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COMDEMA
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
AMERICANA
RESOLUÇÃO COMDEMA n° 02, de 22 de agosto de 2018.
O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – COMDEMA, no uso das atribuições que
lhe são conferidos pela lei nº5613/2014, artigo 7º inciso VIII, considerado a necessidade de
regramento urbano no que tange a arborização urbana e as disposições da lei nº5529/2013 e lei
nº5133/2010, recomenda:
Art. 1º - Em consonância com a Política de arborização urbana instituída pela lei nº5529/2013
e suas alterações recomendamos que os calçamentos dos passeios públicos sejam construídos com
materiais permeáveis, suportando o crescimento das espécies arbóreas.
Art. 2º - O COMDEMA orienta que à população para a escolha, plantio e manutenção de
espécies arbóreas, que seja observado o disposto no manual de arborização urbana do município,
anexo I.
Art. 3º - Essa resolução entra em vigor na data da sua publicação.
Americana, 22 de agosto de 2018.
João Antonio Silveira Braidotti
Presidente do COMDEMA
Dispõe sobre boas condutas na
arborização urbana.
COMDEMA
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Anexo I
MANUAL DE ARBORIZAÇÃO URBANO DO MUNICÍPIO DE AMERICANA
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a maior parte da população do município de Americana vive no meio urbano,
necessitando, cada vez mais, de condições que possam melhorar a convivência dentro de um
ambiente adverso. Por isso, a cada dia, o Poder Público manifesta preocupações relacionadas a um
desenvolvimento urbano que esteja entrelaçado às questões ambientais, proporcionando melhor
qualidade de vida a todos.
Entende-se por arborização urbana a relação entre ambiente arbóreo, construções e
pessoas, envolvendo toda a cidade, compreendendo ruas, avenidas, praças, parques, jardins e
propriedades particulares.
As árvores urbanas e as vegetações associadas têm inúmeros usos e funções no ambiente
urbano, como diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderar o clima, conservar energia
no interior de casas e prédios, absorver o dióxido de carbono, melhorar a qualidade da água,
controlar o escoamento das águas e as enchentes, reduzir os níveis de barulho, oferecer abrigo para
animais e aves e melhorar a atratividade das cidades, dar conforto térmico e acústico, melhorando a
paisagem e o aspecto visual das cidades entre os muitos benefícios.
O Manual de Arborização do Município de Americana compila um levantamento sobre as
árvores do município, o histórico da arborização no município e as orientações para o correto plantio,
além da implantação do piloto de arborização urbana, bem como calçada ecológica, visando o
planejamento prévio de plantio e regras para manutenção das mudas, onde as condições necessárias
para o desenvolvimento de cada espécie é levado em consideração, visto que os benefícios da
arborização estão atrelados à qualidade do planejamento urbano.
2. A ARBORIZAÇÃO URBANA E SUA IMPORTÂNCIA EM ÁREAS URBANIZADAS
As árvores urbanas enfrentam alguns problemas no ambiente das cidades. Alguns deles são:
o solo compactado ou alterado, com a presença de entulhos; deficiência de água e nutrientes;
temperaturas modificadas; poluição do ar; radiação solar alterada (sombreamento); espaço reduzido
para crescer (tanto para as raízes como para a copa); podas drásticas (mutilação da árvore); danos
mecânicos (por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco e outros); vandalismo e o
grande número de indústrias gerando um índice elevado de gases poluidores.
A arborização urbana, portanto, tem o papel de devolver às cidades os benefícios gerados
pela cobertura vegetal, melhorando a qualidade de vida da população. Consequentemente, por meio
da filtragem do ar atmosférico, ocorre a redução do efeito de ilha de calor e aumento do
sombreamento para pedestres e veículos, aumento da disponibilidade e qualidade da água, controle
e aumento da umidade relativa do ar, valorização imobiliária, bem como proteção, redução e
direcionamento dos ventos e da poluição sonora, redução da erosão, além de abrigo e alimentação
da fauna urbana.
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No planejamento do plantio, deve ser considerada a infraestrutura existente no bairro,
privilegiando o plantio de mudas de médio e grande porte. Nos critérios importantes para o
planejamento do plantio, destacam-se a largura da rua e da calçada, considerando o porte da árvore
quando adulta e a dispensa de podas constantes, a construção civil, o sistema de drenagem urbana,
as redes de água e esgoto.
3. A VEGETAÇÃO URBANA E A AVIFAUNA
Os plantios ordenados, planejados com o maior número de espécies vegetais nativas
possíveis na arborização urbana, são importantes ferramentas de gestão para criação de manchas
verdes. Eles desempenham papel na manutenção de abrigos e fontes de alimento para a fauna
urbana, devendo ser também utilizadas plantas ornamentais nativas com o objetivo de criação de
corredores ecológicos, garantindo o fluxo gênico entre as espécies.
4. DA ESCOLHA DAS ESPÉCIES
A escolha das espécies mais adequadas para a arborização urbana deve basear-se em
informações sobre o porte, características de raiz, de copa, de floração, de frutificação, levando em
consideração ainda os hábitos vegetativos, as formas de crescimento, a queda foliar e a origem
geográfica. Para ser utilizada em vias públicas sem acarretar prejuízos, devem ser considerados
ainda os seguintes tópicos:
– Espécies resistentes a pragas e doenças;
– Capacidade de desenvolvimento;
– Espécies que não possuam frutos grandes;
– Espécies que aceitem poda de limpeza e condução de copa;
– Espécies livres de espinho no fuste;
– Evitar o plantio de espécies que possuam substâncias tóxicas ou que causem reações
alérgicas à população;
– Escolher a espécie de acordo com a largura da rua e da calçada, levando-se em conta seu
porte quando adulta e a dispensa de podas constantes, para não interferir na arquitetura de sua copa;
– Nas áreas residenciais e comerciais, somente é permitido o plantio de espécies que não
comprometa a construção civil, o sistema de drenagem e as redes de água e esgoto;
– Para área de estacionamento público, de acordo com o tamanho dos veículos, devem ser
utilizadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com copas arredondadas ou colunares e
raízes profundas;
– Nos canteiros centrais com largura igual ou superior a 2m (dois metros), será priorizado o
plantio de árvores de grande porte, com o objetivo de minimizar o impacto decorrente do fluxo de
veículos;
– Nas calçadas com largura inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e nas ruas
com largura inferior a 14m (quatorze metros), somente será permitido o plantio de espécies de
pequeno e médio porte.
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5. DAS ESPÉCIES NÃO RECOMENDADAS PARA PLANTIO EM ARBORIZAÇÃO
URBANA
São consideradas árvores impróprias à arborização de calçamentos públicos: as dos gêneros
Casuarina, Eucaliptus, Ficus, Pinnus e Triplaris; as espécies Chorisia speciosa (“Paineira”), Delonix
regia (“Flamboyant”), Grevilea robusta (“Grevílea”), Melia azedarach (“Santa-bárbara”) e Spathodea
campanulata (“Espatódea”).
6. DAS ESPÉCIES NÃO INDICADAS DEVIDO À TOXIDADE
Cinamomo – Melia azedarach: Possui saponinas, veneno de gosto amargo presente nos
frutos, que produz espuma quando misturadas à água. A ingestão pode causar alterações
gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarréia severa, dificuldades respiratórias, confusão
mental e convulsões;
Espirradeira – Nerium oleander: Todas as partes da planta são tóxicas, seu veneno pode
provocar alterações cardíacas e neurológicas. A ingestão pode causar dor e queimação na boca,
salivação abundante, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia com sangue e tonturas.
Chapéu-de-Napoleão – Thevitea sp.: Todas as partes da planta são tóxicas, seu veneno pode
causar alterações cardíacas e neurológicas. A ingestão pode causar dor e queimação na boca,
salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia e tonturas.
7. ÁRVORES NÃO RECOMENDADAS PARA CALÇAMENTO
As espécies arbóreas não recomendadas para arborização urbana de calçadas são:
Flamboyant, Santa Bárbara, Grevílea, Espatódea, Paineira.
