor será feito tanto nos encontros presenciais realizados no Colégio aos
sábados e o atendimento à distância é realizado por meio das tecnologias
disponíveis sendo que os professores tutores tem uma carga horária disponível para
o atendimento individualizado conforme cronograma divulgado aos alunos.
O Colégio Estadual Chateaubriandense desenvolve durante o ano letivo
várias atividades pedagógicas extraclasse oferecendo aos educandos oportunidade
de apropriação de conhecimentos diversificados. Dentre eles:
Festival Artístico (FACEC) que propõe aos alunos atividades para
despertar os saberes, envolvendo as diversas linguagens, desenvolvendo a
sensibilidade e os fazeres artísticos. Assim, os alunos podem expressar de forma
criativa, sensível, imaginativa e estética, as ideias e emoções, valorizando
principalmente a cultura brasileira.
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Os Jogos Escolares ofercem aos alunos atividades que contribuem para
o desenvolvemento integral do aluno como ser social autônomo e democrático,
estimulando o pleno exercício da cidadania através do esporte.
Os alunos também participam dos Jogos Colegiais do Estado do
Paraná com objetivo de oportunizar o intercambio social, despertando o gosto pela
prática dos esportes, com fins educativos e formativos.
O colégio proporciona aos alunos palestras com temas diversificados,
como também visitas às Universidades objetivando orientar os formandos sobre as
profissões da atualidade e os cursos que são oferecidos pelas universidades
particulares e públicas.
Como parceira, temos o Centro Técnico Educacional Superior do Oeste
Paranaense que oferece aos alunos curso de contraturno com os acadêmicos, os
quais auxiliam os alunos em dificuldades relacionadas ao conteúdo.
Aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem em qualquer
disciplina, professores com auxilio da equipe pedagógica, organizam monitorias no
contraturno, também são orientados a formarem grupos de estudos além do espaço
escolar.
O colégio também oferta o Centro de Estudos de Língua Estrangeira
Moderna (CELEM) na disciplina de Espanhol em período contraturno, onde os
alunos matriculados têm a oportunidade de aprender outra língua.
Tendo objetivo de propiciar aos educando ações pedagógicas para
auxiliar na compreensão da relação entre teoria e prática, o curso de Formação de
Docentes desenvolve os seguintes projetos:
No início do ano letivo para recepcionar os discentes do primeiro ano e
esclarecer a respeito dos objetivos do curso é realizada a “Aula Magna”
com palestra e apresentações.
O projeto “Resgate da Cultura Popular Brasileira” é desenvolvido em
julho com comidas típicas, danças, música referentes à cultura popular
brasileira.
Na semana do excepcional, na disciplina de Prática de Formação, é
organizado ciclo de palestras com profissionais da área.
Ainda na disciplina de Prática de Formação, na semana das crianças,
as alunas acompanhadas pelos professores desenvolvem com os alunos
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da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais atividades de
lúdicas pedagógicas.
A proposta de iniciação a pesquisa, através da produção de artigo de
opinião é realizada no último ano, contando com a participação dos
professores do curso e de pedagogos da escola como orientadores.
II Mostra Pedagógica abrangendo as dimensões cientifico, cultural e
social com trabalhos pedagógicos desenvolvidos nas disciplinas de
Metodologias e demais disciplinas do curso. A mostra é aberta aos pais,
alunos do Ensino Fundamental e acadêmicos do Curso de Pedagogia.
Confraternização (Bota-fora) para os formandos com a participação de
todos os alunos do curso, corpo docente, coordenação, equipe
pedagógica, funcionários e direção.
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REFERÊNCIA
ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. 2004. BOFF, Leonardo. Cidadania com: cidadania, cidadania nacional e cidadania terrenal. In: Depois de 500 anos: que Brasil queremos?/ Leonardo Boff. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. DEMO, Pedro. Mitologias da avaliação: de como ignorar em vez de enfrentar problemas. 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. FREIRE, P. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 2001. FRIGOTTO, G; CIANATTA, M; RAMOS, M. (orgs.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005. ISTVÁN, Mészáros. Educaçao para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didatica. ed. Cortez, 1994. PARANÁ. Primeiras reflexões para a reformulação curricular da educação básica no estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004. PIMENTA, S.G. A organização do trabalho na escola. In: Revista da Ande, São Paulo, nº 11. P. 29-36, 1986. SACRISTIAN, J.G. A educação obrigatória: Sem sentido educativo e social. Trad. Jussara Rodrigues, Porto Alegre: Artmed, 2001. SAVIANE, D. Pedagogia histórico crítico: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1992. SEVERINO, A.J. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d’ Água, 2001. SILVA, T. T. Documento de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autentica. 1999. QUADROS, E.A. Psicologia e Desenvolvimento Humano. Sergraf-Ltda Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Fundamentos Teóricos–Metodológicos das Disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular, do Curso de Formação de Docentes – Normal em Nível Médio. SEED; Superintendência da Educação;Departamento de Educação e Trabalho.Pr. 2008. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, m nível Médio, na Modalidade Normal. SEED; Superintendência da Educação; Departamento de Educação Profissional.Pr. 2006.
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