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Ao ser chamado para fazer sua defesa, o réu dispõe
de vários instrumentos, consoante art. 297 do CPC,
a saber: contestação, reconvenção e exceção.
Importa mencionar que, apesar de o Código dizer
expressamente que as defesas do réu são somente
as mencionadas acima, o demandado também pode
se valer de Ação Declaratória Incidental, prevista no
art. 5.º do CPC.
Conceito: é o instrumento processual
do exercício do direito de defesa utilizado pelo réu para opor-se formal ou materialmente à pretensão deduzida em juízo pelo autor na inicial. É a ação do réu. Consiste na resistência à pretensão do autor.
CONTESTAÇÃO
A elaboração da A elaboração da contestação deve contestação deve
obedecer duas regras obedecer duas regras essenciais, quais sejam:essenciais, quais sejam:
Significa que cabe ao réu formular
toda a sua defesa na contestação.
O réu tem o ônus de alegar tudo o quanto puder, pois, caso contrário, perderá a oportunidade de fazê-lo-preclusão.
1. Concentração da Defesa ou Princípio da Eventualidade
Não se admite a formulação de
defesa genérica. O réu não pode apresentar a sua defesa como negativa geral dos fatos apresentados pelo autor – Art. 302 CPC.
2. Ônus da impugnação especificada
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre
os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:
I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;
III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.
Os fatos devem ser impugnados especificamente, sob pena de serem considerados existentes – presunção de veracidade – Art. 319 CPC.
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.
Art. 241. Começa a correr o prazo:
I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento;
II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;
IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;
V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz. Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
§ 1o Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.
Art. 111. A competência em razão da matéria e da
hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
§ 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
Incompetência absoluta (Art. 111 CPC);
Litispendência (Art. 301, § 3º CPC);
Coisa julgada (Art. 467 CPC);
Conexão (Art. 103 CPC) e continência;
Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
Convenção de arbitragem;
Carência de ação:
- Legitimidade de parte - Interesse processual do autor - Possibilidade jurídica do pedido Art.267, VI CPC Falta de caução ou de outra prestação
que a lei exige como preliminar;
Prescrição: a prescrição é um
instituto de interesse privado; renunciável, tácita ou expressamente; os prazos prescricionais não podem ser modificados pela vontade das partes;
Prejudiciais de mérito
Decadência:
é de interesse público; não admite renúncia; pode ser conhecida a qualquer tempo ou grau
de jurisdição; o juiz deve conhecer de oficio;
Defesa de mérito direta – o
réu se opõe diretamente ao fato constitutivo ou direito alegado pelo autor.
Defesa de mérito indireta: fato impeditivo, modificativo ou extintivo.
Mérito
Fala-se em defesa de mérito direta quando o
réu nega a existência do direito do autor por inexistência de fato(s) constitutivo(s) de tal direito ou, ainda, pode reconhecer o fato, mas nega as consequências atribuídas a esse acontecimento.
A defesa de mérito é indireta quando o réu, apesar de reconhecer o direito sob o qual se funda o direito do autor, alega fato modificativo, extintivo ou impeditivo deste.
Petição endereçada ao juízo da
causa – art. 297 CPC;
Nome e prenome (qualificação não é necessária, se corretamente já feita na inicial);
Requisitos da Contestação
Razões de fato e de direito, com que o réu impugna o pedido do autor – alegar toda matéria de defesa – Art. 300 CPC.
Defesa processual – Preliminares (Art. 301 CPC) ; e Prejudiciais de mérito
Defesa de mérito - Indireta ou Direta (Art. 302 CPC)
Em regra, a contestação deve vir em
forma escrita, excepcionadas as hipóteses da contestação em rito sumário (Art. 278 CPC) e nos Juizados Especiais Cíveis, que podem ser feitas oralmente.
Forma da Contestação
Importante verificar que a distribuição do
ônus da prova é, também, ditada pelo modo como a defesa é elaborada.
Segundo dispõe o inciso I do art. 333 do CPC, cabe ao autor provar suas alegações. Já no inciso II do mesmo artigo, nota-se que cabe ao réu o ônus probatório quando alegar fato impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor. Ex; Ação de Cobrança.
Em exemplo deste tipo de defesa é a ação de
cobrança na qual o réu alega que, de fato, realizou negócio com o autor, mas já adimpliu o valor atinente. Como a alegação foi de fato extintivo do direito do autor de cobrar, o réu deve comprovar o pagamento.
A importância da diferenciação dos tipos de defesa neste aspecto, se direta ou indireta, incide diretamente sobre o encargo probatório.
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