8. DO PORTE DAS ESPÉCIES ARBÓREAS
ÁRVORE DE PEQUENO PORTE: Aquela que alcance, em sua idade adulta, altura
aproximada de 4m (quatro metros);
ÁRVORE DE MÉDIO PORTE: Aquela que alcance, em sua idade adulta, entre 4m (quatro
metros) e 6m (seis metros) de altura;
ÁRVORE DE GRANDE PORTE: aquela que alcance mais que 6m (seis metros) de altura em
sua idade adulta.
9. CONDIÇÕES PARA O PLANTIO
O plantio deve ser feito, preferencialmente, na estação chuvosa. Caso aconteça em qualquer
outra época do ano, é necessário que se irrigue na época seca.
É preciso considerar as condições climáticas do local a ser plantado e evitar a introdução de
espécies que não sejam de ocorrência da região. Isso garante o estado fitossanitário do vegetal, a
manutenção e a preservação da biodiversidade.
O plantio deverá ocorrer, preferencialmente, no início do período das chuvas, nos meses de
setembro e outubro. Quando o plantio ocorrer no período de seca, as mudas deverão ser irrigadas
até sua autossuficiência.
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A cova deverá ser circular, com dimensões mínimas de 0,60m (sessenta centímetros) de
diâmetro por 0,60m (sessenta centímetros) de profundidade, vedado o uso de manilhas e o
revestimento parcial ou total da cova com cimento.
A cova deverá ser preenchida com substrato composto por: 1/3 (um terço) de solo de boa
qualidade ou do solo resultante da abertura da cova, se de boa qualidade; 1/3 (um terço) de esterco
bovino curtido; 1/3 (um terço) de composto orgânico e, quando necessário, com adubação química
prescrita por profissional legalmente habilitado, dispondo-se o solo superficial excedente no formato
de bacia (coroamento circular) ou outra técnica adequada ao plantio.
A muda própria para plantio deverá ter 2m (dois metros) de altura, devendo-se proceder à
remoção da embalagem somente no momento do plantio definitivo. O colo da muda deverá ser
alocado entre 0,02m (dois centímetros) a 0,04m (quatro centímetros) abaixo da superfície do solo.
A muda deve ser tutorada por uma estaca de bambu ou madeira, amarrada por fio de sisal ou
barbante em forma de “oito deitado”, devendo ainda ser protegida com gradeados de arame liso ou
madeira por um prazo de 2 (dois) anos.
As espécies a serem plantadas nas calçadas localizadas defronte aos imóveis devem estar
voltadas:
– Ao norte e/ou oeste (maior incidência de insolação): médio ou grande porte.
– Ao sul e/ou leste (menor incidência de insolação): pequeno ou médio porte.
Após o plantio, deverá ser realizada irrigação imediata e diária, mantendo-se a
permeabilidade da cova, mediante o uso de serragem ou folhas secas ao redor da muda. O plantio
deverá ser renovado quando ocorrerem maus tratos, em razão de acidentes ou ações de vandalismo.
A primeira poda será realizada nos viveiros, ao surgimento dos primeiros ramos laterais, que serão
retirados através da poda de formação. Nas mudas que apresentarem pragas ou doenças será
efetuado tratamento fitossanitário, facultando-se a substituição dos exemplares quando estiverem
comprometidos. Nos parques, praças e jardins, as áreas destinadas ao passeio público não deverão
ser utilizadas para o plantio de árvores, observando-se a distância mínima de 0,50m (cinquenta
centímetros) dos passeios.
10. TUTORES
Para assegurar o perfeito desenvolvimento das espécies, os tutores não podem prejudicar o
torrão onde estão as raízes, devendo, portanto, serem fincados no fundo da cova ao lado do torrão.
Os tutores devem apresentar altura total maior ou igual a 2,30m (dois metros e trinta centímetros) e
serem enterrados no mínimo em 0,60m (sessenta centímetros), com largura e espessura de
0,04mX0,04m (quatro centímetros por quatro centímetros) e secção retangular ou circular, com a
extremidade inferior pontiaguda para melhor fixação ao solo. As palmeiras e mudas com altura
superior a 4m (quatro metros) devem ser amparadas por 3 (três) tutores.
