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CONSIDERAÇÕES SOBRE A

PEDOLOGIA NO BRASIL (Ênfase ao levantamento de solos)

IV SIMPÓSIO MINEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO “SOLOS NO ESPAÇO E TEMPO: TRAJETÓRIAS E TENDÊNCIAS”

Palestrante:

João Carlos Ker Professor Titular do Departamento de Solos – UFV

(Gênese e Classificação de Solos)

Subdisciplina da Ciência da Solo

que trata do estudo do solo em seu ambiente

natural

Componente fundamental da Ciência da Terra

PEDOLOGIA:

Trabalha-se com um pouco de tudo!

Subdivisões:

- Morfologia de solos

- Fatores de formação do solo

- Processos de formação do solo

- Classificação do solo

- Geografia do solo

Alguns exemplos brasileiros da lida com

a diversidade pedológica

Alegria!

Artesã – uso não agrícola do solo

Artesanato: complemento de renda

Pasmado – Itaobim – MG

Batida de “barro” para artesanato

Artesanato: renda familiar

Amazonas

Caboclo: pequeno roçado

Norte de Minas Gerais

Assentamentos: pequena agricultura

Quilombo: pequena safra; família

Quilombo: ser humano

Espírito Santo

Pequena agricultura: diversidade

Amapá - 2016

Grande empreendimento agrícola: grãos

Grande empreendimento agrícola: celulose

Pará

Grande empreendimento agrícola: dendê

Uso intensivo do solo: tecnologia

Acompanhamento tecnológico

Aspectos ambientais (legislação)

- Indígenas;

- Período colonial (cana-de-açúcar);

- Naturalistas e viajantes (1820);

- Períodos 1930 -1950 e 1950 – 1990;

- SiBCS – 1999 em diante;

Antecedentes

Terra Preta de Índio

Denominação Kaxinawa Significado SiBCS

MAE BENA KURU KAYA

KESHAYA

Terra nova arenosa na beira

do rio

Neossolo Flúvico

Eutrófico

MAE KUY KAYA Massapê verdadeiro Vertissolo Háplico

MAE KUY SESEA Massapê pintado Plintossolo Argilúvico

MAE TAXI PAYA Terra com areia e barro

vermelho

Argissolo Vermelho

MAE TAXIPA Terra vermelha Luvissolo Crômico/PV

Fonte: Amaral et al. (2013).

Nomes indígenas de solos

Massapé ou Massapê

- Salões

- Areíscas

- Terras Brancas (Terras de Areias)

- Apicuns

Talvez 1ª classificação técnica brasileira de

solos

Recôncavo

Naturalistas e viajantes

- 1800 em diante

- Poucas informações sobre solos

- Foco: botânica e paisagem

LEVANTAMENTOS DE SOLOS

É um prognóstico da distribuição geográfica

dos solos como corpos naturais,

determinados por um conjunto de relações

e propriedades observáveis na natureza.

Sua meta é subdividir áreas heterogêneas

em parcelas mais homogêneas possíveis…

Compreende:

- Mapa com legenda sintética

- Texto explicativo

- Tempo (não se faz da noite para o dia!)

- Atividade de campo intensa

- Atividade de laboratório (análises)

- Atividades de gabinete:

- interpretação de fotos, imagens, mapas

- cartografia (confecção do mapa)

- elaboração do relatório

Envolve:

O elo entre o levantamento e a classificação de solos fica

estabelecido no momento em que solos semelhantes

quanto às propriedades morfológicas, químicas e físicas

consideradas são reunidas em classes.

As classes de solos, unidades taxonômicas,

combinadas com informações do meio ambiente,

constituem a base fundamental para o estabelecimento

das unidades de mapeamento (manchas de solos).

- EXPLORATÓRIO

- RECONHECIMENTO

- SEMIDETALHADO

- DETALHADO

- ULTRADETALHADO

- (MAPAS COMPILADOS)

TIPOS DE LEVANTAMENTOS DE SOLOS:

Levantamento Escala Abrangência

Detalhados > 1:20 000 0,0003%

Semidetalhados > 1:50 000 0,11%

Reconhecimento de Alta

Intensidade

entre 1: 50 000 e 1:100 000 1,6%

Reconhecimento de Média

Intensidade

entre 1: 100 000 e 1:250 000 8,4%

Reconhecimento de Baixa

Intensidade

entre 1: 250 000 e 1:750 000 84,2%

Exploratórios entre 1: 750 000 e 1:2.500 000 94%

Cobertura de levantamentos pedológicos no território brasileiro

Fonte: IBGE, 2007.

CNPS – EMBRAPA (1947…)

Instituições

PROJETO RADAMBRASIL (1970 – 1985)

Mapa de Solos do Brasil

1:5 000 000

EMBRAPA

IBGE

LVdf2

Simbologia da classificação até o nível

de subgrupo

Número de ordenação na legenda

(sequencial)

Em que:

L – Latossolo (Ordem)

LV – Latossolo Vermelho (Grande grupo)

LVdf – Latossolo Vermelho Distroférrico (Subgrupo)

2 – número de ordem na legenda

Simbologia na legenda

LVd1 – Latossolo Vermelho distrófico textura

muito argilosa A moderado relevo plano fase

cerrado tropical subcaducifólio.

LVd2 - Latossolo Vermelho distrófico textura

argilosa e muito argilosa A moderado relevo

plano fase cerrado tropical subcaducifólio.

Leitura de legenda:

Re10 – Ass. de Neossolo Litólico eutrófico A moderado e

chernozêmico + Cambissolo eutrófico Tb A moderado

fase pedregosa ambos textura argilosa relevo forte

nodelado e montanhoso + Nitossolo Vermelho eutrófico

A moderado textura argilosa e muito argilosa relevo forte

ondulado fase floresta subtropical subperenifólia.

Leitura de legenda:

Proporção entre as reais dimensões de um

corpo e as de sua imagem.

1: 5 000 (escala grande) > 1:100 000 (escala pequena)

Escala:

Suponha-se um mapa apresentado na escala final 1:10.000:

1 cm linear no mapa equivale a 100 m lineares no terreno.

1 cm2 no mapa, portanto, equivale a 100 X 100 m = 10.000 m2

ou a 1 ha no terreno.

A área mínima mapeável neste mapa equivale portanto:

0,4 cm2 = 0,6 x 0,6 cm = 60m x 60m

0,4 cm2 = 3.600 m2 = 0,36 ha

Exemplo de cálculo com escala:

Mapas em escalas diferentes:

Há necessidade de um sistema de classificação completo?

Súmula da X Reunião Técnica de Levantamento de Solos

(Embrapa-SNLS, 1979)

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

(Embrapa, 1999)

- PRONASSOLOS

- Mapeamento digital

- Mapeamento tradicional

- Equipe

Perspectivas Futuras:

- Há muito o que ser feito (Amazônia)

- Qual escala: 1:250 000? 1:100 000?

- É preciso um órgão coordenador (centralizador)

- Mapeamento convencional e digital fazem parte de

um todo e são coisas complementares

Considerações Finais: