construções sustentáveis

Preview:

DESCRIPTION

Aula de construções ecológicas e suas interferência no meio ambiente

Citation preview

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEISProf. Bianca Rafaela S. C. Morales

SOLO CIMENTO

1936: início da utilização das técnicas construtivas com terra crua ocorre no Brasil com o incentivo da Associação Brasileira de Cimento Portland.

  A partir década de 1960: aplicações em pavimentação

de vias urbanas, rodovias e aeroportos, além da fabricação de blocos e tijolos para alvenaria de vedação

As edificações: ficaram destinadas apenas à famílias

que detinha renda inferior, construídas apenas com 1 pavimento.

O solo-cimento foi limitado apenas às pessoas carentes e adquiriu uma considerável desvalorização no cenário nacional.

 

USO DO SOLO COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÕES EM ANTIGAS EM SOLO

Templo de Ramisses II- Egito

Cidade Fortificada de DraaValley-Marrocos

Cidadela de Bam- Irã

Muralha da China, China

1. Primeiras construções são

datadas do período neolítico

(8.000 a.C) na Mesopotâmia.

2. Na Espanha há presença de

construções erigidas por

volta de 967-1837 a.C.

3. Na América Latina as

construções em solo foram

construídas no período

colonial.

4. Atualmente ainda existem

pessoas construindo com

solo de forma artesanal o

morando em cavernas.

USO DO SOLO COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃOTÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM SOLO

Taipa com pilão elétricoTaipa com pilão

manual

Abóboda em tijolos de adobe

Parede com tijolos de adobe

USO DO SOLO-CIMENTO NO BRASIL1. 1936: primeiros estudos

2. Década de 40: utilização

para pavimentação

3. Década de 50 e 60 testes

em algumas construções em

Fazenda Inglesa- RJ e

Construção do Hospital

Adriano Jorge, Manaus.

4. Década de 70: estudo para

habitação popular através

do CEPED- BA e IPT- SP.

5. Decáda 80,90 em diante:

utilização para dos tijolos e

blocos de solo-cimento para

população de baixa renda.

Projeto Ação moradia- Uberlândia/MG

Fundação Hospital Adriano Jorge, Manaus

DIRETRIZES DE ESPECIFICAÇÃO BLOCOS DE SOLO-CIMENTO

Durabilidade da edificação: depende da vida útil de projeto. Brasil ( mínimo de 60 anos e garantia de 5 anos).

Segurança estrutural: valor mínino de resistência é 4,0 Mpa (Gutierrez, 1994) e valor médio de absorção de água é 20%.

Autores Valor médio do ensaio

de resistência a

compressão (MPa)

Valor médio do

ensaio de absorção de

água

(%)

Augusto e Ribeiro (2005) 3,9 -

Rubens e Battagin (2006) 5,3 14,1

Morales e Tristão (2008) 4,2 14,8

DIRETRIZES DE ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

O resultado de desempenho estrutural encontrado para o protótipo em alvenaria de bloco de solo-cimento apresenta os seguintes itens: Fissuras, descamações, delaminações, rupturas e

transpassamento.

Desempenho térmico: as paredes devem ser pintadas com cores claras.

Desempenho acústico: apresentação classificação superior se os blocos forem usados em fachadas, cozinhas, salas, corredores, hall, e escadarias.

Desempenho de estanqueidade: durantes 5 horas iniciais não ocorre manchas. Se o blocos ficaram expostos por 7 horas no total há ocorrência de pequenas manchas.

O ENSAIO PROJETUAL

PROGRAMA DESENVOLVIDO- PLANTA 1º PAV.

O programa, foi destinado a uma residência unifamiliar de classe média, com renda total de R$4500,00 e 4 a 5 membros.

PROGRAMA DESENVOLVIDO- PLANTA 2º PAV

ELEVAÇÕES

PROJETOS COMPLEMENTARES

PROJETOS COMPLEMENTARES- ALVENARIA

PAR. 01

PAR. 02

PAR. 03

PAR. 04

PAR. 05

PAR. 06

PAR. 08

PAR. 09

PAR. 10

PAR. 11

PAR. 10

PAR. 13

PAR. 14

PAR. 15

PAR. 12

AA

BB

1560

015

1522515180

435

1513545015150

1537

515

300

15

15 345 15 180 15 390 15 225 1519

530

010

5

105180105451203045

9010

525

510

5

1515 150

307530120210120

15

7521

090

7515

075

1590

195

360 907560

4590

132 10

539

0

210

150

15

330

150

150

67.5 67.5

PAGINAÇÃO DE PAREDE E CORTE- ALVENARIA

Secção externa parede com janela1º pavimentoEscala 1:25

102120

5010

laje

tijolo canaletapara contra- verga

tijolo canaletapara verga

tijolo canaleta

1

2º PAVIMENTO-PAREDE 28

Paginação de parede2º PAV.Ex. parede 28

Secção da parede externa.

EXECUÇÃO DA ALVENARIA- EXIGÊNCIAS QUANTO AO SISTEMA CONSTRUTIVO

•Uso de argamassa de assentamento entre os blocos para ajudar nas deformações sem ocorrência de rupturas.

• Realização de tratamento superficial com hidrofungantes, devido às características higroscópicas apresentadas pelos blocos de solo-cimento.

Parede com trinca

EXECUÇÃO DA ALVENARIA- ESTÉTICA

Possibilidades estáticas de utilização da alvenaria

PROJETOS COMPLEMENTARES- FURAÇÃO

1 2 3 4 5 6 7 8

sobe

16 10

147

80

15

90

15

10

113

2234

23

26

15100

53

12

150

19

JANTAR

COZINHA

BANH.SOCIAL

LAV.

HALL

ÁREA DESERVIÇO

PROJETOS COMPLEMENTARES- ÁGUA FRIA

1 2 3 4 5 6 7 8

sobe

120

X 154

/102

AF3

AF1AF2

CIRC.

JANTAR

COZINHA

BANH.SOCIAL

HALL

ÁREA DESERVIÇO

1 2 3 4 5 6 7 8

sobe

120

X 154

/102

AF1

AF3

AF2

JANTAR

COZINHA

BANH.SOCIAL

HALL

LAV.

ÁREA DESERVIÇO

PROJETOS COMPLEMENTARES- ESGOTO

PROJETOS COMPLEMENTARES- ELÉTRICO

2S

SSS

S

S

S

PAR.

01

PAR.

02

PAR.

03

PAR.

04

PAR.

05

PAR.

06

PAR.

08

PAR.

09

PAR. 10

PAR. 11

PAR. 10

PAR. 13

PAR. 14

PAR. 15

PAR. 12

VISTA- ELÉTRICO

11

0

30

DET. 01

Parede 08- 1º PAVElevação instalação elétrica

Detalhe caixa elétrica

PROJETOS COMPLEMENTARES- EXEMPLO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA

ESTIMATIVA DE CUSTO

Se a construção em solo-cimento for executada

com os blocos de solo-cimento no padrão

simples, terá menos. Contudo, se a residência for

construída em alto padrão, a diferença de custo

não será tão grande Tipos de sistema

construtivo

Padrão

simples

Padrão mais

elevado

Método tradicional

construtivo

180.002,92 R$225.663,10.

Método construtivo com

solo-cimento

99.617,6 216.992,24

Diferença de preço 80.385,32 8.670,86

BAMBU

O VEGETAL

SUSTENTABILIDADE E O BAMBU

Requisitos para considerar o bambu um material sustentável: Planta de cultura nativa Pode chegar até 30m de altura Amadurecimento: 3 a 6 anos Possui a capacidade de sequestro de carbono e

reflorestamento de áreas degradadas. Uso de casas populares (Equador, Colômbia e Costa

Rica) Gera renda Tecnologia acessível Produção em larga escala (Japão, China e Índia):

produtos manufaturados e industrializados. Geração de energia através do carvão de bambu álcool

etanol.

O USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

China: alternativa viável pra a construção.

Uso de pontes e estradas há 5mil anos

China: maior conhecimento sobre a industrialização

de painéis de bambu e maior produção de volume de

material.

Venezuela, Peru e Colômbia, Costa Rica, Equador:

uso como material de construção

Brasil:

preconceito no uso

Desconhecimento de técnicas apropriadas para o manuseio

O USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ásia: China, Japão e Índia (principais)

O USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Taj Mahal - estrutura da abóboda em bambu inicialmente

TIPOS Bambu: plantas da família das gramíneas (arroz e cana

de açúcar).

Quantidade: 75 gêneros e 1250 espécies em todo o mundo

Brasil: 34 gêneros e 232 espécies (174 espécies nativas)

Tipo herbáceo (ornamental):

16 gêneros, sendo que 4 gêneros são nativos com 45

espécies

Tipo lenhoso:

18 gêneros, sendo 6 gêneros são nativos com 129

espécies

89% de todos os gêneros e 65% de todas as espécies

conhecidas na América

TIPOSBambu herbáceo (ornamental- uso em paisagismo)

TIPOS Bambu lenhoso- construção civil

TIPOS Bambu lenhoso- construção civil

DISTRIBUIÇÃO POR ZONAS CLIMÁTICAS

Zona tropical, subtropical e temperada

ESPÉCIES QUE CRESCEM NO BRASIL USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

ESPÉCIES QUE CRESCEM NO BRASIL USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Entoucerantes – Possuem crescimento radial.

Crescem formando uma touceira, próximos um do outro

Dendrocalamus giganteus ( bambu

gigante )

Bambusa Vulgares

ESPÉCIES QUE CRESCEM NO BRASIL USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Alastrantes: Possuem crescimento descentralizado. Crescem de forma desordenada propagando-se continuamente para os lados.

Phyllostachys áureaPhyllostachys heterocycla pubescens (Mossô)

SELEÇÃO DAS VARAS DE BAMBU

Usar Bambu maduro e seco, normalmente

entre 4 e 6 anos de idade.

Não deve haver rachaduras

Colmos devem ser retos ou discretamente

curvados, mais jamais com curvas

Varas esbeltas com diâmetro variável entre 5

e 25cm;

Espessura superior a 1 cm;

Gomos curtos e bem revestidos de sílica

Boa resposta ao tratamento de preservação

Alta densidade de matéria lenhosa

VANTAGENS Alta produtividade

Atinge resistência mecânica com 2,5 anos

Estrutura tubular com acabamento e estável

Baixa massa específica

Geometria circular e oca

Otimização em termos da razão: resistência/ massa do material

Baixo custo de produção

Facilidade de transporte

Trabalhabilidade

Baixo custo das construções A capa externa da casca oferece uma altíssima resistência à tração,

igualável ao aço. Segundo a norma ISO 22156-2, o bambu é 3,3 vezes mais rentável que a

madeira.

DESVANTAGENS

Comportamento estrutural depende do tipo de bambu e

de onde foi cultivado, umidade e da parte do colmo a

utilizar

Deve ser protegido das intempéries

Deve evitar o contato com fungos e insetos

Pode haver curvatura no talo

Não existe norma para o uso o bambu e por isso as

licenças para a construção possuem custo elevado.

CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DO BAMBU

Comparativo de resistência à tração entre o bambu e outros materiais

DISTINÇÃO DE DIÂMETRO DA ESTRUTURA

Os diâmetros e tamanhos depende de cada tipo de bambu e da maturidade da vara.

As propriedades mecânicas variam entre os diferentes tipo de bambu.

A escolha do bambu está associada ao profissional específico.

ESTRUTURA INTERNA DO BAMBU

SECAGEM DO BAMBU Ao ar livre: peças na horizontal protegidas de

sol e chuva e com boa ventilação, isoladas do solo. Duração de 4 semanas

SECAGEM DO BAMBU Seca ao fogo: colocação das pesas em sobre brasas,

com o controle do fogo e da secagem muito rápida para o colmo não rachar devido a pressão interna.Teor de umidade deve ser menor do que 50%

SECAGEM DO BAMBU

Estufa: controle da secagem através da temperatura e da velocidade do ar, adequada.

TRATAMENTO DO BAMBU

Substituição de seiva: peças na vertical dentro

de um recipiente contendo veneno que será

absorvido por transpiração das folhas.

TRATAMENTO DO BAMBU

Tampão: seiva substituída por pressão hidrostática

através do posicionamento em desnível de um

recipiente com veneno.

TRATAMENTO DO BAMBU

Boucherie: aplicar na parte superior dos talos

através de tubo de borracha, sulfato de cobre,

através de pressão hidrostática.

Boucherie

TRATAMENTO DO BAMBU

Método por

imersão: imergir a

vara no veneno de

forma parcial ou total

TRATAMENTO DO BAMBU Banho quente: colocar em água quente para que

a película externa da vara saia e o produto possa

ser aplicado com maior facilidade e decompor o

amido.

TRATAMENTO DO BAMBU

Auto-clave: processo a seco com teor umidade

abaixo de 20%. Pode apresentar rachaduras nos

colmos.

DURABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES Uma construção de bambu pode apresentar

durabilidade superior a 25 anos, equivalente a do eucalipto.

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Distância do solo: evitar o contato umidade do

terreno, que pode causar o aparecimento de fungos, aumentar a umidade interna e diminuir a resistência do material. Uma distância

50 cm de elevação, podendo ser usados vários tipos de apoios como base de concreto

Impermeabilizado com saco plástico

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Fundação:uma interação ideal entre vara e fundação deve-se usar uma barra de ferro chumbada pelo menos a 30 cm na fundação e 30 cm dentro da vara

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Preenchimento com argamassa

Preenchimento da vara com concreto usando pedaços de bambu.

Preenchimento da vara com concreto usando garrafas pets.

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Conexões com ligação de fibra natural

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações: corte por toda a

extensão da vara, fazendo um encaixe em forma de boca de peixe.

Serra copo usada para confecção da boca de pescado.

Forças devido ao cortena junção entre as peças.

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações: Ligação feita com barra rosca,porcas, arruelas de

metal e arruela de PVC

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações:

Porcas e arruelas

Boca de pescado reforçada

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações: variação de

ângulo entre 0 a 90º

Encaixe entre peças

Variação de ângulo de corte.

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações: variação de

ângulo entre 0 a 90º

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Boca de Pescado e variações: Para uma maior

rigidez e maior segurança contra forças de esmagamento nas conexões, os entrenós podem ser preenchidos com concreto ou algum outro material queaumente a resistência do local

APLICAÇÕES DO BAMBU

Chega a produzir uma economia de até 50% em uma obra.

Pode surgir como alternativa de gerar Emprego.

APLICAÇÕES DO BAMBU

APLICAÇÕES DO BAMBU Móveis

APLICAÇÕES DO BAMBU

Pilares

APLICAÇÕES DO BAMBUVigas e treliças

APLICAÇÕES COM BAMBU

Vigas,treliças e pilares

APLICAÇÕES COM BAMBU

Painéis de vedação vertical

APLICAÇÕES COM BAMBU

Estruturas de telhados

APLICAÇÕES COM BAMBU

Escadas

APLICAÇÕES COM BAMBU

Detalhes construtivos: guarda-corpos, marquises, varandas, decks, bancadas, lavatórios, cercas, portões e outros.

APLICAÇÕES EM BAMBU Detalhes decorativos

APLICAÇÕES COM BAMBU

Detalhes decorativos

APLICAÇÕES COM BAMBU Detalhes construtivos

TIPOS Bambu lenhoso- construção civil

APLICAÇÕES COM BAMBU Detalhes construtivos

APLICAÇÕES COM BAMBU Detalhes construtivos

APLICAÇÕES COM BAMBU Detalhes construtivos

FILME

Recommended