11. PROTETORES
Os protetores devem atender às seguintes especificações:
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– Altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);
– A área interna deve permitir inscrever um círculo com o diâmetro igual ou maior a 0,38m
(trinta e oito centímetros);
– As laterais devem permitir os tratos culturais;
– Os protetores devem permanecer no mínimo 2 (dois) anos sendo conservados em perfeitas
condições;
– Projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser submetidos à apreciação
dos órgãos competentes.
12. DA AQUISIÇÃO DA MUDA
As mudas podem ser adquiridas em viveiros particulares pelo munícipe devendo neste caso
atender as espécies indicadas neste manual.
O viveiro Municipal localizado dentro do Jardim Botânico Municipal situado a Rua Izolina
Geminiani Rosa n° 1550 no Bairro Horto Florestal Jacyra, fornece gratuitamente até 05 mudas por
habitante para plantio em calçada, que podem ser retiradas no próprio viveiro no horário de
funcionamento indicado no site da Prefeitura Municipal de Americana (PMA). As espécies são doadas
de acordo com a produção do viveiro.
Para contatar o viveiro entrar em contato pelo telefone: 3407 4452.
13. MANEJO
Após o plantio inicia-se o processo de irrigação, adubação de restituição, poda para
manutenção e condução da muda, além da substituição de mudas, tutores e protetores danificados
por vandalismo ou por acidentes.
Este procedimento consiste em percorrer a área de plantio, durante o período de
manutenção, identificando as mudas mortas ou em estado fitossanitário ruins, considerando as
seguintes especificações técnicas:
A avaliação da necessidade de replantio das mudas mortas deverá ser realizada
entre o quadragésimo e o sexagésimo dia do plantio, destacando que a demora no replantio
poderá causar prejuízos tanto às mudas a serem replantadas, como ao conjunto.
As covas deverão ser reabertas e plantadas, aplicando-se as mesmas
recomendações do plantio de mudas (DERSA, 2008).
14. FATORES ESTÉTICOS
É proibida a caiação ou pintura das árvores. É proibida a fixação de publicidade em árvores,
por causar injúria mecânica no vegetal, o qual se transforma em porta de entrada de
microorganismos, comprometendo a saúde da planta.
15. DO ESPAÇAMENTO ENTRE AS MUDAS
O espaçamento das mudas nas calçadas deve ser:
– Entre as espécies de grande porte: de 8m (oito metros) a 10m (dez metros);
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– Entre as espécies de médio porte: de 6m (seis metros) a 8m (oito metros);
– Entre as espécies de pequeno porte: de 4m (quatro metros) a 6m (seis metros);
– Entre uma muda e um poste de iluminação ou com transformador: de 5m (cinco metros);
– Entre uma muda e uma esquina: de 5m (cinco metros);
– Entre uma muda e um ponto de ônibus: de 4m (quatro metros);
– Entre uma muda e uma entrada de galeria pluvial (“boca-de-lobo”): de 2m (dois metros);
– Entre uma muda e a entrada de veículos: de 1m (um metro);
– Entre uma muda e guia rebaixada para passagem de pessoas com necessidades especiais
ou faixa de travessia: de 1m (um metro);
– Entre uma muda e o meio fio da rua: de 0,50m (cinquenta centímetros);
– Entre uma muda e um hidrante: de 2m (dois metros);
– Nas calçadas localizadas defronte aos imóveis voltados ao norte e/ou oeste, devido à maior
incidência de insolação, as espécies a serem plantadas devem ser de médio ou grande porte;
– Nas calçadas localizadas defronte aos imóveis voltados ao sul e/ou leste, devido à menor
incidência de insolação, as espécies a serem plantadas devem ser de pequeno ou médio porte;
– Após o plantio, deverá ser realizada irrigação imediata e diária, mantendo-se a
permeabilidade da cova, mediante o uso de serragem ou folhas secas ao redor da muda;
– O plantio deverá ser renovado quando ocorrerem maus tratos ou em razão de acidentes ou
ações de vandalismo;
– A primeira poda será realizada nos viveiros, ao surgimento dos primeiros ramos laterais,
que serão retirados através da poda de formação;
– Nas mudas que apresentarem pragas ou doenças será efetuado tratamento fitossanitário,
de acordo com diagnóstico técnico e em conformidade com a legislação vigente, facultando-se a
substituição dos exemplares, quando estiverem comprometidos;
– Nos parques, praças e jardins, as áreas destinadas ao passeio público não deverão ser
utilizadas para o plantio de árvores, observando-se a distância mínima de 0,50m (cinqüenta
centímetros) dos passeios.
16. ESPAÇO ÁRVORE
O espaço árvore deve ser instalado na proporção de 40% (quarenta por cento) da largura da
calçada, sendo que o espaço para o pedestre deve ter no mínimo 1,20m (um metro e vinte
centímetros) de largura. As calçadas das edificações devem ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte
centímetros) para a passagem de pedestre e o restante destinado para a árvore.
17. LARGURA DE CALÇADAS E RUAS
17.1. CRITÉRIOS A SEREM CONSIDERADOS
Para uma adequada arborização urbana é necessário que se faça um estudo prévio do local
ou bairro onde serão elaborados os serviços de arborização. É importante considerar o tamanho das
calçadas e analisar os seguintes pontos:
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ESTACIONAMENTO PÚBLICO – São utilizadas árvores de pequeno, médio ou grande porte
(de acordo com o tamanho dos veículos), com copas arredondadas ou colunares e raízes profundas.
CANTEIROS CENTRAIS – Largura igual ou superior a 2m (dois metros)
Será priorizado o plantio de árvores de grande porte, com o objetivo de minimizar o impacto
decorrente do fluxo de veículos.
CALÇADAS – Largura inferior a 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) E RUAS –
Largura inferior a 14m (quatorze metros)
Somente será permitido o plantio de espécies de pequeno e médio porte.
18. FIAÇÃO AÉREA E SUBTERRÂNEA
A fiação aérea é composta pela rede de energia elétrica, dividida em duas categorias:
primária considerada de alta tensão (de 13.000v e 22.000v) e secundária de baixa tensão (de 110 v e
220 v), além da rede telefônica e a de TV a cabo.
Altura dos postes, placas e fiação aérea:
ESPECIFICAÇÃO ALTURA (metros)
Poste 9 a 12
Baixa Tensão 7,20
Alta Tensão 8,20 a 9,40
Telefone 5,40
Placa de ônibus 3,50
Fonte: Autor.
Recomenda-se que, em calçadas com fiação de rede elétrica, seja realizado o plantio de
espécies de pequeno porte.
Para o plantio onde houver fiação subterrânea e canos de rede hidráulica, deverá deixar uma
distância de, no mínimo, 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) da fiação ou canalização, para
evitar obstrução à canalização.
19. ESPAÇAMENTO ENTRE AS ÁRVORES E ELEMENTOS DO MOBILIÁRIO URBANO
O espaçamento entre as mudas e/ou entre muda e equipamentos de infraestrutura deve ser
seguido conforme tabela abaixo (em metros):
ELEMENTOS MUDA
Espécie de grande porte 8,0 a 10,0
Espécie de médio porte 6,0 a 8,0
Espécie de pequeno porte 4,0 a 6,0
Poste de Iluminação 5,0
Poste com transformador 5,0
Esquina 5,0
Ponto de Ônibus 4,0
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AMERICANA Entrada de galeria de água pluvial 2,0
Entrada de veículos 1,0
Guia rebaixada p/ acesso de pessoas com necessidades especiais 1,0
Faixa de travessia 1,0
Meio fio da rua 0,5
Hidrante 2,0
Fonte: Autor.
20. DA MANUTENÇÃO DE ÁRVORES ADULTAS EM ÁREAS PÚBLICAS
20.1. DA FIXAÇÃO DE QUALQUER OBJETO
É vedada a fixação de faixas, placas, holofotes ou outros equipamentos publicitários em
árvores de qualquer porte.
20.2. DA PODA DAS ÁRVORES
As podas somente poderão ser efetuadas:
– Por equipes de servidores da Prefeitura devidamente habilitados e treinados
– Por empresas ou pessoas especializadas, cadastradas, autorizadas e com licença emitida
pela UPJ (Unidade de Parques e Jardins).
Das proibições:
É proibida a poda excessiva ou drástica de árvores em vias ou áreas públicas (quando mais
de 40% do total da copa for aparada);
É proibida a poda ornamental de árvores no calçamento público que deixe a base da copa
com menos de 2m (dois metros) de altura;
É proibida a poda de raízes em árvores públicas, salvo nas condições previstas no Código
Civil Brasileiro.
20.3. DA REMOÇÃO DE ÁRVORES EM ÁREAS PARTICULARES
Sendo necessária a remoção de árvores nativas ou exóticas nas propriedades particulares,
deverá o interessado adotar o procedimento previsto na Lei de Licenciamento Ambiental do
Município.
21. DA ARBORIZAÇÃO EM ÁREAS URBANIZADAS
Nos projetos de construção ou reforma, sujeitos à apreciação e aprovação pela Prefeitura,
deverá constar a locação das árvores existentes no calçamento e promovidas às adequações
pertinentes, de forma a evitar a supressão do espécime.
22. DA ARBORIZAÇÃO EM ÁREAS OBJETO DE PARCELAMENTO DO SOLO
Para aprovação de projetos de arborização, o responsável deverá protocolizar requerimento
instruído à SMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) com os seguintes documentos:
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Projeto de arborização urbana
Relatório fotográfico do local
Declaração de responsabilidade
Laudo de profissional habilitado com DAP das árvores
Levantamento da flora
Indicação e quantificação das espécies arbóreas
Projeto de iluminação pública e de distribuição de energia elétrica
Matrícula do imóvel.
Cada lote constante do projeto deverá contemplar, no mínimo, uma árvore plantada
no calçamento público, visando o máximo possível de mudas por lote. A aprovação do projeto
de arborização urbana antecederá a aprovação do projeto luminotécnico, devendo este:
– Respeitar a localização das espécies e priorizar a arborização urbana;
– Prever que a fiação aérea compacta ou subterrânea referente à rede de energia
elétrica seja sempre implantada nas calçadas defronte aos imóveis voltados ao norte e/ou
oeste, possibilitando o plantio de árvores de pequeno ou médio porte.
– Nos loteamentos de glebas onde haja APP será exigido também projeto de
recuperação ou compromisso de preservação ambiental;
– No projeto de arborização urbana deverão ser utilizadas para plantio espécies
arbóreas que possuam sistema radicular, sistema foliar e caule lenhoso com DAP igual ou
maior que 0,25m (vinte e cinco centímetros);
– O loteador deverá realizar a manutenção, conservação e proteção das mudas e
promover a reposição das que não sobreviverem até a entrega do lote ao seu comprador.
23. RECOMENDAÇÕES SUPLEMENTARES
Durante a elaboração de projetos de vias públicas, deverá ser privilegiada a
arborização adequando a ela os equipamentos públicos.
Os canteiros centrais com largura maior ou igual a 1m (um metro), de preferência,
não devem ser impermeabilizados, a não ser nos espaços destinados à travessia de
pedestres e à instalação de equipamentos de sinalização e segurança.
24. DAS INFRAÇÕES
A Lei 5529/2013 estabeleceu aplicação de Auto de Infração de penalidade para
prática de ações danosas às espécies arbóreas que estão elencadas abaixo. Os valores
referentes à aplicação dos autos de infrações são reajustados anualmente.
– Pintar a árvore ou afixar-lhe equipamento de iluminação;
– Causar dano a exemplar arbóreo resultante da instalação ou retirada de enfeites;
– Plantar em áreas públicas árvore de espécie imprópria à arborização urbana;
– Plantar árvore de qualquer espécie em local público e sem prévia autorização da Prefeitura;
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– Executar podas sem observância dos critérios previstos no Art. 12 desta lei;
– Executar poda excessiva ou drástica, vedada pelo Art. 13 desta lei, ou anelamento;
– Impedir o crescimento ou o brotamento de exemplares em fase de recuperação após tratos
indevidos;
– Suprimir muda plantada em substituição à árvore removida pela Prefeitura, mesmo que a
muda não apresente DAP de 0,05m (cinco centímetros);
– Suprimir árvore nativa até 3m (três metros) de altura ou DAP até 0,04m (quatro
centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com as regras previstas no Art. 17 desta lei, ou
induzi-la ao secamento por qualquer meio;
– Suprimir árvore nativa com altura entre 3m (três metros) e 8m (oito metros) ou DAP entre
0,04m (quatro centímetros) e 0,15m (quinze centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com
as regras previstas no Art. 17 desta lei, ou induzi-la ao secamento por qualquer meio;
– Suprimir árvore nativa com altura maior que 8m (oito metros) ou DAP maior que 0,15m
(quinze centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com as regras previstas no Art. 17 desta
lei, ou induzi-la ao secamento por qualquer meio;
– Suprimir árvore cuja espécie ou tamanho não sejam identificados;
– Impermeabilizar o solo em torno do colo de árvore, através da aplicação de massa de
cimento, concreto ou outro produto que venha a impedir o desenvolvimento diametral do caule à
altura do colo;
– Loteador ou proprietário ser omisso no cumprimento das determinações constantes dos
artigos 24, 25 e 26 desta lei;
– Deixar de cumprir Termo de Compromisso Ambiental firmado para os fins previstos no Art.
19 desta lei:
25. DAS CARACTERÍSTICAS DAS ESPÉCIES
No município de Americana são indicadas 17 espécies para plantio em calçadas. As espécies
indicadas que atingem até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as
maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.
Segue abaixo relação das espécies indicadas para plantio em calçadas:
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Nome popular: IPÊ Nome científico: Tabebuia SP
Os ipês são árvores de grande porte, com raízes profundas que não danificam as calçadas e
exigem poucos cuidados. É muito usado como árvore decorativa devido à sua florescência colorida e
anual. Gênero de árvores, em suas maiorias nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes. Sua
madeira é resistente e o florescimento exuberante nas cores amarela, branco, rosa e roxo. Os ipês
atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação
elétrica.
Nome popular: Jacarandá mimoso
Nome científico: Jacarandá mimosaefolia
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Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de
ruas, praças e avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam
calçadas e nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a rede elétrica.
Nome popular: Extremosa ou Resedá
Nome científico: Lagerstroemia indica
É uma linda arvoreta muito utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso,
é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge até 8 metros de altura.
Nome popular: Alfeneiro
Nome científico: Ligustrum lucidum
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Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa
sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia
a pólen. Atinge aproximadamente 3 metros de altura.
Nome popular: Magnolia
Nome científico: Magnólia spp
A linda Magnólia, além de bela e perfumada faz lembrar os ipês rosa. Elas são muito
interessantes para arborização urbana devido ao porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima
subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura.
Nome popular: Pata-de-vaca
Nome científico: Bauhinia foficata
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Árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica, de porte médio com uma das mais belas flores e
folhagens. Possui raízes profundas que não estouram as calçadas. Uma ótima opção para ser usada
como decoração e em regeneração de matas degradadas.
Nome popular: Ipê-mirim
Nome científico: Stenolobium stans
Conhecido popularmente como Ipê-de-jardim, é uma arvoreta muito ramificada. As folhas
compostas são serreadas, as flores amarelas em forma de campânula e formam inflorescências
vistosas. É muito usada em arborização urbana, podendo chegar a 7 metros de altura. Sua floração
acontece entre os meses de janeiro e maio.
Nome popular: Flamboyant-mirim
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Nome científico: Caesalpinia pulcherrima
É uma árvore (alguns consideram arbusto lenhoso) de pequeno porte da família das
leguminosas. De rápido crescimento, suas folhas são recompostas com folíolos pequenos e
permanentes. Sua copa tem um formato arredondado e pode atingir de 3 a 4 metros de altura. Suas
flores são vermelhas, alaranjadas, amarelas, rosas ou brancas dependendo do cultivar, dispostas em
cachos paniculares. Sua época de floração é entre setembro e maio.
Nome popular: Aroeira
Nome científico: Schinus terebinthifolius
De porte pequeno a médio, é uma planta dióica, de folhas compostas, aromáticas e atinge de
8 a 10 metros de altura. Suas flores são pequenas em panículas e seu fruto tipo drupa, vermelho-
brilhante, aromático e adocicado. Reproduz-se por sementes ou estacas.
Nome popular: Cerejeira-do-japão
Nome científico: Prunus serrulata
COMDEMA
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
AMERICANA
É uma árvore decídua, de grande valor ornamental, devido seu florescimento espetacular. É
própria para clima subtropical e temperado. Alcança até 6 metros de altura e deve ser cultivada sob
sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e
irrigado regularmente. Necessita de estações bem marcadas para florescer de forma satisfatória. Por
este motivo não é indicada para regiões equatoriais e tropicais, salvo em regiões de altitude elevada.
Seu crescimento é moderado e a floração é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas.
Resiste ao frio, geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por enxertia, estaquia e mais
facilmente por sementes.
Nome popular: Quaresmeira
Nome científico: Tibouchina granulosa
É uma árvore de pequeno porte e raízes profundas. Elegante e bela apresenta uma linda
floração roxa que ocorre duas vezes por ano. Possui um fruto bem pequeno e é uma das principais
árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil.
Nome popular: Pau-fava
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AMERICANA
Nome científico: Senna macranthera
Espécie muito usada no paisagismo urbano é uma árvore de pequeno a médio porte que
atinge entre 6 a 8 metros de altura. Suas folhas compostas de 4 folíolos possuem aproximadamente
20 cm. A floração é amarela e muito vistosa em cachos. O fruto vagem é quase cilíndrico, de 30 cm e
com muitas sementes duras de 0,5 cm. O fruto contém um líquido que tem um odor desagradável, de
forma que na queda dos frutos fica um mau cheiro. A germinação é fácil e o desenvolvimento rápido.
Floresce entre janeiro a maio e a coleta de sementes acontece em julho.
Nome popular: Amoreira-preta
Nome científico: Morus nigra
Morus nigra é uma das espécies de amoreira. Suas flores são dispostas em amentilhos
densos. Seus frutos saborosos apresentam cor preta e são adstringentes. Muito atrativa para
pássaros, atinge até 10 metros de altura.
Nome popular: Cássia-do-nordeste
Nome científico: Senna spectabilis
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AMERICANA
É uma árvore da família das fabáceas, conhecida por diversos nomes populares como:
Cássia; Cássia-do-nordeste; Cássia-macranta; Habú; Fedegoso do Rio e Macrantera. De crescimento
rápido, atinge um porte de até 4 metros de altura, para 4 metros de diâmetro da copa arredondada.
As folhas são pequenas e caducas. A floração decorre entre março a abril e origina flores de cor
amarela. A frutificação é do tipo vagem e decorre de abril a maio. É uma planta com origem no Brasil.
Nome popular: Escova-de-garrafa
Nome científico: Callistemon ssp
As escovas-de-garrafa apresentam porte arbustivo ou de arvoreta, alcançando de 3 a 7
metros de altura. Suas folhas são em geral pequenas lanceoladas a lineares, verdes, sésseis,
perenes e aromáticas, que vão se tornando bronzeadas com o tempo. Elas têm um formato cilíndrico
com numerosos estames, semelhantes às escovas utilizadas para lavar garrafas. São muito
resistentes à seca.
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AMERICANA
Nome popular: Oiti
Nome científico: Licania tomentosa
É muito usada na arborização de várias cidades brasileiras. O seu fruto é uma drupa elipsoide
ou fusiforme, de casca amarela mesclada de verde quando madura, com cerca de 12 a 16
centímetros de comprimento e polpa pastosa, pegajosa, amarelada, de odor forte, com caroço
volumoso e oblongo. Pode atingir entre 8 e 15 metros de altura.
Nome popular: Dama-da-noite
Nome científico: Murraya paniculata
Também conhecida como Murta-de-cheiro; Jasmim-laranja; Murta; Murta-da-Índia e Murta-
dos-Jardins, a Dama-da-noite é um arbusto grande (ou arvoreta) que pode alcançar até 7 metros de
altura. É muito utilizada para a formação de cercas-vivas. A Dama-da-noite apresenta ramagem
lenhosa e bastante ramificada. Suas folhas são pinadas, com 3 a 7 folíolos pequenos, elípticos,
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AMERICANA glabros e perenes. Durante todo o ano produz inflorescências terminais, com flores de coloração
branca.
Espécies disponíveis em: https://blog.plantei.com.br/25-arvores-que-voce-pode-plantar-
sem-medo-de-destruir-sua-calcada-e-a-rede-eletrica/
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